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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA AVALIAÇÃO DA ADUBAÇÃO VERDE EM CONSÓRCIO COM O MILHO (Zea mays L.). PABLO JEAN CERUTTI SORRISO MT JUNHO DE 2012

FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE CURSO DE AGRONOMIA · 2018. 9. 15. · Ao professor Bruno Guilherme Torres Licursi Vieira. A todos os demais professores. Ao Posto Redentor pelo emprego

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DA ADUBAÇÃO VERDE EM CONSÓRCIO COM O MILHO (Zea mays L.).

PABLO JEAN CERUTTI

SORRISO – MT JUNHO DE 2012

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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE

CURSO DE AGRONOMIA

AVALIAÇÃO DA ADUBAÇÃO VERDE EM CONSÓRCIO COM O MILHO (Zea mays L.).

PABLO JEAN CERUTTI

Monografia apresentada ao curso de Graduação em Agronomia da FACEM, como parte dos requisitos para a obtenção do titulo de Eng. Agr. Sob orientação do Professor Eng. Agr. Kater Edi Jacomasso.

SORRISO – MT JUNHO DE 2012

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DEDICATÓRIA

A toda minha família.

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AGRADECIMENTOS

A minha família pelo apoio e incentivo para a realização do curso.

A Claudir Bussolaro e família.

Ao professor e orientador Kater Edi Jacomasso.

Ao professor Bruno Guilherme Torres Licursi Vieira.

A todos os demais professores.

Ao Posto Redentor pelo emprego durante o período.

Aos colegas Tiego Aparecido Xavier dos Santos, Rudinei Janissek, Ronei Siquira,

Ludemir Jorge Bellever Cioato, Denis de Barros Gemeli, Mateus Ferreira Mota,

Carlos Gilberto Capitanio, Edson Dias, Raicler Bonavigo, Caritaiana Pull dos Santos,

Queila Francisca Sousa, pela companhia.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS .......................................................................................... i

RESUMO ............................................................................................................. ii

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................... 3

2.1 MILHO .......................................................................................................... 3

2.2 BENEFÍCIOS DO USO DE LEGUMINOSAS COMO ADUBAÇÃO VERDE 4

2.3 NITROGÊNIO ............................................................................................... 6

2.4 FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO .................................................. 7

2.5 CULTIVO CONSORCIADO ......................................................................... 8

2.6 CROTALÁRIA SPECTABILIS (Crotalaria spectabilis Roth) .................. 10

2.7 BRAQUIARIA BRIZANTA (Brachiaria brizantha).................................... 10

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO .......................................................... 12

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 15

5 CONCLUSÕES ............................................................................................. 18

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 19

7 ANEXOS ....................................................................................................... 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Análise de variância do experimento com Fonte de Variação (FV), Graus de Liberdade (GL), Quadrados Médios (QM), para variáveis Distancia do entre nó (DN), Diâmetro do colmo (DC) e Produtividade (P)...................................................15 Tabela 2 - Distância do entre nó (DN), Diâmetro do colmo (DC) e Produtividade (P)

....................................................................................................................................16

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RESUMO

CERUTTI, P. J. Avaliação do efeito da adubação verde em consorcio com o milho (Zea mays L.). Sorriso-MT, 2012. 42 p. (Monografia) - FACEM Faculdade

Centro Mato-Grossense.

O consórcio consiste em plantio de uma cultura principal com objetivo econômico e outra cultura intercalada para fim de adubação verde. O milho é uma cultura com alta extração de nitrogênio através da exportação nos grãos, que pode ser compensada com a prática da adubação verde pois a mesma pode suprir grandes quantidades de nitrogênio. O objetivo do trabalho foi aliar a contribuição ou prejuízos da Crotalaria spectabilis Roth e Brachiaria brizantha cultivadas em consórcio com milho. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições contendo 24 parcelas com 6 linhas de 6 metros de comprimento, considerando as duas linhas laterais como de bordadura. Foi avaliado a distancia entre no, espessura do colmo e a produtividade. O melhor rendimento de grãos para o milho foi obtido em milho solteiro com uréia, o consórcio milho com c. spectabilis, teve resultado positivo com produtividade superior a testemunha, diferente do consórcio com braquiária que teve a menor produtividade.

Palavras-Chave: Brachiaria brizantha, Adubação Verde, Crotalaria spectabilis Roth.

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ABSTRACT CERUTTI, P. J. Evaluation of the effect of green manure in consortium with corn. Sorriso - MT, 2012. 40 p. (Monograph) - FACEM Faculty Center Mato Grosso.

The consortium consists of planting a main crop in order and economic order

to another culture interspersed as green manure. Corn is a crop with high nitrogen extraction through the export of grain, which can be matched with the practice of green manuring because it can supply large amounts of nitrogen. The objective was to combine the contribution or loss of Crotalaria spectabilis Roth and Brachiaria brizantha with corn grown in consortium. The experimental design was a randomized complete block design with four treatments and six replicates containing 24 plots with six rows of six meters in length, whereas the two side lines as the border. We evaluated the distance between the thickness, stem and productivity. The highest grain yield for corn was obtained in single corn with urea, the consortium maize with Crotalaria spectabilis, was positive with productivity than the witness, other than the consortium to Brachiaria had the lowest yield. Keywords: Brachiaria brizantha, Green Manure, Crotalaria spectabilis Roth.

