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livro de apoio
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7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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Sumário6 Introdução: Torne-se Um Micro-horticultor
Horticultura Biológica: Noções Básicas sobre o Cultivo de Plantas Comestíveis
12 Capítulo 1 Cultive em Todo e Qualquer Lugar
24
Capítulo 2
Obter Plantas
32 Capítulo 3 Um Bom Começo
40 Capítulo 4 Abordagens Diferentes: Cultivar na Terra
ou em Vaso
58
Capítulo 5
Cuidados: Cultivar Plantas Saudáveis
6 6 Capítulo 6 A Horta sob Ataque
As Plantas
80
Capítulo 7
Legumes
128 CapítuloS Frutos
140 Capítulo g Ervas Aromáticas e Flores Comestíveis
Colha o Que Semeou
168 Capítulo io Como Colher
174 Capítulo li O Futuro dos Frescos: Como Armazená-los e Conservá-los
202
Glossário
204 índice Remissivo
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Introdução: Torne-se Um Micro-horticultor
Tive o meu primeiro contacto com a horticultura urbana quando era
criança e vi batatas a crescer dentro de um balde, na minúscula varanda
de cimento da minha avó Scylla, natural das índias Ocidentais. Começar
vida nova num apartamento situado no gélido Norte do Canadá não a
impediu de, tal como fazia na sua terra, Barbados, cultivar o que comia.
A descoberta desse balde levou-me, muitos anos
depois, a fazer experiências nos espaços de quedispunha e inspirou-me a expandir o conceito de horta
e da sua localização.
Criei a minha primeira horta «verdadeira» no
quintal minúsculo e cheio de lixo do lar de estudantes
superlotado onde viv i enquanto frequentei a
universidade. Eu e os meus colegas cavámos e
plantámos o jardim não tendo quaisquer
conhecimentos sobre a matéria - a intuição e o acaso
serviram-nos de guias. Claro, perdi muitas plantas
devido a erros de principiante e a negligência, mas,
para minha surpresa (e sorte), consegui colher e
saborear uma fartura de feijões, tomates, alfaces,
cebolas, cenouras e batatas, tudo fresco e biológico,apesar do meu magro orçamento de estudante.
Anos depois, e com uma vasta prática de
horticultura atrás de mim, já não sou tão pobre
(felizmente) como nos meus tempos de estudante. No
entanto, para mim, cultivar uma horta biológica
tornou-se algo mais do que ter à disposição alimentos
de qualidade em tempos difíceis. Com o tempo, adquiri
- ou, melhor, as minhas hortas cultivaram em mim - o
conhecimento, a autossuficiência e a confiança
necessários para me livrar da dependência do
supermercado e dispor, durante todo o ano, dos meus
próprios produtos. A pequena horta urbana do meu
telhado reacendeu o meu fascínio infantil pelo mundo,
bem como o orgulho e o entusiasmo que perduram ao
longo de todas as fases do processo de crescimento.
A colocação de floreiras numa varanda pode criar
uma microquinta invulgar mas produtiva. Esta
oferece uma abundância de tomates e pimentos!
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Nunca mais dispus de um quintal desde que saí desse
tal lar de estudantes, mas tenho cultivado muitas hortas,
tanto ao níve l do solo como acima dele, e tudo porque a
criatividade e o engenho de Scylla, bem como o seu
desrespeito pelas normas sociais canadianas, me levaram
a repensar as minhas limitações e a transformá-las em
vantag en s.
Muitos de nós, residentes na cidade, sofremos de um
complexo incapacitante no que diz respeito ao espaço.
Metemos na cabeça que, para nos dedicarmos à
horticultura, temos de possuir um terreno ou uma vasta
propriedade. E quando esse terreno existe, receamo s que
não seja do tipo adequado. Além desses problemas,
invocamos poucos conhecimentos, falta de dinheiro, ou...
Há sempre u ma razão a impedir-nos de meter mãos à obra.
E verdade que, por detrás de cada tomate e de cada
viçoso molho de manjer icão biológicos, há um a horta fel iz
e saudável. O que não é verdade é que seja preciso ter um
quintal, uma quinta, ou um conhecimento enciclopédico
do que gostaríamos de cultivar para que a nossa horta
prospere. Atualmente, por todo o mundo, os horticultores
urbanos estão a prestar um contributo importante às
economias alimentares locais de formas inspiradoras.
Sabe-se que em Havana, Cuba, 50 a 8o por cento de todosos hortícolas frescos consumidos na cidade provêm de
hortas urbanas - e biológicas! O único obstáculo que nos
impede de seg uir e sse exem plo é... nós próprios.
Não vou mentir. Há mesmo muito que aprender antes
de plantar uma horta. Mas no princípio ninguém sabe
tudo. Aprend e-se com o tempo, com o êxito e, sim, também
com os fracassos. Se quiser dedicar-se à horticultura, só
precisa de ter alguma orientação (este livro) e uma planta
ou duas para começar. A partir daí, a experiência e a
confiança crescerão ao mesmo tempo que as plantas.
E, acima de tudo, tenha em mente o seguinte: de certeza
que vai cometer erros. Todos os horticultores erram de
tempos a tempos. Não tenha medo de estragar - assimpoderá aprender e, em breve, terá taças cheias de
morangos maduros, ramalhetes de ervas aromáticas, a
sanduíche de tomate perfeita e a horta dos seus sonhos,
Este habitante dos subúrbios cavou o relvado da
sua casa para criar uma horta e não se esqueceu
de um estufim frio para cultivar mostarda-da-
-índia, nem de um barril para recolher a água da
chuva que escorre do telhado.
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Preferir e Cultivar Produtos BiológicosHoje em dia, o interesse em saber o que os alimentos
contêm e de onde eles vêm deu origem a uma preferência
por produtos biológicos que não mostra sinais de abrandar.
Muitos de nós passámos a comprar produtos da época,
cultivados localmente, que não têm de percorrer milhares de
quilómetros para chegar à nossa mesa. Hoje também damos
importância ao preço e à qualidade daquilo que comemos,
do ponto de vista quer do ambiente, quer da nossa saúde. Se
está a ler este livro é provável que tenha essas preocupações
e deseje levar para a sua mesa produtos biológicos a umpreço acessível. Mas com tantos chavões a circular, é
provável que se interrogue sobre o que significa horticultura
biológica para si e para o seu jardim.
Em termos gerais, a horticultura biológica é aquela que
não recorre a químicos nem a pesticidas. Se já os evita,
está meio caminho andado. Também implica ir buscar
inspiração à natureza para criar um jardim equilibrado e
saudável. O objetivo do horticultor biológico não é criar
um mundo perfeito, microssustentável, livre de pragas e
doenças. Longe disso! Para a horticultura biológica, o solo
é uma entidade viva que tem de ser sustentada e
alimentada. Por sua vez, um solo saudável produz plantas
saudáveis capazes de se defenderem dos problemas
inevitáveis com que se irão confrontar. O emprego de
químicos tem o efeito oposto. Proporciona às plantas um
crescimento rápido a curto prazo, mas mata os organismos
existentes no solo, bem como as outras criaturas vivas que
encontrar pelo caminho.
Nesse sentido, a horticultura biológica não é tão difícil
nem intimidatória como por vezes se pensa. Em princípio,
nenhum de nós tem de gerir uma propriedade familiar com
quatro hectares - e resolver problemas numa varanda com
i,8o x 1,25 cm, fora do alcance de lesmas e caracóis, é
bastante mais fácil. Mesmo na terra, onde as lesmas são
rainhas, a horticultura biológica pode até poupar trabalho
a longo prazo, visto que se concentra, antes de mais nada,
na prevenção. E se não aspirar a resultados de uma
perfeição irrealista, terá mais tempo para repousar e
usufruir do delicioso - <>completamente livre de químicos
f t d t b lh !
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Começar A Secção 1, «Horticultura Biológica: Noções Básicas sobre o Cultivo de Plantas <!<miestíveis»,
destina-se a inspirar a criação da sua mini-horta biológica, independentemente de o seu espaço ser o
ideal ou estar longe disso. Estes capítulos debruçam-se sobre o trabalho preliminar fundamental para
conhecer o terreno de que dispõe e transformá-lo numa horta útil, além de lhe fornecerem o know-how
indispensável para resolver os problemas que acabam sempre por aparecer em qualquer horta.
Saber como começar uma horta é uma coisa; conhecer as necessidades de cada planta é outra.
Encare a Secção 2, «As Plantas», como uma ajudante - um ponto de partida para a exploração e o
conhecimento daquilo que diferentes espécies de plantas deliciosas exigem para o seu
crescimento. Entusiasme-se com variedades antigas, fascinantes e extraordinárias, tão bonitas
como saborosas. Fique a conhecer sugestões e truques relacionados com o cultivo tanto em vaso
como no solo. Releia-os sempre que se vir em dificuldades e precisar de ajuda, ou quando quisercultivar uma planta pela primeira vez.
Nos três capítulos da Secção 2 f- «Legumes», «Frutos» e «Ervas Aromáticas e Flores Comestíveis»
- algumas plantas encontram-se agrupadas por pertencerem à mesma família ou apresentarem um
crescimento semelhante. Na caixa kjue surge no início de cada grupo de entradas são indicados
dados específicos sobre o seu cultivo.
O pico da época da colheita pode, na região onde vive, ocorrer um pouco mais cedo ou mais
tarde do que a data indicada, mas define-se sempre pelo mesmo: uma grande abundância. Talvez até
excessiva. Desperdiçar o que tanto trabalho lhe deu seria uma dor de alma. O método de cultivo já
não tem segredos para si, mas sabe quando deve colher um tomate ou um pepino? E o que faz um
horticultor de sucesso com uma verdadeira invasão de tomates e pimentões? A Secção 2 revela como
e quando colher produtos específicos; procure na Secção 3, «Colha o Que Semeou», indicações
gerais, como, por exemplo, qual a melhor hora do dia para fazer a colheita e com que frequência.
A Secção 3 também lhe ensina técnicas tradicionais para guardar e conservar os seus
alimentos. Com alguns conhecimentos e roubando um reduzido número de horas a uma tarde de
sábado, poderá usufruir dos seus produtos da época durante muitos meses.
Sobre os Projetos e as ReceitasOs ingredientes que utilizei nas receitas refletem a
alimentação da minha família: arroz e farinha integrais,manteiga e laticínios biológicos, pães e bolos com baixo teor
de açúcar e em que o sabor doce deste é substituído pelo do
xarope de ácer ou de agave, ou ainda pelo mel. Adaptei .
algumas das minhas receitas infalíveis de modo a
satisfazerem o paladar da maioria das pessoas, mas, se quiser
acentuar o sabor doce, vá em frente! Os sabores dos
ingredientes variam consoante a localização, o solo e até as
condições meteorológicas - não hesite em afiná-los de modo
a aproximarem-se mais dos seus próprios gostos e hábitos
alimentares.
Todos os projetos deste livro foram
classificados, de acordo com o seu grau de
dificuldade , de mu ito fácil a mu ito difícil
M W , para que possa opta r, com
rapidez, pelos que melhor se ajustam ao
seu caso.
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Horticultura Biológica:
Noções Básicas sobre o Cultivo
de Plantas Comestíveis
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C a p í t u l o i :
Cultive em Todo e Qualquer LugarTerraços, varandas, telhados, decks, passeios, caldeiras de árvores,
floreiras ou parapeitos - todos estes locais são hortas potenciais à espera
de serem cultivadas.
Durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, bem como noutras épocas em que
a comida e o dinheiro escassearam, por toda a América do Norte, houve pessoas que não
hesitaram em lançar sementes ao solo para cultivar feijão-verde ou tomate. Ninguém se preocupouem saber se o seu espaço era o «ideal». Esta ideia de que é normal cultivarmos os nossos próprios
alimentos ainda hoje existe em muitos países espalhados pelo mundo, mas com o tempo, e com
base numa atitude um tanto retrógrada, acabámos por nos convencer de que uma horta requer um
espaço mínimo perfeito. De uma maneira geral, pensa-se que esse espaço terá de se localizar ao
nível do solo. De preferência, num quintal. E situado nas traseiras, para que ninguém o veja.
Devo confessar que há dias em que sonho com um quintal que possa transformar na minha
miniquinta. Mas depois olho para a viçosa horta que criei em vasos no telhado da minha casa, ou
para a minha razoável horta comunitária, e concluo que estou a sair-me muito bem. As minhas
hortas podem não ser um retângulo no quintal das traseiras de um belo condomínio. E, eu sei,
ficam a quilómetros de distância uma da outra; no entanto são perfeitas. Na verdade, são mais do
que perfeitas. Vejo e saboreio provas disso todos os dias quando me sento à mesa.
As boas notícias é que as plantas querem crescer. Algumas desenvolvem-se nas circunstâncias
mais opressivas. De uma maneira geral, as plantas que domesticámos tendem a ser um poucomais sensíveis do que aquelas que crescem à beira das estradas, mas muitas ervas aromáticas e
legumes são suficientemente tenazes e audazes para se darem bem onde menos se espera. Se
dispõe apenas de um pequeno espaço em frente de casa, porque não substituir o vulgar relvado
por uma horta situada num canteiro elevado? E que manter um relvado dá imenso trabalho. E que
tal aquele quadrado de terra atrás da garagem? E quem disse que tem de cultivar uma sebe na
faixa de solo que separa a sua casa da do vizinho? Porque não enchê-la de acelgas? Ou manjericão-
-roxo? Ou uma incrível seleção de alfazemas! Alguns dos espaços mais improváveis oferecem
excelentes condições para cultivar plantas alimentares apreciadoras de sol. Esse espaço «ideal»
pode estar mesmo debaixo do seu nariz.
Mesmo aquelas pessoas que não dispõem de espaço podem cultivar rebentos numa cozinha
escura, uma mistura de microverduras (ver «Legumes Que não Exigem Espaço», na página 14)
numa floreira, ou cravinhos num vaso, no parapeito da janela (ver «Plantas Comestíveis em
Parapeitos», na página 16). Pode parecer pouca coisa, mas é um princípio que pode conduzir aobjetivos mais ambiciosos e à procura de espaços para lá do parapeito da janela. Se hoje plantar
um tomateiro na escada de incêndio, amanhã dará consigo a consultar catálogos de sementes, de
caneta fluorescente na mão e expressão divertida nos olhos.
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Up Pigj|SÉ| jp 5 lU f
Encontrei este canteiro elevado repleto de tomateiros
escondido atrás de uma garagem, num beco, em
Toronto. Embora, do ponto de vista estético, não seja
a horta que muitos amb icionam, serve de referência
para o meu êxito no tipo de horticultura que pratico.
Se este hortelão conseguiu que as suas plantas
vingassem nas piores condições imagináveis, qualque r
pessoa consegue!
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CULTIVAR
Legumes Que não Exigem Espaço
VAI PRECISAR DE
• Sementes ou rebentos para germ inar
• Floreira ou recipien te com buracos para a
drenagem (mínimo: 10 cm de profundidade)
• Terra para vasos
• Tab uleiro sem buracos para reco lher o excesso
de água
Independentemente das condições de luz e
espaço, qualquer pessoa - e quero mesmo dizer
qualquer pessoa - pode cu ltivar rebentos frescos na
cozinha. Os rebentos são ricos em todo o tipo de
elementos saudáveis, como antioxidantes, enzimas,
vi tamina C, fibra e proteínas, além de darem um
toque saboroso a sopas, saladas e sanduíches.Se dispõe apenas de um pouco de luz e de um
parapeito, experimente cultivar uma mistura de
microverduras. Estas plântulas jovens e liliputianas
não passam de rebentos aos quais foi permitido
desenvolverem-se um pouco mais - por vezes uma
semana ou mais após a germinação. A diferença
não está só na idade, mas tamb ém no sabor, na cor e
na textura. Hoje em dia, as microverduras são a
grande moda para guarnição dos pratos, nos
melhores restaurantes, mas pode cultivá-las por
meia dúzia de cêntimos. Veja na secção «Contactos
Úteis», no fim do livro, onde encontrar em balage ns
com sementes já misturadas ou faça a sua própria
mistura a partir das sugestões que se seguem.
Sementes de todo o tipo, das mais minúsculas
aos grandes feijões, podem ser germinadas no solo.
Nas lojas de comida saudável e nos grandes
hipermercados encontrará uma boa seleção de
sementes para germinar a preços a cessíveis.
EXPERIMENTE GERMINAR ESTAS SEMENTES:
Rebentos Comuns
alface, espinafre, girassol, ervilha, feijão azuki, brócolos,
lentilhas, alfafa, beterraba, couve
Rebentos Picantesmostarda, agrião-da-terra, nabo daikon, rabanete,
cebola, repolho, rúcula
Rebentos Sumarentos
erva do trigo alfafa feijão mungo
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Escolha as sementes que nlo fortimtniladas com
um fungicida; verifique prim eiro «<• é ess e o caso
ou compre produtos biológicos certificados.
1. Para ace lerar a germ inaçã o, coloq ue as
sementes de m olho em água à temp eratura
amb iente, du rante 4-8 horas. Dem olhe os
fei jões mais r i jos durante mais tempo.
Escorra a água e dê uma enxaguadela às
sementes.
3. Encha o rec ipien te até três qua rtos da sua
capacidade com terra para vasos previamente
humedecida. Espalhe a terra mas não se dê ao
trabalho de a alisar bem. Uns altos e baixos não
têm qua lquer impor tânc ia .
4. Espalhe as seme ntes de m od o uniform e sobre
a terra e cubra com uma fina cam ada de terra
húmida. Na página 25 encontra mais
informação sobre como fazer a sementeira.
5. Coloqu e o recip iente em cima do tabu le i ro de
drenagem e regue moderadamente. Guarde-os
num local quente e mantenha a terra sempre
húmida como uma esponja. As sementes só
necessitam de luz depois de germinarem. Os
tempos de germinação d i fe rem de semente
para semente. Rabanetes, agriões, couve e
m ostarda requerem 4-8 dias; o girassol e a
cebola podem levar 10-14 dias.
6 . Q ua ndo as plântulas com eçarem a aparece r à
super f íc ie, mude o tab ule i ro com o recip iente
para um parapeito soalheiro. Não se esqueça
de manter a terra húmida mas não encharcada.
Colheltm Comece a colher os rebentos pouco
depois du germinação. Corte os lançamentos
pela linha do solo com uma tesoura. No caso das
microverduras (plântulas com quatro ou mais
pares de folhas), aguarde entre alguns dias a
duas semanas antes de as colher.
Após a Colheita: Continue a colher rebentos e
microverduras até terminar a época da colheita.
A erva-de-trigo proporcionará várias colheitas a
partir da mesma planta. Junte composto às raízes e
à terra e recomece (página 46).
Fácil e Rápido: Em vez de comprar recipientes de
plástico, cultive as suas plantas em embalagens
vazias de bolos, iogurtes, etc. Abra uns furos na
base para a drenagem, coloque a tampa por baixo a
fazer de tab uleiro e já está.
Germinação Hidropónica: O velho método de
deixar as sementes germinar d entro de um frasco
cheio de água e tapado com gaze caiu em desuso
devido ao perigo de propagação de salmonelas e
E. coli. A verdade é que em bora essa técnica antiga
pareça fácil, impedir que as salmonelas e o bolor se
desenvolvam junto às suas verduras é um bico deobra. Já cultivar rebentos num tabuleiro com terra
é seguro e infalível.
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CULTIVAR
Plantas Comestíveis em Parapeitos
Muitas ervas aromáticas, verduras, alfaces, flores comestíveis e até malaguetas podem produzir
mais do que o esperado num parapeito soalheiro, em especial durante os meses de verão, quando
os dias são compridos e a luz é mais intensa.
Na ausência de um parapeito soalheiro será
necessário contar com a ajuda de luz artificial,
que pode consistir simplesmente numa lâmpada
de espetro total.
CUIDADOS GERAIS
E provável que a horta que criou no seu
parapeito não dure para sempre, mesmo num local
coberto. Para manter as plantas sãs o máximo de
tempo possível, certifique-se de que elas dispõemde uma boa drenagem, de bastante água e do
máximo de luz possível. Regue a terra quando ela
deixar de estar húmida como uma esponja e se
apresentar levemente seca a uns 2 cm do topo.
A frequência das regas depende da localização,
pois os vasos que se encontram em janelas quentes
situadas por cima de uma placa de aquecimento
secam depressa, ao passo que os colocados em janelas viradas a norte com correntes de ar retêm
a humidade durante mais tempo. Verifique sempre a terra, espetando o dedo até cerca de dois
centímetros de profundidade, antes de lhe deitar mais água.
Nos meses secos aumente a humidade em volta das folhas, colocando os vasos dentro de um
tabuleiro com seixos ou pulverizando-os com água.
CONTROLO DE PRAGAS E MANUTENÇÃO
Restrinja os fertilizantes durante os meses de inverno, em que o crescimento é lento. Com dias
curtos e pouco sol, as plantas tornar-se-ão longas e frágeis. Pode-as com regularidade para estimular
a emissão de lançamentos abundantes e fortes.
A ESCOLHA DAS PLANTASSe quiser cultivar uma mistura de espécies diferentes num mesmo vaso ou numa floreira, escolha
plantas com exigências semelhantes. Uma mistura de ervas mediterrânicas, como orégãos, manjerona,
salva e tomilho, todas elas apreciadoras de sol e de boas condições de drenagem, é um êxito garantido.
As diversas alfaces também se dão bem juntas mas é melhor cultivar o pimentão num vaso individual
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Se quiser cultivar plantiiN iiinii local coberto, a maioria
das ervas aromáticas desenvolve se melhor a partir de mudas.
O manjericão, a calêndula, as violetas, os amores-perfeitos
e os coentros são a exceção, atingindo depressa o tamanho ideal
quando cultivados a partir de semente. Quanto às verduras
e alfaces, a sementeira é a única alternativa.
A ESC OL HA DO RECI PIENTE
As floreiras de janela são a escolha óbvia, já que a sua forma
estreita e retangular foi concebida a pensar nos parapeitos.
Contudo, existem hoje as mais diversas opções, incluindo vasos
individuais quadrados, como os da fotografia ao lado. Os vasos eas floreiras devem ter um mínimo de 12,5 cm de profundidade,
furos para a drenagem e tabuleiros por baixo. Quanto mais fundo
o vaso, maiores as hipóteses de as plantas se manterem saudáveis
a longo prazo. Os recipientes sem buracos podem ser adaptados,
cobrindo o fundo com uma camada de 2-5 cm de gravilha (ou
cacos de barro), que funcionará como um reservatório de água.
Este método resulta a curto prazo, mas requer regas cuidadosas
que evitem «afogar» as plantas.
1. Encha o seu recipie nte ou a flore ira com te rra para vasos
humedecida, até cerca de 7 centímetros da borda.
2. Se qu iser planta r estacas ou mudas, abra um buraco para
cada uma, afastando um pouco de terra para os lados.
3. Retire as mud as dos vasos on de se enc on tram e insira-as,
na vertical, no novo recipiente. Procure deixar vários
centím etros entre as plantas, para qu e as raízes tenham
espaço para crescer. Em geral, não se deve colocar maisde três plantas numa floreira de janela com 30 x 15 cm.
4. Uma vez as plantas inseridas, preen cha os espaços em volta
delas, certificando-se de que a coroa (o ponto em que as
raízes encontram o caule) não fica enterrada. Deixe 2 a 4
centímetros entre a superfície da terra e a borda do
recipiente, para pe rm itir a rega.
5. Regue bem, para que a terra fique m olhada até ao fun do do
VAI PRECISAR DE
• Floreira ou vaso com buracos
para a drenagem
• Cacos ou pedras (facultativo)
• Sementes, mudas (pequenas
plantas) ou estacas com
raízes
JANELAS MUITO SOALHEIRAS
• Tomilho
• Orégãos
• Salva
• Manjerona
• Malaguetas (experim ente as
minúsculas «chinesas ornamentais»
ou as vigorosas Red Rocoto)
• M anjer icão (experimente variedades
com pactas com o Purple Bush)
• Salsa
• Agr ião
• Calêndula
JANELAS COM ALGUMA
SOMBRA
• Hor te lã -p imenta
• Cebo l inho
• Alface
• Espinafres
• Salsa
• Tomilho
• Mizuna
• Be ld roega-de- inverno (Claytonia)
• Vio letas e am ores-perfe itos
vaso.
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Encontrar Espaço
E o que fazer quando as nossas ambições vão para além do parapeito, mas
não temos nem uma faixa de terra? Que tal pedir alguma emprestada?
Hoje em dia é cada vez maior o número de organizações dedicadas à
horticultura comunitária que difundem o amor pelo cultivo da terra.
Hortas ComunitáriasOcupando espaços em jardins públicos, terrenos privados ou antigas lixeiras, elas oferecem aos
habitantes locais a hipótese de pegar na enxada lado a lado com os vizinhos. Cada horta distingue-se pelos grupos que dela tratam, que têm as suas regras e os seus modelos próprios. Umas atribuem
uma pequena área de terra, ou parcela, a uma pessoa; outras funcionam em regime de associação,
sendo coletivamente trabalhadas por um grupo. Uma horta comunitária ou urbana pode consistir
apenas em meia dúzia de parcelas ou ocupar um quarteirão inteiro e ser trabalhada por centenas
de membros. Visite as que existem na sua região e descubra a que melhor corresponde às suas
necessidades e ao seu estilo. Se não encontrar nada que lhe agrade na sua área de residência, ponhaa hipótese de inaugurar uma juntamente com alguns vizinhos.
Ocupe o Que Puder A horticultura «de guerrilha» é a mãe da horticultura comunitária, ou talvez se deva dizer a sua
prima rebelde e provocadora. A horticultura «de guerrilha» consiste em criar uma horta em toda e
qualquer área livre, sem compromisso nem autorização. A maioria dos hortelões guerrilheiros atua
de passagem, lançando sementes e plantas à terra, sem voltar para cuidar delas.
Mas é possível cultivar hortícolas nessas condições? Afinal, cultivar o que se come é antes de
mais um ato que requer empenho e, a maioria das vezes, a expetativa de uma futura colheita.
Alguns horticultores guerrilheiros optam por investir algum tempo no espaço e regressar com
regularidade para cuidar das plantas, como fariam numa horta comunitária ou num quintal.
Outros escolhem plantas que não exigem cuidados, para que qualquer um usufrua da sua
produção. Exigir ou não cuidados depende muito do clima e das condições oferecidas. Por
exemplo, os residentes de São Francisco sabem que plantas comestíveis como chagas, amoras e
funcho crescem bem em terrenos baldios e abandonados, sem a mínima intervenção humana.
Infelizmente, as plantas que mais prosperam tendem a ser oportunistas invasivas, sufocando a
vegetação espontânea (e a não espontânea) quando deixadas à sua sorte. Se decidir criar uma
horta «de guerrilha», pense nos seus efeitos a longo prazo e tente espalhar boa-vontade comestível
e não causar danos.
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Sonhar e Planear
Durante décadas, a horticultura foi erradamente considerada um membro
humilde, prático e pouco atraente, do universo da jardinagem. As flores e
plantas ornamentais não comestíveis eram expostas com orgulho na frente das casas, enquanto a horta ficava nas traseiras, remetida para um canto
soalheiro mas bem escondido.
Alimentos Fabulosos
Felizmente a nossa atitude mudou de forma radical, graças a um interesse inédito por plantasque antigamente se cultivavam, muitas delas atraentes e coloridas. De um momento para o outro,
a outrora ignorada acelga e a desconsiderada couve passaram a receber o respeito e a atenção que
merecem. Os jardineiros viraram os seus holofotes para as plantas comestíveis, afastando velhos
preconceitos e permitindo-lhes partilhar o venerado canteiro. Ainda por cima, assistimos também
à nova tendência de utilizar flores em culinária. Muitas delas são hoje um apontamento saboroso,
nutritivo e atraente num prato principal ou numa sobremesa. Quem tenha pouco espaço para
cultivar já não precisa de optar entre beleza e utilidade. Podemos apreciar as nossas flores e
também comê-las!
Plantas Comestíveis no Jardim
Criar uma paisagem elegante e comestível é muito fácil, bastando para tal plantar legumes
vistosos entre as flores do canteiro, onde uma erva ornamental ou uma frondosa Heuchera
costumavam ser rainhas. Plantas de folhas grandes e abundantes, como a acelga Rhubarb e a
couve Redbor, podem acompanhar hostas e cóleos ao longo da estação de crescimento, enquanto o
alto, arrendado e delicado endro, ou o metálico funcho-púrpura, são excelentes substitutos das não
comestíveis salsa-selvagem e astilbe.
Trocar as nossas dispendiosas ornamentais pelas suas sósias comestíveis também sai mais
barato. A alcachofra é um tipo de cardo que se torna tão imponente como qualquer cardo
ornamental, mas apresenta um gosto delicado no fim do seu ciclo de vida. Deixe o seu alho--francês na terra durante o inverno e ele produzirá uma flor colorida e esférica no ano seguinte -
uma versão vigorosa e comestível da cebola ornamental (Allium giganteum), cujo preço é
exorbitante. A perila-vermelha e o manjericão Purple Opal ficam lindos num local soalheiro, com
a vantagem de que pode usar as folhas para fazer um chá ou um saboroso pesto. Experimente
variedades variegadas de plantas vulgares, como a malagueta Variegata, o morangueiro (Fragaria
vescá) Variegata ou as chagas Alaska Mix. Há mesmo uma variedade de tomateiro variegado vermelho e branco. A cor vermelha dos frutos não tem nada de especial, mas a planta é
espetacular!
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A part ir do can to supe rio r esquerdo , no
sentido dos ponteiros do relógio: majestosos
beldros e acelgas decoram uma avenida
soalheira; morangos, violetas e manjericão
Purple Ruffles partilham um pote primaveril
com buracos; feijões coloridos embelezamuma cerca; faça uma treliça para ervilheiras
com ramos de uma árvore podada; o
espantoso manjericão Purple Ruffles.
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O H ortelão ContemporâneoJuntar plantas ornamentais comestíveis a um canteiro de flores é apenas o começo. Se gosta
de plantar, decorar e organizar, vai divertir-se imenso a desenhar uma horta maravilhosa e
decorativa. Embora os hortelões sejam, por tradição, maníacos na sua dedicação a uma disposição
formal, simétrica, não há razão para não dispor as suas plantas em grupos, amontoados ou
espirais. Organizando as suas plantas em agrupamentos cooperativos, na chamada consociação
(página 34), não só obterá um resultado esteticamente agradável, como também beneficiará a
saúde de toda a horta.
Remate o perímetro da sua horta com alfaces baixas, atraentes e coloridas, chagas, camomila,
tomilho, morangos, salsa-frisada ou violetas. Inspire-se nas hortas formais, dividindo-a em
quadrados com bordaduras bem aparadas de alecrim, alfazema ou mirtilos.
Pense em plantar em altura e não apenas em largura. Crie arranjos em volta de um pontocentral, como uma treliça em madeira ou um tripé em bambu por onde trepem feijoeiros,
ervilheiras ou tomateiros. Construa uma estrutura biológica com ramos de árvore e cordel forte.
Plante por baixo alface, tomilho ou manjericão Purple Ruffles, o que protegerá o solo ao mesmo
tempo que impedirá o crescimento de ervas daninhas, facilitando o seu trabalho lá mais para
diante.
O cultivo de plantas comestíveis na vertical aumenta a produtividade dos espaços pequenos,
esconde vedações feias como por magia e cria privacidade entre vizinhos. Plante variedades
vivazes e resistentes a pragas como Melothria scabra, um parente do pepino que produz uma
folhagem delicada e pequenos frutos adoráveis, ou Scarlet Runner Bean, cujas vistosas flores
escarlates dão origem a grandes vagens pendentes. Uma fileira de alcachofras-de-jerusalém
é uma divisória fácil de cultivar, com flores semelhantes a girassóis empoleiradas em caules
de 25 centímetros. Faça um lúpulo (Humulus lupulus) trepar por um poste ou muro, para o tapar
de forma fácil e rápida. Colha as flores para fazer cerveja caseira ou chá; na primavera, coza
os rebentos jovens como se fossem espargos. O lúpulo segue o exemplo da corriola, crescendo
de forma agressiva e selvagem - uma vez estabelecida, nunca mais se verá livre desta planta.
Cultive-a em recipientes grandes para evitar que ela se torne invasiva.
Estas flores de begónia-tuberosa num tom rosa-vivo sãoquase fluorescentes q uan do cultivadas em vaso. As
pétalas sumarentas são tão ácidas como o limão e
substituem-no de m odo convincente.
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Ca pít u l o 2:
Obter PlantasEscusado será dizer que o seu jardim precisa de plantas. Comprar plantas
envasadas para transplantar é a opção óbvia, mas pode ser um modo difícil e dispendioso de preencher o espaço de um jardim novo em folha.
Felizmente há outras maneiras de obter plantas sem
gastar um cêntimo. Muitos horticultores têm um excedente
de sementes e plântulas que não se importam de partilhar.Procure online comunidades com as quais seja possível
negociar, ou experimente dividir encomendas com amigos
- quem cultiva espaços pequenos raramente precisa de
usar as embalagens inteiras e algumas plantas podem dar
origem a várias (ver a página 31).
Para comprar plantas, feiras, mercados locais,
sociedades de horticultura, lojas de comida étnica, bancas
de rua, exposições de plantas e até estabelecimentos
especializados são excelentes para encontrar mudas
invulgares e sementes a preços económicos.
A melhor maneira de aumentar a sua coleção é
cultivando sementes, fáceis e baratas de comprar pelo
correio. As melhores variedades estão à distância de pouco dinheiro por pacote, tornando-se
muito económico comprar um tomateiro ou uma alface. Os milhares de empresas que vendem
sementes satisfazem as necessidades de qualquer horticultor e muitas têm catálogos coloridos que
pode consultar online. Fazer compras deste modo permite poupar papel, ainda que se perca o
velho hábito de folhear um catálogo e assinalar o que se prefere.
Criar Plantas: Cultivar a partir de Semente
Na loja, os pacotes de sementes exibem palavras como polinização aberta, clássica e híbrida.
As variedades de «polinização aberta» e «clássica» são as que se desenvolveram por meio de
polinização natural, sendo as segundas aquelas que se foram transmitindo de geração em geração.
Recolha as sementes de um pepino, tomate ou melão quando chegar o outono e terá bastantes
para cultivar no ano seguinte e oferecer a todos os vizinhos. As híbridas são cruzadas de modo a
oferecerem resistência às doenças e aos insetos. São uma boa escolha se quiser cultivar espécies
que na sua região são particularmente sensíveis a esses problemas. Infelizmente, produzem
sementes estéreis, 0 que as torna dependentes da intervenção humana para sempre.
É
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0 Que É NecessárioPode fazer a sementeira em qualquer recipiente que seja capaz de levar terra e escoar água. O melhor
lugar para procurar equipamento é o contentor da reciclagem e não a secção de jardinagem. Não gaste o
dinheiro que tanto lhe custou a ganhar em estufas de plástico. Reutilize pequenos recipientes de plástico
com orifícios abertos no fundo. Coloque-os sobre a respetiva tampa e terá o problema do tabuleiro de
drenagem resolvido num instante! Deite uma camada de sementes de alface ou cebola num daqueles
1 ncipientes de plástico onde se vendem os legumes. Corte uma garrafa de plástico ao meio, inverta a parte
de cima, formando um funil, insira-a na de baixo, e terá um prático recipiente de rega automática para fazer
a sua sementeira.
Os primeiros dias de vida de uma plântula são vitais para a saúde da planta a longo prazo. As plântulas
cultivadas num local coberto tornam-se mais suscetíveis às doenças do que as suas irmãs semeadas
diretamente no solo. A saúde das plantas jovens depende de um princípio de vida numa terra própria parasementeira, leve e bem arejada, que retenha a humidade mas disponha de boas condições de drenagem.
Não se esqueça de colocar etiquetas nos recipientes assim que deitar as sementes à terra, para não se
ver diante de uma confusão de plantas anónimas quando chegar a altura de as transplantar. As diferentes
plantas são fáceis de identificar, mas a maioria das variedades é muito semelhante. Costumo fazer
pequenas bandeirolas com um pedaço de papel autocolante enrolado à volta de um palito. Os depressores
de língua ou os paus dos gelados ficam bem em vasos pequenos e podem ser pintados para uma
identificação imediata.
Semear e Plantar Como e quando se lançam as sementes à terra depende da planta. Algumas devem ser plantadas num
local coberto cerca de três meses antes das últimas geadas, enquanto outras podem ser semeadas ao ar livre
assim que a terra aquecer, na primavera. E difícil
memorizar a data em que se semeou cada planta.
Tenha sempre as datas sob controlo recorrendo a
uma «Tabela de Sementeira e Plantação» (página
200), que indica quando cada espécie deve ser
semeada e transplantada. Pendure-a num lugar
visível para nunca se esquecer das datas. Pode
parecer aborrecido ter de a preencher, mas vaipoupar-lhe muito trabalho mais tarde.
Muitas plantas, como ervilheiras, alfaces,
hortaliças e feijões, crescem melhor se forem
semeadas ao ar livre, diretamente no local
definitivo, seja ele um canteiro ou um vaso. Semear
diretamente tem todas as vantagens da sementeirasem o inconveniente de ter de arranjar espaço no
quarto ou na cozinha para colocar os vasos com
as plantas bebés. Na Secção 2 deste livro descubra
como semear plantas específicas
ã i id f did d dif d d i d l
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As sementes são inseridas na terra a profundidades diferentes, de acordo com o tipo de planta,
embora prevaleça a regra geral que diz deverem as sementes ficar cobertas com uma camada de
terra cuja altura meça, mais ou menos, o mesmo que o maior dos seus lados. Isso significa que as
sementes mais pequenas são colocadas à superfície com muito pouca terra em cima e as maiores
devem ser introduzidas numa pequena cova com uma profundidade igual ao dobro da sua altura.
Fácil, não é? Se quando chegar o momento tiver alguma dúvida, não se preocupe: na maioria dasembalagens de sementes está escrito o que deve fazer.
Para semear num local coberto, encha o recipiente, até cerca de um centímetro da borda, com
mistura para sementeira humedecida e calque-a com os dedos ou com um vaso do mesmo
tamanho. Se achar que os buracos do seu vaso são demasiado grandes e podem deixar cair a terra,
tape primeiro o fundo com um pedaço de papel de jornal. Insira as sementes à profundidade
requerida para cada planta, não colocando mais de duas num vaso de 10 centímetros. Se usar um
tabuleiro grande ou semear no local definitivo, siga as instruções da embalagem quanto aos
intervalos ideais entre as sementes e distribua-as da forma mais uniforme possível. Coloque os
vasos e tabuleiros num local quente e mantenha a terra húmida, como uma esponja bem torcida,
durante a germinação. A duração da germinação difere de planta para planta, por isso não se
assuste se as minúsculas primeiras folhas demorarem a aparecer.
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CULTIVAR
Alvéolos Feitos com Rolos de Papel Higiénico
Esqueça as esferas de turfa e os vasos minúsculos.
São bonitos, mas dão muito trabalho e saem caros. Um
saco de mistura para sementeira e uns rolos de papel
higiénico são uma opção ecológica que apresenta todos
os benefícios de uma esfera de turfa sem custar um
cêntimo. São especialmente bons para sementes de
feijão e girassol, cujas raízes não gostam de ser
perturbadas durante a repicagem.
1. Co loque três, cinco ou sete rolos de papel
higiénico na vertical, em cima de um prato ou
tabuleiro, form and o um círculo.
2. Ate um cordel em volta, sem ape rtar muito, só
para os rolos não saírem do lugar.
3. Com cuidad o, encha cada tub o com terra para
sementeira humedecida, calcando ligeirame nte até
quase à borda.
4. Plante apenas uma sem ente em cada tub o, à
profundidade requerida, e regue ligeiramente.
5. Qu and o a plântula estiver pronta para ir para o ar
livre, retire com cuidado a camada exterior de
papel, deixando uma interior, fina e intacta, e
depois insira cada cilindro na sua cova.
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Carrot
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C i B bé
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Criar o Bebé
Se usar uma campânula ou tampa para conservar a humidade, retire-a assim que as pequenas
plantas começarem a emergir à superfície. Todos sabemos que as plântulas precisam de água e luz
para sobreviver, mas raramente nos lembramos do terceiro requisito: ventilação. A ventilação
raramente constitui problema ao ar livre, mas as nossas casas fechadas no inverno, onde o ar não é
renovado, oferecem condições ideais ao aparecimento de doenças como a murchidão dasplântulas (página 73), que ataca as plantas jovens e vulneráveis. Se puder instalar uma pequena
ventoinha elétrica junto das plântulas em desenvolvimento, é uma boa ajuda.
As sementes recém-germinadas devem também receber luz de imediato - durante pelo menos
12-16 horas por dia e proveniente de lâmpadas fluorescentes colocadas a uma distância nunca
superior a 5-10 cm. Sim, muito perto. Mais afastadas nem que seja um centímetro e as plantas
tornar-se-ão altas, frágeis e pouco saudáveis, pois crescerão na direção da pouca luz existente.
Os parapeitos virados a sul servem, à falta de melhor, mas em geral são frios e não recebem luz
suficiente. Invista num suporte barato para duas lâmpadas fluorescentes, uma branca e fria e outra
branca e quente, e pendure-o por cima das suas plantas. Em alternativa, coloque as plantas em
cima de uma pilha de listas telefónicas ou tijolos e vá-os retirando à medida que as plântulas
forem crescendo.
As plantas acabadas de germinar são comparáveis aos ovos de galinha, na medida em que
contêm toda a nutrição de que necessitam sob a forma de cotilédones, as primeiras folhas que
emergem do solo. Estas em breve são substituídas por um segundo par, a que se chama folhas
verdadeiras. As plântulas começam a exigir alimen.to adicional quando os cotilédones murcham e
desaparecem. Algumas das terras próprias para sementeira contêm um pouco de matéria orgânica
incorporada, mas, se não for esse o caso da sua, junte-lhe agora vermicomposto e farinha de algas
(página 65), pelo sim, pelo não.
Como não podia deixar de ser, o número de sementes germinadas pode ser maior do que oprevisto. Quando isso acontece, terá de pôr o seu amor à prova, desbastando as plântulas
congestionadas enquanto elas ainda são pequenas, para que as outras tenham espaço para se
expandirem. E um trabalho duro - até a mim me custa fazê-lo e tenho sempre vontade de
simplesmente desenterrar as que estão a mais e plantá-las noutro lugar qualquer. Não faça isso.
Corre o risco de danificar o delicado sistema de raízes para salvar apenas algumas. Em vez disso,
corte a parte aérea das que estão a mais com uma tesoura. As tenras aparas das plântulas de
acelga, couve, nabiças, beterrabas, cenouras e cebolas dão um toque delicioso às saladas. Não as
encare como plantas para deitar fora, mas sim como uma colheita precoce!
^ A pa rtir do canto superior esquerdo, no sentido dos
ponteiros do relógio: plântulas de cebola prontas a
transplantar; este tom ateiro tem lesões causadas pelo
frio e pelo sol, porque não foi devidamente aclimatado;
não se esqueça das etiquetas; faça etiquetas baratas com
depressores de língua pintados com tinta de ardósia.
L A Li
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Levar para o Ar Livre
A altura correta para mudar as suas plântulas do
aconchego caseiro para o cruel mundo exterior
depende das necessidades individuais de cada uma.
Muitas podem ir para o exterior assim que passar o
perigo das geadas na região onde vive, mas outras
devem ser mudadas antes e outras ainda muito
depois. Leia as instruções inseridas nas embalagens
para descobrir os cuidados a ter com cada uma.
Todas as plantas a transplantar, ou repicar, que
foram cultivadas num local coberto precisam de
passar por um processo a que se chama aclimatação, eque consiste em ajudá-las a fazer a transição da vida
protegida do interior para as inóspitas condições do
exterior. Levá-las de imediato para a terra seria para
elas um choque que não tardaria a matá-las. Lá se ia
todo o seu trabalho por água abaixo.
1. Quando a tempera tura tive r subido o suficiente,
coloque todos os dias as suas plântulas ao livre,
num local abrigado, durante algum tempo.
2. Ao long o de duas semanas aum ente
gradua lmente o período passado ao ar livre.
3. Vá tiran do da sombra as plantas que gostam de
sol até elas se habituarem à intensidade da luz
do exterior.
Manuseio das Jovens Plântulas: Segure-as semprepelas folhas e não pelos caules. As folhas
danificadas vo ltam a crescer; as plântulas com o
caule danificado ficam arruinadas.
Limpeza dos Vasos: Depois de proceder à
repicagem das suas plantas, g uarde os vasos para
os poder reuti l izar. Deixe-os de molho em águacom sabão e umas tampas de água oxigenada e/ou
vinagre e ficarão l impos e esteri l izados, prontos
para a próxima uti lização.
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FAZER
Multiplique as Suas Plantas
Quando obtenho plantas novas a partir de
estacas, não consigo deixar de sentir que estou a
cometer um ato de desobediência e provocação.
Como é possível que uma forma tão barata e fácil
de multiplicar a colheita não seja um pouco
desonesta?Plantas como hortelã, manjericão, malva,
alfazema, tomilho, alecrim, lúcia-lima e orégãos
criam raízes com especial facilidade. Pegue numa
tesoura e faça um corte em diagonal num rebento,
logo abaixo do ponto de inserção de uma folha.
Coloque o caule num frasco com água e, em menos
de uma semana, verá que já criou raízes. Combine
partilhar as estacas com amigos e todos colherão
grandes frutos a partir de um par de plantas.
C a p í t u l o 3:
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C a p í t u l o 3:
Um Bom Começo
A primeira coisa a fazer antes de começar uma horta é estudar o espaço
disponível. Eu sei, não parece muito divertido, pois não? Nesta altura, a
única coisa que lhe apetece é comprar uma tonelada de sementes e
começar a mexer na terra!
Perder algum tempo a estudar o espaço de que dispõe pode parecer aborrecido, em especial se
chegar à conclusão de que ele nada tem a ver com o jardim dos seus sonhos. Contudo, conhecer
fatores como sol, solo e exposição pode fazer a diferença entre uma horta exuberante e uma que só
tem bom aspeto no papel.
Fazer planos realistas vai permitir-lhe levar em conta as suas limitações e maximizar os seus
recursos. Em vez de imaginar o pior, pense nas direções inesperadas que a sua horta pode tomar
se a trabalhar de forma esclarecida.
içãoRegra geral, as hortas dão-se bem em locais com
sol direto. Muitos horticultores impacientes
convencem-se de que a sombra de uma árvore ou o
parapeito virado a norte serve muito bem.
Infelizmente, isto não é verdade. Se tem um espaço
à sombra, não se iluda e poupe-se a uma futuradeceção. São poucas as plantas comestíveis que se
dão bem à sombra. Felizmente, a sombra parcial é
apreciada por algumas verduras e ervas aromáticas,
embora, em certos casos, a pouca quantidade de sol
possa dar origem a colheitas reduzidas. Para uma
avaliação rigorosa, observe a luz ao longo do dia e
as alterações que ela sofre de estação para estação.
