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ANO VI | NÚMERO 92 | 16 de maio de 2011 FALE, aluno! FALE programa FALE no mundo Escravidão é uma palavra que nos remete a um sem-fim de fatos tristes, como também é negativo o que nos lembra a data da Abolição da Escravatura. O dia 13 de maio imprime em nossa memória que um dia, em nosso país, alguém foi capaz de escravizar o outro, de forçar o outro a estar fora de seu lugar de origem e — acima e ainda pior — de obrigar uma pessoa a ser outra. Nessa edição, o Notícias FALE homenageia a África através dos principais instrumentos de que sujeito e nação dispõem para construir e defender sua identidade: a força da sua palavra, da sua linguagem, da sua Literatura. Letras de ser África Sou Kabwa, e nenhuma palavra do vento alcança os meus ouvidos, se eu não quiser; nenhuma gota da chuva molha meu nariz ou minhas costas, se eu não quiser. Nenhum dos monstros de três bocarras e duas asas seria capaz de me vencer. Sou bom caçador e bom corredor. Se eu quiser, sou capaz de vencer um desses bichos malvados e correr mais rápido do que seus irmãos e irmãs, mesmo se tiverem fogo no corpo. (PINGUILLY, Yves. O Caçador mais forte que o leão que engole a tempestade. In: Contos e lendas da África. São Paulo: Cia. das Letras, 2005) Fonte:Divulgação FALE em revista A palestrante professora Ana Pizarro, da Universidad del Chile, especialista em Literatura e Cultura na América Latina proporcionou uma aula especial para os alunos da PUCRS no dia 2 de maio. Andarilha, Ana Pizarro já morou em diversos países e atravessou grande parte do Brasil de ônibus. Entre suas obras principais estão América Latina: palavra, literatura e cultura e o ganhador do Prêmio Casa de las Americas Amazonía: el río tiene voces. Entre os diversos temas discutidos pela professora estão a historiografia, a Modernidade Tardia da América Latina, a importância da oralidade e a múltipla identidade dos latinoamericanos. A professora Ana Pizarro mostrou que, na América Latina, não se pode falar de apenas um discurso e que devemos pensar a realidade histórica e literária de outro modo. Conferência: la historiografía crítica em América Latina Fonte:Divulgação Fonte:Paloma Laitano A conferência da última segunda-feira, dia 9, trouxe o professor de Literatura Comparada da Sorbonne, Daniel-Henri Pageaux, e o jornalista e escritor, Louis Philippe Dalembert, para discutir os rumos da Literatura Comparada O professor Daniel-Henri Pageaux, em sua palestra intitulada A literatura comparada em suas encruzilhadas, falou que o estudo da Literatura Comparada é um fator primordial, diferenciador nos estudos literários. Para ele, a tarefa do comparatista não é buscar uma diferença absoluta, é procurar o diálogo, pois o diálogo simboliza outra forma de discurso: o da conciliação de duas direções opostas. A Literatura Comparada deve procurar a conservação de todas as diferenças dentro de uma harmonia, a multiplicidade não pode sublimar as diferenças. Nesse sentido, a segunda palestra, do escritor Louis Philippe Dalembert, sobre Alejo Carpentier e a Teoria do Real Maravilhoso complementou as ideias do professor Pageaux. Para Dalembert, o ensaio de Carpentier sobre a Literatura do Real Maravilhoso tenta repatriar o homem, reconciliar o latino-americano com seu meio de diferenças e consigo mesmo por meio do confronto entre o homem e o mistério. Mesa redonda: Perspectivas comparatistas na América Latina e o papel de alguns autores. O projeto Encontros com a Teoria, coordenado pelo professor Ricardo Barberena, teve sua primeira palestra realizada no dia 11 de maio, sobre o tema Formalistas Russos. O professor Alexandre Baungarten, da FURG, falou, com muito conhecimento e simpatia, a alunos de graduação e pós-graduação, destacando conceitos-chave da teoria formalista como “estranhamento”, “desautomatização” e “literariedade”, e ressaltando que "a grande contribuição dos formalistas foi a