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UNICAMP UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA Área de Concentração: SISTEMAS DE PROCESSOS QUÍMICOS E I DETECÇÃO DE VAZAMENTOS POR COMPUTADOR "ON-LINE" EM TUBULAÇÕES TRANSPORTANDO LÍQUIDO E MISTURAS GÁS-LÍQUIDO Autor: Sergio Amor Cariati Orientador: Profa. Dra. Sandra Lúcia da Cruz Co-orientador: Prof. Dr. João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Química, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia Quimica. Campinas, SP, Brasil Julho, 1999

FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA UNICAMP INFORMÁTI…repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/267322/1/... · 2018. 7. 27. · 1.1 Sistema de exploração e transporte da Bacia de

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UNICAMP

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA

Área de Concentração: SISTEMAS DE PROCESSOS

QUÍMICOS E INFORMÁTI~lCA~JlP

L-~-:.

I

DETECÇÃO DE VAZAMENTOS POR COMPUTADOR "ON-LINE"

EM TUBULAÇÕES TRANSPORTANDO LÍQUIDO

E MISTURAS GÁS-LÍQUIDO

Autor: Sergio Amor Cariati

Orientador: Profa. Dra. Sandra Lúcia da Cruz

Co-orientador: Prof. Dr. João Alexandre Ferreira da Rocha Pereira

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Engenharia Química, como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do Título de Mestre em Engenharia Quimica.

Campinas, SP, Brasil Julho, 1999

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ii

CM-00154307-3

FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA

BffiLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA - BAE - UNICAMP

Cl9ld Cariati, Sérgio Amor

Detecção de vazamento por computador "on-line" em tubulações transportando líquido e misturas gás-líquido. I Sérgio Amor Cariati.--Campinas, SP: [s.n.], 1999.

Orientador: Sandra Lúcia da Cruz Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de

Campinas, Faculdade de Engenharia Química.

!.Detectores de vazamento. 2. Tubulação -Dinâmica dos fluídos. 3. Controle automático. 4. Golpe de ariete. I. Cruz, Sandra Lúcia da. II. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Química. III. Título.

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Dissertação de Mestrado defendida e aprovada em 16 de Julho de 1999 pela banca examinadora

constituída pelos professores doutores

Profa. Dra. Sandra Lúcia da Cruz Orientadora

Prof. Dr. Reinaldo Giudici

Pro f. Dr. Roger Josef Zemp

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IV

Esta versão corresponde à redação final da Dissertação de Mestrado em Engenharia

Química defendida por Sergio Amor Cariati e aprovada pela Comissão Julgadora em

16/07/99.

Profa.

Orientadora

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Lista de Figuras

Lista de Tabelas

Nomenclatura

Resumo

Abstract

1 -INTRODUÇÃO

1.1- Objetivos do Trabalho

2- ANÁLISE DA LITERATURA

ÍNDICE

2.1- Detecção e localização de vazamentos por computador "on-line"

2.2- Conclusões

3- MONTAGEM EXPERIMENTAL E SISTEMA DE AQUISIÇÃO DEDADOS

3.1- Montagem Experimental

3.2- Especificação dos Equipamentos

3 .2.1- Transdutores de pressão

3.2.2- Placa conversora Analógica- Digital- Analógica (ADA)

3.2.3- Microcomputador

3.3- Sistema de Aquisição de Dados

3 .3 .1- Descrição do sistema de aquisição de dados

3.3.2- Conversão do sinal analógico em digital

3.3.3- Temporização dos programas de aquisição de dados

3 .4- Filtragem de dados

3 .4 .1- Média aritmética

3.4.2- Filtros analógicos

3.4 .3- Filtros digitais

3.5- Programas de Aquisição de Dados

v

vii

vili

ix

X

xi

1

4

5

15

20

22

22

25

25

26

28

28

28

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32

33

33

34

36

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4- RESULTADOS E ANÁLISE

4.1- Transientes de pressão em tubulações transportando líquido

4.1.1- Máxima queda de pressão na tubulação (dPmax)

4.1.2- Velocidade de propagação da onda de pressão

4.2- Injeção de bolhas isoladas de ar, sem vazamento

4.3- Injeção de múltiplas bolhas de ar, sem vazamento

4.4- Injeção de bolhas isoladas, com ocorrência de vazamento

4.5- Injeção contínua de ar, com vazamento

5- CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

5.1- Conclusões

5.2- Sugestões para Trabalhos Futuros

V1

38

38

41

44

46

50

52

55

59

59

65

APÊNDICE 1 - Curvas de calíbração: medidor de orificio e rotâmetro 66

APÊNDICE 2 - Transientes de pressão em tubulações transportando líquido 67

APÊNDICE 3 - Injeção de bolhas isoladas de ar, sem vazamento 79

APÊNDICE 4 - Injeção de múltiplas bolhas, sem vazamento 86

APÊNDICE 5- Programas de aquisição de dados 91

APÊNDICE 6 - Regimes de escoamento gás-líquido 105

REFERÊNCIAS BffiLIOGRÁFICAS 108

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VIl

LISTA DE FIGURAS

1.1 Sistema de exploração e transporte da Bacia de Santos (Folha de São Paulo, 13/01/93) 2

1.2 Gasoduto Brasil- Bolívia (Folha de São Paulo, 15/04/96) 3

2.1 Princípio da localização de vazamentos (Gally e Rieutord, 1986) 10

2.2 Índice de desempenho (Wang, Dong e Fang, 1993) 15

2.3 Perfis de transientes de pressão (Naves, 1991) 17

2.4 Perfis de transientes de pressão (Cruz, Buiatti e Pereira, 1996) 18

2.5 Velocidade de propagação da onda de pressão 19

3.1 Esquema da montagem experimental 22

3.2 Esquema simplificado do sistema de funcionamento dos transdutores 25

3.3 Esquema de funcionamento de um multiplexador 27

4.1 Transientes de pressão (Re = 2000 a 6000) 39

4.2 Transientes de pressão (Re = 8000 a 12000) 40

4.3 Máxima queda de pressão na tubulação (dPmax) 41

4.4 Valor de dPmax ao longo da tubulação (vazamento a 250m) 42

4.5 Valor de dPmax ao longo da tubulação (vazamento a 750 m) 43

4.6 Velocidade de propagação da onda de pressão 45

4.7 Injeção de bolhas isoladas de ar (t; = 2,5 s) 47

4.8 Injeção de bolhas isoladas de ar (t; = 10 s) 48

4.9 Valor máximo do pulso de pressão (Pmax) 49

4.10 Injeção de múltiplas bolhas 51

4.11 Injeção de bolha isolada, com vazamento 53

4.12 Transientes de pressão no transporte de misturas gás-líquido 56

4.13 Transientes de pressão no transporte de misturas gás-líquido 57

5.1 Mínimo vazamento detectado 60

5.2 Máxima queda de pressão na tubulação (dPmax) (Re=12000) 60

5.3 Injeção de bolhas isoladas de ar (Re=8000) 61

5.4 Injeção de múltiplas bolhas (Re=8000) 62

5.5 Transiente de pressão. Injeção de bolha isolada, com vazamento 63

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5.6

5.7

2.1

2.2

3.1

3.2

3.3

3.4

LISTA DE FIGURAS (Continuação)

Transiente de pressão causado por vazamento, em tubulação transportando líquido

Transiente de pressão causado por vazamento, em tubulação transportando mistura ar-água

LISTA DE TABELAS

Precisão na localização do vazamento (tubulação: 4 3 3 m) (Buiatti, 1995)

Precisão na localização do vazamento (tubulação: 1.248 m) (Silva, Buiatti, Cruz e Pereira, 1996).

Posição dos transdutores na tubulação

Condições de operação da tubulação

Pressão máxima especificada para cada transdutor

Intervalo de tempo gasto entre duas leituras de pressão de um dado transdutor

4.1. Injeção de bolhas isoladas de ar, sem vazamento. Condições de operação

4.2

4.3

4.4

4.5

4.6

4.7

5.1

Injeção de múltiplas bolhas, sem vazamento. Condições de operação

Injeção de bolhas isoladas, com vazamento. Condições de operação

Pressão medida para um tempo igual a 30 s

Velocidade de propagação da onda de pressão

Injeção continua de ar, com vazamento. Condições de operação

Velocidade de propagação da onda de pressão

Velocidade de propagação da onda de pressão em misturas ar-água

Vl1l

63

64

20

20

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26

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54

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NOMENCLATURA

a= velocidade de propagação da perturbação (equação (2.1 ))

dPmax =máxima variação pressão, quando da ocorrência de vazamento(%)

L = comprimento da tubulação (equação (2.1))

L2 = distância entre transdutores (equação (2.3))

n1 = número de leituras no programa de aquisição de dados

po = pressão antes do vazamento (psig)

P1 = valor do pulso de pressão (psig)

P = pressão na tubulação (psig)

P.,. = pressão na linha de alimentação de ar (kgf/cm2)

Pf= indice de desempenho

Pmax = valor máximo do pulso de pressão (psig)

Q., =vazão volumétrica de ar (I I min)

Re = número de Reynolds baseado na fase líquida

t; = tempo de injeção de ar na tubulação ( s)

tE, ts = tempo de chegada da perturbação nas extremidades da tubulação (equação (2.1))

t2 , ts =tempo de detecção nos transdutores 2 e 3 (equação (2.3))

v= velocidade de propagação da onda de pressão (m/s)

vaz = porcentagem de vazamento

X = valor de pressão medido pelo transdutor

xr = posição do vazamento (equação (2.1))

Xk = sequência de tempo (equação (2.2))

xiL = razão de vazamento

Y = valor de pressão filtrado

y =distância entre o vazamento e o transdutor mais próximo (m)

letras gregas

a.= parâmetro na filtragem dos dados= 0,5

õt =intervalo de tempo consumido pelo micro entre duas leituras sucessivas (s)

'tr =constante de tempo (equação (3.6))

ix

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X

RESUMO

Redes de tubulações são equipamentos de grande importância para as Indústrias

Química e Petroquímica, sendo frequentemente utilizadas para transportar petróleo, gás

natural e outros produtos, por extensões de até milbares de quilômetros. Um dos aspectos

fundamentais da operação e controle destas tubulações é o sistema de detecção de

vazamentos. Rupturas podem ocorrer devido a variações bruscas de pressão, ação corrosiva

ou manutenção inadequada, causando sérios prejuízos econômicos e ecológicos,

principalmente se o vazamento não for rapidamente detectado e reparado.

No presente trabalho transientes de pressão foram detectados e analisados por

computador "on-line" quando da ocorrência de vazamento em uma tubulação de PVC de

1250 m de comprimento. O equipamento de detecção se constituiu de 04 transdutores de

pressão acoplados a um microcomputador PC contendo uma placa ADA e de um programa

de aquisição de dados, desenvolvido no laboratório, que permite analisar em detalhe o

comportamento transiente da tubulação. Perfis de transientes de pressão foram analisados

para várias condições de operação da tubulação (vazão de líquido, vazão e posição do

vazamento) para os casos em que o fluido transportado era: (1) líquido (água); (2) misturas

ar-água, com várias condições de injeção do ar na tubulação.

Os resultados obtidos mostram que para tubulações transportando líquidos, a técnica

desenvolvida detecta prontamente vazamentos da ordem de 1 O %, para Re na faixa de

escoamento laminar, e vazamentos de até 2 % paraRe na faixa de escoamento turbulento.

A sensibilidade do sistema de detecção de vazamentos foi testada na presença de ar

escoando na tubulação. Os resultados obtidos mostram que o gás escoando na tubulação

absorve grande parte do impacto causado pela onda de pressão, quando da ocorrência de

vazamento, e também que existe maior dificuldade de propagação da onda de pressão no

sentido contrário ao fluxo na tubulação. A velocidade de propagação da onda de pressão,

quando da ocorrência de vazamento, foi medida para diversas condições de fluxo. Para o

escoamento de misturas ar-água, a velocidade da onda variou entre 43 e 76 rnls, sendo que

estes valores são cerca de 9 vezes menor do que aqueles medidos em urna tubulação

transportando líquidos.

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XI

ABSTRACT

Pipeline networks are very important to Chemical and Petrochemical Industries as they

are used to transport oil, solvents, natural gas and other dangerous chemicals products from

producing fields or plants to consumers through distances of thousands of kilometres, even

in highly populated regions. Pipeline supervision and control are then one of the most

important aspects of pipeline operation. Leaks must be readily detected and flow stopped.

In the present work pressure transients were detected and analysed through on-line

computer techniques, when a leak occurs in a 1250 m long PVC pipeline. The detection

equipment consisted of 04 pressure transducers connected to a PC microcomputer through

an ADA converter and of a data acquisition software which permits to analyse in detail the

transient behaviour of the pipeline.

Pressure transient profiles were analysed for various operation conditions of the

pipeline (liquid flow rate, leak flow rate and leak position) when the fluid which was

transported was: (1) liquid (water); (2) air-water mixture, with various conditions of air

injection in the pipeline.

The results shows that when the pipeline in transporting liquids leaks as small as 2 %

of the nominal flow can be detected when the flow in the pipeline is turbulent, and leaks as

small as 1 O % when the flow is the laminar one.

The leak detection methodology was tested in the presence of air flowing in the

pipeline. The results show that the gas attenuates the impact caused by the pressure wave,

when a leak occurs, and also that the pressure wave finds more difficulty to propagates

against the flow in the pipeline. For the air-water mixtures , the pressure wave velocity

varied between 43 and 76 m/s, these values being about 9 times lower that those obtained

when the pipeline was transporting liquids.

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1 - INTRODUÇÃO

Redes de tubulações são equipamentos de grande importância para as Indústrias

Química e Petroquímica. Frequentemente, são utilizadas para transportar petróleo,

solventes, gás natural, gasolina e outros produtos, desde as áreas de produção até os

consumidores, por extensões de até milhares de quilômetros.

Dentre as vantagens de se transportar gases e líquidos por meio de tubulações estão:

1) a flexibilidade em termos de capacidade e de produtos que podem ser transportados; 2) o

baixo custo, quando comparado com o custo do transporte rodoviário, ferroviário e

maritimo; 3) a eficiência em termos de energia das tubulações.

Tubulações que transportam gases e/ou líquidos por longas distâncias, frequentemente

transportam diferentes produtos no mesmo tubo. A quantidade de energia utilizada no

transporte depende do diâmetro da tubulação e da taxa de fluxo. Aumentando-se o diâmetro

do tubo de 0,15 m para 1m pode-se reduzir o consumo de energia em até 67%.

Em termos da relação entre tamanho e capacidade, uma tubulação de 0,90 m de

diâmetro pode transportar até 17 vezes mais petróleo ou gás natural do que uma tubulação

de 0,30 m de diâmetro, embora os custos de construção e operação não aumentem na

mesma razão (Kennedy, 1984).

Anualmente, milhares de quilômetros de tubulação são construídos em todo mundo,

para transportar produtos químicos. Estima-se que somente em 1983 foram construídos

mais de 40.000 km de tubulação para transportar petróleo, gás natural e outros produtos

químicos. Esta estimativa não inclui a construção de linhas de distribuição de gás natural

para residências e indústrias (Kennedy, 1984).

No Brasil são alguns milhares de quilômetros de tubulação em atividade. Em 1993, a

COMGÁS iniciou o fornecimento de gás natural para os municípios de Cubatão e do

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ABCDM através de um gasoduto com 200 km de extensão, desde a plataforma Merluza na

Bacia de Santos até Cubatão, onde está interligado com o Reservatório Tubular de Alta

Pressão (RETAP), que fornece gás natural para Indústrias e 90.000 residências nos

municípios da Grande São Paulo (Figura 1.1 ).

SÃO PAULO

Figura 1.1. Sistema de exploração e transporte da Bacia de Santos (Folha de São Paulo, 13/01193)

Operando desde meados de 1998, o gasoduto Brasil - Bolívia veJO facilitar o

transporte de fluidos entre os dois palses através de 2.300 km quilômetros de tubulação

desde Santa Cruz de La Sierra até a cidade de Campinas, São Paulo. O projeto do gasoduto

prevê-se ainda uma ramificação de 1.100 km até o Rio Grande do Sul (Figura 1.2).

Tão grande quanto o desenvolvimento tecnológico que permite transportar produtos

químicos em tubulações, é o desafio de realizar esta tarefa com alto grau de segurança, e

sem prejuízo para o meio ambiente. Por estas razões, um dos aspectos mais importantes da

operação de tubulações que transportam produtos químicos é o projeto do sistema de

controle da tubulação.

Entre os requisitos que devem ser preenchidos pelo sistema de controle estão:

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3

(a) proteção da tubulação e dos equipamentos a ela associados através do

morútoramento e ajuste da pressão e de outras variáveis de operação;

(b) acionar alarmes quando os limites das condições de operação são excedidos;

(c) permitir a detecção de vazamentos.

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Oceano Adimico

Figura 1.2. Gasoduto Brasil- Bolívia (Folha de São Paulo, 15/04/96)

Detectar vazamentos é um dos aspectos fundamentais da operação de tubulações.

Vazamentos podem ocorrer devido a variações bruscas na pressão, ação corrosiva ou

manutenção inadequada, o que coloca em perigo o meio ambiente se este não for

rapidamente detectado e reparado.

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Apesar do alto nível de atividade de construção de tubulações em todo o mundo, uma

análise da literatura mostra que são recentes as pesquisas no campo da supervisão de

tubulações, assim como as pesquisas de sistemas de detecção de vazamentos. Por outro

lado, verifica-se que o advento de sistemas de aquisição de dados e de técnícas de

computação em tempo real, baseadas em computadores de grande porte, proporcionou as

condições necessárias para o desenvolvimento de técnicas de detecção de vazamentos.

1.1 - Objetivos do Trabalho

O presente trabalho faz parte de um projeto de desenvolvimento de técnícas de

detecção e localização de vazamentos em tubulações. A técnica estudada baseia-se na

detecção e análise "on-line" de transientes de pressão.

O objetivo deste trabalho foi o de aplicar a técnica de detecção e localização de

vazamentos a uma tubulação transportando misturas gás -líquido. No trabalho experimental

utilizou-se uma tubulação de PVC de 19 mm de diâmetro e 1250 m de comprimento,

contendo quatro transdutores de pressão conectados a um microcomputador.

Perfis de transientes de pressão foram analisados para várias condições de operação da

tubulação (vazão de liquido, vazão e posição do vazamento) para os casos em que o fluido

transportado era: (1) um liquido (água); (2) uma mistura ar-água, com várias condições de

injeção da fase gasosa na tubulação: (a) injeção de bolhas isoladas, e (b) injeção de múltiplas

bolhas, sem ocorrência de vazamento na tubulação; (c) ~eção de bolhas isoladas, com

vazamento; (d) fluxo contínuo da mistura ar-água, com ocorrência de vazamento.

O sistema de aquisição de dados envolve um microcomputador PC, uma placa de

conversão ADA de 12 bits, e sistema de medida e transmissão de sinal de pressão. Todo o

sistema de aquisição e análise de dados "on-line" foi desenvolvido no Laboratório de

Engenharia de Sistemas Químicos I DESQ! FEQI UNICAMP.

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2- ANÁLISE DA LITERATURA

Detecção de vazamentos, é um dos aspectos fundamentais da operação de tubulações

transportando produtos químicos.

São vários os tipos de vazamentos que podem ocorrer em sistemas de tubulações,

assim como são vários os tipos de detetores para analisar cada tipo.

O vazamento devido a ruptura é o menos comum mas muito pengoso. Falhas

catastróficas podem causar danos significativos ao meio ambiente, especialmente em

tubulações localizadas no fimdo do mar e em regiões remotas. Esses vazamentos são,

todavia, os mais fáceis de se detectar desde que são acompanhados por variações na perda

de carga ou volume, facilmente mensuráveis.

Vazamentos igualmente pengosos, porém mrus dificeis de serem detectados, são

aqueles provocados por corrosão, erosão, fatiga, falhas nas soldas ou junções. Estes

vazamentos são da ordem de 5 litros por hora, no entanto uma grande quantidade de

produto pode ser perdida antes que o vazamento seja notado. Até o momento esse tipo de

vazamento tem sido quase impossível de ser detectado por métodos convencionais.

Sistemas de detecção de vazamentos são classificados em duas categorias principais:

estática e dinâmica. Sistemas dinâmicos são preferidos desde que podem ser utilizados

enquanto a tubulação está operando. Métodos estáticos de detecção são úteis depois que o

vazamento tenha sido detectado, de modo a encontrar sua localização.

Motútoramentos contínuos de tubulações permitiram o desenvolvimento de um grande

número de téctúcas de detecção de vazamentos. O balanço de volume é o método

predominante. Este método é limitado pela precisão da medida do volume e por variações

associadas a esta medida. Motútoramentos de pressão e de taxa de vazão podem detectar

grandes vazamentos. Transmissores de pressão diferencial através de válvulas

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6

seccionalizantes podem monitorar continuamente em busca de pressões negativas, as quais

indicam a ocorrência de um grande vazamento.

Wike (1986) enumera várias técnicas de detecção e localização de vazamentos

baseadas no sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition). Existe uma

variedade considerável de técnicas de detecção baseadas no sistema SCADA.

Teste Estático

Este método é capaz de detectar pequenos vazamentos, os chamados vazamentos

"ocultos", e difere de outras técnicas pelo fato de que pode ser aplicado somente quando o

escoamento na tubulação for interrompido. Baseia-se no fato de que numa linha sem fluxo

uma queda de pressão é indicativa de vazamento. Transdutores diferenciais são instalados

em subseções. Estando o fluxo na linha parado, o gradiente de pressão é virtualmente nulo.

Se existe um vazamento, então a pressão em uma subseção começará a cair, causando uma

pressão diferencial diferente de zero.

Variações inesperadas

Um dos métodos mais diretos de detecção de vazamento em uma operação de

tubulação é o método de variação de pressão e fluxo. Um vazamento numa tubulação pode

causar um aumento de fluxo a montante, simultaneamente com uma diminuição de pressão

também a montante. Combinando tais eventos, vazamentos podem ser detectados. Este

método aplica-se somente ao transporte, em estado estacionário, de fluidos incompressíveis,

pois do contrário pode levar a falsos alarmes. Somente rupturas são detectáveis e o

vazamento não pode ser localizado por este método.

Gradientes de pressão

Provavelmente a mais comum de todas as técnicas de detecção de vazamento baseadas

no sistema SCADA. Opera segundo o princípio de que um vazamento deve distorcer o perfil

de pressão ao longo de uma seção da tubulação. Instalando-se medidores de pressão nas

extremidades das seções, o gradiente médio de pressão ao longo da linha pode ser calculado.

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Um vazamento na vizinhança da seção deve causar uma rápida variação desse gradiente

médio. Sistemas de gradientes de pressão também podem ser usados para localizar

vazamentos com razoável precisão, utilizando técnicas de ajuste de curvas com interpolação

entre medidas de pressão.

Balanço de massa

Basicamente, cada seção da tubulação é equipada com medidores de fluxo na entrada

e na saída, e taxas de fluxo são comparadas continuamente em tempo real. Qualquer

diferença entre a taxa de fluxo nas duas extremidades significa um vazamento.

Na prática, esta comparação é complicada pelo fato de que a taxa de fluxo medida,

depende de vários parâmetros do fluido (temperatura, pressão, densidade e viscosidade).

Esses parâmetros podem sofrer variações, ocasionando falsas deduções sobre as diferenças

na taxa de fluxo do produto, de modo que em intervalos regulares a correção desses

parâmetros se torna necessária, através de medições ao longo da tubulação ou de predições

através de um modelo de cálculo. A diferença entre as taxas de fluxo entrando a saindo na

tubulação é corrigida para avaliar as variações dentro da linha. Se esta diferença excede um

valor limite um alarme automático é soado. Esse método é geralmente utilizado para

detectar vazamentos de médios a grandes e não localiza o vazamento.

