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FACULDADE SÃO PAULO - UNIESP CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
KELLY MARQUES SANTIAGO
PAULA MARIANA RODRIGUES SOARES
Animais sinantrópicos no ambiente escolar
São Paulo
2012
KELLY MARQUES SANTIAGO
PAULA MARIANA RODRIGUES SOARES
Animais sinantrópicos no ambiente escolar
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso
de graduação em Ciências Biológicas – Licenciatura da
Faculdade São Paulo - UNIESP, como requisito parcial
para obtenção do título de Licenciatura em Ciências
Biológicas.
ORIENTADOR: Prof. Ms. MAURÍCIO SALGADO
São Paulo
2012
AGRADECIMENTOS
Eu Kelly, primeiramente agradeço a Deus, pois sem Ele nada disso seria
possível.
Agradeço aos meus amigos, que tiveram a paciência de me suportar nesses
dias difíceis. A minha amiga Paula Mariana que esta neste trabalho junto comigo
que é a Florzinha do meu coração, pois em pouco tempo se tornou para mim uma
irmã.
Agradeço também a minha gatinha siamesa Thalita, que é muito importante
na minha vida e que sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis.
A minha tia Creusa, que sempre me motivou e me apoiou em tudo, a quem
tenho como uma mãe.
Ao nosso orientador Mauricio Salgado, que nos ajudou muito, esclareceu
nossas angústias e tristezas neste trabalho.
E finalmente por último, mas não menos importante, agradeço ao Rodrigo
Watanuki, que tive a felicidade de conhecer este ano e que se tornou uma pessoa
muito especial e importante na minha vida.
Eu Paula Mariana, agradeço a Deus primeiramente, que é o alicerce para
cada passo da minha vida.
Agradeço a minha mãe Marli, que me educou com o maior amor do mundo e
me ensinou a ser o que sou hoje. Aos meus irmãos Neto e Gabriel que entre altos e
baixos estão sempre ao meu lado.
Agradeço aos meus verdadeiros amigos, que me suportam, que me acolhem
e que puxam a orelha sempre que preciso e em especial a Kelly, que muito mais que
amiga eu a considero como a irmã que eu não tive.
A Melissa, que não importa o quanto eu me faça ausente, me retribui com
um amor incondicional sem querer nada em troca.
Agradeço ao meu namorado Felipe, que se mostrou um grande homem,
estando comigo nos momentos bons e ruins, me conquistando a cada dia – Te Amo.
Não posso esquecer de agradecer a minha professora de Biologia do ensino
médio Carla Andrea Moreira que me fez apaixonar por essa disciplina maravilhosa.
E por ultimo, agradeço aos docentes da UNIESP, que me ajudaram com
essa formação e conquista e ao Professor Mauricio nosso orientador.
‘’Bichos!
Saiam dos lixos
Baratas!
Me deixem ver suas patas
Ratos!
Entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado...
Pulgas!
Que habitam minhas rugas
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...
Bichos Escrotos
Saiam dos esgotos
Bichos Escrotos
Venham enfeitar
Meu lar!
Meu jantar!
Meu nobre paladar!..’’
(Bichos Escrotos - Nando Reis, Arnaldo Antunes, Sérgio Britto)
RESUMO
Neste trabalho abordamos o tema sobre animais sinantrópicos também
conhecidos como pragas urbanas, dentre os principais podemos citar: aranhas,
baratas, carrapatos, escorpiões, formigas, lacraias, moscas, mosquitos, pulgas,
ratos e pombos. Porém neste trabalho demos ênfase maior aos pombos e ratos,
visto que são os animais de maior convívio com o homem em ambiente urbano.
Nosso objetivo é levantar dados sobre o conhecimento possuído pelos
alunos do 6º Ano do Ensino Fundamental II referente aos animais sinantrópicos,
bem como os problemas que eles acarretam para a população, visto que a
proliferação desses animais vem do descarte inadequado do lixo juntamente com
a disponibilidade de alimento e abrigo.
Descrevemos a importância do papel da escola no ensino de Educação
Ambiental, tais como as preocupações diárias com a saúde de seus alunos
referente aos locais próximos considerados possíveis focos para o aparecimento
destes animais em ambiente escolar.
Palavra chave: educação, animais sinantrópicos.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
1.1 Educação ambiental na escola ..................................................................... 1
1.2 Os animais sinantrópicos e a escola ............................................................ 2
1.3 Principais animais sinantrópicos e seus riscos ............................................. 2
1.4 Animais sinantrópicos no ambiente escolar .................................................. 5
1.4.1 Pombos ...................................................................................................... 6
1.4.2 Ratos ......................................................................................................... 9
2.OBJETIVO ...................................................................................................................... 14
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 15
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 16
4.1 A Escola Estadual Professor Edir do Couto Rosa ...................................... 16
4.2 Pesquisa qualitativa e a natureza deste trabalho ....................................... 17
4.3 O questionário de coleta de dados ............................................................. 18
5. RESULTADOS E DISCOSSÕES .............................................................................. 20
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................... 25
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 27
SUMÁRIO DE FIGURAS Figura 1: Mapa da posição da escola e da UBS .................................................. 16
Figura 2: Fundo do Posto de Saúde visto da sala de aula ................................... 17
1
1. INTRODUÇÃO
1.1 Educação ambiental na escola
Atualmente as escolas públicas procuram abordar temas que englobam a
educação ambiental em forma de projetos para que possam prender assim mais a
atenção dos alunos. Alguns temas como ecologia, preservação da natureza,
reciclagem, desenvolvimento sustetável, consumo racional da água, poluição
ambiental, efeito estufa, aquecimento global, ecossistemas podem tem abordados
em sala de aula.