Um local virado a sul, embora muitas vezes seja
considerado ideal, pode ser traído por uma vedação
alta, um grande edifício ou por um grupo de árvores
cujas folhas despontam durante o verão. Procure
orientar canteiros e recipientes de modo a tirarem partido da luz disponível, em especial ao
princípio da manhã, altura em que ela é mais intensa.
A circulação do ar e do vento é outro aspeto que depende da exposição. As hortas dão-se bem
se forem protegidas por um quebra-ventos das rajadas fortes e nocivas. Imagine uma brisa suave a
soprar na sua pele. Agora imagine um vento forte a fustigar-lhe o rosto. Com as plantas não é
LUZ EXIGIDA
Sol Direto: 6 horas ou mais de sol direto por dia.
Sombra Parcial: 4-6 horas de sol dire to por dia.
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(Iiferente. Uma brisa suave a atravessar o jardim reduz a estagnaçãoi■regula a temperatura. Os ventos fortes, pelo contrário, sobretudo ao
Ilassarem entre dois edifícios que produzam um efeito de túnel,
Iiodem colidir frontalmente com as suas plantas, secar o solo,
derrubar vasos e partir caules. Arvores, arbustos, plantas altas e
I>aredes atuam como quebra-ventos ao nível do solo, mas as plantas
i'm telhados e varandas altas são mais suscetíveis, pois a essasaltitudes não existe proteção natural. O truque consiste em criar
quebra-ventos leves que interrompam o fluxo mas não entravem por
completo a ação do vento. Use uma treliça ou uma rede de capoeira e
disponha as suas plantas em grupos, colocando as mais vulneráveis
n frente e as mais resistentes atrás, junto à treliça, cuja proteção elas
podem reforçar.
Edifícios, muros e árvores altas podem interferir na direção do
fluxo do ar e também na criação de bolsas de sombra ou calor numa
área pequena. Os fatores mais diversos, como veículos, lagos,
passeios, tijolos e vedações, podem associar-se e dar origem a
diferentes microclimas num mesmo espaço. O tijolo, que absorve
bem o calor, oferece um fundo acolhedor a pepinos e tomates. Mude
um vaso de verduras para a sombra fresca das plantas de uma varanda e poderá colhê-las até às canículas do verão. Os
microclimas podem funcionar a seu favor se dedicar algum tempo a
estudar de que modo eles influem no seu espaço.
CRIE UM QUEBRA-VENTOS
COMESTÍVEL
• Acelgas
• Alcachofras
• Alcachofras-de-jerusalém
• Alecrim
• Amoras
• Feijoca
• Framboesas
• Milho
• Mirtilos
• Repolho
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Disposição: Como, onde e quando
A disposição que der às suas plantas, quer as cultive em vaso, quer diretamente na terra, é quase tão importante como a
sua localização ou a época em que deve semeá-las. As plantas
cultivadas muito perto umas das outras são obrigadas a
competir pelo espaço disponível para as raízes, pelos
nutrientes e pela água. As folhas começam a sobrepor-se e a
fazer sombra umas às outras, aumentando o nível de humidadeà sua volta e acabando por criar um meio suscetível às doenças.
Por outro lado, deixar grandes intervalos entre elas não é tão
inócuo quanto possa parecer. A produtividade torna-se
obviamente mais baixa, porque quanto menos se cultiva,
menos se colhe. Um pouco de sombra até é bom - refresca o
solo e conserva a humidade deste durante mais tempo. Poupa-
-lhe trabalho e é vantajoso para o ambiente!
Cultivar plantas em grupos em vez de as
dispo r em fileiras é uma forma imbatível
de aprov eitar um espaço pequeno sem
causar balbúrdia. Imagine que o seu
quintal é um tabule iro de xadrez e
disponha as plantas em formações
alternadas 3-2-3 ou 2-3-2, deste modo:
X X X X XX X X X X
X X X X X
Quer Ser Meu Vizinho? A Consociação A consociação assemelha-se à distribuição dos lugares nas mesas de uma festa de casamento. Não vou
mentir: pode ser igualmente difícil. A não ser que goste de assistir a combates na primeira fila, decerto não
vai sentar o seu religioso tio Bill ao lado da sua cunhada defensora do aborto. Mas a consociação é mais do
que brincar aos diplomatas; é também um modo de pôr comunidades de plantas a trabalhar em conjunto na
criação de um ecossistema próspero. O aspeto positivo é que a consociação não resulta apenas quando as
plantas partilham o mesmo solo. Mesmo quando as plantas estão em diferentes vasos pode usufruir dos
benefícios da consociação se colocar os vasos de plantas que são boas parceiras perto uns dos outros.
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A Rotação das Culturas
A rotação das culturas é uma espécie de jogo das cadeiras levado a cabo no jardim por tempo
indeterminado. Todas as plantas são diferentes e cada uma atrai pragas e doenças distintas,
exigindo maiores quantidades de determinados nutrientes. Cultivar a mesma espécie no mesmo
Mtio ano após ano esgota o solo, do mesmo modo que, se imprimirmos repetidamente uma
imagem que contenha muito vermelho, gastamos o cartucho de tinta vermelha da impressoraenquanto os outros permanecem cheios. No jardim, esse tipo de sangria desigual pode dar origem
■i plantas doentes. Para piorar a situação, algumas doenças e pragas podem acabar por se instalar
no solo, em redor das plantas de que se alimentam. Manter essas plantas sempre no mesmo lugar é
convidar as pragas a irem a um restaurante onde o seu prato preferido é diariamente servido.
Ao anotar onde cultiva cada espécie poderá alterná-las e confundir as pragas e doenças, além
de dar ao solo a hipótese de renovar os nutrientes esgotados. Nem sempre é fácil saber que plantadeve suceder a outra, mas, de uma maneira geral, substituir uma dada espécie por um membro de
uma família diferente faz uma grande diferença. A Secção 2 deste livro identifica as famílias a que
cada planta pertence e sugere as melhores trocas para que tudo corra de forma satisfatória.
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T IP O S D E C O N S O C I A Ç Ã O
O s O p o s t o s A t r ae m -s e : Plantar e s p é c i e s que
necessitam de pouco al imento junto a espécies
de m uito al ime nto e plantas de raízes
com pridas ao lado de plantas de raízes curtas
proporciona uma boa distr ibuição dos
nutrientes do solo e evita a concorrência. As
raízes com pridas perfuram o solo trazend o
nutr ientes que se encontram nas profundezas
para a superfície, enquanto as raízes curtas
criam um emaranhado junto à superfície que
pro tege o solo contra a erosão.
R e p e l en t e s d e P r a g as : A lg uns insetos
parasitas são dissuadidos pelo cheiro ou pela
composição química de certas plantas. Rodear
uma planta vulnerável de outras com um
cheiro forte, como cebolas ou alhos, podeconfundir as pragas. EXPERIMENTE: Cravo-de-
defunto, alho, cebolinho-chinês, cebola,
catária, alfazema, hortelã e coentros.
A s m a is P o p u la r e s : As flore s de algu mas
plantas atraem vespas parasitas, abelhas,
borboletas e outros polinizadores benéficos,
controlando as populações de pragas e
gara ntindo a polinização das plantas.
EXPERIMENTE: Borragem, hortelã-pimenta,
endro, milefólio, calêndula e manjericão. Mais
informações na página 75.
C h a m a r iz e s : Os infestantes das plantas são
conhecidos por prefer irem certas espécies.
Tire partido dessa preferência e cultive uma
planta que os atraia junto à sua espécie
preferida. Uma vez o «chamariz» infestado,
remova-o e destrua-o, e l im inando desse mod o
a praga, e x p e r im e n t e : Plantar chagas jun to a
mostarda-da-índia.
P l an t as Q u e A l i m e n t a m : As legum inosas,
com o os fei jões e as ervilhas, captam o azoto
co ntido no ar e l ibertam -no para o solo. Junto
às leguminosas p lante espécies apreciadoras
de azoto, por exemplo, brássicas, como
brócolos, couve ou repolho.
A b r i g a r d a T e m p e s t a d e : Cultive plantas altas
e resistentes em fren te de espécies delicadas
e sensíveis, para as prote ge r do ve nto ou do
calo r excessivo.
In t e n s i f ic a d o r a s d o S a b o r : Embora ainda não
esteja of icialmente provado, algumas plantas
intensificam, ou mesm o alteram, o s abor das
suas companheiras. EXPERIMENTE: Plantar
borragem com m orangos, cerefó l io com
rabanetes, monarda com tomate.
F a z er S o m b r a : Plante espécies de pequeno
porte, de crescime nto rá pido e raízes curtas,
como as alfaces, por baixo de espécies altas
e folhosas, como os tom ates ou os quiabos.
As p lantas ba ixas enchem de som bra o solo
das altas enquanto elas se estão a estabelecer
e as altas fornecem sombra às baixas mais
tarde, quando o verão aquecer. EXPERIMENTE:
Verduras, alface, cravo-de-defunto mexicano
(Tagetes minuta), salsa e tom ilho .
* A partir do canto superior esquerdo, no sentido dos ponteiros
do relógio: plante flores ricas em néctar para atrair insetos
benéficos ao seu jardim. Os sirfídeos imaturos devoram afídeos;
os abelhões são conhecidos po linizadores; as larvas de joaninha
são vorazes devoradoras de afídeos; de uma maneira geral, n»
vespas são predadores úteis.
Segundas Sementeiras
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No início do verão, substitua as alfaces
que crescem sob os toma teiros eatingiram a maturidade por manjericão,
para ter sempre o que colher. Até num
vaso se pode tirar partido desta
estratégia.
Segundas SementeirasMuitos de nós temos tendência a considerar a primavera como a
época em que se deve pegar nas sementes e começar a plantá-las,
mas, na verdade, esta estação é apenas uma de várias
oportunidades para iniciar uma nova cultura. Consoante o clima,
algumas sementes podem ser lançadas à terra no outono ou mesmono inverno. Não deixe que o fim da primavera destrua o seu sonho
de ter um jardim de plantas comestíveis. Siga estas indicações
gerais para semear em praticamente qualquer estação do ano.
Do Início ao Meio do VerãoO tempo quente assinala o fim de muitas plantações de época fria
na maioria dos climas, independentemente da proximidade do equador.
Quando as ervilhas já tiverem sido colhidas e a alface começar a ficar
flácida e amarga, está na altura de enviar as plantas para a
compostagem e preencher os espaços que ficaram vazios com plantas
apreciadoras de calor. Este modo de fazer a rotação das culturas é a
melhor maneira de aproveitar o solo de qualidade de uma propriedade.
EXPERIMENTE: Semeie diretamente (ver a página 25) feijoeiros-rasteiros
e trepadores, soja (edamame), milho e muito, muito manjericão.
No Final do VerãoTal como contou os dias que faltavam até às últimas geadas para
determinar quando fazer as plantações da primavera (ver a «Tabela de
Sementeiras e Plantação», na página 200), use o mesmo método parasaber quando deve plantar as colheitas do tempo frio antes que a estação
de crescimento chegue ao fim. Consulte um almanaque do agricultor - o
Borda d’ Agua, por exemplo -, para saber quando começam as geadas na
sua área. Depois veja quais são os dias em que se deve colher a planta
que deseja, na «Tabela das Colheitas» (ver a página 173). Conte o número
de dias que faltam para as primeiras geadas, para saber se ainda lhe resta
tempo suficiente. Não se esqueça de acrescentar cerca de uma semana,
a contar com a redução dos dias durante o outono. EXPERIMENTE: feijão,
cenouras, ervilhas, espinafres, alface e verduras, cebolas, amores-
-perfeitos e violetas, chicória, coentros e rabanetes.
No InvernoEstas plantas podem ser semeadas de novo, para serem colhidas
no inverno, em zonas sem geadas e temperadas. EXPERIMENTE:
Calêndula, acelga, nabiças, ervilhas, repolho, couve, amores-
-perfeitos e violetas, brócolos, nabos e cebolas.
S U G E S T Õ E S S O B R E A P L A N T A Ç Ã O
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S U G E S T Õ E S S O B R E A P L A N T A Ç Ã O
O Q u e T em o s ? Identifique as condições
que, no seu espaço, afetarão o
crescime nto das plantas, incluindo luz e
exposição, direção d o vento e
microclimas (página 33), bem como tipo
e fertilidade do solo (página 42).
L o ca l i za çã o , l o ca l i za çã o , l o ca l i za çã o :
Cultivar plantas em grupos e não em
fileiras aumenta a colheita, refresca o
solo, conserva melhor a humidade deste
e permite que elas colaborem umas com
as outras. (Ver «Disposição: Como, onde
e quando», na página 34.)
V i v e r c o m o s P a r en t e s : Plantar no local
da colheita do ano seguinte plantas de
outra família é uma forma de dar ao solo
um descanso merecido e enganar as
pragas que, de outro modo, se reuniriam
nessa área. (Ver «A Rotação das
Culturas», na página 35.)
O b r i g a d o p e l a S u a A m i z a d e : Sedispuser as plantas em grupos que
colaborem entre si melhorará a saúde de
todas (ver a consociação, na página 34).
Para o L i xo : Tire o máximo partido do
seu espaço, fazendo segu ir plantas de
vida curta, como ervilheiras, rabanetes e
verduras, por uma cultura diferente e
mantendo, deste modo, a terra sempre
plantada. (Ver «Segundas Sementeiras»,
na página 38.)
Ca pít u l o 4=
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Abordagens Diferentes:Cultivar na Terra ou em VasoComo se imagina, se compararmos o cultivo de plantas em vasos com o
seu cultivo no solo verificaremos que há diferenças que é importante
conhecer. Contudo, embora algumas estratégias e ingredientes sejam
distintos, em muitos aspetos, os conceitos básicos não mudam. Por esse
motivo, vale a pena ler as duas partes deste capítulo, independentemente
do local onde vai plantar.
Cultivar no Solo
Os quintais são espaços herdados que já foram ocupados por diversos animais, plantas,
insetos, pessoas e talvez mesmo por outra horta, antes de chegarem às suas mãos. O solo encerra ahistória de tudo o que por lá passou, quer se trate de poluentes de uma velha fábrica, compactação
causada por um terraço de cimento ou acidez proveniente das agulhas caídas de uma conífera
vizinha.
Visto que, de uma maneira geral, nenhum de nós pode vistoriar o terreno minuciosamente de
um dia para o outro, o melhor é conformarmo-nos com o que temos e irmos melhorando as
condições a pouco e pouco. Eis como.
Avalia r o Solo
O solo é o elemento mais importante num jardim. Como bons horticultores, é natural que nos
concentremos nas plantas, embora, no que toca à saúde e à vitalidade do jardim, elas tenham uma
importância secundária. O solo é um organismo vivo (sim, até o que não presta é importante!),
uma amálgama de minerais, fungos, bactérias, ar, água, matéria orgânica e uma imensidão de
pequenas criaturas, cada uma desempenhando a sua tarefa, mas também trabalhando em
conjunto e estabelecendo complexas relações umas com as outras. Tal como as plantas, seguem
um ciclo de vida e morte. As plantas retiram nutrientes da terra, à qual alguns deles regressam
quando elas morrem. Sem intervenção humana, este ciclo repete-se infinitamente. Na nossa
atividade de horticultores perturbamos esse equilíbrio, com a vontade de organizar e ordenar
tudo. Quando arrancamos plantas no final da época, privamos o solo de nutrientes potenciais. Por
isso é tão importante fazer composto (página 46) e juntar uma boa quantidade dele à terra todosos anos. De outro modo, vamos tirando, tirando, até restar apenas uma terra seca, poeirenta e
infértil. As plantas alimentares crescerão pouco e devagar, serão atacadas por pragas e doenças ou
tornar-se-ão improdutivas.
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A s condições do solo diferem grandemente de lugar para lugar, até dentro do mesmo quintal.
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Para saber a que tipo pertence o seu solo, siga estes passos:
1. Ve rifique o pH reco rrend o a um teste caseiro, disponível nas lojas de jardina gem e em
drogarias a um preço acessível.
A maioria das hortas prefere um solo com um pH neutro a levemente ácido. Se o seu tiver uma
pontuação média, salte para o passo seguinte. Alterar o pH de um solo cuja pontuação se
aproxima de qualquer um dos extremos é um grande bico de obra. Em vez de lhe acrescentar
doses intermináveis de composto, estrume, cal ou outros retificadores do solo, o mais fácil é
construir um canteiro elevado, deitando todo o material que não interessa para o fundo do
compostor. Veja «Construa Uma Horta Elevada», na página 44.
2. Determ ine a textura do solo.
Cada solo tem uma textura diferente e que se pode sentir com as mãos. Pegue num pouco de
terra, humedeça-a e passe-a entre os seus dedos. Sente a terra arenosa e áspera como a areia,
pegajosa como a argila, macia como a lama, ou solta e granulosa como a marga? Caso a ache
semelhante à marga, parabéns, saiu-lhe a sorte grande! Constituída por areia, lama, argila e
matéria orgânica, a marga não se torna demasiado rija quando seca, não se deixa encharcar pela
água e é leve, apresentando entre as partículas inúmeras bolsas de ar graças às quais as plantas
respiram com facilidade.
Se não dispõe de um solo margoso, pode vir a tê-lo um dia. O truque é juntar grandes
quantidades de composto ao solo, ano após ano. Saiba mais sobre composto na página 46.
Com o Tirar P artido d o Que Tem
O seu quintal é árido como se tivesse sido varrido por uma tempestade de areia? Tem um
deserto ou um pântano nas traseiras? Há árvores altas, muros enormes ou um prédio novo a
impedir a entrada do sol? A não ser que tenha rios de dinheiro, melhorar as condições de um solo
realmente mau pode demorar várias estações - mas entretanto use a tabela apresentada na página
ao lado e comece já a usufruir de uma pequena horta. Lembre-se que, em casos extremos, a
produção pode ser inferior ao esperado.
Bons Candidatos para Más Condições
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Bons Candidatos para Más Condições
SOLO POBRE
As plantas que se seguem supo rt am
um solo com baixo teo r de
nutrientes e, por isso, são uma boa
escolha para um quintal árido.
Amora (Rubus fruct icosus)
Borragem (Borago officinalis)
Chagas (Tropaeolum majus)
Erva-cidreira (Melissa officinalis) Funcho-púrpura (Foeniculum
vulgare)
Manjerona (Origanum majorana)
Orégãos (Origano spp.)
Pepino-espinhoso (Cucumis
anguria)
Pepino Mexican Sour Cucumber
(Melothoria scabra)
Rabanetes (Raphanus sativus)
Rúcula (Eruca sativa)
Salva (Salvia officinalis)
Tomilho (Thymus spp.)
S OL O E N C H A RC A D O
Faça o que fizer, este solo nunca
terá uma boa drenagem; felizmente,
para as plantas qu e se seguem, isso
não é um prob lema.
Ag rião (N as tur t ium of f ic inale)
Angél ica
Arroz (Oryza sat iva)
Erva-príncipe (C ym bopo gon
ci t ratus)
Hortelã (Menta)
Monarda ( Mona r da )
LOCAIS COM SOMBRA
Sei que não vai gostar de ouvir isto,
mas são poucas as plantas
comestíveis que se dão bem à
sombra. Felizmente, algumas
tol eram sombra parcial (4-6 horas
de sol direto), embora, quanto mais
sol lhes proporcionar, melhor.
Acelga (Beta vulgar is, g r u p o
Cicia)
Alho-social (Tulbaghia v io lacea)
Amora (Rubus f ruct icosus)
Amores-perfeito s e vio letas
(Vio la x w i t troc kian a)
Azeda-da-h orta (Rumex acetosa)
Cebolinho (All ium
scho enop rasum )
Cebolinho-chinês (All ium
tubero som )
Cerefólio (Anthr iscus cere fo l ium )
Erva-cidreira (Mel issa of f ic inal is)
Ervilheira(Pisum sat ivum)
Espinafre (Spinaca o leracea )
Feijoca (Phaseolus coccineus)
Groselha-espim (Ribes uva-
-cr ispa)
Groselha-vermelha e preta
(Ribes rub rum , Ribes n igru m )
Hortelã (Menta)
Pimpinela-menor (Sanguisorba
minor )
Rabanetes (Raphanus sat ivus)
Repolho (Brassica oleracea,
g r upo Acepha la )
Ruibarbo (Rheum rhaba rbarum )
Salsa (Pe t rose l inum cr ispum)
Verduras (rúcula, alface, etc.)
CALOR INFERNAL
Estas plantas sobrevivem a
períodos curtos de solo seco e não
se imp ortam de viver no calor de
um saguão ou uma varanda.
Alcachofra-de-jeru salém
(He l ian thus tuberosus)
Alfazema (Lavendula)
BeldroBeldroega (Por tu laca o leracea)
Borragem (Borago o f f ic ina l is )
Cebola-selvagem (All ium
ce r nuum)
Cebolinho-chinês (All ium
tubero som )
Endro (Anethum graveo lens)
Hissopo-anisado (Agastache
F oen icu lum)
Manjerona (Or iganum majorana)
Orégãos (O r iga no spp.)
Pimentão (Capsicum)
Piteira-da-índia (Opunt ia )
Quiabo (Abe lm osch us
escu len tus)
Salva (Salvia off icina lis)
Tomilho (Thymus spp.)
C O N S T R U I R
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Construa Uma Horta Elevada
Se quiser cultivar no chão, os canteiros elevados são a
opção ideal. Tiram o máximo partido do espaço limitado e
tendem a ser mais produtivos do que a vulgar pequena
elevação de terra a que se chama cama. Em grande parte,
isso tem a ver com o solo. Um canteiro elevado é a melhor
maneira de obter depressa terra boa e solta sem sacrificar
as costas a cavar e a preparar o terreno. Além desses
benefícios, os canteiros elevados aquecem mais depressa
quando chega a primavera - quanto mais alto estiverem,
mais sol recebem. O facto de se encontrarem acima do
nível do solo significa que você não vai ter de se dobrar
tanto e que o cão terá menos hipóteses de pisar as alfaces.
Este método de construção de um canteiro elevado é
fácil e económico. Em vez de arrancar as ervas e melhoraro solo com produtos dispendiosos, obterá uma terra de boa
qualidade se as cobrir com materiais de compostagem.
E como criar uma pilha de composto que não é preciso
virar nem transportar. No fim, basta plantar em cima -
quanto mais cedo começar, melhor. Prepare a sua horta
com uns 6 meses de antecedência se quiser plantar na
primavera seguinte.
Construção da CaixaOs canteiros elevados podem ter todas as formas e
feitios e ser construídos com qualquer material que se
aguente de pé e onde se possa inserir pregos. Se os
construir com madeira de qualidade obterá canteiros com
grande longevidade, mas pode optar por materiais mais
baratos se não se importar de reconstruir ou remendar as
paredes ao fim de um a dois anos. Reutilizar a estrutura
das camas do tipo fu to n é o ideal; e estas abundam: muitos
de nós tivemos uma cama destas antes de um sofá ou cama
«verdadeiros». Em alternativa, use pedaços de cimentorecuperado, pedras ou blocos de betão, como se estivesse a
erguer um muro.
♦♦♦
VAI P R E C IS A R DE
• Materiais de contorno (ver a página 45)
• Parafusos para deck de madeira,
resistentes à ferrugem
• Pregos grandes para exte rior
• Folha de plástico (facultativo)
• Pistola de agrafar e agrafos (facultativo)
• Grande quantidade de papel de jornal
• Grande quantidade de materiais de
compostagem (ver a página 45)
• Uma cobertura (ver o passo 5)
1 É preferível com eçar por delim itar o espaço antes de deitar o com po sto no
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1. É preferível com eçar por delim itar o espaço antes de deitar o com po sto no
solo. O pte por canteiros pequenos com apenas umas dezenas de centímetros
de largura. Um can teiro peq uen o e acessível po r todo s os lados é mais fácil de
tratar e corre menos risco de sofrer da compactação causada pelas pessoas ao
pisá-lo. Construa os limites diretam ente em cima das ervas ou d o solo, e use
parafusos antiferrugem para dedcde madeira e pregos para exterior compridos,
para unir as tábuas e as traves. Fixe os lados com peq uen os p edaç os de
madeira inseridos no interior dos cantos ou velhas dobradiças d e p ortas.
2. Forre os lados do can teiro com uma folha de plást ico e agrafe-a com a
pistola, para que não saia do lugar. Este passo é facultativo, mas permite
que as tábuas de madeira durem um pouco mais ou func ionem comobarreiras entre o solo e materiais reaproveitados de origem duvidosa.
3. Com ece a em pilhar folhas de papel de jornal m olhadas no interior da caixa,
até forma rem uma camada com cerca de dez folhas. Não p oup e no papel!
Esta camada é fundam ental para amolecer o solo. M olhando -a prim eiro
evitará que esteja sem pre a voar e lhe provoq ue um ataque de nervos!
M A T E R I A IS D E
C O N T O R N O
Madeira usada
Peças de mobiliário usadas
Estruturas de futon
Blocos de betão
Pedras e pedregulhos
Tijolos
Ramos grandes
Pedaços de pavimento partido
Madeira resistente à podridão (cedro e cipreste)
Paletes de madeira usadas
4. A seguir, cubra o papel com tod a a matéria orgânica a que conseg uir deitar
as mãos. O ob jetivo é ench er a caixa até à borda, com uma altura mínima de
25-30 cm de matéria orgânica. Tudo o que for a dequa do ao com postor serve.
O s egre do é o m odo com o aplica os materiais. Pode usar não só materiais
mais sólidos (como aparas de plantas), que levam mais tem po a decom por-se
e po rtanto devem f icar por baixo, como tam bém materiais mais del icados,
que devem f icar por cima (como terra ou o p rod uto d o seu compostor).
5. Tape tud o com um plást ico ou cob ertor. Tapetes e boca dos de alcat ifa são
também bons materiais de cobertura, tal como mantas velhas e roídas
pelas traças e os jeans que já não lhe servem. Use apenas tecido s de f ibras
cem por cento naturais (algodão, lã, etc.) e retire os fechos e as tachas demetal. A folha de plást ico ou o plást ico preto são especialmente bons
para acelerar a decomposição, pois atraem os raios de sol, gerando calor.
6. Examine o canteiro ao f im d e 4-6 meses, altura em que pod e com eçar a
plantar. As camadas superiores já devem ter dado origem a um solo
granuloso com cheiro a terra. Se, por alguma razão, ainda houver muitamatér ia apenas parc ia lmente dec om posta a poucos cent ímetros da
superfície, subst i tua a cobertura e deixe o processo prolongar-se por mais
umas semanas. Junte mais composto ou terra se o nível do solo est iver
muito abaixo da borda do canteiro E agora toca a plantarl
M A T E R I A IS P A R A
C O M P O S T A G E M
Papel de jornal
Ramos e gravetos
Aparas de relva
Folhas Aparas de madeira
Restos de comida
Palha
Composto
Cascas de noz
Cascas de ovo
Borras de café
Terra
Desperdícios do quintal ou jardim
Estrume bem curtido
Melhorar a Saúde do Solo:
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Melhorar a Saúde do Solo:
Co m postagem em Espaços Pequenos
A compostagem é um excelente sistema de reciclagem, pois repõe
os nutrientes que as plantas retiram do solo para se desenvolverem.
E também a forma mais económica de melhorar a textura e a drenagem
do solo, enriquecer o seu teor nutritivo e atrair minhocas ao terreno.
E tudo isso à borla!
Compos tagemO mais difícil, na compostagem, é arranjar espaço
onde a fazer. Muitos horticultores que estão a aprender
a fazê-la pensam que o segredo da compostagem reside
na utilização do método ou do «sistema» ideal. Para
fazer composto basta dispor de um caixote do lixo com
alguns orifícios dos lados e no fundo. Até uma simplescova no chão serve perfeitamente. Os sistemas
elaborados podem ser úteis, mas não são fundamentais.
Atualmente, na minha horta comunitária, existem dois
compostores. O que parece mais eficaz é uma pilha
de material que é mantida no lugar por uma série de
paletes de madeira partidas e rede de capoeira. Não é
um espetáculo agradável, mas oferece-nos grandes
quantidades de excelente composto todas as
primaveras. Por sua vez, os recipientes em plástico
comprados para o efeito causaram uma quantidade
infinita de problemas: as partes de baixo e de cima
separam-se constantemente, secando o composto e
tornando-o inativo em pouco tempo. De tal maneira
que há uns anos os vespões decidiram instalar-se de
armas e bagagens nos ramos secos do fundo!
Se tem pouco espaço, experimente colocar um pequeno
contentor na varanda. Fazer uma pequena porção de
composto é melhor do que não fazer nenhum. Melhor
ainda: um contentor com vermes (também chamado vermicompostor), que pode ser guardado debaixo do
lava-louças ao longo do ano e que constitui o melhor e
mais versátil fertilizante para plantas envasadas.
A um ente a ef icác ia da sua p ilh a de com posto
ju n ta ndo-lhe fe rt il iz a n te s de libertação
prolongada, como fosfato natural e areia com
glauconite. O estrume deve ser sempre submetido
à compostagem antes de ir para a horta.
Como Fazer Composto
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1. Cons trua um con ten tor reciclando «achados» com o paletes
de madeira, fardos de palha, rede de capoeira, blocos de
betão, pi lhas de pneus e ramos. Pode im itar um conte nto r de
compra a br indo, com um be rbequ im ou furador , vários
buracos de 0,64 cm ou mais nos lados, no fund o e na tam pa
de uma caixa ou embalagem em plástico, ou mesmo num
caixote de l ixo de plást ico ou metal. Não economize nos
buracos: são indispensáveis para que exista uma boa
circulação d o ar e para reduzir o mau cheiro.
2. Vai precisar de uma tamp a. Alguns com postores funcionam
sem tampa, mas acho muito mais fácil regular os níveis de
calor e humidade co br indo-os com uma manta ou cober tor , o
que também os protege da chuva. Pedaços de alcati fas
velhas, serapilheira, olea do e folha de plást ico são ót imas
cober turas. Coloque um ob jeto pesado em cima para a tamp a
não ser levada pe lo vento.
3. Se puder, coloqu e o seu com po sto r sobre uma área de terra.
Isso permit irá a qualquer l íquido que escorra ser absorvido e
atrairá insetos benéficos. Se não for possível, coloque um
tabuleiro por baixo, para recolher os l íquidos r icos em
nutrientes. Esses líquidos são preciosos! Reserve-os e dê-os
às suas plantas qu and o elas precisarem de en corajam ento.
4. Praticamente tud o o que é natural serve para fazer com posto.
Mas como poucos de nós dispomos de espaço suficiente para
construir um compostor grande e mais eficiente, é melhor evitar
os materiais de decom posição dem orada qu e acabam p or atrairroedores e outras criaturas indesejadas. O segred o para ob ter
uma pilha eficaz é com binar textura s e junta r uma mistura de
«verdes», ricos em azoto (restos da cozinha), e «castanhos», ricos
em carb ono (material vege tal seco). A de com posiçã o é
interrom pida se um desses eleme ntos se enc ontrar em excesso
na mistura. Quando encher um compostor novo, procure
alterná-los em camadas da mesma espessura, ente rrando os
«verdes» por baixo dos «castanhos». Parta os ramos e outro
material vegetal grande em pedaços mais pequenos antes de os
ju nta r à pi lha - quanto maio re», mais difí cil a sua deco m posiçã o.
D E I T E P A R A A P I L H A
«Castanhos» (secos, r i cos em carbono)
Relva seca
Cascas de noz
Madeira
Ramos
Material vegetal seco
Papel de jornal e documentos rasgados
Lenços de papel
Rolos de cartão e de papel higiénico Embalagens de ovos e pratos em cartão
Feno e palha
Rolhas e fósforos usados
«Verdes» (húmidos, r i cos em azo to )
Restos, caroços e cascas de hortaliças
e frutos
Borras de café e saquetas de chá Cascas de ovo
Algas e kelp
Estrume de cavalo e vaca
Material do fundo de capoeiras,
coelheiras, gaiolas de hámsteres (apenas
herbívoros)
Aparas de relva
Não De i te pa ra a P i lha
Lixo do cão ou do gato
Laticínios e gorduras
Restos de carne
Tudo o que contenha óleo
Cartão laminado e embalagens Tetra Pak
Revistas Aparas de plantas doentes
Gesso cartonado ou madeira prensada
5. Inicie um com pos tor novo com um ativador de compo sto disponível no mercado ou peça um pouco de
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com posto m aturado a um am igo que tenha um co m pos tor já estabelecido. Os ativadores desencadeiam
o funcionam ento do com postor, do mesmo m odo que um acelerante ateia um fogo . Se tiver galinhas no
quintal, o estrume de capoeira é um ativador fantástico e, além disso, um elemento rico em nutrientes,
ótimo para jun tar à pi lha. Alguns horticultores defend em o po de r ativador da urina humana. Outros
preferem usar chá de consolda, urtiga ou valeriana-branca. Seja qual for a sua preferência, junte umpouco de ativador de cada vez que deitar um m aterial novo no com postor.
6. Para m anter a sua pilha ativa, vai te r de a revolver. Com frequê ncia. A com pos tage m é um processo
aeróbico, portanto, precisa de ar. Revolver a pilha permite que o ar entre nela e desencadeie a
decom posição. Os compo stos que não recebem ar desenvolvem um processo anaeróbico que
tecnicamente consiste numa decomposição, mas muito mais lenta e com um cheiro desagradável.
A com posta gem ae ró bica não te m mau ch ei ro . Re vo lver uma pi lha gra nde pode deixar dore s nos braç os,
o que é mais uma razão para que a pilha seja pequena ou para optar por um vermicompostor, que não
precisa de ser revolvido, até a «febre» da compostagem atacar.
7. O material coloca do na pilha e o mo do de a trat ar dete rmina m q uan do é que ela fica pronta. As pilhas
grandes produzem calor e podem estar prontas a ser usadas no prazo de um mês, mas as pilhas
pequenas e frias, cuja tem pe ratu ra mal fica registada num term óm etro , po dem levar um ano ou mais e
tendem a tornar-se mais lentas ou a suspender a com postage m por co m pleto se a tem peratura descer
muito. Depois de pronto, o composto é escuro e granuloso e cheira a terra. Em geral, a parte melhor
acumula-se no fundo, por isso verifique-o primeiro para saber se pode começar a uti l izar o seu composto.
C O M P O S T A G E M S E M R E C IP IE N T E
Em vez de arrancar plantas mo rtas no final da época, use a plantação de ste ano para preparar
composto in loco e poupe trabalho.
1. Co rte a pa rte aérea de plantas anuais mortas e sem doenças, com o tom ate iros e feijoeiros,
deixando as raízes intactas a decompor-se no solo.
2. Em pilhe os caules e as folhas remanescentes na terra e junte-lhe s o mesm o volume de restos
de hortaliças, borras de café, aparas de relva e outros «verdes».
3. Mo lhe a pilha com água e cubra com serapilheira ou com um co be rtor velho, tam bém
molhados.
4. Na primavera deve enco ntrar uma terra rica e granulosa por baixo do cob erto r. De ite os
detri tos d e m aiores dimensões no co m pos tor ou use-os para cob rir a terra qu ando plantar.
P R O B L E M A S C O M U N S D A C O M P O S T A G E M
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P R O B L E M A S C O M U N S D A C O M P O S T A G E M
Pragas na P i lha : Larvas voadoras, lesmas,
centopeias, formigas, bichas-cadelas e bichos-de-
-conta são comuns nos compostores. Lá dentro há
alimento em decomposição e, por isso, é natural que
eles o queiram aproveitar. Até ajudam a acelerar a
decomposição! Para controlar os infestantes, enterre
restos de comida po r baixo dos «castanhos» e
mantenha a pilha bem ventilada, a fim de aumentar o
calor. Para im pe dir a entrada de roedores e
mamíferos, enterre bem o lixo da cozinha, não deite
na pilha alimentos oleosos nem carne, ou então opte
por um dos compostores que se encontram à venda
e que tenha uma tampa que feche bem.
N ã o M e C h e i ra b e m : O cheiro desagradável a
podridão é, em geral, causado por falta de oxigénio.
Isso significa que tem de introduzir mais ar na pilha
ou que esta está ensopada, devido a excesso de
água ou de materiais molhados ricos em azoto. Deite
mais «castanhos» no c on tento r e revolva bem.
O C o m p o s t o r T em L o d o: As aparas de relva e as
folhas são excelentes para o compostor, mas muitas
de uma só vez podem estragar tudo, form ando uma
espessa camada isoladora que o ar não atravessa.
Para resolver o problema, junte imediatamente mais
«castanhos» e revolva bem a pilha.
N a d a A c o n t e c e : Nas pilhas de composto demasiado
secas (com excesso de «castanhos»), a decomposiçãonão ocorre. Reative-as adicionando bastante água e
mais «verdes» e, em seguida, revolva bem.
Dispensa-se Quintal:
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Dispensa se Quintal:
Horticultura em Vasos
Ao contrário de um terreno cultivado, uma horta em vasos é criada de raiz,
o que tem a vantagem de a poder adequar às suas necessidades. Isso
significa que não terá de enfrentar um solo duro, compactado, porque a
terra vai ser escolhida por si. Detesta a disposição do jardim? Não faz mal,
pode modificá-la num abrir e fechar de olhos.
Tudo pode ser cultivado em vaso, desde um pé de
alface a uma árvore de fruto. O truque é dar às
culturas um bom arranque, usando terra de
qualidade e um vaso suficientemente amplo para
acomodar de forma adequada a raiz de uma planta
estabelecida. Para falar com sinceridade, os
resultados não dependem apenas da sua aptidão:
algumas plantas alimentares dão-se bem em vaso,enquanto outras são conhecidas por, nessa situação,
produzirem menos do que quando cultivadas na
terra, seja qual for o tamanho do vaso e o talento do
horticultor. Saber o que resulta e o que não resulta
requer alguma prática (e alguns fracassos), mas
dou-lhe uma ajuda indicando, na Secção 2, o
tamanho mínimo que os vasos podem ter.
As plantas cultivadas em vaso tendem a exigir
mais espaço para respirar. Se as duas plantas de um
vaso estiverem congestionadas, podem competir pelo
espaço e pelos nutrientes e qualquer uma delas pode
ser a derrotada. Algumas plantas são açambarcadoras
de espaço e nutrientes e exigem um vaso individual.
Plantas como a couve-flor sofrem particularmente se
estiverem num dado vaso com outra da mesma
espécie, porque travam uma verdadeira batalha pelo
alimento. Outras, com necessidades alimentares
menos exigentes, partilham bem o espaço, desde que
tenham como parceiras variedades que apreciem asmesmas condições de luz e água, mas que, tirando
isso, sejam diferentes. Crescem ainda melhor se as
suas necessidades alimentares forem divergentes.
Quando misturar plantas num mesmo vaso, escolha
uma espécie frutífera (tomateiro, pimentos) e duas ou
mais de folha ou flor (alface, manjericão). Ou então
combine várias verduras.
Para tirar o melhor partido |><>:;sivrl do i■aparo, plante
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uma espécie frutífera exigente e de rai/. grande (por
exemplo, um tomateiro) junto a outras plantas fáceis
de cultivar, de crescimento lento e raízes curtas
(como o manjericão). Assim ficam todos a ganhar.
Substrato para VasosEmbora o seu primeiro impulso seja retirar terra
do chão e despejá-la no vaso, ou usar um pouco
dessa terra para economizar, não o faça. O que é
bom no jardim pode ser um desastre no vaso,
transformando-se num torrão solidificado que acabapor sufocar a sua planta e apodrecer-lhe as raízes,
ainda que a terra parecesse solta no chão. Opte por
um substrato próprio para vasos, um substituto de
terra que retém bem a humidade mas que, no
entanto, oferece uma boa drenagem, mantendo-se
arejado e leve no vaso.
A parte positiva é que esse substituto já vem
pronto num saco; não precisa de fazer nada para que
ele tenha qualidade. A parte negativa é que os
substratos disponíveis no mercado variam muito
quanto ao preço e à qualidade - é aqui que vale a
pena gastar um pouco mais de dinheiro. Algumas
marcas contêm turfa, perlite e vermiculite em
excesso, ingredientes que são fantásticos para manter
uma boa circulação do ar em volta das raízes, mas
pecam por ser pouco férteis. A turfa é um ingrediente
problemático: reduz o pH do solo e a sua extração é
responsável pela destruição de ecossistemas em solos
húmidos. Outras marcas abusam de materiaispesados e baratos, criando a compactação que se
tenta evitar.
Um bom substrato para vaso s terá de conter
matéria orgânica, como composto, casca de arroz,
aparas de madeira e/ou excrementos de vermes para
fornecer nutrientes; perlite, vermiculite e/ou areia
para impedir a compactação e melhorar a drenagem,
e ainda fibra de coco (um recurso renovável, que
substitui a turfa e é proveniente dn casca do coco),
para absorver a água.
S U B S T R A T O S P A R A V A S O S
A r e ia :
É usada em vez do cascalho para melhorara drenagem e não reter muita água. Use apenas
areia própria para horticultura.
C o m p o s t o : Matéria orgânica rica em nutrientes
e constituída por plantas apodrecidas.
E s f e r as d e f e r t i l i z a n t e : Fertilizante sintético de
libertação prolongada, geralm ente disponível
em misturas inorgânicas para solos.
F i b r a d e C o c o : Um recurso renovável que,
geralme nte, é usado em vez da turfa.
P e r l i t e : Grânulos brancos e empolados que
lembram pipocas. Promove uma boa drenagem.Excelente retenção da água.
T u r f a : Substrato leve e fofo recolhido em solos
húmidos. Muito ácido. Pouco valor nutritivo.
V e r m i c o m p o s t o : Nada mais, nada menos do
que excremen to de minhoca. Um ingrediente
leve e rico em nutrientes.
V e r m i c u l i t e : Ingrediente leve e escamoso
derivado da mica. Excelente absorvente de água.
Algtimus misturas contêm fertilizantes de libertação
prolongada mas se vai aderir ao biológico procure
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A D E Q U A R A P L A N T A A O V A S O
• Leve em conta as dimen sões da planta
adulta (altura, largura, sistema de raízes).
• O pte por recip ientes grandes que
retenham bem a água, reduzindo as
viagens até à torneira.
• Use recipientes peq uen os para espécies
de crescimento rápido (alface e verduras).
• Escolha recipien tes fund os para legum es
de raiz, plantas altas e trepade iras.
prolongada, mas se vai aderir ao biológico procure
ingredientes como algas marinhas, estrume ou composto de
cogumelos, em vez de químicos.
Se no estabelecimento a que se dirigiu a escolha for
limitada, pode sempre comprar uma base inócua e acrescentá--la ao seu próprio material nutritivo e composto. Ao adicionar
substrato para horticultura deve ter a mão leve, acrescentando
quantidades pequenas de cada vez. Se quiser experimentar
fazer a sua própria mistura, junte 1 parte de fibra de coco para
2 partes de composto e 1 parte de cascalho (areia ou perlite).
A Escolha do RecipienteQuase tudo o que possa conter terra pode ser usado como
vaso. E uma boa notícia para a sua carteira e para o ambiente,
pois dará uma segunda vida a objetos destinados à lixeira.
Embalagens de plástico, regadores cortados e gavetas vazias
servem muito bem. Pode até usar cestos de verga e grades de
fruta, se os forrar com um pouco de fibra de coco. Outra formade poupar dinheiro é dirigindo-se a outra secção do
supermercado. Os contentores para o lixo, depois de lhes abrir
alguns buracos para a drenagem no fundo, são um excelente
substituto para as dispendiosas floreiras à venda na secção de
jardinagem.
T e r r a c o t a : R e s p ir a b e m , m a s s e ca d e m a s i a d o d e p r e s s a p a r a
a s p l a n t a s a p r e c i a d o r a s d e h u m i d a d e ( a lf a ce e v e rd u r a s ).
P l á s t i c o : N ã o d e i x a e s c a p a r a á g u a . O p t e p o r v a s o s
r e c ic l a d o s o u s u b s t i tu t o s b i o d e g r a d á v e i s fe i to s d e m i lh o ,
ba m bu , pa lha ou cascas de a r roz . Ve ja , na pág ina 57 , ma is
i n fo r m a ç ã o s o b r e o p l á s ti c o .
M e t a l : R e té m b e m a h u m i d a d e , m a s a b s o r v e in t e n s a m e n t e o
ca lo r . Má esco lha pa ra um as escad as de se rv iço . Use
r e g a d o r e s e b a l d e s c o m f e n d a s q u e já n ã o s ir v a m p a ra c o n t e r
água .
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Reutilizar Terra para VasosNo final da época de crescimento, a terra dos seus vasos estará
uma sombra do que foi, compactada e com muito pouco valor nutritivo.
Ao contrário do que se diz, pode reutilizar a terra dos vasos. (Lembre-
-se de que ela transmitirá quaisquer doenças que tenham surgido, por
isso, se for esse o caso, é melhor usar terra nova.) Para evitar
problemas, pratique a rotação das culturas (página 35), tal como fariano solo do jardim.
1. Recolha a terra num saco e reserve-a até che gar a primav era. Em
alternativa, deixe os vasos ainda cheios de terra ao ar l ivre; nos
c l imas qu entes, esvazie os de terracota e cerâmica e guarde-os
num loca l cober to , para não racharem.
Faça Você Mesmo: Embeleze as
latas e os baldes reciclados
embrulhando-os em restos de
tapete de relva, estores de fibra de
coco ou bambu, ou tapetes de sisal. Fixe o revestimento escolhido
com cordel ou arame.
2. Na pr imavera, misture 25 por cento de com po sto novo ou
estrume na mistura que quer aprove i tar .
3. A dicio ne f ibra d e coco, areia grossa ou perl i te, se a m istura lhe
parecer dem as iado densa .
4 . Jun te um sup lemen to a limen ta r de li be r tação p ro longa da - ve ja
os po rm en ore s em «Ferti l izar», na pág ina 62.
C O N S T R U I R
Plante e Esqueça (ou quase)
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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Plante e Esqueça (ou quase)
Um vaso que se regue a si mesmo é o sonho de todos os
jardineiros. Embora a maioria dos recipientes exija uma
boa dose de água todos os dias (quando não duas por dia),
um vaso grande com sistema de rega automática dará de
beber às suas plantas durante dias a fio.
Encontra-os disponíveis à venda, mas basta comprar
um para a sua carteira sofrer um rombo. Este é construído
com materiais baratos e reciclados.
Como Funciona
A construção deste projeto exige alguma experiência no
que diz respeito a tirar medidas e usar ferramentas
elétricas, além de que pode ser difícil de entender. Em
resumo, este sistema funciona criando duas secções numrecipiente grande: uma para a água e outra para a terra.
As duas secções estão separadas por um segundo recipiente
(a caixa de suporte), que funciona como um enorme pavio,
absorvendo água do fundo do reservatório e conduzindo-a
à parte superior do depósito que contém a terra, na qual se
encontram as plantas.
