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Leonardo Vieira Neto Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital Federal da Lagoa Hipertensão endócrina

Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de ... · Clinicamente manifesta-se com hipertensão arterial e em 1/3 ... 8% based on the Sixth Report of the Joint National

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Leonardo Vieira Neto Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Hospital Federal da Lagoa

Hipertensão endócrina

ü Questões principais: Em quem e como investigar?

ü Depende se há uma causa provável e do

grau de dificuldade em conseguir o controle da pressão arterial

Avaliação do paciente com HAS

ü  Se a hipertensão secundária está presente, a estratégia de tratamento mais eficaz muitas vezes é focada sobre o mecanismo específico da hipertensão. ü  Alguns destes distúrbios podem ser curados, levando a

normalização parcial ou completa da PA.

ü Relação custo benefício para realizar uma avaliação completa para hipertensão secundária em todos os pacientes hipertensos. ü  É importante estar ciente das pistas clínicas que sugerem

hipertensão arterial secundária.

Avaliação do paciente com HAS

Considerando apenas os níveis pressóricos:

ü HA resistente: Persistência da HA, apesar do uso concomitante de doses adequadas (máximas) de 3 agentes anti-hipertensivos de classes diferentes

ü Aumento na pressão arterial em um paciente com valores

previamente estáveis

ü  Idade inferior a 30 anos, em indivíduos não-obesos, não-negros e pacientes com história familiar negativa

ü Hipertensão maligna ou acelerada

Avaliação do paciente com HAS

Considerando sinais e sintomas associados: ü  Investigar em pacientes com sinais e sintomas sugestivos de

endocrinopatia ou naqueles com HAS resistente ao tratamento

Avaliação do paciente com HAS

Avaliação do paciente com HAS

Causas }  # Hipotálamo- Hipofisária

ACROMEGALIA DOENÇA DE CUSHING

}  # Tireóide e Paratireóide HIPERTIREOIDISMO HIPOTIREOIDISMO HIPERPARATIREOIDISMO

}  # Adrenal SÍNDROME DE CUSHING HIPERALDOSTERONISMO FEOCROMOCITOMA

Síndrome de Cushing

Síndrome de Cushing

Sinais e sintomas decorrentes da secreção aumentada, persistente e inapropriada de cortisol.

Perda dos mecanismos de feedback do eixo HHA

Perda da secreção circadiana de cortisol

Elevada morbi-mortalidade

Conceito

Conceito

ACTH

Hipófise

Hipotálamo

Adrenal

CRH

Cortisol

+

+

-

ADH -

Etiologia

} Exógena (iatrogênica) – mais comum } Endógena ACTH- dependente (70-80%)

ACTH- independente (20-30%)

•  Pseudo-Cushing

Etiologia

ACTH - dependente

}  Adenoma hipofisário secretor de ACTH (Doença de Cushing): 85 - 90%

}  Secreção ectópica de ACTH: 10 - 15% }  Secreção ectópica de CRH - raro

ACTH – independente

} Adenoma adrenal } Carcinoma adrenal }  Hiperplasia macronodular adrenal }  Hiperplasia adrenal nodular primária pigmentada

Etiologia

JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540.

Quadro clínico

JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540.

Quadro clínico

Fascies Cushingóide • Face em “lua cheia”

•  Pletora facial •  Hirsutismo •  Aumento da gordura supraclavicular

Quadro clínico

Estrias violáceas

Obesidade Central

Quadro clínico

Estrias violáceas

Quadro clínico

Quadro clínico

}  Hipertensão arterial }  Osteopenia – osteoporose – fraturas patológicas }  Fraqueza muscular proximal }  Sangramento fácil }  Alterações psiquiátricas }  Infecções fúngicas }  Hiperpigmentação }  Hiperandrogenismo

Exames complementares

}  Glicemia: Intolerância à glicose / DM }  Hipocalemia }  Anemia de doença crônica }  Leucocitose com eosinopenia

Diagnóstico

JCEM, May 2008, 93 (5):1526-1540.

