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FACULDADE MERIDIONAL IMED ESCOLA DE ODONTOLOGIA PRISCILA TERRIBILE DALLAGNOL ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO - BRASIL. PASSO FUNDO 2014

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FACULDADE MERIDIONAL – IMED

ESCOLA DE ODONTOLOGIA

PRISCILA TERRIBILE DALLAGNOL

ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO DO

HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO - BRASIL.

PASSO FUNDO

2014

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PRISCILA TERRIBILE DALLAGNOL

ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SOB TRATAMENTO

ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO - BRASIL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pela acadêmica de Odontologia Priscila Terribile Dallagnol, da Faculdade Meridional - IMED, como requisito para obtenção de grau em Odontologia. Professor orientador Me. Carlos Alberto Rech

PASSO FUNDO

2014

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PRISCILA TERRIBILE DALLAGNOL

ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL

SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO - BRASIL.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré- requisito para obtenção do

titulo de Bacharel em Odontologia da Faculdade IMED, submetido à aprovação da

banca examinadora composta pelos seguintes membros:

______________________________

Professor Orientador Carlos A. Rech

______________________________

Banca

______________________________

Banca

PASSO FUNDO

2014

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José Juvelino Terribile (in memoriam), meu avô que foi vítima do câncer. Vovô José

foi a inspiração desse trabalho.

Alceu, meu SUPER PAI, pelo amor e desvelo incondicional em prol da minha

formação moral e profissional.

Jurema, minha MÃE PRINCESA, que sempre me incentivou para a realização dos

meus ideais, encorajando-me a enfrentar todos os momentos difíceis da vida.

DEDICO ESTE TRABALHO

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pai sábio e amoroso, meu melhor orientador, de quem sou aluna eterna e

que me ofereceu o dom da vida.

Ao meu orientador e amigo Carlos Alberto Rech, obrigada pela presença marcante,

dedicação e coompreensão durante a realização deste trabalho, minha sincera

gratidão.

Ao professor Mateus Silveira Martins Hartmann pelo suporte no pouco tempo que lhe

coube, pelas suas correções, incentivos e amizade, meu sincero agradecimento.

Aos professores da banca examinadora pоr mе proporcionar о conhecimento nãо

apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо

processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente

pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca

fará justiça аоs professores dedicados, оs quais terão оs meus eternos

agradecimentos.

À professora Dileta Cecchetti, pelo auxílio valioso na execução das análises

estatísticas, minha eterna gratidão e admiração.

Aos meus amigos, pela convivência que muito me enriqueceu pessoalmente, nas horas boas e ruins. Amigos verdadeiros, meu permanente agradecimento. Ao enfermeiro responsável pela radioterapia do Hospital São Vicente de Paulo,

Messalas Freitas, pelos conhecimentos oferecidos, pela compreensão e atenção

gentilmente cedidas.

Ao Doutor Eduardo Migliorini, por ter trilhado junto a mim boa parte do caminho da

minha formação profissional, pela disposição incondicional em dar-me apoio sempre

que preciso. Muito do que consegui como cirurgiã dentista foi graças a ele. Agradeço

de coração.

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"A grandeza não consiste em

receber as honras, mas em

merecê-las."

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RESUMO

Os agentes antineoplásicos podem alterar radicalmente o ambiente bucal e predispor à ocorrência de complicações, causando efeitos colaterais no paciente com câncer de cabeça e pescoço. O presente estudo teve como objetivo verificar as possíveis alterações bucais dos pacientes submetidos a tratamento antineoplásico (radioquimioterapia) na região de cabeça e pescoço do Hospital São Vicente de Paulo, Passo Fundo - Brasil. O trabalho avaliou cinquenta pacientes que iniciaram tratamento na semana do dia 08 de maio de 2014 até o dia 29 de maio de 2014, de ambos os sexos. Verificou-se a presença das alterações de: candidíase, trismo, xerostomia, disgeusia, disfagia, afta e mucosite. Para avaliar essas alterações bucais, não houve qualquer tipo de intervenção odontológica, consistindo apenas na avaliação visual da cavidade bucal destes pacientes. Após os dados coletados, foram feitos cruzamentos com o programa Statistical Package for the Social Sciences 15.0. Concluiu-se que as alterações bucais mais encontradas, são a xerostomia, afta e mucosite, sendo que, 46% desse pacientes apresentaram as três lesões concomitantemente.

Palavras-chave: Câncer. Odontologia. Estomatologia.

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ABSTRACT

Antineoplastic agents can radically alter the oral environment and predispose to complications, causing side effects in patients with head and neck cancer. The present study aimed to verify the possible changes of patients undergoing oral anticancer treatment (radioquimioterapia) in head and neck region Hospital Are Vicente de Paulo, Passo Fundo-Brazil. The work assessed fifty patients who started treatment on day week May 8, 2014 until May 29, 2014, of both sexes. There was the presence of updates to: candidiasis, trismus, xerostomia, dysgeusia, dysphagia, afta and mucositis. To evaluate these oral amendments, there was no any kind of dental intervention consisting only on visual assessment of the oral cavity of these patients. After the data collected were made crossings with the Statistical Package for the Social Sciences 15.0. It was concluded that oral changes are most frequently encountered xerostomia, afta and mucositis, and 46% of the patients presented the three injuries at the same time.

Key Words: Cancer. Dentistry. Stomatology.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Avaliações.….................................................................................. 29

Tabela 2. Quatro Alterações concomitantemente........................................................................................

30

Tabela 3. Três Alterações concomitantemente...............….................................................................…

30

Tabela 4. Duas Alterações Concomitantemente……................................................................................................................

31

Tabela 5. Uma Alteração............................................................................... 31

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Local das Alterações x Quantidade de Pacientes........................... 29

Figura 2. Número de Avaliações x Tipo de Alteração.................................... 32

Figura 3. Quantidade das Alterações.........................................................… 32

Figura 4. Lesões Concomitantemente........................................................... 33

Figura 5. Alterações x Gênero....................................................................... 33

Figura 6. Idade dos Pacientes....................................................................... 34

Figura 7. Tipo de Câncer............................................................................... 34

Figura 8. Local do Câncer x Gênero.............................................................. 35

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 10

2

2.1

2.2

2.3

REVISÃO DE LITERATURA .........................................................

CAUSAS/FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE CABEÇA E

PESCOÇO

ALTERAÇÔES BUCAIS RELACIONADAS AO CÂNCER DE CABEÇA

E PESCOÇO E PROTOCOLO DE TRATAMENTO ONCOLÓGICO

TIPOS DE CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

11

11

12

23

3 OBJETIVO ......................................................................................... 26

4 METODOLOGIA ..................................................................................... 27

5 ANÁLISES DE DADOS............................................................................ 28

6 RESULTADOS 29

7 DISCUSSÃO 36

8 CONCLUSÃO 39

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 40

APÊNDICES.......................................................................................................... 45

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo discutir os aspectos das alterações bucais

que se desenvolvem em pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço. A

oncologia, nos dias de hoje, tem gerado várias discussões e pesquisas, levando ao

aprofundamento de estudos e à busca de soluções abrangentes. Seguindo essa

linha de pensamento e através da avaliação das alterações bucais causadas então

pela radioquimioterapia, este estudo corrobora com a importância do tratamento

oncológico e seus efeitos colaterais.

As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que o câncer

de cabeça e pescoço é o quinto ou sexto mais frequente entre homens, dependendo

da região do país. Devido a sua localização, a neoplasia na maioria dos casos é

diagnosticada em estado avançado, com consequente piora do prognóstico (ABDO,

2013).

Segundo Caponero et al. (2013), existe uma diversidade de sintomas

observados em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, bem como há

diferenças em sua severidade e no impacto que causam à qualidade de vida dos

pacientes. Esse trabalho confirma os dados de Caponero et al. (2013), onde foram

encontradas lesões de afta, mucosite, xerostomia, candidíase, disfagia, disgeusia e

trismo nos cinquenta pacientes avaliados.

Embora o câncer seja uma doença que exija profissionais altamente treinados

em diferentes áreas e especialidades, o seu diagnóstico, e muitas vezes a qualidade

de vida dos pacientes, podem depender de profissionais dedicados ao tratamento e

controle da dor. O câncer é uma doença que realça a importância de avaliação

padronizada dos pacientes, de modo a não se restringir apenas a algumas estruturas

da boca, mas a examinar toda a região de cabeça e pescoço (SIQUEIRA, 2013).

Dessa forma, no grupo da radioquimioterapia do Hospital São Vicente de Paulo, o

paciente com câncer de cabeça e pescoço passa sob cuidados médicos,

odontológicos, nutricional e de enfermeiros, para que seja melhor assistido durante

todo o seu tratamento.

Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações bucais

encontradas nos pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço do Hospital

São Vicente de Paulo.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CAUSAS/ FATORES DE RISCO DO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO

As causas de diversas neoplasias na região de cabeça e pescoço podem ser

atribuídas a diversos fatores que podem estar relacionados ao estilo de vida.

Analisaram-se no estudo, os aspectos clínicos de pacientes com câncer no trato

aerodigestivo superior atendidos no serviço de cabeça e pescoço do Hospital

Universitário Cassiano Antônio Moraes, nos anos de 2005 a 2007. O estudo

exploratório, descritivo e quantitativo analisa as variáveis: sexo, localização do tumor,

tipo histológico e óbito. Pode-se concluir que o tipo de tumor acomete mais a 5ª e 6ª

década de vida, ressaltando-se o importante papel do dentista que faz atendimento

direto ao público com câncer de cabeça e pescoço e a vulnerabilidade de alterações

bucais e fatores de risco, às quais esses pacientes estão expostos (SANTOS et al.,

2012).

Tumores de cabeça e pescoço correspondem ao quinto tipo de câncer mais

comum no mundo, apresentando grande mortalidade e morbidade. O objetivo da

revisão de literatura foi mostrar os fatores de risco dos tumores malignos mais

comuns da região da cabeça e pescoço. A pesquisa de artigos foi realizada no banco

de dados MEDLINE, sendo um total de 52 artigos utilizados. Foram abordados os

principais aspectos referentes aos tumores de cavidade bucal, faringe, laringe e

glândulas salivares. Foi possível constatar que os fatores de risco entre os diversos

tipos de tumores são semelhantes, o álcool e o tabaco estando entre os principais.

Com controle dos fatores de risco e uma abordagem correta, espera-se que a

incidência dos cânceres de cabeça e pescoço diminua, reduzindo assim, a

mortalidade por neoplasias malignas em todo o mundo (CAMPANA et al., 2013).

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2.2 ALTERAÇÕES BUCAIS RELACIONADAS AO CÂNCER E PROTOCOLOS

DE TRATAMENTO ODONTOLÓGICO

A radioterapia pode causar injúrias às células normais, provocando efeitos

colaterais (mucosite, disfagia, infecções e perda do paladar) durante e após o

tratamento do câncer. O estudo analisou quantitativamente os microorganismos

Streptococcus do grupo mutans e Cândida sp, da cavidade bucal de 11 pacientes,

portadores de carcinoma espinocelular na região de cabeça e pescoço, em

tratamento na Faculdade de Odontologia de Araraquara ou no Centro Odontológico

da Região de Araraquara. Concluiu-se que houve correlação positiva entre os fatores

salivares e a presença de microorganismos, ilustrada pelo aumento no número dos

microrganismos analisados concomitantemente com a diminuição do fluxo salivar.

Sendo assim, os efeitos da radiação comprometeram a homeostasia salivar e

favoreceram o aumento das infecções por leveduras e bactérias durante o

tratamento radioterápico (SPOLIDORIO et al., 2001).

Realizou-se em um estudo, uma avaliação clínica da condição de saúde bucal

dos pacientes atendidos no Centro de Oncologia e Hematologia Infantil do Hospital

Infantil Varela Santiago, Natal – RN, visando observar a ocorrência das complicações

bucais, como: xerostomia, mucosite e infecções, visando minimizar o sofrimento dos

pacientes. Foi avaliada a saúde bucal de 40 crianças em tratamento para diferentes

neoplasias malignas na faixa etária de 0 a 15 anos e 38 crianças saudáveis na

mesma faixa etária. Concluiu-se que pacientes sob tratamento antineoplásico,

apresentando higiene bucal deficiente, têm maior risco de desenvolver complicações

bucais. A mucosite foi a mais frequente complicação encontrada nesse trabalho

(NUNEZ, 2001).

Muitos dos pacientes oncológicos estão vulneráveis a doenças bucais,

necessitando de cuidados odontológicos juntamente com o tratamento

antineoplásico. A primeira parte desse trabalho expôs os possíveis efeitos da

radioterapia na cavidade bucal e no periodonto especificamente; a segunda parte

descreve a conduta clínica geral em pacientes antes, durante e após tratamento

radioterápico, salientando a importância da atividade multidisciplinar. O

conhecimento dessas reações adversas é fundamental para o planejamento do

tratamento odontológico correto e seguro. A intervenção odontológica, antes do

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tratamento radioterápico, visa a possível prevenção de efeitos indesejáveis, aliviando

os sintomas e evitando maiores danos ao paciente que irá submeter-se à

radioterapia. Essa intervenção também é de grande valia durante e após o

tratamento radioterápico, por seu caráter curativo e também minimizando as

sequelas da irradiação. O cirurgião-dentista familiarizado a essa realidade, estará

apto para o atendimento desses pacientes (RAGGHIANTI et al., 2002).

Um estudo relatou, através de revisão bibliográfica, as alterações bucais

(candidíase, trismo, mucosite, xerostomia e disgeusia) e as maneiras existentes para

melhorar a qualidade de vida dos pacientes submetidos a tratamentos

antineoplásicos. Dessa forma, chegou-se à conclusão sobre a necessidade do

estabelecimento de um protocolo no atendimento odontológico, que abranja diversas

medidas profiláticas, adequando a cavidade bucal, antes de iniciar as terapias

antineoplásicas, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida do paciente

(KROETZ et al., 2003).

As terapias utilizadas no tratamento oncológico geram complicações na

cavidade bucal: mucosite, xerostomia e infecções, devendo ser identificadas,

acompanhadas e tratadas. Através de uma revisão bibliográfica, pesquisou-se sobre

a importância do acompanhamento multidisciplinar e a prevenção, o diagnóstico e o

tratamento das complicações bucais decorrentes da oncoterapia, visando sempre

melhores condições de vida para estes pacientes. De suma importância, foi relatado

que, pacientes pediátricos que realizam terapias oncológicas devem ser sempre

acompanhados por um odontopediatra e a partir do diagnóstico realizado, receber

orientações e medicações profiláticas, para, assim, minimizar os efeitos da terapia.

Também há uma necessidade de se prevenir, tratar e minimizar as complicações

bucais decorrentes do tratamento oncológico, pois, assim, melhor será a qualidade

de vida desses pacientes (CAMARGO et al., 2004).

Os efeitos deletérios, do tipo disfagia, mucosite, disgeusia e xerostomia

causados pelo tratamento radioterápico na região de cabeça e pescoço devem ser

considerados de destaque primordial para o cirurgião-dentista. Foram avaliadas as

alterações quantitativas do fluxo salivar dos pacientes que se submetem ao

tratamento de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe. Analizou-se 12

amostras de saliva do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, Paraná,de todos os

pacientes do sexo masculino. Primeiro coletou-se amostra de saliva antes da

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radioterapia e a segunda coleta foi ao término do tratamento. Os autores obtiveram

como resultado, perda salivar em 91,7% dos pacientes, o que significa que o

tratamento antineoplásico ocasiona xerostomia bastante acentuada quando as

glândulas salivares maiores encontram-se presentes no campo irradiado (GUEBUR

et al., 2004).

A hipossalivação é uma sequela provocada pelo tratamento radioterápico das

lesões malignas de cabeça e pescoço, sendo essa condição um fator predisponente

a outras lesões e infecções bucais. O comportamento do PH salivar foi avaliado em

42 indivíduos submetidos a tratamento radioterápico por aproximadamente cinco

semanas. Foi possível constatar que a radioterapia quando aplicada na região da

cabeça e do pescoço provoca uma redução progressiva no fluxo e pH salivar em

função do tempo (LIMA et al., 2004).

A odontologia desempenha um papel importante nas diferentes fases da

terapia oncológica, podendo reduzir de forma efetiva os efeitos colaterais oriundos da

terapia antineoplásica. Dentre os efeitos colaterias: xerostomia, mucosite, disfagia e

trismo avaliou-se a condição odontológica de 12 pacientes, antes durante e 180 dias

após a radioterapia, permitindo impedir ou minimizar os efeitos sobre os tecidos da

cavidade bucal. Os autores verificaram que o acompanhamento odontológico

sistemático, junto com medidas preventivas como adequação bucal prévia,

orientação sobre higienização, utilização de bochechos de água bicarbonada, chá de

camomila, aplicação tópica de flúor, contribuíram para promover melhores condições

de reestabelecimento em pacientes com neoplasia da região da cabeça e pescoço

submetidos à radioterapia (CARDOSO et al., 2005).

A mucosite bucal é um dos principais efeitos colaterais induzidos pelo

tratamento radioterápico em cabeça e pescoço, que surge à partir da segunda

semana de tratamento. O objetivo foi fazer uma revisão bibliográfica das

características clínicas, histopatológicas e tratamentos propostos para a mucosite

bucal induzida por radioterapia. Determinou-se, que os aspectos sobre a mucosite

estão bem fundamentados e a literatura está demonstrando grande interesse no

entendimento dos processos biológicos da mesma. Ainda faz-se necessário, uma

melhor compreensão dos mecanismos biológicos/histopatológicos o que

provavelmente contribuirá para a indicação de terapias eficazes na prevenção e

manejo da mucosite bucal (BONAN et al., 2005).