Segundo a UNESCO (2005, p. 44), “Educação ambiental é uma disciplina
bem estabelecida que enfatiza a relação dos homens com o ambiente natural, as
formas de conservá-lo, preservá-lo e de administrar seus recursos
adequadamente”.
O papel das escolas no processo de aprendizado em educação ambiental
é conscientizar os jovens em relação ao mundo e ao meio ambiente onde vivem,
para que assim possam se tornar adultos e ter melhor qualidade de vida sem que
precisem desrespeitar o meio ambiente.
De acordo com Sato (2004) o aprendizado ambiental é um componente
vital, pois oferece motivos que levam os alunos se reconhecerem como parte
integrante do meio em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos
problemas ambientais e ajudar a manter os recursos para as futuras gerações.
A educação ambiental deve ser um exerciciode cidadania, o grande desafio
do educador ambiental é tentar criar uma nova mentalidade nas pessoas de como
usar os recursos oferecidos pela natureza, tendo assim um novo modelo de
comportamento do homem perante a natureza e o meio ambiente.
Segundo aa lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, a educação ambiental é
um componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar
presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-
formal, destacando o artigo 3º que “todos têm direito à educação ambiental” e o
2
inciso II do mesmo artigo incumbe “às instituições educativas,
promover a educação ambiental de maneira integrada aos programas
educacionais que desenvolvem”. (BRASIL, 1999).
1.2 Os animais sinantrópicos e a escola
Por mais que a escola cuide e zele pela limpeza do seu espaço interno, o
ambiente ao seu redor não tem tido o mesmo cuidado. Com isso o espaço urbano
torna-se propicio para a proliferação de animais sinantrópicos, que além de todos
os danos que causam a população, a instalação desses animais em ambiente
escolar torna-se uma preocupação ainda maior.
Animais sinantrópicos são aqueles que se adaptaram a viver junto com o
homem sem o consentimento do mesmo. Devido a estarem associados às
cidades, invadindo e colonizando locais habitados, transmitindo doenças e
cansando danos à saúde de outros animais e dos seres humanos, podem ser
considerados como pragas urbanas.
Fatores como alta adaptabilidade, capacidade reprodutiva, e a
disponibilidade de abrigos e alimentos encontrados em áreas urbanas, gerado
pelo desequilíbrio ambiental (lixões, falta de saneamento básico, tratamento
inadequado da água, terrenos baldios, descarte inapropriado do lixo), contribuem
para a proliferação destes animais no meio urbano.
1.3 Principais animais sinantrópicos e seus riscos
Dentre as principais pragas urbanas, podemos destacar:
Aranhas: As aranhas são animais predadores que se alimentam de
insetos. Existem aproximadamente 300.000 espécies conhecidas, mas somente
as peçonhentas é que causam danos á saúde, dentre estas podemos citar a
Loxosceles spp (aranha marrom) e a Phoneutria spp (aranha armadeira).
3
As aranhas marrons, não são agressivas, vivem sob cascas de árvores,
folhas secas, abrigam-se em pilhas de tijolos, telhas, entulho. No ambiente
domiciliar elas se adaptam facilmente atrás de móveis, quadros, rodapés, canto
de paredes, locais que não são limpos com muita frequência. Já as aranhas
armadeiras vivem em locais próximos a bananeiras, são agressivas e se armam
com as patas dianteiras para cima quando ameaçadas. Os acidentes com essas
aranhas ocorrem no ato de calçar sapatos, quando escondidas numa vestimenta
(no caso da aranha marrom), ou outros locais domiciliares onde estes aracnídeos
possam se esconder. O veneno da aranha armadeira é neurotóxico e
cardiotóxico, causando problemas no sistema nervoso e muscular, os sintomas
mais comuns são taquicardia, hipertensão, vômitos e em crianças e idosos pode
levar a morte. O veneno da aranha marrom dependendo da quantidade inoculada
pode causar necrose nos tecidos, falência renal e em alguns casos levar á morte.
