FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA · PDF fileEscola SENAI “Theobaldo de Nigris” FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRÁFICA Curso Superior de Tecnologia em Produção Gráfica

  • Upload
    lydien

  • View
    232

  • Download
    7

Embed Size (px)

Citation preview

  • Escola SENAI Theobaldo de Nigris

    FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRFICA

    Curso Superior de Tecnologia em Produo Grfica

    Gustavo de Souza Gotto

    Ivna Maria Tavoloni

    PLANO DE NEGCIOS NAS

    ARTES GRFICAS

    So Paulo

    Dezembro/2009

  • Escola SENAI Theobaldo de Nigris

    FACULDADE SENAI DE TECNOLOGIA GRFICA

    Curso Superior de Tecnologia em Produo Grfica

    Gustavo de Souza Gotto

    Ivna Maria Tavoloni

    PLANO DE NEGCIOS NAS

    ARTES GRFICAS

    So Paulo

    Dezembro/2009

    Projeto de consultoria apresentado disciplina de Projeto

    Industrial Grfico do 8 semestre do curso superior como

    parte integrante da avaliao do desenvolvimento do perfil

    profissional do tecnlogo em Produo Grfica.

    Orientador(es): Prof. Andrea Giovanni Spelta

    Prof. Flavio Botana

  • Agradecimentos

    Agradecemos primeiramente aos incentivadores para a realizao do curso no Senai que

    nos levou ao primeiro passo para concepo da idia deste projeto. E agradecemos tambm a

    pacincia e apoio de nosso familiares a amigos e a consultoria de todos os instrutores e respon-

    sveis das seguintes instiruies:

    SENAI

    - Flvio Botana

    - Jos Augusto Pires Jr

    - Manoel Bononato

    - Solsona

    - Jairo

    - Marcelo Junqueira

    - Simone Ferraresi

    - Andrea Giovanni Spelta

    - Manoel Manteigas de Oliveira

    SEBRAE

    - Celio Augusto Vitelli

    OFICINA DO EMPREENDEDOR

    - Fernando Dolabela

    ID CONSULTING

    - Cristina Simes

    VECTRA

    - Leandro B. Argemiro

    ANTIX RELEVO

    - Sr. Araguaya

    PLENA SERIGRFICA

  • Resumo

    Este projeto demonstra, na prtica, como utilizar a ferramenta plano de negcios afim

    de abrir uma empresa start-up do ramo grfico. O plano de Negcios um documento para a

    avaliao da viabilidade da implantao de uma empresa e contm um estudo detalhado e o

    planejamento administrativo, produtivo, operacional, de marketing e financeiro.

    A primeira etapa a busca de oportunidades que vo de encontro as competncias dos

    empreendedores. E a oportunidade percebida foi a carncia da classe Premium da sociedade

    na cidade de So Paulo por empresas especializadas em produo grfica para o mercado de

    eventos.

    Para suprir esta necessidade foi proposto a criao da empresa TagBrasilis que oferecer

    produtos diferenciados em design, forma de apresentao ao publico, conceito e criatividade.

    Qualidade e exclusividade sero caracteristica instrinsecas aos produtos TagBrasilis.

    Aps analise de oportunidae, estudo de mercado, planejamento de marketing, operacio-

    nal e financeiro, obteve-se os seguintes resultados:

    INVESTIMENTO INICIAL = R$ 40.050,00

    FATURAMENTO 1 ANO = R$ 650.000,00

    LUCRO LIQUIDO 1 ANO = R$ 319.740,00

    PAYBACK = 1,62 MESES

    TAXA DE ATRATIVIDADE = 48,59%

    Concluindo-se que vivel a abertura da empresa em questo.

  • Sumrio

    1. Introduo 06

    1.1. O Cenrio 06

    1.2. O Problema 07

    1.3. Anlise do Problema 09

    1.4. Empreendedorismo 10

    1.5. Caractersticas do Empreendedor 13

    1.6. Brainstorm - Anlise de Oportunidades 18

    2. Anlise das Competncias dos Empreendedores 22

    3. O Plano de Negcios 23

    3.1. Plano de Marketing 24

    3.2. Plano Operacional 52

    3.3. Plano Financeiro 67

    3.4. Sumrio Executivo 79

    4. Concluso - Validao da Idia 81

    5. Bibliografia 82

    6. Anexos 84

  • 6

    1. Introduo

    Este relatrio ir abordar a criao de uma empresa grfica atravs da ferramenta do

    plano de negcios, a fim de mostrar com um exemplo real que o planejamento prvio de um

    negcio pode evitar a sua mortalidade precoce, com o objetivo de incentivar o esprito em-

    preendedor e levar o conhecimento do empreendedorismo como soluo inovadora para as

    empresas em geral.

    Antes de entrar no plano de negcios em si, necessrio conhecer o ambiente que se

    ir atuar, alm de ter o conhecimento do tema empreendedorismo e quais caractersticas so

    necessrias para ser um empreendedor de sucesso.

    A seguir est relacionada uma pesquisa preliminar, mostrando dados reais para melhor

    ilustrar o tema empreendedorismo.

    1.1. O cenrio

    O cenrio a ser estudado no se passa dentro das paredes de uma grfica, com fun-

    cionrios, equipamentos e uma organizao produtiva. Este projeto ir abordar horizontes mais

    amplos e apresentar uma consultoria que poder ser aproveitada pela indstria grfica em geral.

