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FACEBOOK E ORKUT CANTAM PARABÉNS www.jornaldamanha.com.br jm.com.br/login 31 de janeiro de 2014 Edição 97 10 ANOS A SITUAÇÃO DO 4G NO BRASIL PÁGINA 3 JORNAL da MANHÃ O FIM DE UMA ERA: ‘ADEUS, MSN’ E ‘OLÁ, SKYPE’ PÁGINA 8 PÁGINAS 6 E 7 TWITTER: UMA DAS REDES MAIS QUERIDAS PÁGINA 9

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FACEBOOK E ORKUT CANTAM PARABÉNS

www.jornaldamanha.com.br

jm.com.br/login31 de janeiro de 2014

Edição 97

10 ANOS

A situAção do 4G no BrAsil

PÁGINA 3

JORNAL da MANHÃ

o fim de umA erA: ‘Adeus, msn’ e ‘olÁ, skype’

PÁGINA 8

PÁGINAS 6 E 7

twitter: umA dAsredes mAis queridAs

PÁGINA 9

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2 JAneiro 2014

LogoffCom os aniversários do Orkut e do Facebook, Login traz um especial sobre redes sociais, com matérias e

colunas temáticas. Para entrar no espírito do tema, quatro membros da equipe ficaram sete dias sem usar ne-nhuma rede. Confira abaixo o relato de cada um sobre a experiência de viverem segregados no mundo virtual.

editoriAl

No princí-pio, foi o des-dém: ‘Vou le-var numa boa’. E então, che-gou meia noi-te do primeiro

dia e virei abóbora preocupada em ‘como me desligar?’. Pare-cia muito mais lógico imaginar uma revolução acontecendo nas redes sociais do que pensar que o mundo estava indo dormir ou postando divagações tão ou mais solitárias que as minhas.

Após a neura, veio uma paz incomum. Sempre me preocupei se passava muito tempo logada, mas não tive um desafio assim. Hábito ou vício à parte, o fator profissional não ajuda no distan-ciamento. Perdi a conta de quem precisei informar que, apesar de offline, estaria viva e ainda no email, telefone e pessoalmente.

Conversei por email, conheci um vizinho pela varanda, o fim de semana durou mais e dor-mi, como dormi! Disseram que fiquei meio hippie. E isso faria todo sentido, não fosse a ansie-dade quando falavam do que es-tava acontecendo nas redes. Te-ria sido mais fácil se não fosse a curiosidade, o desespero de ‘ficar de fora’ e as obrigações sociais.

O fato é que as pessoas ao redor estão lá e, por mais que o retiro tenha sido bom, sei que es-tou lá também. Talvez eu suma um pouco mais, mas, por agora, preciso mergulhar um pouco nas contradições de ser uma alma meio velha nesta geração-inbox.

Não organi-zei meu armá-rio, não limpei o apartamento, não coloquei minha leitura em dia, mas

ficar uma semana sem redes so-ciais foi mais fácil do que eu ima-ginava. À meia-noite, quando dei logoff em tudo, a primeira sensa-ção que tive foi de tempo livre e a segunda, de solidão.

A primeira não se confirmou nem um pouco! Apesar de a se-mana ter sido tranquila, eu ainda tinha muitas coisas para organi-zar; já o segundo sentimento, o de solidão, foi predominante, principalmente no sábado à noi-te. Sozinha. Em casa.

Ficar sem notícias de amigos e não ter como comentar alguma coisa na mesma hora foi a pior parte. Com essa experiência, percebi que as redes cumprem o seu papel de conectar quem está longe, mas também afastam quem está perto.

Apesar de se estar no mesmo lugar, algumas decisões de traba-lho e até conversas são “deixadas para o inbox”. As redes se torna-ram só mais uma ferramenta de trabalho, e não de lazer.

Outra coisa que percebi foi como canalizamos nossa ansie-dade conferindo o celular toda hora, o que nos torna impacien-tes e sem foco. Minha dica: não precisa ser uma semana, mas ao menos sete horas por dia des-conectado ajudam a valorizar o tempo e as pessoas.

O nome do arquivo com esse texto é “ebaaa”. Acho que só isso já diz que a expe-riência de ficar

sete dias sem redes sociais não foi lá tão divertida quanto eu pen-sei que seria. Ainda mais quan-do Deus e seu incrível senso de humor decidem tirar uma com a minha cara e me deixar sem in-ternet nesse período também. Pra falar comigo, só por telefone ou mensagem no celular.

No começo, crise de abstinên-cia: inquietação nas aulas chatas, horas deitado encarando o teto do meu quarto. Voltei a dormir às dez da noite (!), mas não acordei mais disposto. Cheguei ao ponto de adiantar trabalhos (!!!). Mas a preguiça continuou sendo uma característica inerente do meu ser. Fiquei perdido sem o Twitter para me atualizar do mundo. O domingo chegou a um nível com-pletamente novo de tédio.

Só que, com meu acesso à internet reduzido a conferir o e-mail no 3G, li dois livros, vi a temporada inteira de uma série, assisti a uns dez filmes, redesco-bri uma banda, mudei de casa. É, senti falta de correr pra internet ao fim de Sherlock e teorizar com o Tumblr, fiquei perdido sem os grupos de trabalho no Facebook pra me orientar, mas passei mui-to mais tempo com meus amigos e as ligações com a minha mãe duraram muito mais. Acho que só isso já fez tudo valer a pena.

Olá, meu nome é Ana e eu fiquei por sete dias sem usar redes so-ciais. A prin-cípio, imaginei

que essa semana seria como uma estadia em uma clínica de rea-bilitação e eu começaria a apre-sentar sintomas de abstinência, mas... até que não foi tão ruim.

Aceitei esse desafio para pro-var aos outros e, principalmente a mim mesma, que eu não sou tão dependente das redes sociais. A verdade é que, ficando sem elas, percebi que só as uso no momen-to de tédio extremo. Quantas ve-zes eu estava fazendo nada e en-trava no Facebook só para ver se tinha alguma coisa legal por lá? Pois é, sem poder acessar Twitter, Tumblr e afins, eu tive que des-cobrir outras formas de me dis-trair. Aí você pensa: “Nossa, ela se transformou? Começou uma dieta, uma caminhada e passou a conversar com todos os amigos pessoalmente?”. Que nada! A so-lução que eu encontrei foi falar com os amigos por e-mail e assis-tir a animes o dia inteiro. Resul-tado: mais de cinquenta e-mails trocados, cinco mangás lidos e seis animes assistidos.

A conclusão tirada desse desa-fio foi: por mais que às vezes fin-jamos que não, nossas vidas es-tão nas redes sociais e elas fazem falta até para coisas banais. Bem, eu não me consideraria viciada, mas sabe como é, né? Os viciados jamais admitem seus vícios.