Manutenção
Basta cumprir uma regra para que este sistema
funcione: nunca deixe o reservatório de água secar. Um
reservatório seco dá origem a uma terra seca; conseguir
repor a normalidade é bastante difícil. Se a terra secar por
completo, encha o reservatório de água e regue o depósito
de terra até esta estar bem molhada. Depois de a água ter
sido absorvida pela terra dos vaso s de plástico lá de baixo,
o sistema retomará a sua função de levar água ao depósito
de terra.
Quando plantar, adicione fertilizantes biológicos secos,
como farinha de algas, farinha de osso ou misturas à venda no mercado. Quando regar, pode também adicionar
fertilizantes líquidos, como emulsão de algas ou de peixe,
ao reservatório de água.
V A I P R E C I S A R D E
• Broca (Ví")
• Berbequim
• Dois vasos de plástico quadra dos ou
redondos de igual tamanho (mínimo: 12,5 cm
de profundidade)
• Duas caixas de arrumaç ão em plástico ou
contentores para reciclagem de igual
tamanho
• Marcad or indelével
• Régua
• Serra tico -tico ou serrote manual
• Broca (2")
• Um saco grande de terra para vasos que
proporcione uma boa drenagem
Construção da Caixa de Suporte
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Construção da Caixa de Suporte
1. Com o auxí lio do berbequ im m unido de uma broca de Vi", abra
mu itos buracos nos lados dos dois vasos de plást ico - pelo menos
vinte em cada lado. N ão têm de ser todos iguais. Os vasos vão
funcionar como pavios, absorvendo a água, portanto, quantos mais
buracos m elhor.
2. Encoste um dos vasos de plás tico a uma das caixas de arrumação. Com
um marcador indelével, assinale a altura do vaso na caixa. Acrescente
6 mm à altura marcada. Com uma régua, faça um risco em volta da caixa
de arrumação, assinalando a altura do vaso mais 6 mm.
3. C orte a caixa pela altura marcada, com uma serra t ico-t ic o ou um
serrote manual. Deite o que sobrar no contentor da reciclagem.
4. Vire a caixa ao contrár io, de m odo qu e o fun do f iqu e voltad o para
cima. De agora em diante, esta caixa vai ser designada com o caixa
de supor te.
5. Os vasos serão encaixados na caixa de suporte, de ntro do reserva tório
de água, funciona ndo com o pavios para levar a água ao top o do
de pó sito d e terra. Para as m edições necessárias, pouse um dos vasos
em cima da caixa de suporte. C oloque o vaso jun to ao canto esque rdo
do fun do da caixa de suporte. A posição não tem de ser perfeita; pod e
ser a cerca de 5 cm da borda. Desenhe uma linha em volta do vaso
com o m arcador.
6. Repita o passo 5, co locan do o segu ndo vaso jun to ao canto d i re i to
do fun do da caixa de supo r te.
7. C orte as áreas da caixa de supo rte correspo nde ntes aos con tornos
dos vasos.
8. Com o auxíl io do berbequim m unido da broca de 'A", abra, no fun do da
caixa de suporte, uma grande q uan tidade d e buracos. Estes não
precisam de estar à mesma distância uns dos outros nem de ser iguais.
9. Encaixe os dois vasos de plás tico nos resp etivo s espaços abe rtos na
caixa de su porte.
2
(continuação da página anterior)
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11
12
Monte o Sistema
10. Pegue na caixa de suporte (com o fundo para cima e os
vasos devida m en te encaixados) e insira-a de ntro da caixa de
arrumação intacta. Ve rifique se há fugas entre a caixa de
suporte e a de arrumação. Se houver, a terra escorrerá para
o reservatório de água; caso as caixas não estejam
perfe i tam ente encostadas uma à outra, pode sempre
preencher o espaço com um pouco de te la.
11. Com o auxíl io do berbequim munido da broca de 2", abra
um buraco que atravesse a caixa exterior e a caixa de
suporte a 6 mm da borda da segunda. Esse buraco será
o seu «buraco de alimentação», através do qual irá encher
o reservatór io de água. Funciona também como buraco
de drenagem , evi tando que a câmara de p lantação super ior
f ique inundada.
Encha e Plante
12. Encha os vasos com terra para vasos humedecida,
calcando-a bem. Em seguida, encha a câmara de plantação
com a terra remanescente, até cerca de 2 cm da borda.
13. Com o auxíl io de um rega do r ou de uma mang ueira, encha o
reservatório de água pelo «buraco de al imentação». Não é
preciso humedecer mais a câmara de plantação.
14. Pode com eça r a plan tar! O sistema m anterá a terra h úm ida
em permanê ncia, mas não faz milagres - não o
sobrecarregue. Em termos gerais, uma caixa de arrumação
ou um contento r para recic lagem de tamanho méd io devem
acolher uma planta grande e algumas pequenas (por
exem plo, um tom ate iro e três manjericões, ou um m eloeiro e
dois ou três pés de chagas).
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Plástico: Um Material Que não é Muito BomEmbora quase tudo possa ser usado como vaso, no que toca a
plantas comestíveis é bom ter algum cuidado. Certos recipientes,
sobretudo os de plástico, são feitos com químicos que se decompõem
por ação do calor, da pressão ou do tempo, passando para a terra e indo
parar ao seu alimento. Para saber qual o plástico ideal para cultivar
plantas comestíveis, verifique os códigos de reciclagem que se
encontram na base de todos os recipientes de plástico.
Os Mais Seguros:
1 (polieti leno tereftalato, PET)
2 (polieti leno de alta densidade,
PEAD)
4 (polieti leno de baixa densidade,
PEBD)
5 (polipropileno, PP)
A Evitar:
3 (cloreto de polivinilo, PVC)
6 (poliestireno, PS)
7 (policarbonato, PC)
Ca pít u l o 5:
C id d C lti Pl t S dá i
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Cuidados: Cultivar Plantas Saudáveis A prática da horticultura biológica implica observar a natureza e aplicar o
que aprendemos com ela, de modo a satisfazer as necessidades da nossa parcela de paraíso. Como dita o senso comum, as melhores e maiores
colheitas vêm de plantas a cujas exigências se atendeu na devida altura.
Ser um bom horticultor consiste, antes de mais, em prestar atenção às alterações ocorridas no
jardim e depois confiar na intuição e na experiência para agir da forma que parecer mais correta.
A melhor maneira de adquirir essa experiência não é fazendo tudo bem, mas sim cometendo erros
imperdoáveis - e repetidamente.
Felizmente, muitas plantas são mais resistentes do que pensávamos - querem, à viva força, crescer.
Muitas sobrevivem, desenvolvem-se e produzem, apesar dos nossos erros. A próxima vez que der por si
a praguejar em voz baixa contra um manjericão que murchou ou um tomateiro improdutivo, lembre-se
de que todos cometemos erros. Para aprender a cuidar das plantas tem de errar várias vezes.
Quando Regar A rega inadequada é, sem dúvida, a principal causa dos problemas que surgem na horta. Os
mais distraídos, muitas vezes, repreendem-se por regarem menos do que deveriam, mas regar com
liberalidade pode igualmente matar plantas. Infelizmente, não existe uma fórmula mágica. Todas
as plantas são diferentes, tal como as condições diárias em que elas vivem. As plantas sofrem
alterações ao longo da época de crescimento, requerendo diferentes quantidades de água nas várias fases. E o clima, claro, também vai mudando. Depois é preciso contar com alterações a
longo prazo no padrão das estações do ano, visto que não há dois anos iguais. Aqui está o que é
importante saber sobre as exigências das plantas.
• As p lan tas jovens, em espec ia l as recém - transp lan tadas, têm ma is sede de po is de
estabe lec idas .
• Q uan do e s tão a p roduz i r f lo res e fru tos , as p lan tas p rec isam de regas p ro fundas e f reque ntes ,
em espec ia l se o f ru to é g rande e r ico em água, com o o tom ate ou o p ep ino .
• As p lan tas m a io res ten dem a p rec isa r de m a is água d o qu e as pequenas.
• As p lan tas cu lt ivadas em vaso p rec isam de ser regadas quase d ia r iame nte e ma is do qu e uma
vez po r d ia, duran te vagas de calor .
• Os vasos com vár ias p lantas têm mu ita sede, po rque há me nos ter ra d ispon ível para a retenção
d e h u m id a d e .
Como Regar
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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Acredite ou não, o modo como se rega é tão importante quanto a quantidade de água dada às
plantas. As plantas que recebem demasiada água apodrecem ou tornam-se preguiçosas,
produzindo raízes curtas, o que é um risco em épocas de seca. As plantas tratadas com várias
regas pequenas podem secar, pois a água nunca chega às raízes, permanecendo à superfície e
evaporando-se depressa. O melhor é optar por regas profundas - proporcionar às suas plantas
bastante água durante bastante tempo. Nos casos em que é impossível regar à mão, use sistemas
gota a gota e mangueiras perfuradas, que libertam a água lentamente. E importante dar à água
tempo para penetrar até às raízes da planta, em vez de regar por cima do canteiro e das folhas ou
molhar tudo menos a terra com um aspersor. Molhar as folhas não só é um desperdício de água,
como também cria as condições ideais para o desenvolvimento de doenças fúngicas.
Todos sabemos o que acontece às plantas pouco regadas - acabam por secar. Mas o problemanão é só ficarem com um aspeto queimado. As plantas precisam de retirar nutrientes da terra e
absorvê-los através das raízes. Sem água suficiente, ficam sob uma grande tensão, dando origem a
vários problemas, como frutos doentes, folhas rijas ou produção de sementes prematura. Uma
planta morta é, na verdade, o resultado de uma catástrofe que se desenvolve pouco a pouco,
sempre que uma planta sofre de seca.
SUGESTÕES PARA REGAR COM SENSATEZ
Crie Um Solo Superabsorvente: Junte uma grande
qua nt idad e de co m pos to à terra , para aum entar a sua
capacidade de absorver e re ter a humidade.
Recolha o Máximo Que Puder: Fixe um barri l ou dois à base
do tu bo de descarga dos a lgerozes, para ter água grát is .
Quanto maior. Melhor: Use recipientes grandes, com
bas tante espa ço para as raízes, de m od o qu e cada uma se
mantenha mo lhada duran te bas tan te tempo .
Regue bem: Encharque bem a terra, para as raízes crescerem
longas e saudáveis.
Regue as Raízes, não as Folhas: A p o n te o cano d o re g a d o r
ou o bico da mangueira à terra, para não molhar
excessivamente as folhas e evi tar doenças.
Cobertura MaravilhosaPense no material de cobertura como uma manta quente e
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C O N S E L H O S S O B R E
C O B E R T U R A D O S O L O
Espalhe uma camada espessa de
material de cobertura em volta das
plantas, mas nunca tape a coroa
(zona em que a base da planta
encontra o solo). Tapar a coroa pode
fazer com que ela apodreça.
Evite o feno, o primo traiçoeiro da
palha - acabaria com a terra cheia de
ervas daninhas!
Não se esqueça de cobrir a terra das
plantas envasadas. Use materiais leves
que não favoreçam a compactação,
como palha e aparas de relva.
Cultive plantas de crescimento
rápido e raízes curtas, que criarão
uma cobertura viva em volta de
plantas grandes capazes de fornecer
sombra ao solo (veja «Fazer Sombra»,
na página 37).
confortável aberta em cima da horta. Protege a terra, e, em
consequência, as plantas que nela vivem, de condições inóspitas, como
o calor e a secura do sol, o fustigar da chuva, a força do vento e as vagas
de frio. O material de cobertura conserva o solo húmido e mantém as
sementes bem enterradas. Mesmo as plantas envasadas só têm a
ganhar com a sua utilização. Melhor ainda: quando a terra é coberta
com composto, palha, folhas e outros materiais orgânicos, estes vão-se
decompondo, aumentando o teor nutritivo do solo e melhorando a sua
textura de forma fácil e automática. Resumindo: poupa tempo, trabalho
e água e melhora a qualidade do solo quase sem fazer nada. Na verdade,
se não costuma cobrir a terra, faça-o já.
A Escolha do Material de CoberturaO material de cobertura pode apresentar duas formas, orgânica
ou inorgânica, havendo diversas variantes entre as duas. Quanto ao
material orgânico, os horticultores, em geral, preferem a palha, porque
tem bom aspeto e ajuda a firmar a terra. Quando consigo arranjar umpouco de palha, espalho-a sobre o meu jardim comunitário em camadas
espessas, com pelo menos 15 centímetros de altura. Já a tenho até
enterrado em solo pobre para ela se decompor - um modo fácil de soltar
a terra. Se vive no campo, a palha é um recurso inesgotável, barato
e fácil de encontrar. O mesmo não é verdade para o horticultor urbano.
O outono é a melhor altura para a encontrar, quando os centros de
jardinagem e os supermercados a vendem aos fardos (se bem que
a preços elevados), para decorações do Dia das Bruxas. Se tiver
dificuldade em encontrá-la, não se aflija. Existem outras opções.
O composto, fácil de encontrar, é um excelente material de cobertura.
Tal como o estrume bem curtido. Não recomendo que compre estrume de
capoeira para a horta, a não ser que conheça a sua origem. Muitas galinhas
são criadas industrialmente em condições bastante lamentáveis, o que não
augura nada de bom em relação aos organismos que poderá, sem querer,
introduzir nas suas plantas comestíveis. Rasgue umas folhas de jornal
e coloque estrume ou composto em cima delas. Polvilhe as cenouras
plantadas em pequenos espaços com aparas de relva. Também pode usar
agulhas de pinheiro, embora elas baixem o pH do solo quando usadas em
demasia. O ideal é usá-las em amoreiras e morangueiros, amantes deacidez, ou juntá-las em pequena quantidade a um batatal - um pouco
de acidez impede o desenvolvimento de uma doença conhecida por sarna
da batateira. As folhas são outra opção abundante, mas primeiro deixe-as
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decompor-se, dando origem a um material rico e granuloso. É muito fácil.
Basta apanhar as folhas com um ancinho e colocá-las dentro de sacos deplástico com alguns buracos abertos dos lados. Guarde os sacos junto do
compostor, ou noutro sítio onde não estorvem, durante cerca de um ano.
Mondar Deve manter a horta bem mondada e não apenas por uma questão de
estética. As ervas daninhas po dem compe tir pelos nutrientes da terra,pela luz e por espa ço para as raízes. Muitas plantas toleram alguma
concorrência, mas a maioria dos legumes de raiz e o alho crescerão de
forma atrofiada se lhes faltar espaço. Na verdade, as ervas daninhas mais
não são do que oportunistas; se tiverem hipótese, não tardarão a instalar-
se. Impeça-as de fazer concorrência às suas plantas cobrindo os espaços
vazios com uma espessa cam ada de material de cobertura ou deitando
nessas áreas sementes de rabanetes ou alfaces, que crescem depressa. Se
plantar em aglomerados em vez de fileiras, ou espécies baixas por baixo
de espécies altas (página 37), deixará pouco espaço às ervas daninhas.
Am anhar a terra traz as ervas daninhas para a superfície , onde terão boas
hipóteses de germinar. Elimine esse problema espalhando composto em
volta da planta, em vez de o misturar na terra (página 65). Infelizmente,
o composto também pode favorecê-las. Só o composto quente mata assementes que entram no compostor quando se deita lá para dentro uma
erva daninha adulta. Mantenha as plantas adultas, em especial a corriola
ou outra que tenha produzido HorwMito, fora do compostor.
E RV A S D A N I N H A S
C O M E S T Í V E I S
• Erva-canária
• Dente-de- leão
• Quenopód io -b ranco
• Azeda-amarela
• Bolsa-de-pastor
• Azeda
• Urtiga
E RV A S D A N I N H A S Q U E
A T R A E M IN S E T O S
B E N É F I C O S
• Rainúnculo-amarelo
• Catária
• Vara-de-ouro
• Margaridas
• Cenoura-brava
Fertilizar Para muitas pessoas, a fertilização é, mais do que qualquer outro
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Faça grandes quant idades de chá de
algas marinhas e tenha-o à mão, para o
caso de as suas p lantas precisarem de
uma dose de potássio.
fator, o segredo das boas plantas comestíveis. Acreditam que, quanto
mais fertilizante derem às plantas, maior será a colheita. Mas não é
verdade! Essa ideia é fomentada sobretudo pela indústria dos
fertilizantes, cujo objetivo é tornar-nos dependentes dos seus produtos.
E verdade que, quando usamos fertilizantes químicos na horta, tudo fica
verde num instante. O problema é que depois de se começar não se pode
parar. A primeira vista, isso pode não parecer muito terrível, mas os
fertilizantes químicos acumulam-se no solo e matam microrganismos
úteis. Ao mesmo tempo que se esforça por melhorar o solo, os químicos
entretêm-se a desfazer o que tanto trabalho lhe deu. Esse tipo de
acumulação é ainda mais intenso em vasos. As substâncias sintéticas
estão repletas de sais que se apresentam como uma espécie de crosta
que surge nos lados do vaso. Demasiados sais podem colocar as plantas
num estado de sede perpétua, do mesmo modo que um pacote de batatas
fritas nos dá uma vontade desesperada de beber.
A horticultura biológica assenta na criação de um ecossistema
saudável, sustentável, onde as plantas possam crescer a um ritmo estávele firme. Um bom solo, saudável e margoso, possui tudo aquilo de que as
plantas necessitam e vai-as alimentando de forma lenta e estável,
permitindo que elas absorvam alimento, se adaptem, cresçam, e assim
sucessivamente. Despejar uma grande quantidade de fertilizante líquido
numa cultura, por vezes mesmo um fertilizante líquido biológico, pode dar
a origem a um surto de crescimento para o qual as suas plantas não estão
preparadas. E o mesmo que dar um saco cheio de guloseimas a um grupo
de crianças de dez anos. Ficam histéricas, desequilibradas, até finalmente
caírem para o lado. E, no dia seguinte, a terrível ressaca do açúcar.
Decompor Os sacos ou frascos de fertilizante que encontramos à venda trazem
uma tabela que indica o tipo e a percentagem dos nutrientes contidos no
produto - é semelhante à informação nutricional que vemos numa lata de
sopa. O azoto, o fósforo e o potássio (NPK) são os principais responsáveis
pela regulação das fases críticas do desenvolvimento da planta.
Os fertilizantes biológicos, em geral, contêm também pequenas
quantidades de outros nutrientes - por exemplo, a emulsão de peixe é
considerada rica em azoto, mas também contém pequenas quantidadesde fósforo, potássio e até um pouco de enxofre. As algas marinhas são
apreciadas pelo seu elevado teor de potássio, mas são ainda ricas numa
vasta seleção de vitaminas e minerais secundários.
Nutrientes Necessários
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Azoto (N)
O azoto é essencial para a produção de folhas fortes e
saudáveis; por isso, é importante certificar-se de que
plantas como acelgas, cebolas e alfaces não têm falta dele.As plantas com carência de azoto tornam-se atrofiadas,
com folhas descoradas ou amarelas em vez de verdes.
Embora o azoto seja o nutrien te que as plantas
comestíveis tendem a utilizar mais, é muito fácil exagerar
nas doses. As plantas que recebem azoto em excesso
crescem e enchem-se de folhas rap idamente, mas folhas
viçosas indicam muitas vezes flores e frutosnegligenc iados. Dê a espécies vorazes, como o tomate,
uma boa quantidade de azoto enquanto são jovens mas
depois reduza-a, para a planta começar a concentrar-se
nas flores e, em seguida, nos frutos. O excesso de azoto
também torna as plantas demasiado altas, flácidas e
frágeis, o que atrairá muitos afídeos à horta.
Use: Casulos de minhoca e composto são boas fontes de
azoto. Farinha de sangue, emulsão de peixe, borras de
café e estrume são (por ordem decrescente) ricos em
azoto. Cultive algumas ervilheiras, feijões ou outras
leguminosas fixadoras de azoto.
Potássio (K)O potássio produz plantas resistentes e vigorosas que
recuperam bem de curtos períodos de stresse. Este
elemento ajuda a regular processos importantes,
incluindo a fotossíntese e o fluxo de nutrientes através
de toda a planta.
A falta de potássio pode ser difícil de detetar mas é, em
geral, responsável pela produção de frutos pequenos de
casca fina, ou mesmo pela ausência de frutos. As plantas
têm um aspeto débil e alongado e são especialmente
suscetíveis às doenças.
Use: A areia com glauconite é uma opção de libertação
prolongada, rica em oligoelementos que permanecem
no solo durante vários anos. As algas castanhas são aminha fonte de potássio preferida. Compre-as secas e
deite-as diretamente no solo ou prepare com elas um
chá e verta-o sobre as plantas ou i omo fertilizante foliar.
Fósforo (P)
O fósforo é importante na horta pela sua capacidade de
produzir sistemas de raízes saudáveis e fortes. Por esse
motivo não pode deixar que as suas culturas tenham faltadele, em especial nos primeiros dias. A maioria das
fontes de fósforo é de libertação prolongada.
Permanecem no solo durante longos períodos, mas as
plantas têm dificuldade em alcançá-las. É aconselhável
dar fósforo às plantas em épocas de seca e se o pH do
solo for demasiado alcalino.
As plantas com carência de fósforo tendem a crescer devagare a ter raízes atrofiadas e pequenas. As plântulas de tomateiro
com raízes congestionadas são conhecidas por produzir folhas
com as páginas inferiores roxas. Até as plantas de milho se
tornam arroxeadas quando têm falta de fósforo.
Use: A farinha de ossos é uma excelente fonte de fósforo
de libertação prolongada, mas como consiste em ossos
moídos provenientes do matadouro, talvez não seja a
melhor escolha para quem considera essa origem
preocupante. Se decidir utilizá-la, aplique-a uma vez por
ano. O fosfato mineral é bom para juntar no solo quando
se começa uma horta nova, pois liberta fósforo muito
lentamente, ao longo de vários anos. Contudo, não é
adequado se o solo for demasiado alcalino.
Nutrientes Secundários
Cálc io : O cálcio é indispensável ao crescimento celular,
em especial na construção das paredes das células.
A falta de cálcio geralmente manifesta-se sob a forma
de podridão apical - ver «Podridão Apical», na página 72.
Use: Cascas de ovo, conchas de ostra, cal.
Fer ro : O ferro é necessário para a produção de clorofila.
As plantas com deficiência de ferro produzem folhas
novas amareladas e não verdes. Use: Fertilizante foliar
à base de algas castanhas (página 65).
M a g n é s io : As plantas com falta de magnésio apresentam
sinais de atrofiamento, com folhas adultas que
amarelecem conservando veios verde-escuros. O excessode magnésio pode obstruir a capacidade da planta de
absorver outros nutrientes. Use: Sais de Epsom (sulfato de
magnésio) - ver «Sais de Epsom em Spray», na página 77.
Fertilizantes Caseiros
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Borras de Café
As borras de café são uma fo nte econ óm ica de azoto e
também de pequenas percentagens de potássio e
fósforo (por esta ordem). E o melhor é que... as lesmas
detestam café. Deite um pouco em volta das suas plantas
favoritas, para afastar aquelas autênticas bolas de muco.
O problema do café é a sua ligeira acidez. Juntar de vez
em quando um pouco de café à terra em volta da maioria
das plantas comestíveis é, de uma maneira geral,
benéfico, mas quem b ebe muito café deve reservar a
aplicação das respetivas borras para apreciadores de
acidez - po r exemplo, os mirtilos. Melho r ainda, deite-as
primeiro no com pos tor e depo is pode rá usá-las na horta
sem perigo de queimar plantas sensíveis e plântulas.
Cascas de Crustáceos (Camarão,
Caranguejo, Lagosta)
Pique as cascas não comestíveis d o jan tar da véspe ra e
deite-as numa cova de 60 cm aberta no jardim. As cascas
irão decompor-se em poucas semanas, enriquecen do a
terra com azoto, fósforo e cal. Assinale o lugar e
desenterre o composto ao fim de cerca de um mês, se
quiser usá-lo em vários locais.
Estrume de CapoeiraTem um cheiro nauseabundo, mas as galinhas produzem
um fertilizante muito rico em nutrientes quando sujam a
capoeira. Se tem galinhas, não desperdice esse
excelente material. D eite-o para o compos tor,
juntam ente com a palha ond e elas do rm em , po is o
estrume fresco é muito rico em azoto e pode queimar as
plantas.
Chá de Consolda
A consolda (Symphytum officinalis) é uma planta
obstinad ame nte invasiva mas também rica em fósforo,
potássio, magnésio, oligoelem entos e vitaminas. Pode
beneficiar da sua persistência na horta preparando com
ela um rico chá fertilizante e dando-o às plantas que dele
necessitam. Misture num balde 1 parte de folhas de
consolda e 2 partes de água. Deixe-o ao sol durante um
dia ou dois, depois coe-o num passador. Deite no
com pos tor o que ficar no passador e use o líquido como
fertilizante. Dilua-o em água, em partes iguais, se quiser
usá-lo como fertilizante foliar.
Restos de Peixe
Enterre no canteiro as cabeças, as vísceras e as caudas
do peixe, pois elas irão decom por-se e fornec er ao solo
grande quantidade de azoto e de oligoelementos e
algum cálcio. Enterre-as a cerca de 60 cm de
profundidade, para manter afastadas as criaturas
curiosas. Se cultivou em fileiras, experimente enterrar
restos de pe ixe entre elas ou pe rto de plantas
apreciadoras de azoto, como tom ates e milho.
Chá de Excrementos de Minhoca
O vermicomposto é um con tributo ótimo e equilibrado
para o jardim, sendo ainda m elhor aplicado s ob a forma
de fertilizante foliar. Se tem uma lata de minhocas não é
preciso recorrer ao prod uto comercializado! D eite umas
colheradas diretamente da lata para um recipiente com
4 litros de água morna, espere cerca de 24 horas e coe
para dentro de um pulverizador. Se quiser, pode até
emb rulhar previamente os casulos em pape l ou filtros
de musselina.
Maneiras de Ferti l izar Do mesmo modo que a água em excesso pode «afogar» uma planta
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e encher o jardim de problemas, fertilizante a mais pode causar doenças.
Adote uma atitude descontraída em relação à fertilização - a maioria das
plantas prefere fertilizante a menos do que em excesso. Procure nas suas
plantas sinais de excessos, em especial de azoto, e corte a parte aérea dasque estão a ser demasiado alimentadas.
Fertilizante em Volta do CauleQuando achar que precisam, dê uma ajuda às plantas famintas e
que têm um grande apetite, juntando fertilizantes ou outros corretores
ao solo que as rodeia. Isto faz-se, em geral, uma ou duas vezes por
época, sendo a primeira aplicação efetuada na altura da plantação
e a segun da depois de as plantas produzirem flor.
Fertilizantes Embalados: Veja as quantidades indicadas nas
instruções da embalagem.
Composto, Vermicomposto e Algas Castanhas: Aplique uma
mão-cheia (ou duas, no máximo), em funçã o das dimensões e
exigências da planta.
INSTRUÇÕES:
1. Marq ue a distância de uma mão, apro xima dam ente, a pa rtir da
base da planta e desenhe um círculo na terra em volta dela com
as mãos, um sacho ou até um garfo ou uma colher.
2. Espalhe un iforme me nte o fertilizan te sobre o círculo e cubra.
Fertilizante Foliar Todos os tipos de fertilizantes, incluindo emulsão de peixe, algas
marinhas, chá de composto, de excrementos de minhoca e de
consolda, podem ser pulverizados diretamente sobre as folhas para
lhes dar uma ajuda, como parte de uma rotina de fertilização regular
ou quando as plantas estão em baixo de forma. Embora eu tenha
frisado que nunca se deve molhar as folhas das plantas diretamente, a
verdade é que o fertilizante foliar causa mais bem do que mal - este é,
pois, um dos casos em que se deve ignorar a regra.Para garantir a segurança das suas plantas, procure aplicá-lo no
período mais fresco do dia, e não se esqueça de o diluir, para não
queimar as folhas.
Tenha à mão, na cozinha, uma lata
pequena de minhocas dos resíduos
orgânicos e transforme os restos em
ferti lizante grátis ao longo de to do o
ano. São fáceis de manter, inodoras
e até têm piada!
C a p í t u l o 6:
A Horta sob Ataque
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A Horta sob AtaqueApesar de correr o risco de parecer um disco riscado, insisto que a melhor
maneira de controlar pragas e doenças na horta é optar por uma abordagem
holística e criar um meio saudável onde as suas plantas possam prosperar.
Não é muito diferente do que se passa com os nossos corpos: quando estamos stressados e
fragilizados até ao limite, não oferecemos qualquer resistência a um minúsculo vírus da gripe.
Mas se recebermos a nossa dose diária de vitaminas e repouso, sentimo-nos em forma e capazes
de enfrentar tudo o que a vida puser à nossa frente.
As plantas pouco saudáveis, doentes, são um chamariz para pragas e doenças. Muitos de nós
partimos do princípio de que, para ter uma horta livre de pragas e uma colheita abundante, o melhor
é eliminar tudo e criar um meio sem doenças nem infestantes. Infelizmente, a única forma de
alcançar essa estranha e estéril utopia encontra-se dentro de um spray químico. Os pesticidas e os
sprays também matam ou afugentam predadores úteis, insetos polinizadores e inúmeros
organismos que fazem um bom trabalho no jardim. Por estranho que pareça, as plantas necessitamde resistir a qualquer coisa para desenvolverem a sua capacidade de resistir e lutar. Matar tudo o que
anda pelo jardim torna as plantas preguiçosas - presas fáceis para a onda seguinte e inevitável de
pragas e doenças. Por mais que tentemos, acabarão sempre por aparecer.
Num ecossistema equilibrado, as pragas e doenças continuam a existir, mas são incapazes de
exercer o seu poder e criar o caos em plantas saudáveis, resistentes e resilientes, entre as quais
espreita um exército de predadores úteis e esfomeados. Encorajar esses predadores a instalarem-se
na sua horta por meio de consociação é um pouco como encenar uma batalha elaborada em que os
insetos fazem todo o trabalho deixando-lhe algum tempo livre para repousar e usufruir do pequeno
microcosmo que criou.
Todas as Hortas Sofrem... Às VezesPara falar com franqueza, nenhum jardim é completamente isento de pestilência. Por mais que
nos esforcemos, há sempre uma ou outra infestação de afídeos. Por vezes são as condiçõesmeteorológicas que não ajudam e perturbam o equilíbrio que tanto nos custou a atingir. Este
capítulo vai apresentar-lhe os problemas comuns enfrentados pela maioria dos horticultores e
sugerir algumas medidas preventivas e soluções às quais pode recorrer da próxima vez que alguma
criatura esfomeada aparecer no seu tomateiro.
Os escaravelhos-do-pepino podem ser bonitos, mas,infelizmente, não são amigos do jardim. Tanto os adultos
como as larvas alimentam-se de cucurbitáceas - plantas da
família da abóbora - , nas quais podem espalhar vírus.
Conheça o Seu Inimigo
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Identificar o problema cedo é meio caminho andado na busca por uma
solução capaz de resolver uma pequena infestação. Mesmo que desta vez a
infestação esteja demasiado avançada para ser debelada, para a próxima
saberá o que fazer.
A boa notícia para quem cultiva em vasos é que a maioria das pragas e doenças não costuma
atacar hortas acabadas de plantar, por isso, se for esse o seu caso, terá tempo para conhecer os
invasores e acabar com eles antes que cheguem às suas plantas.
InsetosConheça alguns dos atacantes de hortas mais comuns e como lidar com eles.
AfídeosEis um infestante que dispensa apresentações. Os afídeos são inevitáveis; todos os jardins e
hortas os têm como residentes mais cedo ou mais tarde. Provavelmente reconhece-os pelo corpo
em forma de pera, flácido e verde-vivo, mas a verdade é que podem apresentar todas as coresimagináveis. Os afídeos são talvez os insetos infestantes mais persistentes e podem ser os mais
destrutivos, sugando a essência líquida de plantas tenras como se fossem vampiros liliputianos.
C o m o C o m b a t ê-l o s : Cu l ti ve c ravo s -de -defun to e p lan tas da fam í lia das cebo las , para os
afugentar . A pan he -os com chagas e couves . A t ra ia p reda dore s de a f ídeos com o c r isopas ,
jo an in has , ara nhas e b a rb e ir os , c u lt iv a n d o as p la n ta s d e q u e e le s g o s ta m na sua h o rta . Pa ra m ais
informações, veja a página 75.
Borboleta-da-Couve e Larva da Borboleta-da-Couve As borboletas-da-couve são fáceis de identificar, pois são pequenas e brancas e, nos dias
solarengos de verão, dançam pela horta de planta em planta. Uma beleza. Claro, é através dessa
dança encantadora que elas espalham a sua postura maléfica pelas plantas! Primeiro vêm os ovos
amarelados, de onde, após a eclosão, emergem pequenas lagartas verdes e famintas que devoram
as folhas da família das couves.
C o m o C o m b a t ê-l a s : Proteja as p lantas co br in do as f i le i ras na al tura da planta ção e cul t ive a ipo,
hissopo , ho r te lã, salva e tom i lho para afastar a t raça ad ul ta. R emova os ovos e as lagar tas à mão,
e p lan te f lo res da famí l ia das as teráceas - a t raem vespas paras itas que se a lime ntam des tas
larvas.
Mosca-da-CenouraTal como as larvas da borboleta da couve, a mosca-da-cenoura
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adulta espalha a sua prole por toda u horta, mas são as larvas que
causam danos, abrindo galerias nas cenouras, bem como noutros
legumes de raiz em desenvolvimento no subsolo.
Como Combatê-la: Se identificou o problema, proteja as fileiras
recém-plantadas cobrindo-as. Retire todos os legumes de raiz no
fim d o ou tono , po is as moscas passam o inverno nas que ficam para
trás. Cultive as plantas suscetíveis ao lado de espécies repelentes,
como cebola, alecrim ou salva.
Doríforo-do-ColoradoPor estranho que pareça, os doríforos-do-colorado não se
restringem ao Colorado; encontram-se por toda a América do Norte e
têm tendência para rasgar as folhas de uma diversidade de plantas
comestíveis, incluindo tomates, pimentos e beringelas. Tanto os
escaravelhos como as larvas são fáceis de identificar na horta devido
aos seus corpos rechonchudos e curtos - decerto por ingerirem tantoshidratos de carbono! Os doríforos apresentam cabeças cor de laranja
com riscas pretas e amarelas no dorso; as larvas são cor de laranja com
pintas pretas e riscas amarelas dos lados. Põem aglomerados de ovos
cor de laranja debaixo das folhas das plantas infestadas.
Com o C om ba tê-lo: Examine diligentem ente as folhas e remova-os
à mão. Uma camada espessa de palha atrai carabídeos predadores,
afugentando os adultos. Alterne batatas com feijoeiros-rasteiros e
plante alho, catária, atanásia e milefólio, para repelir os escaravelhos
e chamar os predadores.
Escaravelho-do-Pepino
Há dois tipos de escaravelhos-do-pepino: às pintas e às riscas.
Ambos atacam o pepino e as plantas da família da abóbora, devorando
as flores, as folhas e, por vezes, os frutos jovens, os caules e as raízes.
Também gostam de milho, feijão e de uma ou outra ervilha.
Como Combatê-lo: Diz-se que os rabanetes repelem o escaravelho-
-do -pepino . Com o os escaravelhos são fáceis de apanhar, o controlo
manual é uma opção. Atraia p redado res com o joaninhas, besouros-
-soldados e vespas parasitas à sua horta (veja «As Mais Populares»,
na página 37). Cubra a terr.i em volta das plantas com uma camada
An nalha narn imnn dli aua ,is larvas emeriam do solo.
Embora a borboleta-da-couve adulta
possa parecer inocente, para não dizer
bonita, a sua larva é uma ameaça para as
plantas da família da couve.
Roscas
As roscas são exatam ente o que o nome sugere: larvas que vive m
no solo (a cerca de 2 centímetros de profundidade) e se enroscam no
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no solo (a cerca de 2 centímetros de profundidade) e se enroscam no
interior dos caules das plântulas recém-nascidas. São pequenas mas
implacáveis. As roscas podem matar uma horta de um dia para o outro,
deixando plantas mortas por toda a parte, como se tivessem sido
cortadas com uma faca.
Como Combatê-las: Encoraje os carabídeos a viverem na sua horta,
cobrindo o solo com uma camada espessa de palha. Proteja as
plântulas com uma barreira contra roscas (página 75).
PulgãoPulgões minúsculos saltitam pela horta abrindo uma quantidade
de pequenos orifícios nas folhas do rabanete, da beringela, da batateira
e de outras plantas comestíveis muito apreciadas. As plantas
infestadas não deixam de ser comestíveis, mas ficam com mau aspeto,
parecendo alvos usados no treino da pistola mais pequena do mundo.
Como Comb atê-lo: Proteja as fileiras cobrindo-as depois de as
plantar. Dizem que a mostarda, as chagas e as cebolas repelem os
pulgões. Estes infestantes gostam de apanhar sol; se puder, cultive as
suas plantas num lugar com um po uco de sombra.
Escaravelhos-Japoneses
Os escaravelhos-japoneses são insetos belíssimos que lembram
pedras preciosas, com corpos iridiscentes que cintilam ao sol. Sentir-
-me-ia mal ao matá-los, não fora o seu apetite voraz e indiscriminado.
Estas pequenas criaturas devoram tudo o que há na horta, deixando
atrás de si esqueletos de plantas. São terríveis!
Como Com batê-los: Há quem diga que a arruda os afugenta mas,
para ser eficaz, seria necessário plantá-la po r tod a a parte. Os
escaravelhos-japoneses go stam de tud o. Examine as plantas
diariamente e remova os infestantes à mão. Atraia vespas parasitas
com flores da família das asteráceas. Encontrará no mercado
nematodes parasitas.
Os escaravelhos-japoneses são um
flagelo des lumbrante capaz de inf l ig ir
danos graves de um dia para o outro.
Os adultos regressam ao solo de
noite e costumam ser vistos a devorar
as folhas dura nte o dia.
Escaravelho-do-Feijão-Mexicano
Estas pestes pintalgadas lembram joaninhas (que são benéficas)
com um corpo mais cheio e da cor da ferrugem. As larvas parecem
oriundas de outro mundo: pequennn bolns amarelo/laranja cobertas
de espinhos bizarros. Tanto os adultos como as larvas são capazes de
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devorar um feijoeiro num instante, podendo as plantas deixar de
produzir ou morrer se a praga não for controlada.
Como Combatê-lo: A pr imeira linha de defesa é cobrir as fileiras de
plantas jovens. Cultive cravos-de-defunto e cosmos, que os
repelem, ou plante batateiras no meio dos feijoeiros-rasteiros, para
criar a confusão. Atraia insetos predadores com endro e camomila
em flor. Apanhe as larvas à mão e remova os aglomerados de ovos
amarelos e oblongos que se encontram nas páginas inferiores das
folhas do feijoeiro.
Lesmas e Caracóis
De todas as pragas, as lesmas são as mais terríveis, pois devoram
tudo o que encontram à frente e parecem reproduzir-se de um dia
para o outro. Mesmo que remova do jardim meia dúzia, terá vinte a
substituí-las na manhã seguinte. Tanto as lesmas como os caracóis
gostam de sombra e humidade; são uma fonte de irritação e um
tormento, em especial nos anos de maior pluviosidade.
Como Combatê-los: Crie condições convidativas para os seus
preda dores naturais, como carabídeos, pássaros, patos, cobras,
sapos e lagartos. Use armadilhas, barreiras de cobre ou folha de
estanho, recipientes com cerveja, ou então cubra a terra em volta
das plantas jovens com uma camada d e cascas de ovo partidas.
Larvas Mineiras
Estes diabinhos podem arrasar uma planta de abóbora rápida e
furiosamente. Como sucede com outros infestantes, são as larvas de
Melittia cucurbitae adulta vermelha e castanha que causam danos
graves. Na primavera, após a eclosão, as larvas surgem e perfuram
as folhas das plantas da família da abóbora, incluindo pepinos e
melões, que murcham e morrem.
Como Combatê-las: Cubra as fileiras de plantas novas e polinize
manualmente. Embrulhe a base do caule em folha de alumínio, para
lhes barrar o acesso. Plante rabanetes na vizinhança, pois diz-se que
as repelem. Procure sinais de infestação reg ularmente nos caules
das plantas da família da abóbora, em especial junto ao solo.
Se encontrar alguns, corte com cuidado os caules infestados
e remova as larvas
Remova as lesmas ao final da tarde,
qua ndo estão mais ativas e são mais
fáceis de detetar.
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Vírus do Mosaico do PepinoO vírus do mosaico do pepino é muitas vezes levado para a horta
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por afídeos, que o transferem para as plantas de que se alimentam.
O v írus pode infetar tomates, pimentos e melões, além de pepinos.
Manifesta-se por meio de salpicos amarelos nas folhas, que também
se podem apresentar retorcidas e deformadas.
Como Combatê-lo: Encoraje afídeos predadores. É impossível
eliminar este vírus depois de a planta ser infetada. Remova a planta
e pra tique a rotação das culturas.
Murchidão das PlântulasEsta doença ataca as jovens plântulas nos seus primeiros dias
de vida. Excesso de água, má circulação do ar e solo impróprio ou
infetado convidam a doença a instalar-se, atacando os caules das
plantas vulneráveis, que apodrecem e caem. Uma vez a murchidão
das plântulas estabelecida, não há nada a fazer.
Como Combatê-la: Um pouco de prevenção é, neste caso,
o m elhor rem édio. Cultive as sementes numa mistura leve, arejada
e estéril. Em vez de pulverizar as plântulas, regue-as por baixo,
deitan do água no tabuleiro e rem ovendo o excesso de líquido
ao fim de uma hora. Junte à água um pouco de chá de camomila
antifúngico, para ev itara murchidão a tempo.
MíldioO míldio mais comum na horta é o oídio, que se apresenta sob a
forma de um pó cinzento ou branco que cobre as folhas e flores das
plantas infetadas. A doença prospera onde houver muita humidade e
má circulação do ar em volta da planta e das folhas, mas é sobretudo
conhecida por atacar plantas suscetíveis, como salva e cucurbitáceas.
Como Combatê-lo: Evite aglomerar as plantas e pulverizar as
folhas. Desbaste a folhagem densa para o ar circular melhor.
Pulverize com chá de oídio (página 77).
A p revenção é a melhor defesa contra
o oídio, que p ode ser difícil de
combater depois de instalado.
Barreiras, Chás e Prevenção
Os problemas são inevitáveis, mesmo nos jardins mais
saudáveis Estas poções a profilaxia e as parcerias ajudam a
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saudáveis. Estas poções, a profilaxia e as parcerias ajudam a
evitar o surgimento de problemas e a ultrapassar as fases mais
difíceis, quando a situação se descontrola.
Combate aos Insetos Infestantes
REUNIR AS TROPAS
Alic iar inseto s benéfico s a v iverem na sua horta é m uito
fácil, bastando, para tal, cultivar as flores que eles preferem.
Para começar, informe-se sobre os seus potenciais ajudantes,
incluindo as fases de ovo e larva, para saber quais os que deve
remover e quais os que deve deixar em paz quando passear pela
sua horta. Em muitos casos, as larvas dos ins etos são
predadores mais vorazes do que os adultos. Cada inseto
benéfico tem preferên cia por uma planta específica; contudo,
como é às flores que se deve a sua presença, tente conseguir que
pelo menos algumas plantas floresçam simultaneamente.
SISTEMA MANUAL
Parece repugnante, mas remover os insetos infestantes à
mão, um ou vários de cada vez, é um dos métodos de controlo
mais eficaz e amigo do ambiente. Apanhe lagartas e besouros
diretamente na planta e pise-os de imediato ou deite-os para um
balde com água. A natureza é cruel, mas não é preciso
exagerarmos. Despache o assunto estendendo no solo um
oleado ou jornal e dando às plantas infestadas uma sacudidela
rápida.
De cima para baixo: as aranhas-de-jardim são
excelentes a l iadas e a limentam -se de uma grande
diversidade de insetos infestantes; a melhor maneira
de remover caracóis é à mão; até o recipiente de
plástico o nde cresce a sua plântula serve de barreira
contra roscas.
PREDADORES DE INSETOS
BARREIRA CONTRA ROSCAS
Qualquer objeto a que possa ser dada a forma de tubo
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serve de barreira para impedir as roscas de mordiscar os
caules recém-plantados. Os rolos de papel higiénico são
perfeitos, mas podem ser difíceis de enfiar por cima de
tomateiros bem desenvolvidos. Para plantas maiores,
experimente cortar o topo e a base de garrafas de água ou
latas de modo a obter um tubo.
Na altura da plantação, enterre o tubo cerca de 5 cm,
pelo menos, porque as larvas vivem logo abaixo da
superfície do solo. Os tubos de cartão são biodegradáveis,
mas pode remover os de plástico cortando-os com umatesoura quando o caule atingir mais de 6 mm de diâmetro.
• Aranhas
• Barbeiro
• Carabídeo
• Crisopa
• Joaninha
• Louva-a-deus
• Mosca-das-f lores
• Percevejo
• Vespas-amarelas
• Vespas parasitas
PROTEÇÕES CASEIRAS
Use as cortinas de rede que passaram de moda e que
quer deitar fora para cobrir as plantas suscetíveis aos
estragos causados pelas larvas da borboleta-da-couve,
do escaravelho-do-feijão-mexicano e outras. A cobertura
impede os insetos adultos voadores de depositarem os
ovos nas plantas e, quando quiser tratar das plantas ou que
a chuva as molhe, é só retirá-la.
AR M AD I L H AS C O N T R A L ESM AS
As visc osas lesm as adoram a humidade e aglomeram-
-se em recantos molhados e escuros como moscas sobre o
estrume. Um pouco de cerveja numa em balagem plástica
de manteiga é um truque clássico, mas pode também
atraí-las para a morte com uma refeição humedecida.
Encoste uma folha de couve ou uma casca de melão ao
solo. O lado inferior vai ficar pejado de lesmas numinstante. Ofereça a refeição coberta de lesmas aos pássaros
ou afogue as infestantes em água com sabão.
F L OR E S Q U E A T R A E M P R E D A D O R E S
D E I N S E T O S
• Calêndula
• Catária• Cenoura-brava
• Coentro
• Endro
• Família das asteráceas
• Girassol
• Hortelã
• Manjericão
• Milefólio
• Valeriana-branca
• Vara-de-ouro
• Zínia
Controlo de Pragas Animais
Qu er a sua horta se encontre ao n ível do solo ou no
topo de um edifício o mais pr ovável é ter de partilhar o
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topo de um edifício, o mais pr ovável é ter de partilhar o
seu espaço com um a qualquer forma de vida selvagem.
Adoro os esto rn inhos que nid ificam nos beira is do meu
telhado. Infelizmente, quando eles bicaram e mataram
o meu tomateiro preferido e usaram os fragmentos na
construção do seu ninho, essa paixão a rrefeceu
temporariamente. As sug estões que se seguem
permitem m anter os anim ais selvagens longe das suas
plantas, sem, no entanto, deixar de os acolher na sua
horta segura e hospitaleira. Ninguém fica a perder!
