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  • Falso dilema

    dado um limitado nmero de opes (na maioria dos casos apenas duas), quando de

    facto h mais. O falso dilema um uso ilegtimo do operador "ou". Pr as questes ou

    opinies em termos de "ou sim ou sopas" gera, com frequncia (mas nem sempre), esta

    falcia.

    Exemplos:

    Ou concordas comigo ou no. (Porque se pode concordar parcialmente.)

    Reduz-te ao silncio ou aceita o pas que temos. (Porque uma pessoa tem o

    direito de denunciar o que entender.)

    Ou votas no Silveira ou ser a desgraa nacional. (Porque os outros candidatos

    podem no ser assim to maus.)

    Uma pessoa ou boa ou m. (Porque muitas pessoas so apenas parcialmente

    boas.)

    Prova: Identifique as opes dadas e mostre (de preferncia com um exemplo) que h

    pelo menos uma opo adicional.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 136

    Apelo Ignorncia (argumentum ad ignorantiam)

    Os argumentos desta classe concluem que algo verdadeiro por no se ter provado que

    falso; ou conclui que algo falso porque no se provou que verdadeiro. (Isto um

    caso especial do falso dilema, j que presume que todas as proposies tm de ser

    realmente conhecidas como verdadeiras ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta

    de prova no uma prova." (p. 59)

    Exemplos:

    Os fantasmas existem! J provaste que no existem?

    Como os cientistas no podem provar que se vai dar uma guerra global, ela

    provavelmente no ocorrer.

    Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas no o provou. Portanto, isso

    deve ser falso.

    Prova: Identifique a proposio em questo. Argumente que ela pode ser verdadeira (ou

    falsa) mesmo que, por agora, no o saibamos.

    Referncias: Copi e Cohen: 93; Davis: 59

  • Pergunta Complexa

    Dois tpicos sem relao, ou de relao duvidosa, so conjugados e tratados como uma

    nica proposio. Pretende-se que o auditrio aceite ou rejeite ambas quando, de facto,

    uma pode ser aceitvel e a outra no. Trata-se de um uso abusivo do operador "e".

    Exemplos:

    Deves apoiar a educao familiar e o Direito, dado por Deus, de os pais

    educarem os filhos de acordo com as suas crenas.

    Apoias a liberdade e o direito de andar armado?

    J deixaste de fazer vendas ilegais? (So duas questes: j cometeste

    ilegalidades? J te deixaste disso?)

    Prova: Identifique as duas proposies conectadas e mostre que acreditar numa no

    implica acreditar na outra.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 86; Copi e Cohen: 96

    Apelo fora (argumentum ad baculum)

    O auditrio informado das consequncias desagradveis que se seguiro

    discordncia com o autor.

    Exemplos:

    melhor admitires que a nova orientao da empresa a melhor se pretendes manter o emprego.

    A NAFTA um erro! E se no votares contra a NAFTA, ento "votamos-te"

    para fora do escritrio.

    Prova: Identifique a ameaa e a proposio. Argumente que a ameaa no tem relao

    com a verdade ou a falsidade da proposio.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 151; Copi e Cohen: 103.

  • Apelo Piedade (argumentum ad misercordiam)

    Definio: Pede-se a aprovao do auditrio na base do estado lastimoso do Autor.

    Exemplos:

    Como pode dizer que eu reprovo? Eu estava mais perto da positiva e, alm

    disso, estudei 16 horas por dia.

    Esperamos que aceite as nossas recomendaes. Passmos os ltimos trs meses

    a trabalhar desalmadamente nesse relatrio.

    Prova: Identifique a proposio e o apelo autoridade e argumente que o estado

    lastimoso do argumentador nada tem a ver com a verdade da proposio.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 151; Copi e Cohen: 103, Davis: 82.

    Apelo s consequncias (argumentum ad consequentiam)

    O argumentador, para "mostrar" que uma crena falsa, aponta consequncias

    desagradveis que adviro da sua defesa.