Baratas: No ambiente urbano, as espécies mais comuns de baratas são: a
barata de esgoto (Peiplaneta americana) e a francesinha ou alemãzinha (Blatella
germânica). Elas preferem alimentos ricos em amido, açúcar, ou gordurosos, mas
podem se alimentar também de papéis (celulose), excrementos, sangue, insetos
mortos, resíduos de lixo ou esgoto. A barata de esgoto habita esgoto, bueiros,
caixas de gordura e voam muito bem. A barata francesinha é aquela que habita
cozinhas e despensas, como armários, gavetas, interruptores de luz, aparelhos
eletrodomésticos, rodapés, sob pias, garagens ou sótãos, tudo sempre próximo
aos alimentos. As baratas são responsáveis pela transmissão de várias doenças,
principalmente do sistema gástrico, pois carregam várias bactérias por onde
passam, através do seu corpo, patas e fezes.
Carrapatos: São aracnídeos ectoparasitas de mamíferos, aves, répteis,
anfíbios, ocorrendo em animais silvestres, domésticos e nos seres humanos.
Alimentam-se do sangue do hospedeiro, habitam solos, buracos, ninhos e
vegetação. Transmitem diversos agentes patogênicos ao homem e aos animais,
no homem as doenças transmitidas são: febre maculosa brasileira e borreliose de
Lyme.
Escorpiões: Dentre as espécies mais comuns em nossa cidade destacam-
se o Tityus bahiensis (escorpião marrom e preto) e o Tityus serrulatus (escorpião
4
amarelo). São aracnídeos terrestres, habitam locais sombreados e úmidos como
troncos de árvores, pedras, tijolos, construções; em ambiente domiciliar podem
ser encontrados dentro de sapatos e gavetas.
Algumas espécies são peçonhentas, inoculando veneno pelo ferrão, mas a
gravidade do envenenamento depende do local da picada e da sensibilidade da
pessoa, o que pode somente ser avaliado pelo médico, que tomará as devidas
medidas para o tratamento.
Formigas: São insetos que vivem em colônias e trabalham em grupo,
algumas espécies constroem seus ninhos em solos e plantas, outras em azulejos,
batentes de portas, pisos, vãos e frestas. Alimentam-se de sucos vegetais, seiva
das plantas, néctar de flores, substâncias açucaradas, e algumas são carnívoras.
Algumas espécies são inoculadoras de veneno, podendo provocar reações
alérgicas, onde a gravidade depende da sensibilidade do indivíduo, número e
local da picada.
Lacraias: As lacraias são animais terrestres e carnívoros. Habitam debaixo
de pedras, cascas de árvores, folhas no solo e troncos em decomposição.
Também podem habitar hortas, entulhos, vasos, xaxins, sob tijolos, qualquer parte
domiciliar que não receba luz solar e seja úmido.
As lacraias são animais peçonhentos que inoculam veneno, mas a
gravidade depende da hipersensibilidade do indivíduo e do número de picadas.
Moscas: As moscas são insetos. Existem várias espécies, mas a mais
comum em áreas urbanas é a mosca doméstica (Musca domestica). Alimenta-se
de fezes, escarros, pus, produtos animais e vegetais em decomposição, açúcar.
Transmitem doenças como distúrbios gastrointestinais devido a conter em
suas patas agentes patogênicos, que são disseminados nos alimentos após
pousarem em superfícies contaminadas com estes germes e depois pousarem
nos alimentos.
Mosquitos: Dentre os mosquitos podemos destacar duas espécies vetores
de doenças: o Aedes e o Culex. Somente as fêmeas sugam o sangue para
5
amadurecer seus ovos. Os mosquitos desses dois gêneros se adaptaram muito
bem ao ambiente urbano. O Culex vive em córregos poluídos, lagos, valetas de
esgoto. O Aedes vive em tanque, caixas d água, latas, pneus, pratos de vasos de
plantas e todo material que acumule água. Ambos dependem deste meio para
completar seu ciclo evolutivo. O mosquito Culex incomoda, irrita e interfere na
vida das pessoas, não permitindo que estas possuam boas noites de sono. O
Aedes transmite o vírus da Dengue e a Febre Amarela.
Pulgas: As pulgas são insetos, não possuem asas, são ectoparasitas de
animais silvestres, domésticos e do homem, alimentando-se do sangue destes.
As principais espécies são:
Pulexirritans: é a que mais ataca o homem, mas pode atacar também outros
animais.
Xenopsyllacheopis: é a pulga dos ratos domésticos.
Ctenocephalidessp: é a pulga que prefere cães e gatos.
Tunga penetrans: é a pulga que tem como hospedeiro o porco, o homem, o
cachorro e o gato.
As pulgas causam irritações cutâneas e lesões, onde se instalam fungos e
bactérias, as pulgas dos roedores causam a peste bubônica e o tifo marinho,
transmitidos através da picada destas.
1.4 Animais sinantrópicos no ambiente escolar
Iremos agora descrever neste trabalho detalhadamente sobre os pombos e
os ratos, outras pragas urbanas muito presentes nas casas e nas imediações
escolares.
6
1.4.1 Pombos
O pombo doméstico e o pombo correio são uma variedade do pombo das
rochas do mediterrâneo, Columbalívia. São encontrados no mundo todo ,exceto
nas regiões polares.
