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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA DIVISÃO DE DOUTRINA E PESQUISA SEÇÃO DE PESQUISA COMPÊNDIO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA 4ª Edição 2013

FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA

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CENTRO DE INSTRUÇÃO DE GUERRA NA SELVA

DIVISÃO DE DOUTRINA E PESQUISA

SEÇÃO DE PESQUISA

COMPÊNDIO DO

FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA

4ª Edição

2013

SEÇÃO DE PESQUISA – DDP – CIGS COMPÊNDIO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA 4ª EDIÇÃO - 2013

“AOS HOMENS COMUNS, TAREFAS COMUNS; AOS GUERRAS NA SELVA, A PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA.” SAB, 2005 2

O Comandante do Centro de Instrução de Guerra na Selva, no uso das atribuições que lhe

confere o regulamento do CIGS (R- 105), aprova em Bol Int 062, de 02 Abril de 2013, a quarta edição

do COMPÊNDIO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA (FGS) com a seguinte epígrafe:

COMPÊNDIO DO FGS (FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA) – Aprovação.

a. Aprovo a quarta edição do compêndio do FGS (Facão do Guerreiro de Selva),

elaborado pela Divisão de Doutrina e Pesquisa do CIGS.

b. Determino que este compêndio entre em vigor na data de sua publicação.

c. Revogo todas e quaisquer edições e publicações anteriores que tratem do assunto

ora em tela.

ALFREDO JOSÉ FERREIRA DIAS – Cel

Cmt CIGS

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ÍNDICE DOS ASSUNTOS

CAPÍTULOS ITEM PÁGINAS

1 INTRODUÇÃO........................................................................... 4

1.1 Finalidade.............................................................................

1.2 Histórico................................................................................

2 CARACTERIZAÇÃO DO FGS.................................................. 6

2.1 Apresentação.......................................................................

2.2 Descrição...............................................................................

2.3 Processo de fabricação......................................................

2.4 Numeração............................................................................

2.5 Afiação....................................................................................

3 PROCESSO DE CONCESSÃO................................................. 17

3.1 Generalidades.....................................................................

3.2 O Processo.............................................................................

3.3 Situações especiais

3.3.1 Concessão a Autoridades e Instituições

3.3.2 Cerimônias em outras guarnições do EB

4 CERIMÔNIA DE CONCESSÃO............................................... 19

4.1 Generalidades......................................................................

4.2 Sequência das ações...........................................................

4.3 Eventos....................................................................................

4.4 Participação de convidados.............................................

5 TAPIRI E TRILHA DA MÍSTICA............................................ 22

5.1 Generalidades......................................................................

5.2 Tapiri.......................................................................................

5.3 Trilha.......................................................................................

ANEXO ÚNICO.......................................................................................... 24

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CAPÍTULO 1

INTRODUÇÃO

1.1 FINALIDADE

a. O compêndio do Facão do Guerreiro de Selva destina-se orientar procedimentos quanto à

ritualística que envolve o artefato.

b. Apresenta o FGS (Facão do Guerreiro de Selva) – um dos símbolos dos guerreiros de selva – e

destina-se a orientar procedimentos diversos quanto à ritualística que envolve o artefato.

c. O FGS é honraria específica e exclusiva concedida a especialistas em operações na selva e

possuidores do COS, formados pelo Centro de Instrução de Guerra na Selva do Exército Brasileiro,

mediante processo regulado neste compêndio.

d. A todo não especializado e não possuidor do COS (militar, ex militar, civil, ou instituição) é

facultado o FCS (Facão do Combatente de Selva), ou seja, autoridades e/ou instituições (militares ou

não) que tenham contribuído com a mística que norteia o espírito dos guerreiros de selva da Amazônia

Legal Brasileira e /ou representem, também, importantes vetores de difusão dos nobres valores do

CIGS, do Comando Militar da Amazônia e do Exército Brasileiro.

e. Aqueles que se enquadram nas condicionantes da alínea anterior estão norteados pelo exclusivo

escopo discricionário do Cmt do CIGS.

f. A responsabilidade pelo processo de concessão do FGS é da Divisão de Doutrina e Pesquisa (DDP),

cabendo ao Chefe da Seção de Pesquisa o seu gerenciamento.

g. A ritualística do FGS está inserida no campo da mística dos guerreiros de selva. É o produto

final de um processo que se inicia com o manifesto interesse de um guerreiro de selva em portá-lo –

ou do próprio CIGS em concedê-lo a determinado(s) guerreiro(s) de selva – e termina com a

cerimônia de concessão, conduzida, prioritariamente, no CICIGS (Campo de Instrução do CIGS).

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1. 2 HISTÓRICO

a. Às tropas de elite mais famosas do mundo estão associados facas ou facões que as identificam. É

usual, no encontro de camaradas de Forças Armadas amigas, a mostra recíproca desse emblemático

artefato que, de certo modo, revela o significado histórico das corporações que integram.

b. Os guerreiros de selva formados pelo CIGS, desde o curso pioneiro em 1966, passaram a constituir,

incontestavelmente, um grupo diferenciado no contexto do Exército Brasileiro. Entretanto, até o ano

2003, faltava-lhes a materialização do símbolo de um de seus principais instrumentos de trabalho e de

combate – um facão personalizado.

c. A partir dessas considerações, aproveitando o ensejo das comemorações dos 40 anos de criação

do CIGS em 2004, foi desenvolvido o Projeto Facão do Guerreiro de Selva, que teve como premissas a

saber:

1) A inspiração histórica na lâmina de duplo corte de facão modelo CIGS existente na década de

80;

2) Conter miniatura de cabeça de onça;

3) Conter o brevê do especialista em operações na selva; e –

4) Serem a lâmina e os adereços de alta qualidade.

d. Assim, surgiu o FGS M2004 ZAKHAROV, havendo distinção na cruzeta do facão, sendo

dourado para oficiais e prateado para ST e Sgt. O modelo perdurou até o ano seguinte, com 92

guerreiros de selva agraciados.

e. Em 2005, o FGS foi aperfeiçoado em beleza e qualidade a partir da mudança do fabricante,

passando a denominar-se FGS M2006 RICARDO VILAR. Algumas especificações técnicas foram

alteradas, sendo a mais aparente o acobreamento do brevê do especialista, traduzindo a interação das

categorias dos cursos de todos os tempos. Preservou-se, no entanto, as mesmas premissas que

nortearam o FGS M2004. Tal modal perdurou entre 2006 e 2009.

f. A partir do ano de 2010, o CIGS retornou ao modal ZAKHAROV, vigente atualmente.

g. No ano de 2012, o CIGS desenvolveu o Projeto Facão “Onça Preta” (FGS M2012 RICARDO

VILAR), inovador por ser uma peça única, em aço temperado, com a cruzeta tendo o brevê em bloco

também único, seguido por uma cabeça de onça, tudo na cor negra.

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h. Os modais FGS M2010 ZAKHAROV (ONÇA DOURADA) e FGS M2012 RICARDO VILAR

(ONÇA PRETA) coexistem atualmente, cabendo ao pretendente a recipiendário realizar sua

escolha individualmente.

i. Este último modelo (FGS M2012) serviu de base para o FCS (Facão do Combatente de

Selva), que contém a mesma lâmina e cabo ergonômico confeccionado em material dotado de alta

resistência, porém destinado à entrega ao seguinte público:

1) Indivíduos e⁄ou Instituições discriminadas na alínea “d” do item 1.1 FINALIDADE do

CAPÍTULO 1; e –

2) Cb e Sd Aux das Divisões de Ensino e Doutrina e Pesquisa do CIGS.

Figura 01. Facão do Guerreiro de Selva - FGS FGS M2004 ZAKHAROV

(Modelo vigente até 2005)

Figura 02. Facão do Guerreiro de Selva - FGS FGS M2006 RICARDO VILAR

(Modelo vigente entre 2006 e 2009)

Nome gravado na base do cabo

Nome gravado na lâmina

Brevê acobreado, representando a união dos Guerreiros de Selva de

todas as categorias.

Brevê da categoria de COS

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Figura 03. Facão do Guerreiro de Selva - FGS

FGS M2010 ZAKHAROV (Modelo vigente atualmente)

Figura 04. Facão do Guerreiro de Selva - FGS

FGS M2012 RICARDO VILAR (Modelo coexiste atualmente com o FGS M2010)

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Figura 05. Facão do Combatente de Selva - FCS Destinado aos não especializados (militares ou não) indicados pelo Cmt CIGS

e aos Cb e Sd Aux das Divisões de Ensino e Doutrina e Pesquisa do Centro Foram entregues 21 FCS na 43ª Cerimônia (21Jun11) e 20 FCS na 44ª (28Jun11), ambas na BI2.

CAPÍTULO 2

CARACTERIZAÇÃO DO FGS

2. 1 APRESENTAÇÃO

a. O FGS é um facão de mato (terçado), representativo do guerreiro de selva, concedido pelo

Centro de Instrução de Guerra na Selva àqueles que concluíram com aproveitamento o Curso de

Operações na Selva – e conquistaram o direito de ostentar no peito o brevê da “Cara da Onça”.

b. O Facão do Guerreiro de Selva alude ao pioneiro Comandante do CIGS – Cel Jorge Teixeira de

Oliveira, o “Teixeirão” – cuja empreendedora ação de comando serve de inspiração às sucessivas

gerações de guerreiros de selva. O FGS de numeração 001 é, simbolicamente, o FGS do 1º Cmt CIGS.

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c. O Facão do Guerreiro de Selva tem dupla finalidade:

1) É aplicado nas atividades militares, por conta da excelente qualidade de sua lâmina e de

outros requisitos desejáveis ao combate e a vida na selva;

2) E, também, constitui-se em objeto de grande valor representativo das fortes emoções

vivenciadas na Amazônia, uma joia militar, a ser guardada em local de destaque na galeria de

lembranças da carreira das armas.

2.2 DESCRIÇÃO

a. Modal ZAKHAROV

O FGS M2010 é constituído de lâmina em metal preto-fosco, de alta resistência, de duplo

corte – um inferior e maior (principal) e outro superior e menor, em formato de meia lua com

acabamento preto fosco que consiste em uma pintura de teflon com uma secagem submetida a uma

temperatura de 240º C e, em seguida, administrada uma fosfatização a frio.

Em um dos lados da lâmina é grafado as inscrições do nome de guerra do combatente, seu

número de guerreiro de selva, categoria e ano de curso e está prensado a logomarca “ZAKHAROV”,

do fabricante. Na outra face da lâmina, estão grafados “CIGS” e o número de série do facão.

Na extremidade do cabo, uma cabeça de onça, em metal dourado, voltada para o corte

principal, representando o animal-símbolo da guerra na selva. O cabo é em madeira da árvore

guajuvira, resistente a umidade e tensões.