Ondas de pressão negativas

Quando ocorre um vazamento numa linha, uma rápida queda de pressão ocorre na

posição do mesmo, originando uma onda de pressão negativa que se propaga à velocidade

do som tanto no sentido a jusante como a montante do local do vazamento. É possível

determinar a existência e aproximar a localização do vazamento através do monitoramento

do progresso da onda em ambos os lados do vazamento, registrando-se o tempo no qual a

onda avança vários pontos ao longo da linha.

Para implementar esta técnica, transdutores de pressão diferencial são instalados nas

extremidades das seções da tubulação. O conhecimento da velocidade da onda e das

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posições dos transdutores juntamente com a distribuição do tempo de reconhecimento da

onda toma possível calcular a posição do vazamento com razoável precisão. Deve-se

considerar também, que ondas de pressão negativas podem ser causadas por operações

normais na tubulação, como partida e parada de bombas, fechamento de válvulas, e outros

procedimentos normais. A filtragem cuidadosa de dados, bem como a correlação de

possíveis ondas de pressão induzidas por vazamento são necessárias para minimizar falsos

alarmes.

Simulação paralela

O modelo de simulação paralela é conduzido por um conjunto limitado de medições

reais da tubulação, tipicamente pressões a montante e fluxos a jusante. A partir dai, o

modelo estima pressões e fluxos a jusante, e posteriormente estima pressões, fluxos e outras

variáveis em posições intermediárias ao longo da tubulação.

Estas medições estimadas podem então ser comparadas com as medições reais nos

pontos intermediários, e suas discrepâncias utilizadas para detectar vazamentos. Os modelos

utilizados para tais sistemas variam de muito simples, como aproximações de estado

estacionário, a modelos de escoamento transiente de considerável complexidade. Tais

esquemas têm fornecido um relativo sucesso em sistemas de tubulações não complicados

(tipicamente linhas de transmissão com algumas ramificações) transportando fluidos

incompressíveis.

Recentemente, Dempsey e Al-Habib (1996) apresentaram o novo sistema SCADA de

monitoramento e controle de duas tubulações de petróleo de 1100 quilômetros e de 11

estações de bombeamento associadas, localizadas na Arábia Saudita.

O objetivo da implementação do novo sistema foi, primeiro, o de descentralizar o

sistema global de controle e proporcionar um sistema de controle distribuído capaz de

exercer um controle regulatório em cada estação de bombeamento e em cada estação de

redução de pressão. Esta descentralização permitiu aos operadores das estações de

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bombeamento controlar cada estação em caso de perda de comunicação ou no caso de

falhas no sistema SCADA. O segundo objetivo, foi o de proporcionar um sistema com

ampla função de monitoramento e controle supervisório, de modo que o a partir do terminal

despachante do petróleo seja possível monitorar e controlar a operação da tubulação no

terminal de recepção.

Gally e Rieutord (1986) propuseram um método para detecção e localização de

vazamentos, baseado na comparação, em tempo real, dos valores de pressão (ou vazão)

medidos nas extremidades de uma seção da tubulação, com aqueles calculados através da

modelagem do escoamento transiente de uma tubulação suposta sem vazamento. O método

se aplica a urna tubulação transportando líquido ou gás.

A simulação numérica do escoamento é conduzida, estabelecendo-se como condições

de contorno, valores medidos de pressão e vazão nas extremidades. Assim, se ocorrer um

desvio significativo entre os valores medidos e calculados de um dos parâmetros não

introduzido nos cálculos, deduz-se a presença de um vazamento ao longo da seção

considerada. De mais, as perturbações produzidas pelo vazamento se propagam à velocidade

do som a partir da posição de ocorrência do vazamento (xF) (Figura 2.1 ), nos sentidos a

jusante e a montante.

Conhecendo-se os instantes, ts e ts, correspondentes à chegada das perturbações nas

extremidades E e S, é possível obter sua posição. A velocidade do fluido é muito inferior à

velocidade de propagação das perturbações, de modo que a posição do vazamento é

deduzida através da equação:

(2.1)

onde, L é o comprimento da tubulação e a é a velocidade de propagação da perturbação.

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tempos

o L

Figura 2.1.Princípio da localização de vazamentos (Gally e Rieutord, 1986)

Os resultados obtidos por Gally e Rieutord (1986) demonstraram que é possível

detectar vazamentos correspondentes a 5 % da vazão nominal, como também determinar

sua localização dentro de um domínio igual a duas vezes o passo de comprimento utilizado

no algoritmo de cálculo.

Baghdadi e Mansy (1988) elaboraram um modelo matemático para localização de

vazamentos em tubulações baseado na análise de fluxo unidimensional. O modelo

desenvolvido é válido para regimes de escoamento laminar e turbulento e para fluidos

incompressíveis. Através da análise da equação da continuidade, da perda de carga devido

ao atrito ao longo da tubulação, da vazão do fluido através do vazamento (obtida através da

equação que descreve o fluxo através de um orifício), e do balanço de energia global do

sistema, formulou-se uma expressão capaz de predizer a posição do vazamento em termos

das quantidades medidas das taxas de fluxo e das pressões, nas extremidades da tubulação

operando em regime estacionário.

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Sandberg, Holmes, McCoy e Koppitsch (1989) analisam diferentes métodos de

detecção como balanço de volume e métodos acústico, térmico e eletroóptico. Os autores

também propuseram um detetor de vazamentos de solventes hidrocarbonetos, para ser

utilizado em lagoas e em tubulações de compartimento duplo, consistindo de um módulo de

alarme e de um cabo sensor. O cabo sensor consiste basicamente de um fio para envio do

sinal de alarme e de dois fios sensores, recobertos por uma camada de polimero condutor

que tem a propriedade de inchar quando exposto a solventes e combustíveis a base de

hidrocarbonetos, provocando o contato elétrico com os dois fios sensores.

Testes foram realizados com um cabo sensor de 8 mm de diâmetro. Medidas da

variação da resistência do cabo com o tempo permitiu obter o "tempo de resposta" do

sensor quando exposto a diferentes hidrocarbonetos. O "tempo de resposta" se mostrou

dependente do peso molecular do hidrocarboneto e da temperatura. A 20 •c, o "tempo de

resposta" para a gasolina foi de 15 min, enquanto que para o tolueno e óleo diesel foi de 60

min. Desde que a faixa efetiva do sensor é de cerca de 2 km, o monitoramento continuo de

uma tubulação longa, requer um sistema de telemetria para envio da informação sobre o

vazamento para a estação central de supervisão.

Mears (1988) relata testes de detecção e localização de vazamentos realizados em

duas tubulações da Williams Pipe Line Company (WPL), Tulsa, E.U.A.. As tubulações

utilizadas têm: 534 km de comprimento, 40 em de diâmetro, e 306 km de comprimento, 30

em de diâmetro, respectivamente.

O software do sistema de detecção de vazamentos de WPL tem como base um modelo

em tempo real capaz de simular as condições de fluxo em uma rede de tubulações complexa.

A detecção de vazamentos é feita por dois métodos distintos: balanço volumétrico e desvio

pressão - vazão. Dados requeridos pelo modelo em tempo real, como propriedades fisicas

do fluido, temperatura, pressão e vazão, são fornecidos pelo sistema SCADA (Supervisory

Control and Data Acquisition). Relatos da dimensão e da localização do vazamento, feitos

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pelo sistema de detecção, são dinâmicos. Novos valores são relatados, cada vez que novos

dados do SCADA são recebidos.

De modo a testar o tempo de resposta e a precisão do sistema de detecção, a WPL

realizou diversos testes de vazamentos. Vazamentos foram provocados nos lados de sucção

e de descarga das bombas instaladas ao longo da tubulação e nos pontos intermediários

entre as unidades de bombeamento.

O tempo de resposta do sistema, predito ser de 5 minutos, foi altamente preciso para

vazamentos relativamente pequenos. Em geral, o sistema gerou os primeiros sinais de alarme

5 minutos depois de iniciado o vazamento, para os casos em que a vazão de vazamento era

maior ou igual a 5 % da vazão total de líquido na tubulação. O tempo de resposta foi mais

lento quando havia significativos transientes na línha, mas não pareceu depender da posição

do vazamento. Testes foram conduzidos para vazamentos de até 20 % do fluxo total e

nenhuma melhora no tempo de resposta foi observada.

Testes realizados na faixa inferior de vazões de vazamento, entre 5 % e 2 % do fluxo

total, demonstraram tempos de resposta erráticos. Nesta faixa, 50 % dos vazamentos não

foram detectados, enquanto que o tempo de resposta para a outra metade dos testes variou

entre 5 e 16 minutos.

A precisão da dimensão do vazamento relatada pelo sistema de detecção também foi

investigada. Em geral, os dados obtidos nos testes da WPL não mostraram nenhuma

correlação de repetitibilidade em relação à precisão da dimensão de vazamento relatada.

Todavia, em quase todos os testes as dimensões de vazamentos relatadas nos primeiros

alarmes (2 a 3 minutos) foram menores do que os vazamentos reais.

De um modo geral, os valores relatados para a dimensão do vazamento não diferiram

da valor real em mais do que 16m3/h, resultado considerado muito bom quando comparado

com a vazão total na linha, cerca de 430 m3/h. A precisão no dimensionamento do

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vazamento melhorou com o tempo, de modo que a maioria dos testes apresentou um erro

menor ou igual a 8m3/h, após 15 minutos do início do vazamento.

Em geral, as localizações dos vazamentos foram relatadas pelo sistema de detecção

com erros menores ou iguais a 40 km. Observou-se que a precisão da localização do

vazamento nos primeiros alarmes depende do tamanho do vazamento. Para vazamentos de

10% as posições relatadas nos primeiros alarmes foram localizadas com um erro de cerca

de 24 km, com alguns casos realmente identificando a localização exata. Para vazões de 5%,

posições de vazamentos relatados inícialmente diferiram de 16 km a 160 km da verdadeira

posição.

Para testar como o sistema de detecção reagiria durante a sequência de eventos de

uma situação real de vazamento, o seguinte teste foi realizado: primeiro, provocou-se um

vazamento de cerca de 8 % da vazão total. Esperou-se pela chegada do primeiro alarme. Os

primeiros relatos indicaram um vazamento de cerca de 8 m3/h abaixo do valor real, enquanto

que a localização do vazamento estava correta. Depois de 4 alarmes (2 minutos), todas as

unidades de bombeamento na linha foram desligadas. Imediatamente, o alarme de vazamento

cessou devido aos transientes de grande magnitude que foram criados. O alarme esteve

inativo por 3 minutos e quando retornou com informações sobre o dimensionamento e

localização do vazamento, estas estavam incorretas. Imediatamente após o desligamento das

bombas, a dimensão real do vazamento dissipou-se lentamente enquanto que a dimensão

relatada aumentou de 56m3/h para 120m3/h, ambos valores acima do valor real. Também, a

imprecisão da localização do vazamento aumentou de 96 km para 144 km em 5 minutos.

Estes resultados demonstraram que uma vez que o vazamento tenha sido confirmado e

qualquer ação tenha sido tomada, as perturbações resultantes na linha, geram alarmes

virtualmente inúteis. Falsos alarmes não foram totalmente eliminados, sendo que a maioria

deles podem estar associados a rotinas operacionais na tubulação, tais como partidas ou

paradas das unidades de bombeamento.

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Numa das mais recentes revisões sobre técnicas para detecção de vazamentos em

tubulações, Black (1992) classifica os métodos existentes sob os seguintes grupos: (a)

observação; (b) métodos baseados em sensores; (c) "pigs" inteligentes; ( d) análise a partir de

medidas pressão; (e) balanço de volume; (f) detecção baseada na modelagem matemática da

tubulação. Para cada método, é apresentada uma apreciação sobre suas vantagens e

desvantagens.

Em 1993, Wang, Dong e Fang propuseram um método para detecção e localização de

vazamentos em tubulações baseado em modelos auto-regressivos. No esquema proposto,

quatro medidas de pressão p(O), p(&), p(L- &), p(L), são feitas nas posições O,&, (L -

&), e L, respectivamente. Uma sequência de tempo Xk é definida como:

p,(o)- p,(AZ) x, =

P. (AZ)- P. (L) p,(L- AZ)- p.(L) P.(o)- P.(L-AZ)

onde o subscrito k indica o k-ésimo instante de tempo.

(2.2)

O valor de xk independe da vazão do fluido na tubulação, e será igual a zero no caso

em que a vazão é constante e nenhum vazamento ocorre na tubulação. Se existir uma

perturbação no fluxo do processo, Xk será uma sequência aleatória de tempo. Sequências de

tempo obtidas num dado instante k sob condições de fluxo normal e sob vazamento, são

então inseridas nos modelos auto-regressivos cujos parâmetros e variâncias residuais são

dependentes das condições da tubulação. Vazamentos são então detectados a partir da

análise dos parâmetros e das variâncias residuais.

A detecção de vazamentos é feita com base no valor do índice de desempenho (PJ),

gerado pelo modelo, de modo que a ocorrência de um vazamento resulta em valores de P1>

O, enquanto que se não existe vazamento P1= O.

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O método proposto foi testado em uma tubulação de 10 mm de diâmetro e 120m de

comprimento. Quatro sensores de pressão foram instalados a O, 20, 100, e 120m da entrada

do duto. Para aquisição de dados utilizou-se um microcomputador PCIXT contendo uma

placa conversora AID de 12 Bits. Valores do índice Pr em função do tempo, são mostrados

na Figura 2.2, para vazamentos de 0,5 % e 1 % da vazão de líquido na tubulação.

alanne 0.50 p 0.10

f O.OS fr---'ao.-:Y.:::ÍS:;::0:...___~'------

0.01

o 4

' vazamento

8 12 tempo (s)

(a) vazamentos de 0,5 %

16 20

0.50 p 0.10 ~-===--+--~~-f 0.05!----"'='---.....,.c;_ __ _

0.01

4 8 12 tempo (s)

(b) vazamentos de I %

16 20

Figura 2.2. Índice de desempenho (Wang, Dong e Fang, 1993).

Recentemente, Belsito e Baneljee (I 997) propuseram uma abordagem baseada em

redes neurais artificiais onde cerca de 900 diferentes configurações de vazamentos (ou seja,

diferentes localizações e dimensões de vazamentos) foram utilizadas no treinamento das

redes. Os autores obtiveram resultados satisfatórios na detecção e previsão da dimensão de

vazamentos mesmo com ruídos no sinal amostrado. Menos sucesso porém, foi obtido para

localização de vazamentos, principalmente quando inferiores a 5% da vazão nominal.

2.1 - Detecção e localização de vazamentos por computador "on-Iine"

Desde 1989 desenvolve-se no Departamento de Engenharia de Sistemas Químicos

(DESQ) I FEQ IUNICAMP estudos sobre técnicas de detecção e localização de vazamentos

em tubulações, utilizando métodos computacionais "on-líne".

Quando ocorre um vazamento, urna onda de pressão se propaga ao longo da

tubulação, a montante e a jusante da posição do vazamento (transiente hidráulico). A

pressão ao longo da tubulação passa por uma brusca redução, seguida de uma recuperação

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parcial, cuja intensidade (da redução e da recuperação) depende da magnitude do

vazamento.

A técnica desenvolvida no DESQ está baseada na detecção e análise de transientes

hidráulicos causados por vazamentos. Perfis de transientes de pressão são detectados e

analisados através de técnicas computacionais "on-line", para diferentes condições de

operação da tubulação.

Naves (1991) desenvolveu uma técnica para a detecção de vazamentos baseada na

análise de transientes de perda de carga numa tubulação de PVC, de 3/4" de diâmetro e 20

m de comprimento.

O estudo da técnica foi feito teoricamente, através da simulação de vazamentos na

tubulação, e experimentalmente, utilizando-se um sistema de aquisição de dados em tempo

real. Para detecção de transientes utilizou-se um transdutor de pressão diferencial (do tipo

célula capacitiva ), que mediu a variação de pressão entre a entrada e a saída da tubulação.

Vazamentos foram provocados através da abertura de uma válvula solenóide. Tanto o

transdutor quanto a válvula solenóide foram conectados a um microcomputador PC

equipado com uma placa conversora ADA (A= analógico; D = digital).

Perfis da variação da perda de carga com o tempo, foram obtidos para diferentes

condições de: (a) vazão de liquido (água) na tubulação (6000 < Re < 12000); (b) vazão de

vazamento (10 a 50 % da vazão nominal de escoamento); (c) posição do vazamento na

tubulação (à entrada e a 5 m, 10m e 15m da entrada da tubulação).

Observou-se que a variação da perda de carga aumenta com o aumento da vazão de

liquido e com a quantidade de vazamento, sendo que esta variação depende da posição do

vazamento na tubulação. Os vazamentos mínimos detectados foram da ordem de 0,5% da

vazão nominal de escoamento. Os perfis da perda de carga na tubulação obtidos por

simulação e através da aquisição de dados são mostrados na Figura 2.3.

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... .. -188 10

-158 var-111% - l 211% ....

.380 311% - .... - .... ..... Xll=o.5

o -!i! .. 5 .. !!, 1;40

LÍ -

~

-1:30 ~

'E 21 xA.•o.5 = ... 11 Re• 10000

Re= 10000 vaz=50% .... 8 8 8.05 8.11 0.15 8.28 11.25 8.30 8 1.8 2.8 3J) ... ... 0.8

tempo(s) tempo(s) ... .. --188 ---,

oea N

-158 ......... r-::: !i ?O ~

!!' ~ ~ .. " ..,

..... -, r--258 211% -,_

-- '- 311% -350

i 58 Xll=0.75 ... Re= 12000 .... -.. .... ..... _i!% .,._ = 0.75

Re= 12000 vaz=50% .... .. • 8.05 0.10 8.15 IL20 0.25 8.30 8 1.8 2.8 3J) ... ... ...

tempo(s) tempo(s)

(a) simulação teórica b) aquisição de dados

Figura 2.3. Perfis de transientes de pressão (Naves, 1991)

Em trabalho subsequente (Cruz, Buiatti e Pereira, 1996), estudou-se a possibilidade da

utilização de medidas de transiente de perda de carga em um medidor de orifício para a

detecção e localização de vazamentos.

Um exemplo dos resultados obtidos é mostrado na Figura 2.4.(a). Do mesmo modo

que o observado por Naves (1991), a variação da perda de carga permite detectar

vazamentos de diferentes magnitude, no entanto não permite a localização da posição do

vazamento. Os tempos de detecção observados durante os experimentos se mostraram

praticamente independentes da vazão de líquido na tubulação, e também da vazão e posição

do vazamento. Os tempos de detecção representaram basicamente o tempo de resposta do

transdutor, muito maior do que o tempo real de detecção dos vazamentos (Cruz, Buiatti e

Pereira, 1996).

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Não se restringindo somente à detecção, Buiatti (1995) detectou e localizou

vazamentos numa tubulação de PVC, de 3/4" de diâmetro e 433 m de comprimento. Para

aquisição de dados foram utilizados 4 transdutores (piezoelétricos) de pressão, instalados a

7m, 167 m, 266 m e 427 m da entrada da tubulação. Os vazamentos foram provocados

através da abertura de válvulas solenóide, localizadas a 84 m, 173 m e 260 m da entrada da

tubulação.

Os transdutores bem como as válvulas solenóide foram conectados a um

microcomputador PC equipado com uma placa conversora ADA. Medidas de transiente de

pressão foram realizadas para o escoamento de líquido em regime turbulento (5000 ~ Re ~

13000) e várias porcentagens de vazamento (5% a 80% da vazão nominal de líquido). Um

exemplo dos perfis de transiente de pressão é mostrado na Figura 2.4.(b ).

o . ., "' "' !!! Q.

Q)

" ~ Q) ·u; c: ~

15,------------------------.

14-(1)

13 ~ 12 ~

\!'r \Í 11-

10- (3) ~· .... ,v.,·"''"''"''"'"'"''"''"''"'"'''i>,..,•l"' ...... , ............ , .. ..._

9- 'l' .......... ...,l,~ \ . (4)

8- \j Re vaz. y(m)

7- (1) 7800 75% 15 (2) 7800 75% 5

6- (3) 6600 19% 15 (4) 6600 75% 5

54-~--,-+;~=.~~~~.-~.~ o 234567 8

tempo (s)

(a) medidor de orificio

140~-----------------------.

i! 60· '

• -250 ,~, ... - -; i V posição do transdutor '.; (relativa ao vazamento)

{+)jusante (-)montante

40+---.-~----~----.-~ 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0

tempo (s)

(b) tubulação I: 433 m

Figura 2.4. Perfis de transientes de pressão (Cruz, Buiatti e Pereira, 1996).

A partir dos tempos de detecção em cada transdutor e de medidas da velocidade de

propagação da onda de pressão, Buiatti (1995) desenvolveu um programa para a localização

da posição do vazamento com base na equação (3). Para o caso de uma tubulação contendo

pelo menos 3 transdutores, a localização do vazamento pode ser expressa em termos da

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distância entre o vazamento e o transdutor mais próximo (y):

(2.3)

onde L 2 é a distância entre os transdutores 2 e 3; t2 e t3 são os tempos de detecção nos

transdutores 2 e 3, respectivamente e v é a velocidade de propagação da onda de pressão.

Valores medidos da velocidade da onda de pressão estiveram entre 490 e 530 rn/s

(Figura 2.5.(a)). A precisão obtida na localização da posição do vazamento é mostrada na

Tabela I, para diferentes condições de vazão de líquido (Re).

550 .

540-<

... 530

E 520

"' .., 510 <::

o

"' 500 .., Q) ..,

490c "' .., :B 480 Q)

> 470

480

450 o

tubulação 1: 433m y (m)

v +91 6. ·177 o ~91

o -6 o +6

2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 número de Reynolds

(a)

~ "' .., <:: o

"' .., Q) .., "' .., :B Q)

>

550

540-j

530J '

520~ 510 ~

I ' 500-!

4904 I

480~ I

470~ I

-~ I 450

o

tubulação 11: 1248 m Y (m)

a +244m <> +244m O +144m • ·256m t:. +244m

2000 4000 6000 8000 1 0000 12000 14000 número de Reynolds

(b)

Figura 2.5. Velocidade de propagação da onda de pressão

Silva, Buiatti, Cruz e Pereira ( 1996) estenderam o estudo de Buiatti ( 1995) para

escoamento em regime laminar (Re < 3000) numa tubulação de PVC, de 3/4" de diãmetro e

1.248 m de comprimento. Nesta tubulação, 4 transdutores de pressão foram instalados a 494

m, 744 m, 994 me 1244 m da entrada da tubulação. Vazamentos foram provocados através

da abertura de válvulas solenóide, localizadas a 250 me 750 m da entrada da tubulação.

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Valores medidos da velocidade da onda de pressão estiveram na faixa de 470 a 485

rn!s. (Figura 2.5.(b)). As Tabelas 2.1 e 2.2 mostram que os erros na localização dos

vazamentos foram em média inferiores a 5 m, independentemente da tubulação.

Tabela 2.1 - Precisão na localização do vazamento (tubulação: 433 m) (Buiatti, 1995).

R e y +erro (m)

5000 176 ± 8.57

7000 176 ± 8.36

8000 176 ± 7.74

9000 176 ± 6.38

11000 176±9.08

5000 5±2.13

7000 5 ±2.11

8000 5 ±2.96

9000 5 ±2.80

11000 5 + 3.03

5000 91 ± 8.74

7000 91 ± 8.98

8000 91 ± 5.91

9000 91±7.51

llOOO 91 ± 9.96

Tabela 2.2 - Precisão na localização do vazamento (tubulação: 1.248 m) (Silva, Buiatti, Cruz e Pereira, 1996).

