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A Injex, fabricante de plásti- cos técnicos injetados que for- nece várias marcas de automó- veis, está prestes a concluir um programa de investimentos de 500 mil euros que lhe vai per- mitir “aumentar por quatro” as exportações, afirma José Pinhei- ro de Lacerda, fundador e CEO da empresa, que produz mais de 50 milhões de peças de plástico injetado por ano. Os investimentos têm vindo a ser feitos com recurso a capitais próprios, predominantemente, e com o apoio do Compete 2020, nas áreas da internacionaliza- ção e da inovação produtiva, ao abrigo do programa operacional regional Norte 2020. Os me- lhoramentos mais significativos passam pela ampliação da área fabril, pela modernização e cres- cimento do parque de máquinas, pela digitalização do processo produtivo e pela transição do referencial normativo do sistema de gestão de qualidade, tendo em vista a sua certificação, ainda neste ano, de acordo com as nor- mas IATF 16949, a referência- -padrão adotada na indústria au- tomóvel, setor onde operam os principais clientes da empresa. Entre eles contam-se os grupos VW, PSA, Renault, Jaguar Land Rover e Volvo. “Os símbolos das marcas que identificam alguns modelos des- ses grandes construtores mun- diais são feitos em Famalicão, com muito orgulho”, diz José Pinheiro de Lacerda, um enge- nheiro mecânico que fundou a Injex há 16 anos. Depois dos investimentos que está a finalizar, a sua capacidade de resposta sairá consideravel- mente reforçada e irá posicionar- -se no mercado como “empresa de soluções na área da injeção de termoplásticos”, precisa o CEO. Além do setor automóvel, a In- jex produz componentes para máquinas e peças para a indús- tria. Desde o exercício de 2016 que tem investido perto de 70 mil euros anuais (mais de 5 por cen- to das vendas) em investigação e desenvolvimento, o que é, como sublinha Pinheiro de Lacerda, “muito acima do montante mé- dio para uma PME industrial, de acordo com os padrões da Agência Nacional de Inovação”. A empresa, acrescenta, “tem dois compromissos de exigência máxima”, que “todos que aqui trabalham têm presente” no dia- -a-dia. Um é “a excelência do serviço ao cliente”, com o con- sequente desenvolvimento de “ferramentas necessárias a uma fabricação eficiente e com eleva- do nível de qualidade”. O outro é “o investimento contínuo em investigação e desenvolvimen- to tecnológico”, quer através de ações próprias quer de parcerias com entidades do sistema cientí- fico e tecnológico nacional. Unidade de bi-injeção e tecnologia de alto brilho a caminho Tem sido assim que a Injex, destaca o seu fundador, tem vindo a “incorporar tecnologias cada vez mais avançadas e mo- dernas no processo produtivo”, nomeadamente no desenvolvi- mento e construção de moldes, na fabricação de componentes termoplásticos injetados e no controlo automático de tais componentes. Supletivamente, tem conseguido aumentar a sua capacidade de atrair e reter ta- lento num setor e numa região onde vai escasseando a mão-de- -obra qualificada, como reconhe- ce José Pinheiro de Lacerda, cuja empresa emprega atualmente 30 pessoas, cinco das quais com li- cenciatura ou grau superior. A digitalização do processo produtivo é outra das vertentes do programa de investimentos em curso. E há já resultados visíveis: a comunicação com os clientes faz-se hoje unicamen- te por via digital; a informação interna é inteiramente eletróni- ca e partilhada em rede; todos os operadores podem registar qualquer evento em tempo real; a preparação de cargas é assegu- rada por via digital, tendo sido eliminado o uso de papel no ar- mazém de produtos acabados; e foi desenvolvido um sistema próprio de alertas para a ma- nutenção de moldes, abarcando desde os procedimentos preven- tivos até à necessidade de subs- tituições. Para consolidar os investimen- tos feitos nos últimos meses, a empresa projeta adquirir uma unidade de bi-injeção de plásti- cos e passar a oferecer tecnologia de alto brilho na produção em série. França é o principal mercado de exportação Com isto, as exportações de- verão valer no final do ano cerca de 240 mil euros, o que, a confir- mar-se, representará mais de 17 % do volume de negócios espera- do (quase 1,4 milhões de euros). A empresa vende atualmente para sete países, sendo de regis- tar que o valor das exportações da Injex cresceu sete vezes nos últimos cinco anos. A França é o seu melhor mercado, por força da implantação junto da indús- tria automóvel. Mesmo assim, pretende diversificar para outras áreas e recentemente assinou um protocolo com um parceiro es- trangeiro para passar a fornecer “dois grandes fabricantes de má- quinas” franceses, tirando par- tido do conhecimento que tem desse mercado. Entretanto, o espaço das insta- lações fabris aumentou conside- ravelmente e a área coberta ocu- pa agora 750 metros quadrados, o que viabilizou a aquisição de novo equipamento e máquinas. Estão localizadas na zona indus- trial de Vilarinho das Cambas, em Vila Nova de Famalicão. A Injex – Pinheiro de Lacerda, Lda. faturou 1,2 milhões de eu- ros em 2018 e será visitada pelo presidente da Câmara Munici- pal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, nesta sexta-feira, 26 de julho. FABRICANTE DE PLÁSTICOS TÉCNICOS FORNECE CONSTRUTORES AUTOMÓVEIS Injex aposta na modernização e internacionalização 229 404 025 Porto • Lisboa Visite-nos em WWW.BIODOURO.COM ORÇAMENTOS GRÁTIS Empresa Certificada e Acompanhada por ITEL – Instituto Técnico Espanhol de Limpezas NEGÓCIOS E EMPRESAS SEXTA-FEIRA, 26 DE JULHO 2019 15 Medway fatura 79 milhões de euros A Medway completa os primeiros quatro anos desde a privatização da CP Carga com inves- timentos que ascendem a J 25,4 milhões e numa trajetória sólida, suportada por indicadores financeiros muito favoráveis. As receitas da Medway subiram 11% desde 2015, fechando o ano passado num valor próximo dos 79 milhões de euros, e o seu EBITDA cresceu cinco vezes em apenas quatro anos, superando atualmente os 12 milhões de euros. Endesa consegue lucros de 776 milhões A Endesa obteve um lucro líquido de 776 milhões de euros no primeiro semestre, o que re- presenta um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado bruto refletido no Ebitda foi de 1894 milhões de euros, com um aumento de 5%, o que re- flete uma boa evolução do negócio liberalizado, a estabilidade do negócio regulado e o esforço para conter os custos fixos. A Index aplica 5% das receitas em investigação e desenvolvimento.