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1 INTRODUÇÃO

No Brasil a média de produtividade do milho vem sendo melhorada nos

últimos anos devido à maior emprego de tecnologia nos setores produtivos. Junto

com maiores produções existe também um consumo crescente do milho, e devido

ao aumento da população existe a necessidade de aumentar a produção de

alimentos onde o milho é um dos cereais que tem muita importância nesse sistema.

Utilizado na alimentação humana por ser um alimento altamente nutritivo e

de fácil acesso, porem tem como principal destino a alimentação animal como

componente principal das rações utilizadas para suínos, aves e bovídeos.

A cultura do milho tem como um dos principais nutrientes exportados o

nitrogênio. Considerado um macronutriente, na planta tem a função de desempenhar

o crescimento e formação da clorofila e sua aplicação em cobertura responde em

aumento de produtividade nas gramíneas (RAIJ, 1991).

O nitrogênio é um nutriente aplicado em quantidade variável dependendo da

cobertura anterior e da exigência da cultura em uso. Com o objetivo de suprir a

quantidade disponibilizada pelo solo aplica-se o nutriente principalmente nas formas

comerciais de uréia ou sulfato de amônia em cobertura. Porem estas aplicações

aumentam os custos de produção e exigem maior consumo de combustíveis fosseis

para produção e aplicação contribuindo para uma maior poluição ambiental.

Uma alternativa para melhorar o desempenho das atividades agrícolas

visando a sustentabilidade do sistema seria a utilização da adubação verde, onde

são cultivadas espécies principalmente as leguminosas que em simbiose com

bactérias conseguem fixar o nitrogênio atmosférico no solo disponibilizando para

culturas sucessoras ou cultivadas em sistema de consorciamento.

A utilização da adubação verde é uma prática viável, pois a quantidade de

nitrogênio fixada pela associação planta bactéria pode ser muito satisfatória

chegando a 500Kg/ha/ano (CATANI, 1954).

A adubação verde é uma prática sustentável que pode reduzir ou eliminar o

uso de fertilizantes nitrogenados, pois consiste no plantio de espécies capazes de

reciclar os nutrientes para tornar o solo mais fértil e produtivo (CARVALHO &

AMABILE, 2006).

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Com a realização da adubação verde poderá se diminuir a quantidade de

adubação química nitrogenada na cultura do milho tornando-a mais competitiva, já

que o custo de insumos e aplicação eleva os custos de produção.

Outro fato relevante é a possibilidade de aumentar a formação de cobertura

no solo, fundamental para conservação da fertilidade, favorecendo o aumento de

matéria orgânica e ciclagem de nutrientes.

O objetivo do trabalho foi avaliar a contribuição ou prejuizo Crotalaria

spectabilis Roth e Brachiaria brizantha cultivadas em consórcio com milho, na

questão de fixação biológica de nitrogênio.

Comparar o desenvolvimento das parcelas determinando o qual o

tratamento mais produtivo para o milho.

Com o consórcio de adubos verdes pretende-se descobrir se é possível

diminuir a quantidade de adubos nitrogenados aplicados na cultura do milho

mantendo o mesmo potencial de produtividade de quando cultivado com adubação

química.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 MILHO

O milho é uma das plantas cultivadas mais antigas, estudos arqueológicos

afirmam que o milho já existia como cultura em processo de domesticação a cerca

de 4000 anos, e apresentava características botânicas semelhantes da atualidade,

milho primitivo também foram encontrados em escavações no México fósseis com

cerca de 6000 anos (CAMPOS & FILHO, 1981).

É uma planta de origem tropical, durante seu ciclo exige calor e umidade para

desenvolvimento e produção, portanto se tem realizados estudos sobre as

exigências climáticas do milho objetivando melhores rendimentos agrícolas

(FRANCELLI & NETO, 2004).

Não existem fósseis de milhos fora das Américas, e desde a descoberta da

America o milho já era cultivado do Canadá ate a Argentina, se expandiu por todo o

continente americano utilizado como alimento de vários povos e civilizações,

passando a ser a planta com mais elevado estagio de domesticação (BORÉM,

2005).

Dentro da classificação botânica, o milho pertence a ordem Gramineae,

família Grimanaceae, sub-familia Panicoideae, tribu Maydeae, gênero Zea, espécie

Zea may. O gênero Zea é considerado monotípico e constituído por uma única

espécie Zea mays L (CAMPOS & FILHO, 1981).