} Diagnóstico da síndrome de Cushing ⇒ confirmação do hipercortisolismo

} Diagnóstico diferencial da síndrome de Cushing

⇒ etiologia do hipercortisolismo

Diagnóstico

Diagnóstico da Síndrome de Cushing Confirmação do Hipercortisolismo

}  Teste de supressão noturna com 1mg de dexametasona }  Teste de supressão com baixa dose de dexametasona (2mg) -

Liddle 1

}  Cortisol Livre Urinário (CLU) na urina de 24hs

}  Ritmo nictemérico (cortisol salivar à meia-noite)

Diagnóstico

Teste de supressão noturna com dexametasona

}  Dexametasona 1mg VO às 23hs (crianças: 15 mcg/kg) }  Dosagem do cortisol plasmático na manhã seguinte às 8hs }  Cortisol plasmático < 1,8 mcg/dL - excluída SC

Sensibilidade ~100% Especificidade = 87%

Falsos positivo: Obesidade; alcoolismo; doenças psiquiátricas; stress; CBG↑ (E2 e mitotano); resistência aos glicocorticóides; não ingestão ou absorção ↓ da DMS; uso de drogas que ↑ a depuração da DMS por induzir a CYP 3A4 (rifampicina; pioglitazona; fenitoína, carbamazepina; fenobarbital). Falsos negativo: hepatopatia crônica e drogas que reduzem o metabolismo da DMS por inibição da CYP3A4 (Itraconazol, Ritonavir, Fluoxetina, diltiazem)

Diagnóstico

Teste de Liddle 1

}  Adultos: 0,5mg de DMS 6/6h por 48h (8 doses) }  Crianças: 20mcg/kg/dia DMS 6/6h por 48h (8 doses) }  Cortisol plasmático < 1,8 mcg/dL

Sensibilidade ~100% Especificidade = 97% Melhor teste para a distinção entre obesidade e síndrome de Cushing

Diagnóstico

Cortisol Livre Urinário (CLU)

}  Urina de 24hs – 3 a 4 coletas }  Até 100 mcg/24h (adultos) – HPLC }  Crianças < 75 mcg/m2/24h

Sensibilidade 100% e especificidade 98% •  10-15%: pelo menos um (1/4) CLU normal

•  Função renal e volume urinário / solicitar sempre creatinina

•  Causas de falso positivo

- Depressão(40%); sd ovário policístico (50%); alcoolismo; obesidade (5%)

- Entretanto, valores > 3-4x o LSN praticamente ocorrem apenas na síndrome de Cushing

à Pseudo-hipercortisolúria: Carbamazepina, fenofibrato (HPLC), digoxina.

Diagnóstico

Cortisol salivar

}  Saliva – 2 amostras, pelo menos }  Entre 23-24 horas }  Falta de padronização }  Valor de referência do laboratório

Sensibilidade 100% e especificidade 95% •  Coletar entre 23-24 hs

•  Não escovar os dentes antes

•  Não fumar no dia da coleta

Diagnóstico

Hiperaldosteronismo primário

Hiperaldosteronismo Primário

ü  Grupo de desordens caracterizadas pela produção excessiva de aldosterona pelo tecido anormal da zona glomerulosa (adenoma ou hiperplasia) e relativamente autônoma da estimulação normal pelo sistema renina angiotensina, e não suprimível pela sobrecarga de sódio.

ü  Efeitos:

ü  Supressão da atividade plasmática de renina (APR);

ü  Clinicamente manifesta-se com hipertensão arterial e em 1/3 dos casos hipocalemia e alcalose metabólica.