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Os efeitos colaterais da terapia antitumoral: disgeusia, xerostomia e mucosite,

têm sido alvo de vários estudos. Essas alterações comumente atingem os pacientes

em tratamento radioquimioterápico, variando de acordo com o local da neoplasia e o

tempo de tratamento do paciente. Este estudo foi realizado com 32 pacientes

aleatórios, no Instituto de Oncologia do Vale, na Santa Casa de Misericórdia e na

Clínica Odontológica da Universidade do Vale da Paraíba, ambos localizados na

cidade de São José dos Campos. Observou-se que nos pacientes entrevistados, a

xerostomia foi o efeito colateral prevalente e a náusea como o sintoma mais

incômodo. Também foi concluído que se os efeitos colaterais forem negligenciados

podem acarretar redução na qualidade de vida do paciente (ARISAWA et al., 2005).

Os efeitos colaterais da radioquimoterapia tem impacto determinante na

qualidade de vida do paciente. Uma revisão de literatura sobre a mucosite bucal teve

o intuito de divulgar informações sobre os aspectos clínicos e terapêuticos dos

tratamentos de que a odontologia dispõe no manejo dos pacientes, durante e após a

terapia antineoplásica. Entre as complicações bucais decorrentes da terapia

antineoplásica, a mucosite destaca-se como o efeito agudo de maior frequência. Foi

possível concluir que a mucosite bucal é uma complicação da terapia antineoplásica

que acarreta sérios problemas ao paciente com carcinoma, deixando sua qualidade

de vida comprometida e que a incorporação de um cirurgião dentista na equipe da

oncologia é extremamente importante para o cuidado do paciente em todas as

etapas da terapia (VIEIRA et al., 2006).

A radioterapia é um tratamento de ampla utilização, que tem por objetivo

destruir as células neoplásicas para que haja redução ou desaparecimento da

neoplasia maligna. Entretanto, pode produzir alterações (perda ou mudança do

paladar e diminuição do fluxo de saliva). Essas alterações são significativas na

qualidade de vida desses pacientes durante e após o tratamento. Esse estudo

objetiva avaliar os efeitos colaterais da radioterapia nos pacientes com câncer na

região de cabeça e pescoço e sua influência na qualidade de vida. O estudo foi

exploratório e descritivo com 32 pacientes com câncer de cabeça e pescoço,

submetidos à radioterapia. Os dados foram coletados, através do de um questionário

para radioterapia de cabeça e pescoço da Universidade de McMaster. Os autores

concluem que há uma grande necessidade dos profissionais da saúde promoverem

medidas preventivas para amenizar esses efeitos colaterais (SAWADA et al., 2006).

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Além da morbidade associada ao câncer, o tratamento radioquimioterápico

produz inúmeras manifestações clínicas bucais de efeitos colaterais. Não só o câncer

bucal produz alterações na boca, mas também a terapia utilizada para os diversos

tipos de neoplasias na cavidade bucal. Verificou-se através de uma revisão

bibliográfica, uma atualização sobre a prevenção e o tratamento da mucosite. É de

suma importância, um manejo adequado da mucosite, aliviando a dor do paciente

com câncer e favorecendo sua nutrição, visando proporcionar-lhe uma melhoria na

qualidade de vida (VOLPATO et al., 2007).

Por meio de uma revisão de literatura discutiu-se o protocolo de atendimento

odontológico a pacientes oncológicos pediátricos. É dada ênfase às medidas

preventivas e/ou curativas de adequação do meio bucal no intuito de evitar

complicações decorrentes tais como: mucosite, candidíase e xerostomia. Assim,

pode-se concluir que os pacientes oncológicos devem ser acompanhados por um

cirurgião dentista, visto que existem complicações bucais durante e após o

tratamento antineoplásico sendo indispensável a conscientização dos pacientes

sobre a higiene bucal (ALBUQUERQUE et al., 2007).

Muitos pacientes imunossuprimidos pelo tratamento neoplásico, no intervalo

de 7 a 15 dias depois de iniciado o tratamento apresentam risco de desenvolver

lesões bucais como: mucosite, candidose, xerostomia, disgeusia e trismo. Um estudo

realizou um levantamento clínico-epidemiológico dos pacientes portadores de

neoplasias malignas atendidos no Núcleo de Estudos em Pacientes Especiais de

Fortaleza/Ceará/Brasil. Foram também analisadas as principais necessidades de

tratamento odontológico desses pacientes no ato do exame clínico inicial em 412

pacientes. Dessa forma, estabeleceu-se um número significativo de pacientes, no ato

do exame clínico inicial, necessitava de algum tipo de tratamento odontológico de

adequação do meio bucal para que pudessem submeter-se ao tratamento oncológico

indicado (OSTERNE et al., 2008).

O número de pacientes com neoplasias malignas na cavidade oral é

significativo e os efeitos colaterais da radioterapia na região de cabeça e pescoço

têm grande influência na qualidade de vida dos pacientes sob tratamento

antineoplásico. Esse trabalho teve como objetivo explicar as alterações: disfagia,

trismo, disgeusia e mucosite sofridas pelo paciente submetido ao tratamento do

câncer e mostrar a importância do cirurgião dentista na equipe multidisciplinar para

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atendimento desses paciente. Os autores concluíram que o cirurgião dentista é o

profissional com melhores condições de avaliar e tratar as alterações bucais, assim

como, aplicar medidas preventivas de acompanhamento da saúde bucal do paciente

radiado na área da cabeça e pescoço, visando minimizar os efeitos estomatológicos

e funcionais causados pela terapia antineoplásica (EMMI et al., 2009).

A radioterapia ocupa um lugar importante no tratamento dos carcinomas na

região de cabeça e pescoço, destruindo tanto células tumorais como também

normais, principalmente as células presentes em tecidos de mudança rápida, como é

o caso do epitélio bucal. Realizou-se uma revisão de literatura acerca dos principais

efeitos adversos oriundos da radioterapia na região de cabeça e pescoço que

acometem a cavidade bucal, sendo eles a mucosite bucal, xerostomia, trismo,

infecções fúngicas e bacterianas. O estudo também enfoca na importância da

inserção do cirurgião dentista na equipa multidisciplinar de acompanhamento desses

pacientes (LÔBO et al., 2009).

Analisando a ocorrência das complicações (mucosite, xerostomia, candidíase

e perda de paladar) pós-radioterapia, esse estudo teve por objetivo descrever o

protocolo de atendimento Odontológico aos pacientes submetidos à radioterapia de

cabeça e pescoço utilizado pelo serviço de Cirurgia e Traumatologia

Bucomaxilofacial do Hospital Erasto Gaertner, Curitiba. Chegou-se à conclusão de

que há uma necessidade de instituir-se um protocolo de atendimento aos pacientes

com indicação de tratamento radioterápico na região de cabeça e pescoço que relata

o atendimento prévio ao tratamento antineoplásico dos pacientes. O protocolo então

realizado, incluiu extrações dentárias em áreas expostas à radiação, da maneira

menos traumática possível, sem deixar espículas ósseas, com o máximo de

fechamento do retalho. A radioterapia pode ser iniciada oito dias após a realização

destes procedimentos. Com a utilização desse protocolo, procura-se diminuir ao

máximo a ocorrência e a gravidade das complicações da radioterapia e mostrar que

o cirurgião dentista é indispensável à equipe multidisciplinar do paciente oncológico

(SASSI et al., 2009).

A proposta do trabalho foi verificar retrospectivamente as complicações orais

apresentadas por pacientes submetidos à terapia antineoplásica no Hospital

Napoleão Laureano em João Pessoa-PB. A amostra foi constituída por 69 pacientes

que se dirigiram ao ambulatório de Odontologia no período de novembro de 2002 à

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18

novembro de 2004. As complicações orais encontradas nesse trabalho foram:

xerostomia, disgeusia, mucosite, infecções fúngicas e bacterianas e infecções

herpéticas. Foi possível constatar que os pacientes apresentaram uma diversidade

de complicações, sendo a xerostomia a mais referida. Com isso, observou-se a

necessidade de criação de protocolos de cuidados bucais especiais visando a

prevenção e controle dessas complicações e consequente melhoria da qualidade de

vida dos pacientes (PAIVA et al., 2010).