A safrinha 2012 de milho tem área estimada de cultivo em 7,188 milhões de

hectares, 22% superior à área da safra passada, o estado com maior crescimento é

o Mato Grosso que acrescentou 732,7 mil hectares cultivados na safra passada. A

produtividade prevista para a segunda safra de milho é de 4.577 kg/ha, 25,5%

superior à obtida na safra passada. Com os dados disponíveis é possível prever

uma produção de 32,898 milhões de toneladas para o milho safrinha, ou 53,1%

superior aos 21,481 milhões obtidos na safra anterior (CONAB, 2012).

Hoje o milho encontra-se disseminado em todo o mundo, utilizado de acordo

com suas características morfológicas, no Brasil a exploração principal é em torno

da heterose resultante de cruzamentos entre milho dentado com duro obtendo o

milho semidentado amarelo (BORÉM, 2005).

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2.2 BENEFÍCIOS DO USO DE LEGUMINOSAS COMO ADUBAÇÃO VERDE

A pouca utilização de culturas como adubação verde anterior ou

consorciadas deve-se a falta de conhecimento sobre a existência e a possibilidade

de aplicação desses adubos verdes como maneira de melhorar e recuperar o solo,

diminuir ou substituir adubos químicos, se tornando uma tecnologia alternativa que

utilizada de forma correta tende a tornar o sistema agrícola mais produtivo e

sustentável (ZAMBERLAM & FRONCHETI, 2001).

De acordo com Martin e Leonard apud Carvalho & Amabile (2006) a

utilização da prática da adubação verde é conhecida pelos gregos, a mais de 5000

anos, eram cultivadas tremoços, ervilhas, favas, lentilhas entre outras.

Um dos primeiros relatos da utilização verde no Brasil foi citado por D’Utra

(1919) apud Carvalho & Amabile (2006) e comenta que são culturas de enterrio

capazes de melhorar as características do solo.

Os conceitos para conseguir manter o solo produtivo por muito anos baseia-

se em sistemas ecológicos sendo realizadas praticas de cultivo que favorecem uma

maior estruturação do sistema. Dessa forma uma das alternativas seria cultivar o

solo com o maior numero de espécies vegetais em mesmo cultivo ou em sucessão

(FORMENTINI, 2008).

O pesquisador Miyasaka desenvolveu um dos primeiros trabalhos com a

introdução de adubos verdes no bioma Cerrado em 1967 com crotalária júncea e

feião no município de Anápolis - GO realizados na estação experimental do DNPEA

(CARVALHO & AMABILE 2006).

Com o desenvolvimento de tecnologias menos poluidoras voltadas a

produção agrícola a adubação verde é uma técnica voltada a princípios

agroecológicos que visam obter uma agricultura mais sustentável fazendo bem ao

homem e ao meio ambiente (FORMENTINI, 2008).

Podendo suprir grandes quantidades de nitrogênio a adubação verde usada

em sistema de plantio direto ou em incorporação pode suprir grandes quantidades

do nutriente para culturas sucessoras resultando em aumentos de produção com

minimização de custos. Alem da fixação biológica de nitrogênio a adubação verde

reduz as camadas compactadas protege o solo contra erosão hídrica, diminuição da

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incidência de radiação solar também supreção de plantas daninhas e controle de

nematóides e doenças (SOUZA & LOBATO, 2004).

Conforme Malavolta (1981) adubos verdes trata-se de um material vegetal

fresco que ao ser incorporado ao solo com a finalidade de adicionar matéria

orgânica formadora de húmus e disponibilização de demais nutrientes sendo uma de

suas vantagens a capacidade de retirar nutrientes das camadas mais profundas do

solo devolvendo-os a superfície.

A composição da matéria orgânica tem composição variada de acordo com o

constituição dos seres vivos que a produziram, ou seja carbono, hidrogênio,

oxigênio, enxofre e fósforo formam a estrutura da matéria orgânica que não se trata

apenas de fonte de nutrientes, mas através das longas cadeias orgânicas funciona

como condicionador de solo, agregando as partículas minerais e conferindo ao solo

condições favoráveis de porosidade e friabilidade. (RAIJ, 1991).

De maneira geral todos os solos contêm alguma porcentagem de matéria

orgânica, normalmente essa porcentagem não é grande suficiente para caracterizar

um solo como orgânico, pois a quantidade de matéria orgânica requerida varia de

acordo com o teor de argila e a porcentagem presente no solo pode diminuir de

acordo com as práticas de manejo adotadas, a necessidade de matéria orgânica

varia conforme o tipo de solo, pois é necessário mais matéria orgânica para cobrir

um grama de argila em comparação a uma partícula mais granular (TROEH &

THOMPSON, 2007).

A matéria orgânica é resultante do processo da fotossíntese, onde durante o

desenvolvimento das plantas transforma nutrientes minerais, gás carbônico, oxigênio

e hidrogênio em compostos orgânicos, depositados no solo conforme o

desenvolvimento dos vegetais, tornando-se um componente fundamental do solo

(RAIJ, 2011).

Nos cerrados a decomposição das plantas e bastante acelerada devida a alta

umidade e temperatura, essa decomposição é acelerara ainda mais devida a relação

C/N da planta, em relação a soja a principal cultura dos cerrados o problema é ainda

maior pois a cultura tem pequena produção de cobertura morta principalmente

quando é cultivada em monocultura, portanto é imprescindível rotação de culturas

planejadas visando uma maior produção de matéria orgânica no sistema de plantio

direto (EMBRAPA, 2007).