    Exemplos:

    No podes aceitar que a teoria da evoluo verdadeira, porque se fosse

    verdadeira estaramos ao nvel dos macacos.

    Deve-se acreditar em Deus, porque de outro modo a vida no teria

    sentido. (Talvez. Mas tambm possvel dizer que, como a vida no tem

    sentido, Deus no existe.)

    Prova: Identifique as consequncias e argumente que a realidade no tem de se adaptar

    aos nossos desejos.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 100; Davis: 63.

  • Apelo a Preconceitos

    Termos carregados e emotivos so usados para ligar valores morais crena na verdade

    da proposio.

    Exemplos:

    Os portugueses bem intencionados esto de acordo em plebiscitar a pena de

    morte.

    As pessoas razoveis concordaro com a nossa poltica fiscal.

    O primeiro-ministro tem a veleidade de pensar que as novas taxas de juro

    ajudaro a diminuir o dficit. (O uso de "tem a veleidade de pensar" sugere

    sem argumentos que o primeiro ministro est enganado.)

    Os burocratas do parlamento resistem s leis de defesa do

    patrimnio. (Compare-se com: "Os parlamentares rejeitaram a proposta de

    lei de defesa do patrimnio.")

    Prova: Identifique os termos preconceituosos usados: (p. ex.:. "portugueses bem

    intencionados" ou "Pessoas razoveis"). Mostre que discordar da concluso no

    suficiente para dizer que a pessoa "mal intencionada" ou "pouco razovel".

    Referncias:

    Cedarblom e Paulsen: 153; Davis: 62.

    Apelo ao povo (argumentum ad populum)

    Com esta falcia sustenta-se que uma proposio verdadeira por ser aceite como

    verdadeira por algum sector representativo da populao. Esta falcia , por vezes,

    chamada "Apelo emoo" porque os apelos emocionais pretendem atingir, muitas

    vezes, a populao como um todo.

    Exemplos:

    Se voc fosse bela poderia viver como ns. Compre tambm Buty-EZ e torne-se

    bela.(Aqui apela-se s "pessoas bonitas")

    As sondagens sugerem que os liberais vo ter a maioria no parlamento, tambm

    deves votar neles.

    Toda a gente sabe que a Terra plana. Ento por que razo insistes nas tuas

    excntricas teorias?

    Referncias: Copi e Cohen: 103; Davis: 62.

  • Apelo autoridade (argumentum ad verecundiam)

    Ainda que s vezes seja apropriado citar uma autoridade para suportar uma opinio, a

    maioria das vezes no o . O apelo autoridade especialmente imprprio se:

    1. A pessoa no est qualificada para ter uma opinio de perito no assunto. 2. No h acordo entre os peritos do campo em questo. 3. A autoridade no pode, por algum motivo ser levada a srio porque estava

    brincar, estava bria ou por qualquer outro motivo.

    Uma variante da falcia do apelo autoridade o "ouvi dizer" ou "diz-se que". Um

    argumento por "ouvir dizer" um argumento que depende de fontes em segunda ou

    terceira mo.

    Exemplos:

    1. O famoso psiclogo Dr. Frasier Crane recomenda-lhe que compre o ltimo modelo de carro da Skoda.

    2. O economista John Kenneth Galbraith defende que uma apertada poltica econmica a melhor cura para a recesso. (Apesar de Galbraith ser um

    perito, nem todos os economistas esto de acordo nesta questo.)

    3. Encaminhamo-nos para uma guerra nuclear. A semana passada Ronald Reagan disse que comearamos a bombardear a Rssia em menos de cinco

    minutos. (Claro que o disse por piada ao testar o microfone.)

    4. Sousa disse que nunca perdoaria ao Pinto. (Trata-se de um caso de "ouvir dizer" de facto ele apenas disse que Pinto nada tinha feito para ser perdoado.)

    Prova: Mostre uma de duas coisas (ou ambas):

    1. A pessoa citada no uma autoridade no campo em questo; 2. Entre os especialistas no h consenso sobre o assunto discutido.