A mucosite bucal é considerada a mais severa das complicações não

hematológicas da terapia antineopláscia, ocorrendo em 40 a 80% dos pacientes

tratados com quimioterapia e em praticamente todos os pacientes tratados por

radioterapia. Esse estudo teve por objetivo revisar a literatura sobre mucosite e o

papel do cirurgião-dentista no manejo desta severa complicação. Os autores

concluíram que o uso de medidas adequadas para prevenir e tratar essa

complicação, além de proporcionar melhora na qualidade de vida dos pacientes, é

fundamental como parte da terapia oncológica. No tratamento da mucosite, enfatiza-

se a manutenção de boa higiene bucal, controle da xerostomia e tratamento de

infecções oportunistas como a candidose. Os principais cuidados são de

competência do cirurgião dentista (RIBEIRO et al., 2010).

Em decorrência da quimioterapia, alterações na cavidade bucal podem ser

observadas e levar a complicações sistêmicas. Foi realizado uma pesquisa em um

hospital de oncologia da cidade de Juiz de Fora (MG), coletando-se dados nos

prontuários de pacientes que estiveram em tratamento oncológico, onde foram

avaliadas as prevalências das manifestações orais do tipo: candidíase, afta, mucosite

e xerostomia. Dessa forma, pode-se afirmar que a mucosite foi a manifestação mais

incidente em ambos os sexos em todas as faixas etárias. Também foi possível

concluir, que é possível melhorar a qualidade de vida antes, durante e após as

terapias antineoplásicas através de um protocolo de atendimento odontológico que

inclua medidas de condicionamento do meio bucal prévia à quimioterapia, como

profilaxia, tratamento periodontal e orientação para higiene oral. Também é

considerado importante a inserção do dentista na equipe oncológica para o

diagnóstico precoce das manifestações bucais e acompanhamento no período de

tratamento (HESPANHOL et al., 2010).

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19

Durante o tratamento do câncer as alterações bucais alcançam maior

gravidade, pois tanto a radio como a quimioterapia, não diferenciam células normais

de células neoplásicas. Os principais efeitos colaterais encontrados nesse estudo

foram: mucosite, xerostomia e disgeusia. Avaliou-se as práticas de saúde bucal de

43 crianças hospitalizadas no setor de oncologia do Hospital Infantil Joana Gusmão,

SC. O objetivo foi qualificar as complicações bucais provenientes do tratamento

antineoplásico. Concluiu-se então que há uma necessidade de um tratamento

profilático que minimize as manifestações bucais (BARBOSA et al., 2010).

Um estudo teve como objetivo descrever as principais características dos

estudos epidemiológicos que investigaram a associação entre condições

socioeconômicas e câncer de cabeça e pescoço. Foram pesquisadas as bases de

dados Medline, Lilacs e Scielo. O período de publicação considerado englobou 38

anos (1970-2007) e a análise restringiu-se aos artigos em espanhol, inglês ou

português. Foram selecionados 25 estudos, 15 com delineamento caso-controle,

quatro ecológicos e seis que mesclaram informações de bases de dados oficiais,

como censos e registros de câncer ou de óbitos. A maior parte das pesquisas

reportou associação entre piores condições socioeconômicas e câncer de cabeça e

pescoço. Os indicadores mais empregados foram a ocupação e a escolaridade.

Poucos estudos investigaram mediação, procurando evidenciar quais os fatores

proximais operam na associação investigada. Pesquisas adicionais, com critérios

uniformes para proceder aos ajustes nos modelos de regressão e amostra suficiente

são necessárias para investigar essa dimensão (BOING et al., 2011).

O estudo tem por objetivo complementar informações essenciais ao dentista,

para que possa diagnosticar com eficiência as manifestações bucais em pacientes

sob tratamento oncológico, mantendo os cuidados com a saúde do paciente durante

todo o tratamento. Através desse trabalho foram disponibilizadas informações sobre

leucemias agudas na infância suficientes para que o cirurgião-dentista possa

reconhecer e entender as alterações bucais: cândida, mucosite e alteração do

paladar desses pacientes, de maneira segura e eficiente, para proporcionar níveis

satisfatórios de saúde bucal, durante todo o período de terapia antineoplásica.

Chegou-se à conclusão de que a orientação de higiene bucal, reduz os patógenos na

boca e aumenta a integridade da mucosa, diminuindo assim, a chance de possíveis

infecções locais (CARNEIRO et al., 2008).

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20

A literatura aponta as neoplasias como a segunda causa mais importante de

morte, atrás somente das doenças cardiovasculares. Descreveu-se as sequelas da

mucosite, xerostomia, trismo e perda de paladar como causa das alterações na

qualidade de vida dos pacientes. Foi então, de suma importância, que essas

sequelas crônicas fossem descritas como manifestações tardias da radioterapia e os

profissionais envolvidos no tratamento do câncer, devem, por meio de conhecimento

sobre o tratamento antineoplásico, direcionar esforços para minimizar os danos

causados pela terapia antineoplásica, melhorando assim, a saúde dos pacientes

(CAMPOS et al., 2010).

A radioterapia é uma das modalidades terapêuticas indicadas para o

tratamento das neoplasias da região de cabeça e pescoço. A radiação aplicada na

região de cabeça e pescoço atinge tecidos normais, provocando danos reversíveis e

irreversíveis nos tecidos. As principais manifestações bucais no paciente irradiado

são a mucosite, xerostomia e infecção fúngica. Dessa forma, pode-se concluir que

os efeitos da radioterapia de cabeça e pescoço devem ser prevenidos e tratados pelo

cirurgião-dentista. O acompanhamento do paciente irradiado deve ser contínuo, afim

de proporcionar-lhe uma melhor condição de vida (MARINHO, et al 2011).

A radiação causa lesões nos tecidos normais localizados no campo de

radiação. Isto se torna particularmente evidente nas regiões de cabeça, uma área

complexa composta de várias estruturas diferentes que respondem diferentemente à

radiação. As sequelas bucais resultantes podem causar problemas substanciais

durante e depois da terapia de radiação e são os maiores fatores de determinação

na qualidade de vida dos

pacientes. Dentre as complicações da radioterapia estão a xerostomia,

osteorradionecrose, mucosite e candidíase. O objetivo foi apresentar aos

profissionais de saúde uma reflexão sobre as questões pertinentes às sequelas

bucais da radioterapia de cabeça e pescoço. É relevante um acompanhamento

odontológico sistemático, minimizando os efeitos da radiação sobre os tecidos da

cavidade bucal (FREITAS et al., 2011).

A literatura discute opções de esquemas terapêuticos para o tratamento das

complicações da radioterapia e quimioterapia. Este caso clínico se propôs a mostrar

a efetividade de opções terapêuticas para a tratamento de complicações bucais

decorrentes da quimioterapia e radioterapia. Paciente do gênero feminino, 48 anos

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de idade com recidivas de câncer de cabeça e pescoço, apresentou complicações

decorrentes da quimioterapia e radioterapia: mucosite bucal, xerostomia e

candidíase. As lesões foram tratadas respectivamente com laser de baixa

intensidade, saliva artificial, lanolina médica e bochechos com nistatina. Todos os

tratamentos foram efetivos e bem tolerados pela paciente. Pode-se concluir que, o

conhecimento do Cirurgião-Dentista quanto ao diagnóstico e tratamento das

complicações bucais decorrentes da terapia antineoplásica foram fundamentais para

a melhora na qualidade de vida da paciente (CENTURION et al., 2012).

A sintomatologia da mucosite bucal traz graves consequências para a

qualidade de vida dos pacientes, podendo exigir interrupção parcial ou completa do

tratamento antineoplásico. O objetivo deste estudo foi avaliar a evolução da mucosite

em pacientes oncológicos. Foi possível constatar que a mucosite bucal é

intercorrência muito comum nos pacientes em tratamento oncológico e a atuação

multiprofissional é fundamental para o manuseio eficiente dos pacientes

(SCHIRMER, E.M et al, 2012).

Pacientes com câncer de cabeça e pescoço têm que lidar com o impacto do

tratamento nos seus aspectos funcionais e estéticos. O estudo analítico prospectivo

avalioi através de questionário, a qualidade de vida de vinte e nove pacientes com

média de idade de 57 anos atendidas em três fases: início, meio e fim do tratamento

entre julho de 2010 e junho de 2012. Concluiu-se que a dificuldade de deglutir

(disfagia) foi maior no meio do tratamento, já o trismo e a disgeusia foram relatados

em todos os momentos do tratamento. Também houve uma redução significativa de

qualidade de vida dos pacientes durante o tratamento em relação a alguns sintomas

comuns (trismo, disgeusia e disfagia) do tratamento oncológico (MELO et al., 2013).