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Nos Cerrados devido a alta temperatura e umidade a decomposição da

palhada é bastante rápida, podendo ser ate 10 vezes mais rápidas do que em

regiões temperadas, portanto é importante realizar rotação de culturas onde se

possa implantar espécies com alta produção de cobertura morta ou que tenham uma

taxa de decomposição mais lenta (Lal & Logan, 1995 apud, BOER, et al, 2008;).

2.3 NITROGÊNIO

O nitrogênio é um elemento indispensável para a vida das plantas,

praticamente não existe em rochas que originam os solos, a fonte do nutriente é a

atmosfera onde representa quatro quintos do volume se tornando o elemento

predominante, é transferido para o solo através de descargas elétricas ou fixação

direta por microorganismos do solo, esta presente predominante em formas

orgânicas (RAIJ, 1991).

No solo o nitrogênio esta em constante transformação de formas orgânicas

para inorgânicas ou vice-versa, dependendo da interferência de microorganismos

presentes, as perdas podem ocorrer no solo em relação a matéria orgânica que em

condições de equilíbrio reflete as adições favorecidas pelo aumento da matéria

morta evitando a diminuição pelos anos de cultivo ou resultando em perdas no

sistema resultando da manejo inadequado na manutenção da matéria orgânica que

pode ser diminuída por queimadas e revolvimento do solo (RAIJ, 1991).

Nas plantas a deficiência de nitrogênio apresentam-se amareladas com

crescimento reduzido, nas folhas mais velhas inicia o desenvolvimento de uma

clorose, e as mais novas se mantêm verdes, pois o nutriente é móvel na planta e

migra das folhas mais velhas para as mais novas para ser reaproveitado, tem

diminuição do ciclo e se a deficiência for severa adquirem coloração marrom e

morrem (RAIJ, 1991).

O manejo da adubação nitrogenada é um dos mais difíceis pois não deixa

efeito residual das adubações e a resposta do nutriente pode variar de ano para ano

dependendo das condições climáticas e ao uso anterior do solo, pois solos com

poucos anos de cultivo ou solos cultivados com pastagem tendem a mostrar menor

resposta ao nitrogênio (TROEH & THOMPSON, 2007).

A eficiência da adubação nitrogenada pode ser prejudicada dependendo da

acidez do solo, pois com acidez elevada o sistema radicular tem pouco

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desenvolvimento e não consegue uma ampla exploração do solo aproveitando

parcialmente a adubação, também depende do perfil do solo que é utilizado onde

uma calagem provoca a elevação do pH promove um estimulo das bactérias do solo

que provocam a mineralização da matéria orgânica e também estimula o

aprofundamento do sistema radicular proporcionando um maior aproveitamento do

nitrogênio abaixo da camada arável (RAIJ, 1991).

O excesso de nitrogênio tem característica visual externa de cor verde-

escuro, o crescimento vegetativo é afetado e prejudicar a produção de sementes no

caso de plantas produtoras de grãos ou frutos em espécies frutíferas e alterar o teor

de açúcar na beterraba entre outros. A causa do excesso do nutriente pode ser

involuntária pois depende da disponibilidade de água fósforo ou potássio que

ajudam a evitar o crescimento excessivo provocado pelo nitrogênio (TROEH &

THOMPSON, 2007).

Na cultura do milho a atual recomendação de adubação nitrogenada na

semeadura é de 30 a 50 kg de nitrogênio por hectare, e quando as plantas

apresentarem de três a quatro folhas totalmente expandidas deve ser realizada a

aplicação de cobertura, esta que pode ser baseada na produtividade desejada, pode

ser aplicada em única parcela desde que seja menos que 150 kg/ha em solos com

teor de argila superior a 35% (PROCHNOW, et al, 2010).

2.4 FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO

As leguminosas têm a vantagem de conseguir se associar a bactérias

nitrificadoras, dependendo das condições suprem suas necessidade e podendo

acumular no solo quantidades de nitrogênio para culturas sucessoras se tornando

uma vantagem para produtores na diminuição de custos com adubação nitrogenada

pois essa quantidade no solo pode chegar a 500 Kg por hectare ano. (SIQUEIRA &

FRANCO apud FRANCO et al, 2004).

Na agricultura a fixação simbiótica de nitrogênio é fita principalmente por

bactérias do gênero Rhizobium, são formadores de nódulos nas plantas

hospedeiras onde vivem em relação simbiótica, e fixação de nitrogênio do ar,

esta também pode ser realizada por microorganismos de vida livre, bactérias,

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fungos ou algas, destes principalmente por bactérias do gênero Azotobacter, e

Beijerinckia (RAIJ, 1991).