    A empresa estudada nada mais que o prprio mercado grfico brasileiro.

    A indstria grfica no Brasil foi iniciada a pouco mais de 200 anos, exatamente em 1808

    quando foi instalada oficialmente a primeira grfica no pas localizada no Rio de Janeiro. A

    partir dessa data o setor grfico teve um crescimento significativo com o surgimento de escolas

    tcnicas, instituies e inmeras empresas grficas de grande, mdio e pequeno porte que repre-

    sentam 1% do PIB brasileiro e 5,8 % do PIB industrial.

    Estudos realizados pelo SEBRAE (Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Em-

    presas) em parceria com a ABIGRAF (Associao Brasileira da Indstria Grfica), mostram

    que o Setor Grfico Brasileiro, composto por 20,3 mil empresas registradas, ultrapassou R$ 23

    bilhes e cresceu 9,3% em suas receitas brutas nos perodos entre 2006 e 2008. Sendo que 21%

    desta receita foram gerados pelas micro e pequenas empresas, empregando 135 mil pessoas

    direta ou indiretamente. A empregabilidade dessa indstria tambm avanou com uma taxa de

  • 7

    crescimento de 7,4%, principalmente nas regies Norte e Nordeste. Houve tambm crescente

    consumo de papel, chegando a 6,5 milhes de toneladas em 2008.

    A pesquisa aponta ainda que 98,2% deste setor representado por grficas comerciais,

    0,7% so grficas religiosas, 0,6% so sindicais e 0,5% so do setor pblico oficial.

    O setor est aberto a entrada de novos competidores, pois as barreiras econmicas e

    tecnolgicas so consideradas baixas e o pas apresenta um elevado nmero de empresas de

    pequeno porte registradas. Este cenrio aumenta a concorrncia de mercado e levam os peque-

    nos produtores grficos a competir, em condies acirradas, com as mdias e grandes empresas,

    exceto nas reas de impresso rotativa e papelo ondulado.

    Muitas dessas empresas, por serem micro ou pequenas, so de origem familiar, caracte-

    rstica tradicional do setor grfico brasileiro. Somente 7% das empresas possuem certificaes

    ISO 9000 e 14000, demonstrando que o setor tem muito a melhorar em solues otimizadas,

    porm 83% dos empresrios da pesquisa mostram no ter interesse neste tipo de certificao.

    Os setores grficos esto divididos em impressos editoriais (31%), impressos promocio-

    nais e editoriais (30%), embalagens (28%) e outros (21%).

    O parque de mquinas atual possui 60% dos equipamentos com menos de dez anos de

    utilizao, com financiamentos em torno de 1,6 bilhes, sendo que somente 4% deste valor

    foram revertidos em qualificao de mo-de-obra, principalmente para treinamentos em novas

    tecnologias.

    1.2. O problema

    A fim de contextualizar a discusso sobre mortalidade das empresas, a seguinte des-

    crio abordar dados sobre a criao de empresas, os principais estudos sobre mortalidade e

    falncia de empresas no mundo e no Brasil, buscando analisar as principais definies para o

    estudo.

    Dentre os principais problemas que preocupam os empresrios grficos esto: a con-

    corrncia das grficas informais, dificuldades para pagamento dos impostos, ausncia de mo-

  • 8

    de-obra qualificada, reajustes dos preos dos insumos, inadimplncia dos clientes e o famoso

    pensamento por onde devo comear a solucionar meus problemas?

    Para muitos destes problemas, os prprios empresrios sugerem solues, tais como:

    para a questo de tributaes a sugesto foi a extino do papel imune e melhor fiscalizao;

    j para a questo de informalidade, a luta pela reduo da carga tributria; para qualificar o

    pessoal, uma maior oferta de cursos direcionados ao setor, divulgao de novos fornecedores,

    melhor financiamento para os equipamentos, facilitar o acesso ao crdito, etc.

    Mas, e em relao a ltima e principal questo? Por onde a grfica deve comear a so-

    lucionar os problemas internos? Em que deve basear-se?

    Pesquisas realizadas pelo SEBRAE-SP (Servio de Apoio s Micro e Pequenas Em-

    presas do Estado de So Paulo) mostram que 29% das empresas criadas no sobrevivem no

    primeiro ano de vida e 56% fecham at o quinto ano de existncia. Uma grande parte das em-

    presas grficas que so abertas no Brasil fecham antes de completarem sete anos de existncia,

    segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica).

    Segundo dados do GEM (Globlal Interprenership Monitor), principal grupo que realiza

    pesquisas referentes a empreendedorismo para o SEBRAE, o Brasil apresenta uma taxa de me-

    nos de 5% de atividade empreendedora, enquanto que os Estados Unidos mantm uma taxa

    em torno de 23%, Canad, Frana, Eslovnia e Dinamarca entre 27% e 28% e os lderes como

    Uruguai e Chile com aproximadamente 34%.

    A mortalidade precoce das empresas e a falta de empreendedorismo culminam em des-

    perdcios econmicos, aumento da taxa de desemprego, perda de oportunidades de desenvol-

    vimento e crescimento tecnolgicos, perda de conhecimentos adquiridos pelas empresas, dimi-

    nuio da capacidade industrial brasileira, diminuio da taxa de inovao do pas, etc