• Afuge nte os pássaros penduran do num cordel formas de
bolos, CD e latas, criando espanta-espíritos que eles irão
odiar.
• Mantenha os gatos longe da terra acabada de cavar,
mesmo que se trate do local que eles preferem,
cob rindo-a com cascas de citrinos.
• Proteja as jovens plântulas dos ativos esquilos, colocando,
em volta delas, uma barreira feita com uma garrafa de
plástico à qual tirou o fundo e o topo .
• Faça uma espécie de gaiola prote tora com rede de
capoeira, estendendo-a sobre o solo como se fosse uma
cobertu ra à prova de garras, enrolando-a em volta da base
dos vasos, ou simplesmente co brindo com ela plantas
inteiras, para as proteger de guaxinins persistentes.
• Deixe uma mão-cheia de areia para gatos já usada em
todas as entradas de tocas de marmotas. O cheiro afastará
aquelas criaturas determinadas. Terá de as combater em
todas as frentes se quiser mesmo que elas se vão embora.
^ Embrulhe a base dos vasos com rede de
capoeira, para impedir que gatos e
esquilos escavem a terra.
Combater Doenças
CALDA CONTRA O OÍDIO
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CALDA CONTRA O OÍDIO
Uma mistura de bicarbonato de sódio e água é o tratamento clássico usado para pulverizar as
plantas afetadas, quando se deteta o problema suficientemente cedo. Contudo, descobri que o leite
diluído é uma opção ainda melhor, quer como medida preventiva, quer para combater o fungo nasplantas infetadas. Sempre que tiver leite já fora do prazo indicado na embalagem, dilua-o em água,
em partes iguais, e deite a mistura diretamente no solo ou pulverize com ela as folhas das plantas
infetadas. Por vezes, aumento a proporção de água no início da época como medida preventiva,
mas vou juntando mais leite no verão, à medida que a humidade e o calor aumentam. Esta calda
também faz maravilhas em relação a outras doenças fúngicas que afetam tomates, curgetes e
pepinos. Junte um pouco de algas castanhas ou de chá de excrementos de minhoca (página 64) à
mistura, de ve z em quando, para obter um spray foliar para diversos fins.
SAIS DE EPSOM EM SPRAY
Baratos e, em geral, facilmente acessíveis (na casa de banho), os sais de Epsom são uma excelente
fonte de magnésio que pode ajudar as plantas na altura em que elas se esforçam por dar fruto.
Misture 1 colher de chá de sais de Epsom em 1 litro de água. Use este líquido para pulverizar flores
de pimento, beringela e tomate e mesmo algumas folhas, quando os botões surgirem na planta.
CONSELHOS SOBRE PREVENÇÃO DE DOENÇAS E PRAGAS
Opte pela Rotação das Culturas: Se mudar as famílias de plantas para um novo local do
jard im , de tantos em tantos anos, enganará os insetos e dará ao so lo a poss ib ilidade de se
renovar (página 35).
Conheça e Satisfaça as Necessidades: O stresse causado por excesso de rega, seca, falta
de espaço no vaso ou outras práticas de cultura erradas po dem torna r as plantas vulneráveis
aos ataques (página 72).
Melhore o Solo: O solo saudável conduz a plantas saudáveis e naturalmente resistentes
(página 46).
Consociação: Cultive as plantas em com unidades cooperativas (página 34).
Pratique Uma Boa Higiene: Remova as partes doentes das plantas e mantenha os seus
utensílios sempre limpos, em especial d epo is de os usar em plantas afetadas.
Aja com Moderação: É mau abusar do que é bom, até na horta. O excesso de fertilização,
em especial com produtos que contêm azoto, pode tornar as plantas flácidas e frágeis
(página 63).
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C a p ít u l o 7 :
Legumes
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gDiz-se que as coisas boas da vida são difíceis de alcançar, sendo este dito
aplicável a muitas das minhas experiências na horta. Por outro lado, embora
seja verdade que os legumes são, tipicamente, os produtos alimentares mais
exigentes, em muitos aspetos podem também ser os mais gratificantes.
Apesar de serem um desafio, e por causa dele, nunca me arrependo do
trabalho que tenho para usufruir dos legumes cultivados por mim.
Com poucas exceções, os legumes demoram bastante tempo a vingar, sendo, por vezes,
necessário esperar alguns meses até colher aqueles tomates sumarentos que aguardamos
com tanta expetativa. Até isso ser possível, é preciso manter as plantas saudáveis e cuidar delas.
A alimentação adequada, a água, a luz e o espaço merecem uma atenção especial. Cultivar uma
grande quantidade de plantas num espaço apertado parece uma boa ideia na primavera, quando
elas são pequenas, mas irá sair-lhe caro mais tarde, quando vir o pouco que elas produzem. Aquelas
pequenas sementes de tomateiro que cabem na palma da sua mão irão dar origem a plantas comuma altura superior à sua.
E já que estamos a falar de espaços pequenos, incluí, junto à descrição de cada planta, uma caixa
com o título «Cultivo em Vaso», que pode usar como guia para navegar pelo mundo selvagem e
maravilhoso da horticultura urbana. A boa notícia é que qualquer planta pode ser cultivada num
vaso; contudo, algumas não produzem colheitas abundantes, por mais que o horticultor se esforce,
e outras são particularmente sensíveis às pressões da vida num recipiente. Use a tabela de
rendimento (que indica quais são as plantas de baixo, médio ou elevado rendimento) como bitola
para planear uma horta tão proveitosa quanto possível no seu espaço. Claro, não deixe que seja ela
a determinar o que vai cultivar. A produtividade não é o único indicador do valor de uma horta.
Algumas plantas são maravilhosas como ornamentais ou divertidas de cultivar, independentemente
da quantidade de feijões colhidos no final da época. Por esse motivo, incluí variedades que se dão
bem em vasos e que são fabulosas por direito próprio.
Quando cultivar plantas em vasos, lembre-se que, em geral, elas são mais fáceis de manter emais produtivas quando se encontram em recipientes grandes. Para melhores resultados, evite
cultivar plantas em vasos de profundidade inferior à sugerida. Incluí ainda alguns truques,
conselhos e sugestões sobre o cultivo, que o vão ajudar a conhecer as necessidades das plantas
particularmente melindrosas.
A minúscula ervilh eira Tom Th um b tem as dim ensões idea is para
um vaso de 20-25 cm. As ervilheiras verdes cultivadas junto de
violetas vermelhas formam um conjunto especialmente bonito.
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Feijoeiro
O l i d f ijã é d id d d i i ã
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O cultivo do feijão é erradamente considerado desinteressante, pois não
nos proporciona deliciosos tomates nem vistosas acelgas. Tudo mentira,
acreditem! Embora seja verdade que o vulgar feijão-verde é um pouco
monótono, há inúmeras variedades maravilhosas que parecem cobertas de
coloridas pedras preciosas.
Cultivar
Os feijões pertencem à família das leguminosas, plantas que
fabricam o azoto de que necessitam graças à relação que estabelecemcom rizóbios, bactérias que vivem na terra. Contudo, visto este
processo demorar algum tempo a desenvolver-se, terá de fornecer às
suas plantas azoto, adicionando composto ao solo antes de plantar.
Adicionar composto também melhora as condições de drenagem do
solo, o que é fundamental para evitar a podridão, a ferrugem e outras
doenças fúngicas. Mantenha o solo húmido mas não encharcado, em
especial durante a germinação das plantas, altura em que o perigo é
maior. Regue pouco mas com regularidade, aumentando a
quantidade de água depois de as flores aparecerem. Atenção à
cigarrinha-verde e ao escaravelho-do-feijão-mexicano.
Os feijoeiros dão-se bem junto à maioria das culturas, à exceção
dos membros da família das cebolas.
Espere que o solo aqueça e que a temperatura do ar atinja os 15 °C
(ou superior, no caso da soja), antes de plantar. Os meus, em geral,
vão para a terra imediatamente antes de as ervilhas saírem. Deixe os
feijões de molho (exceto os de soja), de um dia para o outro, em água,
chá de composto ou algas e depois passe-os por pó de bactéria
rizóbio (meta-os dentro de um saco e agite-o), antes de plantar.
Embora a bactéria inoculável rizóbio ocorra de forma natural, juntá-laem pó às sementes melhora bastante a produção. Semeie diretamente
no solo ou em rolos de papel higiénico (veja «Alvéolos Feitos com
Rolos de Papel Higiénico», na página 27).
Colha o feijão-verde assim que ele atingir 2,5 cm de largura e os
feijões de descascar quando as sementes aumentarem de volume
dentro da vagem. Colha feijão para secar quando as vagens se
apresentarem castanhas e ressequidas.
4 A partir do canto superior esquerdo, no sentido dos ponteiros
do relógio: soja Black Jet, colhida de um vaso de 20 cm; um
CULTIVO EM VASO
Os feijoeiros ficam espantosos em
baldes ou co ntentores plásticos paralixo, de tamanho mé dio a grande,
embo ra as variedades trepadoras
prefiram canteiros elevados.
Feijoeiros-rasteiros:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 20 cm
Variedades: Royal Burgundy,
Contender
Mais Conselhos: Plantio sucessivo
para ter colheitas consecutivas.
Feijoeiros trepado res:
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 40 cm
Variedades: San Felipe Pueblo White,
Rattlesnake Snap
Mais Conselhos: As varie dade s de
feijão para secar do Sudoeste dos
EUA e do México (tepary) suportam
melhor a falta de água.
Soja:
Rendimento: Baixo
Profundidade Mínima: 35 cm
Variedades: Tohya, Early Hakucho,
Black-Jet (tolera a doença)
Mais Conselhos: Sensível ao solo
molhado e frio. Proporciona uma boa
drenagem, evitando a podridão.
Feijoca(Phaseolus coccineus) - Família das Leguminosas (Leguminosae)
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Feijoeiros-rasteiros e Trepadores(Phaseolus vulgar is ) - Famíl ia das Legum inosas (Legum inosae)
Os feijoeiros-rasteiros são plantas rasteiras com
uma única produção ao longo da vida. Para ter colheitas
contínuas, semeie feijoeiros novos a intervalos de
poucas semanas. Experimente variedades cujos feijões
e flores tenham coloridos invulgares. Royal Burgundy,Sequoia e Royal Purple Pod dão vagens roxas; Orca é
uma fabulosa variedade de feijão para secar com
sementes pretas e brancas. Gosto especialmente de
Dragon’s Tongue, cujas vagens achatadas são
adornadas com marcas roxo-avermelhadas.
Embora sem poderes mágicos, as variedades
trepadoras são como as do conto «João e o Pé de
Feijão», que atingem grandes alturas e se agarram a
tudo o que encontram pelo caminho. Orientá-las
numa treliça cria um efeito de altura no jardim e
permite-lhe cultivar MUITO alimento num espaço
exíguo. Não estou a exagerar. Produzem durante
semanas sem fim. Embeleze o seu jardim e a sua
mesa com Gold of Baucau, um feijão achatado e de
um dourado brilhante; Rattlesnake Pole, cujas
vagens verdes estão cobertas de listas roxas; ou
Trionfo Violetto, uma variedade deliciosa com flores
e vagens roxas. Melhor ainda, experimente Cherokee
Trail of Tears, nome adequadamente dado a uma vagem castanho-avermelhada com feijões negros
que alimentou o povo Cherokee durante a trágica
deslocação forçada para Oklahoma, em 1838.
A feijoca é uma trepadeira antiga, muito
decorativa, conhecida pelas suas vagens grandes e
pelas flores maravilhosas que atraem ao jardim
abelhas, borboletas e colibris. Cultive-a em vasos
grandes ou no solo, como qualquer feijoeiro
trepador. Experimente a deslumbrante Scarlet
Runner ou a igualmente bela Painted Lady, que
produz flores bicolores vermelhas e brancas e
bonitos feijões sarapintados.
Soja(Glyc ine max) - Famíl ia das Legum inosas (Legum inosae )
A soja (também chamada edamamè) é uma
iguaria japonesa que se pode comer na altura da
colheita diretamente da vagem, acabada de cozerem água e sal. Terá uma surpresa com Agate, uma
bela espécie antiga com um feijão castanho-
-avermelhado.
A soja pode ser cultivada como o vulgar feijoeiro-
-rasteiro, mas é exigente quanto ao calor e à
humidade, em especial durante a germinação.
Espere que as temperaturas atinjam os 21 °C e plante
os feijões a uma profundidade de cerca de 2,5-5 cm e
a intervalos de 5 cm, diretamente da embalagem,
pois não é necessário demolhar as sementes. Ponha
de molho as sementes dos outros feijões, mas nunca
as de soja, pois apodrecerão num instante.
Para obter o feijão-verde mais delicioso que jamais
provou, asse as vagens jovens no forno tempe radas
com um fio de azeite e sal. Uma delícia.
Brássicas
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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As brássicas (ou couves), constituem um grupo que tem sido muito
maltratado, detestado tanto pelas crianças como por ex-Presidentes dos
EUA. E provável que o preconceito se deva a refeições à base da mesma mão-cheia de insípidos produtos agroindustriais. Depois de cultivar uma
couve-flor cor de laranja ou de provar brócolos roxos, vai certamente
interrogar-se sobre em que mais assuntos estarão os políticos errados!
Cult ivar
Também conhecidas por couves, estas plantas da família das
mostardas partilham as mesmas exigências e dão-se bem lado a
lado na horta. Gostam de solos ricos e preferem sol direto, mas
toleram bem alguma sombra. Não poupe no azoto, pois precisam
de uma grande quantidade para produzirem folhas grandes e
saudáveis. Misture algum composto na terra, no início da
primav era e deite mais um pouco na cova, na altura de plantar.
A s brá ss icas são plantas de cl im as frios; no entan to, tend em a
ser sensíveis a baixas de temperatura na altura de plantar e durante
a época da floração. Também podem espigar quando a temperatura
sobe. O truque consiste em levá-las para o solo cedo, mas não
demasiado cedo. Plante-as ao lado de bons companheiros, como o
pepino, a calêndula, a cenoura, o endro, a alface, a hortelã, os
membros da família da cebola e o manjericão. As brássicas nãoapreciam a companhia de feijoeiros-trepadores e morangueiros.
Os b rócolos e a couve-flor são apreciados pelas sua s cabeça s,
mas poucas pessoas sabem que as folhas e os caules também são
deliciosos. As cabeças são, na verdade, grandes aglomerados de
botõe s flo rais e dev em ser co lh idas enqu an to os botõe s ainda estão
firmes e as flores não abriram. O corte das primeiras cabeça s
grandes faz surgir outras, mais pequenas, a que se chama rebentos
laterais. Quanto mais depressa colher esses rebentos, mais nascerão.
O maior inimigo desta família é a borboleta-da-couve, mas
os afídeos, as lesmas, os p ulgõe s e a mosca-das-raízes-da-couve
tamb ém as fazem sofrer. Cob rir as fileiras depois de plantar
é a melhor defesa - veja a página 75. O stresse causado por
temperaturas consistentemente baixas, pela seca, pelo excesso
de calor ou por falta de a zoto pod e levar os brócolos e a couve-flor
a apresentar cabeças demasiado pequenas. A hérnia (página 72),
causada pela acidez do solo, tnmbém é comum.
CULTIVO EM VASO
Cultive uma planta por vaso e duas ou
três em caixas de arrumação grandes.
Brócolos:
Rendimento: Baixo
Pro fu nd ida de M ín ima: 30-40 cm
Variedades: Os híbr idos pequenos
têm melhor desempenho.
Experimente Small Miracle.
Couve:
Rendimento : Méd io
Pro fund idade Mín ima: 30 cm
Variedades: Early Jersey Wakefield,
Cairo, Gonzalez
Ma is Conselhos: Cult ive variedades
compactas, precoces e do meio da
estação, que p odem ser colh idas
cedo.
Couve-flor:
Rendimento: Baixo
Pro fund idade Mín ima: 30-40 cm
Variedades: Idol, Cheddar
Repolho:
Rendimento : A l to
Pro fund idade Mín ima: 25-30 cm
Variedades: Todas
Brócolos
(Brass ica o le ra ce a , G r u p o Ita lica - F a m í li a d a s C o u v e s (C ru c ife ra e )
tamanho de bolas de basebol - por isso, leve em
conta o espaço que tem disponível quando escolher
uma variedade. Se a larva da borboleta-da-couve for
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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Os brócolos, que há quem adore e quem deteste,
fazem bem à saúde e são ricos em vitaminas, cálcio
e antioxidantes.
Os brócolos toleram uma geada ligeira e crescem
melhor quando os termómetros se aproximam do frio
(cerca de 18 °C). Para algo diferente da variedade
verde Calabrese, experimente a Romanesco, uma
variedade muito apreciada, embora um pouco
melindrosa, que apresenta uma cabeça fractal
verde-lima de aspeto invulgar.
Os horticultores de regiões com invernos
quentes e temperados deviam tentar cultivar
brócolos, uma planta extremamente decorativa que
suporta temperaturas até 12 °C. Cada planta pode
atingir 6 o cm de altura e produz inúmeros botões
pequenos e suculentos, brancos ou roxos, além dacabeça principal. Se os transplantar no final do
verão e mantiver num local coberto durante o
inverno, terá como recompensa uma colheita
abundante no início da primavera.
Semeie até 6 a 8 semanas após as últimas geadas
da primavera. Quando as plântulas tiverem 4 a 5
semanas, leve-as para o ar livre, deixando intervalos
de cerca de 38 cm entre elas. Plante para colher no
outono, 12 semanas antes da data prevista para a
ocorrência das primeiras geadas na sua região.
Corte os caules cerca de 15 cm abaixo das
cabeças quando estiverem cheias mas ainda firmes.
Faça-o depressa, antes que os botões florais amarelos
comecem a abrir, e vá arrancando os rebentos
laterais para tirar o máximo partido de cada planta.
Couve
(Brassica oleracea, G r u p o C a pita ta) - Fa míl ia da s C o u v e s (C ruciferae)
A couve é uma boa produtora, reunindo um
grande teor nutritivo na mesma embalagem. As
plantas podem ser enormes globos folhosos ou do
um problema inultrapassável na sua horta,
experimente uma variedade vermelha, como
Mammoth Red Block - as vermelhas são menos
suscetíveis aos danos causados pela larva. January
King é uma escolha segura em climas temperados e
sobreviverá ao inverno como colheita tardia.
Faça a sementeira num local coberto, cerca de
6 a 8 semanas antes da data da última geada. Leve
para o ar livre 3 a 4 semanas antes das últimas
geadas. Deixe uns bons 25 a 39 cm entre as plantas
transplantadas, ou mais um pouco, caso formem
esferas de grande tamanho. Não se preocupe com
as jovens; elas aguentam algum gelo. Para colher no
outono, plante 12 semanas antes da data prevista
para a primeira geada.
Corte-lhes a cabeça ou arranque toda a plantaenquanto as folhas ainda estão bem unidas. Colha
as que deixar para trás antes das primeiras geadas
sérias.
Couve-flor
(Brassica o le ra ce a G r u p o B o trytis ) - F a m íl ia d a s C o u v e s (C ru cif e ra e )
A exposição ao sol faz com que os botões florais
da maioria das variedades brancas de couve-flor
percam a sua cor e se tornem amarelados. As
cabeças amarelas são comestíveis, mas se as
prefere mais claras e brancas, ate as folhas centrais
com um elástico ou cordel quando elas começam a
formar-se; ou então poupe trabalho e cultive uma
variedade «autobranqueadora» como Snowball,
cujas folhas se encurvam naturalmente, cobrindo a
cabeça. Mais fácil ainda, opte por variedades
coloridas como Violetta Italia e Purple of Sicily.
Mais temperamental do que as outras brássicas,a couve-flor precisa de um solo bastante quente para
estar em forma na primavera; no entanto, espiga
facilmente se o termómetro subir abruptamente na
época da floração. Para evitar problemas, semeie num
local coberto cerca de 6 a 8 semanas antes da data da
última geada e proceda à repicagem ou à
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última geada e proceda à repicagem, ou à
transplantação, quando a temperatura variar entre 15
a 18 °C. Para colher no outono, semeie ao ar livre em
meados do verão, umas boas 18 semanas antes da dataprevista para as primeiras geadas. Deixe intervalos
de cerca de 35 cm entre as plantas.
Colha quando as cabeças ainda estiverem compactas
mas já não as sinta rijas como pedras ao toque. Ao
contrário dos brócolos, a couve-flor não produz rebentos
laterais - assim que a cabeça se forma, acabou.
Repolho(Brassica olerace a, G r u p o A ce p ha la ) - Família das C ouves (C rud fe rae )
No gélido Norte, um repolho frisado junto à porta da
frente anuncia o outono, tal como as folhas avermelhadas
ou a abóbora. A folhagem é excecionalmente decorativa
- no entanto, ou não fosse ela vivaz, sobrevive a invernos
nevosos e fornece uma verdura alimentícia numa altura
em que as outras plantas da sua família já não produzem.
Escolha entre as diversas variedades coloridas e com
formas atraentes, como a Lacinato (também chamada
«couve de dinossauro»), azul-esverdeada e de superfícieirregular, ou a Redbor, cujas folhas roxas profundamente
frisadas ficam uma maravilha ao lado da salva Tricolor
ou da perila-vermelha, com o seu tom de rubi.
Faça a sementeira num local coberto, 6 semanas
antes das últimas geadas, ou semeie diretamente ao ar
livre antes da última geada. Plante-as umas perto das
outras, se quiser usar as folhas jovens, ou a intervalos
de aproximadamente 38 cm, se as quiser colher adultas.
Colha o repolho em qualquer altura, pois ao fim de
um mês as folhas são excelentes em saladas, ou deixe-o
atingir a maturidade. Tem melhor sabor se o apanhar
logo a seguir a uma geada.
De cima para baixo: arranqu e os pequeno s rebentos ►
laterais dos brócolos para a produção sor mais abundante;
a vistosa couv e-flor Violett a Italia encho de cor um c anto
desinteressante; o repolho I st Inato possui uma atraente
»
1 »
Pepino(Cucum is sa t ivus ) - F a m í l i a d a s C u c u r b i t á c e a s (C u c u r b i t a c e a e )
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Não há nada melhor do que um pepino fresco, estaladiço e acabado de
colher cortado às fatias e temperado com sal. Visto existirem variedades
de todas as formas, dimensões e cores, não há razão para se restringir à
clássica versão verde e alongada. Para quem tenha mesmo muito pouco
espaço, até há plantas em miniatura.
Cultivar
Os pepinos preferem locais claros e quentes, mas toleram um
espaço que receba um mínimo de 4 a 6 horas de sol direto por dia. Um
local abrigado do vento, encostado a um muro que absorva o calor é o
ideal. Os pepinos são exigentes no que diz respeito à água, mas, assim
que se estabelecem, não voltam a dar problemas. Sendo legumes
sumarentos, requerem muita água para não crescerem secos, amargos,
atrofiados e rijos. Vai descobrir que as suas plantas requerem aindamais água à medida que amadurecem e produzem frutos.
Cultive variedades clássicas, como Japanese Climbing, A & C
Pickling e o sempre popular Marketmore, se quiser assegurar
produções abundantes. Prepare deliciosos picles gourmet com
Cornichon de Bourbonne, Parisian Pickling e White Wonder. Se quiser
um pepino diferente, há variedades amarelas (Boothby’s Blonde),
brancas (Miniature White) e cor de laranja (Chinese Yellow).
As plantas têm fama de serem suscetíveis ao oídio (página 73),
devido à má circulação do ar ou ao stresse causado pela seca - portanto,
não as deixe secar! Insetos infestantes como afídeos e o escaravelho-
-do-pepino também podem infetar a planta com a terrível doença do
vírus do mosaico do pepino. A rotação ajuda a confundir os infestantes.
Plante pepinos junto de feijoeiros-rasteiros, endro, alface, chagas,
ervilhas e rabanetes, mas mantenha-os longe das batatas.
CULTIVO EM VASO
Mantenha o solo consistentemente
húm ido, para colher os melhores e
mais sumarentos pepinos.
Pepino Anão:
Rendimento: Médio
Profundid ade Mínima: 20 cmVariedades: Patio Pik, Bush Pickle,
Patio Pickles, Salad Bush
Mais Conselhos: Podem não ficar
muito saborosos, mas dão-se bem
em espaços exíguos.
Pepino (Trepadeiras):
Rendimento: Médio
Profundid ade Mínima: 38 cm
Variedades: Lemon, Bushy,
Miniature W hite
Mais Conselhos: Oriente a planta
numa trel iça ou num poste, por uma
questão de espaço, e mantenha-a
afastada do chão.
R E C E I T A
Sopa Fria e Refrescante de Pepino, Hortelã e Iogurte
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O meu primeiro contacto com o conceito de
sopa fria teve lugar no liceu, quando trabalhei
dentro de uma cozinha sufocante. Até então, a ideia
de uma sopa não cozinhad a parecia-me uma
loucura.
Os pepinos são um ingrediente clássico dassopas frias, em geral aromatizadas com endro ou
hortelã, ervas aromáticas que abundam no jardim
em plena época do pepino. E embora eu já tenha
preparado esta sopa de m il e uma man eiras
diferentes, a minha versão preferida é esta receita
simples e rápida.
1. No l iqu idif icado r, co loqu e os pe pinos, a
horte lã, o iogu rte, o sumo de l imão, se o quiser
usar, e 1 chávena d e água fria. Tritur e até ob te r
uma mistura homogénea.
2. Leve ao fr igo rí f ico antes de servir.
3. Tem pere com sal a go sto, de ite em taças
indiv iduais e guarneça cada uma com f lores de
borrag em , se desejar.
Para 4 pesso as
• 450 g de pepinos descascados e picados
(cerca de 8 pepinos pequenos)
• 4 colheres de sopa de horte lã fresca picada
• 1 Vi copo de iogurte simples
• Vi colhe r de chá de sementes de coentros moídas
• 1 colher de sopa de sumo de limão (facultativo)
• Sal
• Vi chávena de flores de borragem (facultativo)
Semear e Plantar Faça a sementeira em vasos num local coberto,
cerca de 2-4 semanas antes da data prevista para as
últi d i i d t 1 2 d
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últimas geadas e inserindo as sementes a 1-2 cm de
profundidade. Leve as plântulas para o ar livre
bastante tempo após a última geada, quando a
temperatura for, no mínimo, de 23 °C. Quando
transplantar, junte à terra bastante estrume ou
composto bem curtido e tenha o cuidado de não
perturbar muito as raízes. Escolha um dia ameno e
cinzento para o fazer.
Colher Conte iniciar a colheita em meados do verão.
Com colheitas frequentes, as plantas continuarão a
produzir até às primeiras geadas. Corte ou torça,
mesmo as variedades de maiores dimensões, antes
de os pepinos atingirem os 15 cm.
De cima para baixo: cultive um único pé davariedade Miniature Wh ite num vaso de 38 cm;
a variedade Mexican Sour Gherkin prod uz
frutos levemente ácidos que parecem
miniaturas (os horticultores mais ousados vão
gostar de cultivar pepininho, o primo mais
pequeno do pepino de jardim); a variedade anã
Salad Bush é ideal para um vaso pequeno.
Beringelas(Solar ium m elonge na) - Família do Tomate/Beringola (Solanaceae)
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A beringela é um legume bastante exótico, disponível em formas estranhas,
invulgares, que desafiam o clássico ovo grande e roxo popularizado pela cozinha
italiana. Na horta, até a própria planta é cativante, com bonitas folhas aveludadas
e flores atraentes que ficam bem junto de espécies roxas e vermelhas.
Cultivar Originária de climas quentes e luminosos, a beringela exige um
recanto soalheiro da horta que tenha boas condições de drenagem.E uma planta altamente sensível à temperatura, que se enruga com o
frio e deixa de produzir frutos quando o calor é excessivo. As plantas
preferem temperaturas entre os 21 °C e os 29 °C - abaixo disso, dão-se
mal. Sol a mais danifica-as, por isso forneça-lhes algum abrigo durante
vagas de calor especialmente difíceis. Quase todos os infestantes
apresentados neste livro - doríforos, pulgões, afídeos e tudo o que se
possa imaginar - adoram beringelas. Estas são também suscetíveis a
muitas doenças do tomateiro. Mantenha-as felizes com muito azoto e,
de vez em quando, um pouco de fósforo e potássio. Ampare as
variedades altas com frutos longos e pesados, para manter as plantas
de pé e os frutos longe do solo.
A beringela não se importa de partilhar o espaço com o manjericão,
o feijão, as ervilhas e os pimentos, mas não deve estar perto do funcho.
Semear e Plantar Faça a sementeira num local coberto, pelo menos 6-9 semanas
antes da última geada. As beringelas jovens detestam ser
transplantadas. Semeie em vasos grandes de 10 cm e, quando as
transplantar ao ar livre, deixe uns bons 28 cm entre elas, no mínimo 3semanas depois da última geada, quando as noites estiverem
consistentemente quentes (21 °C). Use uma barreira contra roscas
(página 75) para proteger as jovens raízes.
Colher Corte os botões novos cerca de um mês antes da primeira geada, a
fim de canalizar a energia da planta para o amadurecimento dos frutos
remanescentes. As beringelas demasiado maduras têm mau aspeto, são
amargas e flácidas, por isso colha-as enquanto a pele está brilhante.
CULTIVO EM VASO
Uma vantagem para os horticultores
de climas frios que não podem
fornecer condições de crescimentoideais no chão.
Beringela:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 25 cm
Variedades: Little Prince, Little
Fingers, Lao Purple Stripe, Striped
TogaMais Conselhos: Os frutos
pequenos resistem melhora seca.
Alface e Verduras
Deliciosas e diversificadas as verduras para salada são extremamente
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Deliciosas e diversificadas, as verduras para salada são extremamente
fáceis de cultivar e podem ser enfiadas em espaços muito pequenos,
oferecendo saladas frescas e apetitosas a quem dispuser de uma janela
soalheira e de um pouco de solo.
Cul t i va r
A s ve rd ura s contêm muita ág ua, po r isso é ób vio que ex igem
um abastecimento regular para crescerem tenras e saborosas.
Os problemas são, em geral, causados pelo calor; as verdurasdetestam-no. São sem dúvida plantas de climas frios que apreciam
o sol, que se precipitam para a fase de produção de semente, ou
espigam, quando o calor é demasiado intenso e castigador.
No verão cultive verduras de colheita rápida e contínua
(a chamada mesclum mix ), que devem ser colhidas an tes de a
jo ve m plan ta prod uz ir semente. Cu bra as plan tas maiores com
tela ou cultive-as à sombra de espécies mais altas e frondosas,
uma relação bené fica para todos os envolvidos.
Faça a sementeira ao ar livre no início da primavera, assim que
o solo puder ser trabalhado. Não se dê ao trabalho de comprar pés
para transplantar; as sementes dão origem a plantas saudáveis e
duradouras.
Continue a semear pequenas porções todas as seman as ao
longo da primavera e mais tarde, no final do verão, quando as
temperaturas começam a refrescar. A maioria das sementes de
ve rd ura s só ge rm in a com muito calor. Para semear, espalhe as
sementes à superfície do solo e cubra com uma fina camada de
terra. Proceda à repicagem das plantas adultas, deixando
intervalos de cerca de 15-20 cm entre elas.Colha verduras do tamanho que quiser. As microverduras e as
ve rd ura s baby podem ser consumidas ao fim de menos de um
mês, mas, se preferir, espere que as cabeças se desenvolvam e
atinjam a maturidade. Desde que deixe sempre um coto acima do
solo, as plantas formarão n ova cabe ça. Imp ressionante, e no bom
sentido. Repita o proces so duas a três veze s com a mesma planta,
até as folhas começarem a saber a borracha. Nessa altura, arranque
a planta e faça nova sementeira.
C U L T I V O E M V A S O
Cultive plantas jovens de colheita rápida
numa floreira de janela. Mantenha orecipiente regado e vá arrancando as
folhas enquanto ainda medirem 3-7 cm -
veja «Plantas Cultivadas em Parapeitos»,
na página 16.
Al face e Verduras:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 15 cm
Variedades: Todas se adequam a
recipientes de qualquer tamanho.
Mais Conselhos: Os recipientes secam
depressa, mas têm a vantagem da
mobilidade, podendo ser levados para
locais com sombra quando o calor
aperta.
A part ir d o canto su pe rio r es querdo, no
sentido dos ponteiros do relógio: cultive os
ingredientes para a sua salada no mesmo
balde, com o aqui, onde se vê alface
Mascara e endro; a compacta a lface-de-
-cordeiro é ideal para cultivar num caixote
de fruta vazio; crie impacto cultivando
alfaces de folhas verdes e roxas perto umas
das outras; semeie espinafres no início da
primavera, para colher no tem po frio.
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r
Q U A L É A D I F E R E N Ç A ?
Alface But terh ead: Um tipo de alface que forma
rosetas de folhas tenras e «amanteigadas».
Alf ace Iceberg ue: Uma variedade pop ular que
representa de forma inconfundível todo o grupo
Crisphead. São alfaces estaladiças e saborosas, com
cabeças densas de folhas suculentas, que permitem
à planta não espigar e tolerar o calor.
Al face-carv alh o: Folhas tenras e delicadas que pode
ir arrancando à medida que são necessárias. Red Sails
e Black-Seeded Simpson são variedades que não
espigam.
Al face-ro mana: Também chamada alface Cos, é a
popular variedade usada na salada César que forma
cabeças alongadas de folhas estaladiças e crocantes.
É outra boa escolha para climas quentes, pois não espiga.
Al faces de inverno: Estas variedades resistentes à
geada passam bem o inverno em climas temperados,
mas precisam da proteção de um estufim frio nas
regiões mais frias.
Rúcula
(Eruca sativa) —Família das Couves (Cruciferae )
Se o seu espaço só dá para semear uma verdura
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p ç p
de salada, recomendo a rúcula. É excecionalmente
resistente ao frio e vivaz, oferecendo folhas tenras e
picantes do início da primavera até ao final dooutono, ou mesmo depois disso, consoante o clima da
sua região. O calor do verão torna as folhas um pouco
apimentadas, mas eu cozo-as rapidamente ao vapor e
uso-as na cobertura das pizas ou no pesto. Arranque
as plantas que espigarem e volte a semear, ou
mantenha-as, para aproveitar as flores, que tambémsão deliciosas.
A rúcula é muito fácil de cultivar e semeia-se a si
mesma se o permitir. Existem poucas variedades de
rúcula e todas possuem o característico travo a
pimenta. A variedade Rocket é a mais popular,
conhecida por crescer de forma rápida e furiosa.
Alface
ÍLactuca sat iva) - Fa míl ia da s As te rá ce a s/C om posta s ( A s te ra ceae )
A alface é tudo menos aborrecida. E havendo
tantas variedades não há razão para se cultivar apenas
uma. A pouco e pouco, acabei por experimentar todas,mas tenho uma inclinação especial pelas que
apresentam vermelhos maravilhosos, como Mascara,
Lolla Rossa, Galactic Red, Cimarron e Selway.
Oferecem um contraste atraente, irresistível, junto
de beldades de folha verde como Lingue de Canario,
Bunte Forellnschluss e Black-Seeded Simpson. Tudoisso e refeições muito económicas!
As variedades mais resistentes acabam por
sucumbir ao calor do verão e espigar, formando
torres dignas de um Dr. Seuss, de cujo centro brotam
delicados tentáculos floridos. Deixo sempre algumas
na terra pelo seu interesse decorativo, mas não só:
acabam por produzir uma quantidade enorme de
sementes, garantindo a colheita do ano seguinte,ou mais.
A lface-de-cordeiro
(Valer iane l ía locusta) —Família das Valerianáceas (Valer ianaceae)
Eu pensava que a alface-de-cordeiro era exagerada-
mente gabada e demasiado cara até a usar de forma correta,
salgando as pequenas rosetas e acompanhando-as com um
bom queijo de cabra e fatias de ameixa madura.
A alface-de-cordeiro, também chamada alface-de-
-milho, pode ser considerada um alimento pretensioso;
no entanto, o seu cultivo é tão fácil e barato como o das
outras verduras. A planta é um pouco mais exigente do
que as outras verduras e tem um desenvolvimento mais
lento, mas é também a mais resistente (até o °C), sendo,
por isso, uma das raras culturas de inverno que pode ser
colhida mesmo gelada. Ao contrário da maioria das verduras, a alface-de-
-cordeiro precisa de temperaturas baixas para germinar.
Salte a primavera e o verão e semeie diretamente ao ar
livre no final do verão, para colher no outono e no
início do inverno.
Corte as rosetas ao nível do solo, deixando asdelicadas raízes na terra. A alface-de-cordeiro não
produzirá outra planta, mas envia alguns nutrientespara o solo.
Mostarda-da-índia(Brass ica junc ea ) - F a m í li a d a s C o u v e s (Cruc i fe rae)
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As folhas de mostarda-da-índia são conhecidas, sobretudo,
por possuírem um gosto picante, embora existam variedades
suaves como a tatsoi, cujo gosto é subtil, mas muito maisacentuado que o da alface. A mizuna também é bastante
suave, com um leve travo que a torna uma excelente verdura
para salada. Giant Red Mustard e Osaka Purple são duas das
mais vistosas do grupo, tornando-se plantas grandes,
atraentes e encantadoras, com folhas brilhantes, quase
iridiscentes, que acabam por dar origem a caules altos com
flores amarelas. Tanto as folhas como as flores são
PICANTES como os rabanetes.
As mostardas-da-índia são um grupo que até certo ponto
tolera o frio e tende a atrair infestantes como lagartas
mineiras e, se negligenciadas, afídeos.
O melhor da mostarda-da-índia são os rebentos, que pode
ter todo o ano no parapeito da sua janela (ver «Legumes Que
não Exigem Espaço», na página 14). Comece a cortar folhas do
tamanho que quiser, mas não se esqueça que, quanto maiores
se tornarem, mais rijas e picantes serão.
Espinafre
(Spinacia o leracea) - F a m íl ia d a s B e t e r r a b a s (C h e n o p o d i a c e a e )
Nenhuma horta fica completa sem este «superlegume» e
compreende-se porquê: cultivar espinafre é muito fácil e ele
dá-se bem em toda a parte. Na primavera, cultive uma
variedade que demora a espigar, como American Spinach ou
Bloomsdale, que se mantêm em forma quando chegam os
primeiros calores do verão. No final do verão, plante Giant
of Winter, variedade que não tolera o calor e sobrevive ao
inverno sob uma espessa camada de palha.
Arranque toda a planta em meados do verão, assim que
as inflorescências aparecerem e em seu lugar plante um
substituto do espinafre, como espinafre-da-nova-zelândia
(Tetmgonia tetragonioides) ou espinafre-do-malabar,
também chamado bertalha (Basella rubra).
OUTRAS VERDURAS
A EXPERIMENTAR
Agri ão -da-t er ra ou mastruço (Lepidum
sat/va)
Azeda-da-horta (Rumex acetosa)
Beldro
Beldroega (Portulaca oleracea)
Beldroega-de-inverno, ou C lay to n ia
(Montia pe rfoliata)
Chicória (Cichorium intybus)
Endívia ou chicória-hortense (Cichorium
endivia)
Erva-armoles (Atriplex hortensis)
Espinafre-morango (Chenopodium capitatum)
Melóquia (Corchorius olitoruis)
Pampilho (Chrysanthemum coronarium)
Pimpinela-menor (Sanguisorba minor)
Quenopódio-branco (Chenopodium album)
Quinoa (Chenopodium quinoa)
Tanchagem-corno-de-veado (Plantago
coronopus)
Tire p artid o das plantas espigadas:
Cultive alface-de-caule (Cracovienensis),
variedade que produz caules carnudos e
doces, melhores que o aipo.
Cobertura Viva: Obtenha maiores
quantidades e ofereça sombra ao solo,
plantando alfaces de crescimento rápido
sob plantas altas e frondosas, como
tomateiros , quiabos e beringelas.
A Família das Cebolas
Mesmo que a cebola, o alho, o cebolinho e outros membros desta família
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Mesmo que a cebola, o alho, o cebolinho e outros membros desta família
não sejam muito utilizados na sua cozinha, vale a pena cultivá-los na horta,
pois são companheiros dedicados de muitos legumes. Os A l l i u m são, por
natureza, plantas odoríferas, característica útil que confunde os insetos
infestantes e os convence de que não têm muito que comer na sua horta.
Cultivar Os Allium são p lantas muito resistentes. Encontrei
cebolas e cebolinho a crescer espontaneamente no que
restava de hortas há muito abandonadas, ou erguendo-se
no meio de relvados devido a bolbos que foram parar à
pilha de composto. Praticamente qualquer horta ou vaso
pode acomodá-los, já que toleram na perfeição condições
longe de ideais, de sombra parcial a solos pobres.
Certifique-se de que lhes oferece bastante espaço e os livra
de ervas daninhas - as plantas da família das cebolastornam-se pequenas e sofrem quand o congestionadas.
Regue bem quando o solo começar a secar, se quiser
assegura r uma boa colheita. As regas esporádicas, em
especial quando os va sos secam, podem rachar os bolbos.
Mantenha-os regados e dar-se-ão bem em vaso, sobretudo
o cebolinho. São dos primeiros legumes a surgir, assim que
a neve d errete, mais fortes do que nunca.
Cebolinho e Cebolinho-chinês(Allium schoenoprasum e Allium tuberosum) - Família do Al lium (Liliaceae)
Apesa r de serem co nside ra do s er va s arom áticas , o
cebolinho e o cebolinho-chinês são, na verdade, os
membros m ais pequenos da família das cebolas. Embora
as atenções se concentrem nas partes folhosas e, por vezes,
nas flores, vale a pena colher os pequenos bolbos ao fim de
uns anos, quando as dim ensões da horta começarem a
fugir ao seu controlo. Até se aproveitam as sementes, que
têm um sabor excelente quando rebentam no parapeito esão usadas em saladas e sanduíches (ver «Legumes Que
não Exigem Espaço», na págin a 14).
C U L T I V O E M V A S O
Para evitar a podridão, mantenha os vasos bem
regados mas não encharcados.
Cebolinho:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 10-15 cm
Variedades: Todas
Mais Conselhos: Resistem muito bem ao frio,
mesmo em vaso. Cultive num parapeito e corte as
partes verdes.
Alho:Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 20-30 cm
Variedades: Persian Star, Siberian
Mais Conselhos: Requerem recipientes muito
grandes para produzirem bolbos, mas podem ser
plantados no início da primavera, para
produzirem alhos verdes ao longo do verão.
Alho-francês:
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 25 cm
Variedades: Mammoth Pot Leek, Bandit
Mais Conselhos: Amon toe a terra em vò lta das
plantas, à medida que elas forem crescendo.
Cebolas e Chalotas:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 15-20 cm
Variedades: Cebola Purplette, French Shallot
Mais informação: Cultive, por semente, as
variedades de bolbos grandes e arranque-os
quando a parte aérea tiver 15 cm de
comprimento, se quiser tenras «cebolas novas».
Cebolas (Ramos):
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 15 cm
Variedades: Crimson Forest, White Lisbon
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A part ir do canto su per io r esquerdo , no se ntid o dos po ntei ros do
relógio: cebolas-vermelhas prontas para serem semeadas na
primavera; as resistentes cebolas Egyptian Walking
automultiplicam-se perpetuamente; com o seu gosto suave, as
«hastes» do alho são uma iguaria do início do verão; estes
alhos-franceses produzem rebentos que em breve se
transformarão em vistosas flores esféricas.
Ao contrário da maioria dos Allium, os
cebolinhos são cultivados como perenes,
rebentando todos os anos de minúsculos bolbos que
permanecem indefinidamente no solo. Além disso,
Botões florais com um aspeto estranho, ou
hastes, devem começar a aparecer em meados do
verão. Corte-as pelo caule, para que a planta
concentre as suas energias na produção de belos
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são agressivas espécies de autossementeira, por
isso, corte as flores (e coma-as), se não quiser que
eles encham a horta. Não existem muitas
variedades, mas, se quiser cultivar uma planta
original, experimente Garlic Chive Mauve. Produz
flores cor de alfazema no início do outono e não
brancas.
Colha todos os cebolinhos ao longo da época de
crescimento, cortando as folhas frescas do topo comuma tesoura, como se estivesse a ceifar.
A lho
(A lliu m sa tivu m ) - Fa mí l ia do A lli u m (Li l iaceae)
Existem dois tipos principais de alho. Os de colo
mole são uma boa escolha nos climas meridionais,
mas não são suficientemente resistentes para
suportar os climas frios do Norte. Os de colo rijo,
pelo contrário, são extremamente resistentes e
mantêm-se em forma durante muitos anos.
Para cultivar alhos, plante os bolbos do início
ao final do outono, cerca de um ou dois meses
antes de o chão gelar. Para começar, separe a
cabeça em dentes individuais e guarde os maiores
e mais saudáveis para plantar. Pode consumir os
outros. Em seguida, abra uma série de buracos
com 5-7 cm de profundidade na parte da horta que
escolheu, com um pau ou plantador, deixandointervalos de 10 cm entre eles. Insira um dente de
alho em cada um, com a extremidade pontiaguda
para cima, e cubra com terra nova e uma camada
de palha.
Logo no início da primavera, junte um pouco
mais de composto ao solo, que deve regar bem, de
modo a deixá-lo uniformemente molhado. Agua a
menos e os alhos não crescem muito. Agua a mais e
podem apodrecer.
bolbos saudáveis. As hastes são consideradas uma
iguaria - ficará com um belo fornecimento!
Desenterre os bolbos inteiros no fim do verão ou
início do outono, assim que as folhas começarem a
acastanhar e a cair. Deixe os alhos secar (também
se diz curar), pendurados num local seco durante
algumas semanas e reserve os dentes maiores para
a próxima plantação.
Alho-francês
(A ll ium am pelopra sum , G r u p o Porrum) - Família do A lliu m (Liliaceae)
De todos os membros da família, os alhos-
-franceses são os que mais azoto exigem, preferindo
ser cultivados sozinhos, onde 0 possam ter em
exclusividade. Compre mudas se dispuser de pouco
espaço e tempo. Se quiser semeá-los, faça a
sementeira num local coberto, 10-12 semanas antes
das últimas geadas. Plante as mudas uma semana
após a última geada, a intervalos de cerca de 10 cm.
Para obter alhos-franceses deliciosos e macios,
cultive-os em valas ou plante a uma boa
profundidade (cerca de 10 cm) e proceda à amontoa,
usando terra misturada com um pouco de
composto, durante a época de crescimento.
Nos climas mais quentes, comece a colher
pequenos alhos-franceses em meados do verão e
continue até à primavera seguinte. Noutras regiões,eles devem ser desenterrados antes que cheguem as
geadas mais fortes.