Na cruzeta, em metal fosco, acobreado, incrustado em ambas as faces, o brevê do especialista

em operações na selva.

b. Modal RICARDO VILAR

O FGS M2012 é constituído de lâmina em metal preto-fosco, de alta resistência, de duplo

corte – um inferior e maior (principal) e outro superior e menor, em formato de setor circular com

acabamento preto fosco nas mesmas condições do modelo anterior.

Em um dos lados da lâmina é grafado o número de série do facão e o símbolo oficial do CIGS.

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Na outra face da lâmina, prensado a logomarca “R. VILAR”, do fabricante. Na extremidade do

cabo, uma cabeça de onça, em aço negro, voltada para o corte principal, representando o animal-

símbolo da guerra na selva. O cabo também é em madeira resistente a umidade e tensões.

Na cruzeta, forjado em aço negro em ambas as faces, o brevê do especialista em operações na

selva.

b. Dados técnicos

Tabela Nr 01. Dados técnicos FGS modais ZAKHAROV e RICARDO VILAR

DADOS TÉCNICOS

MODAIS

ZAKHAROV R VILLAR

Sigla FGS M2010 FGS M2012

Alcunha Onça Dourada Onça Preta

Cuteleiro Sr Zakharov Filho Sr Ricardo Ferreira Vilar

UF MG SP

Lâmina Aço-Cromo-

Molibidênio

Aço temperado SAE 1070

Comprimento 300 mm 290 mm

Comprimento total 460 mm 443 mm

Peso 650 g 650 g

Cabo 1 3

Bainha 2 4

1 Cabeça de onça em latão; haste em madeira guajuvira e cruzeta em latão fundido.

2 Em couro legítimo, com a logomarca do brevê de Guerra na Selva que é usado no gorro de

pala do uniforme.

3 Cabeça de onça e cruzeta em aço temperado; haste em madeira guajuvira.

4 Em couro legítimo, com a logomarca do brevê de Guerra na Selva que é usado no gorro de

pala do uniforme.

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Figura 06. Portabilidade do FGS

2.3 FABRICAÇÃO DO FACÃO (Etapas)

Os dados da tabela Nr 02 a seguir permitem uma visualização do quão demorado e minucioso é

o processo de produção do FGS.

Tabela Nr 02. Etapas do processo de produção de 01 peça do FGS

ORDEM ETAPA OBS 01 Aquisição da chapa de aço Especificação SAE 1070 02 Corte da chapa de aço - 03 Corte do perfil - 04 Tratamento térmico das lâminas Aquecimento; após resfriamento 12 horas 05 Gravação das lâminas - 06 Desbaste das lâminas 50 minutos por lâmina 07 2º tratamento térmico das lâminas 2 h por lâmina 08 Limpeza da lâmina - 09 3º tratamento térmico das lâminas Aquecimento a 230º C 10 Pintura das lâminas - 11 Colocação do conjunto pomo Com cabeça de onça, cruzeta e brevê Op Sl 12 Preparação do cabo de madeira Madeira guajuvira 13 Fabricação da bainha de couro 3 h por bainha 14 Montagem do facão - 15 Gravação do facão -

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Por conta do exposto na tabela Nr 02 anterior, o DAMEPLAN de tempo entre o

pedido centralizado pelo CIGS enviado para o fabricante e a chegada da correspondente

remessa a Manaus é de 45 (quarenta e cinco) dias.

Figura 07. FGS montado

2. 4 NUMERAÇÃO

a. Os FGS são numerados em sua lâmina, em ordem crescente, a laser industrial.

b. O FGS 001 é simbólico, não apresentado as características técnicas do FGS M2010. Trata-se

de uma réplica de um facão esculpido em madeira, simbolizando o FGS do Sr Cel Jorge Teixeira de

Oliveira, primeiro Comandante do CIGS.

c. A numeração que vai do FGS 001 ao FGS 050 está reservada para os Comandantes do CIGS,

obedecendo à ordem cronológica no comando do CIGS.

2.5 AFIAÇÃO

a. 1º Processo - com a pedra apoiada

1) Primeiro passo

- Empunhar o facão com a mão forte sob um ângulo de 30º em relação à pedra, que deve

estar molhada; realize um movimento como se “cortasse a pedra” no sentido cruzeta - ponta.

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Figuras 08-10. Afiação do FGS 1º processo passo 1

2) Segundo passo

- Com a pegada invertida, sob um ângulo de 30º, faz-se o mesmo movimento conduzindo

o facão contra a pedra, conforme figuras 11-13 a seguir.

b. 2º Processo - com a pedra tipo lima

1) Neste processo, o facão fica apoiado e o que se movimenta é a pedra de amolar, que se

movimenta no sentido cruzeta – ponta, conforme figuras 14-16 a seguir.

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2) Coloca-se a pedra molhada sob uma inclinação aproximadamente de 30º em relação ao

facão e realiza-se um movimento circular por toda a lâmina, na direção cruzeta – ponta, conforme

figuras 17-19 a seguir.

c. Após a afiação

- Após a afiação, deve-se “chairar” a lâmina, realizando o assentamento fino do fio,

procedendo da seguinte forma:

1) Para “chairar”, deve-se passar a lâmina na palma da mão, como se estivesse “passando

manteiga no pão”, de um lado para o outro, sempre tendo o cuidado ao encostar a lâmina na palma

da mão e ao virar de lado para evitar acidente.

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2) Se durante o processo de afiação estiver sendo riscado o preto fosco, além da área do fio

pré-determinada, a afiação estará sendo realizada de maneira incorreta, devendo ser utilizada

apenas a rampa de afiação de cor prateada (fio da lâmina), conforme figuras 20-21.