R e y+ erro (ml_

1000 243 ± 2.21

2000 243 ±4.75

5000 243 ± 7.97

7000 243 ±2.63

8000 243 ±5.50

12000 243 ± 4.80

1000 243 ±4.46

2000 243 ±4.97

5000 243 ± 7.94

7000 243 ± 3.79

8000 243 ± 3.01

12000 243 ±0.92

* (y = distância entre o vazamento e o transdutor mais próximo)

2.2 - Conclusões

No presente capítulo foram apresentados alguns dos métodos mais utilizados para a

detecção e localização de vazamentos em tubulações, bem como algumas das principais

dificuldades na sua implementação. Como foi díto inicialmente, a detecção de vazamentos, é

um dos aspectos fundamentais da operação de tubulações transportando produtos químicos.

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A pesquisa nessa área deve ser incentivada, já que a tendência é a de que esse tipo de

transporte seja ainda mais utilizado, o que segundo Black (1992) "aumenta ainda mais a

pressão para o desenvolvimento e implementação de sistemas efetivos de detecção de

vazamentos".

Ainda segundo Black (1992), um dos pontos pouco abordados nesta área é aquele que

trata da detecção de vazamentos em tubulações onde o escoamento é multifásico. É nesse

sentido que o presente trabalho pretende contribuir, estudando a detecção de vazamentos

em tubulações transportando misturas gás-líquido.

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3- MONTAGEM EXPERIMENTAL E SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS

O objetivo deste capitulo é descrever detalhadamente os equipamentos que compõem

a montagem experimental utilizada no desenvolvimento da técnica de detecção e localização

de vazamentos, baseada na análise de transientes de pressão por computador "on-line". A

montagem experimental constitui-se basicamente de uma tubulação de PVC de 19 mm de

diâmetro e 1248 m de comprimento.

3.1 - Montagem Experimental

O objetivo da montagem desenvolvida no laboratório é simular e detectar

experimentalmente a ocorrência de vazamentos em tubulações. Um esquema representativo

da montagem é mostrado na Figura 3 .1.

Rotimetro

"--<f--....:.AI.imentação

r---------~~~~~~~~·~deJ-----~-:~_Ie_n~-~-de~---------~--G--~~~~~:.~~~~~--------------------~-~----.. ~

f" ~'n ___________ T_2~~~~-V2----------~l~'TJ-------+-----r~j'' _, i 1 PlacaADA ' i I 0 1 ! ________________________________ j ______________________________________ ~:::: ~

Micro computador

Figura 3 .1. Esquema da montagem experimental.

(T1,T2,T3,T4 = transdutores de pressão; V1,V2 =posições dos vazamentos)

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A montagem experimental é constituída de uma tubulação de 1248 m de comprimento

total, construída a partir de tubos de PVC de 19 mm de diãmetro (2,5 mm de espessura) e

18m de comprimento, conectados por cotovelos de 90°, tendo no total 70 cotovelos.

Ao longo da tubulação estão instalados quatro transdutores de pressão: a 494 m, 744

m, 994 m e 1244 m da entrada da tubulação. Os transdutores estão acoplados a um

microcomputador PC através de uma placa conversora ADA (Analógico/ Digital/

Analógico).

Para simular o vazamento estão instalados dois conjuntos de válvulas solenóide I

gaveta: a 250 m e 750 m da entrada da tubulação. A abertura e fechamento da válvula

solenóide é realizada através da placa ADA, enquanto que a abertura da válvula gaveta

controla a magnitude do vazamento. A Tabela 3.1 mostra a posição de cada transdutor,

relativa a posição do vazamento.

Tabela 3.1. Posição dos transdutores na tubulação.

Transdutor (posição relativa a Posição do transdutor relativa ao vazamento* entrada da tubulação)

vazamento a 250 m vazamento a 750 m

T1 (494 m) (+)244m (-)256m

T2 (744m) (+) 494 m (-) 6m I

T3 (994m) (+) 744 m (+)244m

T4 (1244 m) (+) 994 m (+) 494 m

* ( +) a iusante; (-) a montante, do vazamento

O trabalho experimental se constituiu da detecção de vazamentos, sob várias

condições de operação da tubulação, para os casos em que o fluido escoante era um liquido

(água) ou uma mistura gás - liquido (ar - água). Neste último caso, diferentes tipos de

experimentos foram realizados, a saber: 1. Injeção de uma bolha de ar, sem ocorrência de

vazamento; 2. Injeção de múltiplas bolhas, sem ocorrência de vazamento; 3. Injeção de uma

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bolha de ar, com ocorrência vazamento; 4. Escoamento continuo de uma mistura ar-água, ,

com ocorrência vazamento.

Na montagem experimental água circula em circuito fechado a partir de um

reservatório de 75 litros, sendo alimentada à tubulação através de uma bomba centrifuga de

3 Cv, marca WEG. Na saída da bomba estão instaladas duas válvulas gaveta, a primeira por

questão de segurança regula a vazão máxima de liquido na tubulação, enquanto que a

segunda regula a vazão de líquido alimentado à tubulação. A vazão de água é medída

através de uma placa de orifício instalada na entrada da tubulação. A curva de calibração da

placa de orifício encontra-se no Apêndice I.

A vazão de vazamento de água, cuja magnitude é controlada pela abertura da válvula

gaveta, é determinada no início de cada experimento, utilizado-se um cronômetro e uma

proveta. A magnítude do vazamento é expressa em termos de porcentagem da vazão

nominal de líquido na tubulação (vazão de liquido antes da ocorrência de vazamento).

O ar injetado na tubulação provem de uma linha de ar comprimido, sendo que sua

vazão e pressão são controladas por um rotâmetro e um manômetro de mercúrio. A vazões

de ar são corrigidas em relação a pressão e temperatura de operação, de acordo com

recomendação do fabricante do rotâmetro. A curva de calibração, bem como a metodologia

utilizada para correção da vazão, são dadas no Apêndíce 1. A alimentação de ar para a

tubulação é controlada pela abertura I fechamento de uma válvula solenóide, também

conectada ao microcomputador através da placa ADA A Tabela 3.2 mostra as faixas de

operação nas quais os experimentos foram realizados.

Tabela 3.2. Condíções de operação da tubulação

Número de Reynolds do líquido (Re) 2000 a 12000

Porcentagem de vazamento 2%a50%

Vazão de ar 1,7 a 9,6lítros I min

I Posições do vazamento, em relação a entrada da I 250me750m \ tubulação \

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3.2 - Especificação dos Equipamentos

3.2.1 - Transdutores de pressão

Os transdutores de pressão utilizados no sistema de aquisição de dados são do tipo

piezoelétrico. Estes transdutores, são constituídos de um material sólido acoplado a

eletrodos metálicos (Figura 3.2). Quando o material piezoelétrico se deforma, quer por

compressão, expansão ou torção, uma carga elétrica é gerada, produzindo uma diferença de

potencial entre os eletrodos, sendo esta carga proporcional a deformação do material. A

diferença de potencial gerada é amplificada, gerando o sinal de saída do transdutor.

Eletrodo

Eletrodo

Amplificador

Sinal !--___,;Amplificado

Figura 3.2. Esquema simplificado do sistema de funcionamento dos transdutores.

Os transdutores utilizados são da marca Cole-Parmer. A Tabela 3.3 mostra a pressão

máxima para a qual cada transdutor foi projetado. O sinal elétrico emitido pelos transdutores

é um sinal de tensão, na faixa de 1 a 5 V.

Na montagem experimental, os quatro transdutores estão acoplados a um

microcomputador PC que recebe e arquiva continuamente suas leituras de pressão. Todos os

transdutores enviam simultaneamente as leituras de pressão na forma analógica. Antes que

os sinais cheguem ao computador estes passam por um multiplexador e um conversor

analógico - digital. O multiplexador possibilita ao computador receber os sma1s

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alternadamente, enquanto o conversor discretiza os smats e os converte em números

binários.

Tabela 3.3. Pressão máxima especificada para cada transdutor.

Transdutor (posição em relação a entrada Pressão máxima da tubulação) especificada (psig)

Tl (494m) 60

T2 (744m) 30

T3 (994m) 30

T4 (1244 m) 15

3.2.2 - Placa conversora Analógica- Digital - Analógica (ADA)

A placa ADA utilizada é da marca TAURUS, versão 2.2, sendo composta por:

• multiplexador;

• conversor analógico - digital ( AID) de 12 bits e 8 canais;

• conversor digital- analógico (D/ A) de I O bits e 8 canais;

• placa digital - digital (D/D) de 8 bits, com 8 canais de entrada e 8 de saída;

Multiplexador

O multiplexador permite que um único conversor analógico/digital (CAD) tenha

acesso a várias linhas de sinais analógicos. Caso o multiplexador não fosse utilizado seriam

necessários quatro CAD's para receber os sinais emitidos pelos transdutores. A Figura 3.3

mostra o esquema de funcionamento de um multiplexador com quatro portas para receber

sinais. O multiplexador utilizado é provido de 8 portas para receber os sinais, e é parte

integrante da placa ADA, onde é encaixado o CAD.

Conversor analógico I digital (CAD)

Um conversor analógico - digital é composto por um sampler e por uma placa que

converte sinais analógicos em digitais.

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Sinais enviados pelos transdutores ~- '..---, CAO---.

\. Passagem alternada dos sinais

Figura 3.3. Esquema de funcionamento de um multiplexador.

27

O sampler discretiza os sinais enviados continuamente pelos transdutores, funcionando

como uma espécie de interruptor, que em intervalos de tempo regulares permite a passagem

da corrente elétrica. O microcomputador gasta um intervalo de tempo finito para ler os

sinais enviados pelos transdutores, por este motivo é necessário discretizar o sinal. Caso haja

alguma variação na variável monitorada durante os intervalos que o micro não recebe os

sinais, esta variação não é percebida.

O sinal discretizado não pode ser utilizado diretamente pelo computador, pois é um

sinal elétrico de natureza analógica, enquanto que o computador trabalha somente com

sinais de natureza digital. O conversor analógico - digital (CAD) converte o sinal analógico

em palavras de 12 bits, ou seja números inteiros na forma binária que podem ser utilizados

pelo computador.

Placa digital/ digital (D/D)

A placa digital é utilizada para atuar sobre as válvulas solenóide, de modo a provocar

um vazamento, bem como para injetar ar na tubulação. Isto é feito através do programa de

aquisição de dados que atua sobre um relé, permitindo a abertura I fechamento da válvula

solenóide. No programa de aquisição de dados o envio dos sinais digitais é feito através da

subrotina write _digO.

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3.2.3 - Microcomputador

O microcomputador utilizado na aquisição de dados em tempo real é um micro 486

DX, 50MHz, Winchester 250 MB, 8MB RAM. No sistema de aquisição de dados o micro

computador tem:- 1) a função de receber os sinais transmitidos pelos transdutores e arquivá­

los em tempo real; 2) abrir e fechar as válvulas solenóide; 3) mostrar os dados experimentais

ao usuário, na forma gráfica.

O micro computador gasta um certo tempo para receber os sinais enviados pelos

transdutores, processá-los e mostrá-los ao usuário. Como o micro possui relógio interno é

possível determinar o intervalo de tempo entre duas aquisições, o que garante interação

entre o processo e o sistema de aquisição de dados.

3.3 - Sistema de Aquisição de Dados

Um sistema de aquisição de dados pode ser definido como uma unidade de

instrumentos eletrônicos que reúne dados de várias fontes, mede, processa e grava os dados

adquiridos. Além disso, fornece instruções de controle do processo monitorado, com base

nas informações medidas. Através de um sistema de aquisição de dados, é possível realizar

tais tarefas com maior rapidez e precisão do que utilizando-se operadores para

monitoramento do processo.

3.3.1 - Descrição do sistema de aquisição de dados

O sistema de aquisição de dados utilizado no presente trabalho se constitui dos

seguintes instrumentos:

1. Transdutores de pressão. Neste trabalho, foram utilizados quatro transdutores para

medir a pressão ao longo da tubulação. Os valores medidos são transmitidos para um

microcomputador PC na forma de um sinal analógico na faixa de 1 a 5 V.

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2. Multiplexador, que é o responsável pela escolha dos transdutores que terão seus

sinais transmitidos ao microcomputador.

3. Conversor analógico - digital, que realiza a tarefa de converter os sinais analógicos

gerados pelos transdutores, em sinais digitais que serão reconhecidos pelo

microcomputador.

4. Microcomputador, que é o responsável pelo processamento e arquivo dos dados do

processo.

5. Programas de aquisição de dados. Estes programas enviam instruções aos

instrumentos componentes do sistema de aquisição de dados.

3.3.2 - Conversão do sinal analógico em digital

Os transdutores de pressão utilizados neste trabalho transmitem os valores de pressão

na forma de um sinal analógico na faixa de 1 a 5 V. Este sinal é recebido pela placa ADA e

convertido em sinal digital, ou seja, em número decimal equivalente na faixa de 1012 a 4095.

Esta conversão é feita de acordo com a seguinte relação:

(SD-1012) _(SA-l) (4095-1012)- (5-l)

onde SA é o sinal analógico e SD o sinal digital (número decimal equivalente).

(3.1)

Após a conversão do sinal, este será convertido em unidades de pressão, em

subrotinas leitura dos programas de aquisição de dados. Por exemplo, para os transdutores

de pressão que realizam medidas de até 15 psig a conversão em unidades de pressão é feita

da seguinte forma:

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- para uma pressão de O psig, o transdutor gera um sinal de 1 V que corresponde a um

sinal digital (número decimal equivalente) de 1 O 12;

- para uma pressão de 15 psig, o transdutor gera um sinal de 5 V que corresponde a

um sinal digital de 4095.

Deste modo, para uma dada leitura de tensão (Volts), tem-se:

p = 15 (SD-1012) (4095 -1012)

(3.2)

De maneira semelhante, obtém-se a relação que representa a conversão do sinal digital

em unidades de pressão para transdutores que efetuam medidas de até 30 psig ou 60 psig:

p = 30 (SD-1012) (4095-1012)

P= 60 (SD-1012) (4095 -1012)

3.3.3 - Temporização dos programas de aquisição de dados

(3.3)

(3.4)

Utilizando-se o relógio interno do microcomputador, é possível determinar o intervalo

de tempo gasto pelo micro para efetuar a execução do laço de leitura nos programas de

aquisição de dados. Esta temporização é necessária para que se possa garantir a correta

correspondência entre o tempo e as leituras de pressão.

Dentro do laço de leitura, além da aquisição de dados em si, são feitas a conversão

dos sinais, a transformação dos sinais digitais em unidades de pressão, e filtragem dos dados.

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Outra tarefa realizada na subrotina de leitura de dados (subrotina leitura), é o cálculo

da média de um determinado número de amostras. O valor médio obtido é considerado

como sendo o sinal transmitido pelo transdutor piezoelétrico. Este cálculo é feito visando

diminuir o efeito de oscilações, devido ao processo de bombeamento, sobre os valores de

pressão lidos, funcionando assim como um pré-filtro.

O tempo gasto na realização das tarefas descritas acima deve ser incorporado ao

tempo gasto pelo transdutor ao realizar uma leitura, pois geram um atraso na aquisição de

dados por ocorrerem entre duas leituras sucessivas. Desta forma, é possível garantir a exata

correspondência entre as variáveis de processo.

De modo a realizar a temporização dos programas de aquisição de dados, fazem parte

do programa principal a biblioteca time.h e a subrotina clock( ). Esta subrotina nada mais é

do que um relógio que mede o tempo consumido na realização do programa de aquisição de

dados, isto é, mede o tempo gasto pelos programas para executar o laço de leitura Assim, ao

inicializar-se o programa, a subrotina clock( ) liga o relógio interno do micro, e desliga-o ao

final do programa.

Com a utilização da subrotina clock( ), é possível saber o exato instante em que a

subrotina leitura é inicializada e o instante em que é finalizada. Ao se chamar a subrotina

leitura, o valor atual de clock( ) é arquivado em uma variável denominada tempo!. No

instante em que se finaliza a subrotina, o valor atual de clock( ) é arquivado em uma variável

tempo2. A diferença entre tempo2 e tempo! corresponde ao tempo gasto na execução da

subrotina leitura. Dividindo-se este valor pelo número de vezes que se realiza o laço de

leitura, tem-se o intervalo de tempo consumido entre duas leituras seguidas para um dado

transdutor. Dentro da subrotina, são feitas 250 leituras para cada transdutor quando se

utiliza o programa SC4.C.

Durante os experimentos realizados para temporização dos programas de aquisição de

dados, a subrotina leitura foi executada por 100 vezes com o intuito de obter um valor

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médio representativo do tempo gasto para executar a subrotina leitura. Deste modo, o

intervalo de tempo consumido pelo micro entre duas leituras sucessivas de um dado

transdutor pode ser calculado da seguinte maneira:

llt = (tempo2- tempo!) JOOxnl

onde nl é o número de leituras executadas.

(3.5)

A Tabela 3.4 traz o tempo gasto entre duas leituras para os programas de aquisição de

dados desenvolvidos.

Tabela 3.4. Intervalo de tempo gasto entre duas leituras de pressão de um dado transdutor

Programa Intervalo de tempo (s)

SC4.C 0.010456

SCON.C 0.01683564

3.4 - Filtragem de Dados

Durante a aquisição de dados de um processo qualquer, ruídos podem ser gerados por

várias fontes tais como um instrumento de medição, equipamentos elétricos, ou por uma

variável do processo (Ex.: variações na vazão de escoamento). A presença de vazamento em

na tubulação gera um transiente hidráulico, que pode ser confundido com estes ruidos,

dependendo da magnitude do vazamento. De modo a se identificar corretamente um

vazamento, torna-se necessário reduzir ao máximo estes ruidos.

A redução de ruídos em um processo qualquer é possível através da filtragem dos

dados. No presente trabalho utilizou-se um filtro média aritmética e um filtro exponencial

duplo.

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3.4.1- Média aritmética

Uma forma de reduzir o nível de ruídos em um processo qualquer é calcular a média

de um deterrnínado número de medidas sucessivas e considerá-la como sendo o valor

filtrado de uma detemrinada variável, para o intervalo de tempo consumido durante as

medidas.

Para o programa de aquisição de dados SC4.C, calculou-se a média de 50 medidas de

pressão para cada transdutor. Este valor médio é considerado como sendo a medida feita

pelo transdutor, sendo então convertido em sinal digital, e posteriormente em unídades de

pressão.

Para o programa SCON.C, considerou-se como a leitura de um transdutor em um

dado instante, a média de 100 medidas de pressão sucessivas. Entretanto, a redução de

ruidos obtidas através deste filtro não é considerada satisfatória para sistemas com ruidos de

alta frequência, sendo necessária a utilização de outro filtro. Assim sendo, a média aritmética

geralmente é utilizada como um pré-filtro em um sistema de aquisição de dados.

3.4.2 - Filtros analógicos

Um filtro analógico é definido por uma função de transferência de primeira ordem ou

por uma equação diferencial de primeira ordem. Sendo assim, a equação a seguir representa

um filtro analógico:

dY(t) ~p.--+ Y(t) =X(t)

dt

onde X(t) é o valor medido, Y(t) é o valor filtrado e tp a constante de tempo do filtro.

(3.6)

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Os filtros analógicos têm sido utilizados como pré-filtros, de modo a reduzir ruídos de

alta frequência.

3.4.3 - Filtros digitais

Filtro exponencial simples

Um transdutor de pressão transmite uma sequência de medidas de pressão que podem

ser representadas como X., X..~, Xn-2, ... , onde n corresponde à medida atual e n-1 à medida

anterior. A cada medida corresponde um valor filtrado Y., Y •. ~, Y •. 2, ... etc.

No instante de tempo n, a derivada da equação (3.6) pode ser reescrita utilizando-se

diferenças finitas:

(3.7)

Reescrevendo a equação (3 .6) como:

(3.8)

Rearranjando o termo constante na equação (3.8) e definindo-o como ct, tem-se que:

1 (sendo O< a:>: 1) (3.9)

Substituindo-se a equação (3.9) na equação (3.8) obtém-se:

(3.10)

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A equação (3.10) mostra que o valor filtrado de uma medida é função da medida atual

e do valor filtrado anterior. Os casos limites para a são:

1. quando a = 1, tF = O :- não há filtragem;

2. quando a~ 0:- ignora-se a medida.

Filtro exponencial duplo

O filtro exponencial duplo nada mais é do que um filtro exponencial simples filtrando

o sinal de outro filtro exponencial. Aplicando um filtro exponencial simples ao sinal filtrado

fornecido pela equação (3 .1 O) e ao sinal filtrado no instante anterior, tem-se:

(3.11)

Y n-1 = y.Yn-1 +( 1- y).Y n-2 (3.12)

Substituindo-se a equação (3.11) na equação (3.12), obtém-se:

Y n = y.et.Xn +y.(1-et).Yn-1 +(1- y).Y n-1 (3.13)

Isolando-se o termo Yn-I na equação (3.12) e substituindo-o na equação (3.11) tem-se que:

Y n =et.y.Xn +(2- y -et).Y n-1-(1-et).(1- y).Y n-2 (3.14)

Considerando y =a, podemos simplificar a equação (3.14):

- 2 )- ( 2-Yn=Ct .Xn +2.(1-et .Yn-1- 1-et) .Yn-2 (3.15)

A equação (3 .15) indica que o valor filtrado no instante n, é função do valor medido

no mesmo instante e dos valores filtrados nos instantes n-1 e n-2.

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O filtro exponencial duplo fornece melhores resultados que o exponencial simples e o

analógico, e por isso foi o escolhido para ser utilizado neste trabalho. Estudos realizados por

Naves (1991) mostram que os melhores resultados de filtragem foram obtidos utilizando-se

a = 0,5. Portanto, este foi o valor de a utilizado no sistema de aquisição de dados.

3.5 - Programas de Aquisição de Dados

Neste trabalho foram desenvolvidos os seguintes programas de aquisição de dados:

SC4C.C e SCON.C.

Nos experimentos de detecção de vazamentos na tubulação transportando líquido

utilizou-se o programa SC4.C responsável pela abertura da válvula solenóide com o objetivo

de simular vazamentos. No programa SC4C.C são lidos os sinais emitidos pelos 4

transdutores de pressão. As tarefas desse programa, são:

1. Fechamento da válvula solenóide, de modo a garantir o estado estacionário;

2. Limpeza da tela;

3. Aquisição de dados para o estado estacionário;

4. Conversão dos dados lidos em sinais digitais e posteriormente, em unidades de pressão;

5. Filtragem dos dados de estado estacionário;

6. Impressão na tela do micro, do perfil de pressão obtido para o estado estacionário;

7. Limpeza da tela;

8. Abertura da válvula solenóide, iniciando ass~ o estado transiente;

9. Leitura dos dados no estado transiente;

10. Conversão dos dados em unidades de pressão;

11. Filtragem dos dados de estado transiente;

12. Impressão na tela do micro, do perfil de pressão obtido para o estado transiente;

13. Fechamento da válvula solenóide;

14. Arquivo do perfil de pressão do estado transiente

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37

A listagem do programa SC4.C encontra-se no Apêndice 5.