Cebolas e Chalotas
(A lliu m ce pa ) - Fa mí l ia do A ll iu m (Li l iaceae )
As cebolas são menos esquisitas do que o
alho-francês e o alho, no que diz respeito ao solo;
colherá um legume comestível, se bem que de
pequenas dimensões, mesmo em condições que sejam tudo
menos ideais. No entanto, todos ficarão a ganhar se fizer um
esforço e adicionar composto ao solo no início da primavera.
Há cebolas das mais diversas formas, dimensões e cores, e
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varied ad es mais ou menos resisten tes . Para ter colheitas
contínuas, mesmo em climas frios, sugiro Egy ptian W alking
Onions, pelo seu peculiar hábito de crescimento. Estas
cebolas especialmente decorativas reproduzem-se a partir de
bolbos que crescem na parte superior da planta. O peso
adicional faz com que elas pendam e se enraízem no solo,
espalhando-se pelo jardim como se «caminhassem» pelo seu
próprio pé. Pode comer os bolbos ou deixar que eles se
enraízem, para ter uma boa colheita m al chegu e a primavera. A s op çõ es abundam, no que toca ao cultivo das cebolas.
O método mais lento consiste em fazer a sementeira num
local coberto, cerca de um mês antes da última geada.
Espalhe sementes de cebola num tabuleiro e não em células;
abra buracos na base de uma emb alagem usada e terá um
recipiente ideal.
Se quiser rapidez, plante cebola de semente - bolbos
minúsculos do tamanho de uma moeda de cêntimo.
O acidentado princípio de vida das cebolas de semente
torna-as mais propensas ao apodrecimento e a outros
problemas do que as que são cultivadas a partir de semente,
mas vale a pena arriscar, dado o tempo que se poupa. Leve
as plântulas e as mudas para o ar livre quando o solo tiver
arrefecido o suficiente para ser trabalhado, deixando
intervalos de cerca de 7 cm entre elas. Enterre as plântulas
a cerca de 1,25 cm de profundidade, e as mudas a cerca
de 2 cm, com a extremidade de fora.
Ao contrário das cebo las, que produzem um bo lbo por
muda, as chalotas crescem em aglomerados, cada mudaproduzindo vários bolbos. Faça a sementeira como fez para as
cebolas, mas deixe intervalos um pouco maiores.
Desenterre as cebolas sempre que lhe apetecer. Tanto a
parte aérea verde como os bolbos são saborosos em qualquer
fase. Colha cebolas e chalotas de bom tamanho quando a
parte aérea começar a ficar acastanhada e a cair. Deixe de
regar uma semana antes da data em que prevê colhê-las e
deixe-as secar penduradas, com folhas e tudo, durante várias
QUAL É A DIFERENÇA?
As cebolas d e semente são variedades
que, ao amadurecer, formam pequen os
bolbos pouc o mais largos do qu e a base
das folhas. As c ebolas arrancadas ainda
jo vens e te nra s são, p o r v ezes , ch am ad as
cebolinhas ou cebolinhas-francesas, mas
tecnicame nte não se t rata do m esmo.
As cebo la s d iv id em -s e em do is g ru pos:
cebolas de d ia long o e cebolas de d ia curto.
Escolha variedades de dia curto nos climas
quentes do Sul, onde o núm ero de horas do
dia são mais uniformes e opte pelas de dia
longo no Norte.
semanas.
Ervilhas(Pisum s at iv um ) - F a m ília d a s L e g u m i n o s a s (L e g u m in o s a e )
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A melhor forma de comer erv ilhas é colhendo-as diretamente da planta e
usá-las como um acompanhamento fresco e crocante. Não entra uma única
ervilha na minha cozinha até eu me cansar de as consumir dessa forma.
Cult ivar
Tal como o feijão e outras leguminosas, as ervilhas têm a
capacidade invulgar de produzir o azoto de que necessitam,
melhorando desse modo o solo. Plante-as em regime de rotaçãopor toda a horta e as ervilhas alimentarão a sua família e o seu
solo ano após ano. Isso é que é versatilidade! As ervilhas dão-se
melhor em locais onde a luz é intensa, mas toleram alguma
sombra. Como quase todos os legumes, gostam de um solo rico
ao qual se acrescente composto na altura da plantação.
Pulverize as plantas jovens com uma solução de algas.
As ervilheiras, em geral bastante fáceis de cultivar, não dão
muitos problemas. O maior é causado por um solo encharcado, o
que pode dar origem ao apodrecimento das raízes ou sementes
pouco depois da plantação. Não deixe o solo ficar encharcado ou
empapado mais para diante e mantenha-o sempre húmido, mas
não alagado. O tempo quente também é prejudicial. As plantas
acabam inevitavelmente por ficar queimadas assim que o calor
do verão aperta; contudo, fazer a sementeira cedo, mal a terra
possa ser trabalhada, é uma maneira de resistir às temperaturas
elevadas. A sombra artificial também dá bom resultado durante
vagas de calor.
As ervilhas são muito mais do que aquelas pequenas
esferas verdes e macias detestadas pelas crianças. Embeleze oseu jardim com variedades como King Tut e Blue Podded, que
apresentam vagens pendentes e flores coloridas. Gosto muito
de Laxton’s Progress #g, cujas flores são tão belas que
rivalizam com algumas variedades ornamentais (mas não
comestíveis) de ervilhas-de-cheiro. Mammoth Melting Sugar
é um sucesso garantido para quem gosta de ervilhas grandes,
gordas e tenras servidas simples, com hortelã, ou misturadas
num pesto. Plante ervilhas perto de cenouras, pepino,
espinafre, rabanetes e salsa, mas longe da família das cebolas.
C U L T I V O E M V A S O
Ervilhas:
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 30 cm
Variedades: Carouby de Maussane, Golden
Sweet
Mais Conselhos: A m pare as t re pade iras
grandes em tr ipés fe itos com paus ou postes.
Ervilhas Anãs:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 20 cm
Variedades: Dwarf Gray Sugar, Tom Thumb
Mais Conselhos: Plante as semen tes a
intervalos de 2,5 cm.
Os rebentos de ervilheira são tão deliciosos
como as vagens. Corte alguns e saboreie-oscrus numa salada verde ou como guarnição
crocante de uma sopa.
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Semear e Plantar As ervilhas dão-se melhor nos extremos mais frios
da estação. Tal como faz com os feijões, demolhe as
ervilhas rijas de um dia para o outro e mergulhe as
sementes em pó da bactéria rizóbio antes de as plantar,
para aumentar a produção. Semeie diretamente ao arlivre assim que o solo tiver descongelado o suficiente
para ser trabalhado. Tire partido do final fresco da
estação e faça uma segunda plantação no fim do verão,
cerca de 3 meses antes da primeira geada. Semeie as
variedades anãs a intervalos de 2,5-5 cm e deixe o
dobro do espaço entre as plantas altas e trepadoras.
Colher Arranque à mão as vagens tenras e corte as adultas
com uma tesoura. As ervilhas produzem durante muito
tempo, até a temperatura ser demasiado elevada. As
vagens perdem a sua doçura se forem deixadas na planta
demasiado tempo, portanto, examine-as todos os dias
assim que elas se começarem a formar. Colha as ervilhas-
-tortas enquanto se apresentarem pequenas e achatadas e
as ervilhas lisas quando as vagens começarem a
aumentar de volume. As variedades de descascar devem
ser colhidas ainda volumosas mas tenras.
A part ir do canto supe rio r esquerdo, no se nt ido dos
ponteiros do relógio: mergulhe as ervilhas já
demolhadas em rizóbios imediatamente antes de
plantar: Blue Podded Shelllng é bonita o comestível;
Pimentos(Capsicum) - Família das Solanáceas (Solanaceae)
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O abrasador pimento picante invoca o perigo - pimentos a mais numa
refeição podem derrubar um exército. Não admira, pois, que os pimentos,
mesmo as variedades ditas doces, sejam plantas de climas quentes que
exigem uma época prolongada. Não deixe que as restrições impostas por
um clima frio ou húmido interfiram nos seus planos. Cultive pimentos em
va so num local abrigado ou num parapeito soalheiro e saboreie várias
colheitas de delícias picantes tiradas da mesma planta!
Cult ivar
Todos os pimentos precisam de uma época de crescimento
longa e quente e de um local soalheiro. Preferem solos férteis
mas não darão flores nem frutos se não dispuserem de azoto
suficiente. Os pimentos não requerem muita água, mas são
surpreendentemente melindrosos em relação a temperaturas
extremas. Gostam de calor, mas calor a mais pode provocar a
queda das flores antes da produção de frutos. Dê aos botões uma
dose de magnésio, pulverizando-os com sais de Epsom (página
77), para lhes oferecer um pouco de coragem sob a forma líquida.
Cultive pimentos doces num arco-íris de cores para dar vida a
saladas e picles. Purple Beauty produz frutos que começam e
acabam roxos. King of the North é uma boa escolha em climas
setentrionais de época curta. Quanto aos pimentos picantes,
praticamente não existem limites, havendo variedades tão belas
que conseguem brilhar em qualquer jardim, além de darem
frutos não só picantes mas, também, saborosos. Os apreciadores
de picante preferem variedades mais fortes, como Fatali e
Habanero Brown. Para alegrar um recanto mais triste, planteespécies de folhagem variegada como Variegata (também
conhecida por Trifetti), Chinese Five Color, Fish e Golden
Nugget.
C U L T I V O E M V A S O
As plantas cultivadas em vaso são
suscetíveis à podridão apical. Dê-lhes
mais água enquanto estiverem a produzir
frutos e flores.
Pimentos Picantes:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 20 cm
Variedades: Chinese Ornamental,
Cheyenne Orange Patio, Aurora
Mais Conselhos: Leve as malaguetas
para um local abrigado e cultive como
planta de interior no parapeito da janela
mais soalheira que tiver.
Pimentos Doces:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 20-30 cm
Variedades: Purple Beauty,
Pepperoncini, Golden Treasure,Mohawk Gold Patio
A partir do canto superior esquerdo, no sentido dos
ponteiros do relógio: o pimento picante Chinese Five
Color fica espetacular em vaso; pimentos enfeitam uma
escada de serviço; três tipos de pimento picante
acabados de colher; compacto e decorativo, o pimento
picante Variegata dá cor a um pequeno espaço.
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Semear e Plantar
Faça a sementeira dos pimentos num local
coberto, antes das últimas geadas. Mantenha as
plântulas num sítio quente com bastante luz
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artificial (16 horas/dia) e, quando as temperaturas
noturnas forem superiores a 12 °C, leve-as para o ar
livre. Deixe intervalos de cerca de 30 cm entre as
plantas grandes e cultive apenas uma planta por
vaso, independentemente do espaço disponível.
Cultive-as junto de manjericão, cenouras, coentros,
cebolas e ervilhas. A seguir, não use a terra para
plantas da família do tomate.
Colher
Tanto os pimentos doces como os picantes
tendem a apresentar diversos coloridos até
atingirem a maturidade, embora a maioria possa ser
colhida com qualquer cor. Os pimentos doces
vermelhos são mais doces e os pimentos picantes
vermelhos, em geral, são os mais picantes de todos,
se os deixar desenvolver completamente. Informe-
-se sobre a variedade, para saber qual a cor final.
Torça ou corte o fruto enquanto ele ainda estiver
firme. Não espere que os pimentos estejam flácidos.
Colha tudo antes das primeiras geadas.
Torne os pimentos vermelhos mais picantes:
Os verões não são todos iguais e as alterações que
ocorrem no clima de ano para ano podem afetar a
qualidade da sua colheita. As m alaguetas dão-se
bem com o sol quente do verão, mas produzem
frutos insípidos nos verões frescos e chuvosos. Trate
bem as suas plantas mudando-as para o local mais
quente e soalheiro possível e regando-as com menos
frequência. Um pouco de falta de água ajuda-as a
aprove itar o calor disponível.
De cima para baixo: Os pimentos Sweet Yellow Stuffing
dão-se bem num recipiente com 30 cm de profundidade;
cultive pimentos Chinese Ornamental num parapeito
onde bata o sol. Este está plantado num vaso de 12 cm.
RECEITA
Ketchup Delicioso de Pimentos Vermelhos
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A minha família e amigos adoram este ketchup, o que é um grande elogio, pois cá em casasomos irremediavelmente adeptos da mostarda. É tão rico, saboroso e versátil que vai dar por si a
usá-lo em tudo e mais alguma coisa. E depois deite fora o produto medíocre que comprou no
supermercado, pois essa relação estafada vai acabar.
1. Pique finam en te os pime ntos, a cebola e as maçãs numa picadora
e transfira para uma caçarola de tamanho médio.
2. Adicione o vinagre, o sal, o mel, o melaço e as fatias de limão. Mexa bem.
3. Para fazer o saco de especiarias, corte um quadrado de musselina com
12 cm de lado. Coloque os ingredientes no centro; puxe as pontas
e ate com um pedaço de cordel de algodão. Mergulhe no molho.
4. Em lume for te, leve os ingre dien tes a levantar fervura; dep ois baixe
para lume méd io e deixe cozinhar destapad o d urante 40 m inutos,
até ficar com o asp eto de um xarope. Mexa de vez em qua ndo para
os ingred ientes não se pegarem ao fundo e não se queimarem.
5. Deite fora as fatias de limão e baixe o lume para o mínimo. Deixe
ferver em lume brando durante 40 m inutos ou até a mistura
engrossar e ficar brilhante.
6 . De ite fora o saco de especiarias. Passe a mis tura pe lo passe-vite,
a fim de obter um molho espesso.
7. Se o mo lho ainda lhe parecer aguado, volte a levá-lo ao lume (entre
brando e médio), até o ketchup reduzir e engrossar, apresentando
a espessura que pretende.
8 . De ite em frascos esterilizados, deixando um espaço de 1 cen tíme tro
entre o molho e a tampa, e coloque -os de ntro de água a ferver
durante 15 minutos. Para instruções pormenorizadas sobre como
conservar, consulte a página 189 e seguintes.
• 1,5 kg de pim entos vermelh os sem
pele nem pevides, fatiados e
cortados em pedaços grandes
• 1 cebola grande cortada em
pedaços grandes
• 2 maçãs sem caroço cort adas em
pedaços grandes
• 1 V i chávena de vinagre de cidra
• 1 colher de chá de sal grosso
• 1 1/2 chávena de mel
• 1 colher de sopa de melaço escuro
• 'h limão cortado às fatias
SACO DE ESPECIARIAS:
• 1 colher de sopa de grãos de
pimenta preta
• 2 colheres de sopa de sementes de
mostarda
• 1 colher de sopa de sementes de
coentros
rl* 11 Imm'HH d IÇO ml
Legumes de RaizPobres, desprezados legumes de raiz! Confesso que até eu quase sempre
me esqueço deles; no entanto cultivar raízes comestíveis é sem dúvida
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me esqueço deles; no entanto, cultivar raízes comestíveis é, sem dúvida,
uma festa. E possível observar o crescimento da maior parte dos legumes,
mas as raízes com estíveis são uma surpresa - nunca se sabe o que se vai
desenterrar e são sempre mais frescas e saborosas do que todas as que já
provámos!
Cu l t i v a r
A maioria dos legumes de raiz são culturas de inverno,o que é uma vantagem, pois metê-los na terra cedo
significa que vai usar a sua horta antes de os tomates
lançarem raízes. Quase todos requerem condições de
crescimento semelhantes e, de uma maneira geral, exigem
poucos cuidados e alimento. Todos preferem sol direto,
mas toleram alguma sombra. E boa ideia acrescentar muito
composto no início da primavera, para que o solo lhes
proporcione as boas condições de drenagem que tanto
apreciam. As pedras que existirem no subsolo podem
dificultar-lhes a vida e dar origem a raízes suficientemente
nodosas para figurarem na categoria dos Vegetais mais
Deformados do Mundo - por isso, vale a pena retirá-las,
mesmo as mais pequenas, ou cultivar os legumes de raizem canteiros elevados.
À exceção das alcachofras-de-jerusalém, todos
detestam o excesso de calor, por isso não se esqueça de
cobrir o solo no verão com um material solto e fácil de
espalhar, por exemplo aparas de relva, para arrefecer a
terra e não deixar a humidade escapar. O stresse causadopor falta de rega e calor é a causa mais comum de raízes
de pouca qualidade; as moscas-da-cenoura e os pulgões
também podem ser responsáveis por esse problema.
CULTIVO EM VASO
Beterraba:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 25-30 cm
Variedades: Baby Bali, Cylindra
Cenoura:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 25-30 cmVariedades: Danver's Half Long, Round
Romeo, Thumbelina
A lcachofra -d e-jeru salé m :
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 40 cm
Mais Conselhos: Plante um punhado num
caixote do lixo em plástico.
Batatas:
Ver «Batatas no Conten tor d o Lixo» (página 112).
Rabanetes:
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 15 cm
Variedades: Cherry Belle e as vivamente
coradas Purple Plum
Mais Co nselhos: São ideais para cu ltivar em
floreiras de janela.
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Beterraba(Beta vulgar is) - Fa mí lia da Be te rra b a (C h e n o p o d i a c e a e )
Embora a raiz seja a principal atração, as vistosas
- as cenouras são conhecidas por levarem algum tempo
a germinar. Proceda à repicagem (ver página 29) das
plântulas, deixando intervalos de 5-7 cm entre elas.
As cenouras podem ser comidas pequenas ou
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j p p ç ,
folhas da beterraba enfeitam qualquer jardim e estão
disponíveis numa paleta de coloridos que inclui oamarelo, os veios vermelhos e a cor de vinho. Bull’s
Blood é a mais conhecida, mas há imensas
variedades a levar em conta, incluindo Chioggia,
cujos anéis vermelhos e brancos lembram um olho
de boi, e Burpee’s Golden, com o seu aroma suave.
As sementes de beterraba são, na verdade,
aglomerados de várias sementes coladas umas às
outras. Plante-as ao ar livre imediatamente antes das
cenouras, 2-4 semanas antes da última geada.
Proceda à repicagem das plântulas (ver página 29),
deixando intervalos de 7-10 cm entre elas, para haver
bastante espaço para as raízes. Junte as folhas
jovens às saladas - tudo se aproveita! As folhas rijas
e adultas são melhores cozinhadas. Na horta, plante
perto de couves, alfaces, cebolas e rabanetes, mas
longe de feijões, acelgas e espinafres.
Comece a colher quando as raízes tiverem 5 cm
de diâmetro. Arranque ou desenterre com cuidado e
retire as folhas torcendo-as.
Cenoura(Daucus carota) - Fa mí lia da s Ce no ura s ( A p ia ce ae )
Surpreenda-se na altura da colheita cultivando
uma mistura de cenouras coloridas, incluindo a
vermelha Red Atomic, a pálida Belgian White e a
roxa, que Jimi Hendrix adoraria, Purple Haze.
Faça a sementeira ao ar livre, a cerca de 1,2 cm
de profundidade, quando o solo começar a aquecer,
2-3 semanas antes da última geada. Seja paciente
A part ir do canto su per io r esquerd o, no sent ido dos
ponteiros do relógio: as alcachofras-de-jerusalém são fáceis
de cultivar, tanto no solo como em vasos grandes; os
consumidores mais exigente» gostam de provar cenouras de
m r « invulaares: a vistosa boterr aba Chiog gia vai alegrar u
p p q
grandes. Agarre-as pelas folhas e arranque-as, ou
desenterre-as com o auxílio de uma pá. Colha cenouraspara armazenar, imediatamente antes da primeira geada.
As cenouras são amigas das alfaces, dos
membros da família das cebolas, das ervilhas e dos
tomates. Os primos das cenouras, como o endro e a
salsa, devem ser cultivados longe delas.
Alcachofra-de-jerusalém(Hel ianthus tuberosu s) - F a m íl ia d a s A s t e rá c e a s / C o m p o s t a s
( A s te ra ce ae)
A alcachofra-de-jerusalém, também chamada
girassol-batateiro, foi um dos legumes preferidos dos
hippies e está a ganhar popularidade. As flores, que
surgem no final do verão em caules de 17 a 25 cm de
altura, parecem pequenos girassóis e debaixo da
terra a planta produz tubérculos crocantes e nodosos,
com um travo a frutos secos. Muito fáceis de cultivar,
as alcachofras-de-jerusalém dão-se bem nas
condições mais adversas e podem mesmo tomar
conta da horta, se não forem refreadas. Antes de ir acorrer comprar algumas, saiba que o gosto, embora
adorado por muitos, não é para todos. Compre uma
alcachofra-de-jerusalém madura no estabelecimento
que frequenta e prove-a, antes de resolver cultivá-las
- uma única planta produz uma grande quantidade
de tubérculos! Mas não se esqueça de que são
conhecidas por causar flatulência.
Em meados da primavera, plante tubérculos
inteiros ou aos pedaços (siga as instruções dadas
para a batata de semente, na página 112), a 7-15 cm
de profundidade e deixando uns bons 50 cm entre
eles. Não pedem muita água e podem ser deixados
à sua sorte o verão inteiro.Um pouco de frio adoça os tubérculos;
desenterre-os no final do outono, logo após uma
geada forte
Batatas
(Solanum tuberosum) - Fa míl ia da Erva -moura e do To ma te
(Solanaceae)
As batatas não são de extremos e, portanto, não
t l f i i t h f t d l A
Rabanete
(Raphanus sativus) - Fa mí lia da s Cou ve s (Cruciferae)
Apesar do seu exterior resistente, os rabanetes
ã l d i í i i d i
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toleram frio intenso, chuva forte e excesso de calor. As
plantas, em geral, não são muito atraentes; no entanto,
algumas variedades, como Purple Peruvian, Red
Cloud e Cranberry Red, apresentam flores coloridas.
Faça a sementeira cerca de 2 semanas antes da
última geada ou quando a temperatura do solo for
superior a 7 °C. Pode plantar batatas de semente
que já tenham germinado. Na verdade, alguns
horticultores provocam intencionalmente umapré-germinação, deixando as «sementes» num local
fresco e seco para que elas «grelem».
O tamanho das batatas maduras depende do
intervalo deixado entre as sementes - quanto mais
próximas estiverem, mais pequenas serão. Semeie-as
a 15-40 cm umas das outras, numa vala estreita com
cerca de 7 cm de profundidade. Os feijoeiros-rasteiros,
as ervilhas, o cravo-de-defunto e a couve são bons
companheiros; contudo, as batatas não crescem bem
perto de membros das famílias do pepino e do tomate.
Quando as plantas atingirem 20-40 cm de
altura, apoie-as acumulando terra em volta dos
caules, deixando um terço da planta de fora. A isto
chama-se amontoa. Pode amontoar simplesmente a
terra ou criar suportes usando caixas sem fundo,
reciclando madeira ou pneus, ou empilhando
camadas de terra nova até surgirem as flores.
Colha as batatas «novas» uns meses após as
plantar, desenterrando toda a planta. Para colher batatas maduras para armazenar, não toque nas
plantas antes do final do verão, princípio do outono.
Por vezes, após a floração, as folhas da batateira
começam a amarelecer e a murchar. Se isso
acontecer, suspenda as regas durante cerca de duas
semanas e deixe a natureza seguir o seu curso.
Espalhe as batatas de armazenar em cima de papel
de jornal num local fresco e seco. Em poucos dias
estarão pontas a ser limpas e guardadas a longo prazo.
são legumes de raiz sensíveis que precisam de mais
água do que os outros. Só isso bastou para fazer
deles a nemésis da minha horta urbana durante
alguns anos, até que por fim encontrei o equilíbrio
perfeito e algumas variedades certas.
Elegantemente longa e bicolor, French Breakfast é
uma das perenes que prefiro e Black Spanish Round
é picante e única.
Os rabanetes são dos primeiros hortícolas quesemeio ao ar livre, tanto no chão como em vaso, mal
o solo se encontra suficientemente descongelado
para ser trabalhado. Semeie em fileiras ou nos
espaços vazios entre outras plantas, a intervalos de
2,5-5 cm e a 1,25 cm de profundidade. São
excelentes para repelir infestantes da família das
abóboras. Ao longo da primavera, e novamente no
outono, substitua as plantas que arrancar por
sementes frescas, a fim de garantir uma colheita
regular. Faça um intervalo durante os meses mais
quentes. Nesse caso, alterne com Rat-Tailed Radish
(Raphanus sativus, Caudatus), uma variedade
asiática antiga que, em vez de raízes, produz
saborosas vagens com o gosto do rabanete.
Arranque os rabanetes quando eles atingirem
1,25 cm de diâmetro, ou assim que a parte superior
irromper da terra. Deixe que as raízes esquecidas
produzam flores leves e picantes e use-as em
saladas, mas não consuma as primeiras nessa fase.
RECEITA
Tiras de Raízes Assadas
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• 1 cenoura grande
• 1 bata ta g rande
• 1 ba ta ta -doce g rande
• 1 beterraba grande
• 2 colheres de sopa de azeite
• 1 colher de chá de tom ilho fresco picado
• 1/2 colher de chá de alecr im fresco picado
• Sal e pimenta
A s batatas as sada s são um a delícia, como todos
nós sabemos, mas estas tiras de legumes de raiz sãoigualmente fáceis de preparar e um pouco mais
originais. Pode substituí-las por qualquer legume de
raiz, hortaliça, aipo ou rutabaga. Enquanto os
legumes estiverem a assar, deite um alho ou dois no
tabuleiro, sensivelmente ao fim de 30 minutos -
resultado: um sabor a alho cremoso! Uma delícia.
1. Pré-aqueça o forn o a 200 °C. C orte os legum es
em tiras de 1 cm de largura e coloque-as num
tabu leiro com azeite e ervas. Não descasque os
legum es - é na casca que estão as vitaminas.
2. Asse aproxim ada me nte dura nte 40 minutos,
virando-as de vez em quando, até todos os
lados terem alourad o e as t iras estarem
com pletame nte cozidas.
3. Sirva com Ketchup Delicioso de Pimentos
Vermelhos (página 105), ou regadas com um dosVinagres de Ervas e Flores (página 196), e terá
uma versão po mp osa das vulgares batatas fr itas
com ketchup.
Para 2-4 pessoas
CULTIVAR
Batatas no Contentor do Lixo M
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Tecnicamente falando, as batatas não são raízes,
mas sim tubérculos, excrescências bulbosas (e tão
saborosas) que na verdade crescem a partir do
caule. As batatas cultivadas em vaso desenvolvem-
-se de forma curiosa, produzindo uma parte aérea
que gosta de ter o solo amontoado em seu redor à
medida que vai crescendo. Quando chegar o outono
e desenterrar pilhas de batatas saborosas, epreparar com elas a melhor refeição à base de
hidratos de carbono que provou na vida, vai
entender a lógica subjacente à semeadura deste
tubérculo no fundo de um recipiente muito grande.
A ESCOLHA DO RECIPIENTE
Qualquer ve lho contentor do lixo serve, seja ele
de plástico ou de metal galvanizado. Um contentor
de metal como o da Rua Sésamo talvez corresponda
mais ao seu estilo, mas não esqueça que, à torreira
do sol, a capacidade de absorção de calor por parte
do metal pode assar as suas batatas antes de tempo.
PRECISAR DE
berbequim com uma broca de 1/2" ou um prego grande
con tentor do l ixo grande (mínimo: 48 cm de altura)
5tijolos ou dois pedaços de madeira com 2,5 x 10 cm
>strato para vasos
atas de semente
Preparação das Batatas de Semente: Plante as
batatas de semente pequenas inteiras. Os tubérculos
grandes precisam de ser cortados em pedaços com
cerca de 3,8 cm de espessura. Deixe os pedaços a
curar durante uns dias, para evitar o apodrecimento.
1. Com o auxílio de uma broca ou do um prego grande,
faça vários furos no fundo do contentor do lixo. Sugiro
pelo menos dez buracos para uma área de,
aproximadamente, 38 cm de diâmetro. Abra mais
b d l d fi d d i i d
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buracos dos lados, a fim de reduzir o risco de
apod recimen to em condições muito húmidas e
chuvosas. Distribua uniformemente os tijolos por baixo
do contentor, para fazerem de suportes e
proporcionarem uma boa drenagem. Blocos de madeira
ou de cimento tam bém servem - qualquer coisa que
impeça o recipiente de assentar numa poça de água.
2. Encha o recipie nte com uma camada de 15 cm de
substrato. Espalhe uniformemente pela superfície
batatas de semente inteiras ou em pedaços, deixando
intervalos de 12-15 cm entre elas. Cubra com 5-7 cm
de terra e regue ligeiramente. Mantenha o solo
adequadamente húmido (mas não encharcado) e, ao
fim de uns dias, verá os reben tos irro mper à superfície.Espantoso, não é?
3. Quando os caules das plantas atingirem cerca de 20 cm
de altura, junte umas mãos-cheias de terra, até que cerca
de dois terços das batateiras estejam cobertos. Repita o
processo até as plantas chegarem à borda do contentor e
começarem a dar flor. Entusiasme-se! Mantenha as
plantas bem regadas durante este período para que o
solo fique húmido mas não empapado. Para mais
informação sobre o cultivo, veja «Batatas», na página 110.
4. Quando as suas plantas acabarem de da r flor,
começarão a amarelecer e a morrer. Reduza bastante
as regas, permitindo que a parte aérea seque.
5. Ao fim de poucas semanas, quan do a pa rte aérea tiver
murchado, colha as batatas inclinando o contentor,
para que elas caiam, ou desenterre-as com uma pá, se
quiser um método mais asseado. Felicite-se esaboreie-as sem demora.
Todo o procedimento, do princípio ao fim, deve levar
Abóboras de Verão e de Inverno
Queixar-se de excesso de abóboras é um rito de passagem para o
horticultor, em especial no que diz respeito a curgetes, também conhecidas
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p q p g
por abóboras de verão - uma só planta é capaz de inundar a cozinha de
legumes de um dia para o outro. Mas eu cá não me queixo! Venham elas! Por sua vez, as abóboras de inverno, cujo crescimento é lento, são uma
provocação, pois parecem levar séculos a atingir a maturidade. Mas vale a
pena ter paciência. Estes legumes foram feitos para durar, aguentando
meses e meses sem nos exigir esforços ou cuidados especiais.
Cultivar Tanto as abóboras de verão como as de inverno são plantas
vorazes, ávidas de todo o sol, toda a água e todos os nutrientes que
lhes puder dar. As curgetes são as menos exigentes, produzindo
plantas e frutos mais pequenos que nos dão tudo o que de bom
recebem e terminam o seu serviço assim que as abóboras de
inverno põem os seus motores a trabalhar.
Infelizmente, uma série de infestantes e doenças tenta chegar às
nossas abóboras antes de nós. O mal não é nosso, é deles! Pode
algumas folhas à medida que as plantas se forem desenvolvendo,
para reduzir a humidade e prevenir as doenças. Tenha cuidado com
a larva mineira da abóbora, o escaravelho-do-pepino, o piolho-do-
-pepino e os afídeos. Cultive as abóboras perto de manjericão, feijão,chagas, cebolas e rabanetes, mas não devem suceder-lhes outras
cucurbitáceas. Quando muito, experimente plantar alguns
membros da família que se deem bem com bom tempo.
Todas as abóboras, sejam elas quais forem, precisam de espaço
- dê-lhes bastante, quer na horta, quer no vaso. As rasteiras
provavelmente vão acabar num grande emaranhado, mesmo que
não lhes falte espaço. Não hesite em ampará-las numa treliça forte e
resistente, se quiser manter a sua horta bonita e ordenada.
Faça a sementeira num local coberto, 2-4 semanas antes da
última geada, para que a época de crescimento comece cedo. De
uma maneira geral, é seguro levar as suas plantas para o ar livre
2 semanas após a última geada na sua região, mas se o tempo estiver incerto espere mais 1
semana. Quando chegar a altura de as plantar na horta, coloque um monte de composto em cima
da terra, com uns 30 cm de diâmetro, e insira nele duas ou três plantas. Proteja as jovens plantas
de vagas de frio inesperadas cobrindo-as com garrafas de plástico às quais cortou o fundo.
CULTIVO EM VASO
Escolha recipientes grandes e muito
largos - sim, mesmo para os tipos
arbustivos; estes não são para
brincadeiras! Qua nto ma ior o vaso, melhor
se vai desenvolver a sua planta e mais
abundante será a colheita!
A b ó b o r a d e V e r ã o (A r b u s t iv a):
Rendimento: Médio
Profundidade Mínima: 10-30 cm
Variedades: As an tigas e com pa ctas ,
como Wo od's Prolific Scallop e Ronde de
Nice; híbridas mais pequenas, como
Spacemiser e Sunburst.
A b ó b o ras d e In v ern o e A b ó b o r a-m en in a :
Rendimento: Baixo
Profundidade Mínima: 35-40 cm
Variedades: Table Bush Queen, Delicata,
Cheyenne Bush (abóbora-menina)
Mais Conselhos: Os recipientes com rega
automática ajudam a regular a humidad e
do solo ao longo de 4 meses de
cresc imen to - ver «Plante e Esqueça (ou
quase)», na página 54.
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A p a r ti r d o can to su p e ri o r esquerd o , no se n ti do
dos po nte iros do re lóg io: ar ranque as abóboras-
-ba r re te -de-padre e a va r iedade Go lden Acorn
ainda pequenas e tenras; Buttern ut é uma
var iedade popular para guardar no inverno;
cu l t ive Ronde de Nice num vaso grande; Turk
Turban é uma abób ora de inverno.
Problemas com a Polinização As abóboras, os pepinos e os melões produzem,
todos eles, flores distintas masculinas e femininas
na mesma planta, em vez de juntarem todas as peças
numa só flor. Se a sua planta produzir muitas flores
cobrem o vaso de um dia para o outro - e são
deliciosas.
As pequenas curgetes crescem de forma rápida
e enérgica; arranque-as torcendo-lhes o pé quando
medirem, no máximo, 7-15 cm. As mais pequenas
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p p
mas nenhum fruto, precisa de intervir. Permita-me
que lhe dê uma aula de educação sexual floral.
A flor feminina produz frutos e distingue-se por
uma abóbora minúscula localizada imediatamente
atrás das pétalas, à espera de ser fertilizada pelo
pólen da flor masculina. Colha uma flor masculina
(identificada por um longo caule situado atrás das
pétalas) e, com cuidado, abra as pétalas exterioresdeixando à vista o pólen. Esfregue o pólen nas
partes femininas da flor. Parabéns, acabou de criar
uma curgete bebé!
As plantas produzem, em geral, um ramo de
flores masculinas muito antes de as femininas
finalmente aparecerem. Não se preocupe; haverá
muito tempo para que os frutos se desenvolvam.
Entretanto, arranque as flores assim que elas
abrirem e consuma-as ao jantar. As flores de
abóbora recheadas são divinas - melhores ainda do
que o fruto. Recheie-as com queijo e ervas
aromáticas, mergulhe-as num pouco de polme e
frite-as para ficarem estaladiças. Uma delícia!
Abóbora de Verão(Cucurb i ta pe po) - Fa mí lia da s Cu curbi tá ce a s (Cucurb i taceae)
A curgete é, de longe, o tipo de abóbora mais
produtivo e fácil de cultivar numa horta pequena.Trata-se de um vegetal versátil que apresenta uma
enorme diversidade de formas, dimensões e cores,
incluindo o habitual tipo cilíndrico, verde, branco,
amarelo, de colo torto, redonda ou crenada. As
plantas, por sua vez, podem ter duas formas,
arbustiva ou rasteira, sendo a primeira mais
adequada a espaços pequenos e vasos amplos com
um mínimo de 38 cm de profundidade. Costata
Romanesco é antiga e popular, com belas folhas que
têm melhor sabor e ao colhê-las regularmente
assegura uma colheita contínua até ao final do verão.
Abóbora de Invernoe Abóbora-menina(Cucurb i ta moschata e Cucurb i ta max ima) - Fa mí lia da s
C u c u r b i t á c e a s (Cucurb i taceae)
As abóboras de inverno são enormes, com
plantas e frutos maiores do que as suas primas
estivais, sendo, portanto, mais exigentes em todos
os aspetos, em especial no que diz respeito à água.
Exigem também maior quantidade de nutrientes e
são conhecidas por se darem bem quando plantadas
diretamente no recipiente do composto. Se o seu
compostor goza de sol direto, porque não
experimentar?
Existe uma grande abundância de variedades de
abóbora de inverno com diversas cores e formas
nodosas, cheias de protuberâncias. A abóbora-
-bolota é um clássico, mas porque será queinsistimos nela quando há tantas à espera de serem
provadas? Se tem espaço suficiente, arrisque e
cultive uma abóbora fabulosamente feia/bela como
Marina di Chioggia, Black Futsu ou Musquee de
Provence.
Afaste do chão os frutos jovens ainda emdesenvolvimento, apoiando-os em tijolos, vasos
virados ao contrário ou latas, a fim de os salvar da
podridão e dos ataques dos infestantes. Comece a
procurar sinais de amadurecimento no final do
verão, início do outono. Colha-as quando a parte
aérea das plantas murchar e a pele estiver
demasiado rija para a riscar com a unha. Mantenha
a abóbora na planta até ela estar completamente
madura, pois será mais fácil de armazenar.
RECEITA
Dip de Curgetes Assadas
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Uma ou duas vezes por época, uma curgete
perde-se no emaranhado de folhas, ou é
simplesmente esquecida, e eu deparo com uma
abóbora gigantesca. Torna-se um vegetal que é
impensável consumir, de tão rijo, seco e lenhoso
que é; no entanto, a ideia de deitá-lo fora parece-me
errada. Esta receita nasceu da tentativa de tornar o
que não é comestível delicioso.Sirva este dip com legumes cortados em tiras
longas, batatas fritas ou bolachas de água e sal.
É também delicioso barrado no pão, como
alternativa aos condimentos tradicionais.
1. Pré-aqueça o forn o a 200 °C. C oloq ue acurgete, a cebola e o pimento, com casca, num /
tabuleiro de forno. Regue os legumes com o
azeite, polvilhe-os com o sal e deixe assar
durante 45 minutos, virando-os de vez em
quan do en quan to cozinham.
2. Deixe arrefe cer du ran te 15 minu tos.
3. Separe as cascas esturricad as da polpa macia
dos legumes e deite-as fora. Coloque os
legumes no l iquidif icador. Junte os restantes
ingredientes e tr iture até ob ter uma m istura
homogénea.
4. Leve ao frig o rífico e sirva.
Total: 2-3 taças
• 1 curgete grande (cerca de 1 qui lo) cortada ao meio
• 1 cebo la pequena cor tada ao meio
• 1 p ime nto vermelho ou verde cortad o ao meio
• 1 colher de sopa de azeite
• 1 pita da de sal
• 1 dente de a lho
• 1 colher de sopa de sumo de l imão
• 1 colher de chá de orégãos f rescos ou secos
• 1 malagueta pequena (ou a gosto)
RECEITA
Caldo de Legumes Muito Fácil
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Não gosto da maioria dos caldos disponíveis no mercado.
Quanto a mim, têm um aroma desagradável - demasiado
salgado e nada parecido com o dos ingredientes
discriminados na embalagem. Mas um pouco de caldo nas
sopas e guisados é muito melhor do que água. Felizmente,
preparar um caldo em casa não podia ser mais fácil. E é
sempre uma forma de introduzir no cozinhado um pouco
mais da sua produção hortícola. Aproveite os caules dos
espargos, a parte verde do alho-francês, as maçarocas de
onde já se retiraram todos os grãos de milho e a salsa que
está a invadir o jardim.
Praticamente tudo o que esteja apto para ser consumido
pode ser usado num caldo, com algumas exceções, como
couve, couve-flor, brócolos e beterrabas, que têm um sabordemasiado intenso. Lembre-se de que ninguém consegue
transformar água em vinho - não use as partes velhas,
podres, estragadas e deite-as, essas sim, para o compostor.
1. Lave e pique grosse iram ente os legum es e as ervas
aromáticas. Deixe os caules das ervas intactos, mas
descasque os legumes.
2. Deite tudo numa panela de sopa grande ou pequena
(conforme a quantidade) e cubra com água.
3. Leve ao lume e, quando levantar fervura , baixe a
temperatura e deixe cozinhar durante 1 hora.
4. Coe o con teúd o num passador. Deite o precioso líquido
em frascos e os legumes pisados no compostor. Guarde
o caldo no frigorífico ou, se quiser usá-lo a longo prazo,
no congelador.
INGREDIENTES
LEGUMES
• Cebolas
• Alho
• Alhos-franceses
• Cenouras
• Aipo
• Alface
• Tomate
• Feijão-verde• Batata-doce
• Pastinaca
• Caules de
espargos
• Abóbora
• Ervilhas
• Maçarocas
• Chalotas
• Acelga
PARA CALDOS
ERVAS
AROMÁTICAS
• Cebolinho
• Tomilho
• Salsa
• Manjerona
• Alecrim
• Manjericão
Acelga(Beta vulgar is , G r u p o Cic ia) - Fa mí lia da s Be te rra ba s (C h e n o p o d i a c e a e)
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A acelga é uma planta linda, com folhas grandes e enrugadas em
maravilhosas cores luminescentes. Mas a verdadeira magia da acelga reside na sua capacidade de se dar bem em praticamente todos os sítios
sem exigir quaisquer cuidados. Se ainda não a plantou na sua horta, está a
perder um alimento delicioso e fácil de cultivar.
Cultivar A acelga adora os recantos soalheiros da horta, embora tolere
alguma sombra. Não é particularmente voraz, mas atingirá todo o
seu esplendor se lhe proporcionar um solo rico e com boas condições
de drenagem. Aplicações ligeiras e mensais de emulsão de peixe e
algas marinhas embelezam as suas exuberantes folhas e conferem-
-lhe um brilho mais intenso.
A acelga é conhecida nalguns países por «espinafre perpétuo»,
por não espigar com o calor; no entanto, suporta tempefaturas
baixas. Uma infestação de pulgões reduzirá a sua beleza, mas a
verdadeira desgraça é a lagarta mineira, que pode ser combatida se
remover as folhas inferiores com regularidade. A doença e os
problemas com pragas são, em geral, o resultado de falta de sol ou de
pouco espaço para o desenvolvimento das raízes. Cultive acelgas junto de membros da família das couves, alfaces, borragem e feijão,
mas afaste-as das beterrabas e dos espinafres.
A tradicional acelga de caule branco é bonita, mas Bright Lights e
Five Color Silverbeet são especialmente atraentes.
Semear e Plantar Faça a sementeira ao ar livre, no lugar definitivo, 2 semanas antes da
última geada. Em alternativa, plante as sementes em rolos de papel
higiénico (ver «Alvéolos Feitos com Rolos de Papel Higiénico», na página
27) e transplante depois para a horta, a intervalos de cerca de 20 cm.
Colher
CULTIVO EM VASO
Cultive em vasos pequen os se quiser
plantas imaturas para usar em saladas.
Acelga:
Rendimento: Elevado
Profun didade Mínima: 25 cmVariedades: Todas; Pot of Gold,
Rhubarb, Golden
Mais Conselhos: Depois de atingirem
a maturidade, as plantas produzem
raízes longas que não tardarão a
encher o vaso em que se encontram.
Como a acelga é boa em todas as fases, a melhor altura para a
acolher é, na realidade, uma questío de gosto. Se prefere a acelga jovem, corte as folhas a 1,30 cm
do solo, quando tiverem poucoa c#ntímetro» de comprimento. Colha as folhas maiores e os caules
noln nrnriiiii dflixAluln llliz t 5 Cm do Caule intactos
Tomate(Lycopersicon esculentum) - Família da erva-moura e do tomate (Solanaceae)
Como descrever o melhor hortícola do mundo para cultivar em casa?
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O cheiro intenso das suas plântulas alinhadas no parapeito da janela é hoje
símbolo da chegada da primavera e põe-me sempre aos gritinhos como
uma pré-adolescente. Se, digamos, por um cruel capricho do destino, eu só
pudesse cultivar uma planta até ao fim dos meus dias, escolheria sem
dúvida o tomate. E morreria feliz.
Cultivar Os tomates são adoradores do sol e precisam dele durante
6 horas por dia; nem sequer tente ignorar essa exigência.
A sombra, eles pura e simplesmente não produzem. O solo tem de
ser fértil, com boas condições de drenagem, embora eu tenha
deparado com tipos silvestres a crescer nas piores condições
imagináveis.
Grandes ou pequenos, os tomates são superprodutores - um
tipo de esforço capaz de dar cabo de qualquer planta! Dê-lhe uma
boa quantidade de azoto no início da época, enquanto as plantas
estão a criar folhas e caules. Azoto em excesso pode, porém, dar
origem a uma planta de folhagem exuberante mas que não produz
frutos. E nós queremos esses frutos! Quando os botões
aparecerem, reduza o azoto e vá juntando potássio de 2 em 2
semanas.
O modo de regar o tomate é tão importante como a quantidade
de água utilizada. Molhar as folhas quando o ar não circula
devidamente em volta da planta é o mesmo que convidar todos os
tipos de doenças fúngicas e virais a instalarem-se. Os tomateiros
têm uma aversão especial a muita humidade, mas gostam de beber bem de vez em quando. O truque é regar com abundância
mas pouca frequência, concentrando o fluxo no solo. Aumente a
quantidade de regas durante vagas de calor e longos períodos de
seca, mas dê-lhes sempre uma boa quantidade de água de cada
vez. Cobrir o solo em volta das plantas impede que a humidade se
escape e que a água salpique as folhas inferiores.
CULTIVO EM VASO
Regue as plantas envasadas uma vez por
dia (ou mais, durante vagas de calor).
Tomateiro (Desenvolvimento
Indeterminado):
Rendimento: Médio
Profun didade Mínima: 40-45 cmVariedades: Black Krim, Zapotec Pink
Pleated, Brandywine, Purple Calabash
Mais Conselhos: Cu ltive uma planta por
vaso independentemente do seu
tamanho. Os tom ateiros são plantas de
raízes grandes; a estratégia de dobrar a
colheita mais não conseguirá do que
duas plantas pouco saudáveis e nenhumaprodução. Num recipiente grande,
cultive tomateiros junto de manjericão,
flores ou alfaces.
Tomateiro (Desenvolvimento
Determinado e Semideterminado):
Rendimento: Médio-elevado
Profundidade Mínima: 30 cm
Variedades: Whippersnapper, Green
Grape, Black Seamen, Silver Fir Tree
Tomateiro (Híbrido Anão):
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 15 cm
Variedades: Tiny Tim, Toy Boy
Purple Calabash tem um sabor forte e picante
que é uma delícia em molhos.
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QUAL É A DIFERENÇA?
Nem tod os os tomateiros são iguais.
Foram classificados segun do o hábito de
crescimento, para po ssibilitar um m elhor
entendimento das inúmeras variedades
i C h dif
Um solo consistentemente húmido também é importante na
prevenção da podridão apical (página 72). Verifique os níveis de
humidade durante o amadurecimento dos frutos - ter a mão
pesada na mangueira pode dar origem a frutos moles e
farinhentos que se racham facilmente.