Figuras 22 -23. Trabalhos na selva utilizando o Facão do Guerreiro de Selva

CAPÍTULO 3

PROCESSO DE CONCESSÃO DO FGS

3.1 GENERALIDADES

a. O Processo de Concessão do FGS tem início com a declarada manifestação do interessado na

aquisição do artefato. O processo é finalizado com seu recebimento realizado na Cerimônia de

Concessão, prioritariamente no CICIGS (Base de Instrução nr 2, Plácido de Castro, no Tapiri da

Mística).

b. A responsabilidade pelo processo de concessão do FGS é da Divisão de Doutrina Pesquisa

(DDP), cabendo ao Chefe da Seção de Pesquisa ou a um Oficial Guerreiro de Selva, indicado pelo

comandante do CIGS, o gerenciamento do processo de aquisição e condução da cerimônia.

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c. A fim de estar apto ao recebimento do FGS, o militar deverá:

1) Ser especialista em operações na selva possuidor do COS pelo Centro de Instrução de

Guerra na Selva do Exército Brasileiro;

2) Ter exemplar conduta militar à luz dos ditames castrenses de hierarquia e disciplina;

3) Ter ilibada conduta civil condizente com sua permanente situação de militar do Exército

Brasileiro; e –

4) Ser, no âmbito dos demais camaradas da selva, reconhecido como um Guerreiro de Selva

capacitado para cultuar, difundir e preservar os verdadeiros valores da mística da Guerra na Selva.

3. 2 O PROCESSO DE AQUISIÇÃO:

a. Estabelecer contato com a Seção de Pesquisa do CIGS pelos modais:

1) Telefax: (92) 21256402

2) Telefone celular: (92) 91268422

3) email: [email protected]

b. O militar interessado deverá escolher qual dos 02 (dois) FGS deseja adquirir;

c. Para maiores detalhes sobre as características, valores, formas de pagamento, garantia e nota

fiscal dos facões, acessar os “links” dos fabricantes anteriormente discriminados.

1) FGS M2010 ZAKHAROV ONÇA DOURADA: http://www.zakharov.com.br/facaocigs.html

2) FGS M2012 RICARDO VILAR ONÇA PRETA: http://www.rvilarknives.com.br

d. Realizar depósito bancário direto na conta do fabricante, conforme escolha.

e. Enviar uma cópia do comprovante de depósito para o e-mail [email protected], junto

com os dados adicionais constantes da tabela Nr 03, a seguir.

f. O CIGS procederá a encomenda do FGS junto ao fornecedor escolhido pelo militar.

g. O DAMEPLAN DE TEMPO ENTRE A ENCOMENDA FEITA PELO CIGS E O RECEBIMENTO

DOS FGS É DE 45 (QUARENTA E CINCO) DIAS. O CIGS NÃO TEM QUALQUER INFLUÊNCIA SOBRE

ESTE ASPECTO HAJA VISTA O MESMO SER PRODUTO DO PROCESSO TÉCNICO POR PARTE DO

FABRICANTE.

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Tabela Nr 03. Relação de dados adicionais do recipiendário

h. Recebimento dos facões pelo CIGS.

i. Os agraciados serão informados da data da cerimônia que ocorrerá em Manaus na Base de

Instrução Nr 2, no Tapiri da Mística. Para concessão de FGS fora da Guarnição de Manaus,

verificar o item 3.3 a seguir.

j. Cerimônia de Concessão conduzida pela DDP.

k. Prescrições diversas

1) É publicado em BI da OM o evento, constando os nomes de todos os recepiendários.

2) É inserido na página do CIGS na internet fotos do evento.

3) CIGS manuseia apenas o comprovante de depósito do recipiendário na conta do fabricante

escolhido como forma de controle; em hipótese alguma serão manuseados valores de natureza

alguma.

4) Valores de qualquer espécie têm trâmite apenas entre recipiendário e fabricante.

5) Qualquer que seja o modelo escolhido de fabricante, este último não tem

autorização do CIGS para remeter o FGS diretamente ao recipiendário, salvo os casos

específicos julgados pelo Cmt do CIGS..

6) O discriminado no item anterior só ocorrerá caso o recipiendário ajuste os procedimentos

específicos com o CIGS por meio do email já discriminado.

Posto/Grad

AQS

Nome Completo

(Nome de Guerra

em negrito)

OM

Gu

Nr GS

COS Catg

Ano de

realização do

COS

2º Sgt

Inf

Xexuá Bacaba Uarini

CIGS

Manaus,

AM

6001

C

2013

Email: Ctt VIVO: Ctt TIM:

End para correio:

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7) As datas para realização da cerimônia serão informadas tão logo se autorize sua

divulgação pelo Cmt CIGS, sempre respeitando a necessária antecedência devido ao prioritário

deslocamento para Gu de Manaus.