especificidade que deram ao objeto literatura, por almejarem o estabelecimento da teoria literária como ciência, o que, até então, ela nunca havia sido considerada." Baungarten defende também que "a Teoria da Literatura é o campo de conhecimento que deve intrumentalizar o estudioso da literatura, pois esta é uma forma de produção de conhecimento sobre o mundo, comparada à química e à física, entre outras ciências”. A próxima palestra do ciclo será no dia 8 de junho, e o tema será Estruturalismo, com a professora Ana Mello. Encontros com a teoria: Formalistas Russos O primeiro encontro do evento No limiar das narrativas: hibridismo e multilinearidade foi realizado na última sexta-feira, dia 6, na arena do CELIN, e teve como tema Histórias em Quadrinhos. A apresentação ficou por conta dos alunos do PPGL Augusto Paim e Pedro Mandagará, com mediação da aluna Caroline Becker. Augusto Paim fez uma introdução sobre a linguagem de quadrinhos e trouxe exemplos de publicações híbridas. Sua fala teve como base as obras Desvendando os quadrinhos e Desenhando os quadrinhos, de Scott McCloud, e Quadrinhos e arte sequencial e Narrativas gráficas, de Will Eisner. Pedro Mandagará fez uma análise sobre a Liga extraordinária, de Allan Moore, tratando de sua forma narrativa e também o seu contexto social e antropológico. O público, formado principalmente por O próximo encontro, dia 20 de maio, tratará da narrativa transmídia. Nesse semestre ainda serão discutidos os temas: narrativa em games e narrativa e música. Participe! Mais imagens e detalhes do evento podem ser encontrados em http://fragmentosdesentido-pucrs.blogspot.com/ (Colaboração: Camila Gonzatto, doutoranda em Teoria da Literatura) No limiar das narrativas: hibridismo e multilinearidade alunos de graduação, lotou a Arena e fez perguntas ao final. FALE em notícias Nos dias 25, 26 e 27 de maio acontecerá o V EnELLE, voltado para o ensino de línguas e literaturas estrangeiras, com o tema Línguas e literaturas: multidisciplinaridade e internacionalização. Este evento, que tem ocorrência no primeiro semestre de cada ano letivo, apresenta palestras voltadas para professores, alunos e interessados no assunto, como também procura divulgar a produção de alunos de graduação e pós-graduação, que apresentarão seus trabalhos em comunicações. Para maiores informações, entrar em contato com a secretaria da FALE através do email: [email protected] Nos dias 24 e 25 de maio, a PUCRS sediará o evento Memória e Escritura — Jornadas Internacionais de Crítica Genética 3 e 1º Seminário Internacional de Acervos Digitais. Nesta edição, as Jornadas homenagearão o escritor Caio Fernando Abreu. Entre outros convidados, o evento contará, em suas principais conferências, com a presença dos professores Philippe Willemart (USP), Telê Ancona Lopez (IEB) e Carlos Reis (Universidade de Coimbra). A PUCRS tem alcançado destaque nacional e internacional através de seus trabalhos na área de Crítica Genética, realizados no DELFOS — Espaço de Documentação e Memória Cultural. As inscrições podem ser realizadas até o dia 24 de maio, na Secretaria da Pró-Reitoria de Extensão. E-mail: [email protected] Jornadas Internacionais de Crítica Genética Sally Cheryl Inkpin é professora de Literatura de Língua Inglesa na Universidade do Estado da Bahia e aluna do Doutorado Institucional — DINTER, realizado em Salvador pelo nosso Programa de Pós-Graduação, com apoio da CAPES. Sally é uma inglesa que adotou o Brasil, mais especificamente a Bahia, há cerca de vinte anos. Pretende ampliar a sua capacitação docente, realizando o Doutorado em Teoria da Literatura. Esteve no Rio Grande do Sul para participar do I Encuentro de la Internacional Del Conocimento — Diálogos en Mercosur, em Pelotas, e aproveitou para conhecer a PUCRS, onde ela e seus colegas realizarão estágio de 9 meses. "PUCRS is impressive", diz a inglesa radicada no Brasil. Notícias do DINTER Relendo a Literatura VI Fonte:Divulgação