Os efeitos do laser de baixa intensidade podem levar à uma aceleração no

processo de cicatrização de feridas, tais efeitos são atribuídos ao estímulo de

diversos processos metabólicos, mediante a conversão da energia luminosa que ele

aporta, transformando, por meio de processos bioquímicos e fotofísicos, a luz em

energia útil para a célula. O objetivo é apresentar os diferentes protocolos clínicos

randomizados utilizando o laser de baixa intensidade no manejo da mucosite bucal

nos últimos 18 anos de estudo. Os autores concluíram através de vários estudos,

que o laser de baixa potência tem mostrado bons resultados, sendo a principal

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indicação antiinflamatória, analgésica e indutora da reparação tecidual

(MAGNABOSCO et al., 2013).

Várias alterações na cavidade bucal podem ser observadas em decorrência

da radioterapia e da quimioterapia entre elas, mucosite, xerostomia, infecções

dentárias ou oportunistas, alterações no paladar, disfagia e trismo. O objetivo é

apresentar uma revisão de literatura sobre o assunto e discutir pontos relevantes

com relação ao efeito do tratamento oncológico sobre o sistema estomatognático e

apresentar um possível protocolo de tratamento odontológico para pacientes

pediátricos. Determinou-se então, que a equipe multidisciplinar é fundamental para

apoiar na detecção e abordagem destas sequelas e que as manifestações bucais

causadas pelos diversos tipos de tratamentos antineoplásicos são previsíveis

(PERES et al., 2013).

No intuito de avaliar a qualidade de vida de pacientes com lesões de cabeça e

pescoço, o presente trabalho analisou dados de 24 pacientes portadores de

carcinoma de células escamosas, cuja terapia indicada era a radioterapia, podendo

ou não ser combinada com quimioterapia e cirurgia. Dentre os domínios com piores

pontuações que diminuía a qualidade de vida durante e no final do tratamento

radioterápico temos alteração de paladar e diminuição do fluxo salivar. Alteração de

paladar decorrente da radioterapia é mais intenso para os sabores ácido e amargo,

podendo ser restituído em

torno de quatro meses após o término da terapia para a maioria dos pacientes. Foi

possível constatar que, a identificação dos efeitos colaterais na saliva, paladar e

deglutição dos pacientes, têm diminuindo a qualidade de vida dos mesmos (SOUZA

et al., 2013).

A radioterapia e a quimioterapia são os tratamentos de eleição para as

neoplasias da cabeça e pescoço. A mucosite bucal é uma complicação comum

resultante de toxicidade de dose-limitante no tratamento com efeitos colaterais

agudos observados no paciente com câncer. O presente estudo teve como objetivo

descrever os principais benefícios do laser de baixa potência na oncologia, na

prevenção e no tratamento da mucosite radioquimio induzida. Dessa forma, concluiu-

se que a terapia a laser de baixa intensidade apresentou-se eficaz na prevenção e

no tratamento da mucosite bucal, como um tratamento não traumático, de baixo

custo e com bons resultados (COSTA et al., 2013).

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A quimioterapia tem grande importância no tratamento pós-operatório e

combinada à radioterapia auxilia no controle e no aparecimento de metástases no

organismo. Entre os efeitos colaterais, os mais frequentemente observados são:

diminuição das células sanguíneas, mucosite e alopecia. O estudo observacional,

transversal e analítico realizado com 480 pacientes em tratamento atendidos em um

Centro de Alta Complexidade de Tratamento para Câncer no Sul do Brasil, no

período de abril a dezembro de 2011, teve como objetivo associar sintomas de

pacientes em tratamento oncológico, com o tipo de tratamento, faixa etária e sexo.

Concluiu-se então, que os efeitos colaterais do tratamento antineoplásico podem

interferir negativamente na qualidade de vida do paciente em tratamento, uma vez

que estão diretamente relacionados ao bem estar do mesmo (BRATEIBACH et al.,

2013).

2.3 TIPOS DE CÂNCER CABEÇA E PESCOÇO

Os tumores malignos que acometem a região de cabeça e pescoço

correspondem a 10% de todas as neoplasias humanas, das quais 40% estão

situadas na cavidade bucal e orofaringe, sendo a base de língua o segundo sítio

mais acometido na orofaringe. Esse estudo clínico retrospectivo analisou o prontuário

de 290 pacientes com carcinoma epidermóide de base de língua do Departamento

de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis de

São Paulo, no período de 1977 a 2000. Dessa forma, estabelece-se que o sexo

masculino é mais afetado por essa neoplasia, sendo o excesso de consumo de

álcool e tabaco o principal fator de predisposição. O sintoma mais relatado foi, dor na

deglutição (AMORIM et al., 2004).

O câncer de esôfago é uma neoplasia com uma incidência crescente, com

taxas de mortalidade próximas às taxas de incidência. O tipo histológico do câncer

de esôfago mais comum é o carcinoma de células escamosas. Esse estudo

longitudinal descritivo e retrospectivo, com 109 prontuários de pacientes atendidos

no Centro de Oncologia e Radioisotopos, Itapinga-MG, de maio de 2004 a fevereiro

de 2007. Dessa forma, afirma-se que o risco de desenvolver este tumor está

aumentado em pessoas que ingerem alimentos e bebidas quentes mate e que

possuem nutrição deficiente e as manifestações clínicas comuns durante a evolução

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dessa doença incluem: disfagia, odinofagia, hiporexia, náusea, vômitos,

emagrecimento (MONTEIRO et al., 2009).

O câncer de boca está entre os 10 tipos de neoplasias mais frequentes no

Brasil, sendo o carcinoma de células escamosas o tipo histológico mais comum.

Estudos demonstram que as classificações histopatológicas auxiliam na análise do

grau de malignidade do carcinoma de células escamosas bucal. O trabalho

retrospectivo estudou utilizando peças cirúrgicas de 44 pacientes diagnosticados no

Inca, em 1999 com carcinoma de células escamosas. Os autores puderam concluir

que houve um predomínio de pacientes do sexo masculino, entre a 6ª e a 7ª década

de vida e 60% dos pacientes eram tabagistas e etilistas simultaneamente

(LINDENBLATT et al., 2009).

O câncer de laringe constitui hoje um grave problema de saúde mundial,

sendo o tipo mais comum dos carcinomas de cabeça e pescoço. O estudo qualitativo

objetivou compreender crenças e valores estabelecidos na relação entre câncer de

laringe e tabagismo. Participaram três pacientes, três profissionais de saúde e três

familiares. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas. Foi

possível constatar que deve-se visar contribuir para mudanças comportamentais no

que diz respeito às orientações de saúde sobre os hábitos e/ou estilos de vida dos

usuários com câncer na região de cabeça e pescoço (HORTENSE et al., 2008).

O câncer de hipofaringe é uma neoplasia diferenciada que acomete etilistas

tabagistas. O trabalho desenvolveu-se no Departamento de Cabeça e

Pescoço/Otorrinolaringologia do Hospital Heliópolis e no Departamento de Cirurgia

de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina da USP de 1977 a 2007 onde

foram atendidos e tratados 167 pacientes portadores de carcinoma epidermóide de

hipofaringe. Observou-se no câncer de hipofaringe, o que mais acometeu e dificultou

o tratamento radioquimioterápico dos pacientes foram a otalgia reflexa, odinofagia,

disfagia e ronquidão de forma regional na cavidade bucal (RAPOPORT et al., 2011).

O câncer de esôfago é a oitava causa mais comum de câncer no mundo,

sendo o sexto entre homens e o oitavo entre as mulheres. A incidência global

aumentou em 50% nas duas últimas décadas, de 316 mil em 1990 para 481 mil em

2008. O câncer de esôfago acomete indivíduos com idade superior a 50 anos de

idade e exibe uma grande variação sobre os fatores de risco, porém, sendo o

tabagismo o principal fator etiológico associado ao desenvolvimento de câncer de

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esôfago. Chegou-se à conclusão de que o câncer de esôfago é uma neoplasia

agressiva associado diretamente com hábitos comportamentais e alimentares (fumo

e chimarrão) agressivos ao esôfago (LACERDA et al., 2013).

O carcinoma de cabeça e pescoço aparece como quinta neoplasia mais

comum no mundo, classificando tumores de cabeça e pescoço por localização:

cavidade bucal, nasofaringe, orofaringe, hipofaringe, laringe, cavidade nasal, seios

paranasais e glândulas salivares. O artigo objetiva compreender as representações

sociais do tratamento cirúrgico por 15 pacientes atendidos pelo Serviço de Cirurgia

de Cabeça e Pescoço de um Centro de Alta Complexidade em Oncologia localizado

na região sul do Brasil com diagnóstico de câncer de cavidade bucal. Os resultados

permitem aos autores concluírem que o estigma negativo associado ao câncer é

fortemente ligado à cultura dos pacientes (LEITÃO et al., 2013).