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existentes. Conhecer essas diferenças
logo à partida c onstitui uma grande ajuda
na hora de escolher o tomateiro ideal
para as condições de crescimento e o
gos to de quem o cultiva. Além disso, é
preciso não esquecer que as dimensões
da planta nem sempre determinam o
tamanho do fruto. Algumas plantas
gigantescas produzem tomates
minúsculos e algumas plantas grandes
têm frutos que só se podem consumir
cortados às rodelas. Daí que conhecer as
categorias seja importante, tal como ter
uma ideia sobre cada variedade antes de
deitar a semente à terra.
Os tomateiros de desenvolvimento
indeterminado são os avôs do mundo do
tomate. Desenvolvem plantas maciças e a
sua produção prossegue até a geada lhe
pô r fim. Muitas das variedades mais
deliciosas são de dese nvolvimen to
indeterminado, razão pela qual todos
queremos cultivá-las. Os ho rticultores
urbanos devem optar por recipientes de
grande tam anho para m elhores colheitas.
Os tomateiros de desenvolvimento
determinado, arbustivos e mais
pequenos, maximizam o seu crescimento
a dada altura e produzem todos os frutos
ao mesmo tempo.
Os tomateiros de desenvolvimento
semideterminado param de crescer
como os de crescimento determinado
mas têm duas produções, tal com o os de
crescimento indeterminado.
Os híbridos anões são plantas muito
pequenas que dão frutos do taman ho de
cerejas. São a melhor opção para cestos
suspensos e floreiras de janela.
Enquanto estiver a regar, aproveite para inspecionar as
reentrâncias e fissuras, em busca de lagartas, afídeos, lesmas e
sintomas de doença.
Apesar de o tomate ter fama de adorar sol, temperaturas
excessivamente elevadas no verão podem fazer com que as flores
caiam antes de produzirem semente. Por vezes, basta esperar que
a vaga de calor passe; as plantas recuperam e desatam a produzir
frutos assim que as temperaturas descem. Em casos extremos,pode sempre tentar cobrir as plantas ou pulverizar as flores novas
com sais de Epsom (página 77).
Semear e Plantar Faça a sementeira num local coberto, 6-8 semanas antes da
última geada, mas preste atenção às condições meteorológicas
e cubra as plantas com estufas em miniatura ou c l o c h e s , caso
ocorra uma vaga de frio. Os tomateiros criam raízes ao longo do
caule, proporcionando diversas formas de criar plântulas. Pode
plantar em profundidade, enterrando o caule na vertical, ou abrir
uma pequena vala e enterrar nela o caule, na horizontal. Ambos
os métodos dão bons resultados, mas com o horizontal é difícil
usar uma proteção contra roscas (página 75). Seja qual for o
método que escolher, remova primeiro as folhas inferiores,
mantendo apenas o topo da parte aérea no solo. Junte um pouco
de vermicomposto ou composto à cova, antes de a encher com
terra.
Os tomates apreciam, quer no solo, quer em vaso,
companheiros como o manjericão, a borragem, as t a g e t e s , aalface, a calêndula, as chagas, os membros das famílias da couve
e da cebola. Cultive longe do endro, do funcho e das batatas.
Ampare as variedades altas, antes ou logo depois de plantar.
Não é indispensável; no entanto, as plantas amparadas podem ser
cultivadas a intervalos de 5 cm, ao passo que as rasteiras
precisam de um espaço com o dobro da sua altura.
O método que prefiro para amparar plantas em espaços
pequenos consiste em enterrar quatro estacas no chão formando
um quadrado e prendê-las em cima, com cordel ou arame,
obtendo-se uma espécie de tripé e pondo uma
planta a trepar por cada lado. Parece-me uma
maneira eficiente de usar o espaço e mais bonita do
que uma fila de postes a lembrar um cemitério.
À medida que as plantas crescem, ate sem apertar
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os ramos com cordel, ráfia ou tiras cortadas de
velhas t-shirts ou meias de senhora.
Podar As plantas amparadas precisam de ser podadas
no início da época de crescimento; o processo
orienta o crescimento para um único caule principal
que acabará por produzir frutos grandes esumarentos. Corte as pontas dos lançamentos
inferiores, bem como dos caules novos que surgem
entre os ramos, conhecidos por «ladrões», deixando
ficar as folhas do topo, para alimentar a planta e
fornecer-lhe sombra.
A primeira geada forte do outono mata todasas plantas deixadas no solo. Nos climas onde as
estações do ano são mais curtas é melhor cortar
as pontas dos tomateiros de crescimento
indeterminado no final do verão, para que toda
a energia se concentre, durante todo o tempo,
no desenvolvimento dos frutos remanescentes.
Colher Os tomates estarão prontos a colher quando
adquirirem a cor que devem apresentar quando
maduros, quando parecerem macios ao toque e
souberem maravilhosamente bem numa sanduíche.
O m étodo d o tripé também funciona em vasos,
mas cada um não deve ter mais de uma planta.
Aqui, Black Brandywine, uma var iedade alta de
tomate de desenvolvimento indeterminado,cresce num contentor do lixo metálico junto a
perilas lox.ts • cravoa-de-dofunto.
RECEITA
Molho de Tomate Black Plum Fumado
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Este é, sem sombra de dúvida, o molho de tomate mais delicioso e
fácil de fazer que alguma vez preparei. Assar os tomates no forno
permite que os sucos caramelizem, criando um molho rico e
aveludado. Black Plum é a variedade mais adequada. Possui
naturalmente um gosto a fumado que o forno intensifica. Não tenha
medo de substituir esta por outra variedade de tomate-chucha -
todas ficam uma delícia cozinhadas desta maneira.
• 2,250 kg de tomate-chucha
• 2 colheres de sopa de azeite
• 1 colher de chá de sal marinho
• 4 folhas grandes de manjericão
(facultativo)
• 3 dentes de alho (facultativo)
3. Co loque o tab ule iro na posição do meio e deixe assar duran te
30-40 minutos, ou até as cascas do tomate se apresentarem
levemente chamuscadas.
4. Deixe o tabu leiro arrefecer durante 20 minutos. Cuidado,
porque os tomates assados ficam a ferver!
5. Num liqu idifica do r ou passador chinês (cónico e metálico)
colocado em cima de uma tigela grande, pise os tomates com
uma mão de almofariz em madeira, poucos de cada vez,
de itando fora as peles e as sementes.
6 . Use de imed iato ou gua rde no frigo rífico du rante uma semana.
1. Pré-aqueça o forn o a 200 °C. Disponha os tom ates inteiros num
tabuleiro de forno.
2. Regue os tom ates com o azeite e po lvilhe com o sal. Entale as
folhas de manjericão e o alho, se usar, entre os tomates, para
que os sucos libertados os humedeçam.
Total: cerca de 5 chávenas
C U L T I V A R
Tomates “de Pernas para o A r”
C h ti lt lti
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VAI PRECISAR DE
• Um balde com pega me tá li ca
• Um berbequ im e um a b roca de 2"
• Tesoura
• F ibra de coco para for rar
• Plântulas de tom ate iro
• Su bstrato para vasos
• Dois ou três pés de man jer icão (na fotog raf ia:
Purple Ruff les e Pesto Perpetuo)
Como horticultora que cultiva num espaço
minúsculo, estou sempre à procura de maneirasde ter mais uma planta, seja aquele tomate que
não dispenso, ou o manjericão Cinnamon que
adoraria ter na minha horta. Cultivar tomates ou
malaguetas de pernas para o ar torna mais fácil a
sua manutenção e há quem diga que até os faz
produzir muito mais - sem ser necessário
ampará-los! Consigo sempre arranjar espaço em
cima para um manjericão. Crise ultrapassada.
A ESC OLHA DO RECIPIENTE
Opte por baldes fundos com uma pega metálica
resistente; as de plástico não suportam o peso. Um
balde velho com acessório para a esfregona é
duplamente útil, pois não perde a forma e oferece
mais um lugar para plantar.
A ESCOLHA DO TOM A TEIR O
O tamanho do seu balde determinará o tipo de
tomateiro que vai cultivar; mas os tomateiros que setornam médios a pequenos depois de atingida a
maturidade e dão frutos do tamanho de cerejas são
a opção ideal.
E x p e r i m e n t e : Peacevine Cherry, G old Rush Curra nt ou
uma var iedade s il ves tre , como C heeseman's ou M at t 's
W i ld Cherry .
1. Vai precisa r de um sítio para pen du rar o seu
tom ate iro de pernas para o ar a me io da
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tom ate iro de pernas para o ar a me io da
preparaç ão d o b alde e, por isso, é boa ideia
dec id i r onde o vai co locar e preparar tudo antes
de começar . Como depo is de o encher com terra o
recip iente f icará m ui to pesado, pend ure-o num
sup orte suf ic ienteme nte robu sto para ague ntar o
seu peso.
2. Ab ra um buraco no fun do do ba lde com a broca
de 2 ".
3. Com uma tesoura, corte um círculo de f ibra de
coco com 17,7 cm de d iâm etro. A bra uma ranhura
no centro. Isso manterá a planta no lugar até criar
raízes e im ped irá que a terra caia pelo buraco do
balde.
4. Vire o balde ao con trár io e, com cuidado, insira o
torrã o da plântula no buraco, c om o se estivesse a
plantá- lo.
5. Volte a virar o balde, de m od o que f iqu e outra vez
com o lado inter ior para cima, segurando a planta
para ela não sair do lugar. Agarre a fibra de coco,
abra a respetiva ranhura e insira nela o caule da
plântula. Feche a ranhura. Desse modo, o caule
f icará f irme m ente preso ao balde.
6 . Pendure o balde pela pega e encha-o com
sub strato para vasos.
7. Plante na sup erfície do ba lde o m anje ricão ou
outra erva aromá tica de raiz curta. P lantar no lado
superior ajuda a manter a terra húmida e embeleza
o arranjo.
Ca pít u l o 8:
FrutosPor maior boa-vontade que tenhamos, a fruta resultante da agroindústria
não se compara à cultivada de forma tradicional E de uma maneira geral
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não se compara à cultivada de forma tradicional. E, de uma maneira geral,
insípida, sempre pulverizada e nunca fresca. Cresci numa região produtora de fruta mas só quando comecei a cultivar os meus próprios frutos é que
tive uma experiência religiosa com um morango.
Não é possível eliminar completamente os pesticidas da superfície delicada e texturada dos
pequenos frutos. Há resíduos que nunca mais saem das cascas e do solo. Trabalhei um verão naapanha da fruta, no início da minha adolescência, e o perigo maior não era cair do escadote nem
ficar com dores nas costas ao fim de tantas horas com o corpo dobrado, mas sim os pesticidas. As
árvores, as plantas e os frutos estavam cobertos deles. Nunca mais me esqueci do seu cheiro nem
da sensação de os ter colados à pele.
Tentei dissuadir-me a mim mesma de cultivar frutos inúmeras vezes, alegando falta de espaço,
conhecimentos e tempo. Mas todas essas desculpas se esquecem no instante em que olhamos para
o nosso primeiro fruto maduro. A fruta cultivada por nós nunca, mas nunca, nos dececiona.
Há plantas frutíferas de todas as formas e dimensões, desde espécies pequenas a árvores
majestosas, passando por todas as outras. São também oriundas dos mais diversos climas.
Conhecer a origem da planta e o modo como se desenvolve espontaneamente proporciona
informação sobre o que há a fazer para que ela se sinta feliz no seu jardim. A maioria dos frutos
provém de plantas perenes que se manterão anos a fio no seu jardim, por isso, é do seu interesse
fomentar a saúde das suas plantas, tanto a curto como a longo prazo. Cuidados regulares semanaise manutenção anual, incluindo a poda e a melhoria do solo, garantem um bom retorno do
investimento e colheitas cada vez melhores.
Tal como os legumes, as plantas frutíferas crescerão melhor e terão produções mais suculentas
se lhes der espaço para respirarem. Quando cultivar em vaso, procure variedades anãs, que dão
frutos mais pequenos, e não poupe no tamanho do vaso. Mude para vasos maiores ao fim de
poucos anos e junte mais terra nova todos os anos.
Coma os preciosos cunquates de uma só vez
(com cascas e tudo) ou use-os no martíni em
vez de azeitonas. As árvores compactas são
ideais para cultivar em espaços pequen os ou
vasos de tamanho médio.
Mirtilos(Vaccinium corymbosum) - Família das Ericáceas (Ericaceae)
Se tiver espaço, estes arbustos formam uma bela sebe comestível, com
f lh ilh lh S
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folhas que apresentam maravilhosos tons vermelhos no outono. Se não
tiver, pode à mesma cultivar algumas plantas em vasos. Os arbustos muito
altos precisam de um vaso bastante grande, mas têm raízes curtas e a
planta é suhcientemente resistente para sobreviver num telhado. Poderá
colher mirtilos durante décadas!
Cultivar Os mirtilos crescem espontaneamente, sobretudo em orlas de
florestas de coníferas, o que diz muito sobre o tipo de solo e as
condições que preferem. São um dos poucos frutos comestíveis
que se dão bem num solo ácido, o que é uma boa notícia para
quem tem no quintal um pinheiro em cuja vizinhança nada cresce.
Os mirtilos gostam de sol direto e de um solo que retenha bem a
humidade mas com boas condições de drenagem. Confuso, eu sei.
Mas pense no solo que encontramos nas florestas de coníferas:
muito leve e arejado, mas rico em matéria orgânica proveniente de
folhas e agulhas caídas. As plantas de baga toleram sombra
parcial, contudo, produzem colheitas maiores em locais soalheiros
e pouco expostos aos ventos.
Pode as plantas no final do verão ou no início da primavera,
altura em que ainda se encontram inativas. Os mirtilos produzem
frutos nos ramos mais jovens, por isso elimine os lançamentos com
mais de 5 anos de idade, bem como os doentes, quebrados e mortos.
Desbaste um pouco o centro para desencorajar problemas fúngicos.
Semear e Plantar Plante arbustos inativos logo no início da primavera, assim
que o solo possa ser trabalhado. Nos climas amenos, plante no
final do outono. Junte muito composto e matéria orgânica ao solo
na altura de plantar. Os arbustos altos precisam de, pelo menos,
182 cm de distância das outras plantas, mas os baixos podem ter
apenas 60 cm de intervalo. Abra uma cova que tenha uma
profundidade igual à do vaso e regue bem.
Os mirtilos são espécies de autossementeira, mas esta nem
sempre corre bem. Terá excelentes colheitas se cultivar, pelo
CULTIVO EM VASO
Os mirtilos precisam de um clima frio; no
entanto, as suas raízes curtas podem
gelar no vaso, se o inverno fo r gélido.
Escolha variedades resistentes ao frio.
M i r t i l o s :
R e n d i m e n t o : Elevado
P r o f u n d i d a d e M í n i m a : 40-50 cm
V a r i e d a d e s : Blueray, Northland, Patriot,
Top Hat (anão compacto para climas
quentes)
Mai s C onse l hos : No inverno, embrulhe
os vasos em serapilheira e coloque-os
num local abrigado ou dentro de um
barracão fresco.
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menos, uma outra variedade, a fim de promover
a polinização cruzada. Arranque as flores nos
primeiros anos, se lá conseguir chegar, para que
a planta invista toda a sua energia na produção
de raízes fortes. Pode parecer muito aborrecido,
mas vai permitir colheitas melhores no futuro
- as plantas continuam a produzir durante décadas. A vantagem das plantas envasadas é que pode
sempre levá-las para onde quiser.
Colher As diversas variedades estão prontas a ser
colhidas em alturas diferentes; contudo, a maioria
tende a amadurecer em meados do verão. Não colha
as bagas no minuto em que nc tornam azuis. Espere
3-6 dias, para que atinjam 0 melhor uabor possível.
QUAL É A DIFERENÇA?
Os arbustos de m ir t i lo c lassi f icam-se se gu ndo a sua
altura.
O s arbustos baixos (Vaccinum ang ustifol ium ) são
peq uen os e, em gera l , crescem espo ntane am ente nas
or las das f lo res tas de con í fe ras do Nor te . Me dem menos
de 1,20 m de altura.
O arbustos altos são grandes e cu l t ivados, embora
a lguns possam crescer espon taneam ente . Chegam
a a t ing i r 3 met ros de a ltu ra. Os de t ipo in te rmé d io
si tuam-se entre os outros do is.
Em climas m ui to setentr ionais e fr ios, é m elhor cu l t ivar
arbustos do t ipo baixo, resistentes ao fr io , ou de t ipoin termédio. São poucas as var iedades de arbusto a l to
suf ic ientemente resistentes.
CULT IVAR
Citrinos em Vasos
Talvez eu seja uma pessimista em relação aos
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O cunq uate C entennial, de folhas variegadas, é uma
planta de interior atraente e comestível.
Talvez eu seja uma pessimista em relação aos
climas frios, mas antes de cultivar citrinos em locaiscobertos estava absolutamente convencida de que
essa possibilidade era apenas uma espécie de
desafio cruel lançado pela meia dúzia de
afortunados que possuem estufa própria. Não digo
que seja fácil, mas como já o fiz algumas vezes posso
afirmar que é exequível - e muito divertido!
Os citrinos têm sistemas de raízes curtos e largos,
o que os torna excelentes candidatos ao cultivo em
vaso, em especial nos climas frios. Existe uma vasta
escolha de variedades pequenas e anãs que se dão
bem como plantas de interior, em vasos pequenos.
Hoje não é invulgar encontrar variedades maiores
enxertadas, ou inseridas, na vivaz e anã Flying
Dragon (Poncirus trifoliata), a fim de as tornar mais
pequenas, para poderem ser cultivadas em vaso. Key
Lime, o cunquate Centennial e o limoeiro Meyer são
ótimas escolhas que, para começar, não se importam
de ir para vasos de 25-30 cm.
Cultivar O segredo do cultivo de citrinos num local coberto
assenta em três condições: luz forte, humidade
consistente e boas condições de drenagem. Todos nós
sabemos que os citrinos se dão bem em regiões quentes e
soalheiras. Num apartamento, essa situação corresponde
a um local onde bata o sol, como uma janela virada a sul
ou por baixo de iluminação artificial capaz de fornecer 6
horas diárias de sol direto, mesmo nos meses de inverno.
Menos do que isso e o mais certo é aparecerem doenças
ou, na melhor das hipóteses, a planta não produzir frutos.
Regue as plantas em profundidade, mas com pouca
frequência. Verifique sempre se o solo está seco, pelo
menos nos primeiros centímetros de profundidade,
antes de voltar a regar. No inverno dê um duche às
suas plantas uma vez por m il, h»>o ambiente da sua
casa estiver especialmentc seco.
A circulação do ar e a drenagem têm uma
importância fundamental; por um lado, os citrinos
adoram água, por outro, podem perder muitas folhas e
acabar por morrer se a água formar uma poça e
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acabar por morrer se a água formar uma poça e
estagnar durante demasiado tempo. Deixe o solo secarum pouco antes da rega seguinte.
Os citrinos são bons produtores, mas produzir flores
e frutos é uma tarefa dura. Precisam de uma grande
quantidade de azoto e apreciam uma aplicação de
composto, estrume, ou farinha de sangue na primavera.
Leve as suas plantas para o ar livre durante o verão
e volte a guardá-las num local coberto antes da
primeira geada. Nos climas quentes (com temperaturas
superiores a 12 °C) pode deixar os citrinos ao ar livre
durante todo o ano.
Plantar
Compre plantas pequenas e não se dê ao trabalho
de semear. São precisos dez anos para uma plântula ,
alcançar a fase de produção de frutos e nada garante
que ela se vá tornar semelhante à planta original.
Plante as árvores em vasos que sejam, pelo menos,
alguns centímetros mais largos do que o torrão, mas
não muito mais fundos. Use substrato para vasos ricoem nutrientes com ótimas condições de drenagem e
alguma acidez. Embora eu nunca tenha visto à venda
substrato especial para citrinos, pode improvisar um,
misturando 3 partes de substrato normal para vasos
com 1 parte de casca de pinheiro para orquídeas ou
aparas de casca de coco. A casca e as aparas aumentam
a capacidade de drenagem e a acidez.
Provavelmente vai precisar de substituir o solo
cansado ou mudar a planta para um vaso maior dentro
de alguns anos. Basta repetir o processo com substrato
novo e um vaso ligeiramente mais largo, quando a
planta começar a não caber no vaso.
Os frutos em dosonvolvimento do cunquate
Ccntonni.il também sáo variegados; as
flores dos citrinos perfumam a sua c.nn»
Groselhas e Groselha-Espim
As groselhas e a groselha-espim são dos poucos frutos a que os habitantes
de climas frios podem chamar seus; no entanto, são quase completamente
ignoradas excepto pelos poucos especialistas existentes
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ignoradas, excepto pelos poucos especialistas existentes.
Cultivar As groselheiras e groselheiras-espim não sobrevivem em
climas quentes. Dão-se melhor em locais soalheiros com um solo
rico, húmido e bem drenado, ao qual se acrescentou bastante
matéria orgânica. Não deixe de aplicar composto todos os anos;estes arbustos precisam de muitos nutrientes. São suscetíveis,
sobretudo, ao míldio - veja pormenores na página 73. Os pássaros
também os adoram, mas uma cobertura de rede afasta-os.
Plante arbustos com dois anos no início do outono, a várias
dezenas de centímetros de outros arbustos. Comprar um arbusto
mais velho do que isso pode ser dispendioso, mas não se esqueça
de contabilizar as décadas de produção oferecidas por cada planta!
Groselha-negra(Ribes nigrum) - Família das Groselhas (Grossulariaceae)
Mais doces e menos ácidas do que as outras, as groselhas-
-negras são as minhas preferidas da família. Gosto delas
principalmente em geleia ou sumo, mas são famosas como base de
um licor designado cassis.
As groselheiras-negras produzem caules a partir do subsolo.
Quando são plantadas na horta, precisam de uma cova 5 cm mais
funda do que no vaso. Cultive uma variedade resistente ao míldio,
como Ben More. Os frutos desenvolvem-se nos caules com um anode idade. No outono, pode os ramos que deram fruto ou que estão
frágeis cortando-os ao nível do solo.
O fruto está pronto a ser colhido entre meados e finais do
CULTIVO EM VASO
Use um mater ia l de cober tura nos vasos
para reter a hum idade. Em climas de
temperaturas negat ivas, cu l t ive em vasos
de 40 cm e, no inverno, guarde-os num
bar racão ou num loca l cobe r to
em bru lhados em serap ilhe ira .
Groselheira-Negra:
Rend imento: Baixo
Profundidade Mínima: 30 cm
Variedade: Ben Sarek
Groselheira-Espim:
Rendimento: Méd io-baixo
Profundidade Mínima: 30 cm
Variedade: Pixwell
Groselheiras-Vermelhas e Brancas:
Rendimento: Baixo
Profundidade Mínima: 30 cm
Variedades: Red Lake, White Imperial
outono.
Groselha-espim(Ribes uva-crispa) - Família das Groselhas (Cir< j n iulorioc&ae)
As groselheiras-espim produzem frutos estranhos e
translúcidos, numa diversidade de cores e texturas. Preferem
di õ i i à d t lh t l lh
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condições iguais às das outras groselhas, mas toleram melhor a
sombra e pior os locais quentes e secos. Por estranho que pareça, a
seca estimula o míldio. Mantenha as suas plantas bem regadas,
prestando-lhes especial atenção quando o fruto começa a formar-
-se. Não precisam de tanto azoto como as outras groselheiras, mas
gostam de muito potássio. Também apreciam um pouco de
magnésio, que pode ser proporcionado pelos sais de Epsom.
Adiante-se à doença cultivando variedades resistentes aomíldio, como Invicta ou Pax. As groselheiras-espim produzem
frutos em ramos com 1,2 e 3 anos de idade. Pode os seus arbustos
no outono ou no início da primavera, removendo os caules pouco
saudáveis ou com mais de 3 anos. Pode alguns ramos que estiverem
a mais para reduzir o míldio, quando as plantas estiverem
demasiado densas no centro. Corte até ao primeiro lançamento
jovem e não ao nível do solo, como no caso das groselheiras-negras.
As groselhas-espim são ótimas em geleias e tartes quando
colhidas mal amadurecem, em meados do verão.
Groselheiras-Vermelhas e Brancas(Ribes sativunn) - Família das Groselhas (Grossulariaceae)
As groselheiras-vermelhas e brancas são praticamente
iguais. As vermelhas gostam de um solo mais leve do que o das
negras. Os afídeos e a necrose foliar são os problemas mais
comuns, mas podem ser controlados com uma consociação
adequada (experimente cebolinho) e uma poda cuidada, que
promova uma boa circulação do ar em volta das folhas.Tal como a groselheira-espim, as vermelha e branca dão fruto
nos ramos com l a 3 anos. Pode os ramos do mesmo modo que os
da groselheira-espim, no outono ou logo após o final da
frutificação. O fruto está pronto para ser colhido em meados do
verão, assim que apresentar a sua cor característica e estiver
macio ao toque.
De cima para baixo: corte cacho» inteiros de groselhas-negras
quando estiverem maduro», para poupar na poda do ano
seguinte; as groselheirns «>iplm hI o excelentes produto ras para
Melões(C uc u m is m e lo ) - F a m í li a d a s C u c u r b i t á c e a s ( C u c u r b i ta c e a e )
Não posso censurar os horticultores de espaços pequenos por ignorarem
os melões. São plantas de caule radicante que, se lhes permitirem, acabam
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os melões. São plantas de caule radicante que, se lhes permitirem, acabam
por se espalhar pelo bairro. Encontro-os a crescer nos locais mais extravagantes. Uma semente perdida nao tem dificuldade em vingar num
monte de lixo ou numa parcela de solo esquecida. Até já vi uma melancia
conquistar um relvado!
Cult ivar Todos os melões são plantas apreciadoras de sol e calor. Precisam
de uma época de crescimento longa e quente, por vezes de cerca de
4 meses, o que torna difícil cultivar as variedades mais melindrosas
em climas frios. Mesmo os climas razoavelmente bons podem
dececionar, quando a um ano de condições ideais se segue outro de
frio e chuva. Se o ano vai ser bom ou não para os melões é sempre
uma incógnita.
Os m elões são exigentes quanto à água. Precisam de um
abastecimento consistente de água ao longo da maior parte da época
de crescimento, em especial entre a repicagem e a frutificação. Agua a
mais enquanto o fruto se encontra em desenvolvimento também pode
dar origem a melões insípidos, por isso é importante deixar, pura e
simplesmente, de re gar na altura da colheita. Durante o resto do ano,
os frutos são sensíveis à seca.
Como talvez imagine, produzir frutos grandes e sumarentos
requer muita energia. Os melões gostam de um solo muito bom, rico
em nutrientes e com boas condições de drenagem. Junte composto,
estrume, algas castanhas e/ou farinha de osso ao solo, na altura de
plantar. Gostam de azoto no início da época, mas não o use depois deos frutos aparecerem.
Os m elões são suscetíveis às mesmas pragas e doenças que as
outras cucurbitáceas. Evite regar a folhagem, corte alguma quando
ela se tornar demasiado densa, ou guie as variedades de frutos
pequenos numa treliça, onde beneficiarão de uma melhor circulação
do ar. Cultive uma variedade resistente à murchidão, como Crimson
Sweet Watermelon. Procure larvas mineiras na base da planta, junto
ao solo, e tenha atenção aos escaravelhos-do-pepino, que transmitem
doenças além de causar danos.
CULTIVO EM VASO
Use um solo bom, rico em nutrientes,
com boas condições de drenagem e
bem regado. Cult ive num vaso com
rega automát ica, com o se descreve
em «Plante e Esqueça (ou quase)», na
página 54.
Me lão :
Rend imento : Ba ixo
Pro fund idade Mín ima: 30-35 cm
Variedades: Emerald Green, Tigger,
Jenny L ind, Hearts of Gold
Mais C onse lhos: Cu l t ive var iedades
anãs de desenvo lv ime nto ráp ido que
produzem f ru tos pequenos.
Me lanc ia :
Rend imento : Ba ixo
Pro fund idade Mín ima: 35 cm
Var iedade s: Pe t i te Ye l low, G o lden
M idget , Cream o f Saska tchewan
Mais Conselhos: Cult ive as
var iedades pequenas des ignadas
Icebox.
Prote ja os f rutos q ue est iverem na fase de
am adurec imento das p ragas e da pod r idão
afastando-os do chão e colocando-os em cim
de latas, forma s de bolos, t i jo los ou louças j
par t idas. Ass im tamb ém amadurecerão ma is
depressa!
São tantas as variedadmio** mello
disponíveis que vai termuito por onde escolher, Si* tiver t’npaço, experimente Prescott
Fond Blanc, uma espantosa variedade feia-bonita que também
tolera alguma seca. Charentais é uma antiga e popular meloa
francesa gabada pela sua deliciosa doçura. A melancia Moon and
Stars é uma velha variedade ami sh com frutos e plantas
i t d tã b t b l M t i S t Y ll
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sarapintados, tão saborosos quanto belos. Mountain Sweet Yellow
tem um elevado teor de açúcar, o que a torna uma deliciosa
guloseima de verão.
Com a sua longa lista de exigências e o seu hábito rastejante,
os melões, sobretudo as melancias, não são propriamente ideais
para cultivar em vaso. Mas não é impossível - veja mais
pormenores em «Cultivo em Vaso».
Semear e Plantar Faça a sementeira num local coberto perto da data da última
geada, a uns 2,5 cm de profundidade. Leve as plântulas para o ar
livre 3 ou mais semanas depois da última geada. Os melões não
gostam que lhes perturbem as raízes. Se possível, caso viva numa
região de clima quente, semeie diretamente no local definitivo, ouentão faça a sementeira num local coberto mas em vasos grandes
e não nos pequenos alvéolos habituais. Tal como faço com as
abóboras, costumo aumentar o teor nutritivo do solo amontoando
composto em áreas com 30 metros de lado. Em seguida, insiro três
plântulas no composto a intervalos iguais. Cubro cada planta com
uma garrafa de plástico sem fundo, para a aconchegar.
As flores do meloeiro devem atrair o número de polinizadores
necessário, mas não ficam abertas durante muito tempo. Polinize
manualmente para garantir a realização da tarefa; veja «Abóboras
de Verão e de Inverno», na página 114.
Colher Arranque as flores murchas e os lançamentos novos cerca de um
mês antes da primeira geada. A maioria dos melões está madura
quando há uma assinalável mudança de cor, regra geral, do
verde-acinzentado para o amarelo ou bege. Cheire as extremidades
do fruto; os maduros muitas vezes libertam um aroma forte. Os
frutos maduros devem apresentar-se ainda firmes, mas os caules
secam e podem ser arrancados da planta com facilidade. As melancias estão maduras quando o lado inferior fica
amarelo e a gavinha mais próxima do fruto seca. Delicie-ael
QUAL É A DIFERENÇA?
A meloa costuma ter uma casca rija e
rugosa, ao contrário do melão vulgar, que
tem uma casca macia, coberta por uma
espécie de quadriculado, e uma polpa
doce e cor de laranja. Estabelecendo a
confusão, os norte-americanos chamam
meloa ao que o resto do mundo designa
por melão vulgar. Os melões honeydew
têm a casca lisa e amarelada e uma polpa
queqoode ser verde, branca, amarela, cor
de laranja ou em qualquer tom intermédio.
As melancias são melões grandes a muito
grandes e têm uma casca lisa que pode
apresentar uma diversidade de cores,
sendo, em geral, listada. A polpa pode ser
quase branca, amarela, cor de rosa ouvermelha.
Morangos(Fragaria) - Família das Rosáceas (Rosaceae)
Eu costumava ser uma acérrima defensora dos morangos híbridos, enormes
e sumarentos, rejubilando quando apanhava algum na minha horta, pois
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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, j q p g , p
partia sempre do princípio errado de que os maiores eram os melhores.
Até que um dia pr ov ei um moran go si lves tre. Aquelas baga s
minúsculas, do tamanho de um dedal, são enormes em termos de
sabor. Para ser sincera, qualquer m orango cultivado por nós é
melhor do que os aguados gigantes agroindustriais. Vale a penacultivá-los, o que em espaços pequenos é muito fácil, usando cestos
suspensos ou floreiras de janela.
Cultivar
Os morangos estão intimamente associados ao verão, por isso
não adm ira que eles prefiram um lugar ao sol. No entanto, toleram
alguma sombra e os pequenos tipos silvestres podem m esmo ser
cultivados por baixo de plantas mais altas, como cobertura do solo.
Preferem um solo rico, húmido mas não encharcado, com alguma
acidez. Junte com posto à terra na altura de plantar, ou deite-o em
vo lta do caule (p ágin a 65) na pr im avera, mas sem ex ag erar, o que
poderia dar origem a bagas enormes e insípidas. Cubra o solo com
palha no início da primavera, para que a humidade não se escape, e
afaste as bagas do chão. Cubra as plantas com palha após geadas
fortes, a fim de as proteger do inverno.
Os morangos tornam-se mais suscetíveis ao oídio e à podridão
em solos congestionados. Mantenha os estolhos sob controlo e
arranque as plantas velhas. Uma cobertura amovível nas fileiras
ajuda a manter os pássaros à distância, tal como uma rede leve em
cima das plantas antes da floração. Uma solução completamente
diferente é cultivar plantas variegadas ou híbridos, como Pink
Panda ou Lipstick, que produzem belas flores cor de rosa.
CULTIVO EM VASO
Ideal para cestos suspensos e f lorei ras de
ja ne la .
Morangos:
Rendimento: Elevado
Profundidade Mínima: 15 cm
Variedades: Mara des Bois, Brighton;
experim ente variedades alpinas nos
recantos mais sombrios.
Mais Conselhos: Cu ltive plantas
individuais em vasos pequenos ou grupos
em vasos grandes. Deixe intervalos de
cerca de 20 cm entre elas. Nos climas de
temperaturas negativas, embrulhe as
plantas em serapilheira e deixe-as passar
o inverno na garagem ou no barracão.
Semear e P lantar
Os morangu eiros reproduzem-se
agressivamente no final do verão através de
estolhos, rebentos que su rgem no caule rastejante,
nos pontos em que ele cria raízes, e que dão origem
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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a plantas novas. Plante morangueiros novos noinício da primavera ou no final do verão, a partir de
mudas ou de estolhos recolhidos junto de amigos.
Proporcione-lhes a companhia da borragem, do
endro, da cebola, da alface, dos coen tros, do tomilho
e do funcho; no entanto, afaste-os dos memb ros da
família das couves. No solo, plante a intervalos
amplos, de 45-50 cm, tendo o cuidado de deixar as
coroas (onde as folhas se encontram com as raízes)
logo acima do nível do solo. As plantas inseridas
muito acima disso acabam por secar e as inseridas
mais abaixo acabam por apodrecer. Rem ova as
flores no primeiro ano. Se o fizer, terá um a colheita
melhor no segundo ano.
Todos os morangueiros são plantas perenes que
merecem uma situação perm anente no jardim;
contudo, as variedad es híbridas tendem a morrer ao
fim de três anos, produzindo bag as cada ve z m enos
abundantes e m ais pequenas. Substitua todo o
canteiro ou vá trocando o material velho por mudas
ou estolhos novos.
Co l h e r
A maior ia dos moran go s está mad ura e pronta a
ser colhida no início do verão, mas algum as plantas
continuam a dar frutos novos ao longo da época de
crescimento - ve ja mais pormenores em «Qu al é a
Diferença?» A s folhas do m orangueiro também são
comestíveis e, em geral, usam-se na preparação de
chás.
Q U A L É A D I F E R E N Ç A ?
Os morangueiros híbridos, cultivados (Fragria x
ananassa), são geralmente agrupados consoante os
hábitos de floração e frutificação. Os híbridos que
dão frutos em junho têm uma única produção
grande no final da primavera, ao passo que asplantas de produção perpétua têm produções mais
pequenas ao longo de toda a época de crescimento.
Os morangueiros silvestres (Fragaria vesca)
produzem frutos de menores dimensões e mais
saborosos. As plantas silvestres cultivadas são
conhecidas por alpinas ou fraisiers des bois.
C a p í t u l o 9 :
Ervas Aromáticas e Flores Comestíveis
As ervas aromáticas e as flores comestíveis constituem um bom começo para os
candidatos a horticultores, em especial quando o espaço é limitado. São as plantas
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, p q p ç p
que dão maiores recompensas em menos tempo e exigem menos cuidados.
Um vaso de 38 cm com uma mistura de ervas aromáticas pode fornecer os sabores básicos para um ano de
refeições. A melhor parte é que vai poder com eçar a colhê-las poucas semanas depois de as plantar e, em
alguns casos, continuar a colheita até ao fim da época de crescimento. Provavelmente irão sobrar-lhe bastantes
ervas para congelar, secar e guardar, para o período de escassez que é o inverno.
Conheça as Diferenças As ervas aromáticas e as flores comestíveis são, em geral, descritas como ideais para um parapeito ou vaso
pequeno, mas em muitos casos isso não é verdade. Perder plantas umas atrás das outras devido a essa ideia
errada pode ser frustrante. Nem todas as ervas aromáticas são plantas de pequenas dimensões, embora
possam dar essa ideia na loja, onde encontramos plântulas de todos os tipos perfiladas em vasos de 10 cm.
Antes de comprar, consulte a etiqueta para saber a altura e o perímetro que a planta atinge depois de adulta.
Em seguida, procure palavras como anual, perene e bianual. Referem-se à duração do ciclo de vida da planta.
As anuais passam da fase de plântula à da de reprodução num ano, morrendo em seguida; as perenes duram uns
bons 5 a 10 anos e por vezes muito mais. A s bianuais encontram-se entre esses dois casos, produzindo folhas no
primeiro ano e morrendo no segundo. Pressionadas pela necessidade de esgotar todas as fases num curto período
de tempo, as anuais são um pouco mais exigentes no que toca à nutrição, ao passo que as perenes tendem a
encarar a vida de uma forma mais calma e estável.
As anuais e as bianuais preferem ser cultivadas a
partir de semente e, em geral, não gostam de ser
transplantadas. Fazer a sementeira diretamente no local
definitivo é o melhor processo. Não duram eternamente,
mas muitas são espécies de autossementeira, retomando
o mesmo desempenho ano após ano. Pode parecer que émais barato comprar sementes, mas as perenes crescem
melhor a partir de estacas ou mudas, porque as
plântulas, por vezes, chegam a levar três anos a crescer
o suficiente para começar a produzir.
Outras palavras que deve procurar na etiqueta são
resistente e delicada, o que indica a capacidade que a planta
tem de tolerar o frio. A maioria das plantas resistentes tolera
invernos rigorosos, mas as delicadas morrem quando as
temperaturas se tornam demasiado baixas.
CUIDADOS BÁSICOS
• Organize a sua plantação a pa rtir das ervas
aromáticas perenes (e de alguns frutos), visto
que se mantêm em forma a longo prazo,
funcionand o com o o eixo estrutural da horta.• A maioria das ervas usadas em culinária é de
origem mediterrânica e prefere muito sol e
solos com boas condições de drenagem.
• Junte bas tante areia grossa ou matéria
orgânica para melhorar a drenagem em solos
compactados ou barrentos.
• Se o seu solo não for dos melhores, construa
um canteiro elevado (ver a página 44).
C U L T I V A R
Vaso com M orangos e E rvas A rom áticas
Tire partido dos vasos ou potes abertos, originalmente
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destinados a morangueiros, e cultive uma série de ervas
aromáticas pequ enas n uma área restrita. Os vasos
vid ra dos conserv am a água m elho r do que os de barro nã o
vi dra do, que te ndem a sec ar rapidam en te . Pro cu re va sos
com aberturas grandes e fundas; muitos vasos para
morangueiros têm apenas fendas dos lados, o que lhes
permite conter a água com um a eficácia excecional.
Qualquer das combinações apresentadas em baixo
também resulta na perfeição em vasos ou recipientes
tradicionais. Um vaso com o tamanho de um a lguidar
comum não deve conter mais de cinco ou seis plantas, para
que todas tenham esp aço para se desenvolverem. Se quiser
cultivar várias plantas no mesm o vaso, escolha espécies
com exigências semelhantes. As plantas que preferem sol
ou sombra, solo seco ou húmido devem ser plantadas junto
umas das outras.
I D E I A S E T E M A S
Só Hortelã: M entha x grac i l is , menta sweet Pear, hortelã-vulgar,
hortelã-pimenta-chocolate, Mentha p ipe r i ta , hortelã-brava,
hortelã-pimenta, Me ntha p ipe r i ta c i t ra ta , M en tha x p ipe r i ta
Grapefuit, hortelã-maçã, Me ntha suaveo lens va r iega ta .
Só Tomilho: Ideal para um vaso pequeno. Variedades: Thymus
vulgaris cv., tomilho-limão, Orange Spice, Rose Petal, tomilho-
-alcaravia, tomilho-prata, tomilho-limão variegado.
Chá de Ervas: Alfazem a, erva -c idre ira , ho rte lã , camom ila , mo narda, catária, ma njer icão -san to.
Combinação Mediterrânica: Salva, alecrim, tomilho, orégãos, manjerona.
Ervas Italianas: Manjericão-doce, manjericão-genovês, rúcula, cebolinho-chinês, tomilho, manjerona, estragão.
Ervas para Sobremesa: Para bolos, gelados, sorvetes. Manjericão Cinnamon, manjericão-anis, alcaravia, erva-cidreira,
Me ntha sua veo lens va r iega ta , hortelã-vulgar, malva (por cima), variedades de violeta e am or-perfeito, manjericão-santo e
Me ntha p ipe r i tac i tra ta .
Salada: Cultive num local mais fresco. Erva-armoles, azeda-da-horta, alface Flame, alface Red Sails, mizuna, alface
Mascara, agrião-da-terra Wrinkly Crinkly, rúcula, cerefólio.
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Perfis Aromáticos das Flores Comestíveis
Flores Comestíveis: Amor-perfeito,
violeta, chagas, camomila, calêndula,
hortelã, cravo, cravinas da série Gem,nigela.
C Í T R I C A S / Á C I D A S
• Begónia-tuberosa
• Manjericão Lemon
• Calêndula-sinete Gem amarelo-
-limão e tangerina (Tagetes
tenuifolia)
• Azeda-da-horta ( Rumex acetosa)
F R E S C A S / F R U T A D A S
• Borragem ( Borago officinalis)
• Hortelã-comum
• Mentha piperita
• Hortelã-brava
• Hissopo-anisado ( Agastache
Foeniculum)
• Endro
• Funcho
• Perila
PICANTES
• Rúcula• Rabanete
• Cebolinho
• Cravina
• Chagas
• Nigela (Nige lla sativa)
• Manjericão-santo (Ocimum sanctum )
FLORAIS
• Malva-rosa
• Amor-perfeito e violeta (Viola spp.)
• Rosa
• Alfazema
• Bocas-de-lobo
• Centáurea (Centaurea cyanus)
DOCES
• Angélica ( Angé lic a archange lic a)
• Estévia (Stevia rabaudiana)
PARA TISANAS E AROMÁTICAS
• Louro (Laurus nobilis)
• Funcho-púrpura (Foeniculum
vulgare Purpureum)
• Alcaravia (Carum cara)
• Catária (Nepeta cataria)
• Hissopo (Hyssopus officinalis)
• Calêndula
(Calendula officinalis)• Cerefólio (Anthriscus cerefolium)
• Pimpinela-menor (Sanguisorba
minor)
• Orégãos
• Monarda (Monarda spp.)
• Levístico (Levisticum officinale)
• Manjerona (Origanum majorana)
• Malva ( Pelargonium)
• Segurelha (Satureja hortensis)
• Estragão (Artemisia dacunculus
sativa)
• Hortelã-vietnamita ou rau ram
(Persicaria odorata)
• Agrião (Nasturtium officinale)
Hissopo-anisado(Agastache foeniculum) - Família da Menta (Lamiaceae)
PERENE
O hissopo-anisado conquistou o meu coração
d i b i ã t
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quando o vi sobreviver a um verão quente e seco e a
um inverno rigoroso dentro de um recipiente que
coloquei em cima do meu telhado. E desde então
regressou todos os anos... e irá regressar durante
muitos mais. Na verdade, esta bonita erva
aromática com flor pode tornar-se uma espécie de
ameaça. E uma agressiva es pécie de
autossementeira - passei muitas horas a remover os
seus d escendentes de todos os vasos e reentrâncias
do meu telhado. E no entanto continuo a adorá-la.
O sabor desta interessante erva aromática está
entre o da hortelã, da fruta e do alcaçuz. A s flores
são particularmente deliciosas e bonitas, atraindo
todo o tipo de polinizadores e borboletas ao jardim
que tenho lá nas alturas.
Cult ivar
O hissopo-anisado é uma planta muito tolerante.
Por vezes requer algum a atenção quando começa a
crescer, mas depois de estabelecida não se importa
que o solo seja pobre, o calor intenso ou que a chuva
não caia. E uma planta tipicamente resistente, que
suporta temperaturas bastante b aixas. O hissopo-
-anisado dá-se bem em vaso, mas cresce tanto que
precisa de muito espaço para alcançar as suas
dimensões máximas.
Colha as folhas e flores para preparar um chá.
São boas tanto frescas como secas.
O hissopo-anisado é uma planta resistente e dá-se bem
em qualquer lugar.
Manjericão(Ocimum) - Família da Menta (Lamiaceae)
A NUA L DEL ICA DA
O nome inglês, basil, deriva do termo greg o
para «rei», designaçã o m erecida pois está presente
na ma ioria das hortas. Não tente combatê-lo - é que
o manjericão é tão versátil! Embora a versão doce
usada no pesto tenha acabado por caracterizar o
grupo, a verdade é que o manjericão tem uma
família vasta e diversificada. Ch eguei a cultivar
treze variedades num só ano, todas diferentes
quanto à cor, ao tamanho, à forma e ao sabor. Nem i
preciso termos outras ervas aromáticas; há um
manjericão para cada prato. Cultive os espantosos
Dark Opal, Purple Ruffles, Cinnamon, Red Rubin e
Siam Queen Thai, para introduzir cor na sua horta.
Mrs. Burns é a mais fresca das variedades com
gosto a limão e vale a pena criar African Blue e
manjericão-sagrado, que têm um aroma
completamente diferente.
Cul t ivar O segredo para manter o nmnjri leio feliz é a
paciência. O manjericão é natural de algumas das
regiões mais quentes da Terra e dá-se bem em
lugares onde o solo seja fértil e quente. Não precisa
de sol, mas sim de calor. Mais do que qualquer
outra esta planta detesta o tem po frio e chuvoso
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outra, esta planta detesta o tem po frio e chuvoso.
E fácil de cultivar a partir de semente; bas ta não fazer
a sementeira demasiado cedo. Em vez disso, semeie
num local coberto mais tarde do que as outras
plantas e leve as m udas para o ar livre apenas
depois de passar o perigo da geada, se quiser evitar
surpresas desagrad áveis e irremediáveis.