    Referncias: Cedarblom and Paulsen: 155; Copi e Cohen: 95; Davis: 69.

    Autoridade annima

    A autoridade em questo no nomeada. Isto uma forma de apelo autoridade porque

    quando a autoridade no nomeada impossvel confirmar se se trata de um perito.

    Esta falcia to comum que merece uma meno especial. Uma variante desta falcia

    o apelo ao rumor. Como a fonte do rumor , em regra, desconhecida, no possvel

    verificar se o rumor merece crdito. Rumores falsos e caluniosos so lanados muitas

    vezes intencionalmente com o objectivo de desacreditar o oponente.

    Exemplos:

    1. Um membro do governo disse que uma nova lei sobre posse e uso de armas ser proposta amanh.

    2. Os peritos dizem que a melhor maneira de prevenir uma guerra nuclear estar preparado para ela.

    3. Sabe-se que milhares de operaes desnecessrias so realizadas todos os anos.

    4. Diz-se que o primeiro-ministro vai decretar outro feriado antes das eleies. Prova: Argumente que pelo facto de no conhecermos a fonte e a base da informao,

    no temos maneira de avaliar a fiabilidade da informao.

    Referncias: Davis: 73.

  • Estilo sem substncia

    Pretende-se que o modo como o argumento ou o argumentador se apresentam contribui

    para a verdade da concluso.

    Exemplos:

    1. Nixon perdeu o debate presidencial porque tinha suor na testa. 2. Trudeau sabe dirigir as massas. Ele deve ter razo. 3. Por que no aceitas o conselho daquele jovem elegante e bem parecido?

    Prova: um facto que o modo como o argumento apresentado, influencia a crena das

    pessoas na verdade da concluso. Mas a verdade da concluso no depende do modo

    como o argumento apresentado. Para mostrar que esta falcia est a ser cometida,

    mostre que, neste caso, o estilo no afecta a verdade ou a falsidade da concluso.

    Referncias: Davis: 61.

  • Generalizao Precipitada

    A amostra demasiado limitada e usada apenas para apoiar uma concluso

    tendenciosa.

    Exemplos:

    1. Fred, o australiano, roubou a minha carteira. Portanto, os Australianos so ladres. (Claro que no devemos julgar os Australianos na base de um

    exemplo.)

    2. Perguntei a seis dos meus amigos o que eles pensavam das novas restries ao consumo e eles concordaram em que se trata de uma boa ideia. Portanto as

    novas restries so populares.

    Prova: Identifique as dimenses da amostra e a populao em questo. Depois mostre

    que a amostra insuficiente. Note-se que uma prova formal requer clculo matemtico

    porque est em jogo a teoria das probabilidades. Mas em muitas situaes podemos

    confiar no bom senso.

    Referncias: Barker: 189; Cedarblom and Paulsen: 372; Davis: 103.

    Amostra limitada

    H diferenas relevantes entre a amostra usada na inferncia indutiva e a populao

    como um todo

    Exemplos:

    1. Para ver como os Portugueses vo votar na prxima eleio sondou-se uma centena de pessoas em Bragana. Isto mostra, sem dvida, que a direita vai

    limpar as eleies. (As pessoas de Bragana tendem a ser mais conservadoras

    e, portanto, mais propensas a votar em partidos de direita do que as outras

    pessoas no resto do pas.)

    2. As mas do topo da caixa parecem boas. Todas as mas desta caixa devem ser boas.(As mas com bicho, claro, esto em camadas mais fundas...)

    Prova: Mostre que h diferenas relevantes entre a amostra e a populao como um

    todo. Depois, argumente que por a amostra ser diferente, a concluso provavelmente

    diferente.

    Referncias: Barker: 188; Cedarblom e Paulsen: 226; Davis: 106.

  • Omisso de dados

    Dados importantes, que arruinariam um argumento indutivo, so excludos. A exigncia

    de que toda a informao relevante e disponvel seja includa num argumento indutivo,

    chamada "princpio da informao total".