A ocorrência e a alta letalidade do câncer de boca e orofaringe na população

brasileira conferem grande importância ao problema que se configura como relevante

questão de saúde pública, não só para o monitoramento. A proposta deste estudo foi

analisar a morbimortalidade do câncer de boca, levando-se em conta o estágio da

doença (quando do seu diagnóstico). O estudo foi de corte transversal selecionando

prontuários de forma sistemática dos pacientes com câncer de boca atendidos no

Hospital Aristides Maltez. Dessa forma, pôde-se concluir que as terapias

antineoplásicas têm proporcionado maior tempo de sobrevida aos pacientes,

contudo, apesar da sua importância e necessidade, causam complicações bucais

passíveis de prevenção e tratamento. Para tanto, na equipe de protocolo e

tratamento cancerterápico deve haver a inserção do cirurgião dentista com preparo

específico para atender pacientes oncológicos (SILVA et al., 2013).

Apesar da baixa incidência, o câncer de hipofaringe tem alta mortalidade. O

estudo avaliou retrospectivamente então, o perfil epidemiológico e resposta a

radioquimioterapia em 114 pacientes com câncer de hipofaringe, tratados entre 2002

a 2009 em um hospital terciário. A maioria dos pacientes com câncer de hipofaringe

relata ter como efeito colateral a disfagia. Chegou-se à conclusão de que tendo em

conta a elevada taxa de mortalidade deste tumor e a frequência de doença avançada

há a necessidade de avaliação multidisciplinar dos pacientes (AMAR et al., 2013).

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26

3 OBJETIVOS

Verificar as possíveis alterações bucais de tecido mole que podem se

desenvolver na cavidade bucal dos pacientes submetidos a tratamentos

antineoplásico na região de cabeça e pescoço no Hospital São Vicente de Paulo,

Passo Fundo - Brasil.

Verificar as seguintes alterações bucais: xerostomia, afta, candidíase,

mucosite, disfagia, disgeusia e trismo.

Análise descritiva com cruzamentos de dados do tipo: local das alterações,

alterações concomitantemente, entre outras foram realizados.

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4 METODOLOGIA

Esse estudo de caráter quantitativo transversal não probabilístico por

conveniência, selecionou uma população de pessoas em tratamento antineoplásico,

na região de cabeça e pescoço, que foram atendidas no Hospital São Vicente de

Paulo, Passo Fundo, Rio Grande do Sul- Brasil. A amostra desse trabalho foi

selecionada pelo seguinte critério: cinquenta pacientes que iniciaram tratamento na

semana do dia 08 de maio de 2014 até o dia 29 de maio de 2014, de ambos os

sexos e que aceitaram participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento

Livre Esclarecido. Como critério de exclusão, foram excluídos da pesquisa os

pacientes que tinham qualquer tipo de debilidade mental.

Após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da IMED, número 639,498

(anexo na página 54), o presente estudo realizou-se da seguinte maneira: anamnese

e exame clínico intrabucal (anexo na página 49 e 50).

Constam nesse questionário perguntas sobre história médica do paciente e o

exame intraoral, onde foram avaliadas: mucosa jugal direita e esquerda, lábio

superior e inferior, assoalho bucal, palato e língua, onde serão avaliados mediante a

inspeção visual sem o auxilio de endoscópio, as alterações bucais citadas no

objetivo, com parâmetros clínicos para o diagnóstico, através de dados descritos por

Neville (2008). São elas: A mucosite como um vermelhidão e ulcerações com

coloração esbranquiçada e removíveis; a xerostomia como sensação de ardor bucal

relatada pelo paciente, dificuldade de deglutir alimentos, diminuição do fluxo salivar e

desconforto bucal. Já na candidíase, observou-se a presença de placas brancas

removíveis à raspagem da espátula de madeira. A dificuldade de deglutir (disfagia)

também foi relatada pelos pacientes, os quais também se queixaram de não sentir

mais o paladar (disgeusia) associado à perda de peso. Como os músculos

(masseter, temporal e pterigóides medial e lateral) são os mais afetados pela

radiação, muitos pacientes relataram dificuldade para abrir e fechar a boca.

O exame bucal foi realizado em uma sala, no próprio âmbito hospitalar, sem

dia da semana definido, com o paciente deitado ou sentado sob iluminação artificial,

com auxilio de espátula de madeira de 11 cm, levando em consideração estritas

medidas de biossegurança.

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5 ANÁLISE DE DADOS

Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).

Version 15.0. [Computer program]. Chicago: SPSS Inc.; 2006 para posterior análise

estatística descritiva e analítica dos dados. Analisou-se a quantidade de avaliações

feitas em cada paciente, as alterações encontradas, gênero e idade do paciente,

local em que o paciente tinha o câncer e local onde o paciente apresentava alteração

bucal.

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6 RESULTADOS

Os pacientes foram avaliados entre uma e quatro vezes (tabela 1). Nas

avaliações foram observadas lesões na língua, assoalho bucal, lábio inferior, lábio

superior, palato, mucosa jugal esquerda e direita. (figura 1)

Tabela 1 – Avaliações

Figura 1 – Local das Alterações x Quantidade de Pacientes

Nas avaliações, foram detectadas alterações isoladas, ou relacionadas com

outras. Na tabela a seguir (tabela 2), os pacientes apresentaram quatro alterações ao

mesmo tempo, sendo a candidíase e a disfagia as mais relatadas. (figura 2)

Lingua

Assoalho

Lábio Inferior

Lábio Superior

Palato

Jugal Esquerda

Jugal Direita

18

19

21

20

18

22

19

Avaliações

Frequência Pacientes

%

1 9 18%

2 22 44 %

3 12 24%

4 7 14%

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Tabela 2 – Uma Alteração

Uma lesão

Paciente Lesão Total

1 Mucosite Afta 1

2 Xerostomia Mucosite 1

3 Afta Xerostomia 1

4 Candidiase Trismo 1

5 Trismo Disgeusia 0

Disfagia 0

Candidiase 1

Total

Pacientes

5

Em pacientes onde foram encontradas três alterações concomitantemente, a

disfagia xerostomia e a mucosite prevaleceram. A tabela a seguir mostra esse

resultados (tabela 3). Dezenove pacientes, não tiveram três alterações juntas.

Tabela 3 – Duas Alterações Concomitantemente

Duas lesões

Paciente Lesão Total

1 Mucosite Xerostomia Afta 4

2 Disgeusia Afta Mucosite 5

3 Mucosite Xerostomia Xerostomia 8

4 Trismo Xerostomia Trismo 3

5 Mucosite Xerostomia Disgeusia 2

6 Afta Candidiase Disfagia 1

7 Afta Candidiase Candidiase 5

8 Trismo Candidiase

9 Candidiase Trismo

Total

10 Disgeusia Disfagia

Pacientes

11 Xerostomia Candidiase

14

12 Afta Xerostomia

13 Xerostomia Mucosite

14 Mucosite Xerostomia

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A xerostomia foi o achado que mais se destacou em pacientes com duas

alterações concomitantemente, seguido da afta. Somente em cinco pacientes não

foram observadas duas alterações (tabela 4).

Tabela 4 – Três Alterações Concomitantemente

Três lesões

Paciente Lesão Total

1 Afta Mucosite Xerostomia Afta 14

2 Trismo Xerostomia Mucosite Mucosite 11

3 Trismo Xerostomia Mucosite Xerostomia 13

4 Disgeusia Disfagia Trismo Trismo 11

5 Mucosite Afta Xerostomia Disgeusia 7

6 Xerostomia Mucosite Afta Disfagia 7

7 Afta Trismo Mucosite Candidiase 6

8 Trismo Disgeusia Disfagia

9 Afta Trismo Xerostomia

Total

10 Mucosite Xerostomia Afta

Pacientes

11 Xerostomia Candidiase Trismo

23

12 Afta Xerostomia Disfagia

13 Trismo Afta Xerostomia

14 Candidiase Disgeusia Disfagia

15 Trismo Xerostomia Afta

16 Afta Disgeusia Disfagia

17 Disgeusia Candidiase Xerostomia

18 Disgeusia Disfagia Afta

19 Trismo Afta Mucosite

20 Candidiase Afta Mucosite

21 Candidiase Disgeusia Disfagia

22 Candidiase Afta Mucosite

23 Mucosite Trismo Xerostomia

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Também, quando o exame clínico evidenciou somente a presença de uma

alteração no paciente acometido pelo câncer, a mucosite e o trismo foram as mais

frequentes (Tabela 5).