Já eram criados há 5000 anos pelos asiáticos. Chegaram ao Brasil trazido
por imigrantes europeus no século XVI como ave doméstica, adaptando-se muito
bem aos grandes centros urbanos, devido a facilidade de encontrar alimento e
abrigo.
Vivem de 15 a 30 anos na natureza, e somente 3 a 5 anos nas cidades,
devido a doenças provocadas pela alimentação não natural e ao desequilíbrio de
sua população. Formam casais por toda a vida, tendo 5 a 6 ninhadas por ano,
cada uma com até 2 filhotes. Os ovos são incubados por 17 a19 dias e os filhotes
tornam –se adultos entre os 6 e 8 meses de idade.
Hábitos: Utilizam como abrigos locais altos, como torre de igreja, forro de
telhado, topo e beirais de edifícios, vão de instalação de ar condicionado, etc...
Escolhem estes locais estrategicamente, de modo que possam usá-los
como abrigo e ponto de observação de sua vizinhança e da fonte de alimento.
Alimentação: Podem comer restos de alimentos como arroz cru ou cozido,
pão, ração de animais e sobras alimentares no lixo e sementes recém lançadas
nas plantações. Quando na natureza comem também insetos, vermes, frutos e
sementes de árvores e plantas.
Nas grandes cidades existem muitas pessoas que, diariamente, no mesmo
horário e local, faça sol ou chuva, alimentam com sacos de milho, pão e até
mesmo com restos de refeições, centenas de pombos que vivem livremente nas
praças e ruas das cidades.
Recebendo esse alimento, as aves deixam de buscar na natureza
alimentos adequadas à sua dieta como grãos, frutos e insetos.
7
As aves, na natureza, têm uma função muito importante de controlar os
insetos e replantar as sementes das plantas que comem. Elas eliminam nas fezes
as sementes prontas para germinarem no solo, pois suas próprias fezes as
mantém úmidas e adubadas.
A oferta ou escassez de alimentos influencia a reprodução dos pombos.
Em locais onde há fartura de alimentos ocorrem aumento da reprodução e,
portanto, aumento da população. Se há escassez, a população de pombos se
mantém em equilíbrio. Devido a sua imagem estar ligada a símbolos como paz,
amor e religião, e ter sua proteção e livre reprodução garantida pelos próprios
moradores das cidades e pelas leis ambientais, sua população vem crescendo e
trazendo transtornos ao ambiente e à saúde pública.
Uma colônia de pombos não controlada pode duplicar de tamanho a cada
ano.
‘’De acordo com os artigos 29 a 32 da Lei Federal no. 9.605 de fevereiro de 1998 è proibido usarem
iscas envenenadas é crime de crueldade com os animais e muito perigoso para crianças, outros
animeis e para o meio ambiente. ’’
Problemas provocados por pombos:
DOENÇA AGENTE SINTOMAS TRANSMISSÃO Criptococose Fungo:
Cryptococusneofarmans.
Geralmente se
apresenta como
meningite
subaguda ou
crônica.
Ao aspirar poeira
gerada pelas
fezes secas de
pombos e
canários.
Histoplasmose Fungo: Histoplasma
apsulatum
Pode
apresentar
doença
pulmonar ou
não dar
sintomas.
Ao aspirar
esporos do fungo
encontrado em
acúmulo de fezes
secas de
pombos.
Ornitose Fungo:
Chlamydiapsittaci
Pode não
apresentar
Ao aspirar poeira
gerada pelas
8
sintomas ou
causar doença
pulmonar,
vômito ou
diarreia.
fezes ou
secreção de aves
doentes.
Salmonelose Bactéria: Salmonellasp. Toxinfecção
alimentar com
sintomas como
vômitos,
diarreia, febre,
e doenças
abdominais.
Ingestão de
carne e ovos
contaminados
com fezes
animais ou
humanos ou
alimentos mal
lavados.
Dermatites Ácaros:
Ornithonyssussp.
Erupções e
coceiras na
pele
semelhante ás
picadas de
insetos.
Parasitose
acidental pelo
ácaro (piolho de
pombo).
Alergias Ambiente contaminado
com acúmulo de fezes
de pombos.
Podem ocorrer
rinites e crises
de bronquite em
pessoas
sensíveis.
Ao aspirar o ar
de ambientes
com fezes e
ninhos de
pombos.
Desmistificando a transmissão da Toxoplasmose por pombos
O principal transmissor da Toxoplasmose não é o pombo e sim o gato.
O gato elimina o protozoário causador da toxoplasmose pelas suas fezes e
contamina o solo e consequentemente as plantas, aves e mamíferos que vivem
neste ambiente.
9
Todas as aves e mamíferos podem estar infectados com o cisto do
protozoário toxoplasma que se fixa na sua carne.
A transmissão da toxoplasmose ocorre ao comermos carne crua ou mal
passada de qualquer ave ou mamífero infectada com cistos de Toxoplasma SP, e
ao ingerirmos verduras contaminadas com as fezes dos gatos.