Definição

Fisiopatologia

Etilogia

Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü  Quase sempre unilateral (98%) e geralmente tem menos de 2-3cm ü  Não responde ao estímulo de angiotensina II (i.e., não responde às

manobras que intervêm no SRAA) ü  Entretanto, alguns adenomas são parcialmente autônomos e

exibem uma resposta evidente aos estímulos pela SRAA (APA-responsivo à angiotensina (APA-RA)

Etilogia

Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü  Em cerca de 40% dos casos do APA estudados em populações

ocidentais, são encontradas mutações somáticas no gene KCNJ5 (potassium inwardly-rectifying channel, subfamily J, member 5 ) (11q24), que codifica o canal de potássio GIRK4

ü  Outras mutações somáticas: genes que codificam dois membros da família da ATPase tipo P à ATP1A1 (1p13-p11) e ATP2B3 (Xq28). 6,8% dos APA, com predominância do sexo masculino e exclusivamente naqueles em que não há mutação do KCNJ5

Fisiopatologia

Figure 1 Effect of KCNJ5 mutations on adrenal glomerulosa cells

Mulatero, P. et al. (2012) Role of KCNJ5 in familial and sporadic primary aldosteronism Nat. Rev. Endocrinol. doi:10.1038/nrendo.2012.230

Adenoma produtor de aldosterona (APA) ou aldosteronoma ü  Em cerca de 40% dos casos do APA estudados em populações

ocidentais, são encontradas mutações somáticas no gene KCNJ5 (potassium inwardly-rectifying channel, subfamily J, member 5 ) (11q24), que codifica o canal de potássio GIRK4

ü  Outras mutações somáticas: genes que codificam dois membros da família da ATPase tipo P à ATP1A1 (1p13-p11) e ATP2B3 (Xq28). 6,8% dos APA, com predominância do sexo masculino e exclusivamente naqueles em que não há mutação do KCNJ5

Fisiopatologia

Hiperplasia adrenal idiopatica (HAI) ou bilateral ü  Hiperplasia bilateral da zona glomerulosa, resposta aumentada da

aldosterona ao estímulo pela angiotensina II e menor produção de aldosterona e supressão da ARP em comparação com o APA

Fisiopatologia

ü  Hipertensão arterial. Os níveis pressóricos tendem a ser mais elevados em pacientes com APA do que com HAI

ü  Fadiga, astenia, fraqueza muscular, paralisia periódica ü  Parestesias com tetania franca, com sinais de Chevostek e

Trousseau positivos – secundários a alcalose ü  Polidpsia e poliúria ü  Alcalose metabólica ü  Edema de MMII – só ocorre se ICC ou nefropatia, devido

“escape” de sódio

Quadro clínico

Diagnóstico

Case Detection, Diagnosis, and Treatment of Patients

with Primary Aldosteronism:An Endocrine Society Clinical Practice Guideline

GUIDELINESCLINICAL T h e E n d o c r i n e S o c i e t y ’ s

The Endocrine Society8401 Connecticut Avenue, Suite 900

Chevy Chase, MD 20815

301.941.0200www.endo-society.org

Case Detection, Diagnosis, and Treatment of Patients

with Primary Aldosteronism:An Endocrine Society Clinical Practice Guideline

GUIDELINESCLINICAL T h e E n d o c r i n e S o c i e t y ’ s

The Endocrine Society8401 Connecticut Avenue, Suite 900

Chevy Chase, MD 20815

301.941.0200www.endo-society.org

Case Detection, Diagnosis, and Treatment of Patients

with Primary Aldosteronism:An Endocrine Society Clinical Practice Guideline

GUIDELINESCLINICAL T h e E n d o c r i n e S o c i e t y ’ s

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Chevy Chase, MD 20815

301.941.0200www.endo-society.org

J Clin Endocrinol Metab 93: 3266–3281, 2008

Diagnóstico

J Clin Endocrinol Metab 93: 3266–3281, 2008

Why is PA important?This condition is important not only because of itsprevalence, but also because PA patients have highercardiovascular morbidity and mortality than age- andsex-matched patients with essential hypertension andthe same degree of blood pressure elevation (21, 22).Furthermore, specific treatments are available thatameliorate the impact of this condition on patient-important outcomes.