Relendo a Literatura estreia sua 6ª edição no dia 18 de maio, com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, apresentada pela coordenadora do projeto, a professora Maria Tereza Amodeo. Relendo tem como objetivo formar leitores em escolas do Ensino Médio, estimulando a leitura de grandes obras da literatura em Língua Portuguesa, por meio do cruzamento com diferentes formas artísticas, produtos culturais, meios de comunicação de áreas do conhecimento — cinema, fotografia, música, história, televisão, internet, etc. Além disso, visa contribuir para a formação continuada de professores de literatura do Ensino Médio. Confira a programação completa de 2011: Fonte:Divulgação - O que andas a fazer com um caderno, escreves o quê? - Nem sei, pai. Escrevo conforme vou sonhando. - E alguém vai ler isso? - Talvez. - É bom assim: ensinar alguém a sonhar. (COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.) No dia 13 de maio, os professores participaram de um encontro com a Diana Luz Pessoa de Barros, professora da USP e coordenadora do Pós-Graduação em Letras da Universidade Mackenzie além de ser representante da área de Linguística no Comitê de Letras e Linguística do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq. Os temas da reunião foram a avaliação de Programas de Pós-Graduação em Letras, o perfil de um programa nota 6 e o perfil do pesquisador de um programa nota 6. Além disso, o encontro teve como objetivo tratar da qualidade da produção científica, da relação entre Pós-Graduação e Graduação. Lembramos que esse tipo de iniciativa é muito importante para professores e para os alunos, pois na última avaliação da CAPES, o Programa de Pós-Graduação da Letras obteve nota 5. O objetivo dessa reunião é aprimorar o curso com vistas à avaliação da CAPES em 2013. Professores atentos FALE em projetos Nesta edição do Notícias FALE, vamos conhecer mais um projeto de pesquisa realizado na Faculdade de Letras, Estudos Culturais e Literaturas Lusófonas, coordenado pela professora Maria Luíza Ritzel Remédios, desenvolvido no NEL — Núcleo de Estudo de Literaturas Lusófonas. O projeto é interinstitucional e conta com a participação de diversos alunos e professores. Seu principal objetivo é constituir uma reflexão teórica sobre culturalismo e pós-colonialismo, no que diz respeito à relação entre literatura e sociedade, literatura e cultura. Nesse sentido, a pesquisa desenvolvida no NEL filia-se aos estudos culturais voltados para as margens dos sistemas, para os elementos excluídos, para as contra-hegemonias. Os trabalhos apresentados e discutidos na pesquisa têm se distinguido por abordar tópicos que os interesses ideológicos totalizadores, sejam de direita ou esquerda, tendem a obscurecer, como a condição de subalternidade e a apropriação criativa dos discursos dominantes, os mecanismos de exclusão/inclusão social, a desconstrução dos cânones erigidos pelos países hegemônicos, bem como a desvinculação das identidades étnicas e minoritárias da noção de classe social, propondo o hibridismo e a errância como estratégias, num tempo de globalização acelerada, contra a racionalidade instrumental do Ocidente, orientada pela separação e pelas delimitações classificatórias. O trabalho dos pesquisadores já rendeu, de 2006 a 2010, publicações, palestras em escolas de ensino básico, participações em seminários e jornadas, orientação de teses e dissertações e a realização de 11 jornadas sobre o tema. Estudos Culturais e Literaturas Lusófonas Fonte:Divulgação Curso com a professora Inocência Mata 2009 Fonte:Divulgação Jornada NEL 2009 FALE por aí Professora Leda Bisol lança dois livros A professora Leda Bisol acaba de lançar Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro e Português do sul do Brasil: variação fonológica. As duas obras são fruto do trabalho de pesquisadores de diferentes universidades, que Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro, em quinta