Portanto é muito pouco provável que alguém adquira a toxoplasmose do
pombo pois, atualmente não temos o hábito de comer pombos, apesar desta ave
ter sido introduzida no Brasil como ave doméstica para servir de alimento. Se isto
ocorrer, em criações domésticas, deve-se indicar o cozimento demorado, como
para qualquer tipo de carne.
1.4.2 Ratos
O rato é um roedor, os roedores têm como característica principal a
presença dos dentes incisivos com crescimento contínuo, daí a necessidade de
roer para gastar a dentição. Dessa forma, estragam muito mais alimentos do que
realmente necessitam. Foram introduzidos em todo o mundo á bordo das
caravelas das grandes navegações do século XIV, sendo seu local de origem a
Eurásia.
São animais de hábitos noturnos por ser mais seguro saírem de seus
abrigos à noite, à procura de alimento. Possuem várias habilidades físicas, como
nadar, subir em locais altos se houver base de apoio, saltar, equilibrar-se em fios
e mergulhar, entre outras.
Encontram principalmente no lixo doméstico o seu alimento. Escolhem
aqueles alimentos que estão em condições de serem ingeridos, pois, por meio do
seu olfato e paladar apurados separam os alimentos de sua preferência e ainda
não estragados. São considerados onívoros, isto é, alimentam-se de tudo o que
serve de alimento ao homem.
10
Nas áreas urbanas encontramos três espécies de ratos: Rattus norvegicus, Rattus rattus e Mus musculus.
Rattus norvegigus
Nas grandes cidades perdem parcialmente algumas características de
comportamento como a neofobia (desconfiança a objetos e alimentos estranhos),
pela próxima convivência com o homem e à dinâmica da cidade.
Na abundância de alimentos, como os provenientes do lixo orgânico
inadequadamente disposto ou tratado, a proliferação desses roedores tem se
acentuado. É, portanto, a espécie de roedor mais favorecida pelo ambiente
urbano degradado por ocupações clandestinas, adensamento de locais carentes
de infra-estrutura básica de habitação e saneamento, sendo responsável por
surtos de leptospirose, mordeduras e agravos causados por alimentos
contaminados por suas fezes e urina.
Rattus rattus
Conhecido como rato de telhado, rato de forro, rato de paiol ou rato preto,
caracteriza-se por possuir grandes orelhas e cauda longa. Como o próprio nome
já diz, costuma habitar locais altos como sótãos, forros e armazéns, descendo ao
solo em busca do alimento e raramente escava tocas. Está presente e em
dispersão na cidade de São Paulo.
Possui grandes habilidades, como caminhar sobre fios elétricos e subir em
galhos de árvores, além de escalar superfícies verticais, adaptando-se
perfeitamente à arquitetura urbana formada por grandes edifícios e casarões
assobradados muitas vezes transformados em cortiços, locais onde encontra
grande facilidade para se abrigar e obter alimentos, propiciando a expansão e
dispersão da espécie.
11
Mus musculus
Popularmente chamado de camundongo, é o de menor tamanho entre as
três espécies urbanas. De hábito preferencialmente intradomiciliar, costuma fazer
seus ninhos dentro de armários, fogões e despensas.
Tem comportamento curioso, sendo de presa fácil nas ratoeiras. É
facilmente transportado em caixas de alimentos e outros materiais, possibilitando
sua fácil dispersão na área urbana.
Por sua característica morfológica e hábitos domiciliares, o camundongo
não causa a mesma repulsa que os ratos maiores, sendo até tolerado, haja visto
a grande quantidade de personagens infantis inspirados nesta espécie, como:
Mickey Mouse, Jerry e outros famosos, apesar dos riscos que potencialmente
pode trazer à saúde humana.
Ciclo de vida:
A vida média da ratazana é de 2 anos, do rato de telhado 1 ano e meio e o
camundongo vive cerca de 1 ano. A partir do 3º mês de vida já podem procriar,
sendo que o tempo de gestação é, em média, de 19 a 22 dias e o número de
filhotes por cria é de 5 a 12, na dependência da oferta de alimento e abrigo. Nas
situações de disponibilidade de alimento, as ratazanas têm gestação de 22 dias,
podendo ter até 13 filhotes de uma vez só e engravidar novamente 21 horas
depois de parir. ( Luíz Eloy Pereira, do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Super
Interessante, Junho 2002, por Rafael Qenski).
Problemas causados por ratos
Os ratos urbanos têm papel importante na transmissão de várias doenças
como a leptospirose, a peste bubônica, o tifo murino e salmoneloses, entre outras.
São freqüentes ainda os acidentes causados pela mordedura desses animais. No
Brasil, até o momento, as Hantaviroses estão associadas aos roedores silvestres.
12
DOENÇA AGENTE SINTOMAS TRANSMISSÃO Peste Bubônica
ou Peste Negra
Bactéria:
Yersiniapestis.
Febre alta, calafrios,
dor de cabeça
intensa, dores
generalizadas, falta
de apetite, náuseas,
vômitos, confusão
mental, olhos
avermelhados, pulso
rápido e irregular,
pressão arterial
baixa e mal-estar
geral.