Tabela 5 –Quatro Alterações

Quatro lesões

Paciente Lesão Total

1 Mucosite Xerostomia Disgeusia Disfagia Afta 4

2 Mucosite Disgeusia Disfagia Trismo Mucosite 4

3 Disgeusia Disfagia Trismo Candidiase Xerostomia 3

4 Mucosite Trismo Xerostomia Afta Trismo 5

5 Disgeusia Disfagia Afta Mucosite Disgeusia 7

6 Afta Trismo Disgeusia Candidiase Disfagia 6

7 Candidiase Xerostomia Disfagia Disgeusia Candidiase 3

8 Trismo Afta Disgeusia Disfagia

Total

Pacientes

8

A figura a seguir (figura 2), mostra que a maioria dos pacientes avaliados duas

vez apresentou a xerostomia como efeito colateral mais encontrado. O somatório das

alterações não necessariamente corresponde ao número de pacientes avaliados,

pois cada paciente, independente do número de avaliações, pode apresentar até 4

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33

Xerostomia

Afta

Mucosite

Trismo

Disgeusia

Candida

Disfagia

25

23

21

20

16

15

14

50%

46%

42%

40%

32%

30%

28%

Figura 2 - Número de Avaliações x Tipo de Alteração

Sendo Assim, a alteração mais encontrada, em 50% dos pacientes foi a xerostomia. :

Independente do número de avaliações e do local avaliado, 50% dos pacientes

apresentaram a lesão xerostomia. (figura 3).

Figura 3 – Quantidade de Lesões

4

4

3

5

7

6

3

14

11

13

11

7

7

6

4

5

8

3

2

1

5

1

1

1

1

0

0

1

Afta

Mucosite

Xerostomia

Trismo

Disgeusia

Disfagia

Candidiase

Uma lesão Duas lesões Três lesões Quatro lesões

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34

Uma Alteração

10%

Duas Alterações

28%

Três Alterações

46%

Quatro alterações

16%

Através dos dados coletados, é possível observar que 23 pacientes

apresentaram 3 alterações concomitantemente, o que corresponde a 46% dos

pacientes. (figura 4)

Figura 4 – Lesões Concomitantemente

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35

Máxima

Média

Mínima

91

62

40

Figura 5 - Alterações x Gênero

Relacionando as alterações bucais e o gênero, a afta e a xerostomia foi a que

mais afetou os homens, já o que mais afetou as mulheres foi o trismo e a xerostomia.

Os pacientes também tiveram idade mínima, máxima e média calculada,

sendo o paciente mais novo com 40 anos de idade e o mais velho com 91 anos.

(figura 6)

Figura 6 – Idade dos Pacientes

xerostomia

afta

mucosite

trismo

disgeusia

candidiase

disfagia

19

19

16

14

12

11

11

6

4

5

6

4

4

3

Feminino Masculino

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36

12

1

7

0

2 2 1 1

2 1

9

2 3

0 1

0 1

0 0 0

5

0

Homens Mulheres

Esofago 28%

Laringe 28%

Orofaringe 14%

Outros 30%

O câncer mais encontrado nos 50 pacientes durante o tempo de pesquisa, foi

o carcinoma de Esôfago e Laringe (figura 7), diagnosticados em 14 pacientes. Os

outros tipos variam entre um e quatro achados, dos tipos assoalho boca, fossa,

hipofaringe, língua, nasofaringe, palato mole, parótida e úvula.

Figura 7 Tipos de câncer

Numa relação entre a doença e o gênero dos pacientes, observou-se no

estudo que dos 38 homens que estavam com câncer, a região mais afetada foi a

laringe, esôfago e orofaringe, e das doze mulheres com câncer na região de cabeça

e pescoço, tiveram a área do esôfago e da língua como mais afetadas.

Figura 8 Local do Câncer x Gênero

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37

7 DISCUSSÃO

Os efeitos colaterais do tratamento radioquimioterápico em pacientes com

câncer de cabeça e pescoço surgem de 7 a 15 dias após o início do tratamento. As

lesões nos tecidos bucais podem servir como veículo de entrada e propagação de

infecções bacterianas e virais. E como nesse estudo, verificou-se que todo paciente

avaliado apresentou algum tipo de lesão, uma atenção especial deve ser dada a

esses pacientes, antes mesmo de iniciarem o tratamento antineoplásico, afim de

melhorar a qualidade de vida (SPOLIDORIO et al. 2001; VOLPATO et al. 2007;

GHELARDI et al. 2008). Essa pesquisa mostra então, a importância da avaliação das

lesões bucais nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço, já que diversos

estudos relatam o câncer de cabeça e pescoço como a quinta neoplasia mais

comum no mundo, ressaltando assim, a significância dessa pesquisa realizada no

Hospital São Vicente de Paulo. As manifestações bucais advindas do tratamento

antineoplásico, seja com radioterapia ou quimioterapia são previsíveis. Para

minimizar as complicações bucais, a prioridade para esses pacientes é a higiene

bucal de modo a manter a saúde bucal e reduzir a irritação, produzindo um melhor

conforto ao paciente. (KROETZ, CZLUSNIAK, 2003; LEITÃO et al. 2013; SIQUEIRA

et al. 2013)

Concordando com vários estudos, a mucosite destaca-se como efeito colateral

de maior frequência. Nessa pesquisa, a mucosite foi a segunda alteração mais

encontrada. Essa doença pode tornar-se uma complicação que comprometerá a

qualidade de vida do paciente. O paciente apresenta sintomatologia dolorosa,

associada a outras complicações como: xerostomia, infecções oportunistas e

alterações no paladar. Na evolução da mucosite, podem-se observar quadros de

disfagia e como resultado disso, uma interferência na manutenção de uma nutrição

adequada conduzindo o paciente à perda de peso. A laserterapia tem sido utilizada

na prevenção e no tratamento da mucosite de radiação. Métodos para estimular o

fluxo salivar são utilizados, como o uso de balas e chicletes (RAGGHIANTI et al.

2002; VIEIRA, LOPES, 2006; ALBUQUERQUE et al. 2007; RIBEIRO et al. 2010;

PERES et al. 2013).

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38

O tratamento com radioterapia produz uma diminuição severa do fluxo salivar

(xerostomia) nas primeiras semanas de tratamento, o que acarreta em um aumento

dos microorganismos na cavidade bucal.

A diminuição do fluxo salivar é denominada hipossalivação, enquanto que a

xerostomia é a sensação subjetiva de boca seca. A xerostomia deixa o meio bucal

desprotegido e propenso a infecções secundárias, o paciente queixa-se de secura e

ardência bucal. Com a manifestação da xerostomia, a umidificação do bolo alimentar

fica comprometida fazendo com que a mastigação seja dolorida dificultando a

deglutição. Muitos autores, confirmando os dados obtidos nessa pesquisa,

verificaram que a xerostomia é a lesão mais incidente com prevalência pelo gênero

masculino. Para esses sinais e sintomas, é relatado como indicação nesse estudo,

para tratamento, o uso de saliva artificial e umectante labial à base de Lanolina.

(SPOLIDORIO, 2001; EMMI et al. 2009; PAIVA et al. 2010; HESPANHOL et al. 2010;

FREITAS et al. 2011; CENTURION et al. 2012.)

A candidíase, encontrada em somente 15 pacientes dessa pesquisa, também

merece uma atenção importante, pois, como relatado em outros estudos, a

candidiase pode favorecer a infecção por outros patógenos oportunistas. A

manifestação clínica é caracterizada pela presença de placas brancas removíveis a

raspagem. Pode ser vista como pseudomembranosa ou eritematosa, às vezes de

difícil diagnóstico, podendo até ser confundida com a mucosite. O tratamento deve

ser com antifúngico, a Nistadina é o mais usado segundo a literatura pesquisada. O

uso da Nistadina, associado a outros tratamentos como higiene bucal e laserterapia

reduzem a candidíase em 30 dias. (JHAM et al. 2006; FREITAS et al. 2010;

CENTURION et al. 2012).

Durante a radioterapia, ocorre perda de 20 a 30% das papilas gustativas,

sendo a xerostomia uma grande contribuição para a perda do paladar. Essa

disgeusia é bastante variável no seu restabelecimento, pois pode normalizar-se

gradualmente ou ser permanente. Os autores de muitos estudos relatam que ela

deve ser tratada com bochechos diários de água bicarbonatada e uso de sulfato de

zinco. A afta e o trismo são relatados nos estudos como efeitos tardios e crônicos do

tratamento antineoplásico, mas há pouco estudo sobre a relação deles com o

tratamento antineoplásico.

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A disgeusia, afta e o trismo foi encontrada nesse pesquisa em menos da

metade dos pacientes, e como é relatada em poucos estudos, empobrece a

discussão das mesmas (RAGGHIANTI et al. 2002; PAIVA et al. 2006; CARNEIRO et

al. 2008).