edição, nasceu durante uma aula de Fonologia da professora Leda. Na época, os que hoje colaboram na elaboração do livro eram orientandos do curso de Pós-Graduação em Letras na nossa Faculdade, entre eles, Elisa Battisti, Gisela Collischoon, Laura Quednau, Maria José Blaskovski Vieira, Valeria Monaretto. Escrito com o objetivo de introduzir no ensino a teoria fonológica não linear, o livro é constituído de resumos didáticos de teor explicativo das principais obras que vinham sendo produzidas nessa nova linha. Este livro está presente em todas as universidades do Brasil que possuem fonologia em seu programa de Pós-Graduação. Português do sul do Brasil: variação fonológica foi elaborado por uma grande equipe. Os pesquisadores, que pertencem a diferentes universidades, reuniram-se quinzenalmente durante dois anos para discutir cada capítulo do livro. O objetivo é oferecer elementos para a descrição do português brasileiro, e motivar a ampliação de trabalhos na área. se reúnem quinzenalmente na sala do Projeto VARSUL, na PUCRS. Segundo Leda Bisol isso é sinal de que seu objetivo foi alcançado. Em meio à discussão suscitada pelo projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa sobre a tradução de expressões ou palavras estrangeiras, o Governo do Estado promoveu uma edição de O Governo Escuta, no dia 11 de maio. A segunda edição do fórum reuniu especialistas para tratar da polêmica, com transmissão online e participação do público. Conforme matéria do Jornal do Comércio, publicada no dia 12 de maio, o debate permitiu ao governo conhecer diferentes pontos de vista sobre a questão do estrangeirismo, sem restringir-se ao projeto em si. Entre os participantes estava a professora da FALE Marisa Smith, que explicou a impossibilidade de que se fale uma língua pura e de que a adoção de estrangeirismos não é fenômeno recente. “Porém a defesa de nosso idioma se justifica não por temer a soberania, mas Professora da FALE no debate sobre os estrangeirismos O evento ocorreu em Belo Horizonte nos dias 05, 06 e 07 de maio do corrente ano. Realizado pelo Grupo de Pesquisa Letras de Minas e pelo NEIA (Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade), com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras e da Pós-Graduação em Estudos Literários, contou com um número expressivo de participantes de diferentes regiões do Brasil. A FALE esteve representada pela doutoranda da Pós-Graduação em Teoria da Literatura, Adriana Rodrigues Machado, que participou da mesa temática Henriqueta Lisboa: poética e memória. Juntamente com duas doutorandas da UFMG e uma da UFPB, a PUCRS marcou presença e compartilhou experiências. Com o tema Escritoras de ontem e de hoje, foram homenageadas as escritoras Dinah Silveira de Queiroz, Elisa Lispector, Elizabeth Bishop e Teresa Margarida da Silva e Orta. As escritoras convidadas que compareceram para prestar depoimentos foram Carola Saavedra, Cristiane Sobral, Leda Maria Martins, Lya Luft, Lúcia Castello Branco, Ruth Silviano Brandão e Vera Casa Nova. A professora Zahidé L. Muzart (UFSC) abriu o evento, e as pesquisadoras Nádia Batella Gotlib (USP) e Conceição Flores (UnP) proferiram as conferências de encerramento. A coordenação do evento FALE representada no III Colóquio Mulheres em Letras/ I Encontro Nacional Mulheres em Letras na UFMG Professora Constância Lima Duarte e Adriana Machado Fonte: Arquivo pessoal da aluna “No momento em que foram anunciadas nominalmente as instituições participantes, com pesquisadores de quase todo o país, fiquei feliz ao perceber que eu estava epresentando o meu Estado e a instituição à qual pertenço, a PUCRS. Foram momentos muitos produtivos, de intensa partilha de conhecimento e de afeto” (Colaboração: Adriana Rodrigues Machado). ficou a cargo da competente equipe da professora Constância Lima Duarte. Mais informações: http://www.cwaclipping.net/sistema/newsletter/visualizar/materia.php?security=0e10b2b72764.45942.356922 