3.3 SITUAÇÕES ESPECIAIS

3.3.1 Concessão a autoridades e/ou instituições

a. Conforme já disposto neste compêndio, o FGS é honraria específica e exclusiva dos

especializados em operações na selva possuidores do COS pelo CIGS do Exército Brasileiro

b. A qualquer Indivíduo e⁄ou Instituição que não se enquadre nas condicionantes da alínea

anterior, será facultado o FCS, Facão do Combatente de Selva. O mesmo, portanto, será concedido

a autoridades e instituições que tenham contribuído com a mística que norteia espírito dos

Guerreiros de Selva e/ou representem importantes vetores de difusão dos nobres valores do CIGS,

do Comando Militar da Amazônia e do Exército Brasileiro.

c. Essas autoridades – nacionais e estrangeiras – não necessariamente serão militares e ou

guerreiros de selva.

d. O CIGS providencia a concessão, convidando o homenageado ou representante de

instituições a receber a honraria em cerimônia especial, arcando com as despesas da aquisição.

e. A Cerimônia de Concessão é adaptada às circunstâncias, não requerendo,

necessariamente, que seja conduzida no CICIGS.

f. Aqueles que se enquadram nas condicionantes deste item estão norteados pelo exclusivo

escopo discricionário do Cmt do CIGS.

3.3.2 Cerimônias de concessão fora da Guarnição de Manaus

a. Considerando as peculiaridades da Guarnição de Manaus em termos de distância e,

principalmente, excentricidade do eixo centro-sul do país, desde que devidamente autorizado pelo

Cmt CIGS, a cerimônia de concessão pode ser realizada em outras (e quaisquer) guarnições do

Exército Brasileiro.

b. Para tanto, é necessária a existência de uma demanda mínima de 10 (dez) recipiendários

na Gu de destino.

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c. Junto com isso, faz-se necessária a concessão de passagens aéreas para 01 (um) Instrutor,

01 (um) Monitor e (01) Cb/Sd Aux.

d. Ressalte-se ainda, o necessário Ap Log Mdt os ajustes prévios com o militar de ligação na

Gu de destino, normalmente o Cmt OM dos recipiendários ou o E5 GU local.

e. Segue-se na tabela Nr 03, uma visualização das cerimônias já realizadas fora da Gu

Manaus.

Tabela Nr 04. Visualização das cerimônias de concessão do FGS realizadas fora da

Guarnição de Manaus biênio 2011-2012.

CAPÍTULO 4

CERIMÔNIA DE CONCESSÃO

4.1 GENERALIDADES

a. A concessão do FGS é realizada em cerimônia especial no Tapiri da Mística, na Base de

Instrução Plácido de Castro (BI2) do CIGS.

b. O Cmt do CIGS define a data da realização da cerimônia, assessorado pelo Ch DDP. Procura-se,

normalmente, atender a datas comemorativas.

c. Na semana do Guerreiro de Selva, a cerimônia de concessão do FGS estará prevista dentre as

demais planejadas pelo S3/CIGS.

CERIMÔNIA DATA QTD ZAKHAROV RICARDO

VILAR LOCAL

47ª 11/09/2011 53 53 00 AMAN - RESENDE, RJ 53ª 02/12/2011 13 13 00 53º BIS – ITAITUBA, PA

67ª 06/12/2012 14 14 00 17ª BDA INF SL -

PORTO VELHO, RO TOTAL 80 80 00

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4.2 SEQÜÊNCIA GERAL DA CERIMÔNIA DE CONCESSÃO

a. Recepção dos recipiendários por um instrutor ou monitor no saguão das placas, no dia da

concessão.

Figura 24. Recipiendários antes da partida para BI/2 no dia 02 Jun 2006). Destacam-se na figura 40 anterior da esquerda

para a direita: Cel Tupinambá, Cel Caminha, Cel Netto, Gen Bda Ferreira, Cel Souza Abreu, Gen Bda Thaumaturgo, Gen Ex

Pedrozo, Gen Bda Bueno, Ten Cel Dower e Maj Juarez

b. Reunião preliminar do grupamento participante da Reunião com o instrutor ou monitor

designado pela DDP – recipiendários, paraninfos e assistentes – para acertos quanto ao embarque e

outras providências.

c. Deslocamento para a BI2.

d. Reunião preliminar no rancho para fins de leitura das normas de segurança da atividade,

ocasião em que são entregues as bainhas dos FGS aos recipiendários.

e. Recepção aos agraciados nas proximidades da ponte sobre o Igarapé Candiru, com apresentação

da equipe de instrução.

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Figura 25. Apresentação da equipe de organização da entrega do FGS

Figura 26. Foto antes do deslocamento na trilha da mística

f. Acendimento da tocha.

- Próximo à ponte sobre o Igarapé Candiru, antes do início do deslocamento – marcha pelo

interior da selva até o Tapiri da Mística – é acesa uma tocha pelo instrutor/monitor que guiará o

grupamento de agraciados e paraninfos.Trata-se de tocha rústica, improvisada com material da selva,

contendo breu vegetal como combustível. A tocha acenderá a fogueira da Cerimônia.

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g. Deslocamento dos paraninfos e agraciados pela Trilha da Mística

Figura 27. Deslocamento pela Trilha da Mística

h. Cerimônia propriamente dita no Tapiri da Mística

Figura 28. Ritual da Mística em seu Tapiri

i. Confraternização entre os guerreiros de selva.

j. Retorno a Manaus.

4.3 EVENTOS DA CERIMÔNIA DE CONCESSÃO

a. O Mestre de Cerimônia anuncia o título da Cerimônia (por exemplo: 70° Cerimônia de

Concessão do Facão do Guerreiro de Selva!), ainda na área de espera.