Para os experimentos utilizando-se misturas gás-liquido desenvolveu-se o programa

SCON.C, que faz a aquisição, imprime na tela e arquiva os dados de pressão x tempo

simultaneamente. As tarefas do Programa SCON.C são:

1. Fechamento da válvula solenóide, de modo a garantir o estado estacionário;

2. Limpeza da tela;

3. Aquisição de dados para o estado estacionário;

4. Conversão dos dados lidos em sinais digitais e posteriormente, em unidades de pressão;

5. Abertura da válvula solenóide, iniciando o estado transiente - injeção de bolhas isoladas ou múltiplas bolhas;

6. Leitura dos dados no estado transiente;

7. Para os casos onde ocorre vazamento: Abertura da válvula solenóide, iniciando o vazamento;

8. Para os casos onde ocorre vazamento: Leitura dos dados no estado transiente;

9. Conversão dos dados em unidades de pressão;

1 O. Impressão contínua na tela do micro, dos perfis de pressão do estado transiente;

11. Arquivo continuo dos perfis de pressão;

12. ; Fechamento da válvula solenóide;

A listagem do programa SCON.C encontra-se no Apêndice 5.

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38

4- RESULTADOS E ANÁLISE

No presente capítulo serão apresentados os resultados obtidos no estudo da técnica de

detecção e localização de vazamentos em tubulações transportando líquido, bem como

misturas gás - líquido. Procurou-se analisar a influência da vazão de fluido escoando na

tubulação, da magnitude e da posição do vazamento, sobre:

• perfil de pressão ao longo da tubulação;

•velocidade de propagação da onda de pressão;

• sensibilidade rninima do sistema em relação a vazão de vazamento.

4.1 - Transientes de pressão em tubulações transportando líquido

Neste ítem serão apresentados os resultados de um estudo detalhado da técnica de

detecção de vazamentos em uma tubulação transportando líquido (água). Os experimentos

foram realizados para uma ampla faixa de vazões de água, Reentre 2000 e 12000 e para

porcentagens de vazamento entre 2% e 50% da vazão nominal de líquido.

As Figuras 4.1 e 4.2 mostram resultados obtidos. Todos os resultados experimentais

obtidos para este caso estão no Apêndice 2.

Como observado em trabalhos anteriores, a ocorrência de vazamento na tubulação

causa uma brusca redução na pressão seguida de uma recuperação parcial. A magnitude da

redução de pressão, bem como da recuperação, depende do número de Re e da vazão de

vazamento.

A partir das Figuras 4.1 e 4.2 verifica-se que a técnica desenvolvida detecta

prontamente vazamentos da ordem de 1 O %, para Re na faixa de escoamento laminar, e

vazamentos de 2 % para Re na faixa de escoamento turbulento. A partir das medidas de

pressão nos diversos transdutores, observa-se também o amortecimento da onda de pressão

ao longo da tubulação.

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Õl ;;; $ o .., "' "' !!! Q.

10.0

Re=2000 y(m) vaz.= 11 %(250m}

T1 (+244) 8.0

T2 (+494)

T3{+744)

6.0 !- T4{+004)

i

4.0 f

---- - --- -2.0 ~

;:::....=..-_- :.::..---~:::::-:--- ..,..,...::__-.::=--=----.

0.0 ~--~~-~~--'---~--'--~-.J 0.0 2.0 4.0 6_0 8.0 10.0

tempo (s)

15.0 ~. ---------------

10.0 ~

r 0.0 f-

Re= 4000 vaz.= 10% (250 m)

y{m)

T1 (+244)

T2 {+494)

T3(+744)

-5.0 -:-~--:':~~~--~--'--'-~---' 0.0 1 .o 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

15.0 ~-------------:c;::;-c y(m) Re=SOOO

vaz.= 2,5% (250m)

10.0 ~

---5.0 f-

T1 (+244)

T2 (+494)

T3(+744)

T4 (+994)

~-------------------·

0.0 ~

-5.0 L_-~,-----~--~-__j 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

~ & o .. ~ !!! Q.

10.0----------------

s.o r

6.0 ~

4.0 r-

Re=2000 vaz.= 48% (750 m)

-------

y(m)

T1 (~256)

T2 (-6)

T3 (+244)

T4 (+494)

15.0 c,-----------------

t l f

10.0 c '

Re=4000 vaz.= 48% (750 m)

5.0~:----

y(m)

T1 {~256)

T2 (..S)

T3 (+244)

T4(+494)

L ,"--, __ ~ - ......_, - -;::----~

v

0.0 c --------

39

1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

15.0 ~-----------------,

Re=6000 vaz.= 50% (750 m)

l 10.0 ~ t-~ ~

5.o H ~--:----;

\ ........__·\

0.0 i..

------

y(m)

T1 (~256)

T2(-6)

T3(+244)

T4 (+494)

-5.0 '-' ------'-----~-----' 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 .5

tempo (s)

Figura 4. L Transientes de pressão (Re = 2000 a 6000)

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40

20.0 ~~--------------

15.0

Re= 8000 vaz. = 2,5%(250 m)

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3(+744)

T4 (+994)

r~~--~----------1o.o ~ ------ ----

5.0 F--------------------

r--' 0.0 L' ~~~-'---~-'-~--'~----'-----'

0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 tempo (s)

25.0~---------------Re= 10000 vaz. = 2 % (250 m)

20.01-

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

[:-e-----------=-=-=:_~T3 (+744)

15.0 ~ T4 {+994)

f r---· -- ---- -- --- -i 10.0 ~

~ a. ;:---- ..... ______________ _

'âi

s.o r

0.0

-5.0 '--~--~~~~~-~~-~~ 0.0 2.0 4.0 6.0 8_0

tempo (s)

30.0----------------Re= 12000 y(m) vaz.= 2,5% (250m)

25.0 ~l"'--------------T1 (+244) i

T2 (+494)

2Q.Q L T3('4-744)

T4 (+994)

! 15.0-

o

~ e 10.0 !-

~-----------------o.

5.0 ~

0.0

-5o L~'-'~~-'-~~--'-~--~~ 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0

tempo (s)

20.0 r.-----------------; I Re=8000 y(m) L vaz.=50%(750m)

15.0 ~. T1 (-256) ~ T2 (-6)

, ___ ""' T3 (+244)

t - T4(+494) -~ 10.0 ~

~fi~~ "' t' 1 5.0 ~- ___ -\

·, \

~ -- - /..::..::...::/ - -

DOr- .-.,-I ' -- --___ ..:;:: ____ )

0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

25.0---------------Re = 10000 vaz. =50% (750 m)

20.0 ~

~ 15.0 ~

y(m)

T1 (-256)

T2 (-6)

1 f;

T3 (+244}

T4(+494)~

~ ,g 10.0 ~\

ill ~

5.0

--0.0-

05

·-.-~. ~--­.r-~· .....

1.0 1.5 tempo (s)

2.0 2.5

30.0 --------------~ Re= 12000 va:z. = 49% (750 m)

25.QL--~ ,

y(m)

T1 (-256)

T2 (-6)

T3(+244) 20.0 ~ \~+494)

5.0;...

-5.0 '--'-~-'---~~-~---'-~-0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura 4.2. Transientes de pressão (Re = 8000 a 12000)

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41

4.1.1- Máxima queda de pressão na tubulação (dPmax)

Quando ocorre um vazamento, a pressão no interior da tubulação sofre uma brusca

redução, recuperando-se a seguir. A magnitude da redução, bem como a da recuperação,

depende da vazão do fluido escoando na tubulação e da vazão do vazamento.

Neste trabalho, determinou-se para cada experimento o valor máximo (dPmax) da

variação de pressão observada nos diferentes transdutores, em relação à pressão no estado

estacionário (antes do vazamento). Deste modo:

dPmax = [(po- p1/ pa).IOO%] (4.1)

onde po é a pressão no estado estacionário (antes do vazamento) e p1 é o valor do pulso de

pressão, quando da ocorrência do vazamento (Figura 4.3).

tempo

Figura 4.3. Màxima queda de pressão na tubulação (dPmax)

As Figuras 4.4 e 4.5 mostram a variação de dPmax ao longo da tubulação, em função

da magnitude do vazamento e do número de Reynolds. Em geral a queda de pressão

observada nos transdutores mais próximos da entrada da tubulação, ou seja mais próximos

da bomba, é menor do que aquela observada à saida da tubulação. Isto ocorre devido a

aceleração da bomba, quando ocorre o vazamento, compensando a redução na pressão.

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42

A Figura 4.4 mostra a variação de dPmax para o caso em que o vazamento está a 250

m da entrada, isto é, para o caso em que todos os transdutores estão localizados a jusante do

vazamento.

Para vazamentos de até 1 O % a queda na pressão é praticamente constante ao longo

da tubulação, exceto paraRe= 12000 onde o efeito de aceleração da bomba diminui o valor

de dPmax à entrada da tubulação.

~r.----------------------------

200 !-

~ 150

! "C 100

50 f-

Re= 2000 vazamento a 250 m

vaz. (%)

50

!::. 30

10

o 5

2

400 600 800 1000 posição do transdutor (m)

1200 1400

250----------------------------~

200,...

- 150, ~ ~ ~ "C 100;..

50 f-

Re =8000 vazamento a 250 m

vaz. (%)

50

6

X o o

30

10

5 :f:

2~ o~~~~~§~S~~-o 200 400 600 800 1 000 1200 1400

posição do transdutor (m)

250-----------------------------

200 ~

- 150 ~ ~ '

~ X

l !ô 100 ~

50~

Re=6000 vazamento a 250 m

vaz. (%)

50

D 30

* 10

o 5

() 2

200 400 600 800 1000 posição do transdutor (m)

1200 1400

250----------------------------~

200

- 150 ~ ~ E "--o 100

50

Re = 12000 vazamento a 250 m

vaz. (%)

50

o X

30

10

5

!

I

o'-----'-~~il>-~:::::·=~~=· =~=·:':::..._j o 200 400 600 800 1 000 1200 1400

posição do transdutor (m)

Figura 4.4. Valor de dPmax ao longo da tubulação (vazamento a 250m)

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43

No caso dos vazamentos ~ 30 % e Re :o; 8000, as curvas na Figura 4.4 apresentam um

máximo. Na extremidade a montante do vazamento, o efeito de aceleração da bomba

compensa a queda de pressão registrada pelo transdutor Tl, enquanto que na extremidade a

jusante, a redução no valor de dPmax se deve também ao amortecimento da onda de

pressão gerada com a ocorrência do vazamento. Este último efeito é mais pronunciado

quando Re = 2000, ou seja para regime de escoamento laminar na tubulação. Para Re =

12000, também se observa a redução no valor de dPmax à entrada da tubulação, no entanto,

na extremidade à saída o amortecimento da onda de pressão não é observado.

250: 250 Re = 2000 Re = 6000 vazamento a 750 m vazamento a 750 m

200 vaz. (%} 200 vaz. (%)

50 -'- 50

~ 150 30

~ 150 o 30

* 10 ~

* 10

~ • o 5 ê o 5 ::j: Q. Q.

" 100 ., 2 " 100 r. 'J v 2

-'-

~ 50

~ 50-

@i § @

o o 200 400 soo 800 1000 1200 1400 o 200 400 """ 500 1000 1200 1400

posição do transdutor (m) posição do transdutor (m)

250 250 Re = 8000 Re = 12000 vazamento a 750 m vazamento a 750 m

200 vaz. r.-) 200 leak (0/o)

50 50 ' ~ 30 + 30

~ 150 ê 150 + * 10

ê • * 10

o 5 ~ ê

Q. ~ Q. o 5

" 100 o 2 w " 100 6 +

~ 2

+ 5QL. 50t- ~

"' ~ ~ !' o o o 200 400 600 500 1000 1200 1400 o 200 400 600 800 1000 1200 1400

posição do transdutor (m) posição do transdutor (m)

Figura 4.5. Valor de dPmax ao longo da tubulação (vazamento a 750 m)

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44

A análise acima também se aplica para o caso em que o vazamento está a 750 m da

entrada, no que diz respeito ao efeito de aceleração da bomba compensando a queda de

pressão. Já o amortecimento da onda de pressão registrado pelos transdutores T3 e T4, não

é tão acentuado, desde que o vazamento está mais próximo destes transdutores do que no

caso anterior de vazamento a 250 m. Deste modo, a queda de pressão na extremidade a

jusante da tubulação, é maior para os casos na Figura 4.5 do que para aqueles na Figura 4.4.

Por outro lado a queda de pressão na extremidade a montante, é maior para os casos na

Figura 4.4 desde que a ocorrência de vazamento a 750 m gera uma onda de pressão que

será amortecida, também pelo fato de se propagar no sentido contrário ao escoamento do

fluido.

4.1.2- Velocidade de propagação da onda de pressão

A velocidade de propagação da onda de pressão é uma variável importante no estudo

do comportamento do transiente hidráulico.

Quando ocorre um vazamento em uma tubulação ondas de pressão negativas viajam a

montante e a jusante da posição do vazamento. Processando-se os sinais enviados pelos

diversos transdutores é possível determinar a velocidade da onda de pressão ao longo da

tubulação. O cálculo da velocidade é feito utilizando-se os tempos de detecção dos

transientes de pressão pelos diversos transdutores, juntamente com os valores conhecidos

das distâncias entre os transdutores.

A velocidade da onda foi determinada para diversas condições de operação da

tubulação (vazão nominal de líquido, magnitude e posição do vazamento). A Figura 4.6

mostra que os valores da velocidade de propagação da onda de pressão estão entre 490 a

540 m/s. A velocidade da onda mostra-se praticamente independente do número de

Reynolds, bem como da magnitude e da posição do vazamento. Os valores da velocidade

da onda são ligeiramente inferiores ao valor predito teoricamente de 552 m/s, segundo

Wylie e Streeter (1983).

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"' ., " ., "' :!2 o .Q

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45

600 ~------------~ 600~------------------------

600

550

500

450

400 o

vazamento= 50%

y(m) () ~

+744~ ó4i <> ~ +244 t

+494X *

2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 número de Reynolds

vazamento = 2 %

y = distância entre o vazamento e o transdutor mais próximo

«<DL_--~ __ L_ __ L_ __ ~--~--~~

o 2000 4000 6000 8000 1 0000 12000 14000 número de Reynolds

(a) Influência do número de Re

600f Re = 12000 Re =2000

I r y(m)r o 550 f-

() 1 +244: .. ' y(m) "' T "' ~() . i====d:~: () +744 e C>

'~ " ., 500~·. ()

' -6 -\! c o

f "' ., -!l r

' "' ' :!2 450~ y = distância entre o vazamento

o .Q

e o transdutor mais próximo !!

«<D 10 20 30 40 50 60 o 10 20 30 40 50 60

vazamento (%) vazamento (%)

(b) Influência da magnitude do vazamento

Figura 4.6. Velocidade de propagação da onda de pressão.

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46

4.2 - Injeção de bolhas isoladas de ar, sem vazamento

O primeiro estudo realizado com misturas ar - água, foi o do efeito causado pela

injeção de bolhas isoladas de ar, sobre no perfil de pressão ao longo da tubulação, sem a

ocorrência de vazamento.

Para uma dada vazão de líquido, ou seja para um número de Reynolds (Re) fixo,

foram injetadas bolhas isoladas. O sistema foi monitorado durante tempo suficiente para

que a bolha percorresse toda a tubulação. A Tabela 4.1 contém as condições de operação da

tubulação.

Tabela 4.1. Injeção de bolhas isoladas de ar, sem vazamento. Condições de operação

Re (baseado na vazão de líquido) 2000 a 12000

tempo de injeção de ar 2,5 s· 10 s

pressão na linha de alimentação de ar 4 kgl7cm2

As Figuras 4.7 e 4.8 mostram os perfis dos transientes pressão, quando o tempo de

injeção da bolha é de 2,5 s e 1 O s, respectivamente. A injeção de ar na tubulação foi

realizada por computador, através da abertura de uma válvula solenóide, interfaceada ao

micro por meio da placa ADA. O tempo de injeção foi estabelecido no programa de

aquisição de dados.

Assumindo que a bolha de ar se desloca com a mesma velocidade do líquido, o tempo

de cada experimento foi o suficiente para que todo o ar deixasse a tubulação. Normalmente,

este intervalo de tempo foi superior a trinta minutos. Para facilitar a análise dos resultados e

evitar que a capacidade de memória do computador fosse ultrapassada, foram construídos

vários gráficos para um mesmo experimento. O conjunto completo dos experimentos

realizados encontra-se no Apêndice 3.

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"' IRe 12000 ; Pressão ar 4 kgf/cm2 ~Injeção 2,5 s

30 i I ~ i Transd. í

~--'-------~---­~

~ ~ o 20---!

I(IS • Transe!. 2 l t>--------------~...:......:...

Transd. 3 10 -L...~. -----------------

o ""' Tempo (s)

Transd. 4

1200 1aoo

.,_,-----------------------------,

30

Re8000 Pressão ar 4 kgf/em2 Injeção 2 ,5 s

~~------------~~r-~~Trnn~oi1 10~ ~ ~sd.2

lJ~I ---------------------=r~ __ m0.3 Transd. 4

o 400 ""' Tempo (s) 1200 1600

"'~-------------------------------c i Re 2000 l Pressão ar 4 kgf/cm2 llnjeção 2,5 s

o aoo Tempo (s)

1200

"' IRe 10000 !Pressão ar 4 kgf/cm2 ~Injeção 2,5 s

30~ i

' i .s o 20-i .. 0 0 e ~! a.

10 j I

j

" ! "

o

o "" aoo Tempo (s)

"' Re6000 Pressão 4 kgf/cm2

! Injeção 2,5 s

30.......:

a ·;; .s o 20......; .. 0 0 e a.

10-

' ' o

400 aoo Tempo (s)

Figura 4. 7. Injeção de bolhas isoladas de ar (t; = 2,5 s)

47

Transd. 1

Transd. 2

Transd. 3

Transd. 4

1200 1000

Transd. 1

Transd. 2

Transe!. 3 Transd. 4

1200 1000

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48

i 8 o ... 18 I!! a.

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Transd. 1

Transd. 2

Transd 3

Transd. 4

1200 1600

~-,----------------------------~ ~.1 RellOOO I Pressão ar 4kgf/cm2

...: Injeção 10 s

1 j

o 20 ~

1 ~~: [\~-------------T-n>n_"'_· -1-

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~ l 10 -i l Transe!. 2

ti: \'------------T~n>n:::;:"'::.· ;:.3_

. Transd. 4 ~ o +=;:=;:::;=:=:=:=;=:;:=;::=:==;:::;::=~

o

~

l

1 30........;

] 20~

J ~

10 _j

o

400

Re4000

800 Tempo (s)

Pressão ar 4 kgf/cm2 Injeção 10 s

800 1200 Tempo(s)

1200 1600

1600 2000

:g; 0

8 o ... 0 ., I!! a.

40--,;::-c:=::--------------------------Re 10000

' ~ " --, i

" l J

10 --j

o

Pressão ar 4 kgf/cm2 Injeção 10s

i

eoo Tempo (s)

1200

Transd. 1

Transd. 2

Transd. 3

Transd. 4

1600

"'------------------------------,

30

o

R.e 6000 Pressão ar 4 kgf/cm2 Injeção 10 s

400 800 1200 Tempo (s)

1500 2000

~--~R~e-.20~00~---------------------,

Pressão de ar 4 kgf/cm2 Injeção 10s

o~

o 400 800 Tempo (s)

1200 1600

Figura 4.8. Injeção de bolhas isoladas de ar (ti= 10 s)

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49

Os resultados nas Figuras 4.7 e 4.8 mostram que quando a válvula solenóide é aberta,

permitindo assim a entrada da bolha de ar, a diferença de pressão entre a linha de

alimentação de ar e a tubulação produz de uma onda de choque que viaja ao longo da

tubulação. Os pulsos de pressão nas Figuras 4.7 e 4.8 indicam a passagem da onda de

choque pelos vários transdutores. De um modo geral, observou-se que a presença da bolha

não altera o valor da pressão ao longo da tubulação. Do mesmo modo, não houve alteração

nos perfis de pressão, devido a passagem da bolha pelos transdutores.

Com a pressão na linha de alimentação de ar fixa, uma variação no número de Re

significa uma variação na vazão de alimentação de ar. Para uma pressão de 4 kgf7cm2 na

linha de ar, urna menor quantidade de ar é injetada para Re = 12000 do que para Re =

I 0000. Isto acontece devido a diferença de pressão existente entre a linha de ar e a

tubulação onde escoa água. Desta forma, nos experimentos realizados, a quantidade de ar

injetada no sistema foi variada juntamente com o número de Reynolds.

O efeito da quantidade de ar injetado pode, no entanto, ser analisado através da

Figura 4.9, que mostra o valor máximo do pulso de pressão (Pmax) ocasionado pela

passagem da onda de choque pelos vários transdutores, medido para os vários

experimentos.

! i a.

35.0

30.0 i-

25.0

20.0

15.0

10.0 r

5.0 ~

/~ I

::::

t; (s) o 10

+ 2.5

\ 0.0'---'~-~--'-~-'---~~~_j

o 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 número de Reynolds

Figura 4.9. Valor máximo do pulso de pressão (Pmax)

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50

A partir da Figura 4.9, duas situações são observadas. A primeira, é que paraRe~

8000 o valor de Pmax diminui com o aumento do Re, isto é, à medida que o Re na

tubulação aumenta, o impacto causado pela injeção da bolha diminui. Nesta situação o

aumento do volume da bolha não influencia o valor máximo do pulso de pressão.

Na segunda situação, para Re s: 8000, o valor do pulso de pressão aumenta com o

aumento da quantidade de ar injetado. Observa-se também que a onda de choque tem maior

dificuldade para propagação quando o regime de escoamento é laminar.

4.3 -Injeção de múltiplas bolhas de ar, sem vazamento

Neste item são apresentados os dados dos experimentos de injeção de múltiplas

bolhas de ar, sem vazamento provocado. Nestes experimentos, ar foi injetado durante 2,5

segundos na tubulação em intervalos regulares de 10 segundos. Variou-se a vazão de

alimentação de líquido, bem como a pressão na linha de alimentação de ar. A Tabela 4.2

contém as condições de operação da tubulação.

Tabela 4.2. Injeção de múltiplas bolhas, sem vazamento. c di- d -on çoes e operaçao

Re (baseado na pressão do ar vazão de líquido) (kgf7cm2

)

12000 4

8000 4

4000 4

2000 4

12000 4,8

4000 2,5

A Figura 4.10 mostra os perfis de pressão gerados quando um volume fixo de ar é

injetado na tubulação em intervalos regulares de I O segundos.

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~~~~~--------------------~ !Re 12000

lPar 4kgf/cm2

....1 , Transd. 4 I

o ~~:::::;::::;::::;:==:::;:::::::::::~ ' o 200 400

Tempo (s) 800

~~----------------------------~ ~ Re4000

Par 4 kgflcm2

"'I

o eoo Tempo (s)

Transd. 4

o .::=±±:~::;:::;=;::=;::::;=~~ o ,00 200 300

Tempo(s)

51

~-,------------------------------, ReBOOO Par 4 kgf/cm2

o "" 400 OXl

Tempo (s)

Tempo (s)

~--------------------------------, Re4000 Par 2,5 kgf/cm2

""

o "" ~ eoo Tempo (s)

Figura4.10. Injeção de múltiplas bolhas

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52

A injeção de cada bolha gera uma onda de choque, que se propaga por toda a

tubulação. Com a injeção de múltiplas bolhas, procurou-se analisar a influência da

quantidade de ar contida no sistema, sobre a propagação da onda de choque.

Para evitar que a capacidade de memória do microcomputador fosse ultrapassada,

também neste caso foram construídos mais do que um gráfico para cada experimento. O

conjunto completo de experimentos encontra-se no Apêndice 4.