FABRICANTE DE PLÁSTICOS TÉCNICOS FORNECE … · tido do conhecimento que tem desse mercado. Entretanto, o espaço das insta - ... nesta sexta-feira, 26 de julho. FABRICANTE DE PLÁSTICOS

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Page 1: FABRICANTE DE PLÁSTICOS TÉCNICOS FORNECE … · tido do conhecimento que tem desse mercado. Entretanto, o espaço das insta - ... nesta sexta-feira, 26 de julho. FABRICANTE DE PLÁSTICOS

A Injex, fabricante de plásti-cos técnicos injetados que for-nece várias marcas de automó-veis, está prestes a concluir um programa de investimentos de 500 mil euros que lhe vai per-mitir “aumentar por quatro” as exportações, afirma José Pinhei-ro de Lacerda, fundador e CEO da empresa, que produz mais de 50 milhões de peças de plástico injetado por ano.

Os investimentos têm vindo a ser feitos com recurso a capitais próprios, predominantemente, e com o apoio do Compete 2020, nas áreas da internacionaliza-ção e da inovação produtiva, ao abrigo do programa operacional regional Norte 2020. Os me-lhoramentos mais significativos passam pela ampliação da área fabril, pela modernização e cres-cimento do parque de máquinas, pela digitalização do processo produtivo e pela transição do referencial normativo do sistema de gestão de qualidade, tendo em vista a sua certificação, ainda neste ano, de acordo com as nor-mas IATF 16949, a referência--padrão adotada na indústria au-tomóvel, setor onde operam os principais clientes da empresa. Entre eles contam-se os grupos VW, PSA, Renault, Jaguar Land Rover e Volvo.

“Os símbolos das marcas que identificam alguns modelos des-ses grandes construtores mun-diais são feitos em Famalicão, com muito orgulho”, diz José Pinheiro de Lacerda, um enge-nheiro mecânico que fundou a Injex há 16 anos.

Depois dos investimentos que está a finalizar, a sua capacidade de resposta sairá consideravel-mente reforçada e irá posicionar--se no mercado como “empresa de soluções na área da injeção de

termoplásticos”, precisa o CEO. Além do setor automóvel, a In-jex produz componentes para máquinas e peças para a indús-tria.

Desde o exercício de 2016 que tem investido perto de 70 mil euros anuais (mais de 5 por cen-to das vendas) em investigação e desenvolvimento, o que é, como sublinha Pinheiro de Lacerda, “muito acima do montante mé-dio para uma PME industrial, de acordo com os padrões da Agência Nacional de Inovação”.