1.0. CASE DETECTION

1.1. We recommend the case detection of primaryaldosteronism (PA) in patient groups with relativelyhigh prevalence of PA (listed in Table 1) (Figure 1).(1| ) These include patients with JointNational Commission (JNC) stage 2 (>160–179/100–109 mm Hg), stage 3 (>180/110 mm Hg), ordrug resistant hypertension; hypertension andspontaneous or diuretic-induced hypokalemia;hypertension with adrenal incidentaloma; orhypertension and a family history of early-onsethypertension or cerebrovascular accident at a youngage (<40 years). We also recommend case detection

for all hypertensive first-degree relatives of patientswith PA. (1| )

1.1.EVIDENCE

Indirect evidence links the detection of PA withimproved patient outcomes. There are no clinical trialsof screening that measure the impact of this practice onmorbidity, mortality, or quality of life outcomes.Patients could potentially be harmed by the work upand treatment (i.e., by withdrawal of antihyper-tensive medication, invasive vascular examination,adrenalectomy) aimed at vascular protection alongwith easier and better blood pressure control. There isstrong evidence linking improved blood pressurecontrol and reduction in aldosterone levels toimproved cardiac and cerebrovascular outcomes (38).Until prospective studies inform us differently, werecommend that all hypertensive first-degree relativesof patients with PA undergo ARR testing.

1.1.VALUES

Our recommendation to detect cases of PA places ahigh value on avoiding the risks associated withmissing the diagnosis (and thus forgoing theopportunity of a surgical cure or improved control of

THE

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6

TABLE 1. Groups with high prevalence of primary aldosteronism

Patient group Prevalence

Moderate/severe hypertension The prevalence rates cited here are Overall: 6.1%from Mosso (16). Others have reported similar estimates (18, 23–25). The Stage 1 (mild): 2%classification of blood pressure for adults (aged 18 years and older) was Stage 2 (moderate): 8%based on the Sixth Report of the Joint National Committee on Prevention, Stage 3 (severe): 13%Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure (JNC) which establishes three different stages: Stage 1 = SBP 140-159, DBP 90-99; Stage 2 = SBP 160-179, DBP 100–109; Stage 3 = SBP >180, DBP >110 (10). When systolic and diastolic blood pressures were in different categories, the higher category was selected to classify the individual’s blood pressure status.

Resistant hypertension, defined as SBP >140 and DBP >90 despite 17%–23%treatment with three hypertensive medications. The prevalence rates cited here are from (26–31).

Hypertensive patients with spontaneous or diuretic- Specific prevalence figures are not available,induced PA is hypokalemia. but more frequently found in this group.

Hypertension with adrenal incidentaloma (32–37), defined as an Median: 2% (range, 1.1%–10%)adrenal mass detected incidentally during imaging performed for extra- One retrospective study that excluded patientsadrenal reasons. with hypokalemia and severe hypertension

found aldosterone-producing adenoma in 16 of 1004 subjects (37).

Diagnóstico

Teste  de  rastreamento  para  hiperaldosteronismo  primário  

 Relação  =    

 Hiperaldosteronismo:  Relação  >  30  

 

Concentração  de  aldosterona  plasmá4ca  (CAP)  em  ng/dL      A4vidade  plasmá4ca  de  renina  (APR)  em  ng/mL/h  

Relação aldo/ARP > 50 Aldo >16ng/dL confirmatório

                                   

Diagnóstico

Diagnóstico

Questões pré-analíticas

Corrigir a hipocalemia

Estimular dieta livre em sódio

Caso necessário melhorar níveis de pressão arterial, iniciar medicamentos com pouca interferência no RAA: Verapamil, Hidralazina, Prazosin, Terazosin ou Doxazosin

Colete o sangue pela manhã. O paciente não deve ter se deitado nas últimas 2 horas (sentado, em pé, caminhando). Colocar o paciente sentado por 5-15 minutos antes da coleta.