Os experimentos realizados mostram claramente que com o passar do tempo o

sistema tende a entrar novamente em regime permanente, sendo que este novo estado de

equilíbrio é caracterizado por uma pressão maior do que aquela no estado inicial. O tempo

necessário para a estabilização do sistema é praticamente o mesmo em todos os casos.

4.4 - Injeção de bolhas isoladas, com ocorrência de vazamento

No presente estudo, procurou-se analisar a sensibilidade do sistema de detecção de

vazamentos na presença de uma bolha de ar injetada na tubulação.

Com a ocorrência de vazamento ondas de pressão viajam a montante e a jusante da

posição do vazamento. Procurou-se determinar o comportamento da onda de pressão

quando esta se depara com uma bolha de ar se deslocando na tubulação. Para um dado

número de Reynolds do líquido, bolhas com volumes diferentes foram injetadas na

tubulação e a seguir foi provocado um vazamento.

Com objetivo de analisar a influência que uma bolha de ar exerce sobre o sistema de

detecção de vazamentos, ar foi injetado na tubulação durante um dado intervalo de tempo.

Considerou-se que a bolha se desloca com a mesma velocidade do líquido, de modo a se ter

uma noção da sua localização na tubulação durante cada experimento. Deste modo, o

vazamento foi provocado somente quando a distância estimada da bolha era de 600 m da

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53

entrada da tubulação, ou seja, depois do primeiro ponto de vazamento (a 250m) e entre os

transdutores TI e T2. As condições de operação estão na Tabela 4.3.

Tabela 4.3. Injeção de bolhas isoladas, com ocorrência de vazamento. Condições de OPeração

Re V!íquido (crn!s) vazamento tempo de (%) iniecão (s)

10000 52,5 50 10

10000 52,5 50 20

Os resultados obtidos estão na Figura 4.11 e mostram que com a ocorrência de

vazamento, a pressão sofre uma brusca redução, mas seu valor não se recupera. Estes

resultados podem ser comparados com o resultado na Figura 4.2, para Re=IOOOO e

vazamento = 50 % onde se observa recuperação parcial do perfil de pressão durante o

vazamento.

40 iRe 10000 ~Vz.SO% ~Posição do Vazamento 250 m ~ 10 s de injeção de ar

o 20

Tempo (s) 40 "'

40~---------------------------i Re 10000

""1Vz. 50% ~ Posição do Vazamento 250 m J 20 s de injeção de ar

,J

~ o 20 -i 1 a.

j ;_ __ , ----T~ransd. 1

----.!5n"""'· 2

:-----------..~---===sTransd. 3 Transd 4

o _;:::::;::::;::=::::;::=:;:=:;=;:===:;=;=;:_:_ o 40

Tempo (s)

Figura 4.11. Injeção de bolha isolada, com vazamento.

Os perfis de pressão na Figura 4.11 mostram uma diminuição na sensibilidade do

sistema do sistema de detecção em função do aumento do volume da bolha. A Tabela 4.4

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54

mostra os valores de pressão medidos nos transdutores TI, T2 e T3, quando o tempo de

experimento é de 30 s. Com o aumento do volume da bolha a queda de pressão, causada

pelo vazamento, diminui.

Tabela 4 .4. Pressão medida para um tempo igual a 30 s.

ti= 10 s ti =20 s

Transdutores pressão (psig;) pressão ( psig)

TI 9,4 11

T2 6,8 8,1

T3 3,6 4,2

Outra informação obtida dos experimentos foi a velocidade da onda de pressão. Esta

foi calculada com base nos instantes de tempo em que a onda passa pelos diferentes

transdutores, como mostra a Tabela 4.5.

Tabela 4.5. Velocidade de propagação da onda de pressão

v (rn!s) v médio i

Re vazamento tempo de Tl/T2 T2/T3 Tl/T3 (rn!s) (%) injeção (s)

10000 50 lO 281 472 352 368

10000 50 20 362 454 403 406

Os valores da velocidade da onda na Tabela 4.6, quando comparados com aqueles

obtidos para a água (490 a 540 m/s), mostram que a presença de ar na tubulação absorve

parte do impacto da onda de choque causada pelo vazamento. Isto deve explicar a não

recuperação da pressão medida durante a ocorrência do vazamento. Por fim, o aumento do

volume da bolha contribui para o aumento da pressão ao longo da tubulação, atenuando o

impacto causado pelo vazamento.

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55

4.5 -Injeção contínua de ar, com vazamento

Finalmente, realizou-se um estudo da sensibilidade da detecção de vazamento de um

líquido, na presença de ar escoando continuamente pela tubulação. Os resultados

experimentais foram obtidos com o programa de aquisição de dados SCON.C, para

diferentes condições de operação da tubulação.

Nestes experimentos, para uma dada vazão de líquido (água) e gás (ar) variou-se a

magnitude e posição dos vazamentos de água na tubulação. A vazão de alimentação de ar

foi medida através de um rotâmetro e corrigida para a temperatura e pressão de trabalho,

conforme recomendação do fabricante. A Tabela 4.6 contém as condições de operação da

tubulação, bem como o regime de escoamento gás-líquido correspondente a cada

experimento. O método utilizado na determinação do regime de escoamento está no

Apêndice 6. As Figuras 4.12 e 4.13 mostram os perfis de pressão gerados na presença de

um vazamento de água, para o caso de escoamento contínuo de uma mistura ar-água.

Tabela 4.6: Injeção contínua de ar, com vazamento. Condições de operação

Re (baseado na Q"' P .. vazamento(%) posição do Regime de vazão de água) 0/min) (kgf/cm2

) vazamento (m) escoamento

10000 1,7 2,4 10 250 empistonado

10000 1,7 2,4 10 750 empistonado

10000 1,7 2,5 30 250 empistonado

10000 1,7 2,5 30 750 empistonado

10000 1,7 2,5 50 250 empistonado

10000 1,7 2,5 50 750 empistonado

10000 8,6 3,2 50 250 empistonado

10000 7,6 3,1 50 750 empistonado

10000 19,0 3,9 50 250 estratificado

10000 19,0 3,8 50 750 estratificado

10000 1,7 2,5 30 250 empistonado

10000 1,7 2,5 30 750 empistonado

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56

40.0 40.0

Re (água)= 10000 Re {água)= 10000 vaza o ar= 1, 7 1/min vazao ar= 1,71/min vazamento= 10% (a 250m) vazamento= 10% (a 750 m)

300 30.0

y{m) y(m)

~ (+244m) ~ (-256m)

o 20.o r o 20.0 '!I ' (+494m) '!I (-6m) ~ • ~ ~

10.0 L (+744 m)

10.0 (+244m)

(+994 m) (+494m)

0.0. 0.0 o 10 20 30 40 50 60 o 10 20 30 40 50 60

tempo (s) tempo (s)

40.0 40.0

Re (égua)= 10000 Re {água)= 10000 vazao ar= 1, 7 Vmin

' vazao ar= 1,7 Vmin

vazamento= 30% (a 250m) c vazamento= 30% (a 750 m) I

30.0 t- 30.0 l y(m)

~ y{m)

I (-256m) (+244m)

o 20.01- o 20.0 ~ '!I (+494 m) '!I (-6m) • • r--~ ~ c

c (+744 m) 10.0 ~

(+244m) 10.0

I

(+994m) (+494m) i

0.0 0.0. o 10 20 30 40 50 60 o 10 20 30 40 50 60

tempo (s) tempo (s)

40.0 40.0

Re (água)= 10000 Re (água)= 10000 vazão ar= 1,7Vmin vazao ar= 1,7 Vmin vazamento =50% (a 250m) vazamento= 50% (a 750 m)

30.0 L.. 30.0

~ y(m) ! y{m)

(-256m)

o 20.0 (+244m) o 20.0 ;_ '!I ~ • (+494m) ! ~

~ ~ ~ (-6m) ;"'rTt"'''r'nj'TT

10.0 (+744 m)

10.0 (+244m) ! i

(+994m) (+494 m) !

0.0 0.0' 10 20 30 40 50 60 o 10 20 30 40 50 60

tempo (s) tempo (s)

Figura 4.12. Transientes de pressão no transporte de misturas gás-líquido

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40.0

Re (água) = 10000 vazão ar= 8,6 Umin vazamento= 50 % (a 250 m)

30.0 y(m)

(+244m)

Re (água)= 10000 vazão ar= 8,6 1/min vazamento = SO % (a 750 m)

57

I :9 (+494 m) !

30.0 t------------_:_Y (m)

(-256m)

o 20.0 ~ o "" "" m m .. m e Q. ~

(+744m)

10.0 ~

• (+994 m)

~~

; Ji 20.0 li- (+744m)

~ r-~----------------~----!1 Q.

10.0 ~

Re (água)= 10000 vazão ar= 19 Vmin vazamento = 50 % (a 250m}

(+994 m) i ~~

0.0 L' ~-'-~~---~~~----~-J o 10 w 30 40 30 30

tempo (s)

f------------~(+244m) 10.0:...

40.0,, --------------~

30.0 ~

10.0 ~ Re (água)= 10000 vazão ar= 19llmin vazamento= 50% (a 750 m)

y(m)

(-256m)

(+244m)

r (+494 m) !

r-,.~--./"''"VJ'..-.- I

0.0 .'-~~--:':--~--'----.-J o 10 w 30 40 30 30

tempo (s)

Figura 4.13. Transientes de pressão no transporte de misturas gás-líquido

A partir das Figura 4.12 e 4.13 observa-se que a ocorrência de vazamento foi

detectada somente pelos transdutores mais próximos do vazamento, e para porcentagens de

vazamento acima de 30% da vazão nominal de líquido.

Observa-se também, que a sensibilidade de detecção do vazamento, pelo transdutor 1

por exemplo, é maior no caso da configuração 1 (vazamento a 250 m) do que na

configuração 2 (vazamento a 750 m). Em ambas as configurações, este transdutor está

praticamente à mesma distância do vazamento, no entanto a detecção é melhor percebida

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58

quando o transdutor está a 244 m a jusante, do que a 256 m a montante do vazamento. Esta

observação leva a crer que existe maior dificuldade de propagação da onda de pressão no

sentido contrário ao fluxo da mistura gás-líquido na tubulação.

Desde que a velocidade da onda de pressão é uma variável fundamental para a

localização da posição do vazamento na tubulação, esta também foi medida para as várias

condições de operação na tubulação, a partir dos tempos de detecção e das distâncias

conhecidas entre transdutores e vazamento. A Tabela 4.7 mostra os valores medidos da

velocidade da onda de pressão.

Tabela 4.7. Velocidade de propagação da onda de pressão

R e Qar (1/min) vazamento (%) y(m) * v(m/s)

10000 1, 7 50 (+) 244 76

10000 1, 7 50 (-) 256 56

10000 8,6 50 (+) 244 60

10000 1,7 30 (+) 244 57

10000 1,7 30 (-) 6 43

* (-) a montante e ( +) a jusante, do vazamento

Os dados na Tabela 4. 7 confirmam que a velocidade da onda é menor quando a

propagação se dá no sentido contrário ao fluxo. A onda de pressão também se propaga

numa mistura gás-líquido a uma velocidade cerca de 9 vezes menor do que aquela em uma

tubulação transportando líquido. (490 a 540 m/s), confirmando que a presença do gás na

tubulação amortece o efeito da onda de pressão.

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59

5- CONCLUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Como parte de um projeto de desenvolvimento de técnicas de detecção e localização

de vazamentos em tubulações, o presente trabalho consistiu em detectar e analisar, por

computador "on-line", transientes de pressão causados por vazamento em uma tubulação de

PVC de 1250 m de comprimento, operando com líquido e com misturas gás-líquido.

O equipamento de detecção se constituiu de 04 transdutores de pressão instalados ao

longo da tubulação e acoplados a um microcomputador PC contendo uma placa ADA. Os

resultados experimentais foram obtidos para uma ampla faixa de condições operacionais (Re

= 2000 a 12000, porcentagens de vazamento entre 2 e 50% da vazão de líquido), para os

casos em que o fluido transportado era: (1) um líquido (água); (2) urna mistura ar-água, com

várias condições de injeção da fase gasosa na tubulação: (a) injeção de bolhas isoladas, e (b)

injeção de múltiplas bolhas, sem ocorrência de vazamento na tubulação; (c) injeção de

bolhas isoladas, com vazamento; (d) fluxo continuo da mistura ar-água, com ocorrência de

vazamento.

5.1 - Conclusões

A partir de um estudo detalhado da técnica de detecção de vazamentos em uma

tubulação transportando líquido (água), verifica-se que a técnica desenvolvida detecta

prontamente vazamentos da ordem de 1 O %, para Re na faixa de escoamento laminar, e

vazamentos de 2% paraRe na faixa de escoamento turbulento (Figura 5.1).

Determinou-se para cada experimento o valor máximo (dPmax) da variação de

pressão observada nos diferentes transdutores, em relação à pressão no estado estacionário

(antes do vazamento).

A queda de pressão observada nos transdutores mais próximos da entrada da

tubulação, ou seja mais próximos da bomba, é menor do que aquela à saída da tubulação.

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60

Isto ocorre devido a aceleração da bomba, quando ocorre o vazamento, compensando a

redução na pressão (Figura 5.2.).

1o.o~. -------------~

8.0 ~

i 1 6.01

t 40~

Re"' 2000 vaz.= 11% (250m)

20 ----.. -- -

y(m)

T1 {+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+99-4)

,...==---- ---~--- -::::....-=-=----

o.o L• ---'---'---'--~---' 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0

tempo (s)

15.0~----------~,-=tm""l''l Re= eooo vaz.= 2,5% (750 m)

T1 (-256) ,

r 10.0 r T3(+244) i .

:2) • T4{+494) !

f 5.0 ~ -------- --../" "-....-- ._.../ .

!! r "-----. o. ·-·----.......-----

0.5 1.0 1.5 2.5 "'mpo(s)

Figura 5 .1. Mínimo vazamento detectado

~--------------

200

~ 150

~ E o. ~ 100

Re = 12000 vazamento a 250 m

vaz. {%)

+ o X o

50

30

10

5

soe

aLt ~~~~~~~-~-~-=-=·~:~ o 200 400 600 &JO 1 000 1200 1400 posiça:o do transdutor (m)

~---------------------Re = 12000 vazamento a 750 m

200 - !eak (%)

50

- 1so_r + é ~

* 10 ~ E o.

/ I +

/ I

"'C 100- b.

~;~--------,.... 8 : ~~~~~: o 200 400 600 800 1000 1200 1400

posiçao do transdutor (m)

Figura 5.2. Máxima queda de pressão na tubulação (dPmax) (Re=l2000)

Processando-se os sinais enviados pelos diversos transdutores determinou-se a

velocidade de propagação da onda de pressão ao longo da tubulação, cujos valores ficaram

na faixa entre 490 a 540 mls. A velocidade da onda mostrou--se praticamente independente

do número de Reynolds, bem como da magnitude e da posição do vazamento.

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61

Estudou-se o efeito causado pela injeção de bolhas isoladas de ar, sobre no perfil de

pressão ao longo da tubulação, sem a ocorrência de vazamento. Para uma dada vazão de

líquido, ou seja para um número de Reynolds (Re) fixo, foram injetadas bolhas isoladas,

através da abertura de uma válvula solenóide, interfaceada ao microcomputador por meio da

placaADA.

Os pulsos de pressão observados (Figura 5.3) indicaram a passagem da onda de

choque pelos vários transdutores. A presença da bolha não alterou o valor da pressão ao

longo da tubulação, do mesmo modo que não houve alteração nos perfis de pressão, devido

a passagem da bolha pelos transdutores.

~

<O-_-;;:.,:;;;..,;;;,;----------, .., Pre$$10 ar 4 kgfcm2 -; lnleilo 2,5 s

o 20--i

1 J ~ ] Trw=L1

•H+-----~-,~fM'lSII.2

+-!-------"""',:Transd:: 400 000 121JV ...

Tefll)()(S)

'"...,~-:.::c,.=,,-------­i ~at~an2

-; lnjeçlo10s

400 000 12:)0 Tempt~ (s)

""'"" Presslloar4kgf/l:nl2 l~o2,5s

T-.1 '---------!0~ Tflm:lot.2 ,.._.... _____ _.::::

---------"'rr.t=d.3 T..-:1,4 !

•oo aoo Tempo(s)

(a) tempo de injeção, ti= 2,5 s

400 1:00 1:.00 '" Tempo(s)

(b) tempo de injeção, ti = I O s

.o-,-----------,

+---------:"":=nsd.J ! TIWI:Id.4 ,

' ' 400 aou t~ tOOC ~oo

Tempo(s)

Figura 5.3. Injeção de bolhas isoladas de ar (Re = 8000)

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62

Estudou-se também o efeito da injeção de múltiplas bolhas, sobre o perfil de pressão.

Ar foi injetado durante 2,5 segundos na tubulação em intervalos regulares de 1 O segundos.

Os pulsos de pressão na Figura 5.4 indicam a passagem pelos transdutores, das sucessivas

ondas de pressão ocasionadas pela entrada das bolhas na tubulação. Com o passar do tempo

o sistema tende a entrar novamente em regime permanente, sendo que este novo estado de

equilibrio é caracterizado por urna pressão maior do que aquela no estado inicial.

~,~~~------------~ l ReSOOO

Par 4 kgf/c:m2

o 200 ""' Tempo (s)

a ! o

'!i ~ a.

~~------------------------, ! Re 8000

l Par 4 kgflcm2

30~

i J

:!0~

-~

10 -f j j

o o 100 200 300

Tempo (s)

Transd. 1

Transct 2

Transd 3

Transd. 4

Figura 5.4. Injeção de múltiplas bolhas (Re = 8000)

A sensibilidade do sistema de detecção de vazamentos foi testada na presença de

uma bolha de ar injetada na tubulação. Os resultados obtidos mostraram que com a

ocorrência de vazamento, a pressão sofre urna brusca redução, mas seu valor não se

recupera (Figura 5.5) como no caso em que não existe gás na tubulação (Figura 5.6)).

Os valores da velocidade da onda de pressão, entre 281 e 472 m/s, mostram que a

presença de ar na tubulação absorve parte do impacto da onda de choque causada pelo

vazamento.

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~ o ~ ~

40 IRe 10000

"'1 Vz. SO"A> ~POSição do Vazamento 250 m ~ 10 s de injeção de ar

30~

" ~ ,._.4

' ~

10 __j J

I "

"" ~.-ansd 1 ,___---~· ~ransd.2

"'~ransd.3! Transd. 4 i

o o 20 " "' Tempo (s)

~

<0-----------------------------Re 10000

50% Posiçao do Vazamento 250 m 20 s de injeção de ar

I ,. -f------, 10~ ----~T"'ransd. 1

-~! --------'-'-------~~~~~~~5T"'ransd. 2 j Transd. 3 Transd. 4

o -l=;:::::;::::;:::::;:::;:==::::::::=~ o "'

., Tempo (s)

63

Figura 5.5. Transiente de pressão para o caso de injeção de bolha isolada, com vazamento

25.0 ----------------------------~

20.0:..

15.0: \ . '

' ~ \

Re=10000 vaz. =50% (250m)

y(m)

n (+244) 1

T2 (+494) l T3 (+744) i T4 (+994) i

o 10.0 ,L.. \

l ~

o.o r c

,\ _/ -­--v~--v [

-5.0 L---~----~---~~-----0.0 2.0 4.0

tempo (s) 6.0 8.0

25.0 ~---------------------------,

Re = 10000 Y (m)

r vaz. =50% (750 m) T1 (-256) :

20.0 t T2 (-6) !

r-------'·. T3 (+244) j

15.0~ \ T4(+494)!

i \.._________ - _i - -----------~ 10.0:\

c. 5.0

0.0;.. -- ~-:::· ...... _-_-__ ,_

0.5 1.0 1.5 tempo (s)

Figura 5.6 Transiente de pressão causado por vazamento, em tubulação transportando

líquido

A sensibilidade da detecção de vazamento de um líquido (água) também foi testada na

presença de ar escoando continuamente pela tubulação. A ocorrência de vazamento foi

detectada somente pelos transdutores mais próximos do vazamento, e para porcentagens de

vazamento acima de 30 % da vazão nominal de líquido (Figura 5.7). Os transientes de

pressão mostram que o gás escoando na tubulação absorve grande parte do impacto causado

pela onda de pressão, quando da ocorrência de vazamento.

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64

40.0,--------------,

~ Re (água)= 10000 · vazaoar= 1,71/min ~ vazamento= 10% (a 250m)

30.0;...

y(m)

40.0,,--------------,

~ ,-----------=[+_:244m)

o 20.0

I (+494 m)

~--------------

10.0 ~ Re (água)= 10000 vazao ar= 19 1/min

{+244m) 10_0 f-' _________ _c.<+_744m)

~ vazamento= 50% (a 750 m)

(+994m)

~------~----~ L (+494 m) ~~~~·

0.0 '---~--'----~-~-----' 0.0'-' -~-~----'--~-~--" O w B ~ 40 ~ 00 o 10 20 30 40

tempo (s) tempo (s)

(a) (b)

Figura 5. 7 Transiente de pressão causado por vazamento, em tubulação transportando mistura ar-água

50 60

A velocidade de propagação da onda de pressão foi medida para diversas condições de

fluxo. Os valores medidos variaram entre 43 e 76 m/s, cerca de 9 vezes menor do que aquele

medido em uma tubulação transportando líquidos. Os resultados obtidos mostraram que o

gás escoando na tubulação absorve grande parte do impacto causado pela onda de pressão,

quando da ocorrência de vazamento e também que existe maior dificuldade de propagação

da onda de pressão no sentido contrário ao fluxo na tubulação (Tabela 5 .I).

Tabela 5 .1. Velocidade de propagação da onda de pressão em misturas ar-água.

R e vazão de ar vazamento (%) y(m) * v (m/s) (1/min)

10000 1,7 50 (+) 244 76

10000 1,7 50 (-) 256 56

10000 8,6 50 (+) 244 60

10000 1,7 30 (+) 244 57

10000 1,7 30 (-) 6 43

*(-)a montante e(+) a jusante, do vazamento

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65

5.2 -Sugestões para Trabalhos Futuros

De modo a dar prosseguimento a este trabalho, sugere-se:

• Aplicar a técnica de detecção e localização de vazamentos a uma tubulação

transportando I) fluidos não-newtonianos; 2) duas ou mais fases líquidas; 3) líquido

contendo suspensões sólidas.

• Testar a técnica de detecção no caso de ocorrência de dois ou mais vazamentos

ocorrendo simultaneamente.

• Estudar a aplicação da técnica a uma tubulação transportando gases.

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66

APÊNDICE 1 - CURVAS DE CALffiRAÇÃO: MEDIDOR DE ORIFÍCIO

EROTÃMETRO

A curva de calibração do medidor de orifício utilizado na montagem experimental

para medir a vazão de líquido na tubulação é mostrada na Figura Al.l.

O rotãmetro utilizado na montagem experimental para medir a vazão de ar é

fabricado por Gümont Instruments, Inc., tendo número de série 005701 - 005800. A

curva de calibração do rotãmetro é mostrada na Figura Al.2.