Ao ar livre, o m an jericão go st a de um localsoalheiro que tenha também algum a proteção
contra o sol intenso. Essa proteção é fácil de
encontrar à sombra de um tomateiro am plo, daí
serem tão bons companheiros. Os manjericões
dão-se todos bem em vasos de dimensões
adequadas ao seu tamanho. E scolha variedades
anãs com folhas pequenas para vasos pouco fundos
e floreiras de janela. Purple B ush é a m ais bonita e
tem um sabor surpreendentemente intenso. African
Blue e West African, plantas grandes que requerem
recipientes grandes, dão-se bem em escadas de
serviço quentes e secas.
Aum en te a su a co leçã o a meio do verão,enraizando estacas de plantas em desenvolvimento
(ver a pág ina 31).
De cima para baixo: o manjericão Colunar é
alto e não exige muito espaço; manjericão-
-santo, doce e saboroso.
R E C E I T A
Geleia de Manjericão Dark O pal
Esta receita é fantástica com qualquer uma das variedades frutadas
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• 1 V 2 chávena de folhas de
manjericão Dark Opal
• V 2 chávena de sumo de uva branca
• V 2 chávena de sumo de limão
• 2 chávenas de açúcar
• 2 colheres de chá de pectina com
baixo teor de grupos metoxílicos
• 3 colheres de chá de solução de
fosfato de cálcio
de manjericão, incluindo Cinnamon, Anise, Lime e Lemon.
O m anjericão Cinnam on sabe a pasta de canela caram elizada e o
manjericão Lemon é tão delicioso quanto refrescante. Que delícia!
Se não tiver sumo de uva, pode usar sumo de romã ou água; ou então,
para uma geleia mais doce, substitua um pouco de água por mais sumo.
Esta receita utiliza pectina com baixo teor de grupos metoxílicos,
que permite aos fabricantes de doces e geleias reduzir a quantidade de
açúcar (ver a págin a 190). Por conseguin te, esta receita não resulta com
pectina vulgar.
1. Co loqu e o ma njericão, o sum o de uva branca e 1 V 2 chávena de
água numa caçarola e leve ao lume. Assim que levantar fervura,
reti re do lume e deixe em infusão durante cerca de 2 0 minutos.
2. Coe o líquido e deite fora as folhas. Parte do líquido ter-se-á evapora do,
portanto acrescente mais água até perfazér 2 chávenas de líquido.
3. Vo lte a de itar o líquido na caçarola, jun te-lhe o sumo de limão e leve
a lume brando até começar a ferver. Entretanto, misture o açúcar e a
pectina com baixo teor de grupos metoxíl icos numa tigela.
4. Com o l íquido das ervas a ferver, junte ientam ente a mistura de
pectina e açúcar, continuando a mexer com as varas até os pós
estarem dissolvidos no l íquido sem que este apresente grumos.
5. Deixe o líquido ferve r sem baixar o lume durante 1 m inuto,
mexendo sempre.
Se não se quiser dar ao trabalho de
esterilizar os frascos, deixe a
gelatina arrefecer e solidificar em
cima da bancada durante umas
horas. Conserva-se durante cerca
de um mês no frigorífico.
6 . Junte a solução de fosfa to de cálcio, m isture depressa e com #
cuidado e reti re do lume.
7. Verta em frascos esteri lizados e m ergulhe de ntro d e água a ferver
(ver a página 192), durante 5 minutos.
Total; 5-6 francos de 1H5 ml
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Monardaou Bergamota-selvagem(Monarda sp p . ) - Fa m í lia da M e n ta (Lamiaceae)
PERENE
Vale a pena cultivar monarda só pelas flores; as
suas plumas vaporosas atraem uma série de insetos benéficos ao jardim. A monarda é sobretudo
conhecida como erva para chá. As flores, cujos
coloridos vão do vermelho ao rosa passando pela
cor da alfazema, têm um gosto semelhante ao da
hortelã e profundamente aromático. As folhas
também são comestíveis, mas têm um gosto mais
forte e usam-se sobretudo para temperar carnes
vermelhas.
Cultivar A monarda pertence à família da menta e, por
isso, multiplica-se com determinação. Prefere um
solo fértil com boas condições de drenagem, numlocal quente e soalheiro. O calor é o segredo - ela
não gosta de solos frios. A planta é muito sensível
ao oídio. Pode-a para lhe proporcionar uma boa
circulação do ar, em especial quando a humidade
aumenta, no verão.
A monarda desenvolve-se melhor por meio de
estacas e mudas. Pode ainda dividir as raízes e
oferecer algumas a amigos horticultores.
Borragem(Borago of f ic inal is) - F a m íl ia d a B o r r a g e m (Borag inaceae)
ANUA L
A borragem é uma planta subvalorizada que os
radares de muitos horticultores não parecem
registar. Não os censuro. As folhas híspidas são
bastante desencorajadoras. Ignorei completamente
a planta até herdar uma horta comunitária que
estava cheia dela. Acabei por adorar as suas bonitas
flores azuis em forma de estrela. Nunca vou
perceber por que razão as flores sabem tanto a
pepino! As folhas jovens não ficam mal cozidas a
vapor, mas prefiro-as misturadas em polmes para
pastéis.
Cultivar Esta é uma planta que prefere solos pobres.
O solo fértil fá-la crescer demasiado e tornar-se
flácida. As que tenho na minha horta precisam de
ser amparadas! Por essa razão é uma das poucas
ervas aromáticas que não se adequam a vasos.
Deite umas sementes num local soalheiro e terá
plantas de autossementeira anos a fio. Dizem que a
vizinhança da borragem melhora o sabor do tomate.
Não sei se é verdade, mas, pelo sim pelo não, planto
sempre algumas perto dos tomateiros.
Calêndulaou Maravilha
(Calêndula officinalis) - Família das Asterácms Compostas ( Asteraceae)
ANU AL
A calêndula é uma presença obrigatória em
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p ç g
qualquer horta. A partir do início da floração
produz uma quantidade infindável de botões
alegres, em especial nos climas temperados, onde a
produção continua pelo inverno fora. Todas as
partes da planta são comestíveis, mas eu gosto
sobretudo de usar as pétalas como corante natural
de batatas e bolos. A calêndula atrai umadiversidade de insetos benéficos e é uma excelente
companhia para plantas da família das couves,
além de afugentar a lagarta do tomateiro.
Cultivar
A calêndula dá-se bem em solos ricos com boas
condições de drenagem e que recebam muita luz.
E sensível a problemas fúngicos em condições de
humidade e deficiente circulação do ar, por isso não
tenha problemas em eliminar as que estão a mais e
irão inevitavelmente germinar por si, ano após ano.
Semeie diretamente, espalhando ao de leve as
sementes pelo solo no início da primavera. Nãoprecisará de voltar a fazê-lo.
A calêndula é considerada pelos ervanários um
ingrediente imprescindível nas pomadas cutâneas.
As variedades comuns amarelas e cor de laranja são
tão ricas que quase pingam óleo. Existem muitas
outras variedades, menos potentes e mais bonitas,
para os que procuram ser originais. Experimente
Antares Flashback e Triangle Flashback, ambas
com subtis pétalas cor de alperce, mais claras em
cima e castanhas na página inferior. Radio é um
velho sucesso, com pétalas híspidas e quilhadas.
De cima para baixo: a colorida TriangleFlashback - soca para armazenagem (em
cima) o fresca (em baixo).
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Camomilaou Camomila-romana
(Chamaem elum nob i le ) - Famíl ia d as Asteráceas/C o m postas
(As teraceae)
PERENE
A camomila-romana é uma planta baixa de
autossementeira usada sobretudo na preparação de umchá calmante. Pode dizer-se que a camomila se cultiva
a si mesma e recomendo que a inclua na sua horta,
mesmo que ela lhe provoque alergias, como sucede
comigo. E uma boa companheira, dando força a
vizinhos convalescentes e atraindo imensas vespas
parasitas e moscas-das-flores, que devoram larvas
problemáticas. Dê-a a plântulas jovens sob a forma de
um remédio antifúngico que ajuda a combater a doença
conhecida por murchidão das plântulas (página 70).
Cultivar
A camomila-romana é uma planta resistente que
se dá melhor em locais soalheiros mas que viverá bem praticamente em qualquer lugar que a cultive.
Visto a sua única queixa ser o solo húmido,
certifique-se de que o seu tem boas condições de
drenagem ou plante-a em vaso. Faça a sementeira
num local coberto ou ao ar livre, na primavera.
Arranque as flores depois de abertas e seque-as,
ou corte-as deixando um pouco do caule e pendure-
-as, se tiver problemas de espaço.
ou Coriandro
ANU AL
O coentro é uma planta que divide as opiniões.
Há quem o adore e quem ache que ele sabe a sabão.Coloco-me firmemente do lado dos que o adoram.
Os molhos não são a mesma coisa sem um pouco
de coentros frescos picados.
Cultivar
Como a maioria das ervas aromáticas, o coentro
prefere viver com sol direto e boas condições de
drenagem. Não é demasiado exigente quanto à
fertilidade do solo e dá-se bem em vasos de todos os
tamanhos. O único problema é espigar facilmente
assim que chega o calor do verão. Comece a cortar
as flores (e a comer esses deliciosos petiscos) e,
quando já não conseguir ser mais rápida do queelas, deixe a planta produzir sementes. Também
pode comê-las! Têm um gosto cítrico, a limão, muito
diferente do das folhas. E um «dois em um»: dois
sabores na mesma planta!
Semeie ao ar livre no início da primavera. Não
se dê ao trabalho de transplantar; as mudas ainda
espigam mais depressa!
RECEITA
Cubos de Gelo Floridos
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Endro[Ane thum graveo lens) - Famíli a d as Ap i áceas ( A p ia ce ae )
ANUAL
Acabo sempre por cultivar mais endro do que o
necessário, encantada por deixar crescer as
inúmeras plantas que brotam por toda a parte e que
prometem flores altas e majestosas. Estas
magníficas umbelas atraem todo o tipo de vespas-
-parasitas e polinizadores, fazendo do endro uma
planta útil, apesar dos seus modos altivos de
espécie de autossementeira.
Cultivar
Semeie diretamente ao ar livre no início da
primavera (caso se atreva). O endro não gosta de
mudar de lugar e germina tão prontamente que as
mudas são dinheiro mal gasto. Cultive num local
bem soalheiro, com boas condições de drenagem e
nutrição. O endro não é exigente. E uma planta
delicada mas resiliente, que se adapta a condições
desfavoráveis não crescendo. Colha as folhas à
medida que precisar delas e deixe algumas plantas
produzir sementes maduras que poderá colher para
usar quando chegar a época dos picles. Mantenha o
endro longe do funcho, para evitar a polinização
cruzada.
As elegantes e bem-comportadas senhoras
vitorianas deitavam flores nas suas bebidas e
saladas para agirem como «estimulantes».
Embeleze a sua bebida fresca preferida
incorporando flores nos cubos de gelo. Basta
pegar nas corolas de uma flor comestível - por
exemplo, borragem, hortelã, alfazema ou
malva-rosa -, e arrancá-las do pé. Coloque uma
flor em cada um dos cubos de uma cuvette de
gelo. Encha com água fria, coloque no congelador
e sirva dentro de um copo alto com água,
juntando uma fatia muito fina de pepino para dar
mais sabor.
Alfazema(Lavandula) - Famíl ia da M enta (Lamiaceae)
PERENE
A alfazema é mais apreciada pelo aroma
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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revigorante que confere a produtos de beleza esaúde do que pelas suas propriedades culinárias.
É popularmente utilizada na preparação de chás
relaxantes, mas com um pouco de criatividade
obterá excelentes resultados em bolos e pratos
de carne.
Cultivar Todas as alfazemas, mesmo as variedades
inglesas mais resistentes, podem ser exigentes
quanto às condições meteorológicas. Já tive plantas
que duraram anos, até um inverno rigoroso as levar.
Nos climas do Norte, opte por variedades anãs mais
resistentes, como Munstead e Hidcote. Oshorticultores de climas moderados são os que têm
mais sorte, pois há um grande número de
fascinantes variedades francesas delicadas à sua
disposição.
A alfazema é mais uma das ervas aromáticas
mediterrânicas que gostam de muito sol e toleram
bem a seca. O solo é crítico e deve ter boascondições de drenagem; a alfazema detesta-o
húmido e molhado. Todos os tipos de alfazema
dão-se bem em vaso, mas é importante conhecer a
variedade, porque algumas podem tornar-se
arbustos grandes e lenhosos.
Cultive a alfazema a partir de mudas e estacas,
pois as sementes levam muito tempo a germinar.
Arranque folhas sempre que precisar e colha as
flores no verão, pouco antes de os botões abrirem.
Erva-Cidreira(Melissa o ff ic inal is ) - Família daM t n t n (Liim/ac»«•)
PERENE
A erva-cidreira é uma planta saborosa, com um
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leve travo a limão, usada na preparação de chás,quer fresca, quer seca, obtendo-se neste caso um
chá digestivo, e também para guarnecer fruta.
Dizer que esta planta é prolífica não chega. Chamei-
-lhe afetuosamente «bomba-limão», porque uma
planta introduzida numa horta explode no verão
seguinte, espalhando milhões de minúsculas
plântulas por toda a parte.
Cultivar
Apesar do seu caráter oportunista, a erva-
-cidreira é uma bênção para os horticultores com
recantos sombrios; é das poucas plantas
comestíveis que não se importam de crescer à
sombra intensa de um ácer. Uma das primeiras
ervas aromáticas a surgir logo no início da
primavera, pode ser colhida antes de a maioria das
outras perenes acordar do seu sono de inverno.
Dá-se melhor em locais frescos com um solo rico e
húmido, mas nem sequer a terra sem qualidadeparece detê-la na minha horta. A erva-cidreira
tende a produzir demasiados lançamentos.
Arranque alguns e desbaste as plantas grandes, a
fim de manter uma boa circulação do ar e afastar a
ferrugem e outros problemas fúngicos.
A erva-cidreira é fácil de cultivar por semente
ou mudas ao ar livre, no início da primavera. Não se
dê ao trabalho de a comprar; de certeza que
conhece alguém que não se importa de lhe ceder
uns pés.
A melhor colheita é antes de as flores
aparecerem, no início do verão. Se podar
drasticamente as plantas na altura da colheita eantes da produção de semente, impedirá que elas se
multipliquem furiosamente.
Lúcia-Lima
(Aloysia tríphy llum ) - Família das Verbenáceas (Verbenaceae )
PERENE DELICADA
Só há uma maneira de descrever a lúcia-lima:
Hortelã
(Mentha spp.) - Família da Menta (Lamiaceae)
PERENE
Que outro adjetivo para a hortelã senão
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a melhor erva aromática com sabor a limão. E tão
br ilh an te , fres ca e es ta ladiça, m esmo de pois de se ca
e ao fim de meses guardada no armário! As folhas
são ótimas para chás, sobremesas e gelatinas; a
doçura das flores é demasiado intensa para pratos
principais.
Cul t i var
Cultive a lúcia-lima num vaso de 30 cm. As
mudas parecem pequenas na loja mas tornar-se-ão
arbustos grandes e lenhosos num instante. Esta não
é erva para floreiras de janela! Cultive-a num solo
com m uito boas con dições de drenagem , ao sol ou
encostada a uma parede soalheira. Regue bem.
A lúcia-lim a não se im po rta que haja um po uco
de seca, mas fica rija e com um aspeto queimado
se o solo permanecer seco durante muito tempo.
A lúcia-lima produz flo res tarde. Del icie-se com elas!
A s flor es são tão doce s e arom áticas co mo as folhas.
Cultive a lúcia-lima a partir de sementes oumudas. Uma planta chega. Os horticultores de
climas quentes podem mantê-las ao ar livre durante
todo o ano, mas as plantas têm de ser levadas para
um local coberto quando as temperaturas são
inferiorés a 4 °C. Coloq ue a sua perto de uma janela,
num local onde nada a incomode, e regue-a de vez
em quando para a terra não secar. Sendo uma
planta caducifólia, perderá as suas folhas em
preparação para o inverno - um arbusto nu à janela
pode não ser muito decorativo na sua sala. Volte a
levá-la para o ar livre no fim da primavera, dep ois
de passado todo o perigo de geadas.
«ambiciosa»? Dê a esta planta um lugar especial
na horta que ela não tardará a desalojar os seus
viz in hos. Os horticu ltor es te nt am refreá-la
semeando barreiras, mas a hortelã tem uma grande
força de vontade. Arranja sempre forma de as
contornar. Eu cá não me importo nada, porque
a hortelã é excelente! E há tantos sabores a
experimentar! O meu romance de amor com a
hortalã-pimenta-chocolate vai durar eternamente,
mas a cubana Mojito também é de levar em conta
- muito melhor do que a vulgar hortelã na popular
beb ida com o mesmo nome. Não es quece r Men tha
piper ita cidrata, Men tha xpip erita Grapefruit e
a mais bela de todas Men tha x gracúis . Dê a cada
uma delas um espaço próprio, para que possam
manter a sua potência.
Cul t i var
A ho rtelã prefere um solo rico, húmido, com
boas co ndições de drena ge m, pa ra se pre ca ve rcontra a ferrugem, e algum sol, mas também aceita
um pouco de sombra.
Não se dê ao trabalho de comprar sementes ou
mudas. Corte um a estaca da planta de um amigo
e terá hortelã com fartura.
A pa rti r do canto su pe rio r esquerdo, no
sentido dos ponteiros do relógio: chagas
Empress of India crescem no parapeito de
uma janela; as flores dos orégãos são bonitas
e comestíveis; mesmo a horta mais minúscula
produzirá braçadas de hortelã fresca.
C h a g a s{Tropaeolum majus) - Família das Tropeoláceas (Tropaeolaceae)
A NU A L
A s chag as (ou ca puc hinh as), são as ra in has do
mundo das flores comestíveis, produzindo
O r é g ã o s e M a n je ro n a(Origanum vulgare e O riganum majoraria) - Família da menta
(Lamiaceae)
PERENE
O orégão é uma erva culinária extremamente
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encantadoras folhas redondas e gran des flores ao
mesm o tempo apimentadas e doces. O clima da
Costa Leste dos EUA torna o seu crescimento m ais
rápido e intenso do que qualquer outro. As plantas
pod em form ar tufos, ser trepadeiras ou rastejantes,
consoante a variedade. Mas na C osta Leste são
todas enormes!
Cul t i var
A s chagas são ex ce le nte s para co br ir o solo por
baixo de plan tas altas. Infe lizm en te, são tam bé m
um autêntico íman no que toca a afídeos, por veze s
alojando dezenas deles numa só flor. Terrível. Na ve rdad e, a sua nature za te na z dep en de das
condiçõe s de cultivo. Dão-se m elhor em solos ricos,
húmidos e com b astante espaço, mas toleram
condições ho stis e até se adaptam à vida em
floreiras de janelas. Nas minhas, gosto das flores
pequenas e bonitas de Empress of índia. E uma
var iedad e m arav ilhosa , co m as su as flores
verm elh as e fo lh ag em ve rd e-es cu ra . A la ska M ix é
uma popular variedade variegad a cujas flores
apresentam uma v asta diversidade de coloridos. Se
procura uma planta para trepar por uma treliça,
escolha a vistosa e e xuberante Spitfire.
Semeie as chagas diretamente no solo, passado
o perigo da geada. Arranqu e as flores assim que
elas aparecerem e continuarão a nascer até uma
geada forte acabar com elas. Deixe a lgum as plantas
produzir semente - são ótimas de conserva!
aromática e versátil que não pode faltar numa
horta, se conse guir encontrar sementes à venda
no centro de jardinagem da sua área de residência.
A maior ia da s plan tas que encontro, ho je em dia,
possui folhas insípidas, pouco saborosas, sem o
travo clássico das ervas mediterrânicas. Por essa
razão, passei a preferir a sua prima perfumada emenos resistente, a manjerona. Uso uma pitada em
caldos, sopas e molhos com o mesmo entusiasmo
que antes sentia pelos orégãos.
Cul t i var
A m bas go st am de sol direto num solo co m bo ascondições de drenagem; no entanto, tive sorte com
os orégãos que plantei em locais mais sombrios.
A planta é bastante agr es siva e já tem saído vitoriosa
ao competir com a hortelã. A s duas toleram a seca
e são fáceis de cultivar em vaso e floreiras de janela
de todos os tamanhos. Se quer muito tê-las frescas
no inverno, está com sorte: as duas plantas podem
passar uns meses no parapeito de um a janela.
Vá-as po da ndo se elas se ap re sentare m flác idas .
Cultive orégãos e manjerona a partir de estacas
ou divisões oferecidas por amigos. As sementes
germinam com facilidade, mas sem garantia quanto
ao sabor. Deixe que as suas plantas deem flores, que
atrairão uma diversidade de insetos bené ficos. As
va ried ad es de folha dourada, co mo a c resp a A ur eu m
Crispum, criam um belo contraste quando cultivadas
ao lado de plantas roxas ou lobélias azuis.
A pa rti r do canto superio r esquerdo, no sentido dos ponteiros
do relógio: a salva Purple é semivivaz em climas frios; prepare
uma chávena de chá de alecrim para aliviar o stresse; salsa de
folha lisa; a perila Purple, uma planta de autossementeira,
permanecerá no jardim durante muitos anos.
BIANUAL
A sa lsa é uma erva aromática indispensável na
i h i li b d i i i
Salsa( P e t r o s e l i m u m spp.) - Família das Apiáceas ( A p i a c e a e )
A lecrim(Rosmarinus officinalis) - Família da Menta (Lamiaceae)
PERENE DELICADA
O meu sonho é ter uma horta cercada por
f d b d l i f li
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cozinha, pois liga bem com tudo. Foi a primeiraplanta que cultivei quando era criança, no entanto
caiu em desuso durante a minha vida adulta. Há
pouco tempo voltei a comprá-la, mas prefiro a
menos popular versão de folha lisa. Estou em
minoria, porque a de folha frisada é mais
decorativa, mais usada para guarnecer, mais fácil
de cultivar e menos dada a espigar quando chega o
calor.
Cult ivar
A salsa dá-se melhor ao sol, mas não se importa
de estar num recanto sombrio. Gosta de um solo
rico, húmido, com boas condições de drenagem ,
mas na realidade não é muito exigente. Até uma
criança de cinco anos é capaz de a cultivar! As
lesmas parecem ser a única coisa a incomodá-las,
mas nada de muito preocupante.
As sem entes de salsa têm fama de serem difíceis
de germinar. Dê-lhes uma ajuda arranhando-asligeiramente com p apel de lixa; ou, mais simples
ainda, esqueça as sementes e compre uma planta.
Basta uma p lanta para ter suficientes folhas sec as e
frescas durante uma ou duas épocas. Deixe-a
produzir semente no segundo ano e a planta
autoperpetuar-se-á indefinidamente.
perfumadas sebes de alecrim. Infelizmente, umclima setentrional não é o ideal para o conseguir.
O alecrim é uma planta resistente, mas não suporta
temperaturas inferiores a -9 °C, devendo ser levada
para um local coberto nos climas frios. Se o tempo
estiver a seu favor, não se limite à clássica
variedade ereta; algu ns tipos rastejantes podem ter
empregos notáveis em paisagens comestíveis.
Cult ivar
O alecrim é uma planta litoral de ascendência
mediterrânica. Em resultado, dá-se melhor com sol
direto e um solo levemente arenoso que tenha boas
condições de drenagem. Pode atingir as dimensões
de um arbusto grande e desordenado, mas tem
crescimento lento e adapta-se a vas os de todos os
tamanhos.
Não se dê ao trabalho de o semear; as sementes
levam demasiado tempo a germinar, ao passo que
as estacas criam raízes num instante. O alecrim nãoé uma planta fácil de levar para um local co berto no
inverno e pode secar. O segredo é esperar que ele
seja atingido por uma ligeira geada antes de o
recolher. Deixe-o num sítio moderadamente fresco,
como uma garagem sem aquecimento, e pulverize-o
com água todas as semanas, numa imitação dos
salpicos da água do mar. Corte as pontas sempre
que precisar de um pouco de alecrim nos
cozinhados. O alecrim é um tempero clássico para
batatas assadas e sopas e com ele també m se
prepara um ch á muito eficaz contra dores de
cabeça.
RECEITA
Sal ou Açú car com Ervas
Preparar a minha própria mistura de sal ou açúcar com ervas
á i d dí i d
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• 1 chávena de sal marinho (fino ou grosso)
ou suco de cana-de-açúcar evaporado
• 1 chávena de ervas frescas finamente
picadas
aromáticas sempre me p areceu um desperdício de tempo, que
seria melhor empregue a ler um livro ou, digamos, a cortar as
unhas, até ao dia em que resolvi mesmo fazê-lo! Hoje é um
tempero que não dispenso em todos os pratos!
O sal com ervas é m aravilhoso para temperar tomate, ovos,
ba ta ta s e le gum es assad os ou para esf re gar em ca rn es ou pe ixes .
Faça um saboroso açúcar com ervas para passar na borda de umcopo de bebida, adoçar o chá gelado ou polvilhar bolos. Pode
ainda basear-se nesta receita para preparar um sal condimentado
picante - um a pitada complementa qualquer sobremesa de
chocolate.
A s ervas fresc as pode m ser su bst ituídas po r er vas se ca s, mas
estas não conferem um gosto tão bom ao sal ou ao açúcar e
devem ficar muito menos tempo no forno.
1. Incorp ore alguns dos óleos cont idos na s^rv as em sal ou
açúcar, p isando tu do ju nto num almofar iz.
2. Espalhe a mistura num tab ule iro e aqueça lenta m ente no
forno , à tem pe ratura mais baixa possível, até as ervas
secarem. Isto po de de m orar ent re 15 minutos e 1 hora,
cons oante a erva e a tem pe ratu ra mais baixa do seu forno.
3. Deixe arrefecer e gu arde os ingre dien tes num frasco de
vidro.
Total: cerca de 1 cháve na
Ervas para Sal: Manjericão, cebolinho, alfazema, manjerona, orégãos,
alecrim, estragão e tomilho
Ervas para Açúcar: Hissopo-anisado, alfazema, hortelã, manjericão
Cinnamon, manjericão-limão, manjericão-anis, malva, salva-frutada e
funcho-púrpura
PERENE
Existem centenas de salvas em todo o mundo,
l l i d h t é d l
Salva(Salvia officinalis) - Famíl ia da Menta (Lamiaceae)
Perila(Perilla frutescens) - Família da Menta (Lamiaceae)
ANUAL
A perila é uma planta de autossementeira
i l lti á l l
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mas a vulgar salva vivaz da horta é, de longe, acomestível mais popular do grupo. As folhas
potentes e aromáticas devem ser usadas quando o
seu sabor não se sobrepõe ao da refeição; são
populares em pratos de galinha e ovos, mas a
minha forma preferida de as utilizar é embebendo-
-as em azeite, para guarnecerem uma alimentícia
sopa de abóbora.
Cultivar Uma planta de salva adulta é enorme e, se lho
permitirem, tornar-se-á um arbusto grande e
lenhoso. A salva dá-se melhor se a deixarem
espalhar-se num vaso grande, mas não sofrerámuito num vaso de menores dimensões e adapta-se
bem à maioria dos recipientes. A salva-de-jardim é
forte e resistente, suportando o vento, a seca e o sol
intenso. No entanto, é propensa ao oídio. Certifique-
-se de que a coloca num local soalheiro com boas
condições de drenagem e de que não tem folhas
estragadas ou a mais a prejudicar a circulação do ar.
Remova as partes mortas e quebradas na
primavera e desbaste, se não quiser flores. No
entanto, não sei por que razão não as quereria. As
flores tornam esta planta já de si ornamental ainda
mais bonita e também são comestíveis! Cultive a
clássica variedade cinzento-azulada ou opte por
variedades coloridas menos resistentes, como
salva-purpúrea, Tricolor e Golden. Berggarten é
uma planta cinzenta com encantadoras folhas
redondas.
A salva pode ser lenta de cultivar por semente.
Uma muda acaba por sair barata - ao fim de um anoestará enorme!
agressiva, mas vale a pena cultivá-la pela suafolhagem atraente, maravilhosamente recortada e
com o rebordo enrugado. A variedade comum é
verde, mas também há uma variedade vermelho-
-arroxeada que brilha quando a luz do sol atravessa
as suas folhas. As deslumbrantes espigas de flores
surgem em finais do verão.
O sabor da perila é difícil de descrever, mas eu
diria que tem um intenso gosto frutado cítrico com
um travo a hortelã. A variedade verde tende a ser
menos frutada, com notas mais condimentadas.
A perila é conhecida, sobretudo, como a folha usada
para embrulhar o arroz no sushi e acompanhar o
sashimi, mas eu prefiro preparar uma refrescante bebida de verão (ver «Supergranizado de Perila»,
na página ao lado).
Cultivar A perila é fácil de cultivar a partir de sementes.
Basta deitar algumas na terra em finais da
primavera. Cresce mais e melhor num local
soalheiro com um solo fértil, bem drenado e
húmido, mas não se importa muito que haja alguma
sombra. Britton, uma variedade ornamental cujas
folhas são verdes mas têm a página inferior
acastanhada, prefere locais mais secos, soalheiros e
vasos pequenos. A perila dá-se bem em vasos de
tamanho médio mas não subestime o seu tamanho;
há plantas que chegam a atingir 10 cm de altura e
vários de largura.
Girassol(Helianthus annuus) - Família das Compost as/Asteráceas
( As terace ae)
ANU AL
Os girassóis são as plantas mais alegres do
j di l i d l i fl ê i
As plântulas do girassol não gostam de ser
transplantadas. Semeie-as diretamente ao ar livre
quando já não houver perigo de geadas, ou faça a
sementeira num local coberto, 2 semanas antes da
última geada, dentro de rolos de papel higiénico (ver
«Alvéolos Feitos com Rolos de Papel Higiénico», na
á i )
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jardim, cultivadas pelas suas enormes inflorescênciase pela sua presença imponente - algumas variedades
chegam a atingir três metros de altura! As pétalas
são pouco conhecidas como comestíveis, mas ainda
menos apreciados são os botões da flor, que podem
ser cozidos a vapor e consumidos como se fossem
alcachofras, se os cortar cedo.
Cult ivar
Como o nome indica, os girassóis precisam de
muito sol para se tornarem grandes e fortes - no
mínimo, 6 horas diárias de sol direto. As plantas
grandes necessitam de muita água, mas, apesar do
seu tamanho, são surpreendentemente pouco
problemáticas. Talvez seja porque constituem quase
um ecossistema completo em si mesmas; as suas
flores atraem todo o tipo de insetos benéficos.
As flores do girassol abrem naturalmente v iradas
para leste; tenha isso em conta quando as plantar no
seu jardim, ou ficará a vê-las de costas! Cultive estesgigantes em contentores do lixo ou vasos munidos de
rega automática (ver «Plante e Esqueça [ou quase]»,
na página 54). As variedades anãs não se importam
de crescer em vasos mais pequenos, com cerca de
30 cm de profundidade. Experimente variedades que
produzem uma quantidade compacta de sementes,
como Sunspot ou Big Smile. Das gigantes, opte por
Arikara, Mongolian Giant ou M ammoth Gray
Striped. Existem também girassóis das mais variadas
cores, embora a maioria não produza sementes.
Double Dandy é uma planta compacta com
exuberantes flores vermelhas.
4 A partir do canto superior esquordo, no sentido dos
ponteiros do relógio: os tomilhos prata o limão ficam
muito bem juntos; girassol Strnwbmry lllondo; embrulhei f l i â i l 1 i l i ti * 1 1 11 1 M ll i á t tM
página 27).Cubra as sementes com rede ou com um tecido
aberto assim que começarem a atingir a maturidade,
se quiser ter algumas na altura da colheita. Arranque a
inflorescência mal ela comece a acastanhar e a perder
a maioria das suas pétalas. Guarde as inflorescências
num local quente e seco até o exterior endurecer.
Tomilho(Thymus sp p . ) - F am í l ia da M en t a (Lamiaceae)
PERENE
Para uma planta tão pequena, o tomilho ocupa
uma posição proeminente na minha horta. E de facto
uma planta fácil de cultivar, rastejante, que pode ser
enfiada em fendas e submetida ã mais completa
negligência. Conseguirá cultivar tomilho, mesmo que
não consiga cultivar mais nada. E com tantas
variedades disponíveis, o tomilho nunca se tornaaborrecido. Tenho uma combinação contrastante de
limão variegado e prata em vasos, há anos, mas agora
experimentei variedades perfumadas como Nutmeg,
Orange Spice e Rose Petal.
Cult ivar
O tomilho adora o sol, embora eu tenha obtido
êxito em recantos sombrios. É uma cobertura do sol
bastante discreta mas que fica linda por baixo de
plantas comestíveis mais altas e até outras ervas
aromáticas. Deixe-a florir, pois atrairá insetos
polinizadores às plantas que deles necessitam.
Cultive a partir de estacas ou mudas. Não se dê aotrabalho de o cultivar por semente, a não ser que
tencione cobrir uma vasta área.
SecçãoJ
C lh Q S
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Colha o Que Semeou
C a p í t u l o i o :
Como ColherSaber qual o momento e o método exatos para colher os legumes deliciosos
da sua horta pode ser um pouco intimidante. Felizmente, até os
principiantes têm uma longa experiência de consumidores na qual se
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
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principiantes têm uma longa experiência de consumidores, na qual se podem basear quando escolhem uma curgete ou beringela madura.
O processo requer apenas alguns conhecimentos básicos, com
um pouco de tentativa e erro pelo meio. Rebusquemos a memória
recente (ou talvez não tão recente) e recordemos um pouco da
biologia que aprendemos na escola. As sementes dão origem a
plantas, as plantas produzem flores, as flores tornam-se frutos e, em
seguida, a planta morre. Fim. Bem, nem sempre é assim, mas
simplifiquei a equação para explicar melhor o ciclo de vida das
plantas anuais que tem na horta. O seu objetivo enquanto horticultor
e, espera-se, futuro consumidor é derrotar a planta no seu próprio
jogo e colher-lhe os frutos (onde se encontram as sementes)
enquanto ela ainda estiver jovem e tenra. Concluída a produção de
frutos, a planta considera que a sua missão terrestre chegou ao fim e
dará a sua atividade por terminada pouco depois. Procriar dá muito
trabalho! Não há cruzeiros para reformados no horizonte das
curgetes e abóboras. O segredo, neste caso, é encontrar a linha ténue
entre o que é considerado maduro do ponto de vista do consumidor(saboroso) e o que é considerado maduro do ponto de vista das
plantas (reprodutivo) e, em seguida, antecipar-se a elas. Quanto
mais depressa colher, mais a planta produzirá, no esforço de cumprir
o seu destino.
Existe, claro, um pequeno senão. A altura da colheita pode variar
não só de planta para planta, mas também entre variedades da
mesma planta. Algumas são, na verdade, mais despachadas do que
outras. E outras são apenas diferentes. Como saber, por exemplo,
quando uma variedade verde de tomate está madura? E aí que
entram em cena o conhecimento, a prática e a experiência. Quando
cultivar uma variedade nova, veja fotografias na Internet, para ter
uma ideia do aspeto que ela deve apresentar na altura da colheita.
Alguns nomes de variedades oferecem pistas sobre o produto final- tire as mãos desse tomate avermelhado se a embalagem disser
Black Rim.
A «Tabela das Colheita»" cia página 173 constitui um bom ponto de partida para o
conhecimento do ciclo de vida de urna planta específica. A Secção 2 debruça-se sobre pormenores
da colheita de plantas individuais. Mais adiante obterá indicações gerais aplicáveis a todos os
produtos divididos em categorias mais vastas; essa informação vai ajudar a maximizar a
qualidade e a quantidade de produção da sua horta, de modo que possa colher baldes e baldes das
melhores ervas aromáticas dos mais sumarentos frutos e dos mais viçosos legumes até no espaço
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melhores ervas aromáticas, dos mais sumarentos frutos e dos mais viçosos legumes, até no espaçomais pequeno.
Transmiti-lhe alguns conhecimentos, mas ainda vai aprender muito através da experiência.
Permita-se cometer erros à primeira, segunda ou centésima vez. Não vai receber nenhuma falta de
castigo por isso. Não desista!
P E R C E B E R SE E S T Á M A D U R O
Olhe: Examine o ponto em que o fruto se junta à
planta e veja se o pedúnculo está murcho ou há folhas
secas que se separam facilmente. Os legumes de raiz,
po r vezes, anunciam que estão prontos fazendo o seu
top o eme rgir do solo. As batatas estão prontas quando
a parte aérea da planta morre. Encoraje as ervas
aromáticas a produzir mais folhas cortando os botões
florais assim que eles aparecerem. As beringelas
maduras apresentam-se brilhantes e não baças.
Toque: Frutos macios como framboesas, amoras e
tomates encontram-se no ponto quando estão
praticamente a cair da planta. As ervilhas estão maduras
quando as sentir firmes den tro da vagem. Se estiverem
duras que nem berlindes estão maduras de mais.
Cheire: Aba ixe-se junto a um melão de casca rija e
cheire-o. Os melões emitem um forte aroma frutado
na região apical quando estão doces e prontos a
serem consumidos.
Escute: Dê uma pequena pancada com o dedo
numa melancia. Quando madura, produz um som oco.
Amadurecer o Tomate: Por mais que
planifique, há sempre um ou outro tomate
que não con segue amadurecer antes do
aparecimento da terrível geada. Embora uma
janela soalh eir a pareça o lu gar id eal para
amadurecer o tomate acontece qu e não é
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amadurecer o tomate, acontece qu e não é
bem de sol que ele precisa. Embrulhe cada
tomate individualmente num pedaço de
jo rn al ou sac o de pap el e co lo que-o s num
sítio quente - em cima do fr igorífico é
perfeito. Use os que restarem num molho de
conserva ou então passe-os por um po lme
e frite-os! É muito saboroso!
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CONSELHOS PARA A COLHEITA
Quanto mais Colher, mais Tem: Seja qual for o modo e a altura em que o fazem, as plantas
têm um único objetivo: a reprodução. As plantas sabem que mal cumpram esse propósito está
na altura de se retirarem. Co lher feijões ou curgetes en quan to são jovens e tenros leva a planta a
ten tar nova p roduçã o. O mesm o é válido para ervas aromáticas e flores. Rem over as flores antes
de iniciarem a produção de sementes significa mais flores e folhas saudáveis para si.
Quanto mais Pequeno, Melhor: É ten tado r cultivar produtos de grandes dimensões - uma só
curgete gigante dá para alimentar uma família inteira. Infelizmente é natural que ela não seja
m uito saborosa. Os legum es dem asiado gran des são lenhosos, rijos e insípidos.
Quan to mais Fresco, Melhor: A m aioria dos legumes atinge o m áximo do seu sabor logo após
deixar a planta. Qu anto mais tem po a sua colheita ficar à espera em cima da bancada, me nor a
sua qualidade. Tire o máximo p artido dos produ tos que colhe consumindo-os de imediato ou
usand o-os em conservas.
De Manhã: É ao romper da manhã que praticamente todos os legumes se encontram mais
frescos, estaladiços e saborosos. A frescura do fim da tarde também serve para colher legumese verduras sensíveis ao calor.
C C n ln o r 1“M
Saber Prever a ColheitaSão inúmeros os fatores, como .1 fertilida de d o solo e as condições meteorológicas, q ue se conjugam para determinar a
altura em que se deve colher um logumo. Algo aparentemente tão simples como um feijão pertence a um grupo muito
diverso, cujas colheitas devem ser feitas entre 50 a 100 dias depois de lançada a semente. Nunca se pode determinar com
precisão a «data do parto» de qualquer produto hortícola, mas a «Tabela das Colheitas» abaixo dar-lhe-á uma ideia de
quando deve começar a cavar o solo. Use-a lá mais para o fim da época, para se certificar de que a colheita que espera
saborear no final do verão vai ser feita antes que cheguem as primeiras geadas.
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q g p g
Para os horticultores mais experientes, a «Tabela das Colheitas» pode ser útil como registo das alterações verificadas
de ano para ano.
T A B E L A D A S C O L H E I T A S
• Escreva a data em q ue planto u as sem entes na coluna «Data da Plantação».
• Calcule a «Data Prevista para a Colhe ita» ad iciona ndo o n úmero de dias in dicad o em «C olheita» à «Data da Plantação».
• Escreva na coluna «Data da Colheita» o dia em que esta começo u.
• Registe a qua ntid ad e recolhida na coluna «Rendimento».
LEGUMEDATA DA
PLANTAÇÃOCOLHEITA
DATA PREVISTA
PARA ACOLHEITA
DATA DA
COLHEITARENDIMENTO
• Feijão (de descascar) 60-90 dias
• Feijão (de vagem) 50-65 dias
• Beterraba 50-60 dias
Brócolos 60-100 dias
Couve 60-100 dias
• Cenoura 50-90 dias
Couve-flor 60-90 dias
Pepino 50-70 dias \Beringela 65-100 dias
• Alfa ce e verduras 20-65 dias
• Repolho 50-65 dias
Melão 70-110 dias
• Cebola 1 0 0 - 1 2 0 dias
• Ervilha 50-85 dias
Pimento 60-100 dias
• Batata 65-100 dias
Abó bora-m enina 80-120 dias
• Rabanete 20-30 dias
• Espinafre 45-60 dias
Abóbora (verão) 35-70 dias
Abóbo ra (inverno) 70-120 dias• Acelga 50-60 dias
Tomate 60-90 dias
Ca pít u l o li:
O Futuro dos Frescos:Como Armazená-los e Conservá-los
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Até as pequenas hortas em vasos podem surpreender e produzir
excessivamente demasiado cedo. As abóboras de verão e de inverno são
conhecidas pela sua abundância; todos já ouvimos histórias sobre o tema.
As ervas aromáticas tendem a arrancar em alta velocidade e, por
conseguinte, vão parar ao cesto num abrir e fechar de olhos.
Deitar fora comida estragada é uma coisa, mas
ver comida cultivada por nós estragar-se é, no
mínimo, deprimente.
Saber conservar os alimentos que cultivamos
é tão importante como saber cultivá-los. Requer
algum trabalho, mas não é difícil. Na verdade, a
maioria das conservas pode ser feita na companhia
de um amigo, com um filme antigo ou o nosso
álbum preferido a passar em fundo. Além disso,
é uma tarefa que gera um sentimento de satisfação
profundo e duradouro. Encher a despensa do meu
pequeno apartamento ou o meu ofegante congeladordá-me uma sensação de orgulho, conforto e
reconhecimento. Adoro saber que posso abrir um
frasco de molho caseiro ou uma embalagem de
framboesas congeladas sempre que quiser e
saborear os aromas e as cores do verão seja qual for
o tempo que estiver lá fora.
Cultivar cebolas e ervas aromáticas ►
perenes significa que vai poder colhê-las
no início e no fim da época.
A rm azenar a Cu rto Prazo
Verduras
Lave as folhas e as cabeças das verduras em água fria logo após a colheita. Sacuda, enxugue
ou centrifugue, para extrair o excesso de água, e guarde na gaveta para legumes do frigorífico,
embrulhadas num saco feito com um pano da louça e molhado (página 176).
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Legumes e Frutos
Muitos legumes e alguns frutos podem ser guardados na parte mais fria do frigorífico.
No extremo inferior do espetro, pequenos frutos, quiabos, feijões, curgetes e rabanetes duram
apenas alguns dias, ao passo que as couves e cenouras parecem durar, durar, durar, como o
coelhinho do anúncio das pilhas, mantendo-se em boas condições durante um mês ou mesmo
mais, consoante a variedade. Deixe os legumes e frutos ainda verdes em cima da bancada, para
amadurecerem, mas guarde-os no frigorífico assim que puderem ser consumidos.
O tomate deve ser guardado fora do frigorífico, pois dentro dele tende a perder sabor. Batatas,
alho, cebola, abóbora e curgetes devem ficar num local fresco, ao abrigo da luz, e não no
frigorífico, pois a humidade e o frio podem encorajar o apodrecimento ou mesmo fazê-los grelar.
Sei que quer um máximo de higiene, mas não lave os legumes antes de precisar deles. Durarão
mais tempo sem ser lavados, porque mesmo o mais suave dos banhos pode deixá-los magoados
e amolgados.
Faça Um Saco com Um Pano da Louça
F A Z ER
As verduras e ervas aromáticas frescas são conhecidas por
serem difíceis de conservar em boas condições, apodrecendo
rapidamente dentro de sacos de plástico mas tornando se
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VAI PRECISAR DE
• 1 pano da louça em algodão
• 1 ped aço de cordão (com mais 7,5 cm do que
o compr imento do pano)
• Alfinetes
• Máquina de costura
• Linha
rapidamente dentro de sacos de plástico, mas tornando-se
flácidas quando empilhadas sem qualquer tipo de cobertura
que ajude a conservar a humidade. Um pano frio e molhado
resolve os dois problemas, não deixando a humidade escapar,
mas permitindo às verduras respirar. Estes sacos, muito fáceis
de fazer com panos de louça, ajudarão a sua colheita a manter-
-se estaladiça e fresca dentro do frigorífico.
1. Para fazer a bainha onde passa o cordão, es tenda o pano
da louça virado do direito, com o lado mais estreito para
cima. Estenda o cordão a cerca de 0,6 cm da extremidade
do lado mais comp rido.
2. Dobre o lado mais com prido do pano da louça de mod o
a tapar o cordão. Prenda com alfinetes e cosa a
extremidade da dobra ao pano, com o cuidado de não
coser o cordão.
3. Dobre o pano da louça pelo meio do lado mais comprido, com
o avesso para fora, e prenda os lados e a base com alfinetes.
4. Cosa uma bainha de 1 cm ao long o do lado esq uerd o e
da base, deixando o lado direito (que será o topo) aberto.
5. Ate as pontas do cordã o com um nó.
Como Usar
Antes de guardar nele as verduras, molhe o saco com água
fria e esprema, para extrair o excesso de água, deixando-o
húmido mas não a pingar. Introduza as verduras, puxe o
cordão para fechar o saco e coloque na gaveta para legumesdo frigorífico. As verduras conservar-se-ão frescas, desde que
não deixe o saco secar.
Ervas Aromáticas e Flores
Comestíveis
A maioria das pessoas atira o saco de plástico com
as ervas aromáticas para dentro do frigorífico para, dias
depois, as encontrar feitas numa papa. As ervas
aromáticas folhosas frescas são muito parecidas com as
verduras, preferindo ser guardadas dentro de um saco
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p gfeito com um pano da louça e molhado. Para as ter mais
à mão, coloque-as num copo com água fria, arrume-o
numa prateleira da porta do frigorífico e vá cortando
folhas à medida que for precisando delas. Algumas ervas
e flores conservar-se-ão durante semanas desse modo,
desde que se lembre de mudar a água do copo de tantos
em tantos dias. O manjericão é a exceção, pois as suas
folhas tornam-se negras quando guardadas no frigorífico.
Contudo, mantém-se fresco durante quase uma semana
em cima da bancada, dentro de uma jarra ou de um copo
com água, como se fosse um ramo de flores.