“Um caso de extremo sucesso relatado na literatura é o da Sesbania sp.,

que chegou a fixar 286 kg ha-1 em 56 dias, podendo suprir assim a necessidade

nitrogenada de qualquer cultura agrícola” (SANGINGA et al., DOMMERGUES et al,

apud FRANCO, 2004).

As plantas leguminosas absorvem o nitrogênio em maior proporção na forma

de nitrato resultante dos processos de mineralização, atuando dentro da planta na

constituição de proteínas, dando cor verde e aumentando a área foliar. Quando

fornecido em modo desequilibrado em relação a outros nutrientes traz resultados

indesejados, podendo atrasar o florescimento e a maturação e predispor a planta ao

ataque de doenças (MALAVOLTA, 1989).

No solo o nitrogênio encontra-se quase totalmente na forma orgânica não

disponível para as plantas, a passagem para a forma inorgânica é realizada por

microrganismo do solo que decompõe a matéria orgânica satisfazendo sua

necessidade de energia e de nitrogênio e com a mineralização dos compostos

orgânicos disponibilizam nitrogênio para as plantas (SOUZA & LOBATO, 2004).

O seqüestro de carbono também é beneficiado pela fixação biológica do

nitrogênio, pois estimula a produção de matéria orgânica o que promove a

incorporação do carbono ao solo impedindo a sua perda para a atmosfera, é um

sistema de produção sustentável, barato e que pode substituir total ou parcialmente

fertilizantes nitrogenados sintéticos (EMBRAPA, 2012).

2.5 CULTIVO CONSORCIADO

A prática do consórcio consiste em plantio de uma cultura principal com

objetivo econômico e outra cultura intercalada para fim de adubação verde. Nessa

prática deve-se manejar de acordo a não causar concorrência com a cultura

econômica evitando prejuízos e favorecer o desenvolvimento do adubo verde

estando em pleno desenvolvimento vegetativo na colheita principalmente caso for

aproveitado com forragem em sistema de integração lavoura-pecuária, tendo maior

prioridade o cerrado importante a época de semear o adubo verde o quanto antes

evitando o período seco da região e o sul do devido a possibilidade de ocorrência de

geadas (CARVALHO & AMABILE 2006).

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Para cultivos consorciados é importante que a cultura comercial não sofra

concorrência com os adubos verdes, pois dependendo da taxa de crescimento da

cultura ou plantio simultâneo a concorrência pode acabar inviabilizando o cultivo

consorciado (MASCARENHAS & TANAKA apud HEINRICHS et al, 2002 ).

Entre graminhas a cultura do milho tem as melhores respostas adubação

nitrogenada respondendo a doses de até superiores a duzentos kg/ha, porem para

se obter boa eficiência na absorção desse nutriente as condições do solo deve estar

equilibradas quando ao suprimento dos demais nutrientes, profundidade do perfil do

Solo operações de preparo do solo, rotação de culturas e teor de matéria orgânica

(SOUZA & LOBATO, 2004).

O milho é uma cultura com alta probabilidade de grande extração de

nitrogênio através da exportação nos grãos, retirado da lavoura pela colheita, sendo

assim requer o uso da adubação nitrogenada em cobertura complementando sua

exigência junto com o nitrogênio fornecido pelo solo, principalmente quando objetiva-

se alcançar produtividades elevadas (COELHO, 2006).

A utilização de plantas para adubação verde em sucessão, rotação ou em

consórcio, contribuem para o aumento da diversidade de espécies e resíduos

vegetais em sistemas agrícolas do Cerrado, com objetivo de diminuir os processos

de produção baseados em monocultivos, buscando uma melhor proteção da

camada fértil do solo a manutenção e melhoria da qualidade físico-hídrica, química e

biológica do solo podendo também ser aplicadas para fins de produção de sementes

e alimentação animal, resultando em efeitos positivos para os produtores na questão

de um manejo mais sustentável e com maior retorno financeiro (CARVALHO, 2010).

Segundo Pereira a adubação verde é utilizada também na alimentação

animal, a introdução das leguminosas em pastagens no sistema de consorcio,

promove incremento na produção animal devido a um melhor valor alimentício com

maior proteína bruta em relação às gramíneas, oferta em maior quantidade e

qualidade da forragem, com a expectativa da melhoria da produção animal e a

possibilidade do emprego de leguminosas em programas de recuperações de

pastagens degradadas.

De acordo com Carvalho (2010) cita que principalmente no Cerrado, devido

à decomposição acelerada dos resíduos vegetais, os resultados positivos da

adubação verde podem ser conseguidos a partir de vários anos de cultivo sendo

assim é uma pratica que não resolve todos os problemas de imediato mas na

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decorrência de um bom manejo realizado durante os anos de cultivo os resultados

poderão ser evidenciados.

Em seus estudos Castro et al (2004) a respeito de adubação verde como

fonte de nitrogênio para a cultura da berinjela em sistema orgânico, cultivada em

solo com histórico de dez anos de cultivo orgânico realizado adubação verde

anterior ao plantio da berinjela, afirma adubação verde de pré-plantio com

leguminosas somente influenciou a produção de frutos de berinjela e seu teor de N

na terceira colheita comprovando que as leguminosas contribuíram com o

fornecimento de nitrogênio porem não de imediato.