A transmissão se
dá pela picada da
pulga do rato
conhecida como
Xenopsyllacheopis,
infectada pela
bactéria.
Leptospirose Bactéria:
Leptospira
Febre alta, mal
estar, dor muscular
(panturrilha, cabeça
e tórax), olhos
vermelhos, tosse,
cansaço, calafrios,
náuseas, diarréia,
desidratação,
manchas vermelhas
no corpo, meningite.
O contágio se dá
pelo contato direto
com a urina dos
ratos ou pela
exposição à água
contaminada
pela Leptospira,
que penetra no
organismo através
das mucosas e da
pele íntegra ou com
pequenos
ferimentos, e
dissemina-se na
corrente sanguínea.
Salmonelose Bactéria:
SalmonellaSp.
Toxinfecção
alimentar com
sintomas como
vômitos, diarréia,
febre, e doenças
Ingestão de carne e
ovos contaminados
com fezes animais
ou humanos ou
alimentos mal
13
abdominais. lavados.
Tifo murino Bactérias:
Rickettsia typhi e
Rickettsia
mooseri.
Febre alta, dor de
cabeça muito forte,
calafrios, manchas
rosadas alastrando-
se por todo o corpo
e nos casos mais
graves as lesões
viram hemorrágicas
causando
pneumonia,
trombose, gangrena,
colapso circulatório,
miocardite e uremia.
São transmitidas
pelos humanos pela
picada das pulgas
do rato
(Xenopsyllacheopis)
infectada pela
bactéria.
14
2. OBJETIVO
Conhecimentos prévios que os alunos de 6º Ano (5ª série) possuem sobre
animais sinantrópicos (pragas urbanas) e os problemas que estes animais trazem
para a população.
15
3. JUSTIFICATIVA
O fato de estes animais estarem presentes no meio urbano e conhecer o
que os alunos sabem e não sabem se torna importante para pensar como a
escola pode atuar.
16
4. METODOLOGIA
4.1 A Escola Estadual Professor Edir do Couto Rosa
Figura 1: Mapa com a posição da escola e a UBS
Escola Estadual Professor Edir do Couto Rosa está localizada ao lado de
uma Unidade Básica de Saúde no Centro de Ferraz de Vasconcelos – SP. Conta
com o Ensino Fundamental II de 6º ao 9º ano (5ª à 8ª Série), Ensino Médio e EJA
(Ensino para Jovens e Adultos), com alunos de diversos padrões sociais, desde
aqueles me morram na periferia, ao lado de córregos e lixões, quanto outros que
residem próximo a escola na região central, no qual ambos das condições
convivem ou já conviveram com problemas causados por animai sinantrópicos.
Por ser uma escola localizada na região central, por diversas vezes foi
vítima da invasão de pragas urbanas, ratos e principalmente pombos são
bastante comuns nos arredores escolares, além de bastante presente por toda a
cidade.
O fato de a escola estar localizada ao lado de um posto de saúde, não
minimiza o índice para o aparecimento desses animais, muito pelo contrário, é um
17
considerável foco de abrigo para tais. Existe um terreno que dá de fundo com
salas de aula na escola, o qual faz parte do posto de saúde, onde deveria ser um
local de atenção e prevenção a casos de animais sinantrópicos é um berço para
eles.
Figura 2: Fundo do posto de saúde visto da sala de aula
Durante o dia é comum ver os pombos nas áreas internas da escola, onde
encontram abrigo e fazem seus ninhos nos telhados, e há uma grande oferta de
alimentos no pátio da escola onde acabam se beneficiando com o descaso e a
falta de informações muitas vezes não dadas aos alunos que inconscientemente
alimenta-os. Nos dias em que a temperatura esta mais elevada, é praticamente
impossível de ministrar aulas nas salas que dão de fundo com o terreno do posto
de saúde, os alunos são atacados por moscas, pernilongos e mosquitos. Quando
anoitece os ratos ´´fazem a festa´´ aproveitado mais uma vez os alimentos
deixados por alunos no pátio além de se alimentarem também dos ovos de
pombos.
4.2 Pesquisa qualitativa e a natureza deste trabalho
Baseados nas informações acima decidimos aplicar um questionário de
acordo com dados extraídos da pesquisa qualitativa, dela faz parte a obtenção de
dados descritivos mediante contato direto e interativo do pesquisador com a
situação objeto de estudo. Nas pesquisas qualitativas, é frequente que o
pesquisador procure entender os fenômenos, segundo a perspectiva dos
18
participantes da situação estudada e, a partir, dai situar sua interpretação dos
fenômenos estudados.
4.3 O questionário de coleta de dados
Com nove perguntas dissertativas, o questionário foi aplicado
aleatoriamente para 15 alunos do 6º Ano (5ª Série),com o objetivo de levantar
dados sobre o conhecimento que eles possuem referente aos animais
sinantrópicos, bem como os problemas que eles acarretam para a população.