E você, o que pensa sobre o assunto? por uma questão de educação”, ela alertou. Nos dias 10,11, 12 e 13 de maio de 2011, participamos do II Seminário Internacional de Estudos Literários (SINEL – Literatura e Territorialidade), na URI (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões), em Frederico Westphalen. Nós, Anna Martins, Joseane Camargo e Paloma Laitano, chegamos no dia 09, segunda-feira, de madrugada, depois de 8 horas de viagem, e nos dirigimos ao Hotel Cantelle, onde ficamos hospedadas. Depois, vieram ao nosso encontro Alana Vizentin, Aline Job, Gabriela Farias, Ilse Maria Vivian, Caroline Becker e Natasha Centenaro. Esse grupo todo representou a PUCRS no II SINEL, apresentando, cada uma, a sua comunicação, com direito ao diálogo e ao debate produtivo que, com certeza acrescentou muito a nossa pesquisa e trabalho de dissertação/tese. O Seminário contou com a presença de grandes nomes, nacionais e internacionais, dos estudos literários e da literatura, tais como Daniel-Henri Pageaux, Adriana Crolla, Ana Beatriz Gonçalves, Eduardo Coutinho e o escritor Louis-Phillipe Dalembert. Também de autores queridos nossos, como Altair Martins, que trouxe consigo uma fala translúcida em suas palavras sobre memória e territorialidade. Teve sessão de autógrafos, livros como Musas na encruzilhada de Pageaux e Como e porque (des)ler os clássicos da biografia de André Luis Mitidieri fizeram parte do nosso carrinho de compras. O evento promoveu também oficinas, entre as quais nos dividimos. Fizemos a oficina “Guimarães Rosa”, ministrada pelo professor Marcelo Marinho; a oficina “Leitura”, ministrada pelo professor e escritor Altair Martins; e a oficina “Espaço biográfico”, ministrada pelo professor André Mitidieri. Vale ressaltar que a organização do Seminário foi surpreendente e modernizada/informatizada, exemplo disso foi a lista de presença/chamada feita através de um código de barras, O SINEL é um evento grande, com participantes e ouvintes de toda a América Latina, encontramos argentinos, uruguaios, paulistas, baianos, cariocas, mineiros, etc. Enfim, é sempre muito bom viajar, conhecer novos territórios, novos pesquisadores, com interesses em comum e abertura ao diálogo. Foi uma semana intensa, divertida, produtiva e com muitos frutos na bagagem de volta. (Colaboração: Anna Faedrich Martins, Paloma Laitano e Joseane Camargo) processado pelo computador, e o material que nos disponibilizaram. - Agora, meu filho, eu já não falo nenhuma língua, falo só sotaques. Entende? (NETO, Agostinho. Adeus à hora da largada. In: Sagrada esperança. São Paulo: Ática, 1985.) Viagem. Bolsa-sanduíche. Portugal, Universidade de Lisboa. Pra começar eles acham super engraçado essa história de bolsa-sanduíche! Eu também acho! Ô nomezinho! Bem, o primeiro exercício de resistência começa, no Brasil, com a papelada do visto para entrar em Portugal, como estudante. Não dá pra ser em cima da hora! Passado esse primeiro entrave, tudo fica mais leve, quer dizer... Lisboa é linda, chegar à Universidade é fácil e rápido, de qualquer parte, o metrô é uma maravilha, o custo de vida é o esperado... já moradia é o item mais caro do cardápio. A programação cultural da cidade é intensa, organizadíssima, com folhetos, cadernos, folders, em tudo quanto é lugar... Mas, estou aqui para ampliar o material da minha tese, que tem como “suporte” principal os contos populares africanos. Então, estou sendo orientado pela professora Inocência Mata, que é um grande nome na área de literaturas africanas. Estou acompanhando duas disciplinas dela (não é obrigatório, pela bolsa, fazer disciplina nenhuma!), tendo acesso a livros e materiais que não se consegue no Brasil, e tendo contato com uma produção de literatura africana que está publicada aqui e não chega ao nosso país. Só isso já vale a viagem, a pesquisa, tudo! A professora tem me levado para atuar consigo em vários trabalhos, pelo país (Ai, a “Costa