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b. Seqüência da Cerimônia (eventos)

1) Chegada da Marcha

2) Entrada no Tapiri da Mística

3) Recepção das autoridades

4) Tomada do dispositivo

5) Finalidade da cerimônia

6) Palavras iniciais do Cmt do CIGS

7) Introdução

8) Acendimento do Fogo

9) Descrição do FGS

10) Leitura do histórico do FGS

11) Execução da Oração do Guerreiro da Selva

12) Concessão do FGS

13) Compromisso pelos agraciados

14) Brinde (com as canecas marajoaras)

15) Narração dos fatos marcantes vivenciados na Amazônia

16) Palavras finais do Cmt CIGS

17) Considerações finais pela autoridade militar ou civil mais antiga presente, SFC

18) Canto da Canção do CIGS

19) Encerramento da cerimônia

4.4 PARTICIPAÇÃO DE CONVIDADOS

a. A cerimônia de concessão do FGS poderá contar com a presença de militares, ex militares,

representantes de instituições ou civis, desde que convidados somente pelo Cmt CIGS.

b. Não está autorizada a participação na cerimônia de concessão do FGS de qualquer outro

convidado fora do universo ou das condições de execução citadas no item anterior. Casos excepcionais

serão regulados pelo Cmt do CIGS.

c. A relação de participantes e de convidados para o evento deverão dar entrada pela 5ª

Seção do CIGS, a qual despachará com o Cmt do CIGS. Ato contínuo, o Oficial de Relações Públicas

informará à DDP os eventuais convidados autorizados a participar do evento pelo Cmt CIGS.

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CAPÍTULO 5

TAPIRI E TRILHA DA MÍSTICA

5.1 GENERALIDADES

a. O Tapiri e a Trilha da Mística constituem instrumentos da ritualística das Cerimônias de

Concessão do FGS.

b. A manutenção de ambos são de responsabilidade da Cia C (Companhia de Comando),

gerenciado pela DDP.

5.2 TRILHA DA MÍSTICA

a. Trata-se da trilha que conduz os participantes da Cerimônia de Concessão do FGS do local de

chegada na Estrada do Puraquequara ao Tapiri da Mística.

b. Em passo normal, os participantes levam cerca de 12 minutos para percorrê-la.

5.3 TAPIRI DA MÍSTICA

a. É uma construção rústica, localizada na floresta do CICIGS, na margem esquerda do Igarapé

Candiru, próximo a BI2, sustentado por toras de aquariquara, com 32 (trinta e dois) entalhes de troncos

de âmago servindo de assentos.

b. Na frente desses assentos, 32 (trinta e duas) aquariquaras com ranhuras na sua parte superior,

que servem de suporte para os FGS postados sobre uma mesa em formato circular.

c. Quando das cerimônias, a 1ª posição fica vaga, representando a presença do Cel Jorge Teixeira à

mesa

d. O piso é em cimento rústico, com manchas semelhantes as da onça pintada.

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Figura 29. Tapiri da Mística

e. É constituído, ainda, de uma passarela de alvenaria, assentada com pedras rústicas da

Amazônia, uma churrasqueira com mesa, um trapiche às margens do Igarapé Candiru e local para

acendimento da fogueira no centro do dispositivo. A iluminação é feita por meio de lamparinas de

bambu com breu vegetal e maravalha.

f. Na parte central, junto à fogueira, é colocado o FGS do saudoso “TEIXEIRÃO” (FGS Nr 001-

Teixeirão), simbolizando a presença do Patrono do CIGS. Este procedimento apenas ocorre nas

Cerimônias de Concessão.

ANEXO “A”

UM EXEMPLO DE ROTEIRO DE CERIMÔNIA DE CONCESSÃO

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO 1. CHEGADA DA MARCHA

- 69ª CERIMÔNIA DE CONCESSÃO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA

- OP SOM: MÚSICA

01. 1492, CONQUEST

OF PARADISE.

Volume Baixo

2. ENTRADA NO TAPIRI

- OS GUERREIROS DE SELVA JÁ POSSUIDORES DO FGS E OS

RECIPIENDÁRIOS OCUPARÃO SEUS LUGARES NO DISPOSITIVO

3. RECEPÇÃO DAS

AUTORIDADES

- PRESENTES NO LOCAL DA CERIMÔNIA: (confirmar antes do início, e só ler os

presentes)

- Exmo Sr Gen Ex Vilas Boas, Cmt Mil AMZ

- Exmo Sr Gen Ex Pedroso, 7º Cmt CIGS

- Exmo Sr Gen Div Teóphilo, Cmt 12ª RM

- Exmo Sr Gen Bda Frankinberg, Ch Cop

- Exmo Sr Gen Bda Jaborandy, Ch EM CMA, 17º Cmt CIGS

- Exmo Sr Gen Bda _____________, Cmt 2º GE

- Exmo Sr Gen Bda R1 Thaumaturgo, 8º Cmt CIGS

- E demais autoridades civis e militares presentes (SFC)

- O Sr Cel Dias, Cmt do Centro de Instrução de Guerra na Selva

POR FAVOR, QUEIRAM SENTAR-SE

- OP SOM: MÚSICA

01. 1492, CONQUEST

OF PARADISE.

Volume Baixo

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

4. FINALIDADE

- A PRESENTE CERIMÔNIA TEM POR FINALIDADE REALIZAR A

CONCESSÃO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA A _____

(__________) GUERREIROS DE SELVA.

- OP SOM: MÚSICA

01. 1492, CONQUEST

OF PARADISE.