Colete o sangue lentamente, evitando estase ou hemólise

Mantenha a amostra em temperatura ambiente antes da centrifugação (congelamento pode promover conversão de renina inativa em ativa)

Questões pré-analíticas

ü  RAR = CAP/ARP ü  Suspender: espironolactona, amilorida e eplerenona

ü  Beta-bloqueador: reduz a APR e CAP, aumentando a relação ü  IECA e BRA podem potencialmente aumentar ARP e reduzir a

relação. Nestes casos, uma relação normal não exclui HAP. No entanto, uma relação aumentada sugere fortemente o diagnóstico em pacientes em uso dessas medicações.

ü  Medicações com interferência desprezível: verapamil, hidralazina e prazosin

Diagnóstico

Diagnóstico

Questões  analí=cas    Cuidados  na  interpretação  da  relação  CAP/APR:  Estabelecida  quando  a  renina  é  expressa  como  a4vidade  

   Métodos  imunométricos  que  dosam  diretamente  a  renina  à  APR  de  1  ng/ml/h    converte  para  uma  renina  direta  de  aproximadamente  5,2  ng/L  (Nichols  Ins4tute  Diagnos4cs  ou  Bio-­‐Rad  Renin  II  RIA)  

   Quimioluminescência  à  APR  de  1  ng/ml/h  PRA  converte  para  uma  renina  direta  de  aproximadamente  7,6  ng/L    (Diasorin)  Dosagem  direta  de  renina  (DDR)  -­‐  Relação  CAP/DDR  é  de  5,7  ng/L.      

Teste de rastreamento para HAP

ü  Cuidados na interpretação da relação ü  Válida apenas quando a renina é expressa como atividade ü  ARP muito baixa, geralmente suprimida ü  A relação vai depender da sensibilidade dos ensaios,

especialmente da atividade de renina.

ü  Supondo um paciente com a ARP maximamente suprimida, com a CAP de 16:

ü  Kit com limite de detecção de APR de 0,6 ng/mL/hora, a relação é 26,7.

ü  Se a ARP fosse dosada por um kit com maior sensibilidade (limite de detecção de 0,1 ng/mL/hora), a relação seria 160.

Diagnóstico

Relação aldosterona/atividadeplasmática de renina (RAA)

RastreamentoPositivo

RAA≥30 RAA<30

Excluído HAP

Proceder teste confirmatório:

- Sobrecarga salina

- Sobrecarga oral de sódio

- Teste da Fludrocortisona

- Teste do captopril

Teste negativo

Teste positivo Confirmado HAP

                                   

Diagnóstico ü  Teste de sobrecarga oral de sódio: após o controle da hipertensão

e da hipocalemia. Adição de 3 g de sal de cozinha por 3 dias (6 g de sal/dia). Se necessário, repor potássio. No terceiro dia, colhe-se urina de 24 h para medir aldosterona, Na+ e K+. Excreção de aldosterona > 14 mcg em 24 h na presença de Na+ > 200-250 mEq, é consistente com HAP. S=96% e E=93%. O K está inapropriadamente alto na urina (>30mEq).

ü  Teste de infusão de solução salina: 2.000 mL de SF0,9% durante 2h (4 a 6 horas se risco de descomp. Cardíaca). CAP pós-infusão > 10ng/dL confirma a produção autônoma de aldosterona.

ü  Teste da fludrocortisona: 0,1 mg de fludrocortisona a cada 6 h por 4 dias. CAP > 6 ng/dL (na presença de ARP < 1 mg/mL.h) confirma o diagnóstico de HAP.

                                   

Diagnóstico

7

hypertension through specific medical treatment) anda lower value on avoiding the risk of falsely classifyinga hypertensive patient as having PA and exposinghim or her to additional diagnostic testing.

1.2. We recommend use of the plasma aldosterone-renin ratio (ARR) to detect cases of PA in thesepatient groups (Figure 1). (1| )

1.2.EVIDENCE

The ARR is currently the most reliable availablemeans of screening for PA. Although valid estimatesof test characteristics of the ARR are lacking (mainlydue to limitations in the design of studies that have

addressed this issue) (39), numerous studies havedemonstrated the ARR to be superior tomeasurement of potassium or aldosterone (both ofwhich have lower sensitivity) or of renin (which isless specific) in isolation (40–42).