Amanda Moura, 20 Moema Novais, 21Jonas Lírio, 20Ana Oliveira, 19

ReitorJulio Cezar Durigan Diretor da FAACNilson Ghirardello

Coordenação do curso de JornalismoFrancisco Rolfsen Belda

Chefe do Departamento de Comunicação SocialJuarez Tadeu de Paula Xavier

Professores OrientadoresÂngelo Sottovia AranhaFrancisco Rolfsen BeldaTássia Caroline Zanini

Suplemento produzido pelos alunos do 4º termo do curso de Comunicação Social: Jornalismo

Endereço e telefoneAv. Eng. Luiz Edmundo Carrijo Cou-be, 14-01, Vargem Limpa, Bauru-SP (14) 3103-6000 Ramal: 6063

Agradecimentos especiaisMarcella GadottiMaria da Penha B. HespanholNicole Gomes de Andrade

Equipe artísticaFlávia Nosralla de O. CarusoGiovanna Hespanhol de OliveiraMarília Garcia Salto

Fotografia de capa e doinfográfico principalMoema Novais Costa

ReportagemAmanda de Moura CostaAna Carolina de OliveiraBianca Arantes dos SantosFlávia Nosralla de O. CarusoGiovanna Hespanhol de OliveiraIhanna Paula Barbosa SilvaJonas Lírio Cruz JuniorMarília Garcia SaltoMoema Novais CostaTatiane de Sousa SantosVictor Francisco Rezende

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JAneiro 2014 3

A conexão 3G é um dos tó-picos mais citados nas re-clamações feitas à Agência

Nacional de Telecomunicações (Anatel). Com a promessa de oferecer um serviço dez vezes mais rápido e de descongestio-nar o tráfego de dados do 3G, o Brasil deu início ao processo de implantação de sua sucessora: a quarta geração, ou 4G. No en-tanto, ao considerar a insatisfa-ção do usuário com o 3G, fica o questionamento: vale a pena in-vestir na novidade e deixar o an-tigo pela metade?

A instalação do 4G no Brasil foi vinculada à Copa das Con-federações – que aconteceu no último mês de junho – e faz par-te do plano de infraestrutura do Mundial de 2014. Durante o tor-neio, a internet móvel só esteve disponível em parte da área ur-bana das cidades que receberam

os jogos. O objetivo do governo é fazer o 4G funcionar nas cida-des-sede da Copa do Mundo e, em seguida, expandir a conexão para todo o País.

O preço dos smartphones é o maior obstáculo para a dissemi-nação do 4G, como afirma Edu-ardo Tude, presidente da con-sultoria Teleco. Um dos modelos mais baratos que suporta receber a conexão 4G é o Nokia Lumia 820, cujo valor gira em torno de mil reais. Além disso, os pla-nos oferecidos pelas operadoras também prometem manter cus-to elevado enquanto a tecnologia não for adotada de uma maneira abrangente: em abril de 2013, a Claro foi a primeira empresa a anunciar seus pacotes. Os preços

tAtiAne de sousA

Quarta geração de quinta categoriaApós o fiasco de sua antecessora, a tecnologia 4G tenta se estabelecer no Brasil

TATIANE DE SOUSA/LOGIN

variavam entre R$ 550 e R$ 940 com smartphones incluídos.

“Não existem obstáculos im-portantes para essa implanta-ção inicial. Os problemas vêm quando se implantam novos sites (locais com antenas), que neces-sitam de autorização da prefei-tura”, explica Tude. Mas parece que o Brasil conseguiu compli-car esse processo aparentemente simples: a frequência do 4G ado-tada pelo País é de 2,5 giga-hertz (GHz), enquanto o padrão dos Estados Unidos e de outros países é de 700 mega-hertz (MHz).

Essa diferença de frequência aconteceu pelo fato de o padrão de 700 MHz ser utilizado para o modelo da TV analógica brasi-leira, a qual ainda passa por um processo de migração para a tec-nologia digital. O governo pre-tende desocupar a frequência e aderir ao padrão internacional a partir do próximo ano. Enquanto isso não acontece, turistas e tam-bém brasileiros que compraram

dispositivos móveis no exterior correm o risco de não conseguir ter acesso completo à quarta ge-ração por aqui.

Usuário da conexão 4G e es-tudante de Sistemas de Infor-mação, Victor Cabral já testou a tecnologia no Reino Unido, no Brasil e nos Estados Unidos. “Os serviços prestados no Brasil re-fletem as características do pró-prio país. Falta investimento e o valor é muito alto com uma qua-lidade baixa, rendendo um custo benefício deplorável. Em outros países, a maturidade dessa tec-nologia é enorme”, comenta.

Lançada no país em 2008, a tecnologia 3G chega a apenas 2.827 dos 5.570 municípios bra-sileiros. Nem mesmo São Paulo – o estado mais rico da Federa-ção – é inteiramente coberto pela terceira geração. Diante desse cenário, torna-se difícil não en-xergar a chegada do 4G como uma medida tapa-buraco “pra gringo ver” (e não usar).

Nem mesmo o estado de São Paulo é inteira-mente coberto pela

tecnologia 3G

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Uma cena de família co-mum nos últimos anos é a de pais e filhos segu-

rando seus respectivos aparelhos celulares e interagindo com ou-tras pessoas. Isso deixa no pas-sado o comercial de margarina em que a família interagia em um lindo dia de sol no parque. O acesso às redes sociais tornou-se uma das principais funções dos aparelhos telefônicos, que são cada vez mais indispensáveis.

O avanço da tecnologia fez com que as redes sociais se tor-

iHAnnA BArBosA

O fim da família margarinaRedes sociais tomam conta de celulares e dificultam contato com pessoas ao redor

JAneiro 20144

nassem aplicativos comuns nos dispositivos móveis. Com tan-to sucesso, não demorou muito para que os aparelhos celulares ganhassem suas próprias redes, como o Instagram, que em se-tembro de 2013 atingiu a marca de 150 milhões de usuários.

O professor doutor Celso Ca-milo, do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goi-ás, diz que as redes sociais para aparelhos móveis podem trazer a ideia de restringir a quantidade de usuários. Porém, não é bem assim que acontece. “O público alvo está sempre conectado via dispositivos móveis. Assim, os

o Foursquare usa o serviço de localização geográfica para en-contrar possíveis contatos que estejam pelas redondezas.

o Snapchat é um app para envio de foto, onde se determina um tempo para visualização antes que seja excluída do dispositivo.

o Grindr é um app de paquera voltado ao público gay, que en-contra outros usuários nas pro-ximidades e inicia uma conversa.

o Instagram permite tirar fotos, aplicar filtros e publicá-las para seus seguidores, podendo com-partilhar em outras redes sociais.

o LinkedIn permite que o usuá-rio crie e mantenha relações com empresas e colegas de trabalho, crie currículos online, procure

empregos e desenvolva sua carreira.

o DrinkedIn, pa-ródia do linkedin,

permite que o usuário marque uma bebe-deira com os amigos e frequente fóruns e debates sobre vários assuntos alcoólicos.

o DeviantART é uma galeria de arte democrática que promove intercâmbio cultural entre artis-tas, onde encontra-se de fotos

desenhos a arte clássica e contemporânea.

o Livemocha é para se aprender uma das 35 línguas disponíveis, com escrita e conversação, além de poder corrigir exercícios de

quem está aprendendo seu idioma nativo.

o Fashion.me permite que os usuários recortem fotos de rou-pas e acessórios na internet, mon-tem looks cde suas preferências e

compartilhem com os seguidores.

o Comunique-se é vol-tado para profissionais da comunicação, onde po-

dem criar perfis, manter amigos, participar de grupos e visitar páginas corporativas.

o Vine é um serviço de partilha de vídeos com até 6 segundos de duração, com compartilha-mento para outras redes sociais.

o Tinder é um serviço de pa-quera que cruza informações de preferências e localização de usuários através do facebook.

E os nichos invadem a rede!Prometendo serviço personalizado, redes sociais específicas ganham mais e mais adeptos

Que o Facebook é um su-cesso absoluto nos dias de hoje, ninguém pode

negar. Mas outro fato inquestio-nável é o aumento da segmenta-ção na internet e, desta forma, várias redes sociais chamadas de “nichos” têm surgido.

Lentamente, novos nichos e interesses vão criando suas co-munidades virtuais, não apenas em redes existentes, mas desen-volvendo plataformas comple-tamente novas, customizadas

para eles e que proporcionam particularidades. Para a profes-sora da Universidade Federal de Uberlândia, especialista em mí-dias sociais, Mirna Tonus, “as pessoas se reúnem nas mídias sociais, entre outras razões, por terem interesses comuns aos de outras, uma rede social de nicho acaba por garantir que esse con-tato com pessoas com interesses comuns se torne pleno”.