O fato de ser o primeiro ano que estudam nessa escola, e estão
vivenciando neste momento casos com esses animais, fez com que
escolhêssemos esses alunos para aplicar o questionário. Outro fato é que a
matéria ensinada no terceiro bimestre (de agosto a outubro) tem como temas
principais saneamento básico e resíduos sólidos, contudo estão sendo
apresentados aos riscos que a destinação incorreta de dejetos tanto no
saneamento básico quanto na destinação do lixo podem acarretar a vida de cada
um.
Antes de aplicar o questionário, elaboramos um método com duas
finalidades; desenvolvemos cartões com os nomes dos principais animais
sinantrópicos, entre eles: formigas, aranhas, carrapatos, cupins, pulgas,
escorpiões, morcegos, moscas, mosquitos, pernilongos ratos e pombos. A
primeira finalidade foi distribuir os cartões entre os alunos para que eles
soubessem quais animais poderiam ser considerados como pragas urbanas, e
então. Após isso a escolha dos alunos que responderiam o questionário seria
aleatória, novamente os cartões foram utilizados para a segunda finalidade que
era escolher estes alunos, os que ficaram com os cartões ´´pombos e ratos´´ que
é o tema principal deste trabalho, responderam o questionário.
O questionário foi desenvolvido com as seguintes perguntas:
1. Dentre os animais considerados como pragas urbanas, qual você já teve
contato em casa? E na escola?
2. Em que ambiente esses animais são mais frequentes?
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3. O que é necessário para a proliferação desses animais?
4. Dentre as pragas urbanas, quais você acha que são mais perigosas para o
homem? E as menos perigosas? Justifique.
5. O que pode ocorrer em um terreno onde o lixo é jogado indevidamente?
6. Ratos e pombos são frequentes no meio urbano, você considera esses
animais como pragas urbanas? Justifique.
7. A escola e seus arredores podem ser considerados possíveis locais para
focos e aparecimento desses animais? Justifique dando exemplos
8. Você conhece alguma doença ou danos que pombos e ratos podem
transmitir/causar ao homem e a outros animais? Se sim, quais?
9. O que você poderia fazer para evitar que esses animais apareçam?
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Descrição das respostas obtidas do questionário:
1. Dentre os animais considerados como pragas urbanas, quais você já teve
contato em casa? E na escola?
EM CASA NA ESCOLA
RATOS INSETOS POMBOS OUTROS RATOS INSETOS POMBOS OUTROS
9 7 2 1 2 12 10 1
Constatamos que a média das respostas dos alunos, é que dentre os
animais sinantrópicos que eles têm mais contato foram os ratos e pombos, além
de variados insetos. Percebemos que em casa eles possuem um contato maior
com os ratos, na escolaé com os pombos. Lembramos que ambos dos animais
estão provavelmente presentes na residência desses alunos, porém eles veem
com maior preocupação a presença de ratos, já que os mesmos os relacionam
com a transmissão de doenças, enquanto classificam os pombos como
inofensivos. Já na escola a presença de pombos é maior, porém os alunos não os
relacionam como transmissores de doença.
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2. Em que ambiente essesanimais são mais frequentes?
EM CASA RUAS TERRENOS ESCOLA OUTROS
8 12 10 6 7
Observamos que os alunos tem conhecimento de onde esses animais
podem ser frequentes, devido a constante convivência nesses locais, porém eles
veema rua como local principal para o aparecimento desses animais.
3. O que é necessário para a proliferação desses animais?
ABRIGO SUJEIRA COMIDA ÁGUA OUTROS
8 7 14 10 5
Essas foram as três respostas dadas pelos alunos, porém eles dão ênfase
ao alimento, pois acreditam que sem eles os animais não sobreviveriam, agua e
abrigo aparecem pouco dentre as respostas dadas.
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4. Dentre as pragas urbanas, quais você acha que são mais perigosas para o
homem? E as menos perigosas? Justifique.
MAIS PERIGOSA MENOS PERIGOSA
RATOS INSETOS POMBOS OUTROS RATOS INSETOS POMBOS OUTROS
13 0 0 2 2 10 3 0
Novamente os ratos são citados pelos alunos como animais de alta
periculosidade, pois o associam como transmissores de doenças, já os insetos
são considerados por eles como menos perigosos, pois acreditam que não
causam danos a saúde do homem, apenas picam.
5. O que pode ocorrer em um terreno onde o lixo é jogado indevidamente?
PRAGAS URBANAS MAU
CHEIRO DOENÇAS OUTROS ANIMAIS SUJEIRA
12 10 7 0 3
Considerando as respostas obtidas, podemos perceber que os alunos tem
ciência das consequências que podem trazer o descarte indevido de lixo nos
terrenos, e dentre os animais citados por eles, os ratos novamente aparecem com
maior frequência, acreditamos que seja pelo fato deles terem um convívio
constante com esses animais.
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6. Ratos e pombos são frequentes no meio urbano, você considera esses
animais como pragas urbanas? Justifique.
RATOS POMBOS
SIM NÃO SIM NÃO
15 0 11 4
Observamos que os alunos consideram pombos e ratos como animais
sinantrópicos (pragas urbanas) já que os mesmos são transmissores de doenças,
isso é percebido por eles, visto que eles consideram qualquer animal que possa
transmitir doenças ou causar danos ao homem como pragas.