2.6 CROTALÁRIA SPECTABILIS (Crotalaria spectabilis Roth)

De acordo com Duke apud Carvalho & Amabile (2006) a crotalária

spectabilis (Crotalaria spectabilis Roth) tem como centro de origem a Ásia tropical e

recentemente introduzida na região tropical da America.

A crotalária spectabilis é uma leguminosa originária Ásia central Tem hábito de crescimento

arbustivo ereto atingindo 1,2 a 1,5 metros de altura. Tem uma produtividade entre 20 a 30 toneladas

de massa verde e 4 a 6 toneladas de massa seca por ciclo. Fixa entre 60 e 120 kg de N por há. O

espaçamento recomendado é de 0,50 m entre filas com 30 a 35 sementes por metro linear

(FORMENTINI, 2008).

Essa espécie tem adaptação para ser cultivada solteira ou em consorcio

com o milho, mandioca ou culturas perenes, apresenta resistência a seca e

apresenta sensibilidade ao fotoperíodo. Para cultivo no Cerrado existe limitação

devido a exigência de cultivo em período chuvoso para melhor desenvolvimento

vegetativo e reprodutivo. A colheita mecânica desta crotalária é trabalhosa devido a

maturação desuniforme (CARVALHO & AMABILE, 2006).

2.7 BRAQUIARIA BRIZANTA (Brachiaria brizantha)

Originaria da áfrica é perene rizomatosa e não perfilha intensamente, com

touceiras de 1,0 a 1,2 metros, adapta-se a climas menos tropicais e úmidos resiste a

seca, não é exigente em solo, mas o desenvolvimento em solos férteis é superior,

produz forragem de boa qualidade (PUPO, 1987).

Apresenta rizomas curtos, 30-50 mm de comprimento, cobertos de escamas amareladas e brilhantes. Os nós são glabros e salientes. As inflorescências são formadas por 2-12 racemos com

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50-150 mm de comprimento. A ráquis apresenta geralmente cor roxa escura, com 1 mm de largura (EMBRAPA,2012).

A produção de pastagens cultivadas após a safra da soja no centro oeste é

uma pratica viável visando à integração lavoura pecuária ou para apenas produção

de palhada melhorando as condições do solo, nesse sistema as pastagens no Brasil

deixam de ser extrativistas para um sistema mais intensivo de produção de massa

verde de boa qualidade e com valor econômico passando a serem áreas com pastos

cultivados com maior produção por área (PROCHNOW, et al, 2010).

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Fazenda Recanto Feliz, localizado a 30 Km

de Feliz Natal, com coordenadas geográficas 12º 15’ 33,59” S e 54º 39’ 00,67” E a

altitude 336,20 metros, área cedida pelo proprietário Claudir Bussolaro.

Segundo a classificação de KOPPEN, o tipo climático predominante na região

de Sorriso – MT é o AWI, clima tropical úmido, com estação seca bem definida de

inverno a verão e a diferença de temperatura média entre o mês mais quente

outubro em torno de 37ºC e o mais frio junho em torno de 15ºC. A precipitação

média anual está em torno de 2.233 mm, sendo que 87% deste total concentram-se

no período de outubro a março. A temperatura média anual é de 26ºC. A média da

umidade relativa do ar é de 80%.

O cultivo da área na safra 2010/11 foi de soja e safrinha de girassol, na safra

2011/12 foi de soja e safrinha milho, onde se desenvolveu o experimento, semeado

no dia 05 fevereiro de 2012 (Anexo A).

Foi utilizado a variedade do milho DKB390 (híbrido simples) da empresa

Dekalb, semeado com espaçamento de 0,45 metros entre linhas com população de

2,8 plantas emergidas por metro linear, totalizando uma população em torno de 62

mil plantas por hectare.

Os tratamentos que foram consorciados receberam uma linha de crotalária

(Crotalaria spectabilis) e braquiária (brachiaria brizantha) cv. Marandu nas entrelinhas

do milho e também nas bordaduras, semeadura realizada com método manual

abrindo o sulco de semeadura com enxada na entrelinha com semeadura

simultânea a do milho, este foi semeado utilizando semeadora de disco horizontal da

marca semeato com 19 linhas.

O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, contendo

24 parcelas com 6 linhas de 6 metros de comprimento considerando as duas linhas

laterais como de bordadura. Os tratamentos consistem em milho consorciado com

crotalária spectabilis (Crotalaria spectabilis), e milho consorciado com braquiária

(Brachiaria brizantha) cv. marandu, milho solteiro sem adubação nitrogenada e milho

solteiro com adubação nitrogenada, com seis repetições (Anexo B).

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No dia 26 de fevereiro as parcelas de milho receberam adubação de

cobertura com uréia (45% N) na quantidade de 1,620 kg (200 kg/ha) divididas nas 6

repetições (Anexo C).