    Exemplos:

    1. O Joo alentejano, e a maioria dos alentejanos vota no PCP, portanto o Joo provavelmente votar no PCP. (A informao deixada de fora que o Joo

    vive em vora e a maioria dos eborenses vota PS.)

    2. Muito provavelmente o Benfica vai ganhar este jogo porque ganhou nove dos ltimos dez jogos. (Oito das vitrias foram obtidas sobre equipas de escales

    secundrios, na fase de preparao, e o Benfica vai agora defrontar uma

    equipa de primeiro plano.)

    Prova: Exponha os dados em falta e mostre que eles mudam a concluso do argumento

    indutivo. Note-se que no basta mostrar que nem todas as provas foram includas preciso mostrar que as provas em falta justificam outra concluso.

    Referncias:

    Davis: 115.

    Falsa analogia

    Numa analogia mostra-se, primeiro, que dois objectos, a e b, so semelhantes em

    algumas das suas propriedades, F, G, H. Conclui-se, depois, que como a tem a

    propriedade E, ento b tambm deve ter a propriedade E. A analogia falha quando os

    dois objectos, a e b, diferem de tal modo que isso possa afectar o facto de ambos terem a

    propriedade E. Diz-se, neste caso, que a analogia no teve em conta diferenas

    relevantes.

    Exemplos:

    1. Os empregados so como pregos. Temos de martelar a cabea dos pregos para estes desempenharem a sua funo. O mesmo deve acontecer com os

    empregados.

    2. Governar um pas como gerir uma empresa. Assim, como a gesto de uma empresa responde unicamente ao lucro dos seus accionistas, tambm a

    governao deve fazer o mesmo. (Mas os objectivos da governao e da

    gesto de uma empresa so muito diferentes; assim, provavelmente tm de

    encontrar critrios diferentes.)

    Prova: Identifique os dois objectos ou eventos que esto a ser comparados e a

    propriedade que se diz que ambos possuem. Mostre que os dois objectos diferem de tal

    modo que a analogia se torna insuficiente.

    Referncias: Barker: 192; Cedarblom and Paulsen: 257; Davis: 84.

  • Depois disso, por causa disso (post hoc ergo propter hoc)

    O nome em Latim significa: "depois disso, logo, por causa disso". Isto descreve a

    falcia. Um autor comete a falcia quando pressupe que, por uma coisa se seguir a

    outra, ento aquela teve de ser causada por esta.

    Exemplos:

    1. A imigrao do Alentejo para Lisboa aumentou mal a prosperidade aumentou. Portanto, o incremento da imigrao foi causado pelo incremento da

    properidade.

    2. Tomei o EZ-Mata-Gripe e dois dias depois a minha constipao desapareceu...

    Prova: Mostre que a correlao coincidncia, mostrando: 1) que o "efeito" teria

    ocorrido mesmo sem a alegada causa ocorrer, ou que 2) o efeito teve uma causa

    diferente da que foi indicada.

    Efeito conjunto

    Sustenta-se que uma coisa causa outra mas, de facto, so ambas o efeito de uma mesma

    causa subjacente. Esta falcia muitas vezes apresentada como um caso especial de

    falcia post hoc ergo propter hoc.

    Exemplos:

    1. Estamos a viver uma fase de elevado desemprego que provocado por um baixo consumo. (De facto, ambos podem ser causados por taxas de juro

    muito elevadas.)

    2. Ests com febre e isso est a fazer com que te enchas de borbulhas. (De facto, ambos os sintomas so causados pelo sarampo.)

    Prova: Identifique os dois efeitos e mostre que ambos so provocados pela mesma causa

    subjacente. preciso indicar a causa oculta e provar que ela causa cada efeito.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 238.

  • Causa complexa

    O efeito provocado por um certo nmero de objectos ou eventos, dos quais a causa

    identificada apenas um parte. Uma variante disto so os ciclos de feedback onde o

    efeito ele mesmo parte da causa.