Engana-se quem pensa que essas redes de nicho servem ape-nas para entretenimento: as re-des sociais com objetivos profis-sionais também fazem sucesso e

AnA oliVeirA são úteis, tanto para quem que já está empregado e quer se apro-fundar em sua área de trabalho, quanto para quem está em busca de um emprego de acordo com suas habilidades.

Mas será que essas redes espe-cíficas e profissionais poderiam transformar as relações entre empregadores e empregados nos próximos anos? Para a especia-lista Mirna Tonus, elas já estão mudando: “há várias empresas recrutando via mídias sociais, ou pelo menos levantando perfis correspondentes à vaga que de-sejam preencher”, explica.

Mesmo que as redes de nicho não atinjam o mesmo sucesso do Facebook ou do Twitter, é impor-tante que o usuário lembre-se de tomar cuidado com a exposição. Mirna ressalta que o cuidado com as redes de nicho deve ser o mesmo a se tomar em qualquer outra rede: “expor dados des-necessários para essa finalidade, aceitar em suas redes pessoas que desconheça ou cujos perfis não ofereçam informações fa-cilmente checáveis, entre outras ações, podem oferecer riscos”.

Conheça algumas redes so-ciais para públicos específicos:

aplicativos de rede social móvel são uma estratégia de negócio e têm bom retorno”, afirma o pro-fessor. A estudante Rita de Cássia, 15 anos, usuária do Instagram diz: “eu gosto dele porque posso fotografar qualquer coisa e pos-tar na mesmo hora”.

Dedicado a paqueras virtu-ais, o Tinder também é exclusivo para dispositivos móveis, cru-zando informações de usuários do Facebook e conectando pes-soas de acordo com suas prefe-rências. O grande diferencial do aplicativo é o uso do localizador geográfico; o Tinder é capaz de encontrar pessoas a uma distân-

cia de até 100 km.Esse mercado ainda tem mui-

tas possibilidades em vista e ten-de a crescer cada vez mais. Celso Camilo afirma que os empreen-dedores que investirem em pes-quisa e inovação das novas redes terão muito sucesso. “Os dispo-sitivos móveis vão sofrer altera-ções em breve e, com isso, novas aplicações vão ser desenvolvidas para usufruir dessas novidades”, adianta, dizendo que “a rede so-cial é uma expressão da necessi-dade básica de se comunicar e o dispositivo móvel contribui mui-to para ampliar e manter as rela-ções interpessoais”.

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JAneiro 2014 5

Candy Crush, Farmville, SongPop, DragonCity. Es-ses nomes vêm se tornan-

do cada vez mais populares e só cresce o número de pessoas que já jogaram algum jogo social. Eles permitem interação e competição entre os jogadores, com a van-tagem de se poder socializar os resultados e ver os níveis e pon-tuação de outros usuários, fator que atraiu novas pessoas para o nicho. De acordo com uma pes-quisa realizada pela SuperData, uma empresa de consultoria es-pecializada em entretenimento interativo, até 2015 o país vai contar com mais de 58,7 milhões de gamers sociais, e o número só tende a aumentar.

O estudante fissurado por ga-mes Igor Matheus de Castro San-

tana, de 18 anos, acredita que os jogos sociais crescem por causa do grande alcance: “a maioria da população está em alguma rede social, além de que não envol-ve apenas você, mas também os amigos que jogam, e ao mesmo tempo em que você se conecta com eles, pode ter uma compe-titividade saudável, o que torna tudo muito mais divertido”.

Ainda de acordo com a pes-quisa feita pela empresa Super-Data, o lucro com jogos sociais no Brasil deve alcançar R$550 milhões em 2015. Para Marsal Avila Alves Branco, especialista em Teoria dos Jogos Digitais, “a palavra chave é a vantagem. Pa-ga-se sobre qualquer coisa uma vez que percebemos que existe um valor adquirido pela transa-ção. No caso do gamer, ele pode pagar para ter vantagem no jogo, através do ranking ou do aumen-to de performance”

O senso de competitividade natural faz com que os jogadores queiram se sobressair em suas redes de amigos, pagando para ter vantagens nos jogos e superar outros jogadores. Como o preços das vantagens é muito baixo, vá-rios usuários as compram, e de-senvolvedores de jogos lucram.

Seguindo essa lógica, as em-presas têm um bom faturamento,

sem prejuízo para os jogadores. E ainda aumentam a fidelização com determinados jogos.

Essa é a chave para o futuro da indústria dos games: jogos cde diversas fases, recompensas e estrelas, com muita interação e competitividade entre amigos, aliados à sensação de progresso e desafio, de maneira simples, di-nâmica e divertida.

mArÍliA GArCiAColunistA de LOGIN

Interação entre usuários marca indústria de gamesJogos sociais geram lucro para empresas com a competição e socialização dos usuários

uma das vantagens dos games sociais é a possibilidade de jogá-los em qualquer dispositivo com acesso à internet

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Celulares em redeTim Beta une redes sociais e telefonia para aproximar ainda mais os usuários

Sua vida social nunca valeu tanto”. Essa é uma das frases encontrada por todo mundo

que entra no site www.timbeta.com.br. Com intuito inovador, o plano Tim Beta reúne juventude, amizades e redes sociais.

Primeiro, você só consegue o chip com o plano se algum amigo do Facebook te presentear. Depois, é preciso se cadastrar no site do Tim Beta, no qual você conecta Fa-cebook, Twitter, Instagram e Four-square - as atividades nessas redes sociais começam a valer pontos para o “Blablablâmetro”. A com-petição é simples: quem atinge a Linha de Chegada dos 4000 pontos é coroado “Beta Lab”. O status, po-rém, não dura para sempre: cada rodada leva 90 dias, e é preciso reconquistar a “moral”, como des-creve o site, de ser Beta Lab.

Desse jeito, o plano acaba in-tensificando o uso das redes sociais por parte dos usuários. “Como a internet é muito barata, acabo pas-sando o dia inteiro conectada, to-

dos os dias”, conta Isabela Cerquei-ra, estudante de Engenharia Civil e Beta há quase dois anos.

Essa rede começou em 2010 com o aplicativo “Seu ouvido vale um chip”, para Facebook e Orkut, com o intuito de reunir jovens an-tenados para testarem e fazerem sugestões sobre o plano. Com uma brincadeira de lógica, quem vencia três vezes ganhava um chip com o piloto do Beta – mais três vitórias e era possível presentear um amigo.

Observando o uso das redes so-ciais que esses jovens faziam, a Tim selecionou os nove usuários que

considerou mais influentes para uma reunião na qual eles colabo-raram com a versão de lançamen-to. Em outubro de 2011, o plano foi lançado para o público.

As mensagens enviadas aos usuários contêm gírias, pergun-tas, emoticons, expressões da rede e abreviações. A interação com o público jovem, entretanto, não para por aí: a Tim oferece shows exclusivos para os Betas com maior pontuação, no “Queremos!”, ou os mais criativos por meio de brinca-deiras no site, no “Beta Live”. Tam-bém é possível compor músicas

junto com outros usuários - elas serão gravadas e divulgadas com o seu nome no “Estúdio Beta”.

Alguns problemas. O plano fun-ciona bem, mas algumas falhas acontecem. “Quem tem o Beta sabe que é uma mão na roda, mas, quanto ao atendimento ao cliente, eles deixam muito a desejar”, ob-serva Rafaela de Jesus, estudante de direito e Beta há um ano e meio. O chip dela queimou faz mais de dois meses: “Entrei em contato pelo site, mas lá eles só dão respostas gené-ricas. Depois de muito insistir e solicitar um novo chip, me infor-maram que entrariam em contato quando enviassem. Até hoje, nada. Eu até desisti de tentar”.