A crotalária (Crotalaria spectabilis) (Anexo D ) e braquiária (Brachiaria

brizantha) (Anexo E) não receberam nenhuma adubação de cobertura com

nitrogênio.

Dia 04 de março foi realizado controle de plantas daninhas (Anexo F) nas

parcelas isentas de consórcio, foi aplicado em pós-emergência com máquina costal

da marca jacto capacidade com capacidade para 20 litros equipada com bico leque,

para controle de Picão-preto (Bidens pilosa) Soja invasora (Glycine Max). Soberan,

Classe: Herbicida seletivo sistêmico do grupo químico Benzoilciclohexanodiona. Tipo

de formulação: SC - Suspensão Concentrada na dosagem de 240 ml por hectare

acompanhado de 1 litro de Áureo, adjuvante formulação EC - Concentrado

Emulsionável, recomendado para ser aplicado junto com o herbicida Soberan.

Também Atrazine 6,5 litro por hectare, cujo tipo de formulação é suspensão

concentrada-sc pertencente ao grupo químico triazina (Anexo F1). Devido a não

seletividade dos herbicidas quanto aos adubos verdes nas parcelas consorciadas

foram feito controle mecânico das plantas daninhas (Anexo F 2).

Na semeadura do milho foi realizado o tratamento de semente na dosagem

de 0,35L ha do produto comercial Cropstar, formulação: Suspensão Concentrada,

classe: Inseticida sistêmico do grupo neonocotinóide (Imidacloprido) + inseticida de

contato e ingestão do grupo metilcarbamato de oxima.

A colheita do experimento foi realizada dia 03/06/2012, manualmente,

colocando as espigas de cada parcelas em sacos de ráfia (Anexo G).

Foi descartado as duas linhas laterais, e um metro no começo e no fim das

linhas das parcelas, totalizando duas linhas com quatro metros cada como área útil

para a colheita, tendo área total utilizada na coleta dos dados de 3,6 metros

quadrados, com 24 espigas por parcelas.

As espigas foram descascadas e debulhadas com debulhador manual marca

Botini modelo DM-21, o milho ficou exposto ao sol ate atingir 14% de umidade

(Anexo H).

A determinação da umidade com aparelho digital marca Motomco, modelo

919c utilizando amostra de 0,25 kg.

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As parcelas foram pesadas com balança digital da marca Plenna, com

capacidade 5 kg, graduação de 1 em 1 grama, a qual pode apresentar variação de

1% para mais ou para menos (Anexo I ).

Também foi medida a espessura do colmo e distancia do entre nó de cinco

plantas por parcela com paquímetro todas dentro da área útil utilizada (Anexo J).

Antes da semeadura, foi retirada amostra de solo para a análise e

determinação das condições que se encontrava (Anexo K).

Os resultados foram submetidos ao análise de variância com o teste de Tukey

a 5 % de probabilidade.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Como pode ser observado na Tabela1, o coeficiente de variação (CV %) para

cada característica avaliada foram baixos indicando a boa condução do

experimento. Fonseca et al. (2012), avaliou a produtividade do milho solteiro e

consorciado com Brachiaria ruziziensis em sua análise de variância apresentou

(CV%) de 14,6% superior ao coeficiente de variação de 9,95% obtido neste

experimento. Na analise de variancia os resultados para blocos não tiveram

diferença significativas, indicando a homogeneidade no campo experimental entre

blocos.

Para característica distância de entre nó (DN) não apresentou diferenças

significativas entre os tratamentos. Para diâmetro de colmo (DC) e produtividade (P)

houve diferenças significativas (Tabela1).

Tabela – 1 Análise de variância do experimento com Fonte de Variação (FV), Graus

de Liberdade (GL), Quadrados Médios (QM), para variáveis Distância do entre nó

(DN), Diâmetro do colmo (DC) e Produtividade (P).

Quadrado médio

FV GL (DN) (DC) (P)

Bloco 5 1,83ns 0,014ns 24968003,37ns

Tratamentos 3 0,06ns 0,269** 5753016,50*

Resíduo 15 1,20 0,026 1096521,38

CV% 8,30 8,23 9,95

** significativo ao nível de 1% de probabilidade (p < .01) , * significativo ao nível de 5% de probabilidade (.01 =< p < .05), ns não significativo (p >= .05)

Diâmetro de colmo (DC) é uma característica que apresenta correlação com a

produtividade por se tratar de um órgão de reserva da planta. O maior diâmetro de

colmo foi do tratamento milho com uréia, com 13% superior em relação à média de

1,98 centímetros, por se tratar de órgão de reserva justifica a maior produtividade,

pois foi realizada adubação nitrogenada neste tratamento. O consórcio de milho com

brachiaria resultou no menor diâmetro de colmo com 12,12% a menos que a média

de 1,98 centímetros, isso devido à maior competição por água e nutrientes e como

não foi realizado nenhuma adubação.

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Conforme Malavolta, (1989) plantas com melhores condições de

desenvolvimento demonstram externamente os benefícios dos nutrientes

aproveitados durante o desenvolvimento, no caso do nitrogênio as plantas são bem

verde e abundante, com colmos fortes e grossos, folhas largas e espigas grandes.