Like all biochemical case detection tests, the ARR isnot without false positives and negatives (17, 18, 39,43–45). Table 2 documents the effect of medicationsand conditions on the ARR. The ARR shouldtherefore be regarded as a detection test only, andshould be repeated if the initial results areinconclusive or difficult to interpret because ofsuboptimal sampling conditions (e.g., maintenance ofsome medications listed in Table 2).

CASEDETECTION,

DIAGNOSIS,AND

TREATMENT

OFPATIENTS

WITH

PRIMARY

ALDOSTERONISM

Primary Aldosteronism

Patients with hypertension that are at increased risk for PA

Figure 1. Algorithm for the detection, confirmation, subtype testing, and treatment of primary aldosteronism (PA). We recommend thecase detection of PA in patient groups with relatively high prevalence of PA (1| )—these include patients with moderate, severe,or resistant hypertension, spontaneous or diuretic-induced hypokalemia, hypertension with adrenal incidentaloma, or a family history ofearly onset hypertension or cerebrovascular accident at a young age (<40 years). We recommend use of the plasma aldosterone:reninratio (ARR) to detect cases of PA in these patient groups (1| ). We recommend that patients with a positive ARR undergo testing,using any of four confirmatory tests, to definitively confirm or exclude the diagnosis (1| ). We recommend that, all patients withPA undergo an adrenal CT scan as the initial study in subtype testing and to exclude adrenocortical carcinoma (1| ). Whensurgical treatment is practicable and desired by the patient, the distinction between unilateral and bilateral adrenal disease should bemade by adrenal venous sampling (AVS) (1| ). We recommend that treatment by unilateral laparoscopic adrenalectomy beoffered to patients with AVS-documented unilateral aldosterone-producing adenoma (1| ). If a patient is unable or unwilling toundergo surgery, we recommend medical treatment with an mineralocorticoid receptor (MR) antagonist (1| ) In patients with PAdue to bilateral adrenal disease, we recommend medical treatment with an MR antagonist (1| ).

*In patients with confirmed PA who have a family history of PA or of strokes at young age (<40 years), or with onset of hypertensionearlier than at 20 years of age, we suggest genetic testing for glucocorticoid-remediable aldosteronism (GRA) (2| ). In patientswith GRA, we recommend the use of the lowest dose of glucocorticoid receptor (GR) agonist that can normalize blood pressure andserum potassium levels (1| ).

PA unlikely Use ARR to detect cases 1|

PA unlikely

Adrenal CT (1| }

Subtype testing*

Treat with MR antagonist (1| ) Treat with laparoscopic adrenalectomy (1| )

If surgery not desired

Unilateral

AVS (1| )

Bilateral

If surgery desired

Conduct confirmatory testing 1|

}

+

+

_

_

Diagnóstico

Cateterismo  bilateral  das  veias  adrenais  Exame  padrão-­‐ouro  para  definição  da  e4ologia  do  HAP,  que  deve  ser  indicado  caso  a  abordagem  cirúrgica  seja  uma  opção  terapêu4ca.  S  =  95%  e  E  100%.  A  dosagem  de  CAP  é  dividida  pela  de  cor4sol  realizada  na  mesma  amostra,  gerando  um  valor  de  CAP  corrigido  para  cada  veia  adrenal.    O  exame  é  considerado  posi4vo  para  lateralização  quando  a  relação  entre  os  dois  lados  for  maior  do  que  2:1  sem  es4mulação  com  cosintropina.    Durante  o  es`mulo  com  ACTH,  uma  relação  de  CAP  entre  o  maior  e  o  menor  lado  >  4:1  é  indica4va  de  secreção  unilateral  de  aldosterona,  enquanto  um  valor  <  3:1  é  suges4vo  de  doença  bilateral.  