15.0 r--------------,

i 10.0

"'

0.0 •c.._.. __ -::':c-~~~----' 0.0 5.0 10.0 15.0

altura manométrica (em Hg)

~ ê 15 ;; ~ ., o ., ~ >

30.0

25.0

20.0

15.0

10.0

5.0 ~

0.0"--~~~~~-~~-'----'

o 10 20 so 40 50 eo 70 ao oo 100 escala

Figura AI. I. Calibração do medidor de orifício Figura Al.2. Calibração do rotâmetro de ar

Correção da vazão de ar

A vazão de ar foi corrigida, em termos da temperatura e da pressão de operação, de

acordo com a seguinte equação:-

onde, P = pressão absoluta do ar, mm Hg

Q0ar= vazão de ar, nas condições padrão (P = latm; T = 70 "F)

Qar =vazão de ar, corrigida (Vmin)

T = temperatura absoluta, em "R = "F + 460

{Al.l)

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APÊNDICE 2 - TRANSIENTES DE PRESSÃO EM TUBULAÇÕES

TRANSPORTANDO LÍQUIDO

67

Neste Apêndice são apresentados transientes de pressão gerados pela ocorrência de

um vazamento em uma tubulação transportando líquido (água).

10.0 10.0

Re= 2000 y(m) Re= 2000 y(m) vaz:.= 2,5% {250 m) vaz.= 11% (250m)

T1 (+244) T1 (+244) 8.0 8.0

T2 (+494) T2 (+494)

T3 (+744) T3(+744)

:9 6.0 T4(+994) :9 6.0 T4(+994) .. .e. .a

o o ... "' .. .. .. .. I!! 4.0 I!! 4.0 i-Q. Q.

2.o-r- -- -- 2.0 f- ---- -~---~---~ !:.::....::.._- _- --- ..,_ ::::-=--~ ......-:::-- = :::;;...=.. --- .

0.0 0.0 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0

tempo (s) tempo (s)

10.0: 10.0

Re=2000 y(m) Re=2000 y(m)

vaz.= 31 %{250m) vaz.= 49% (250m) T1 (+244) Ti (+244)

8.0 T2 (+494)

8.0 f- T2 (+494)

T3(+744) T3(+744)

I T4(+994) :91 T4(+994) 6.0 .. 6.0 f-

.a o o ... "' .. .. .. .. I!! 4.0 i- I!! 4.0 ~ Q. Q.

h '-o ~

.~, ~ 2.0 1- - 20~-~~ /--~--. --

L '-~--! -

0.0 0.0 i 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 10.0

tempo (s) tempo (s)

Figura A2.1. Transientes de pressão (Re = 2000; vazamento a 250m)

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68

:9 ~ o ... "' '" e o.

§ '" .s o ... '" m e o.

10.0

Re=2000 y(m} vaz.= 2% (750 m)

8.0 í-T1 (~256)

T2 (-6)

i T3 (+244)

60 ~ T4 (+494)

4.o r

r---2.0 )-

;::::......:=..--- -=------ -.....::...-- ---..::;;- =-=--..::-.

0.0 ':-'-~-"-:"~~'"":':-~~:'::-'-~--'-:"~~~ 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

10.0 "· ---------------

Re=2000 vaz.= 10% (750 m}

8.0

6.0

4.0 i-

2.0 p.._.._.

0.0; 0.0 0.5 1.0 1.5

tempo (s)

10.0.

Re=2000 vaz.= 48% (750 m)

8.0 c

6.0 ~

I

40[

y(m)

T1 (-256)

T2(-6)

T3 (+244)

T4(+494)

2.0

y(m)

T1 (-256)

T2 (.f))

T3(+244)

T4 (+494)

2.0~\ ~

2.5

r\,-~ =-: ~~-- / '>---~"-" 0.0 c_l --:':-'-~~~~"-'=--c:"-~~

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

§ m .s o ... m m e o.

10.0 ~-----------------.,

80~ c

6.0 ~

4.0 i-

Re=2000 vaz.=4,5% (750m)

y(m)

T1 (-256}

T2(-6)

T3(+244)

T4 (+494)

2.0 ~ -- --- -- ----

p--- ~-- --- --= =--- ~

' 0.0 ~~ ~~"-::'::-"--~--:~~~:-'::-~~-:"::~~-'-::'

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

10.0:-. -------------,

r a.o r

6.0 ~

4.0 r

Re=2000 vaz.= 29% (750 m)

y(m)

T1 (-256}

T2(-6)

T3(+244)

T4 (+494)

~

2oc~ :-- - --- "!:.....:::' =.--::::::::-- ---==::.- ~-

-------- /

I 0.0 c_._~-::-':,--~-:-'::-~~~~~~~":" 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura A2.2. Transientes de pressão (Re = 2000; vazamento a 750 m)

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15.0----------------,

Re= 4000 ~ vaz:= 2,5 % (250 m)

1o.a r

y (m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+994)

5.0 t:-- -----~ -- --- -l-_- -:....::_- ~:::_:. -_- =-=-- ::-- -_-. '

0.0 r

-5.0 '-"-~~~~~~~~~~"-'-~~_j 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

15.0,--------------,

10.0 ,_

5.0 ~

Re= 4000 vaz.= 10% (250m)

y(m)

T1 (+244)

T2 {+494)

T3 (+744)

T4 (+994)

~ ------- -- --- -t_ _____ _

"------------· 0.0

-5.0 L' ~~-'-~~~~~-'-'-~~~~_j 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.

tempo (s)

15.0---------------

Re= 4000 y(m) vaz.= 48% (250m)

T1 (+244)

10.0 f- T2 (+494)

T3 (+744)

T4(+994)

5.0~

69

15.0 ;--------------~

10.0

5.0 '-

Re=4000 vaz.= 5% {250m)

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3(+744)

T4 (+994)

"'--~ -- ----,_ _____ _ ..._ ________ _

0.0 r-

-5.0' 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0

tempo (s)

15.0

Re=4000 y(m) vaz.= 32% (250m)

T1 (+244)

10.0 T2 (+494)

T3(+744)

T4(+994)

5.0 ;:----\ -.--.

'-----'--~

0.0

5.

Figura A2.3. Transientes de pressão (Re = 4000; vazamento a 250m)

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70

~ o

I

15.0 ~----------------,

r 1o.o r r

Re= 4000 vaz.= 2,5% (750 m)

y(rn)

T1 (~256)

T2 (-6)

T3 (+244}

T4 (+494)

5.0 ~r--~---------

r=-~-~-~-~--r----------0.0 ~

1.0 1.5 tempo (s)

15.0 ~--------------,

10.0 r-

t

Re=4000 vaz..= 9,5% (750 m)

y(m)

T1 (-256)

T2 (-6)

T3 (+244)

T4 {+494)

5.0 !~;----~--_-=-_'-_ -_ -_-_=. __ -_=-__ -_-__ -_-_ ----E----~-----·

0.0 ~

-5.0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0

tempo (s)

15.0 L

Re=4000 y(m) vaz.= 48% (750 m)

T1 (-256)

1a.a r T2(-6)

T3(+244)

T4 (+494)

2.5

·5.0 '-' -~~~-'--~~~~-'---_._j 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

1s.o ,r

Re= 4000 ~ vaz.=5% (750 m)

I 100 t

y(m)

T1 (-256)

T2 (..e)

T3 (+244)

T4{+494)

I t 5.0 f:"r --'-----------

I o ... :g I!! Q.

ê~- _---:-- - -_ =--::-::-:: -------------~-----

0.0 ~

-5.0 i

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 tempo (s)

15.0

Re=4000 y(m)

vaz.= 29% (750 m) T1 (-256)

10.0 T2 (-ti)

T3(+244)

T4(+494)

~-..-<:--~'--'-- ~ ~---~-~--=---:r----

0.0 t

2.5

-5.0 L..-~-~--~~~~~--" 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura A2.4. Transientes de pressão (Re = 4000; vazamento a 750 m)

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15.0 rr-R-e=---6000------------:yc;(m=);-;

'~ vaz.= 2,5% (250m) T1 (+244)

! T2 (+494)

1o.a r T3 (+744)

~ T4{+994)

~--~----------

~------

"-------------·

-5.0. 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

15.0 Re= 6000 y(m) vaz.= 9% (250m)

T1 (+244)

T2 {+494)

10.0 l T3(+744)

~ T4 (+994)

r--~.

5.0~---- ~- ~- -----

t- -~-----0.0 ~

-5.0 L' ~-~--~----.,~-~-c-~-::-0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s) 15.0 '[ _____________ _

Re=6000 y(m) vaz.= 50% (250 m)

T1 (+244)

10.0 !- T2 (+494)

T3(+744)

T4 (+994) ~l

' • l . ---- ~ .

5.0 ~ l '. LI, ~ r---~ ~---

o. o

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\.._ _'--: ~ -1--j

-5.0 c_· ~-~-~--~--~--0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

71

15.0 r.---------------

t 100 ~

Re= &lOO vaz.= 5% (2&1 m)

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4{+994)

5.0 ~ ~ ---......_ -- --- -r------, ___________ _ r-----~-----

0.0 i-

-5.0 L-~-:-"::--~-:"::----:c':---:':----:: 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

15.0 r--------------~

1o.a r

Re= 6000 vaz.=30%(250m)

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

-5.0 L' ---,---'---~----'--~ 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

Figura A2.5. Transientes de pressão (Re = 6000; vazamento a 250m)

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72

:9 ~ o .. .. .. e Q.

15.0 ,---------------:-:y-;:(m::;):--, Re= 6000 vaz.= 2,5% (750 m) T1 (~2S6)

T2(-6)

10.0 i- T3 (+244)

r--~,~--..__~~---==-_;_~T4 (+494)

--' ;-----~-----,

0.0 ~

1.0 1.5 tempo (s)

2.5

15.0 ,,.--------------~ RF6000 vaz.= 10% (750 m)

y(m}

T1 (-256)

T2(-6) 1o.o 1 r --- T3(+244)

'~ - · T4(+494) f I L1 ~ :\

5.0 f"'-- ---~ - - -.. ---- ----~ ,_-c

~- ---------------' o.o !r '

-5.0. o. o 0.5 1.0 1.5 2.0

tempo (s)

15.0 RF6000 y(m) vaz.= 50% (750 m}

T'! (..256)

T2 (-6) 10.0

T3 (+244)

T4(+494)

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2.5

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15.0 ,---------------,y-o(c::m:c)-, RF6000

10.0 i-

~

vaz.=5,5%(750m) T1 (-256)

T2(-6)

T3 (+244)

T4(+494)

!~ r 5.0'

--- ---------.............------

0.0 ~

t -5.0 L' -~~-~:'-:-~--"-::-"-~-'-------:'

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

15.0 r.--------------

~ Re= 6000 vaz.= 29% {750 m)

10.0 i-

5.0 !~\ r-~

--. , ___ '.!--_.,..' 0.0\-

y(m)

T1 (*:256)

T2 (-6)

T3 (+244)

T4 (+494)

-5.0 '-------'-'---'--'----~_,_j 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura A2.6. Transientes de pressão (Re = 6000; vazamento a 750 m)

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20.0,-------------------,

Re= 8000 vaz. = 2,5% (250m)

15.0\-

--------

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+994)

5.0'" - - - - -- -- - - - - - --- -- -

'

~ 0.0 ''-'-~~':"--~-'-::',-.~"":':~~~~~-="

0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 tempo (s)

20.0 ,-------------------, Re= 8CXlO y(m)

vaz. = 10% (250 m)

15.0

' ãi f-·- 10.0. ! '

T1 (+244)

T2 {+494)

T3(+744)

T4 (+994)

i I!! Q.

s.o L - - - - - ....... ____ . ----------~

_,--00 ~

-5.0 f-' --~-------------1 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 50

tempo (s)

20.0 -,-----------------, Re= 8CXXl vaz.= 50% (250m)

15.0

ô 10.0 -i \ ! ~---1--,

0.0 1.0 2.0 3.0 tempo (s)

y(m)

Ti (+244)

T2 (+494)

T3{+744)

T4(+994)

4.0 5.0

t

20.0 ,--------------,--,=-----' y(m)

Re= 8000 vaz. = 5,5% (250m)

15.0 t ~

5.0 ~ - - - - - - '-

r-0.0 r

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+994)

73

-5.0 ''c'-~"-':~~c:":-~~':-'~~~~-,: 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

20.0 ,,----------------

r Re=8000 , vaz. = 30% (250m)

15.0 ~

y(m}

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+994) ~Q.~ 10.0:-

-r-~ 5.0 ~,---- /---/ t

\ '--~ ~-

-~--- ----0.0 ~

-5.0 '--~~~~~~~~~~-~~ 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0

tempo (s)

Figura A2. 7. Transientes de pressão (Re = 8000; vazamento a 250 m)

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74

20.0 r.-----------------, Re= 8000

~ vaz. = 2% (750 m)

1s.o r

y(m)

T1 (-256)

T2(-6)

l'ol­t s.or---- _- __ _

T3 (+244)

T4 (+494)

-.- -----------0.0 ~

~ -5.o Lr ~~~~-'--'---~~~~--'--~

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

20.0 ', -:R:-e-=-=aooo==------------:,:-:(;;;m;;c)­~ vaz. = 10% (750 m) r r1 (-256) i

1U~ TI~ T3(+244)

T4 +494)

:9 10.0:-~ [\____

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I 5.0~-------------~------,_

- ~ -------

-5.0 ':-" ~~:.-'::-"~~.,--~"'"":'-::-~:.-'::-"-~ 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

20.0,-----------------Re =8000 vaz. =50% (750 m)

y(m)

15.0 ~

â 10.0 ~ ! h ~\ o

T1 (-256)

TI(-S)

T3(+244)

T4 (+494)

I 5.0~.---~ ~ I ............... :-.......-.__ __

-/~--• . -.- ~ -- -.

0.0 ·---.t:.. ____ j

-5.0 C-------------------, 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

20.0 -f

I Re=BOOO

1

5.0 ~ vaz. = 5% (750 m)

t

y(m)

T1 (-256)

T2 (.-6)

- T3 (+244)

T4(+494) [

g 10.0 ~ ~ l'--------

5.0~-------------------­-·-- -~-------

0.0 c

[ -5.0 L' ~~---,~~~-~.L:-"--~~~

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

20.0,--------------

15.0 ~

0.0

Re = 8<XlO vaz. = 30% (750 m)

y(m)

T1 (-256)

T2 (--6)

T3(+244)

T4 (+494)

--------- -- ____/

-5.0 L• -~--'-~--'---"~-~~-~~--'---' 0.0 0.5 tO 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura A2.8. Transientes de pressão (Re = 8000; vazamento a 750 m)

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25.0 ~---------------Re= 10tXl0 vaz. = 2 % (250m)

20.0

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

r---------------------~~~~T3~744) 15.0 f- T4(+994)

r-oi 10.0 r : t

-~--

! 5.0r--- ..... ____________ _ ~---------·

0.0 t

-5.0 L...~~'-::':,--'-~~c':---~---'~~~ 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0

tempo (s)

25.0 ~--------------,

200 f

15.0:-

Re = 1CXlOO vaz. = 10% (250m)

y(m}

T1 (+244)

T2 (+494)

L---'-------~---~==~~T3~7~) 1 T4 (+994)

r--------/---------,g 10.0 ~

~~ ~ ~ -- --- -5.0 f-

oor-

25.0 ;----------------,

t 20.0 f-

0.0 f-

Re= 10000 vaz. =50% (250 m)

--\.<:>../--v

y(m) i

T1 (+244) I

:~:::I T4 (+994) I

:

-5.0 ~~~--c':c~~~~-~'---:-"c:-'-~---"--:' 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0

tempo (s)

25.0 -::--------------::=---, Re = 10000 Y (m)

• vaz.=5%(250m) T1 (+244)

20.0 ~ T2 (+494)

~~---------./------'==----'Tc;3 (+744)

115.0 ~ --- - - - - / - - - - - -=-- -:4 (+994)

g 10.0 ;­

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50 r [

l ~~------

r----------------o.o ,_ f

-5.0 L...~---'----~--'-----"--:"-~--,1

75

0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 tempo (s)

25.0---::-------------

t Re = 10CXXJ vaz. = 30% (250m)

20.0 f-' ~

" ! 15.o r : :9 L' .s ~ --o 10.0!--

l __ .,.. _____ _

s.a r L

0.0 ~ --v-------

y{m)

T1 (+244) i

T2 (+494)

T3(+744)

T4(+994)

-5.0 L...-~--'---~-'-~--"-~~~ 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0

tempo (s)

Figura A2.9. Transientes de pressão (Re = 10000; vazamento a 250m)

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76

25.0 ,, ------------=­y(m) Re= 10000

vaz.= 2% (750 m)

20.0 ~ T1 (~256)

T2(-<l)

T3 (+244)

15.0 ~"---~-------'=:_~T~4lj(+~494~)

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5.0 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

o.or­f

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tempo (s)

25.0r. -------------r Re=10000 y(m) ~ vaz.= 10% (750 m}

t T1 (·256) 'i

~~ T2~ c----,

T3(+244)j

i 150~ o 10.0:

T4 (+494}i !

-- ----- --- ----'

I ;-----...... _______ _ ,_.------

,_ --- ~ ---- -- --0.0 c

-5.0 ':-~-'-::'~~~--~~-~~~ 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

2s.o r1-----------------

r Re = 10000 Y (m) vaz.=50%(750m) i

T1 (-256)

1

.

20.0 r

l---

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1.0 1.5 tempo (s)

2.0

T2(..S)

T3(+244)i

T4(+494)i

2.5

25.0--------------

20.0

' 15.0;...

Re= 10000 vaz.= 5% (750 m)

-----

y(m)

T1 {·256)

T2(--6)

T3 (+244)

T4 (+494)

---o 10.0;...

'! !!! Q. ~---~----------------s.o r

'

.-------~-------0.0 i-

[ -5.0 ':-' ~-'-:"::-~~':-"-~-~-~:::::~-"-;'

0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 tempo (s)

~ li

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f

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-5.0 ':-~-~~~-~-':-"-~--,",.-.--:" 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

Figura A2.10. Transientes de pressão (Re = 10000; vazamento a 750 m)

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30.0 ~----------------, Re=í2000 y(m) vaz.= 2,5% (2&> m)

25.0 : T1 (+244)

~ T2 (+494)

20.0 f- T3 (+744) I

:gi ~ - _ - -- _ _ -- _ .T4 (+994) ,

8 1s.o r ,g i 10.0 ~ - - - - - - - - - - - - - - - - -

i 5.0 c

r

0.0 ~

-5.0 '-'-~~~~~~~~~c':-"~~-:' 0.0 2.0 4.0 6.0 8.0

tempo (s)

~.o~--------------------------,

y(m) Re= 12000

25.0 L ' vaz.= 10% (250m) T1 (+244) r .

- - """ - -- - - - - - - :.::__.:: -- -T2 (+494)

20.0 t -- T3(+744)

, ~- T4(+994) :9 ! 150 f '- - -../ - - ---

o .. ~ 10.0 ,..._. --~ \__ r-- -- --- .

5.0 c

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-5.0 C.• ~~-'-:~~~~~~~-,':--~~~

0.0 2.0 4.0 6.0 8.0 tempo (s)

30.0 i Re= 12000 vaz.= 50% (250m)

2s.oh > \

' t ' : I 2o.o r : !'--+--

y(m)

T1 (+244)

T2 (+494)

T3 (+744)

T4 (+994)

-1 15.0~ 1

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5.0,... ~ / ...... .-- ~ . ~

.--oor

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-5)'---~~-~:-'c-~-~~~--~---' 0.0 2.0 4.0 6.0

tempo (s)

77

~.o,,------------------------------~

[ Re= 12000 y(m)

25t~:5:_250:_ 20.0 ~

T1 (+244)

T2 (+494)

T3(+744)

' § ~ -- T4(+994)

á 15.0f -- ~ --

t 100 ~ - - - ' - - - - - - - - - - - - -

f s.o r

0.0 r-

2.0 4.0 tempo (s)

6.0 8.0

30.0 ,------------------------------:

~ Re= 12000 y(m) L vaz.= 30% (250m)

2s.o r\ r1 (+244)

~ '\ T2 (+494)

20.0 r \ - - - T3 {+744)

:9i ~~ - T4(+994)

8 15.0 r- \

5.0 i-' '

00~- -

f

\ '-- ----------J

--------

2.0 4.0 6.0 tempo (s)

Figura A2.11. Transientes de pressão (Re = 12000; vazamento a 250m)

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78

30.0,----------------, Re= 12000 vaz.= 2,5% (150m)

25.0 r--"'-------== ' 20.0 i-

~ h S. 15.0 ~'--- -- -- --~ o ~ .., ' l 10.0 ~ - - - - - -- - - - - - -- - - -

- - --......- - - --- -

y{m)

T1 (~256)

T2(-6)

T3(+244}

T4 (+494)

-5.0 '--~---'----~-'-----.J 0.0 1.0 2.0 3.0

tempo (s)

30.0 't--------------, ~ Re= 12000

25_0

, vaz.=10%(750m) Y(m)

' 2o.o r

i 15.0~

T1 (·256)

T2(...e)

T3 (+244)

T4(1-494) -- .___/'-

o .., l 10.0 ~- - - -.

5.0 ~ -------

,-----------------0.0 r

-5.0 '::-'-~-'::'::~~:'::-'-~-"-:":~-~-~-0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

tempo (s)

30.0,------------~

~ :::: ~~ (750 m) 25.0~ r ,

f 2o.o r '

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i ~\ ! 10.0~\-~ "- r

5.0 i­r

o.or

,.-----

y(m)

T1 (·256)

T2(-<l)

T3 (+244)

T4(+494)

-5.0 :-----:"::---"~---:-':----------:' 0.0 1.0 2.0 3.0

tempo (s)

30.0---------------

25.0

Re= 12000 vaz.= 5% (750 m) y(m)

~--------- T1 (-256)

20.0' T2 (-6)

T3(+244)

i 15.o~L i ' 10.0;..

~----. T4(+494)

---./

i!! Q.

r 5.0 i-

o.o r r

_____ __.,.---

-5.0 '------'-----'------0.0 1.0 2.0 3.0

tempo (s)

30.0 r.---------------, [ Re= 12000 ~ vaz.= 30% {750 m)

25.0~--

20.0 ~

9 n .á 15.0 ~\

Ji ~ 0 ............__ I 10.0 f __ _ 5.0 ~

~ r- -

a.a r \ _______ !

1.0 2.0 tempo (s)

y(m)

T1 (·256)

T2(.S)

T3 (+244)

T4(+494)

3.0

Figura A2.12. Transientes de pressão (Re = 12000; vazamento a 750 m)

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APÊNDICE 3 - INJEÇÃO DE BOLHAS ISOLADAS DE AR, SEM VAZAMENTO

Neste Apêndice são apresentados todos os experimentos realizados para o caso da

injeção de bolhas isoladas na tubulação, sem a ocorrência de vazamento. O software

responsável pela aquisição foi o SCON.C.

40 -;~-::R-e -::12000=,------------, Pressão ar 4 kgf/an2

40 'i::R-e -::12=ooo==-----------­i Pressão ar 4 kgf/cm2

Injeção 2,5 s

30 -! ~

~ :,lf.. -------~---T'-"'-"'-· 1_ ! r 30

~Injeção 2,5 s

Transd. 1

O 20 ~ ~ Transd. 2 1 ~'>----------------- Ji 20 --j Transd. 2

~ ~------~~-----------­!

10 t~>-----------rra_n_"'_· 3

-1 Transe!. 4 I o ~::::;::::;=;:::::;=:::;=:;=;=;:::::;=:;=;:~

800 Tempo (s)

1200 1600

10

o

Transd. 3

' "

Transd. 4

o 400 800 1200 Tempo (s)

Figura A3.l. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 2,5 s; Re=l2000)

! o .. ~ e a.

40 !Re 10000

,.