Para Cortez et. al. (2009), avaliou milho consorciado e sistema de adubação

em pré e pós semeadura, o mesmo observou que o diâmetro de colmo apresentou

8,6% maior para adubações na semeadura e não houve diferenças significativas

entre os milhos consorciados.

As melhores produtividades foram obtidas nos tratamentos com milho com

uréia e milho consorciado com crotalária spectabilis os mesmo não diferiram

estatisticamente entre si. Heinrichs et al. (2004), observaram que o milho

consorciado com crotalária spectabilis teve rendimento de grão superior no primeiro

ano de cultivo em relação a testemunha e outros adubos verdes. A menor

produtividade foi constatada no consórcio milho com brachiaria, com 12,6% a menos

que a média de 10.527,89 Kg/ha-1. Para Borghi & Crusciol (2007), constatou em

duas safras consecutivas menores produtividades em milho consorciado com

brachiaria em relação a milho solteiro.

Resultados positivos sobre o uso de adubos verdes foram obtidos Silva, et.al

(2011) avaliando o desempenho do milho e couve sob plantio direto consorciados

com leguminosas, que crotalária spectabilis e mucuna-anã, cultivadas em consórcio

com a couve, beneficiaram a couve quanto à produtividade e número de folhas.

Tabela 2 – Distância do entre nó (DN), Diâmetro do colmo (DC) e Produtividade (P).

Variáveis

Tratamentos (DN) (DC) (P)

Milho c/Uréia 13,26a 2,24a 11.285,19a

Testemunha 13,10a 2,04ab 10.399,07ab

Milho c/ Braquiaria 13,17a 1,74c 9.191,66b

Milho c/ Crotalária 13,35a 1,90bc 11.235,65a

Média geral 13,22 1,98 10.527,89

DMS 1,34 0,27 1.744,18

Médias não seguidas pela mesma letra minúscula na coluna diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade de erro.

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Na questão de produtividade o sistema milho com uréia manteve-se superior

quando comparado com os consórcios, porém os resultados obtidos com o

consórcio milho mais crotalária spectabilis também teve resultados satisfatórios com

média superior a testemunha.

Tendo em vista uma maior sustentabilidade o consórcio milho mais crotalária

spectabilis é uma prática viável, pois é benéfica ao milho e promove maior produção

de fitomassa na mesma área de cultivo. Principalmente onde o cultivo da safra de

verão é a soja, a possibilidade de se incorporar maior quantidade de palhada no

sistema é uma ação benéfica para melhorar o sistema de plantio direto.

No sistema de plantio direto a produção de palhada é um dos principais

fatores para um bom funcionamento da tecnologia, com isso se tem cultivado soja

em palhada de pastagem dessecada com uma boa produção de cobertura morta

que contribui para o aumento da matéria orgânica do solo, possibilita a integração

lavoura pecuária sendo uma prática viável e torna o sistema mais sustentável

(EMBRAPA, 2007).

Um empecilho da difusão do sistema consorciado é a dificuldade de controle

de plantas indesejadas no sistema, pois o controle químico não é seletivo aos

adubos verdes e o controle mecânico é inviável.

Em áreas de consórcio um problema difícil de manejar é a incidência de

plantas daninhas, pois o não controle da população pode diminuir o desempenho

das culturas e aumentar o banco de semente das plantas invasoras, dependendo

das condições inviabilizar o sistema de consórcio (CALSAVARA, 2008).

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5 CONCLUSÕES

O melhor rendimento de grãos (produtividade) para o milho foi obtido em

milho solteiro com uréia.

O consórcio do milho com a c. spectabilis, beneficiou a cultura do milho

mostrando resultado positivo com a produtividade, o consórcio de milho com

braquiária não mostrou vantagem quanto a produtividade do milho pois foi

prejudicada pelo consorcio.

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7 ANEXOS

Anexo A- Semeadura do experimento.

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Bloco I Bloco II Bloco III Bloco IV Bloco V Bloco VI

1,35m 2,25m

6,0

0m

0,45m

MO

1,0

0m

MN MN MN

MN

MN MN

MO

MO MBB

MBB

MO MO

MO

MCS

MCS

MCS

MCS MCS

MBB MBB MBB MBB

MCS

Anexo B- Croqui do experimento.

LEGENDA

Milho sem de adubação nitrogenada (MO)

Milho Consorciado com Brachiaria Brizantha (MBB)

Milho Consorciado com Crotalária Spectabilis (MCS)

Milho com adubação nitrogenada (MN)

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Anexo C- Adubação de cobertura.

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Anexo D - Milho consorciado com c. spectabilis

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Anexo E- Milho consorciado com b. brizantha

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Anexo F- Controle de plantas daninhas

Anexo F 1- Controle químico

Anexo F 2- Controle mecânico

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Anexo G- Colheita

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Anexo H - Debulha manual

Anexo I - Pesagem

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Anexo J - Medindo o colmo

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Anexo K- Analise de solo