Esta repórter, por coincidência, teve seu Facebook conectado ao nú-mero de telefone de outra pessoa. Passou meses utilizando o plano e as redes sociais sem seus pontos se-rem contabilizados. Após diversos telefonemas para a operadora (nos quais sempre era encaminhada para outro setor) e algumas mensa-gens de ajuda no site, conseguiu as-sociar seu número à conta certa.

tweets, seguidores, retweetadas, check-ins, smss, acesso à internet, ligações: tudo vale pontos no Blablabâmetro

repr

od

ão“

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JAneiro 20146

Pare qualquer pessoa na rua e pergunte se o tempo está passando mais depressa. São

grandes as chances da resposta ser sim; além do tempo, nossa me-mória está trabalhando com afin-co, afinal, estamos em 2014, mas 2004 foi logo ontem! Os leitores com quinze anos ou mais devem se lembrar, ao menos vagamente, da invasão do Iraque pelos Esta-dos Unidos, do furacão Catarina, que atingiu a região Sul brasileira; e também de quem matou Lineu, pergunta que fez o Brasil parar para descobrir que a vilã Laura era a culpada pelo tal assassinato, em Celebridade.

O tempo não passou mais rá-pido, mas é essa a sensação que temos a cada instante. Afinal, dez anos se foram e agora vemos uma Copa do Mundo ser sediada no Brasil, a Primeira Guerra Mundial completando um século e a última Helena de Manoel Carlos na nove-la Em Família, que estreia na pró-xima segunda. O tempo passa, os cabelos brancos vêm à tona, mas a ciência progride, assim como um de seus frutos da década de 1990, que começa a ter desdobramen-tos cada vez mais impactantes no mundo moderno: a internet.

E é a internet que está fazendo com que, a cada mês de dezem-bro, as pessoas digam: “mas já?”. Graças aos avanços tecnológicos, à internet e às redes sociais. Sim: demonizadas por uns e endeusa-das por outros, as redes também são culpadas por essa “passagem” mais rápida da vida. Não por coin-cidência, em 2004 duas das prin-cipais redes sociais mais popula-res do mundo foram fundadas. Em 24 de janeiro, nascia o Orkut, e, em 4 de fevereiro, o Facebook.

A década azul e rosa

O Orkut, criado pelo indiano Orkut Büyükkökten para o Goo-gle, sagra-se como o maior loser das redes sociais na atualidade. Ele foi projetado para fazer suces-so nos EUA e acabou vingando em

dois emergentes – Brasil e Índia –; era apenas para convidados, mas depois aceitou todos; criou uma rede de compartilhamento de fo-tos, vídeos e depoimentos entre as pessoas, que facilmente foi adap-tada e melhorada pelo Facebook, que passou a ser, em 2011, o líder do segmento no Brasil.

Esse, por sua vez, “pegou” mais recentemente aqui. Sua história pode ser vista no filme A Rede So-cial (ver box): criada por Mark Zuckerberg e por mais três par-ceiros – entre eles, o brasileiro Eduardo Saverin – em Harvard, é a segunda rede mais utilizada do mundo e o seu valor está orçado em mais de US$ 100 bilhões, mes-mo sofendo forte concorrência de serviços como o Whatsapp.

Das comunidades à timeline

Se as duas redes fossem coloca-dos em um ringue – e, com tantas comparações, é possível dizer que elas já foram – o Facebook termi-naria com o cinturão de vencedor. Mas o Orkut não sairia acanhado da disputa. Sabe aquele competi-dor que perde com carisma? É o caso da rede que já virou sinôni-mo de nostalgia, dominou o Bra-sil até poucos anos atrás e não economiza em seu repertório de “vergonha alheia”.

Por ironia, ou como tira-teima da batalha, foi no Facebook que se popularizou a página brasileira “Unidos pelo Orkut”. Com mais de 60 mil seguidores, o canal re-úne humor, tendências, memes e toda a saudade do ‘tão perto e tão longe’ Orkut em tributo à rede que, quando visitada atualmente, exala ares de abandono.

Abrigando spans e gifs anima-dos, está também a última atua-lização do layout. Para muitos, a cada nova mudança significativa, o Orkut perdia sua identidade. Não se pode negar que a inserção de planos de fundo, status e chat

remetiam, cada vez mais a um tal de Facebook. Hoje é difícil pensar na rede criada por Zuckerberg como mais uma, porém, ela era impopular e pouco característica no Brasil até o final da primeira década dos anos 2000.

Para Walter Teixeira Lima Ju-nior, doutor em Ciências da Com-putação pela Universidade de São Paulo, a migração de público do Orkut para o Facebook foi um processo natural e explicado, não só pelo fator novidade que o Fa-cebook trazia, mas pelo viés indi-vidual e personalizado. “Como as características do Facebook estão mais para o relacionamento pes-soal, as pessoas deixaram de se relacionar pelas comunidades e passaram a se relacionar numa ti-

meline, o que é muito mais fácil”, aponta o professor.

O Facebook, de fato, prioriza a criação de uma rede de relações mais próximas e é eficiente na segmentação: os conteúdos que chegam a cada um são filtrados previamente pela escolha de ami-gos, de páginas a seguir e grupos incorporados. Já no Orkut, a ideia principal eram as comunidades, em que o usuário ia atrás dos te-mas e formava suas relações atra-vés de interesses em comum.

Outro fator que influencia na popularidade de uma rede social é a aceitação e adaptação cultural e circunstancial que ela encontra ao se estabelecer. No Brasil, o Orkut se deparou com um nicho propí-cio para fazer sucesso, afinal, di-

PARABÉNS COM Facebook e Orkut completam uma década em 2014,

AmAndA mourAmoemA noVAisViCtor reZende

Resta saber se a queda do Orkut é uma aposentadoria inevitável

ou compulsória

mas nem tudo é um mar de rosas nesta comemoração

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PARABÉNS COM

JAneiro 2014 7

ferentemente dos Estados Unidos, que vivia a febre do MySpace, nenhuma rede era unanimidade como o Orkut viria a se tornar.

Após a aceitação do resulta-do do confronto, resta saber se a queda do Orkut é uma aposenta-doria inevitável ou compulsória. Ou seja, a rede “deu o que tinha que dar” e cumpriu o seu papel ou falhou por problemas e erros efe-tivos? Teixeira aponta a influência das duas opções: ele acredita que tudo tem uma validade, mas há atitudes e mecanismos que podem adiar o possível ostracismo.

O Facebook vem apresentan-do essa solução contra a estag-nação. O professor explica que a rede “sempre vai colocando uma característica ou outra e tenta se

sustentar através das novidades. Logo, ele vai ter sistema de busca e assim, vai tentando dar sobrevida ao produto”. Desde a criação em 2004, a rede social já apresentou oito mudanças de layout e inter-face de sua página. Nessas ocasi-ões, são privilegiados elementos valorizados pelos usuários, como a importância da personalização que veio em 2011 e a valorização das imagens e dos vídeos na atua-lização de 2013.

O relacionamento nas redesAssim como antes era raro en-

contrar alguém sem um telefone fixo para contato, seja profissional ou pessoal, hoje é cada vez mais difícil encontrar quem não faça parte de alguma rede social e a

TORTA DE CLIMÃO

utilize com certa frequência. Essas redes se popularizaram primeira-mente entre os jovens, mas acaba-ram atraindo a atenção de diver-sos grupos.