Vicentina”!) e nas imediações (Ai, “Cáceres”!) e ainda delegou-me a responsabilidade de ministrar um módulo de aulas, do seu programa, em uma das disciplinas na graduação. O que mais enche os olhos é a generosidade da professora. Coisa rara na Academia! Uma vida lisboeta, por Celso Sisto As diferenças de linguagem são engraçadas! Não pergunte nunca “onde é o banheiro”. Todos vão ficar te olhando com cara de espanto. Banheiro aqui é salva-vidas! Lembre-se: casa de banho é o lugar!!!! E se alguém perto de ti disser “um sarilho nunca vem só!”, não fique pensando que estão tirando sarro da sua cara! Sarilho é confusão! Melhor mesmo é sair pelas livrarias, que são muitas, a encher a mala de livros, que são bem mais baratos aqui, ó pá! E ainda por cima, na minha área (literatura infantil e juvenil), lindamente editados com capa-dura! Fonte:Arquivo Pessoal Celso Aluna: Fabiana Ribeiro do Nascimento Cidade natal: Porto Alegre - RS Em que ano ingressou em Letras: 2010/1 Previsão de formatura: 2014/1 Notícias : Por que optou pelo curso de Letras? Fabiana Nascimento: Costumo dizer que era impossível que eu escolhesse outro curso que não fosse da área de Humanas. Minha mãe é jornalista e sempre leu, estudou e trabalhou muito, sempre teve senso crítico aguçado e consequentemente nos incentivava a ser assim. Minha irmã é formada em Letras e agora trabalha e vive na Nova Zelândia. Além disso, na minha infância eu sempre tive o convívio de pessoas estrangeiras, minha família sempre acolheu conhecidos em eventos como o Fórum Social Mundial e outros, então eu cresci com muita curiosidade a respeito de outras línguas... Enfim, tudo realmente convergia para que eu fosse estudar línguas. FALE N : Qual a sua área(s) preferida(s)? Por quê? FN: É meio difícil responder essa pergunta, porque eu amo muito as três áreas trabalhadas no meu curso (Inglês, Linguística e Literatura), mas acho fascinante o mundo da Literatura, sinto como se quanto mais eu lesse, mais eu tenho uma infinidade de autores a conhecer e obras maravilhosas a descobrir. N : Quais as suas expectativas em relação ao seu futuro como profissional de Letras? FN: Eu acredito que a formação em Letras é muito ampla e que há muito campo profissional para quem corre atrás do que quer. Espero aprender muito trabalhando na área de Tradução (área em que atualmente atuo), acho que é uma atividade muito importante e interessante, na qual aprendo diariamente coisas que jamais sequer pensaria que aprenderia - na empresa em que trabalho, aprendo muito sobre tecnologia, engenharia, aviação (!), administração... N : Comente alguma consequência dos seus estudos na sua vida pessoal. FN: Sinto que o curso tem me desafiado cada vez mais a procurar sobre os assuntos que me interessam e viver ao máximo a experiência acadêmica, com seus lados bons e não tão bons. F F F Fonte:Arquivo pessoal aluna Coordenação: Maria Tereza Amodeo Edição e redação: Camila Doval e Juliana Grünhäuser Redação: Maurício Pacheco Amaro e Mônica R. de Rodrigues Diagramação: Murillo de Souza Rodrigues Comunique, divulgue, participe: [email protected] 16, 17, 18 de maio IV Colóquio de Linguística e Literatura Horário: 9h Local: sala 305, prédio 8 18 de maio Relendo a Literatura Horário: 17h30 Local: Arena do Celin, prédio 8 24 e 25 de maio Jornadas Internacionais de Crítica Genética Horário: 8h30 Local: sala 305, prédio 8 25, 26 e 27 de maio V Enelle Horário: 17h Local: auditório do prédio 9 Fonte:Divulgação Então todo o bosque se começou a desmoronar, com um demorado rumor de chuva mansa, e com ele os pássaros e as cubatas e a utensilagem doméstica, e em breve nada havia em redor a não ser uma larga planície de cinza idêntica. (AGUALUSA, José Eduardo. Estação das chuvas. Rio de Janeiro: Gryphus, 2000.) FALE representada no II SINEL Fonte:Divulgação Fonte:Camila Gonzatto Fonte:Camila Gonzatto Fonte:Murillo Rodrigues Informações pelo ramal 4615, à tarde com Mônica ou Natasha.