Diagnóstico

Diagnóstico

Diagnóstico

à 18OHF urinário foi o parâmetro mais útil na diferenciação entre EH e PA e entre APA e BAH Uso do18OHF urinário em pacientes com a relação positiva poderia ter resultado na eliminação de 36,4% dos pacientes da sobrecarga salina e 7,3% de AVS. à Pacientes com relação positiva, mas 18OHF urinário <130 mg/d pode evitar passar por testes de confirmação porque nenhum paciente com níveis 18OHF abaixo deste corte tinha APA. à Pacientes com relação positiva e 18OHF > 330 mg/d foram todos hiperaldo, eles poderiam passar diretamente para diferenciação do subtipo, sem a realização de testes confirmatórios, evitando 4,9% de testes de confirmação.

Diagnóstico

à Pacientes com 18OHF >510 mg/d todos tiveram adenoma, e os pacientes com nódulos não secretantes, que são frequentemente detectadas pela TC, mostrou 18OHF notavelmente inferior a este limite.

à Por conseguinte, na presença de um nódulo único na TC, os pacientes com relação positiva e 18OHF >510 ug/d pode ser submetido a adrenalectomia unilateral, especialmente se jovem.

Feocromocitoma

Feocromocitoma

Feocromocitoma

Definição }  Feocromocitoma – 85% dos casos

}  Tumor originado das células cromafins da medula adrenal, produtor de catecolaminas

}  Paraganglioma – 15% dos casos }  Tumor extra-adrenal, originado nos gânglios simpáticos,

produtor de catecolaminas

Quadro clínico }  Tumores raros: < 0,2% dos pacientes hipertensos ü  HAS pode ser mantida ou intermitente. ü  Não raramente são assintomáticos. ü  Incidentaloma

}  Apresentação clínica:

}  Sintomas clássicos (cefaleia, sudorese e taquicardia) }  Incidentaloma adrenal }  Doença familiar [NEM2, Doença de von Hippel-Lindau

(VHL), Neurofibromatose tipo 1 (Von Recklinghausen), FEO/paraganglioma familiar]

Quadro clínico Tríade Clássica

}  ½ dos pacientes têm hipertensão paroxística }  Pode ocorrer “hipertensão essencial" }  Hipertensão paroxística ou sustentada é o sinal + comum de

feocromocitoma }  5 – 15% dos pacientes têm PA normal! }  Freqüência de PA normal é > em pacientes com

incidentaloma e nos pacientes rastreados para feo familiar

}  Cefaleia pode ser leve ou severa, com duração variável – ocorre em 90% dos pacientes sintomáticos

}  Sudorese generalizada ocorre em 60-70%

Diagnóstico Em quem investigar:

ü  Crises hiperadrenérgicas (palpitação não-relacionada a exercício, sudorese, cefaléia, tremor ou palidez)

ü  Hipertensão refratária ü  Síndromes familiares (NEM 2, NF1, VHL, FEP/PGL) ü  História familiar de feocromocitoma ü  Incidentaloma adrenal ü  Pico hipertensivo durante anestesia, cirurgia ou

procedimentos diagnósticos ü  Hipertensão de início antes dos 20 anos ü  Cardiomiopatia dilatada idiopática

Diagnóstico }  Catecolaminas e metanefrinas na urina 24 horas }  Metanefrinas plasmáticas }  Catecolaminas plasmáticas

van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119

Diagnóstico Questões  pré-­‐analí=cas  

Exercícios,  postura,  estresse,  hipoglicemia,  a4vidade  simpá4ca  e  drogas  Simpa4comimé4cos  (efedrina,  anfetamina,  cocaína,  cafeína  e  nico4na)  -­‐  é  nora  e  adrenalina  

Venlafaxina\  IRSS-­‐  fluoxe4na,  paroxe4na  e  tricíclicos  -­‐  é nora e normetanefrina  

Inibidores  da  MAO  -­‐  é  Catecol  e  metanefrina  

An4-­‐hipertensivos:  vasodilatatores  (BCC  diidropiridínicos),  alfa-­‐bloqueadores  sele4vos  (doxazozin),  beta-­‐bloqueadores  -­‐  é Catecol