O que pode justificar o sucesso do Orkut e do Facebook é o fato de eles serem redes de comunica-ção rápidas e gratuitas, conectan-do pessoas distantes e facilitando contatos mais diretos entre elas. Outro fator que contribuiu para a disseminação dessas redes foram os avanços tecnológicos relacio-nados ao âmbito da portabilida-de, como a criação de dispositivos móveis, que permitem fácil acesso de qualquer lugar.

Se você está conectado e é do tipo que, enquanto lê esta matéria, confere suas redes sociais, com certeza já percebeu que seu com-portamento mudou. Antes, assun-tos que eram tratados apenas pes-soalmente, agora são discutidos via inbox. Para compartilhar algo de seu interesse, era preciso en-viar o link para diversos e-mails, e agora, basta publicar na sua ti-meline ou procurar pessoas com o mesmo gosto nas comunidades do Orkut. As redes oferecem diver-sas possibilidades de interação e comunicação; por esse motivo, as pessoas incorporaram esse hábito de maneira natural.

Entretanto, Teixeira ressalva sobre a especialidade dos conheci-mentos encontrados. “Basicamen-te, não se encontram informações de caráter e relevância social ou informações que acrescentem muito na vida, mesmo que se te-nha uma timeline ‘qualificada’”.

As redes sociais possibilitam uma troca de informação maior e mais direta entre pessoas, con-sumidores e empresas, além de oferecerem diversas possibilida-des de entretenimento e/ou de informação. É inegável que elas se tornaram fundamentais para a comunicação, seja para fazer uma cobrança pública a uma empresa ou para avisar os amigos que você está indo para a academia. O Fa-cebook e o Orkut, mesmo diferen-tes, têm o mesmo objetivo: inte-grar pessoas e tornar de interesse social algo que seria restrito a um pequeno grupo.

mas nem tudo é um mar de rosas nesta comemoração

Até virou filme!

O filme A Rede Social (2010) conta a história da criação do Facebook, mos-trando as polêmicas envol-vendo o criador, Mark Zu-ckerberg, e a popularização da rede. O roteiro é uma adaptação do livro Os bi-lionários acidentais, de Ben Mezrich, e a direção é de David Fincher, que conse-gue deixar sua marca no desenrolar do longa.

A Rede Social começa mostrando a vida do jovem Zuckerbeg em Harvard, que, após uma desilusão amorosa, cria uma rede onde é possível comparar universitárias. Nas primei-ras duas horas, o site teve 22 mil acessos. Foi assim que ele ganhou certa fama, sendo convidado pelos ve-teranos Winklevoss para criar uma rede social ex-clusiva para a universidade.

Com essas duas ideias e a ajuda do seu melhor amigo, Eduardo Saverin, Zuckerberg cria o Face-book. Ele acaba conhecen-do Sean Parker, criador do Napster, que se torna um mentor e o auxilia a expan-dir a ideia. Com a popula-rização do site, Zuckerberg rompe com Saverin e aca-ba tendo que responder a dois processos federais.

Fincher consegue cons-truir a história mostrando duas realidades: a mente agitada de Zuckerberg, que parece sempre ausente, e o que acontece ao seu re-dor. É interessante o modo como o diretor mostra a construção dos relaciona-mentos offline e o interes-se de cada um, mostrando que “você não consegue 500 milhões de amigos sem fazer alguns inimigos”.

mArCellA GAdotti/loGin

diVulGAção

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JAneiro 20148

O MSN ficou offline

Quando a Microsoft anun-ciou o fim do Messenger em 2012, muitas pessoas

declararam “o fim de uma era” na internet. Criado em 1999 para competir com outros progra-mas de mensagens instantâneas, como o ICQ, o famoso MSN foi descontinuado com mais de 300 milhões de usuários e como líder absoluto do mercado. Aqui no Brasil, o serviço demorou para se estabelecer - especialmente pela infra-estrutura da internet no país - o que só mudou a partir de 2002, com o programa já em sua quinta versão e sendo parte integral do sistema Windows XP, que foi por muito tempo o siste-ma dominante no Brasil.

O MSN foi encerrado oficial-mente no dia 13 de abril de 2013 em todo o mundo - com exceção da China continental - e os usu-ários que quisessem continuar usando sua rede de contatos da Microsoft deveriam migrar para o novo serviço de mensagens ins-tantâneas da empresa, o Skype. O motivo da mudança, de acor-do com a própria Microsoft, é aumentar sua base de contatos e criar maior integração entre to-das as plataformas em que a rede opera, como os computadores e os dispositivos móveis em geral, como tablets, smartphones etc.

O concorrente levou a melhorAntes dos usuários do Mes-

senger migrarem contrariados para o Skype, ele tinha por volta de 170 milhões de usuários, que passavam 2 bilhões de minutos diários conectados - equivalente a 33 milhões de horas. Criado por Niklas Zennstrom e Janus Friis, esse serviço de ligações e chama-das de vídeos gratuitas comple-tou uma década em 2013.

Logo quando surgiu, o Skype se tornou líder no ramo de li-gações de voz via internet. Dois anos depois, foi comprado pelo eBay por um valor de 2,5 bilhões de dólares. Nos primeiros meses sob a nova direção, os negócios não iam bem: o eBay chegou até a declarar ter superestimado o valor do programa.

Com a maior socialização a partir da versão 3.1, a situa-ção começava a melhorar para o Skype, mas ainda com alguns problemas. O Skypecast, serviço que permitia criação de confe-rência com até cem participan-tes, não atingiu a qualidade mí-nima esperada e foi fechado no ano de 2008.

Em busca de mais interação entre os usuários, o programa incluiu as funções SkypeFind (es-pécie de guia telefônico), novas opções para procurar pessoas conhecidas (diretório do usuá-rio) e plugins com jogos e outros recursos. Além disso, investiram nas vídeo conferências em HD, compartilhamento de tela, no Skyep WiFi e, por fim, na ex-pansão para todos os dispositivos móveis (Android, iPhone e iPad).

Em 2009, o Skype foi adqui-

rido com participação majoritá-ria pelo fundo de investimentos Silver Lake. Companhias e outros fundos como os donos anteriores (eBay), CPP Investment, Andree-sen Horowitz e Canada Pension Plan Investment Board manti-nham também direitos sobre o programa. A situação mudou quando, em maio de 2011, a Mi-crosoft confirmou a compra do Skype por 8,5 bilhões de dólares.

O legado do MSNO MSN foi uma febre tão

grande entre os adolescentes que seu uso acabou por influenciar a vida deles. A linguagem am-plamente difundida pelo meio virtual precisava acompanhar as demandas do serviço: as mensa-gens instantâneas permitiam co-municação ainda mais rápida e eficaz quando se abreviava pala-vras. Esse hábito, no entanto, co-meçou a aparecer na prática co-tidiana, nos ambientes escolares.

Enquanto os jovens aprovei-tavam essa tecnologia, os pais e professores se preocupavam com tamanha influência. As palavras abreviadas e neologismos passa-ram de ocasionais a frequentes. Essas pequenas transgressões, porém, precisavam ter um fim, uma vez que a linguagem padrão

é fundamental para o melhor de-sempenho nos vestibulares e no ambiente profissional. Formada em Letras, Amanda Batistela ana-lisou essas influências do MSN e a linguagem virtual na vida dos adolescentes. Segundo ela, uma solução vista pelos professores em geral foi trabalhar a questão das variantes linguísticas dentro das salas de aula.

Com o fim do MSN, muitos se perguntaram qual seria a rede social sucessora, a nova queri-dinha dos jovens. A intenção da Microsoft era que o Skype fosse o programa escolhido. No entan-to, nem todos os usuários gosta-ram da experiência de usá-lo ou conseguiram se acostumar total-mente com sua interface.