Volume Baixo

5. PALAVRAS CMT CIGS - PALAVRAS INICIAIS DO CMT CIGS - OP SOM: CORTA

MÚSICA

6. INTRODUÇÃO

- EM AMBIENTE TÍPICO DA FLORESTA AMAZÔNICA, NO TAPIRI

OCARA MUNDURUCUS, TEM INÍCIO A 69ª CERIMÔNIA DE

CONCESSÃO DO FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA;

- PRESENTES ____ (_____________) GUERREIROS DE SELVA;

- AO CENTRO DO DISPOSITIVO SERÁ ACESO O FOGO, EM TORNO

DO QUAL, OS GUERREIROS DAS MAIS REMOTAS ÉPOCAS TÊM SE

REUNIDO PARA SE PROTEGEREM DO TEMPO ADVERSO E DAS

FERAS, FALAR DE SEUS PROBLEMAS, DE SUAS CONQUISTAS E

PARA SE CONFRATERNIZAREM.

1. OP SOM:

MÚSICA 02.

CANTO DA MATA,

SOM AMAZONICO

2. DISPARADOR

“FOGO”: MON

DDP E AUX

CONDUZEM

TOCHA E

ACENDEM O

FOGO AO CENTRO

DO DISPOSITIVO

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

7. DESCRIÇÃO DO FGS

DESCRIÇÃO DO FGS

- O FGS É CONSTITUÍDO DE LÂMINA EM METAL PRETO-FOSCO, DE

ALTA RESISTÊNCIA E DE DUPLO CORTE – UM INFERIOR E MAIOR

(PRINCIPAL) E OUTRO SUPERIOR E MENOR, EM FORMATO DE

MEIA LUA.

- EM UM DOS LADOS DA LÂMINA ESTÁ GRAVADO O NÚMERO DE

SÉRIE DO FACÃO.

- NA EXTREMIDADE DO CABO, UMA CABEÇA DE ONÇA EM

METAL, VOLTADA PARA O CORTE PRINCIPAL, REPRESENTANDO O

ANIMAL-SÍMBOLO DA GUERRA NA SELVA.

- A PUNHO É EM MADEIRA.

- NA CRUZETA ESTÁ INCRUSTADO, EM AMBAS AS FACES, O BREVÊ

DO ESPECIALISTA EM OPERAÇÕES NA SELVA.

1. OP SOM:

MÚSICA 02.

CANTO DA MATA,

SOM AMAZONICO

2. DISPARADOR

“DESCRIÇÃO DO

FGS”: MON DDP

APONTA AS

PARTES DO FGS

CONFORME

LEITURA DO

LOCUTOR.

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

8. HISTÓRICO DO FGS

HISTÓRICO DO FGS

- ÀS TROPAS DE ELITE MAIS FAMOSAS DO MUNDO ESTÃO ASSOCIADOS

FACAS OU FACÕES QUE AS IDENTIFICAM. É USUAL, NO ENCONTRO DE

CAMARADAS DE FORÇAS ARMADAS AMIGAS, A MOSTRA RECÍPROCA

DESSE EMBLEMÁTICO ARTEFATO QUE, DE CERTO MODO, REVELA O

SIGNIFICADO HISTÓRICO DAS CORPORAÇÕES QUE INTEGRAM.

- OS GUERREIROS DE SELVA FORMADOS PELO CIGS, DESDE O CURSO

PIONEIRO EM 1966, PASSARAM A CONSTITUIR, INCONTESTAVELMENTE,

UM GRUPO ESPECIALIZADO EM OPERAÇÕES NA SELVA.

- ENTRETANTO, ATÉ O ANO 2003, FALTAVA-LHES A MATERIALIZAÇÃO DO

SÍMBOLO DE UM DE SEUS PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE TRABALHO E

DE COMBATE – UM FACÃO PERSONALIZADO.

- APROVEITANDO O ENSEJO DAS COMEMORAÇÕES DOS 40 ANOS DE

CRIAÇÃO DO CIGS NO ANO DE 2004, FOI DESENVOLVIDO O PROJETO

FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA, QUE TEVE COMO PREMISSAS:

. A INSPIRAÇÃO HISTÓRICA NA LÂMINA DE DUPLO CORTE DE FACÃO

MODELO CIGS EXISTENTE NA DÉCADA DE 1980;

. CONTER MINIATURA DE CABEÇA DE ONÇA;

. CONTER O BREVÊ DO ESPECIALISTA EM OPERAÇÕES NA SELVA; E –

. SER A LÂMINA E OS ADEREÇOS DE ALTA QUALIDADE.

- OP SOM: MÚSICA

04 NOW WE ARE

FREE,

GLADIADOR

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

8. HISTÓRICO DO FGS

- O MODELO ADOTADO FOI O FGS M2004 ZAKHAROV HAVENDO

DISTINÇÃO NA CRUZETA DO FACÃO, SENDO DOURADO PARA OFICIAIS

E PRATEADO PARA ST E SGT.

- ENTRE 2006 A 2009 O CIGS ADOTOU O FGS M2006 R.VILAR, QUE

APRESENTOU AS SEGUINTES ADAPTAÇÕES:

. APERFEIÇOAMENTO DO TIPO DE BAINHA EM COURO LEGÍTIMO;

. A LÂMINA EM AÇO ESPECIAL TEMPERADO; E –

. O BREVÊ NA CRUZETA PASSOU A SER ACOBREADO, SIMBOLIZANDO

A JUNÇÃO DOS COS DE OFICIAIS E ST/SGT.

- A PARTIR DE 2010 O CIGS RETORNOU AO MODELO ZAKHAROV.