"iPressão ar 4 kgf/cm2 ..;Injeção 2,5 s

-' "

Transd. 1 -Hf---.r-co~~

~ Transd. 2

10 ~ ~ Transe!. 3

~-----------------i

o 400 800 Tempo (s)

1200 1600

Figura A3.2. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 2,5 s; Re=lOOOO)

' 1600

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80

~-r~-------------------------, i Re8000

l Pressão ar 4 kgflcm2 i lnjeçao 2,5 s c

-;..' +---------~~-T_,._ ..... 1 10 -j Transe!. 2

Transd. 3 +-Jc------------::Tc:-ra.nsd. 4

o .. ''" Tempo (s} ""' "" ~-r---------------------------,

Re8000 _ Pressão ar 4 ~/cm2 -1 lnjeça.o 2,5 s

~ ~~ ! -1 1 20~ Q. ' Transd. 1

Transd. 2

Trartsd. 3 i

~------------~~ Transd. 4 'i

o -h::;:;:::;:::;:::;:::;::;:;:::;::;::;::::;::;::;:=~ o "" '"" Tempo (s) ""'

~-,----------------------------, Re 8000 Pressão ar 4 kgf/cm2 InjeÇão 2,5 s

Transct 1

10 ~ Transd. 2 ,c,---------------------+-------------------~T .. ~nsd.s

Transa. 4

.. . .. Tempo (s) ""

Figura A3.3. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 2,5 s; Re=8000)

~ • .e. o ':1 • ! Q.

~~~~---------------------c

~=4kgflcm2 jlnjeção 2.5 •

' ~~

4 c

~l 10 -j

c

o "" Tempo (s) '""'

T"""- 1

Tr:ul$d.2

Transd. 3

Transd.4

10>0

ã; ... .e. o ... • • !!

Q.

~~~~--------------------, :Re6000 --! Pressao 4 kgflcm2 ~InjeÇãO 2,5 s

30-;

I • ~.J

10 "l

o OlO Tempo (s) '""'

Tr.msd. 1

Transd. 2

Transd. 3 Tr.ansd. 4

10>0

Figura A3.4. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 2,5 s; Re=6000)

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"' ] Re2000 ! Pressão ar 4 kgf/cm2 i Injeção 2,5 s

·u o

o 400 800 Tempo (s)

1200 1600

4<)~-------------------------,

J R.e 2000 j Pressão ar 4 kgf/an2 1 Injeção 2,5 s

l ~l

1 i J ~-, .... -1

10 -j

o 800 Tempo (s)

1200 1600

4<)-,----------------------------, i Re2000 i Pressão ar 4 kgf/cm2 !Injeção 2,5 s

'

10 __,

o 800 1200 Tempo (s)

1600 2000

"' R.e 2000 Pressão ar 4 kgf/cm2 Injeção 2,5 s

30--j

g ~ ~

S. o

~l i ~ o.

i

10~ I

j

o o 400 800 1200

Tempo (s)

"' ! R.e 2000 l Pressão ar 4 kgf/cm2 i Injeção 2,5 s ~ ' 30-j

i S. o 20 ....J, ... ~ m ~ o.

' 10 ~

J

' i

o o 400 800 1200

Tempo (s)

Figura A3.5. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 2,5 s; Re=2000)

81

1600

1600

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82

40 'iRe 12000

jí Pressao ar 4 kgr/cm2

lnjeçao 10s

30 I ~ ' ii Transd. 1 i li - ~~------------~--------1· ~>--------------T-"-"_""_·_2_ < 1 Transd. 3

10-LJ~' ----------------'

400 "' Tempo (s)

Transd. 4

""' '"'

~-c~Re~,=~==~-----------------, i Pressao ar 4 kgf/cm2 -llnjeçao 10s

,j J Transd. 1

! i 20 ~-f--------~------T-"-""'-_2_ e Q.

1D

4DD "" Tempo (s)

T"""" 3

1200 1600

Figura A3.6. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=12000)

~~~~-------------------, [Re 10000 l Pressão ar 4 kgftcm2 ~Injeção 10 s

30 ~ l i i I 20~ ,' _____________ T_ .. _-_,

Q. 10~11

1.\._ ____ _...;_T"':_:.::.:"""·2

J _ Transd. 3 , IL--------------C-C 'l

• I Transd. 4 !

D 400 "" Tempo (s) 1200 ""

~-r-~~----------------------:Re 10000

!

~Pressão ar 4 kgf/cm2 -\lnjeçao 10 s

30 -t

~ 20~!'---------------T~m="=""=·' ~ L.

. Transd. 2 1D J '--------------

Transd. 3

Tempo (s)

~~~==---------------------iRe 10000 l Pressão ar 4 lq:Jflcm2 llnjeçao 10 s

- ~­! ' o 20-

1 Q.

10-

'"' 800 1200 Tempo (s)

Transd. 1

Transd.2

Transd. 3

Transd. 4

"" '''"

Figura A3.7. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=10000)

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Õl

! o .. !! e 0..

..o-,-----------------,

~ l

J

o

Re 8000 Pressao ar 4kgflcm2 Injeção 10 s

soa Tempo(s)

-i I I r

--Transd. 1 L

Transd. 2

t Transd. 3

Transd. 4 ~ I

1200 ""'

Õl

! o

i! ~

... ~~~------------------~ J Re aooo ! Pressao ar 4 kgf/cm2

--i Injeção 10 s

30~

~

~ "1

~

' Transd. 1 ~

10 -l Transd. 2

~~· --------------------------~Tmn~~~-3

83

o "" Tempo (s) 1200 ""'

Figura A3.8. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=8000)

..o-------------------------~ Re 6000

· Pressao ar 4 kgf/cm2 ; lnjeçao 10 s

30-j

j :zo-1 i

' j I

10--j

' : i -j' 4

o

o ""' 800 1200 Tempo (s)

Transd. 1

Transd. 2

Transe!. 3 Transd. 4

1600

..o-,-----------------, ~ Re 6000

Pressão ar 4 kgf/cm2 -i Injeção 10 s c

10 -j Transd. 1 ,r,------------------------~~~~

~-2

o~-t~~~~~~~~~~~;:~~T~~~,~~~-~3~ I

o 800 Tempo (s)

1200 1600

Figura A3.9. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=6000)

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84

®,----------------------------,

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1 ~~

o o

40

c

1

30---!

'Õl ~ ~ , o .. 20~

8! I!! a.

10-;

J

o o

Re4000 Pressão ar 41<gf/cm2 Injeção 10 s

i

®O 800 1200 Tempo(s)

Re4000 Pressão de ar 4 kgf/cm2 Injeção 10 s

400 800

Tempo (s)

Transd.1 I Transd. 2 Transd. 3 I 'Transd. 4

1600 =

1200 1600

® i Re4000

J Pressão de ar 4 kgf/cm2 Injeção 10s

-l

:2> J "' j a, o 20 ' ... I $ ! I!! a. 1

_,

10-]

J

o o ®O aoo 1200

Tempo (s)

Figura A3.10. Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=4000)

1600

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85

40 40 Re 2000

-i Pressão de ar 4 kgf/cm2 c Re 2000 -t - Pressão de ar 4 kgf/cm2

Injeção 10 s - Injeção 10 s

30-j 30~

J ~

i 20l I :ro~

a o j o

~ 10~ ':ll "' /!! /!! 10-

ll. ll.

c l 01 o

l ~ c -i ' • " -10 I -10

o 400 800 1200 1SOO o 400 800 1200 1600 2000

Tempo (s) Tempo (s)

40 40

- Re 2000 I

Re2000 - Pressão de ar 4 kgf/cm2 ! Pressão de ar 4 kgf/cm2

30j Injeção 10 s 30j

Injeção 10 s

1 ' i " :2> ' 20-l 20~

"' a

10 ~ a c

o o ':ll ~ "' I!! !! 10---" ll. a.

~ o o

1 -10 -10

400 800 1200 1600 o 800 1200 1600 2000

Tempo (s) Tempo (s)

Figura A3_1 L Injeção de bolhas isoladas (tempo de injeção= 10 s; Re=2000)

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APÊNDICE 4- INJEÇÃO DE MÚLTIPLAS BOLHAS, SEM VAZAMENTO

Neste Apêndice são apresentados os dados dos experimentos de injeção de múltiplas

bolhas de ar, sem vazamento provocado.

40 jRe 12000 1 Par 4kgf/cm2

"

o 200 400 Tempo {s)

êi u; .s o "" :g ~

600 OlO

40~~~~--------------------, Re12000 Par 4 kgf/cm2

l 30~ Transd.1

! -i i

20j Transd. 2

~ Transd. 3 10

"

o j Transd. 41

o 100 200 300 Tempo {s)

Figura A4.1. Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 4 kgflcm2; Re=l2000)

40 -:r:R::-e-:8000=:------------------c J Par 4 kgf/cm2

i i

Transd.1

Transd. 2

10

Transd. 4

o~~::;=::===;:::=~=-o

200 "" 600 Tempo {s)

40 j Re8000 Par 4 kgf/cm2

J

i Transd. 1 O 20 I

i ~~~~-----------­:!! c.. I Transd. 2

~-~~-------------10 ~

I

o 100 200 300 Tempo {s)

Transd. 3

Transd. 4

500

Figura A4.2. Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 4 kgflcm2; Re=8000)

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... ... Re4000 Re4000

i Par 4 lqjflcm2 j Par 4 lqjflcm2

30 30~ '

! ! j

o 20 o 20~

~ ' ~ I!! Transd. 1 I!! Transe!. 1 ll. ll.

l Transd. 2 10 10

Transe!. 3

Transd. 4

o o ' o ""'

..., 600 o ""' ""' eoo Tempo (s) Tempo (s)

"' Re4000 Par 4 kgf/cm2

~ 30i '

! 20~ o 'lll .. i I!! Transd. 1 Q.

Transd. 2

10

i Transd. 3

Transd. 4

o

"'' "" 300 ""' 500

Tempo (s)

Figura A4.3. Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 4 kgflcm2; Re=4000)

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40 40

Re2000 1 Re2000 ~ Par 4 kgf/cm2 ~ Par 4 kgf/cm2 ~ " 30--1 w1 J, -' :9 a 20-l 20-1

! .s ~ o o ... ...

ill ~ m

i!! i!! 10 ---j"-N a. a.

.;

l o o

.;

" -10 -10

o 200 400 600 o 200 400 600 Tempo (s) Tempo (s)

40 40

' Re2000

~ Re 2000 " J Par 4 kgf/cm2 Par 4 kgf/cm2

i

30_J 30 -i

'

J a 20j :9 -~ ~

-!0 j -!0 ~

o o ~ ... ...

m ~

"' "' i!! 10 i!! 10 o. a. '

~

J .;

o o ~

-10 -10

o 200 400 600 o 200 400 ""' Tempo (s) Tempo (s)

"' Re2000 Par 4 kgf/cm2

30

:9 20--i "' -!0

~ o ... "' "' i!! 10 .,....; a.

~

" 0--j

J

-10

o 200 400 600 Tempo (s)

Figura A4.4_ Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 4 kgf'cm2; Re=2000)

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~ ~~I I_ 1 ., r

o "" "" 300 Tempo (s)

Transd 4

""' ~~----------------------------~

i Re 12000 l Par 4,8 kgf/cm2

l

- =.! g ~----------------------------1 20~

~ .s o ~ ~ ~

~ Q.

:,__ ____ _ 10 ~

I

o 100

~,· Re12000 Par 4,8 kgf/cm2

"" 300 Tempo (s)

j: "'-,'---"~----------------------

I c

-]----

'"1 -i

10 -i

J

0~~~------,---,,~--,---~ o 100 "" 300

Tempo (s) ""'

10 ~~-, -------

o 200 400 Tempo (s)

' Re 12000 1 Par 4,8 kgf/cm2

j ,.,,k--------------------1 a -i

í '--------------------------- i 1 20~ Q.

"" "" Tempo (s)

Figura A4.5. Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 4,8 kgf!cm2; Re=l2000)

89

eoo

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90

~,-------------------------,

30

10

o

Re4000 Par 2,5 kgf/cm2

""' -Tempo (s)

Transe!. 1

~..,---------------------, j Re 4000 I Par 2,5 kgf/cm2

1 l

30-j

Transd. 01

Transd.02

Transd. 03

Transd. 04

l ! j~ o 20 .

i! ! a.

Tempo (s)

~-c---------------, ...: Re4000

1 Par 2,5 kgf/cm2

30~ ~

o 400

Tempo (s)

~,---------------, _ Re4000 J Par 2,5 kgf/cm2

30~ '

a l ! , o 20 _j

! ~

Transd. 01 i

Transd. 02

Transe!. 03

Transd. 04

,)--~-------------------!

J

o ' o ""' Tempo (s)

Figura A4.6. Injeção de múltiplas bolhas de ar (p = 2,5 kgf7cm2; Re=4000)

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APÊNDICE 5- PROGRAMAS DE AQUISIÇÃO DE DADOS

Os programas de aquisição constituem-se das seguintes partes:

1. Definição de bibliotecas, portas de leitura, bits de importãncia;

Declaração das variáveis e subrotinas;

2. Programa principal

subrotina de leitura e filtragem de dados;

subrotina de construção do gráfico;

subrotina de seleção do acionamento de teclas;

arquivo de resultados;

3. Rotinas de tratamento da placa ADIDA;

A5.1 -Programa SC4.C

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* PROGRAMA PARA AQUISICAO DE DADOS- VERSAO 3.0 */

/* ESTE PROGRAMA FAZ A AQUISICAO COM 1000 PONTOS */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I

/* ---------------------------------------------------------------------- *I I* ESTE PROGRAMA FAZ A AQUISICAO DE DADOS /* TRANSDUTORES DE PRESSAO LOCALIZADOS: /* CANAL O (Tl) = 494 M, CANAL 1 (T2} I* I*

CANAL 2 (T3) = 994 M, Ck~AL 3 (T4) Vazamentos a 250 M e 750 M

UTILIZANDO-SE DE QUATRO

744 M, 1244 M

*I *I *I *I *I

I* ---------------------------------------------------------------------- *I

#include "conio.h" #include "dos.h" #include "stdlib.h" #include "stdio.h" #include "graphics.h" #include "ctype.h" #include "math.h" #include "bios.h" /*#include "mcalc.h" */ #include ''time.h"

#define ADLSB o I* #define ADMSB 1 I* #define ADOFF 2 I* #define ADSTS 4 I* #define DA.l'1SB 6 I* #define DALSB 7 I* #define CTL 8 I* #define base Ox220 #define IODIG 10 I* #define TIMERO 12 I*

Porta de leitura do lsb do conv ad *I Porta de leitura do msb do conv ad *I Porta para ajuste de o:fset *I Porta de controle do modo de operacao *I Porta de escrita do msb do conversor da *I Porta de escrita do 1sb do conversor da *I Porta de controle do mux de EIS e do sh *I

Entrada e saida digital *I Time r o do 8253 *I

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#define TIMERl 13 I* Timer 1 do 8253 */ #define TIMER2 14 I* Time r 2 do 8253 *I #define TIMCTL 15 I* Porta de controle do 8253 *I #define TRUE 1 #define FALSE o

/* ---------------------------------------------------------------------- *I I* DEFINICAO DOS BITS DE IMPORTANCIA*/

/* ----------------------------------------------------------------------*I #define BSHE.AN" OxlO I* Bit de controle do sample-hold entanl (l=sample) *I #define BSHSA oxos I* Bit de controle do sample-holds das saidas(l=sample)*/ #define MASCO - 5 OxOO I* Mascara no modo de operacao o-sv */ #define MASCl 5 Ox29 I* Mascara no modo de operacao l-SV */ #define MASCO 4 Ox08 I* Mascara no modo de operacao l-4V */ #define MASCBIP OX23 I* Mascara no modo de operacao BIPOLA.R *I #define TIME - OUT 25 I* Tempo de espera do fim da conversao AID *I

I* ---------------------------------------------------------------------- *I I* DECLARACAO DAS VARIAVEIS GLOBAIS E SUBROTINAS */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

extern char erro; unsigned char modoper; unsigned int read_anl(},adj_offset(); unsigned char offset; int get_key(); void leitura(); void grafico (); void eixos { l ; void arquivo ( l ; void selchda(); void write_dig();

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* PROGRAMA PRINCIPAL */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void ma in ()

clock t clock(); int tempol=O,tempo2=0;

char loop,inicio,input; int i; float volt estac[llOO),volt trans[llOO); int graphdriver = DETECT,graphmode; offset = adj_offset();

inicio:

write_dig (0); clrscr (); printf("\n\n printf("\n\n\n getch (); clrscr ();

/* fechamento da valvula solenoide */

Aquisicao de dados experimentais "); Tecle <ENTER> para iniciar aquisicao de dados ");

initgraph(&graphdriver,&graphmode,"c:\\tc2"); /* inic.do mod.grafico */ tempol = clock(); leitura(volt_estac); tempo2 = clock(); cleardevice (); ei:xos(tempol,tempo2}; tempol = O; tempo2 = O; outtextxy( 300,460, "ESTADO ESTACIONARIO" l;

/* construcao dos eixos x e y do grafico */

grafico(volt_estac}; /* construcao do grafico para os dados filtrados */ outtextxy(350,10,"Para continuar aperte uma tecla"); getch(); cleardevice();

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outtextxy ( 300,80, ''Processo em regime estacionaria - Aperte uma tecla"); outtextxy(300,90,"para iniciar regime transiente"); getch( l; cleardevice (); write dig(l); /* abertura da valvula solenoide */ /* delay(100); */ tempol = clock(); leitura(volt_trans); tempo2 = clock();

I* leitura dos dados no estado transiente */

TRANSIENTE"); eixos(tempol,tempo2); outtextxy(300,460,"ESTADO grafico(volt_trans); outtextxy(350,20,"Para printf{"\nTemporizacao write_dig(O);

continuar aperte uma tecla"); %.6f", (tempo2-tempoll/CLK TCK);

/* fechamento da valvula getch ();

opcao:

cleardevice (); outtextxy(320,80,"1 outtextxy(320, 90," outtextxy(320,100,"

loop:

-INICIO DO PROCESSO"); 2 -ARQUIVO DE RESULTADOS");

3- RETORNO AO PROGRAMA");

solenoide */

input = get_key(); switch(input)

I* selecao da tecla acionada */

{

}

case '1': got:o inicio;

case '2': arquivo(volt_trans,tempol,tempo2); goto opcao;

case '3': goto final;

if((input != 1) & (input != 2) & (input != 3)) {

outtextxy(320,110,"--------------------------------------"); outtextxy(320, 120, "Entre de novo com a opcao"); goto loop;

final:

closegraph (); }

/* finalizacao do modulo grafico */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* SUBROTINA DE LEITURA E FILTRAGEM DE DADOS */

!* ---------------------------------------------------------------------- */

void leitura(float y[llOO]) {

int i,j; float alfa,somaO,sornal,soma2,soma3,soma4; alfa = 0.5;

/* LEITURA DOS DADOS */

for(i=O;i<1000;i=i+4)

sorna O 0.0; sornal 0.0; soma2 0.0; soma3 O. O; soma4 0.0;

93

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for(j=O;j<SO;j++) {

soma O soma O somal

soma O soma O soma2

soma O soma O soma3

soma O soma O soma4

y[i] y[i+l] y[i+2] y[i+3]

read_anl (O,offset); I* transdutor - Tl */ read anl(O,offset); somal + read_anl(O,offset); /* transdutor- Tl */

read_anl(l,offset); /* transdutor- T2 */ read_anl(l,offset); soma2 + read_anl (l,offset); /* transdutor - T2 *I

read_anl(2,cffset}; /* transdutor- Tl */ read_anl(2,offset); soma3 + read_anl(2,offset); /* transdutor - Tl */

read_anl(3,offset); /* transdutor- T2 */ read_anl(3,offset); soma4 + read_anl (3,offset); /* transdutor - T2 *I

60.0*( (somal/50.0)-1012.0)/(4095.0-1012.0); 60.0*( (soma2/50.0J-1012.0)/(4095.0-1012.0); 30.0*( (soma3/50.0)-1012.0)/(4095.0-1012.0J; 15.0*( {soma4/50.0)-1012.0)/(4095.0-1012.0);

/* printf ( "\ncalibracao = %. 6f", somal/100); *I

/* FILTRAGEM DOS DADOS */

if(i >9 ) {

y[i] = alfa*alfa*y[i] + 2.0*{1.0-alfa)*y[i-4]­(1.0-alfa)*(l.O-alfa)*y[i-8);

y[i+l] alfa*alfa*y[i+l] + 2.0*(1.0-alfa)*y[i-3]­(1.0-alfa)*(1.0-alfa)*y[i-7j;

y[i+2] alfa*alfa*y[i+2] + 2.0*(1.0-alfa)*y[i-2]­(1.0-alfa)*(l.O-alfa)*y[i-6];

y[i+3] = alfa*alfa*yfi+3] + 2.0*(1.0-alfa)*y[i-1]­(1.0-alfa)*(l.O-alfa)*y[i-5];

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* SUBROTINA DE CONSTRUCAO DO GRAFICO */

/* ---------------------------------------------------------------------- */ void grafico(float y[llOO])

int i,ix,ponto[1200]; float dP;

for(i=O;i<lOOO;i=i+4) {

ix = i + 80; dP = y[i}; ponto[ixl ~ 340.0 - 20.0*dP; putpixel(ix,ponto[ix],lO);

ix = i + 80; dP = y[i+l]; ponto[ix] : 340.0 - 20.0*dP; putpixel(ix,ponto[ix] ,14);

ix = i + 80; dP = y[i+2]; pon~o[ix] = 340.0 - 20.0*dP;

/* coordenada x */

/* coordenada y */ /* introducao do ponto */

/* coordenada x */

/* coordenada y */ /* introducao do ponto */

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putpixel{ix,ponto[ix],12);

ix ~ i + 80; dP = y[i+3]; ponto[ix] = 340.0 - 20.0*dP; putpixel(ix,ponto[ixJ,ll);

I* ---------------------------------------------------------------------- */ /* CONSTRUCAO DOS EIXOS X E Y */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void eixos(int ternpol, int tempo2)

char buf; int ix,iy; double ticx,ticy; float i; settextjustify(l,O); settextstyle(O,O,l); line(80,40,80,340); line(80,400,640,400J; for(i=O.O;i<=56l.OO;i=i+50.909090) {

ix = i + 80; line(ix,400,ix,406); ticx = ( ( (tempo2-tempol)/CLK_TCK)/560)*i; gcvt(ticx,3,&buf); outtextxy(ix+2,420,&buf);

ticy = 15.5; for(i=10;i<=310;i=i+10) {

iy = i + 30; line{75,iy,BO,iy); ticy = ticy- 0.5; gcvt(ticy,3,&buf); outtextxy(50,iy+4,&buf);

settextjustify(l,O); settextstyle(O,O,l); outtextxy(540,450,"tempo(s)"); settextjustify(l,l); settextstyle(O,l,l); outt.extxy(15,150,"alt.manometrica(PSI)"); settextstyle(O,O,l);

/* linha vertical */ /* linha horizontal */

/* divisoes do eixo x */

I* divisoes do eixo y *I

I* titulo do eixo X *I

I* titulo do eixo Y */

I* --------------------------------------------------------------------- *I I* SUBROTINA DE SELECAO DO ACIONAMENTO DE TECLAS *I

I* --------------------------------------------------------------------- *I

int get_key(void) {

int key,lo,hi; key = bioskey(O); lo = key & OXOOFF; hi = (key & OXFFOO) >> 8; return( (lo == O) ? hi + 256 lo);

I* --------------------------------------------------------------------- */ I* ARQUIVO DE RESULTADOS */

I* --------------------------------------------------------------------- *I

void arquivo(float y[llOOJ~ int tempol, int tempo2)

95

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%

FILE *arql; char arq[15]; int i; float Pl,P2,P3,P4; cleardevice (); printf ( "\n De o nome do arquivo de dados "); scanf("%s",&arq); arql = fopen(arq,"wt"); clrscr ( J; for(i=O;i<250;i=i++J {