A psicóloga Carla Costa Bar-ros acredita que o Facebook é a rede que mais se aproxima do que o MSN foi para os jovens, sendo uma ferramenta de entre-tenimento, socialização, intera-ção e diversão. “Parece que o Fa-cebook não só supriu essa oferta, como agregou outras possibili-dades tecnológicas que o MSN não oferecia e o Skype também não oferece; tais como: postagem de fotos, vídeos, atualizações de notícias e a grande curtição dos jovens que é a possibilidade de expressarem suas emoções e vi-vências, numa espécie de diário virtual”, argumenta Carla.

JonAs lÍrioGioVAnnA HespAnHolColunistA de LOGIN

Após mais de 10 anos no mercado, o Messenger deu lugar ao Skype

Aline sentone/teC mundo

Para mais informações, acesse o site

www.jm.com.br/login

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JAneiro 2014 9

140 caracteres que mudaram a internetA história do Twitter e como sua dinâmica revolucionou as mídias sociais

Por que escrever em 140 caracteres o que pode ser publicado em blogs e ou-

tras redes sociais sem esse limite bobo?” – essa era a pergunta que mais se ouvia quando o Twitter surgiu em 2006. O limite, porém, não parece ser um problema para os mais de 645 milhões de usuá-rios que enviam cerca de 58 mi-lhões de tuítes por dia e que fazem a rede valer quase US$ 33 bilhões.

Antes chamado de “Status” por Jack Dorsey, criador da rede, o projeto passou por várias mudan-ças até se tornar indispensável, hoje, para empresas, governos e, claro, para amantes da rede. Pro-curando no dicionário por nomes, Dorsey e seus sócios encontraram a palavra “twitter”, que signi-fica “uma pequena explosão de informações inconsequentes” e

também “pios de pássaro”. O li-mite de caracteres surgiu depois, e o número foi escolhido para que houvesse espaço para o nome do usuário quando seus tuítes fossem enviados por celulares via SMS, onde o limite é de 160 caracteres.

Foi a partir de 2007 que a rede começou a ganhar visibilidade, graças ao festival de música e fil-mes South by Southewest (SXSW). Sabendo da presença de empresá-rios e criadores do ramo tecnoló-gico, os criadores do Twitter apro-veitaram o festival para divulgar o microblog. A propaganda deu certo, já que o número de tuítes por dia pulou de 20 mil para 60 mil durante o evento e o número

de usuários passou a crescer ex-ponencialmente a partir dali.

Se o Twitter é tão usado hoje, é porque qualquer um tem voz na rede – mesmo que não seja ouvida por todos, é possível falar de tudo lá. Debates políticos, opiniões so-bre os assuntos mais comentados e conversas entre amigos são ati-vidades costumeiras na rede. Mas o grande atrativo do microblog foi a possibilidade de conversar dire-tamente com os ídolos. Cantores, atores, escritores e outras celebri-dades encontraram no Twitter a chance de se aproximar de seus fãs, seja postando fotos de seu dia a dia ou respondendo perguntas.

Porém, o microblog não serve só para saber o que Britney Spears comeu no café da manhã: mui-tas notícias chegam primeiro ao Twitter para só depois explodirem na mídia. Acidentes, desastres na-turais e o placar do jogo de fute-bol são comentados pelas pessoas

até chegarem a todos. A captura e morte do terrorista Osama bin La-den em 2011 foi um desses casos.

Assim como as celebridades, empresas também aproveitam a rede para se comunicar com clientes, divulgar sua marca e criar uma identidade com o pú-blico. A via única de informação rapidamente se transformou em uma de duas mãos: se uma em-presa pode fazer propaganda de sua marca, um cliente insatisfeito pode acabar com a reputação da companhia em poucos segundos.

Por ser tão aberto, o Twitter conseguiu se firmar como im-portante plataforma e ser usado mesmo por quem prefere outras redes. Se muitos se sentem amar-rados ao limite de caracteres, ou-tros se sentem livres para se ex-pressar da forma como quiserem e conectar-se com usuários com gostos em comum. É a rede social em sua forma mais básica.

JonAs lÍrio

A vida das celebridades brasileiras e internacionais está longe de ser apenas glamour. Acusações, brigas, insinuações e alfinetadas são frequentes em redes sociais entre os famosos. Uma das mais utilizadas para isso é o Twitter, que torna públicas e repercute brigas de celebridades que externam à sociedade rivalidades entre

famosos. Confira algumas das brigas que mais repercutiram na internet:

Lady GaGa e Perez Hilton já foram considerados gran-des amigos, mas hoje são inimigos declarados. A briga no Twitter começou quando um seguidor de GaGa disse que Perez havia estado em seu prédio. Enfurecida, a cantora de “Born This Way” mandou que o blogueiro parasse de perseguí-la e que ficasse longe de sua família. Perez disse que GaGa maltratava seus funcionários e que estava ape-nas tentando promover “Applause”, lançado na mesma semana. Ambos apagaram os tuítes depois de um tempo.

Tudo começou quando perguntaram a Sheron Menezzes sobre o look de R$ 40 mil que Valesca Popozuda usou no Fashion Rio. A atriz disse que nunca gastaria tanto e que preferia investir em obras sociais. Valesca se defendeu: “Sheron, meu amor! Te admiro, mas não fala bobagem; eu vim da favela, ralei muito e nunca seria capaz de gas-tar 40 mil numa roupa pra nada!”. Sheron, então, tuitou: “Cada um gasta seu dinheiro como quer. Nem tinha visto sua foto, mas agora vi e você estava linda. Beijos”.

Vendo uma matéria de Carla Vilhena com Moranguinho, Bruno Chateaubriand comentou, “essa jornalista casou de luvas. Será que a Moranguinho também vai?”. Carla res-pondeu: “na impossibilidade de ser a noiva, restou-lhe implicar com as luvas…”. Bruno retrucou dizendo que as pessoas têm a mania de “meter a sexualidade no meio”. Carla disse que amava luvas, mas que suas preferidas eram as de pelica. Bruno finalizou: “Homofóbico tem que pensar duas vezes antes de postar uma besteira como essa”.

Amanda Bynes resolveu fazer comentários ofensivos a Rihanna em seu Twitter. Para ela, Chris Brown bateu na cantora porque ela não era bonita o bastante. A cantora, então, perguntou se seus fãs tinham visto o que aconte-cia quando um programa como “Intervention”, série que mostra casos de viciados em drogas e álcool, era cance-lado. Bynes, então, respondeu, “ao contrário de sua cara feia eu não uso drogas! Você precisa de uma intervenção, cadela! Já vi sua cara feia, você não é bonita e sabe disso!”

AnA oliVeirA ViCtor reZende

MundoBrasil

Usuários

645 milhões

76 milhões

Sexo47% homens53% mulheres

Média deidade

59% homens41% mulheres

24 anos

22 anos

Plataformas móveis

Mais seguidos

176 milhõesde usuários

44 milhõesde usuários

Katy Perry (49,3 milhões)

Kaká (17,7 milhões)

@perezHilton @ladyGaga

@bchateaubriand@carlavilhenaa

@sheronmenezzes @valescapgaiola

Fonte: Beevolve; Peer Reach

@amandabynes@rihanna

Noooossa, eu não deixava... #tretas

#RIPbaleiaA baleia de erro do Twitter foi aposenta-

da em 2013

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BiAnCA ArAntesflÁViA nosrAllA

Efeito bola-de-neveDescuidos podem tomar proporções desastrosas em poucos minutos na web

No segundo semestre de 2013, o Brasil viu três casos de “porn revenge”

amplamente divulgados, em que adolescentes tiveram suas fotos e vídeos íntimos expostos na rede. O fato de duas das vítimas terem se suicidado fomentou a discus-são sobre a privacidade online.