- NO ANO DE 2012, O CIGS DESENVOLVEU O PROJETO FACÃO “ONÇA

PRETA” (FGS 2012), INOVADOR POR SER UMA PEÇA ÚNICA, EM AÇO

TEMPERADO, COM A CRUZETA TENDO O BREVÊ EM BLOCO TAMBÉM

ÚNICO, SEGUIDO POR UMA CABEÇA DE ONÇA, TUDO NA COR NEGRA.

- ESTE ÚLTIMO MODELO (FGS 2012) SERVIU DE BASE PARA O FACÃO

DO COMBATENTE DE SELVA, QUE CONTÉM A MESMA LÂMINA E CABO

ERGONÔMICO CONFECCIONADO EM MATERIAL DOTADO DE ALTA

RESISTÊNCIA.

OP SOM: MÚSICA

04 NOW WE ARE

FREE,

GLADIADOR

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

9. ORAÇÃO DO GUERREIRO DA

SELVA

POR FAVOR QUEIRAM FICAR DE PÉ

- SERÁ PROFERIDA PELO _____________________, GS NR ___________A

ORAÇÃO DO GUERREIRO DA SELVA.

POR FAVOR QUEIRAM SENTAR-SE

OP SOM:

CORTA MÚSICA

10. CONCESSÃO DO FGS

CONCESSÃO DO FGS

- NESTE MOMENTO, OS PARANINFOS FARÃO A ENTREGA DOS FACÕES

AOS RECIPIENDÁRIOS.

- ESTES, POR SUA VEZ:

. OS COLOCARÃO NO SUPORTE;

. BEBERÃO O CAXIRI SELVÁTICO;

. BRADARÃO SELVA; E -

. EM SEGUIDA IMANTARÃO SEUS FACÕES NA CHAMA MÍSTICA DOS

GUERREIROS DE SELVA.

- 1) O __________________________________________, GS_______, COS

CATG ________, ANO_______, RECEBERÁ DAS MÃOS DE SEU PARANINFO,

O _____________________, INSTRUTOR/MONITOR, O FGS NR _________.

- REPETE-SE O EVENTO ANTERIOR TANTAS VEZES QUANTAS

EXISTIREM RECIBIENDÁRIOS E RESPECTIVOS PARANINFOS.

OP SOM:

MÚSICA O

ULTIMO DOS

MOICANOS

FAIXAS

5, 6, 7,8

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

11. COMPROMISSO

COMPROMISSO

- QUEIRAM FICAR DE PÉ POR FAVOR

- NESTE MOMENTO, AGRACIADOS E PARANINFOS APONTARÃO SEUS

FACÕES PARA O FOGO AO CENTRO DO DISPOSITIVO E OS

RECIPIENDÁRIOS REPETIRÃO O COMPROMISSO

1. OP SOM

CORTA MÚSICA

2. EQP DO

RANCHO

DEVERÁ ESTAR

COM SEU

DISPOSITIVO

PRONTO

- AO RECEBER O FACÃO DO GUERREIRO DE SELVA/

PROMETO / CULTUAR / DIFUNDIR / PRESERVAR / A

MISTICA DOS GUERREIROS DE SELVA /

A SELVA NOS UNE!!!!!/

SELVA!!!!!

- POR FAVOR, QUEIRAM COLOCAR SEUS FACÕES NO SUPORTE!

OP SOM:

SEM MÚSICA

12. BRINDE

- O CMT CIGS BRINDARÁ EM HOMENAGEM AOS RECIPIENDÁRIOS.

- POR FAVOR, QUEIRAM SENTAR-SE

1. OP SOM SEM

MÚSICA

2. DISPARADOR “

O CMT CIGS

BRINDARÁ ...”:

EQP DO RANCHO

ENTRA COM AS

BANDEJAS ECD E

SERVE

ASSITÊNCIA

EVENTO/RESPONSÁVEL

LOCUÇÃO DOS EVENTOS

ORIENTAÇÃO

13. NARRAÇÃO DOS FATOS

MARCANTES VIVENCIADOS

NA AMAZÔNIA

- NESTE MOMENTO OS RECIPIENDÁRIOS NARRARÃO OS FATOS

MARCANTES VIVENCIADOS NA AMAZÔNIA.

- AO FINAL DA NARRAÇÃO, O RECIPIENDÁRIO DEVERÁ BRADAR

SELVA!

- TODOS RESPONDERÃO.

- INICIAREMOS PELO: (NARRAÇÃO NA SEQUENCIA INVERSA DA

ANTIGUIDADE)

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

_____________________

- OP SOM:

MÚSICA 14. A

FERA XINGU

Obs: Permanece

ativa enquanto são

contados os

“causos

amazônicos”

EVENTO/RESPONSÁVEL LOCUÇÃO DOS EVENTOS ORIENTAÇÃO

14. PALAVRAS DO CMT CIGS

- PALAVRAS DO SR CEL DIAS, CMT CIGS.

OP SOM:

CORTA A

MÚSICA

15. CONSIDERAÇÕES FINAIS

- O SR _______________________________________________________,

GS/AUTORIDADE MILITAR OU CIVIL MAIS ANTIGO (A) PRESENTE, FARÁ

AS CONSIDERAÇÕES FINAIS.

OP SOM:

SEM MÚSICA

16. CANTO DA CANÇÃO DO

CIGS - SERÁ CANTADA A CANÇÃO DO CIGS

OP SOM:

CANÇÃO CIGS

17. ENCERRAMENTO

- ESTÁ ENCERRADA A CERIMONIA

- TUDO PELA AMAZONIA, SELVA!

OP SOM:

ATIVAR PASTA

“CAPRICHOSO

TOTAL”