O carcinoma de laringe foi um dos dois mais relatados nesse estudo, com

prevalência em homens, esses dados corroboram com demais estudos, que relatam

que o câncer de laringe acomete 90% de homens da sexta e sétima década, sendo

então, o tipo de câncer mais comum que atinge a região de cabeça e pescoço. Já o

câncer de esôfago, segundo mais relatado nessa pesquisa, é representado em

vários estudos, como a oitava neoplasia mais incidente no Brasil e geralmente tem o

diagnóstico feito com o aparecimento de disfagia. O câncer de orofaringe, terceiro

mais relatado nessa pesquisa, concorda com o que é relato em outras pesquisas

dizendo, que o câncer de orofaringe ocorre com grande frequência, também no sexo

masculino acima de 40 anos e novamente, ressaltando que, a terapia antineoplásica

proporciona maior tempo de sobrevida, contudo, causam complicações bucais que

são passíveis de tratamento e prevenção. Em geral e corroborando com essa

pesquisa, os carcinomas de cabeça e pescoço acometem geralmente a quinta e

sexta década de vida. Nessa pesquisa tivemos a idade média calculada .Obteve-se

como resultado, sessenta e dois anos (AMORIM et al. 2004; SILVA et al. 2006;

HORTENSE et al. 2008; CAMPANA et al. 2013; COUTINHO, 2014.).

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40

8 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que todos os pacientes apresentaram algum tipo de

alteração na mucosa bucal, no momento da avaliação, sendo que, o controle dessas

alterações bucais nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço ocasiona uma

melhor qualidade de vida para o paciente.

Das alterações bucais encontradas, concluiu-se que a xerostomia, afta e

mucosite são os efeitos colaterais mais frequentes, e 23 desses pacientes (46%)

apresentou três alterações concomitantemente e 22 pacientes foram avaliados 2

vezes.

REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A

Termo de Consentimento Livre Esclarecido

ALTERAÇÕES BUCAIS DE TECIDO MOLE EM PACIENTES SOB

TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO

DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO DE PASSO FUNDO.

Prezado(a) Sr. (Sra.),

Estamos desenvolvendo um estudo que tem como objetivo avaliar as

alterações na cavidade bucal dos pacientes do Hospital São Vicente de Paulo, Passo

Fundo - Brasil, procurando verificar a frequência das mesmas, e dessa forma,

contribuir para melhorar o estado de saúde geral dessa população. Os pacientes

acometidos de doenças oncológicas podem apresentar complicações em diversas

regiões do organismo. Entre as regiões, a boca pode apresentar lesões que decorrem

do próprio curso da doença ou do efeito colateral da terapia antineoplásica. Essas

alterações tornaram-se foco de muitos pesquisadores devido à dor e ao desconforto

que provocam ao paciente, dificultando a alimentação além de agravar o estado geral

de saúde, em decorrência da infecção secundária destas lesões.

Durante a pesquisa o paciente será submetido a uma avaliação intra oral.

Esclareço que a metodologia aplicada NÃO causará nenhum desconforto ou dano ao

paciente, pois NÃO serão realizados procedimentos invasivos, nem se colocará em

risco o estado geral dos mesmos. Esta pesquisa não representará investimento

financeiro para os pais ou responsáveis dos pacientes. Toda informação

proporcionada e coletada será de caráter CONFIDENCIAL, utilizado apenas para fins

da pesquisa, sempre guardando reserva a identidade do paciente, pais e

responsáveis. É importante que você saiba que a sua participação neste estudo é

voluntária, tendo total liberdade de retira-los da pesquisa em qualquer ocasião caso

não concorde com as disposições deste documento ou por motivo que venha surgir.

Esse documento terá duas vias, uma para o pesquisador e outra para pais ou

responsáveis dos pacientes. Eu, Priscila Terribile Dallagnol e meu orientador

estaremos sempre à disposição para qualquer esclarecimento acerca dos assuntos

relacionados ao estudo, no momento em que desejar, através do telefone (54) 9110-

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4182 ou (54) 9920-7457 e do endereço Rua Senador Pinheiro, 304 - Passo Fundo –

RS. Pedimos a sua assinatura neste consentimento, para confirmar a sua

compreensão em relação a este convite, e sua disposição a contribuir na realização

deste trabalho, em concordância com a Resolução CNS n° 196/96, que regulamenta a

realização de pesquisas envolvendo seres humanos.

Desde já agradecemos a sua atenção.

Eu______________________________________________cidadão________________com identidade nº_________________________, na condição de________________ declaro que fui informado(a) do caráter e objetivos desta pesquisa e autorizo a inclusão de__________________________________________ na mesma.

_______________________________________ Assinatura do Responsável

_______________________________________ Assinatura do Pesquisador

Data:

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APÊNDICE B

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE LOCAL

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APENDICE C

TERMO DE CONFIABILIDADE DOS DADOS

Eu, Carlos Alberto Rech, declaro que todos os pesquisadores envolvidos no

projeto intitulado ALTERAÇÕES BUCAIS DE TECIDO MOLE EM

PACIENTES SOB TRATAMENTO ONCOLÓGICO NA REGIÃO DE

CABEÇA E PESCOÇO DO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO DE

PASSO FUNDO realizaram a leitura e estão cientes do conteúdo da Resolução

CNS nº 196/96 e suas complementares. Comprometo-me a: somente iniciar o estudo

após a aprovação pelo CEP-IMED e, se for o caso, pela Comissão Nacional de Ética

em Pesquisa (CONEP); zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações que

serão obtidas e utilizadas para o desenvolvimento do estudo; utilizar os materiais e

as informações obtidas no desenvolvimento deste estudo apenas para atingir o

objetivo proposto no mesmo e não utilizá-los para outros estudos, sem o devido

consentimento dos participantes. Declaro, ainda, que não há conflitos de interesses

entre a pesquisadora e participantes da pesquisa.

_________________________________

Assinatura Carlos A. Rech

Passo Fundo, ____ de ___________ de _____.

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APENDICE D

Ficha Clínica

Data:___________ Nº de registro:________ Idade:__________

Paciente:____________________________________________________________

Endereço:____________________________________________________________

Telefone: ( )_____________________

Assinatura do paciente ou responsável: ____________________________________

História médica:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

__________

Tratamento: ( ) Cirúrgico ( )Quimioterapia ( )Radioterapia ( )Associado

Início do Tratamento:___________________Fim do Tratamento: ________________

Exame Intra oral

Alterações no Lábio Superior:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alterações no Lábio Inferior:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alteração na Mucosa Jugal direita:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

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Alteração na Mucosa Jugal esquerda:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alteração no Assoalho Bucal:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alteração no palato:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

Alteração na língua:

____________________________________________________________________

____________________________________________________________________

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APENDICE E

A radioterapia é um procedimento médico que impede a metástase da neoplasia,

enquanto auxilia na destruição de células malignas no interior e em torno dos

tumores. De acordo com a tecnologia mais recente, o colimador Multi Leaf é usado

no HSVP. O colimador é um acelerador linear, que é composto das seguintes partes:

o canhão de elétrons que é responsável pela geração de elétrons que serão

acelerados; o tubo acelerador que acelera os elétrons até a velocidade desejada; a

chave de energia; o target que é o alvo para a colisão de elétrons e geração de

fótons; o Bend magnet que direciona os elétrons em uma curva de 270° em direção

ao target; o carrosel que posiciona os filtros de elétrons na direção do feixe; a

câmara de ionização que mede os parâmetros do feixe que sai do acelerador e os

colimadores em si, que colimam o feixe para que atinja somente a área desejada. As

radiações emitidas pelo acelerador linear são os raios x de alta energia, ambos

provenientes do processo de conversão de energia elétrica em energia radiante. O

número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a

localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente.

Para programar o tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador. Através

de radiografias, o médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma

tinta vermelha, para que a radiação atinja somente a região marcada. Através da

delimitação da área que o paciente vai receber a radiação, o medico decide os

campos em que o paciente precisará de tratamento e a quantidade de radiação. Os

campos que pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço tratam são:

frontal, lateral direita e lateral esquerda. A quantidade total de radiação é 4500 cGy

para as laterais e 5040 cGy para a frontal. A intensidade dos efeitos da radioterapia

depende da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área

radiada, do tipo de radiação e do aparelho utilizado. Geralmente aparecem na 3ª

semana de aplicação e desaparecem poucas semanas depois de terminado o

tratamento, podendo durar mais tempo. Na quimioterapia os pacientes que estão

internados e fazendo radioquimioterapia usam a medicação Fluorouracil durante a

quimioterapia. O Fluorouracil é um antimetabólito que interfere na duplicação e

transcrição do DNA, sendo um dos fármacos mais usados na quimioterapia do

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câncer. Os demais pacientes usam a Cisplatina diluída em soro, por 1 a 2 horas. A

Cisplatina afeta as células em todas as fases do ciclo celular de modo inespecífico.

A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia.

As lesões encontradas nos pacientes, nesse trabalho foram: mucosite, xerostomia,

candidíase, disfagia e disgeusia, trismo e afta. O câncer de cabeça e pescoço

compreende tumores localizados na cavidade bucal, nasofaringe, orofaringe,

hipofaringe, laringe cavidade nasal, seios paranasais e glândulas salivares.

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APENDICE F

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PENDICE G

APROVAÇÃO CEP – IMED

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