    Exemplos:

    1. O acidente no teria ocorrido se no fosse a m localizao do arbusto. (Certo, mas o acidente no teria ocorrido se o condutor no estivesse

    bbado, e se o peo tivesse prestado ateno ao trnsito.)

    2. A exploso do Challenger foi causada pelo tempo frio. (Verdadeiro, mas no teria ocorrido se os anis em o tivessem sido bem construdos.)

    3. As pessoas esto com medo por causa do incremento do crime. (Certo, mas as pessoas tm sido levadas a violar a lei em consequncia do seu medo. O que

    ainda aumenta mais o crime.)

    Prova: Mostre que todas as causas e no apenas aquela que foi mencionada so precisas

    para explicar o efeito.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 238.

    Petio de Princpio (petitio principii)

    A verdade da concluso pressuposta pelas premissas. Muitas vezes, a concluso

    apenas reafirmada nas premissas de uma forma ligeiramente diferente. Nos casos mais

    subtis, a premissa uma consequncia da concluso.

    Exemplos:

    1. Dado que no estou a mentir, segue-se que estou a dizer a verdade. 2. Sabemos que Deus existe, porque a Bblia o diz. E o que a Bblia diz deve ser

    verdadeiro, dado que foi escrita por Deus e Deus no mente. (Neste caso

    teramos de concordar primeiro que Deus existe para aceitarmos que ele

    escreveu a Bblia.)

    Prova:

    Mostre que para acreditarmos nas premissas j teramos de aceitar a concluso.

    Referncias:

    Barker: 159; Cedarblom e Paulsen: 144; Copi e Cohen: 102; Davis: 33.

  • Falcia da afirmao da consequente

    Esta falcia deriva da confuso entre condio suficiente e condio necessria. Por

    exemplo: dadas as proposies

    P = Hitler levou com a bomba H.

    Q = Hitler morreu.

    Se admitir que P verdadeira, concluirei que Q verdadeira. P suficiente para Q. Q

    necessria para P (no h P sem Q). Mas, do facto de Q ser verdadeira, no posso

    concluir que P o seja (Q no suficiente para P). Logo, todo o argumento com a

    seguinte forma invlido:

    Se P, ento Q.

    Ora, Q.

    Logo, P.

    Exemplos:

    1. Se jogamos bem, ganhamos. Ora, ganhmos. Logo, jogmos bem. (De facto jogmos mal, mas o adversrio jogou pior e o rbitro ajudou)

    2. Se estou em Faro, estou no Algarve. Ora, estou no Algarve. Logo, estou em Faro. (Claro que posso estar em Olho ou em Sagres.)

    3. Se a fbrica estivesse a poluir o rio, ento veramos o nmero de peixes mortos aumentar. H cada vez mais peixes a morrer. Logo, a fbrica est a

    poluir o rio.

    Prova: Mostre que, mesmo sendo as premissas verdadeiras, a concluso pode ser falsa.

    Em geral basta mostrar que Q pode ser consequncia de outra coisa que no P. Por

    exemplo, a morte dos peixes pode ser provocada pela aplicao de pesticidas e no pela

    fbrica.

    Referncias: Barker: 69; Cedarblom e Paulsen: 24; Copi e Cohen: 241.

    Espantalho

    O argumentador, em vez de atacar o melhor argumento do seu opositor, ataca um

    argumento diferente, mais fraco ou tendenciosamente interpretado. Infelizmente uma

    das "tcnicas" de argumentao mais usadas.

    Exemplos:

    1. As pessoas que querem legalizar o aborto, querem preveno irresponsvel da gravidez. Mas ns queremos uma sexualidade responsvel. Logo, o aborto

    no deve ser legalizado.

    2. Devemos manter o recrutamento obrigatrio. As pessoas no querem o fazer o servio militar porque no lhes convm. Mas devem reconhecer que h coisas

    mais importantes do que a convenincia.

    Prova: Mostre que o argumento oposto foi mal representado, mostrando que os

    opositores tm argumentos mais fortes. Descreva um argumento mais forte.

    Referncias: Cedarblom e Paulsen: 138.