Pl=y[i*4]; P2=y[i*4+1J; P3=y[i*4+2]; P4=y[i*4+3]; fprintf(arql,"%f fprintf(arql,"%f fprintf(arql,"%f fprintf(arql,"%f fprintf(arql,"%f

fclose(arql);

", ( ( (tempo2-tempol) /CLK_TCK) /250) * (i +1) ) ; "I Pl); ", P2); ", P3 J; \n",P4);

I* ---------------------------------------------------------------------- *! /* INICIO DAS ROTINAS DE TRATAMENTO DA ADIDA *I

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* SELECAO DO CANAL DO MUX DA ENTRADA E DA Sk~PLE NA ENTR~DA */

I* ---------------------------------------------------------------------- */

selchad(unsigned char canal) {

unsigned char chad; chad = canal << 5; chad &= OxeO; outportb(base + CTL,chad); modoper j=BSHEAN; outportb(base + ADSTS,modoper); modoper &= -BSHEAN; outportb(base + ADSTS,modoper); return (canal);

/* Posiciona o end do mux (badchan) *I I* Isola somente badchan0-2 *I /* Seleciona o canal *I I* Introduz bit de sample */ !* Sample-hold da inanl em sample */ /* Retira bit de sample */ I* Sample-hold da inanl em hold *I

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* SELECIONA O CANAL DO WJX DE SAIDA E DA S~~PLE NA SAIDA */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void selchda(unsigned char canal)

unsigned char chda; canal &= Ox07; chda = (canal<< 5); chda I= canal;

chda I=BSHSA;

I* Isola */ /* Posiciona o end do mux (badchan0-2) *I /* Soma c/ o mux do sample-hold (badchan0-2) */

I* Seleciona o canal+sample-hold corresp */ /* Ir.troduz o bit de sample */

outportb(base + CTL,chda); /*Coloca o sample-hold do canal em sample */

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* ROTINA DE ESPERA DO FIM DA CONVERSAO */

;• ---------------------------------------------------------------------- */

wait_eoc()

unsigned register int ciclos,status; for (ciclos TIME_OUT;ciclos;ciclos --) return;

/* ---------------------------------------------------------------------- */

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/* ROTINA DE LEITURA DO CONV~RSOR */ /* Parametro de entrada: numero do canal

Parametro de saída: retorna o valor da conversao se ocorrer erro retorna -1 */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

unsigned ínt read_anl(unsigned char canal, unsigned char offset) {

unsigned int dadols,dadoms; unsigned int dado; selchad(canal); outportb(base+ADOFF,offset); dadols = inportb(base+ADLSB}; wait eoc(); dadoffis = inportb(base+ADMSB); dadols = inportb{base+ADLSB); dado = (dadoms << 8} + dadols; return(dado);

/* Normalisa o valor do offset */ /* Envia o start ao ad */ /* Delay para conversao */ /* Le os 4 bits mais significativos*/ /* Le os 8 bits menos significativos */

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /*ESCREVE O VALOR DE DADO NA SAIDA ANALOGICA DE 'canal' */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I

void write_anl(unsigned int dado,unsigned char canal) {

unsigned char dadols,dadoms; dadols = dado; dadoms = dado >> 8; outportb(base + DALSB,dadols); outportb(base + DAMSB,dadoms); selchda(canal); return;

/* Inicia o deslocamento do dado */ /* Desloca os 2 bits mais signific. */ /* Escreve byte menos significativo */ /* Escreve byte mais significativo */ /* Trans. para o canal de s. desejado */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* ESCREVE NAS ENTRADAS DIGITAIS */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void write_dig(char dado) {

outportb(base + IODIG,dado);

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* ALGORITMO PARA AJUSTE AUTOMATICO DE OFFSET */

/* Retorna os seguintes valores: 100h -> Se nao existe o sinal de referencia de 3.500V na

entrada analogica 7 200h -> Se em 4 tentativas de ajustar o offset isto nao

for conseguido Num -> De Oh a OFFh que e o valor p/ zerar o offset */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I unsigned int adj_offset() {

unsigned int inl,in2,i,inatual,trigger = Ox800; unsigned char flag O,delay; if(modoper & OxOl) /* modo 1 a 5V? */ trigger OxaOO; /* sim, armazene aüüh como valor de comparacao */ else trigger inatual

Oxb33; read_anl(7,140);

if(inatual < (trigger - OxlOO)} /* le a entrada de refer centrando o offset */

/* existe a referencia de (3500mV)? */ /* nao, retorne uma condicao de erro */

/* inicio do integ. p/ busca do ponto otimo */ return(Ox100); for(i=O;flag ==O;++i) {

inatual = read_anl(7, (i&Oxff)J; /* tente com i valor de offset */ for(delay=O;delay<SO;++delay) /* rotina para atraso */ if(inatual == trigger) /* erro de leitura =zero? */

97

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98

flag = 1; if(i == Ox400) return ( Ox200);

return(i-1);

/* termine a execucao pto encontrado */ /* feita o scan 4 vezes sem sucesso? */ !* termine e retorne condicao de erro */

/* termine e retorne o valor ajustado */

I* ---------------------------------------------------------------------- */

/* ROTINA PARA SELECAO AUTOMATICA DO MODO DE OPERACAO ACEITA OS SEGUINTES PARAMETROS: */

/* n O -> 0-SV (modo default) n 1 -> 1-SV n 2 -> D-4V n 3 -> bipolar OBS: modo de leitura do conversor: pooling */

/*----------------------------------------------------------------------- *I

modo_oper(char n) {

}

unsigned char masc; masc=MASCO_S; switch(n) {

case 1:

case 2:

case 3:

masc = MASC1 5; break;

masc = MASC0_4; break;

masc = Jv':ASCBIP; break;

modoper masc; outportb(base+ADSTS,masc); return;

/* default operacao de o-sv */ /* scan do modo de operacao alternativo */

/* armazena o modo de operacao setado */ /* envia a placa *I

I* ---------------------------------------------------------------------- */O

A5.2 -Programa SCON.C

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* PROGRAMA PFRA AQUISICAO CONTINUA DE DADOS - VERSAO 1.0 *I

I* ESTE PROGRAMA FAZ A AQUISICAO CONTINUA DE PONTOS *I I* ---------------------------------------------------------------------- *I

I* ---------------------------------------------------------------------- *I I* ESTE PROGRAMA FAZ A AQUISICAO DE DADOS UTILIZANDO-SE DE QUATRO *I I* TRANSDUTORES DE PRESSAO LOCALIZADOS: *I I* CA."JAL O (T1) = 493,69 M, CA.NAL 1 (T2) ""743,73 M, *I I* CANAL 2 (T3) = 993,77 M, CA.l\IAL 3 (T4) ~ 1243,81 M */ I* Vazamentos a 249,95 Me 750,12 M *I /* ---------------------------------------------------------------------- *I

#include "conio.h" #include "dos.h" #include "stdlib.h" #include "stdio.h" #include "graphics.h" #include "ctype.h" #include "math.h" #include "bios.h" l*#include "mcalc.h" *I #include "time.h"

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#define ADLSB o I" Porta de leitura do lsb do conv ad •I #define ADMSB 1 I• Porta de leitura do msb do conv ad •I #define ADOFF 2 I' Porta para ajuste de offset •I #define ADSTS 4 I' Porta de controle do modo de operacao 'I #define DAMSB 6 I' Porta de escrita do msb do conversor da 'I #define DALSB 7 I* Porta de escrita do lsb do conversor da 'I #define CTL 8 I* Porta de controle do mux de EIS e do sh *I #define base Ox220 #define IODIG 10 I* Entrada e sai da digital *I #define TIME RO 12 I' Time r o do 8253 *I #define TIMERl 13 I' Time r 1 do 8253 *I #define TIMER2 14 I' Time r 2 do 8253 *I #define TIMCTL 15 /* Porta de controle do 6253 *I #define TRUE 1 #define FALSE o

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* DECLARACAO DAS VARIAVEIS GLOBAIS E SUBROTINAS */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

extern char erro; unsigned char modoper; unsigned int read_anl(),adj_offset(); unsigned char offset; int get_key(); void leitura (); void grafico (); void eixos ( ) ; void arquivo ( ) ; void selchda (); void write_dig();

FILE *arql; int cont, count; int tempo1,tempo2,tempo3; /* ---------------------------------------------------------------------- */

/* PROGRAVA PRINCIPAL */ /* ---------------------------------------------------------------------- */

void ma in () { clock_t clock(); char arq[15]; char loop,inicio,input; int i; float volt_estac[1100],volt_trans[1100]; int graphdriver = DETECT,graphmode; offset = adj_offset();

clrscr (); printf ( "\n De o nome do arquivo de dados "); scanf("%s",&arql; arql = fopen(arq,"wt");

tempol=O; tempo2=0; tempo3=C;

99

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100

inicio:

write dig(O); clrscr (); printf("\n\n printf ( .. \n\n\n getch (); clrscr ();

/* fechamento da valvula solenoide */

Aquisicao de dados experimentais "); Tecle <ENTER> para iniciar aquisicao de dados ");

initgraph(&graphdriver,&graphmode,"c:\\tc2"); /* inic.do mod.grafico */ cleardevice (); cont=O; count=O;

/* conta o numero de pontos */ /* conta o numero de graficos */

I* --------------------------------------------------------------------- */ /* INICIO DA AQUISICAO DE DADOS */

I* --------------------------------------------------------------------- *!

tempol = clock();

do { if (cont == 0)

{ cleardevice(); count=count+l; eixos (); outtextxy(350,10,"

) Para finalizar, aperte uma tecla");

cont = cont + l; leitura ( J; if (cont == 500) cont = O;

} while (kbhit() == 0); getch( J; tempo3 = clock(); printf {"Tempo total write dig(O);

%.6f", (tempo3-tempol)/CLK_TCK);

while (kbhi t ()==O); getch ( J; wri te dig (O) ;

closegraph(J' fclose(arql);

I* ---------------------------------------------------------------------- */ /* SUBROTINA DE LEITURA E FILTRAGEM DE DADOS */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void lei tu r a ()

int i,j,ix,iy,pnt,ponto; char buf; float tempo,somaO,somal,soma2,soma3,soma4,Pl,P2,P3,P4;

pnt=lOO;

/* LEITURA DOS DADOS */

soma O O. O; somal 0.0; soma2 0.0; soma3 0.0; soma4 O. O;

for(j=O;j<pnt;j++)

soma O read_anl(O,offset); I* transdutor - Tl */

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read_anl(O,offset); soma O soma1 somal + read_anl(O,offset); I* transdutor - T1 *I

read_anl(l,offset); read_anl(1,offset);

/* transdutor - T2 */ soma O soma O soma2 soma2 + read_anl(1,offset); /* transdutor - T2 *I

read_anl (2,offset); /* transdutor - T1 */ read_anl(2,offset);

soma O soma O soma3 soma3 + read_anl{2,offset); /* transdutor- Tl */

read anl(3,offset); /* transdutor - T2 */ read:anl(3,offset);

soma O soma O soma4 soma4 + read_anl(3,offset); /* transdutor- T2 *I

)

Pl P2 P3= P4 =

60.0*( (soma1/pnt)-1012.0)/(4095.0-1012.0); 60.0*( (soma2/pnt)-1012.0JI(4095.0-1012.0); 30.0*( (soma3/pnt)-1012.0)/(4095.0-1012.0); 15. O* { (sorna4/pnt) -1012. O) I ( 4095.0-1012. O J;

tempo2 = clock(); ponto=(count-1)*500+cont;

I* tempo=(tempo2-tempol)/CLK TCK; */ tempo=ponto*O.Ol683564; -

/* codigo responsavel pelo vazamento */

if(ponto==lOOO) write_dig(1);

/* codigo responsaveis pelo arquivo continuo dos dados */

fprintf(arql,"%int fprintf(arq1,"%f fprintf(arq1,"%f fprintf(arq1,"%f fprintf(arq1,n%f fprintf(arq1,"%f

",ponto); ",tempo);

", Pl l; ", P2 J; ",P3); \n",P4);

I* imprime continuamente no grafico */

ix =cont + 80; I* iy : 340.0 -lO.O*Pl; I* putpixel(ix,iy,lO); I*

ix =cont + 80; I* iy = 340.0 - 10. O*P2; I* putpixel(ix,iy,14); I*

ix : cont+ 80; I* iy=340.0 - 10. O*P3; I* putpixel(ix,iy,l2);

ix : cont+ 80; I* iy = 340.0 - 10.0*P4; I* putpixel(ix,iy,ll); I*

coordenada X *I coordenada y *I introducao do pon't.o

coordenada X *I coordenada y *I introducao do ponto

coordenada X *I coordenada y *I

coordenada X *I coordenada y *I introducao do pon:::o

*I

*I

*I

I* ---------------------------------------------------------------------- *! I* CONSTRUCAO DOS EIXOS X E Y */

I* ---------------------------------------------------------------------- *I

void eixos ( ) {

char buf; double ticx,ticy; int i,ix,iy;

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settextjustify(l,OJ; settextstyle(O,O,l);

line(80,40,80,340); line(80,400,640,400);

for(i=O;i<=500;i=i+l00) {

ix = i + 80; line(ix,400,ix,406); ticx = l.O*i+SOO*(count-1); gcvt(ticx,3,&buf); outtextxy[ix+2,420,&buf);

ticy = 31.0; for(i=lO;i<=310;i=i+10) {

iy = i + 30; line(75,iy,80,iy); ticy = ticy- 1.0; gcvt(ticy,3,&buf); outtextxy(50,iy+4,&buf);

settextjustify(l,O); settextstyle(O,O,l); outtextxy{540,450,"pontos"); settextjustify(l,l); settextstyle(O,l,l); outtextxy(l5,150,"Pressao (psi)"); settextstyle(O,O,l);

I* --------------------------------------------------------------------- */ /* SUBROTINA DE SELECAO DO ACIONAMENTO DE TECLAS */

I* --------------------------------------------------------------------- */

int get_key(void)

int key,lo,hi; key = bioskey(O); lo = key & OXOOFF; hi = (key & OXFFOO) >> 8; return( (lo== 0) ? hi + 256 lo);

I* ---------------------------------------------------------------------- *I /* INICIO DAS ROTINAS DE TRATAMENTO DA AO/DA *I

I* ---------------------------------------------------------------------- *I /* SELECAO DO CANAL DO MUX DA ENTRADA E DA SAMPLE NA ENTRADA */

I* ---------------------------------------------------------------------- *I

selchad(unsigned char canal) {

unsigned char chad; chad = canal << 5; chad &= Oxeü; outportb(base + CTL,chad); modoper !=BSHE~~;

outportb(base + ADSTS,modoper); modoper &= -BSHEA~;

outportb(base + ADSTS,modoper); return(canal);

I* Posiciona o end do mux (badchan) */ I* Isola somente badchanü-2 *I I* Seleciona o canal */ /* Introduz bit de sample *I /* Sample-hold da inanl em sample *I /* Retira bit de sample *I I* Sample-hold da inanl em hold */

I* ---------------------------------------------------------------------- */ I* SELECIONA O CANAL DO MUX DE SAIDA E DA SAMPLE NA SAIDA *I

/* ---------------------------------------------------------------------- *I

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void selchda(unsigned char canal) {

unsigned char chda; canal &= Ox07; chda = (canal << 5); chda \= canal;

chda I=BSHSA; outportb(base + CTL,chda);

/* Isola */ /* Posiciona o end do mux (badchan0-2) */ /* Soma c/ o mux do sample-hold (badchan0-2) */

/* Seleciona o canal+sample-hold corresp */ /* Introduz o bit de sample */ /* Coloca o sample-hold do canal em sample */

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* ROTINA DE ESPERA DO FIM DA CONVERSAO */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

wait_eoc()

unsigned register int ciclos,status; for (ciclos TIME_OUT;ciclos;ciclos --) return;

I* ---------------------------------------------------------------------- */ /* ROTINA DE LEITURA DO CONVERSOR */

/* Parametro de entrada: numero do canal Parametro de saida: retorna o valor da conversao

se ocorrer erro retorna -1 */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

unsigned int read_anl(unsigned char canal, unsigned char offset) {

unsigned int dadols,dadoms; unsigned int dado; selchad(canal); outportb(base+ADOFF,offset); dadols = inportb(base+ADLSB); wait eoc(); dado~s = inportb(base+ADMSB); dadols = inportb(base+ADLSB); dado = (dadoms << 8) + dadols; return(dado);

/* Normalisa o valor do offset */ /* Envia o start ao ad */ /* Delay para conversao */ /* Le os 4 bits mais significativos*/ /* Le os 8 bits menos significativos */

/* ---------------------------------------------------------------------- */ /* ESCREVE O VALOR DE DADO NA SAIDA ANALOGICA DE 'canal' */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

void write_anl(unsigned int dado,unsigned char canal) {

unsigned char dadols,dadoms; dadols = dado; dadoms = dado >> 8; outportb(base + DALSB,dadols); outportb(base + D~W;SB,dadoms); selchda(canal); return;

/* Inicia o deslocamento do dado */ /* Desloca os 2 bits mais signific. */ I* Escreve byte menos significativo */ /* Escreve byte mais significativo */ /* Trans. para o canal de s. desejado*/

/* ---------------------------------------------------------------------- *I I* ESCREVE NAS ENTRADAS DIGITAIS */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I

void write_dig(char dado) l

outportb(base + IODIG,dado);

/* ---------------------------------------------------------------------- *I /* ALGORITMO PARA AJUSTE AUTOMATICO DE OFFSET */

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/* Retorna os seguintes valores: lOOh -> Se nao existe o sinal de referencia de 3.500V na

entrada analogica 7 200h -> Se em 4 tentativas de ajustar o offset isto nao

for conseguido Num -> De Oh a OFFh que e o valor p/ zerar o offset */

/* ---------------------------------------------------------------------- *I unsigned int adj_offset() {

unsigned int inl,in2,i,inatual,trigger = Ox800; unsigned char flag O,delay; if(modoper & Ox01) /* modo 1 a 5V? */ trigger OxaOO; /* sim, armazene aOOh como valor de comparacao */ else trigger Oxb33; inatual read anl(7,140); /* if(inatual < (trigger Oxl00))

le a entrada de refer centrando o offset */ /*existe a referencia de (3500mV)? */

/* nao, retorne uma condicao de erro */ /* inicio do integ. p/ busca do ponto otimo */

return ( OxlOO); for(i=O;flag ==O;++iJ {

inatual = read_anl(7, (i&Oxff)); for(delay=O;delay<50;++delay) if(inatual == trigger) flag = 1; if(i == Ox400) return(Ox200);

;• I* !• /* /* /*

tente com i valor de offset *I rotina para atraso •; erro de leitura =zero? *I termine a execucao pto encontrado *I feita o scan 4 vezes sem sucesso? *I termine e retorne condicao de erro *I

} return(i-1); /* termine e retorne o valor ajustado */

/* ---------------------------------------------------------------------- */

/* ROTINA PARA SELECAO AUTO~ATICA DO MODO DE OPERACAO ACEITA OS SEGUINTES PARAMETROS: */

I* n O -> n = 1 -> n 2 ->

o-sv 1-SV 0-4V

(modo default)

n = 3 -> bipolar OBS: modo de leitura do conversor: pooling */

/*----------------------------------------------------------------------- */ modo_oper(char n) {

unsigned char masc; masc=MASCO 5; switch (n) {

case 1:

case 2:

case 3:

masc = MASC1_5; break;

masc = MASC0_4; break;

masc = MASCBIP; break;

modoper masc; outportb(base+ADSTS,masc); return;

/* default operacao de o-sv */ /* scan do modo de operacao alternativo */

/* armazena o modo de operacao setado */ /* envia a placa */

/* ---------------------------------------------------------------------- */0

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APÊNDICE 6 -REGIMES DE ESCOAMENTO GÁS- LÍQUIDO

Neste Apêndice é apresentado o método utilizado na detenninação dos regimes de

escoamento para os experimentos onde ar e água escoam continuamente na tubulação.

Os regimes de escoamento que se desenvolvem durante o escoamento horizontal de

uma nústura gás - líquido são classificados da seguinte maneira:-

1. Fluxo de bolhas (ou "froth"). Escoamento caracterizado pela presença de bolhas

de gás dispersas no líquido. Geralmente ocorre para velocidades superficiais de líquido (vsL)

de 1,5 a 4,5 m/s e para velocidades superficiais de gás (vsa) de 0,3 a 3 m/s.

2. Fluxo empistonado. Neste padrão, elementos de líquido e gás fluem

alternadamente na parte superior do tubo. Ocorre para VsL ~ 0,6 m/s e para Vsa ~ 0,9 m/s.

3. Escoamento estratificado. Escoamento no qual o líquido se move na parte

inferior e o gás na parte superior, do tubo. Ocorrência:- VsL ~ 0,15 m/s; Vsa ~ 0,6 m/s.

4. Escoamento na forma de ondas. Padrão de escoamento semelhante ao

estratificado, exceto que na interface gás-líquido existem ondas que viajam na direção do

escoamento. Ocorrência:- VsL ~ 0,30 m/s; Vsa ~ 4,5 m/s.

5. Fluxo "slug". Neste padrão, algumas ondas são periodicamente arrastadas pelo

gás em alta velocidade, formando um "projétil" líquido, que se move à uma velocidade

muito maior do que a média da fase líquida. Estes "projéteis" podem causar sérias vibrações,

devido a colisões com os acidentes presentes na tubulação.

6. Escoamento anular. Padrão de escoamento no qual o líquido escoa na forma de

um filme ao longo da parede do tubo, enquanto o gás escoa no centro. Uma porção do

líquido escoa na forma de um "spray" arrastado pelo gás. Ocorrência:- vsa :2:: 6 m/s.

7. Escoamento em "spray" ou disperso. Escoamento no qual o líquido flui na forma

de pequenas gotas arrastadas pelo gás. Ocorrência:- Vsa :2::60 rnls.

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O reg~me de escoamento na horizontal de uma mistura gás - liquido pode ser

determinado através da correlação de Baker (citado em Perry e Green, 1984), como

mostrado na Figura A6.1. Nesta Figura,

!Bub ?' hoth

mr

· i··· I··· i· I··'>. ···4--IH·Hfii~~~Ulil~-~

5 tO

~tug __ _

I I IIIIIL 5 2 0.0~.1 2

Figura A6.1. Mapa dos regimes de escoamento na horizontal (misturas gás-líquido).

(A6.1)

(A6.2)

onde Ga =velocidade mássica do gás; Gt =velocidade mássica do liquido; ll'L =razão entre

a viscosidade do líquido e da água; p' o= razão entre a densidade do gás e do ar; p\ = razão

entre a densidade do líquido e da água; cr = razão entre a tensão superficial do líquido e da

água. As propriedades da água e do ar são a T = 20 °C e P = 1 atm.

Os resultados obtidos para as condições de operação nos experimentos onde ar e água

escoam continuamente na tubulação, são mostrados na Tabela A6.1

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Re Q., vaz. (%) Galf.. Gt f.. \11 I Ga Regime

(líquido) (Vmin) (lb I (s.ft2)) de escoamento

10000 1,7 10 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 10 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 30 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 50 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 50 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 50 0.027 4073 empistonado

10000 8,6 50 0.133 808 empistonado

10000 8,6 50 0.133 911 empistonado

10000 19,0 50 0.294 364 estratificado

10000 19,0 50 0.294 364 estratificado

10000 1,7 30 0.027 4073 empistonado

10000 1,7 30 0.027 4073 empistonado

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REFERÊNCIAS BIDLIOGRÁFICAS

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