A empresa, acrescenta, “tem dois compromissos de exigência máxima”, que “todos que aqui trabalham têm presente” no dia--a-dia. Um é “a excelência do serviço ao cliente”, com o con-sequente desenvolvimento de “ferramentas necessárias a uma fabricação eficiente e com eleva-do nível de qualidade”. O outro

é “o investimento contínuo em investigação e desenvolvimen-to tecnológico”, quer através de ações próprias quer de parcerias com entidades do sistema cientí-fico e tecnológico nacional.

Unidade de bi-injeção e tecnologia de alto brilho a caminho

Tem sido assim que a Injex, destaca o seu fundador, tem vindo a “incorporar tecnologias cada vez mais avançadas e mo-dernas no processo produtivo”, nomeadamente no desenvolvi-mento e construção de moldes, na fabricação de componentes termoplásticos injetados e no controlo automático de tais componentes. Supletivamente, tem conseguido aumentar a sua capacidade de atrair e reter ta-lento num setor e numa região

onde vai escasseando a mão-de--obra qualificada, como reconhe-ce José Pinheiro de Lacerda, cuja empresa emprega atualmente 30 pessoas, cinco das quais com li-cenciatura ou grau superior.

A digitalização do processo produtivo é outra das vertentes do programa de investimentos em curso. E há já resultados visíveis: a comunicação com os clientes faz-se hoje unicamen-te por via digital; a informação interna é inteiramente eletróni-ca e partilhada em rede; todos os operadores podem registar qualquer evento em tempo real; a preparação de cargas é assegu-rada por via digital, tendo sido eliminado o uso de papel no ar-mazém de produtos acabados; e foi desenvolvido um sistema próprio de alertas para a ma-nutenção de moldes, abarcando desde os procedimentos preven-

tivos até à necessidade de subs-tituições.

Para consolidar os investimen-tos feitos nos últimos meses, a empresa projeta adquirir uma unidade de bi-injeção de plásti-cos e passar a oferecer tecnologia de alto brilho na produção em série.

França é o principal mercado de exportação

Com isto, as exportações de-verão valer no final do ano cerca de 240 mil euros, o que, a confir-mar-se, representará mais de 17 % do volume de negócios espera-do (quase 1,4 milhões de euros).

A empresa vende atualmente para sete países, sendo de regis-tar que o valor das exportações da Injex cresceu sete vezes nos últimos cinco anos. A França é o seu melhor mercado, por força da implantação junto da indús-tria automóvel. Mesmo assim, pretende diversificar para outras áreas e recentemente assinou um protocolo com um parceiro es-trangeiro para passar a fornecer “dois grandes fabricantes de má-quinas” franceses, tirando par-tido do conhecimento que tem desse mercado.

Entretanto, o espaço das insta-lações fabris aumentou conside-ravelmente e a área coberta ocu-pa agora 750 metros quadrados, o que viabilizou a aquisição de novo equipamento e máquinas. Estão localizadas na zona indus-trial de Vilarinho das Cambas, em Vila Nova de Famalicão.

A Injex – Pinheiro de Lacerda, Lda. faturou 1,2 milhões de eu-ros em 2018 e será visitada pelo presidente da Câmara Munici-pal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, nesta sexta-feira, 26 de julho.

FABRICANTE DE PLÁSTICOS TÉCNICOS FORNECE CONSTRUTORES AUTOMÓVEIS

Injex aposta na modernização e internacionalização

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SEXTA-FEIRA, 26 DE JULHO 2019 15

Medway fatura 79 milhões de eurosA Medway completa os primeiros quatro anos desde a privatização da CP Carga com inves-timentos que ascendem a J 25,4 milhões e numa trajetória sólida, suportada por indicadores financeiros muito favoráveis. As receitas da Medway subiram 11% desde 2015, fechando o ano passado num valor próximo dos 79 milhões de euros, e o seu EBITDA cresceu cinco vezes em apenas quatro anos, superando atualmente os 12 milhões de euros.

Endesa consegue lucros de 776 milhões A Endesa obteve um lucro líquido de 776 milhões de euros no primeiro semestre, o que re-presenta um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado bruto refletido no Ebitda foi de 1894 milhões de euros, com um aumento de 5%, o que re-flete uma boa evolução do negócio liberalizado, a estabilidade do negócio regulado e o esforço para conter os custos fixos.

A Index aplica 5% das receitas em investigação e desenvolvimento.