7. A escola e seus arredores podem ser considerados possíveis locais para
focos e aparecimento desses animais? Justifique dando exemplos.
SIM NÃO
12 3
Ao decorrer do questionário, podemos perceber que os alunos começam a
descrever casos como exemplo para o aparecimento das pragas urbanas, com o
fácil acesso, a disponibilidade de alimento e agua para a proliferação dos
mesmos.
Dentre uma das respostas dadas pelos alunos, foi observada a
preocupação sobre o terreno baldio do posto de saúde, já que o mesmo foi citado
como exemplo de foco.
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8. Você conhece alguma doença ou danos que pombos e ratos podem
transmitir/causar ao homem e a outros animais? Se sim, quais?
NÃO SIM
11 4
A maioria dos alunos não tem conhecimento sobre as doenças transmitidas
por pombos e ratos. Os poucos alunos que conhecem citaram apenas a
leptospirose como doença causada pelos ratos.
9. O que você poderia fazer para evitar que esses animais apareçam?
MATA-LOS
NÃO ACUMULAR DESTINAÇÃO CORRETA
NADA ALIMENTO DO LIXO
12 11 8 0
Já na etapa final do questionário, podemos perceber que os alunos tem
real consciência do que pode causar a proliferação de pragas urbanas. Entre as
respostas, citaram o descarte inadequado do lixo e o acumulo de alimentos como
fatores essenciais para beneficio de vida desses animais.
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6. CONCLUSÃO
Ao aplicar o questionário, observamos os resultados obtidos e constatamos
que a maioria dos alunos tem conhecimento sobre quem são os animais tidos
como pragas urbanas, porém, destacaram os ratos e os pombos como os
principais dentre o grupo, o que é considerável, visto que são os animais que eles
têm um maior convívio tanto em casa como na escola.
Os ratos foram os animais citados pelos alunos como o mais perigosos
dentre as pragas urbanas, pois eles transmitem doenças, já os insetos foram
classificados por eles como os menos perigosos, pois eles desconhecem o fato
de alguns insetos também poderem transmitir doenças, assim como eles também
desconhecem as doenças transmitidas pelos pombos, pois a maioria não tinha
conhecimento de quais as doenças que as pragas urbanas poderiam causar ao
homem ou a outros animais, e a minoria que sabia descreveu a Leptospirose
como a principal doença causada pelos ratos.
Vimos que a maioria dos alunos sabe que o descarte inadequado do lixo e
acúmulo do mesmo, são os fatores essenciais para a proliferação de pragas
urbanas, eles associam também o aumento desses animais com a disponibilidade
de alimento, água e abrigo, porém relacionam o alimento como fonte principal
para a existência dos mesmos.
Quando foi perguntado quais os locais de maior incidência desses animais,
eles responderam ruas, parques, esgotos, matas, arredores escolares, porém as
ruas foram os locais vistos por eles como os de maior ocorrência. Sobre a
questão da escola e seus arredores serem possíveis focos de ocorrência de
pragas urbanas, os alunos descreveram o terreno baldio do posto de saúde como
possível foco desses animais.
Observamos que todos esses relatos feitos pelos alunos vieram do
conhecimento que eles possuem através do convívio com algumas pragas
urbanas, principalmente ratos. Concluímos então que a escola não aborda esse
tema como tópico de educação ambiental aos alunos de 6º ano do Ensino
Fundamental, sendo esse assunto abordado apenas nas séries seguintes. A
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preocupação com o fato de terem como vizinho o terreno baldio que faz parte do
posto de saúde, local de possível foco para a proliferação de animais
sinantrópicos, fez a escola tomar uma medida para diminuir a incidência desses
animais dentro das salas de aula, colocando placas de metal na metade das
janelas, porém esse método não surtiu o efeito esperado, pois em dias de calor as
placas esquentam e a permanência nas salas de aulas torna-se impossível.
A respeito desse fato, concluímos que a escola sendo um órgão estadual
acaba não estando ligada ao posto de saúde que é um órgão municipal, estando
assim de mãos atadas, dependendo de medidas tomadas pela prefeitura para que
esse problema seja sanado, mesmo porque a ocorrência desses animais põe em
risco a saúde dos alunos.
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7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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implementação. – Brasília: UNESCO, 2005. 120p.
SATO, M. Educação Ambiental. São Carlos: Rima, 2002
BRASIL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei 9795/99. Brasília, 1999
NARCISO, K. R. dos S. UMA ANÁLISE SOBRE A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS.
Universidade Federal do Rio Grande - FURG Rev. eletrônica Mestr. Educ.
Ambient. ISSN 1517-1256, v. 22, janeiro a julho de 2009.
SALGADO, M. de M. A transposição museográfica da biodiversidade no aquário de Ubatuba: estudo através de mapas conceituais. 2011. Dissertação
(Mestrado em Ensino de Biologia) - Ensino de Ciências (Física, Química e
Biologia), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011