Despreocupadas, as pessoas vivem postando fotos, informa-ções sobre suas vidas pessoais e profissionais, além de fazerem check-in em seus locais preferi-dos. Os gadgets nunca param.

O Facebook é usado por mais de 67 milhões de brasileiros e tem seu pico de uso entre 20h e 21h, segundo dados de 2013 apurados pelo Scup, um site es-pecializado em análise das mí-dias sociais

Para José Carlos de Araújo Al-meida Filho, professor de Direito Processual Civil na Universidade Federal Fluminense, as redes so-ciais ampliam nossa intimidade. “O que antes fazíamos e sempre fizemos era restrito a um gru-po de amigos. Com a internet e o uso das redes sociais, não mais nos contentamos em manter esse espaço e ampliamos para um universo virtual e sem limites”, ressalta o professor. As pessoas é que estão se expondo, e não sen-do expostas pelas redes.

Já para Emerson Alecrim, criador do InfoWester e gradua-do em Ciências da Computação, “essas ações, muitas vezes, são

fruto da necessidade de serem aceitas, alvos de admiração, afeto, atenção e incentivo”. E esclarece: “não há nada de errado com isso, afinal, somos seres sociáveis, mas é necessário agir com prudência para não deixar que esses estados emocionais façam a pessoa igno-rar cuidados básicos”.

Apesar desse novo hábito pa-recer insignificante, muitas vezes os dados podem servir de instru-mento para indivíduos mal-in-tencionados, como afirma José Carlos; “o problema da exposi-ção extremada é que tudo quan-to você produz ou insere pode servir para ‘alimentar’ pessoas que estão surfando na rede com má-fé”. O criador do InfoWester compartilha a mesma opinião e alerta para a possibilidade de o indivíduo se ver envolvido em polêmicas em decorrência da má interpretação de suas opiniões compartilhadas na rede.

Como se proteger?Emerson Alecrim acredita que

“não é necessário ficar comple-tamente anônimo na internet, mas é preciso tomar cuidado para não revelar informação de-mais, como fotos que deixam cla-ro onde você mora (a fachada da casa pode ser relevadora numa cidade do interior) ou que mos-trem a placa do seu carro”.

E os descuidados? O Brasil ainda está desenvol-

vendo uma legislação especiali-zada em crimes online. Por en-quanto, esses crimes são julgados de acordo com os códigos civil e penal. Em 2013, após a invasão e publicação de imagens pessoais do computador da atriz Carolina Dieckmann, foi criada uma lei que ficou popularmente conhe-cida pelo nome da atriz.

Para Emerson Alecrim, a “Lei

Acesso fácil às redes aumenta os casos de “porn revenge” e tem prejudicado a vida dos usuários, sobretudo das mulheres.

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JAneiro 201410

Dicas para se manter seguro na redeNão postar fotos que identifiquem casa, carro, locais frequentados, ou outros dados pessoais;

Trocar as senhas das re-des sociais regularmente.

Não adicionar desconheci-dos nas redes sociais;

Não compartilhar dados pessoais ou fotos intimas em redes sociais, mesmo por mensagem privada;

Evitar fazer check-in em locais públicos - se o fizer, que seja na saída;

Não armazenar fotos ou dados pessoais em qual-quer disposítivo móvel;

Restrinjir as suas infor-mações mais íntimas a amigos, não deixando que qualquer pessoa possa ver seu conte-údo no Facebook, por exemplo;

Carolina Dieckmann” tipifica, por exemplo, atos como invasão de computadores, captura de se-nhas e obtenção não autorizada de conteúdo privado ou sigiloso.

Marco Civil: O que éÉ um projeto de lei que tem a

intenção de determinar direitos e deveres em relação à utiliza-ção da internet no Brasil, regula-mentando o que é crime ou não.

Como beneficia os usuáriosA proposta pode trazer be-

nefícios de várias formas, como combater possíveis abusos de uma empresa que atua na inter-net em relação aos dados que ob-tém de seus usuários, evitar que um provedor se apoie na falta de regras para dar prioridade ao tráfego de determinado conteú-do, tratar de aspectos referentes à privacidade, entre outros.

Dados divulgados em redes sociais podem

ser usados por pessoas de má fé

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JAneiro 2014 11

Dia desses, estava eu à procu-ra de notícias sobre um seriado norte-americano, quando um link se redirecionou para uma rede social bem difundida entre os jovens. Com cara de blog, mas com um toque mais descolado: o Tumblr. Conheci essa platafor-ma no começo de 2011, quando ela já tinha quase quatro anos de funcionamento. Desde então, tem sido um dos sites mais recor-rentes no meu histórico da web.

O Tumblr conta com mais de 166 milhões de usuários e bi-lhões de postagens. Só por aí, já se pode ver a popularidade dele. A primeira vantagem é logo mos-trada na página inicial da plata-forma: não são necessários mais que 30 segundos para criar uma conta. Prático, não?

Lendo uma notícia da Agên-cia O Globo sobre a plataforma e a estrutura despojada em que seus programadores trabalham, deparei-me com um trecho que sintetiza o que é o Tumblr: “são coleções temáticas: só estantes, só rótulos, montagens fotográfi-cas fazendo graça com algum di-

tador. Temas tão vastos quanto a rede”. E é bem isso. Uma mistura de Twitter sem limites de carac-teres, Facebook e Instagram.

Diferente de outras redes so-ciais em que existe uma estrutu-ra visual pré-estabelecida e nas quais só se pode alterar alguns detalhes, o Tumblr traz de volta uma característica fundamental dos blogs. Com a possibilidade de mudar os templates, a rede

fica exatamente sob o gosto do usuário - o que, a meu ver, é um diferencial, já que proporciona maior identificação com o cria-dor da conta. Naquele ambiente, ele não é só mais um - é único.

Em meados do ano passado, o Tumblr foi adquirido pela Yahoo, uma manobra arriscada em bus-ca do rejuvenescimento da mar-ca. E foi um tiro certeiro, já que a rede é bastante popular entre

os jovens. Se a empresa investir em propaganda e conseguir um crescimento das ações, a rede de blogs pode atingir a popularida-de do Facebook e do Twitter.

E lá se encontra de tudo: de frases curtas inspiradas em Cla-rice Lispector (ou copiadas) a fotomontagens e imagens diver-tidas sobre diversos temas. Tudo isso com a possibilidade de inte-grar as postagens às outras redes sociais de maneira fácil e rápida. Outra vantagem do Tumblr são as versões para dispositivos móveis - iPhone, Android e Blackberry. Além disso, ele permite acesso a outras plataformas, como e-mail e um sistema de voz em que o usuário liga para o número espe-cificado nas configurações.

Diante de todas essas facilida-des, só resta uma questão: quem é você no Tumblr?

[email protected]

GioVAnnA HespAnHol

São tantas as oportunidades oferecidas pela internet que fica difícil escolher o que

fazer online. Para quem gosta, a leitura de textos em diversos for-matos e sobre variados assuntos é uma das atividades mais pro-dutivas que vai além do simples entretenimento. Há pesssoas que buscam somente uma distração; outras, opiniões de pessoas con-sideradas relevantes. Temas seg-mentados e conteúdo jornalístico também estão no topo da lista de busca dos usuários.

Um formato que foge dos tra-dicionais portais de notícia é o blog: um espaço pessoal no qual seu criador pode compartilhar informações e expressar livre-mente seu ponto de vista sobre determinado assunto. Criados em 1997 por Jorn Barger, os “weblogs” – termo utilizado na época – se popularizaram em

1999, quando a pioneira Blogger desenvolveu um sistema de auto-matização das publicações. Esse sistema permitiu que qualquer pessoa pudesse aprender facil-mente como operar as ferramen-tas e não precisasse transformar seu texto em código HTML.