A rm a ze n a r a Longo Prazo
Secar Legumes e Frutos
Um desidratador elétrico é, geralmente, a melhor maneira de secar a maioria dos legumes
e frutos, a não ser que viva num clima árido. Se não for esse o caso, a humidade favorecerá
o crescimento de bolor e fungos que atacarão os produtos postos a secar ao ar antes que eles
tenham tempo para se desidratarem completamente
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tenham tempo para se desidratarem completamente.
Feijões, cebolas, alho, mirtilos e pimentos são dos poucos alimentos que se podem facilmente
secar ao ar em qualquer região. Muitas pessoas não vivem num clima que permita secar o tomate
ao sol, mas no entanto é possíve l obter um sabor muito semelhante seca ndo-o no forno
(ver «Tomates Secos no Forno», na página 182). Os tomates são, de longe, o legume que mais gosto
de secar. Acredite que vale a pena.
Deixe as cebolas e os alhos a secar (curar) pendurados, quer atando-os em pequenos molhos,
quer entrançando os caules enquanto ainda estão flexíveis. Pendure-os durante um mês num local
fresco, ao abrigo da luz, por exemplo, numa garagem. Depois de curados, pendure-os na cozinha,
para os ter mais à mão, ou corte-lhes os caules e mantenha-os num local fresco a longo prazo.
Qualquer feijão que tenha atingido a maturidade pode ser seco e guardado para uso futuro,
mas algumas variedades são especialmente apreciadas por reterem o seu sabor e textura depois
de secos. Os feijões de descascar podem ser secos em cima de uma rede, mas se quiser poupartrabalho deixe-os secar na planta e descasque-os mais tarde, à medida que precisar deles. Para
secar uma colheita inesperada, coloque a planta inteira, com as vagens intactas, dentro de uma
saca de serapilheira ou de uma fronha e bata-a com o cabo de uma vassoura ou pise-a. Nao
exagere, porque o que pretende é obter feijões inteiros e não feitos em pó. Para separar as casc as
dos feijões (ou debulhar), estenda um lençol no chão e coloque em cima um cesto. Segure uma
mão-cheia de feijões por cima do cesto, e abra a mão para os deixar cair lentamente no cesto,
permitindo que o vento empurre algumas vagens secas. Resulta melhor (claro) em dias ventosos.
Guarde os feijões em frascos lavados que fechem hermeticamente.
Lavar ou não
Retire a terra aos pimentos, tomates e outros legumes de pele espessa, lavando-os antes de
os pôr a secar, mas não se esqueça de os enxugar bem com uma toalha. Não tente lavar cebolas,
alhos, chalotas ou outros legumes com uma casca leve semelhante ao papel. A terra cai durante
o processo de secagem e, de qualquer modo, é sempre preciso descascá-los antes de os usar.
Do mesmo modo, os frutos macios tendem a ficar em papa quando molhados. E como optou por
processos biológicos não há pesticidas a eliminar.
4 Prenda num cordel grandes pimentos picantes, obtendo uma decorativa
réstia (ver página 184) e vá arrancando aqueles de que precisar.
SECAR ERVAS AROMÁTICAS E FLORES
COMESTÍVEIS
• Colha-as num dia seco em que as folhas apresentem
mu ito pouca humidade, que pode torna r os ramos
de ervas aromáticas bo lorentos.
• Pendure os ramos num local seco com boa
circulação de ar e pouca luz.
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• Se hou ver muita po eira em su spensão no ar, faça
uns furos num saco de papel pardo e ate-o p or cima
do ramo de ervas antes de as pendurar.
• Guarde as ervas e f lores co m pletam ente secas em
frascos de vidro, dentro de um armário às escuras.
• Cole etique tas nos frascos, com o nom e da planta
e a data da colheita, para controlar a sua frescura,
e deite fora as ervas ao final de cerca de um ano.
• Am achuq ue l igeiram ente as ervas antes de as
guardar, mas triture-as ou esmague-as apenas no
momento em que as usar, para que os sabores se
mantenham durante mais tempo.
GUARDAR CEBOLAS
Há uma forma ridiculamente fácil de guardar um
monte de cebolas e ao mesmo tempo aproveitar um par
de m eias de senhora. Para começar, corte as pernas de
um par de collants lavado. Não importa a cor, mas os
mais finos deixam respirar me lhor do qu e os opacos.
Enfie uma cebola numa das pernas cortadas e dê um nó
por cima. Vá acrescentando cebolas, dan do semp re um
nó por cima de cada uma, até a perna estar cheia.
Deixe as cebolas secar num local seco e fresco, ao
abrigo da luz, como uma despensa ou o canto de uma
garagem ou barracão, visto que f i las de collants
bulbosos talvez não sejam a decoração que deseja para
a sua cozinha este outono.
Quando quiser usar uma cebola, basta separar a debaixo, cortan do logo a seguir ao primeiro nó. Uma
variedade que se conserve bem , com o Ailsa Craig ou
F A Z E R
Faça Uma Réstia
Os p imentos picantes são, acima de tudo, prolíficos,
cada planta produzindo, geralmente, o suficiente paradanificar o sistema digestivo de um exército inteiro
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danificar o sistema digestivo de um exército inteiro.
Ainda estou esp antada com um a planta que deu 200
pimentos. E nesses c asos que dá jeito fazer uma réstia,
uma tradição do sudoeste dos EUA. Veem-se muitas
versõe s com a casca en vernizada a decorar
restaurantes mexicanos, mas não receie a associação
com uma decoração fora de moda. Uma verdadeira
réstia é uma maneira prática de armazenar muitos
pimentos durante um ou mais anos.
Faça um favor às suas mãos e use luvas de proteção
quando mexer nos pimentos. Os pimentos muito
picantes podem queimar a pele e um pingo de suco
esfregado sem querer no olho é algo que não
recomendo a ninguém.
ESCOLHER PIMENTOS PICANTES
Selecione apenas os melhores, sem manchas, com
os longos caules ainda intactos. Os pimentos
manchados e amolgados podem tornar-se bolorentos e
contaminar os outros durante o processo de secagem.
Para resultados rápidos e fáceis, prefira os pimentos
pequenos com casca fina aos grandes e pesados.
VAI PRECISAR DE
• Cerca de 50 pimentos picantes ainda com
caule
• Cordel de algodão leve
• Arame leve de V
• Al icate
• Luvas de látex
1. Deixe que os pime ntos percam hum idade e repousem
durante um ou dois dias, num local com boa ventilação.
Os caules dos pim entos acabados de colher são frágeis e
podem partir-se quando começar a entrançá-los para formar
a réstia.
2. Para come çar, ate um gru po d e três pim en tos pelos caules.Segure os pimentos pelos caules e enrole o cordel à volta
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Segure os pimentos pelos caules e enrole o cordel à volta
deles duas vezes.
3. Em seguida, segurando no grupo de mod o que um pimen to
fique à frente dos outros dois, enrole o f io no sentido dos
ponteiros do relógio, em vol ta d o pr ime iro pimento, e
puxe -o para cima entre esse e os outros dois. Ap erte o f io
com firmeza em volta do caule do pimento da frente.
4. Faça uma argola de corde l em volta da sua mão e dep ois
torça-a. Passe a argola por cima dos três caules e aperte
com firmeza.
5. Repita os passos 3 a 5. Ate o utro g rup o de três pim en tos
a cerca de 5-7 cm do últ imo. Co ntinue a acrescentar grupos
de 3 pim entos até o co rdel ter e ntre 60 a 150 cm de
comprimento. O comprimento deve ser menor para
pimentos grandes e pesados e maior para pimentos
pequenos. Se quiser fazer uma réstia mista, use pimentos
da mesma variedade em cada grupo de três.
6 . Faça uma peque na argola nas duas extre m idad es do arame,
com um alicate. Pendure o arame num local sólido que
suporte algum peso. Um gancho, um prego, uma maçaneta,
a ombreira de uma porta ou um estendal servem
perfei tamente.
7. Escolha o cord el de pim en tos com que deseja com eçar a
réstia. Para a réstia mista, prefiro os pimentos grandes em
baixo e os pequen os em cima, mas o pro jeto é seu, porta nto
faça co mo preferir.
(continua na página seguinte)
(continuação da página anterior)
8 . Encoste o primeiro grupo de pimentos por cima e ao lado da
argola na extremidade inferior do arame e entrance os caules
e o cordel com o arame. Sei que isto deve parecer uma
loucura, mas juro que fará sentido quando estiver a
entrançar. É muito parecido com entrançar o cabelo, comf d i i d i l d
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o arame a fazer a vez da primeira madeixa e os caules de
pimento no lugar das outras. Torça os pimentos e o cordel
em volta do arame, até o grupo estar firmemente preso.
9. Empurre cada grupo de pimentos pelo arame abaixo,
à medida que for en trançando, para que os grupos fiquem
bem arrumados em cima uns dos outros. Se quiser, empurre
os pimentos de mo do que cada um fique virado numa
direção diferente. Continue a entrançar os grupos até gastar
todo s os cordéis com pimentos.
10. Tradicionalm ente, as réstias rem atam-se com um grand e
pedaço de ráfia, barbas de milho ou fita, atado como se
fosse um laço a enfeitar um bolo. Em alternativa, deixe-o tal
como está: a escolha é sua.
11. Pendure a réstia ao sol, para secar. Um alpendre ou um
terraço com uma cobertura e boa circulação do ar também
servem. Um canto seco num local coberto é igualmentepe rfeito. O im po rtante é que a réstia não toqu e em nada
e que o ar circule bem em volta dela, para evitar o bolor.
12. Examine de vez em quando a sua réstia e arranque ou corte
os pimen tos que tiverem apod recido. O processo de
secagem pode levar algumas semanas, mas nada impede
que vá arrancando e usando os pimentos de que precisar.
Certifique-se de que o pimento não tem bolor antes de
o usar numa enchilada.
Guardar no Congelador
A congelação é um dos métodos mais seguros e
fiáveis para conservar, a longo prazo, toda a frescura
dos sabores - por alguma razão se diz «fresco como um
produto congelado». Os legumes que congelamos em
casa são muito mais frescos do que as versões à venda
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no supermercado. Congelar é também tremendamente
fácil; alguns alimentos requerem pouco mais do que
umas aparadelas com a faca antes de seguirem para
o congelador. Infelizmente, este processo não é o mais
eficiente, do ponto de vista energético. Por esse motivo,
é mais sensato reservar este tipo de armazenamentopara os produtos hortícolas que, após algum tempo no
congelador, retêm a frescura típica dos alimentos
acabados de sair da horta, e aplicar métodos como
a conserva ou a secagem, que dispensam máquinas
devoradoras de energia, aos restantes.
Congelar Legumes e Frutos
i âbótRemova a rija casca da abóbora, antes
de a bran quear e congelar.
Muitos legumes e frutos reagem bem a um período
no congelador, incluindo feijões, beterraba, pequenos
frutos, brócolos, cenouras, couve-flor, milho, melão,
pêssegos, ervilhas, pimentos, ruibarbo, espinafre, tomate
e abóboras de inverno. Até as maçãs e as peras podem ser
congeladas, desde que primeiro as descasque e descaroce, podendo juntar-lhes um pouco de sumo de
limão, para evitar a descoloração. Não congele os legumes que são melhores em cru, como pepinos,
alface, verduras e rabanetes - o resultado é péssimo e um pouco repugnante. O repolho e a couve-
-galega amolecem, mas são excelentes para usar em sopas onde a consistência não importa.
P AR A C O N G E L A R
Lave e corte os produtos acabados de colher que não estejam demasiado maduros. Os pequenosfrutos, melões e pimentos não requerem branqueamento (um banho de água a ferver), mas, de uma
maneira geral, os outros precisam. O branqueamento impede o avanço das enzimas, evitando que
elas convertam os açúcares dos produtos acabados de colher no insípido e desinteressante amido.
Além disso, ajuda os alimentos a reter o seu valor nutricional e a sua integridade (veja mais
pormenores na página seguinte).
Os pequenos frutos colocados dentro de um saco ou de uma caixa congelam imediatamente,
formando uma massa sólida que, ao descongelar, passa a uma espécie de papa. Se quiser os pequenos
frutos inteiros e firmes, espalhe-os em tabuleiros e embale-os depois de congelados.
COMO BRANQUEAR FRUTOS E LEGUMES
1. Para branqu ear, mergulhe pequenas
quantidades de frutos e legumes cortados
ou inteiros em água a ferver.
2. Cubra com a tam pa e espe re que a água
volte a levantar fervura, dando início aoprocesso de branqueamento O tempo que
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processo de branqueamento. O tempo que
os produ tos devem estar ao lume depende
do seu tipo e das suas dimensões (ver
tem pos aproximados abaixo).
3. Retire os pro du tos rapidam ente com uma
colher perfurada e coloque-os num alguidar
ou lava-louça cheio de água gelada, para
interrom per o processo de cozedura.
4. Qu and o eles estiverem frios, escorra-os
e enxugue-os antes de os embalar em sacos
próprios para congelação ou caixas
reutilizáveis. Cong ele doses pequenas,
suficientes para uma refeição. Tente extrair
o máximo de ar possível das embalagens
e certifique-se de que estas ficam
herme ticamente fechadas.
TEMPOS PARA BRANQUEAR LEGUMES
E FRUTOS
Os tempos aproximados para o branqueamento
referem-se a pequenas doses.
Feijões: 1-3 minutos
Brócolos: 1-3 minutos
Cenouras: 2 minutos
Couve-flor: 3 minutos
Milho (maçaroca inteira): 3-4 minutos
Pêssegos (inteiros): 1 minuto
Ervilhas: 1-3 minutos
Pimentos: 2 minutos
Tomates (inteiros): 45 segundos Abóbora de inverno: coza por completo antes de
congelar
C ong elar Ervas Arom áticas
e Flores Comestíveis
Para congelar ervas aromáticas acabadas de
colher, como manjericão, endro, coentros, salsa,orégãos e estragão, pique as folhas, coloque-as
dentro de cuvettes de gelo e preencha os cubos com
água. Depois de gelados, retire-os para sacos
próprios para congelação, onde ficarão disponíveis
em doses controláveis. As folhas texturadas de
ervas aromáticas como a salva e o alecrim mantêm
o sabor, a cor e a textura quando congeladas
inteiras. Pode guardar, em sacos próprios para
congelação, o manjericão, os coentros ou a hortelã,
que o seu aroma será preservado, mas as ervas
ficam empapadas e, atrevo-me a dizer, pouco
apetitosas. O método resulta quando elas se
destinam a ser usadas em cozinhados - basta cortar
a porção desejada e devolver o resto ao congelador
-, mas não as use como guarnição.
Apesar do pessimismo do parágrafo anterior,
recomendo vivamente que misture uma boa
quantidade de manjericão com azeite e uma pitada
de sal. Esta pasta do tipo pesto, sem queijo nemfrutos secos, dura oito meses ou mais no congelador,
dentro de sacos hermeticamente fechados.
Conservas
A preparação de conservas é uma arte genial. Os alimentos sabem tão bem como se
estivessem frescos e podem ser guardados durante meses sem se consumir eletricidade.
Antigamente - ou melhor, «nos bons velhos tempos» todas as pessoas tinham a despensa cheia
de filas de frascos disto e daquilo, preparados em casa a partir de produtos que elas própriascultivavam. Hoje, a norma é os adultos e as crianças crescerem como eu, incapazes de reconhecer
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j , ç , p
alimentos que não lhes cheguem dentro de latas ou saiam do congelador. Fiquei totalmente
perplexa, para não dizer aterrada, com a descoberta de conservas na casa de campo da minha
bisavó. Levei uns bons minutos até perceber que os objetos que boiavam no líquido colorido
contido nos frascos eram pêssegos e tomates e não personagens de um filme de terror tornado
realidade.
A verdade é que ainda reagimos com alguma desconfiança a conservas preparadas em casa
e com toda a razão. Muitas das histórias assustadoras que ouvimos sobre o botulismo e outras
doenças potencialmente fatais transmitidas por alimentos não são uma brincadeira e devem ser
levadas a sério. No entanto, com algumas precauções e cuidados, até no mais minúsculo
apartamento qualquer pessoa pode acumular um fornecimento de provisões para o apocalipse
e ainda por cima divertir-se a fazê-lo!
CONSELHOS PARA CONSERVAS SEGURAS
• Siga receitas e proced imen tos atualizados, divulgad os ao longo dos últimos dez anos,
aproximadamente. Os antigos panfletos sobre conservas muitas vezes não respeitam
os padrões de segurança contemporâneos.
• Estreie-se preparando conservas com elevado teor de acidez, como picles, e, em seguida,depois de ganhar experiência, passe a outros produtos fáceis e seguros, como tomates
e puré de maçã.
• Não ten te conservar legumes com baixo teo r de acidez (por exemplo, feijões e cenouras)
em água, a não ser que disponha de uma panela de pressão. As conservas de alimentos
com baixo teor de acidez só são seguras quando esterilizadas a uma temperatura muito
elevada que não se atinge numa vulgar panela com água a ferver.
• Prepare quantidades pequenas de cada vez, para trabalhar com calma e sem entrar em
pânico.
• Demasiado enervante a ideia de conservar a longo prazo? Faça pequenas doses de picles,
chutneys e geleias e guarde no frigorífico, onde se manterão em excelente estado durante
algumas semanas.
PROCESSO DE AQUECIMENTO
0 passo seguinte, o processo de aquecimento ou banho
de água a ferver, é importante porque cria o vácuo, garantindo
o fecho hermético dos frascos, além de destruir quaisquer
microrganismos remanescentes que se tenham introduzido
ao encher os frascos.
Quando todos os frascos estiverem cheios, tapados
e prontos para a luta, coloque-os de pé no cesto da panela
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Jogue p elo seguro e opte por frascos
próprios para conservas caseiras. Pode
usar frascos qu e tenha em casa, mas
compre sempre tampas novas.
de pressão, certificando-se de que não irão embater uns nos
outros. Verifique se estão completamente submersos, com pelo
menos 5 cm de água acima deles. Tape a panela e deixe a água
ferver. Ligue o cronómetro só nesse instante.
Nota: Uma vez que a água ferve a temperaturas mais baixas
a maiores altitudes, tem de deixar os frascos ferver durantemais tempo se viver num sítio alto. Acrescente 1 minuto ao
tempo de fervura por cada 30 metros acima do nível do mar.
A R R EFE C IM EN TO
Quando o cronómetro apitar, desligue 0 lume e deixe tudo
assentar antes de retirar os frascos da água com o auxílio
do cesto. Ponha os frascos a arrefecer em cima de uma tábua
de madeira e espere até ouvir o famoso estalido que anuncia
um fecho hermético bem-sucedido.
Deixe passar 24 horas e verifique se 0 vácuo se formou
dentro dos frascos. Pressione suavemente o centro de cada
tampa. Se ela ceder e continuar côncava, pode guardar o frasco
com toda a segurança.
Coloque os frascos que não estiverem hermeticamente
fechados no frigorífico e consuma-os de imediato.
Guardar Conservas
Guarde os seus frascos num local fresco e seco, ao abrigo
da luz. Uma despensa ou armário próprio é o ideal, mas nemtodas as pessoas têm esse espaço disponível. Se é esse o seu
caso, volte a guardar os frascos nas caixas compartimentadas
em que os trouxe da loja e arrume-as debaixo da cama, do sofá,
ao fundo de um armário. Só é preciso não esquecer onde as
arrumou!
Consuma tudo no prazo de um ano.
SINAIS DE DETERIORAÇÃO
C e r t i f i q u e - s e d e q u e o s s eu s fr a s c o s
n ã o e x i b e m o s s e g u i n t e s s i n ai s d e
d e t e r i o r a ç ã o a n t es d e o s s e r v i r ao
a l m o ç o , o u , p i o r a in d a , d e o s o f e r e c e r
a a m i g o s ! N ã o h e s i t e e m d e i t a r
i m e d i a t a m e n t e f o r a o fr as c o
d e t e r i o r a d o e l a v e a s m ã o s a n t e s
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d e t e r i o r a d o e l a v e a s m ã o s a n t e s
d e m e x e r s e ja n o q u e f o r !
B o lhas M inús c u las : As bo lhas, mesm o as
mais minúsculas, são giras e divertidas
no champanhe mas não auguram nada
de bom numa conserva. Deite fora tudo
o que libertar gás quando abrir o frasco.
C o r A l t e r a d a : Primeiro era cor de alperce,
agora está âmbar. O alho e a couve-flor
tendem a alterar a sua cor natural nas
conservas (por reagirem ao vinagre), mas
uma mudança de co r significativa, p or
exemplo, nas geleias, pode significar
problemas.
B o l o r : Tanto no frasco como fora dele, só
pod e significar uma coisa - é para de itar
fora. Veja se há bolor na tampa ou no
conteúdo. O bolor fora do frasco pode
indicar que o alimento no seu interior se
estragou e escorreu para fora.
V i s c o s i d a d e : Não vai querer nada com
conservas que adquiriram uma textura
viscosa. Deite-as fora!
A z e i t e nas C o n s er v as : Basta uma gota
de azeite para baixar o pH da sua receita.
Por uma questão de segurança, não use
azeite em conservas feitas em casa.
R E C E I T A
Tomates Melhores-do-que-os-enlatados
Quando éramos pequenos, eu e o meu irmão fomos muitas vezes
obrigados a comer os empapados tomates enlatados que se
encontravam à venda nas lojas, numa caixa, acompanhados com
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• 5 quilos de tomate-chucha
• Sumo de limão
Nas conservas, use os melhores tomates.
Os que estiverem demasiado maduros,
podres, amolgados ou empapados podem
baixar o pH da conserva ou estragá-la.
Os tomates vermelhos, negros e laranja
são os melhores, porque a maioria das outras variedades é muito menos ácida.
Conserve as diversas variedades em
frascos diferentes e cole uma etiqueta em
cada um, para seis meses depois saber
o que está a saborear.
queijo. A recordação dessa refeição repugnante levou-me a repudiar
a ideia de fazer conserva de tomate até que, finalmente, um dia,
resolvi arriscar. Esta receita é uma espécie de introdução à
preparação de conservas; qualquer principiante poderá realizar este
projeto com êxito.
Conservar tomates sem adicionar outros ingredientes permite
tê-los à mão sempre que são necessários numa receita.
1. Esterilize vários frascos de me io litro de capac idade e as respetivas
argolas de enroscar, segu indo as indicações da pá gina 191.
2. Leve a ferv er 1 l i t ro de água da torn eira ou de sti lada . Será
usada para acaba r de p reen cher os frascos de toma te .
3 . Ret ire a pe le aos tom ates b ranq uea ndo-os d uran te 45
segundos, de acordo com as inst ruções da página 188.
4 . Qu ando os tom ates es t iverem f r ios e sem pe le , remova- lhes
o cen t ro com uma faca a f iada . C or te os tom ates g randes
em cubos de 5 cm e co loqu e-os num a t ige la g rande . De ixe
os tomates pequenos in te i ros .
5. Encha os f rascos ester i lizado s com os tom ates, de ixan do 1,2 cm
de espaço até à borda.
6 . Jun te 1 colhe r de sopa de sum o de l imão a cada frasco.
Preencha os espaços entre os tom ates com água a ferver ,
cer t i fi cand o-se de que con t inua a haver 1 , 2 cm de espaço vazio
en tre e les e a borda .
7. Tape os f rascos e m ergu lhe-os em água a ferve r du rante
45 minu tos , con fo rm e ind icado na pág ina 192.
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B a n ho Á c id o : C o n s e r v a r em V i n a g r eDevido ao seu elevado teor de acidez, o vinagre é excelente
para manter afastados os microrganismos nocivos. Quase tudo,
incluindo ervas aromáticas, legumes, pequenos frutos e casca
de melancia, adquire um sabor delicioso depois de demolhado
em vinagre. No entanto, não é uma forma muito nutritiva de
conservar alimentos. Há uma razão para nunca ter aparecido
uma dieta inteiramente à base de picles: toda aquela acidez, emgeral acompanhada de uma quantidade enorme de sal, tende
a sugar as vitaminas e os minerais dos alimentos. Felizmente,
em geral, usamos os picles e vinagres em pequenas porções,
apenas como condimento, à exceção dos pepinos de conserva
temperados com endro. Experimente as receitas que se seguem
e, quando se tornar especialista, entre com confiança
e criatividade no mundo maravilhoso dos picles.
A colorida combinação de cebola e couve-flor
roxas deu um tom rosado a esta conservacaseira.
Faça uma imitaçã o de alcaparras com botões
de chagas. Arranque-os quando se começam
a form ar e ainda estão bem fechad os.
Deixe-os de molho durante uma semana
numa tigela com vinagre branco, tapada,
e em seguida verta para um frasco
hermeticam ente fechado, de acordo com o
procedimento descrito nas páginas 189-92.
RECEITA
Vinagres de Flores e Ervas Arom áticas
Prendas excessivam ente decoradas, rematadas com ráfia e flores falsas,
deram uma m á reputação aos vinag res com ervas, nos anos 1990, mas valea pena voltar a essa moda. Umas gotas de um vina gre ácido e aromatizado
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• 2 V 2 chávenas de vinagre
• 1 ou 2 punhados de ervas frescas
ou secas, o suficiente para encher
o frasco
Torne o seu vinagre mais ousado
juntando-lhe malaguetas, dentes
de alho, grãos de pimenta,
especiarias ou mesmo pequenos
frutos.
alegram um a refeição sem graça. Deite um pouco nos molhos ou em
marinadas para carnes e legum es. Use a sua versão especial para dar um
sabor único a conservas, m ostarda e maionese caseiras. Tenha sempre um
ou dois frascos à mão, para usar em tudo o que pedir vinagre.
1. Leve o vinag re a lume bran do a té aquecer, mas sem ferver. O ob jet ivo
é extra ir o aroma das ervas e não cozinhá-las. Use uma caçarola de
aço inoxidável , esmal te ou vidro, p orqu e o vinagre p ode reagi r com
os outros metais.
2. C orte ou es bo roe as ervas secas em pe daço s com 5-7 cm e meta-as
dentro de um frasco para conservas, lavado, com meio l i t ro de
capacidade. Esmague l igeiramente as sementes e os caules, para
aproveitar ao máximo as suas ervas.
3. Cubra as ervas po r com pleto com o vinagre m orno. Antes de fechar
herm et icame nte o frasco, tap e-o com uma rolha, p lást ico ou papel
encerado, po is o v inagre p ode reagi r com o m etal!
4. Gua rde o frasco num local ao abrig o da luz, dura nte uma ou duas semanas,
até o vinag re aprese ntar um che iro e um gos to del iciosos. As ervas
com partes f lorais del icadas (chagas) reque rem uma semana ou menos;
as que têm caules lenhosos (alecrim) devem estar me rgulhadas d urante
mais tem po . Se o vinagre ainda lhe parecer pouc o saboroso, coe -o
num f i l t ro de p apel, de ite fora as ervas, subst i tua-as por ou tras frescas
e deixe-o toma r- lhes o go sto du rante mais a lgum tem po.
5. Q uan do o vinagre aprese ntar o aroma e o sabor desejados, coe-o,
ret ire as ervas e de ite-o no utro frasco lavado. Esteril ize o frasco se
pretende guardar o vinagre durante um mês ou mais. Veja na página
191 como esteril izar os frascos.
Total: cerca de 0,5 litros
A ESCOLHA DOS INGREDIENTES
Com bons ingredientes, obterá bons
resultados. Escolha apenas as melhores ervas
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frescas ou secas. Use vinagre de vinho de
arroz ou vinho branco pelo seu travo suave,
quase frutado. O vinagre de cidra liga bem
com ervas de aroma intenso, mas não use
o vulgar vinagre destilado, cujo gosto é
demasiado prosaico para as ervas que tan to
lhe custaram a cultivar.
Não há limites no que toca a escolher e
combinar os sabores a infundir no vinagre.
Experimente o aroma profundo do manjericão
Africa n Blue, da salva, das chagas ou damonarda. Ervas pouco vulgares, como
pimpinela-menor, cerefólio e hortelã, também
são saborosas. Com manjericões-roxos e
perila-vermelha fazem-se vinagres intensos e
coloridos e com chagas obtém -se um líquido
alaranjado. Faça experiências com sementes,
flores, caules e folhas.
MISTURAS DE ERVAS A
EXPERIMENTAR
Travo Am arg o: Endro, chagas, erva-cidreira
Travo a Limão: Manjericão-limão, erva-
-príncipe, tomilho-limão
Ervas Italianas : M anjericão, orégãos, tom ilho
Scarborough Fair: Salsa, salva, alecrim,
tomilho
Manjericões-Roxos: Purple Ruffles, Thai,
manjericão Cinnamon
Frescura Azul: Flores de bo rragem,
pimpinela-menor
Funcho Frutado: Sementes de funcho, perila
Tabela de Sementeira e Plantação• Escreva a «Data da Ultima Geada» na sua região, no espaço dis pon ibilizado.
• Com o auxílio de um c alendário, ca lcule a «Data da Plantação» soman do ou s ubtra indo a data de «Levar para o Ar Livre»
(número de semanas) à «Data da Ultima Geada».
• Calcule a «Data da Sementeira» su btraind o o «Período de Crescim ento» à «Data da Plantação».
PRODUTODATA DA
SEMENTEIRA
PERÍODO DE
CRESCIMENTO
LEVAR PARA O AR LIVREDATA DA
PLANTAÇÃO
LEGUMES
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LEGUMES
• Feijões semanas depois
• Beterrabas 2 semanas antes
Brócolos 6 semanas 3 semanas antes
Couve 6 semanas 3 semanas antes
• Cenoura 1 -2 semanas antes
C ouve-flor 4-6 semanas Na última geada
Pepino 2-4 semanas 1 -2 semanas depois
Beringela 6-9 semanas 3 semanas depois
• A lfa ce e v erdu ras Solo capaz de ser trabalhado
• Repolho 4 semanas antes
A lho- fran cês 1 0 - 1 2
semanas 1
semana depois• Cebola 2-3 semanas antes
• Ervilhas 4-6 semanas antes
Pimento 8 - 1 0 semanas 2 semanas depois
• Batata 2 semanas antes
Abóbora -m enin a 3-4 sem anas 2-3 semanas antes
• Rabanete 3-4 semanas antes
• Espinafre 3-6 semanas antes
A bóbora 2-4 sem anas 2 semanas depois
• Ace lga 2 semanas antes
Tomate 6 - 8 semanas 1 semana depois
FLORES COMESTÍVEIS E ERVAS AROMÁTICAS
Manjericão 5-7 semanas 2
semanas depois• Calêndula 0 -1 semana depois
• Coentro Solo capaz de ser traba lhado
• Endro Solo capaz de ser traba lhado
• Chagas 0 -2 semanas depois
Salsa 8 - 1 0 semanas 2 semanas antes
• Girassol 0- 1 semana depois
• DATA DA ÚLTIMA GEADA:
• Indica sementeira direta no solo.
Glossário
• Anuais: plantas com flor que completam o seu
ciclo de vida num ano, da germinação até à
morte. Germinam, desenvolvem folhas e raízes,
produzem flores e sementes e morrem no prazo
de um ano.
• P l an t a s a u t o p o l i n i z a d o r a s : as que se polinizam
a si mesmas com êxito, o que resulta na
produção de fru tos (ou sementes).
• P l an t a s d e a u t o s s e m e n t e i ra : as que produzem
sementes e germinam sem intervenção humana.
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• Bianuais: plantas com flor que completam o seu
ciclo de vida em dois anos. Germinam e
desenvolvem folhas e raízes no primeiro ano,
produzindo flores e sementes antes de
morrerem, no segundo ano.
• Cotilédones: primeiras folhas a aparecerem
quando a semente germina. Embora tenham o
aspeto de folhas, na verdade são uma reserva
alimentar embrionária que faz parte da semente.
• Envasar: plantar uma muda num recipiente ou
vaso.
• Espécie: grupo de plantas com características
comuns que pode m ser cruzadas umas com as
outras.
• Espigar: as plantas, como a alface, o rabanete e
o espinafre, espigam quando produzem flores e
sementes prematuramente, devido a sol e calor
intensos.• Folhas verdadeiras: as primeiras folhas que
aparecem depois dos cotilédones.
• Microclimas: bolsas de cond ições localizadas
onde o clima difere d o característico da área
circundante. Lagos, passeios, muros, escadas de
serviço, edifícios altos, árvores, fábricas e
estradas são alguns fatores que pod em alterar as
condições num jardim ou horta.
• Perenes: plantas com flor que vivem mais de
dois anos e não morrem após a floração.
• Planta delicada: que não suporta as condições
das geadas.
• P l an t a s d e p o l in i z a ç ã o a b e r t a : aquelas que
resultaram de polinização natural. Estão
identificadas na embalagem por«OP».
• P l an t a s e s p o n t â n e a s : as que aparecem em
locais onde não foram semeadas
intencionalmente, geralme nte em resultado de
autossementeira.
• P l a n t as h í b r i d a s : variedades resultantes do
cruzamento em meio co ntrolado en tre duas
espécies intimamente relacionadas, com o
objetivo de obter determinado resultado. As
plantas híbridas são quase sempre criadas para
resistirem em climas inóspitos e para serem
menos suscetíveis a doenças e à infestação por
insetos. Estão identificadas na embalagem por
«F1».
• P o l i n i za ç ã o c r u z ad a : transferência de pólen
entre duas plantas diferentes.• R e s i s t e n t e : planta que suporta temperaturas
extremas. Estas plantas sobrevivem a
temperaturas muito baixas no inverno.
• V a r i e d a d e s : subcategorias de uma espécie que
diferem em ce rtas características, como a cor da
folha, a cor do fruto ou a forma.
• V a r i e d a d e s a n t ig a s : variedades de polinização
aberta, que permaneceram inalteradas na
mesma área du rante pelo menos 50-100 anos.
índice Rem issivo
Nota: as páginas indicadas a negro
contêm a informação principal sobre
determinada planta.
A
abelhões, 37
amoras, 43,169
amores-perfeitos, 17,18,43,142,143
angélica, 43,149
aranhas, 74
armazenar hortícolas, 175- Ver
também guardar sacos feitos
cebolas, 14, 37, 38, 96, 98-99
guardar, 175,179,180
receita, 198-99
cebolas, família das, 96-99
cebolas, guardar em meias, 180
cebolinho 17 43 96 98 143 161
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abelhões, 37
abóbora, 114-17. Ver também
abóboras de inverno;
abóboras de verão
abóbora-menina, 114,116 ,175
abóboras de inverno, 114-16,175,187
abóboras de verão, 114-16,117,171,
175
acelga, 20, 33 , 38, 43 , 119
aclimatação 30
afídeos, 37, 68,73
agrião, 43,143
agrião-da-terra, 14-15,17,142alcachofras, 20, 33
alcachofras-de-jemsalém, 22, 33, 43,
107,1 0 9 ,198-99
alcaravia, 142,143
alecrim, 31, 33,142,160
receitas, 155,161,196-7
alface, 14, 37, 38 , 93, 94 , 187
em vaso, 16,17,93,142
alface-de-caule, 95
alface-de-cordeiro, 94
alfafa, 14
alfazema, 2, 31, 37, 43, 143,152
em vaso, 142,152
receitas, 155,161
algas castanhas, 62, 63
alho, 37,96, 9 8 ,175,179
receitas, 196-7,198-9
alhos-franceses, 20, 96, 98
alho-social, 43
Allium, Ver cebolas, família dasalvéolos feitos com rolos de papel
higiénico, 27
também guardar, sacos feitos
com panos da louça, 176-77
arroz, 43
azeda-da-horta, 43, 95,142,143
azoto, 62, 63,83,100
B
batatas, 69 ,70,110, 169
guardar, 110,175
receita, lll
batatas no contentor do lixo, 112-13
begónia-tuberosa, 22-23,143 beldro, 43, 95
beldroega, 43, 95
beldroega-de-inverno, 17,95
bergamota selvagem. Ver monarda
beringela, 91,169
beterrabas, 14,10 7,1 0 9 ,187
receitas, 111,198-99
bocas-de-lobo, 143
borragem, 37,43 ,143 ,1 4 8 ,197
borras de café, 63, 64
branquear legumes, 187,188
brássicas, 72, 85-87
brócolos, 14, 37, 38, 85, 86,187
C
cálcio, 63,72
calêndula, 17,37, 38,142,143, 149
camomila, 22,142,150
canteiros elevados, 42,44-25
caracóis, 71catária, 37,142,143
cebola de semente, 99
cebolinho, 17,43, 96 , 98,143,161
cebolinho-chinês, 37,43, 96, 9 8 ,142
cenouras, 38,107,1 0 9 ,175,187
receitas 111,198-99
centáurea, 143
cerefólio, 37,43,142,143chá, 142,154-55
chá de consolda, 64
chagas, 37, 43 , 142, 143, 157, 158
receitas, 195,196-97
chalotas, 96, 98-99
circulação do ar, 29, 32-33 , 73
citrinos, 128-29Claytonia, 17, 95
cobertura de fileiras, 75
cobrir o solo, 60-61
coentro (coriandro), 37, 38,150
colheita, 168-73
colheitas de couves. Ver brássicas
colheitas de inverno, 38
compostagem, 45,46-49
congelar hortícolas, 187-88
conservas 189-99
ensinamentos básicos 189-93
picles e vinagres, 195-99
receitas, 105,147,194,196-7,
198-99
consociação, 22, 34, 39
controlar pragas, 66
contentor com vermes, 46, 63, 64, 65
couve, 14, 37,18, 85, 86,175
couve-flor, 50, 85, 86-87,187,198-99
couve-galega, 187cravinas, 142,143
cravo-de-defunto, 37,142,143
cravo-de-defunto mexicano, 37cultivo em vasos, 50-57, 62, 80,142
cunquate, 128-129,132,133
curgetes, 114,117,171,175
D
desbastar plântulas, 29
doenças, 66, 72-73,77doríforo-do-colorado, 69
guardar/consfirvas, 175,179, 187receita, 198-99
feijão azuki, 14
feijão-mungo, 14
feijoca, 27, 33, 43, 83, 84
ferro, 63
fertilizar, 54, 62-65,77
vasos, 53, 54, 62
plântulas em locais cobertos, 29
hortn plevadn, 44 4!)hortaliça». Ver verduraN
hortas comunitárias, 19
hortas em parapeitos, 16-17
rebentos, 14-15
hortelã, 17, 31, 37,43,143,156
em vaso, 142
receitas, 89,155,161
horticultura «de guerrilha», 19
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E
edamame. Ver soja
emulsão de peixe, 62, 63
endívia, 95
endro, 20, 37,43 , 143 , 151, 197
erva-armoles, 95,142
erva-cidreira, 4 3,1 42 ,1 5 3 ,155,
196-97
erva-de-trigo, 14
erva-príncipe, 43,197
ervas aromáticas, 22,140-65,171
em parapeitos, 16,17
guardar/conservas, 177,180,188
receitas, 118,154-55,161,196-97
ervas aromáticas para sobremesas,
142
ervas daninhas, 61
ervilhas, 14, 37, 38, 43,100-101,187
escaravelho-do-feijão-mexicano, 70
escaravelho-do-pepino, 67, 69
escaravelhos-japoneses, 70
espargo, 198
espinafre, 14,17, 38 , 43 , 95 , 187
espinafre-morango, 95
esquilos, 76estacas, 31
estévia, 143
estragão, 142,143,161
estrume, 46, 48, 60, 64
estrume de capoeira, 48, 60, 64
Ffeijão, 37, 38, 83 -84,171. Ver também
feijoca
flores comestíveis, 20, 22,140-65,171
guardar/conservas, 177,180,188
para vaso, 17, 142
perfis aromáticos das flores
comestíveis, 143
receitas, 151,154-55,196-97
fósforo, 62, 63
framboesas, 169
frutos, 128-39
guardar, 175-76
secar, 179
funcho, 20,43,143,161,196-97funcho-púrpura. Ver funcho
G
gatos, 76
gengibre, 155
girassóis, 14 ,165
groselha-espim, 43 ,13 5,135groselhas, 43 ,134,135
H
hérnia, 72
hibisco, 155
higiénico, 27
batatas no contentor do lixo,112-13
plantas comestíveis em
parapeitos, 16-17
tomates «de pernas para o ar»,
126-27
hissopo, 143,155. Ver também
hissopo-anisado
hissopo-anisado, 43,143,144,155,
161
g , 9
I
insetos benéficos, 37, 61, 68, 74, 75
intervalos entre as plantas, 34, 39
J jasmim, 155
L
lagarta do tomateiro, 72
larvas mineiras, 71
legumes, 80-127
branquear, 187,188
em vaso, 50-51, 80
guardar,^.75-76
secar, 179
legumes de raiz, 107-13,169
receita, 111
leguminosas, 37, 63, 83,100
leite diluído, vaporizar com, 77
lentilhas, 14
lesmas, 64, 71, 75
levístico, 143
limas, 132
limoeiro Meyer, 132
limões, 132louro, 143
lúcia-lima, 3 1,14 3,15 5,156
lúpulo, 22
luz, 16, 29, 32-33. Ver também
sombra; sol
Mmaçãs, 187
magnésio, 63
malaguetas, 16,17,42,102-5receitas, 196-97,198-99
réstia, 184-86
malvas, 31,142,143
receitas, 155,161
manjericão, 31, 37 ,18,143 , 14 4_7
em vaso 17,142,145
guardar/conservas, 177,188receitas 147,155,161,196-7
em vaso, 16,17,142,158receitas, 161,196-97
P
pampilho, 95
pectina, 147,190
perila, 20,143,159,162
receitas,15 5
,163,196-97
pássaros, 76
pepino espinhoso 43
faça uma réstia 184
legumes que não exigem espaço
14
multiplique as suas plantas 31
plantas comestíveis em
parapeitos 15
plante e esqueça (ou quase) 54
tomates “de pernas para o ar” 126 vaso com morangos e ervas
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
http://slidepdf.com/reader/full/faca-a-sua-horta-biologica 176/177
manjerona, 4 3 , 14 3 ,158
em vaso, 16,17,142,158
receita, 161
maravilha. V er calêndula
marmotas, 76
melancias, 136,137,169
melão-vulgar, 137
melões, 136 -37 , 169,187
melóquia, 95
Mexican Sour Cucumber, 22, 43, 90
microclimas, 33
microverduras, 14-15, 92
míldio, 73 , 77
milefólio
milho, 33, 38,187
mirtilos, 22, 33 , 1 3 0 -31 , 179
m izuna, YJ, 142
monarda, 37 , 4 3 ,142,14 3,148 ,155
morangos, 20, 22, 37,138-39morangos e ervas aromáticas, 142
construa uma horta elevada, 44_45
faça uma réstia, 184-86
moscas-da-cenoura, 69
mostarda-da-índia, 14, 37, 95
murchidão das plântulas, 73
N
nabo d a i k o n , 14
nabos, 38
nigela, 142,143
nutrientes, falta de, 63,72
O
oídio, 73 , 77
orégãos, 31,4 3 , 143 ,158
pepino-espinhoso, 43
pepinos, 88-90,187,198-99
pequenos frutos, 175,187,197
peras, 187
pêssegos, 155,187
pimentos, 20,43,102-5conservas, 179 ,184-86,187
receitas, 105,198-99
pimpinela-menor, 4 3 , 95 , 143,197
piteira-da-índia, 43
plantar por baixo, 37, 38, 95
plantas antigas, 20, 24
plantas comestíveis em parapeitos,
16-17
plantas ornamentais e jardins, 20-21,22
plântulas, 29-30, 73
podridão apical, 63,72
polinização aberta, variedades de,
24
pragas, 49, 66-71
plantas repelentes de insetos, 37,
68,69, 70,71
pragas animais, 76
preservar, 174
congelar, 187-88
conservas, 189-99secar, 179-86
projetos
alvéolos feitos com rolos de papel
higiénico 27
batatas no contentor do lixo 112
citrinos em vasos 132
construa uma horta elevada 44faça um saco com um pano da
louça 176
aromáticas 142
pulgões, 70
Q
quebra-ventos, 33
quenopódio-branco, 61, 95quiabos, 37 , 43 ,175
quinoa, 95
R
rabanetes, 37, 38 , 43 , 107, HO, 143
germinar, 14
guardar/conservas, 175,187
receita, 198-99
rebentos, 14-15
receitas
caldo de legumes muito fácil 118
chá de ervas gelado 154
cubos de gelo floridos 151
d ip de curgetes assadas 117
geleia de manjericão dark opal 147
k e t c h u p delicioso de pimentos
vermelhos 105
molho de tomate black plum
fumado 124
picles de tudo menos o lava-louça
198
sal ou açúcar com ervas 161
sopa fria e refrescante de pepino,
hortelã e iogurte 89
supergranizado de perila 163
tiras de raízes assadas lll
tomates melhores-do-que-os--enlatados 194
tomates secos no forno 182
vinagres de flores e ervasaromáticas 196
recipientes, 15,17, 31 , 50, 52, 57
para sementeira, 25, 27
vasos com sistema de rega
automática, 54-57
regas, 58-59
sistema de rega automática, 54-57
repicagem das plântulas, 30
sais de Epsom, 6 3 ,77salsa, 17, 20, 22, 37, 43,100,109, ll 8 ,
1 5 9 , 160,1 8 8 , 197
salva, 16,17,43,142,162
receitas, 155,161,196-7
secar hortícolas, 179-86
fazer uma réstia, 184-86
tomates secos no forno, 182-83
segurelha, 143
Ttanchagem -corno-dc vendo, 95
tempo de colher, 168-73
de semear, 25, 38, 39, 202
de transplantar, 30, 202
tomate, 63,120-27,124,169,182-83
amadurecer num local coberto, 170
consociação, 37, 38
tomates «de pernas para o ar»
7/17/2019 Faça a Sua Horta Biologica
http://slidepdf.com/reader/full/faca-a-sua-horta-biologica 177/177
repolho, 33, 37, 38,43 , 87,187
em vaso, 85 germinar, 14
réstias, 184-86
restos de peixe, 64
rosas, 143,155
roscas, 70,75
rotação das culturas, 35, 37, 38, 39,
77
rúcula, 14, 4 3 , 9 4 , 142, 143
ruibarbo, 43,187
S
sacos feitos com panos da louça,
176-77
segurelha, 143
sementeira, 25, 38, 83, 84
sementes, 24-30, 38, 39 , 73, 202
germinar, 14-15
sementes de híbridos, 24
sistema de rega automática, 54_57soja, 38, 83, 84
sol, 32, 4 3
solo, 40-43
compostagem, 45,46-49
fertilização, 53, 54 , 62-65, 77
para vasos, 51-52, 53
sombra, 32, 43
substrato para vasos, 51-52, 53
tomates «de pernas para o ar»,
126-27
tomilho, 31, 37 , 43,165
em vaso, 16,17,142
receitas, 155,161,196-97
treliça, 22
V
vento, 32-33
verduras, 38, 4 3 , 63, 92-95
guardar/conservas, 175,176,187
vinagre, 195, 196-97
violetas, 17, 22, 38, 43,142,143
vírus do mosaico do pepino, 73