Alfa-bloqueadores não-seletivos  (fenoxibenzamina):    é nora e normetanefrina  

L-­‐DOPA  -­‐  é Dopamina

van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119

Diagnóstico Questões  pré-­‐analí=cas  

Exercícios,  postura,  estresse,  hipoglicemia,  a4vidade  simpá4ca  e  drogas  Simpa4comimé4cos  (efedrina,  anfetamina,  cocaína,  cafeína  e  nico4na)  -­‐  é  nora  e  adrenalina  

Venlafaxina\  IRSS-­‐  fluoxe4na,  paroxe4na  e  tricíclicos  -­‐  é nora e normetanefrina  

Inibidores  da  MAO  -­‐  é  Catecol  e  metanefrina  

An4-­‐hipertensivos:  vasodilatatores  (BCC  diidropiridínicos),  alfa-­‐bloqueadores  sele4vos  (doxazozin),  beta-­‐bloqueadores  -­‐  é Catecol

Alfa-bloqueadores não-seletivos  (fenoxibenzamina):    é nora e normetanefrina  

L-­‐DOPA  -­‐  é Dopamina

van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119

Suspender  duas  semanas,  se  possível  

Diagnóstico

van Berkel A et al. Eur J Endocrinol 2014;170:R109-R119

Questões  analí=cas    HPLC  com  detecção  eletroquímica  X  Cromatografia  

líquida  acoplada  a  espectometria  de  massa    Labetalol,  buspirona  e  sulfasalazina      Acetaminofeno  

   Teste  ideal  

 

Diagnóstico

Sensibilidade   Especificidade  Metanefrina  plasmá4ca  (frações)    

99%   89%  

Metanefrina  urinária  (frações)  

97%   69%  

Catecolamina  urinária   86%   88%  Catecolamina  plasmá4ca  

84%   81%  

Metanefrina  urinária  (total)  

77%   93%  

Ácido  vanil  mandélico   64%   95%  

Lenders JWM et al. JAMA. 2002;287(11):1427-1434."

Diagnóstico

²   Metanefrinas  e  catecolaminas  urinárias:  menor  chance  de  falso-­‐posi4vo  (atributo  preferível  em  população  de  baixo  risco  –  baixa  probabilidade  pré-­‐teste)  

 ²   Metanefrinas  plasmá4cas:  maior  chance  de  falso-­‐posi4vo  –  

escolha  em  pacientes  de  alto-­‐risco  (síndromes  familiares  e  presença  de  massa  adrenal)  

Sawka AM et al. J Clin Endocrinol Metab. 2003;88(2):553-558."

Diagnóstico Suspeita clínica Alta Baixa

Metanefrinas T/F na urina

Catecolaminas T/F na urina

Metanefrinas T/F na urina Catecolaminas T/F na urina Metanefrinas T/F no plasma

Normal Aumento 3x > LSVR na urina ou aumento significativo no plasma

TC ou RM de abdome

Normal

Repetir durante paroxismo

Normal

Negativa

Reavaliar diagnóstico

Considerar MIBG

Massa adrenal ou para-aórtica típica

MIBG se tumor adrenal > 8 cm ou

paraganglioma

Diagnóstico }  TC ou RM de abdome e pelve (sensibilidade

98-100%; especificidade 70%) }  RM: + caro; pode distinguir feo de outras lesões adrenais

(hiperintensidade em T2) }  PGL de base de cranio e cervical }  Alergia ao Iodo }  Pacientes em que não se deseja irradiar

Diagnóstico }  123I-MIBG

}  TC ou RM negativos }  Feo adrenal > 8 cm (risco aumentado de malignidade) }  Paraganglioma (risco aumentado de multiplicidade e

malignidade) }  Doença recorrente

Diagnóstico }  18F-fluordesoxiglicose PET/TC }  Doença metastática conhecida

Diagnóstico

Fim!

Obrigado!!!