No início, os bloggers se limi-tavam a postar apenas links que levavam o leitor a outros sites. Isso promovia a autodivulgação, pois era preciso dar os créditos quando um blog utilizava o link de outro. Com a simplificação

dos mecanismos da plataforma, muitas pessoas começaram a es-crever páginas pessoais, tratando o espaço como um diário online ou utilizando para divulgação de conteúdos que fossem considera-dos interessantes.

Hoje, esse grupo de bloggers é minoria. Empresas passaram a ter páginas online para manter contato com os clientes, aumen-tando a publicidade e facilitando suas pesquisas; jornalistas come-çaram a utilizar o espaço para publicar o que seus veículos de

trabalho não permitem; e pesso-as que dominam certo assunto criaram blogs para compartilhar conhecimentos e impressões.

As redes sociais têm um papel relevante na pauta dos blogs, já que é por meio delas que os es-critores recebem retorno dos leitores. Além de proporcionar um contato direto com o públi-co alvo, elas são utilizadas pelos bloggers na forma de ferramen-tas de divulgação.

Os bloggers que decidem fa-zer de sua página um trabalho buscam se firmar como autên-ticos profissionais, procurando meios de remuneração que aten-dam seus interesses e estejam de acordo com a proposta do blog. Apesar das dificuldades, os blo-gs conseguiram se instituir como mídia, conquistando o respei-to de leitores tradicionais e ga-nhando cada vez mais no quesito influência, pois são livres para agir de forma mais carismática e direta que outros veículos.

Do passatempo ao conteúdoOs blogs se reinventaram ao longo dos anos e mostraram que vieram para ficar

moemA noVAistAtiAne de sousA

Traduzido para doze idiomas, o Tumblr contabiliza 900 postagens por segundo. Os usuários gastam

24 bilhões de minutos por mês na plataforma.

Bruna Vieira criou o depois dos quinze em 2008 para superar uma desilusão amorosa. Hoje, o blog conta com mais de 400 mil leitores

moemA noVAis/loGin

fliCkr/BrVieirA

Leia mais colunas de

Giovanna Hespanhol em

www.jm.com.br/login

Blogando

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JAneiro 201412

Em tempos de explosão das redes sociais, também surgiram aque-las que não deram muito certo. Preparamos uma seleção das redes sociais que falharam na execução ou na popularidade – e “flopa-ram”. Não estranhe se não estiver logado!

TopFlopAmAndA mourA

Xanga - Já ouviu falar nos “Xangans”? Enquanto alguns blo-ggers optam pelo Blogspot, outros pelo Wordpress, os Xan-gans postam em… Xanga. A plataforma é um exemplo de

azar temporal, com ferramentas semelhantes às das outras citadas, ela foi “sufocada” pelas que surgiram logo após. A rede social se mantém apenas em inglês.

iTunes Ping - Em 2010, o iTunes Ping foi anunciado como a grande rede para os apaixonados por música e só funcio-nava dentro dessa linha de produtos. E como nada é pior que

fórmula que deu errado, a Apple soube dizer que não estava satisfeita com a pouca recepção de seu produto e encerrou os serviços da rede social. Flop bom é flop assumido!

Diáspora - Esse é o caso de uma rede que atingiu seu ápice antes da prática. Afinal, a inovação vinha na proposta: qua-tro estudantes (nerds) que prometiam uma rede social con-

tra-corrente, que viria como ‘oposição’ à característica comercial do Facebook. Infelizmente, a inexperiência dos rapazes traiu suas ideias e fez com que a versão alfa falhasse.

MySpace - A mais velha da lista surgiu em 2003 como uma rede de interação através de fotos, fóruns e perfis. Com seu desenvolvimento, se tornou mais específica para a música e

o uso se voltou às fanpages, com popularidade maior em alguns paí-ses. Críticas apontam que a rede se debruçou demais em propaganda e negligenciou a finalidade de interação social da plataforma.

Google+ - A campeã se sagra por ser quase um paradoxo. Com o maior número de usuários entre todas as redes, to-dos ainda se perguntam: onde estão tais usuários? O segredo

da popularidade está no próprio nome: é a rede social do Google e muitos cadastram-se indiretamente. A falta de assiduidade se explica porque ele não oferece real interação e convivência social online.

pC siqueira ficou conhecido no youtube através

do seu canal Maspo-xavida. pC começou a postar os vídeos em 2010 e toda semana o vlogueiro escolhe um ou mais temas que estão em destaque ou algo sobre o seu próprio cotidiano. pC siqueira ganhou diver-sos prêmios por seu sucesso no youtube, e em 2011 ganhou seu próprio programa na antiga mtV.

Joe penna, mais conhecido por Mystery Guitar

Man chamou a aten-ção dos usuários do youtube já em 2006, nos primeiros anos da rede de vídeos. logo ele ganhou também a atenção da mídia in-ternacional. seus ví-deos são carregados de humor e efeitos especiais. em 2010 o mystery Guitar man chegou a ser o canal brasileiro com mais inscritos no youtube.

Epic Rap Battles of History ga-nhou destaque

por promover diver-tidas batalhas de rap com grandes perso-nalidades da história e da ficção mundial, como o combate en-tre o ditador Adolf Hitler e o persona-gem darth Vader. o canal foi criado pelos rappers comediantes peter shukoff e lloyd Ahlquist e hoje tem mais de 800 milhões de visualizações.

Não Faz Sen-tido era uma série de vídeos

que o carioca felipe neto postava em seu canal do youtube. os vídeos consistiam nas diversas críticas feitas por felipe a as-suntos da atualidade, principalmente volta-dos a interesses do público adolescente, como a banda restart e a saga Crepúsculo, cujo vídeo teve mais de 13 milhões de visu-alizações.

Porta dos Fun-dos é um canal de humor criado em

2012 que ironiza ou critica alguma situação do cotidiano, levando a cena a circunstân-cias beirando o ab-surdo. Alguns vídeos geraram muita polêmi-ca por conter críticas religiosas. em apenas seis meses o canal já possuía mais de 30 milhões de visualiza-ções e hoje é o canal brasileiro com mais inscritos no youtube.

Quem já não passou horas se divertindo com os mais bizarros vídeos do YouTube? Vlogs, filmes, música, humor, enfim, há de tudo nessa rede e há também aqueles que atingiram a fama graças aos vídeos postados no site. O Login preparou um top5 das celebridades do YouTube. Com certeza você conhece alguns desses canais:

Top5 Sucessos do YouTubeiHAnnA BArBosA

Curtinhas da Edição

Mudança de visual. O Twitter anunciou na segunda-fei-ra, 13 de janeiro, uma mudança no layout da versão web do serviço, com objetivo de alinhar o design com as versões para Android e iOS. A principal diferença é a substituição da barra escura superior, deixando-a com um novo design mais claro e limpo.

Simplificando as vendas. A PayPal quer simplificar seu siste-ma de compras pela internet, com intuito de facilitar as ven-dar por meio de plataformas móveis, num processo que vai levar poucos segundos e terá menos passos do que antes. A novidade está em fase de testes e deve começar a funcionar ainda esse semestre nos Estados Unidos.

Aposentadoria do XP. A Microsoft voltou a adiar o encer-ramento do suporte para o Windows XP de abril de 2014 para julho de 2015. O sistema operacional não deixará de funcionar, mas não terá novos drivers ou correção de falhas de segurança. A aposentadoria do XP tenta forçar usuários a migrarem para novos pro-dutos, apesar de ele ainda ser usado em 32% dos computadores no mundo.

Permitido mencionar. Quem usa o Tumblr agora pode citar outros usuários em suas publicações. A novidade visa tornar a plataforma mais parecida com outras redes sociais, como Twitter e Facebook.

mArÍliA GArCiA

repr

od

ão