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ANO VI | NÚMERO 92 | 14 de maio de 2011

Fonte:Divulgação

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Amanhãentoaremos hinos à liberdadequando comemorarmosa data da abolição desta escravaturaNós vamos em busca de luzOs teus filhos Mãe (todas as mães negras cujos filhos partiram)Vão em busca de vida.

(Poema “Adeus á hora da largada”. Neto, Agostinho. Sagrada Esperança. São Paulo: Ática, 1985)

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ANO VI | NÚMERO 92 | 16 de maio de 2011

FALE, aluno!

FALE programa

FALE no mundo

Escravidão é uma palavra que nos remete a um sem-fim de fatos tristes, como também é negativo o que nos lembra a data da Abolição da Escravatura. O dia 13 de maio imprime em nossa memória que um dia, em nosso país, alguém foi capaz de escravizar o outro, de forçar o outro a estar fora de seu lugar de origem e — acima e ainda pior — de obrigar uma pessoa a ser outra. Nessa edição, o Notícias FALE homenageia a África através dos principais instrumentos de que sujeito e nação dispõem para construir e defender sua identidade: a força da sua palavra, da sua linguagem, da sua Literatura.

Letras de ser África

Sou Kabwa, e nenhuma palavra do vento alcança os meus ouvidos, se eu não quiser; nenhuma gota da chuva molha meu nariz ou minhas costas, se eu não quiser. Nenhum dos monstros de três bocarras e duas asas seria capaz de me vencer. Sou bom caçador e bom corredor. Se eu quiser, sou capaz de vencer um desses bichos malvados e correr mais rápido do que seus irmãos e irmãs, mesmo se tiverem fogo no corpo. (PINGUILLY, Yves. O Caçador mais forte que o leão que engole a tempestade. In: Contos e lendas da África. São Paulo: Cia. das Letras, 2005)

Fonte:Divulgação

FALE em revista

A palestrante professora Ana Pizarro, da Universidad del Chile, especialista em Literatura e Cultura na América Latina proporcionou uma aula especial para os alunos da PUCRS no dia 2 de maio. Andarilha, Ana Pizarro já morou em diversos países e atravessou grande parte do Brasil de ônibus. Entre suas obras principais estão América Latina: palavra,literatura e cultura e o ganhador do Prêmio Casa de las Americas Amazonía: el río tiene voces. Entre os diversos temas discutidos pela professora estão a historiografia, a Modernidade Tardia da América Latina, a importância da oralidade e a múltipla identidade dos latinoamericanos. A professora Ana Pizarro mostrou que, na América Latina, não se pode falar de apenas um discurso e que devemos pensar a realidade histórica e literária de outro modo.

Conferência: la historiografía crítica em América Latina

Fonte:Divulgação

Fonte:Paloma Laitano

A conferência da última segunda-feira, dia 9, trouxe o professor de Literatura Comparada da Sorbonne, Daniel-Henri Pageaux, e o jornalista e escritor, Louis Philippe Dalembert, para discutir os rumos da Literatura Comparada

O professor Daniel-Henri Pageaux, em sua palestra intitulada A literatura comparada em suas encruzilhadas, falou que o estudo da Literatura Comparada é um fator primordial, diferenciador nos estudos literários. Para ele, a tarefa do comparatista não é buscar uma diferença absoluta, é procurar o diálogo, pois o diálogo simboliza outra forma de discurso: o da conciliação de duas direções opostas. A Literatura Comparada deve procurar a conservação de todas as diferenças dentro de uma harmonia, a m u l t i p l i c i d a d e n ã o p o d e s u b l i m a r a s d i f e r e n ç a s . Nesse sentido, a segunda palestra, do escritor Louis Philippe Dalembert, sobre Alejo Carpentier e a Teoria do Real Maravilhoso complementou as ideias do professor Pageaux. Para Dalembert, o ensaio de Carpentier sobre a Literatura do Real Maravilhoso tenta repatriar o homem, reconciliar o latino-americano com seu meio de diferenças e consigo mesmo por meio do confronto entre o homem e o mistério.

Mesa redonda: Perspectivas comparatistas na América Latina

e o papel de alguns autores.

O projeto Encontros com a Teoria, coordenado pelo professor Ricardo Barberena, teve sua primeira palestra realizada no dia 11 de maio, sobre o tema Formalistas Russos. O professor Alexandre Baungarten, da FURG, falou, com muito conhecimento e simpatia, a alunos de graduação e pós-graduação, destacando conceitos-chave da teoria formalista como “estranhamento”, “desautomatização” e “literariedade”, e ressaltando que "a grande contribuição dos formalistas foi a especificidade que deram ao objeto literatura, por almejarem o estabelecimento da teoria literária como ciência, o que, até então, ela nunca havia sido considerada." Baungarten defende também que "a Teoria da Literatura é o campo de conhecimento que deve intrumentalizar o estudioso da literatura, pois esta é uma forma de produção de conhec imento sobre o mundo, comparada à qu ímica e à f í s i ca , en t re ou t ras c iênc ias ” . A próxima palestra do ciclo será no dia 8 de junho, e o tema será Estruturalismo, com a professora Ana Mello.

Encontros com a teoria: Formalistas Russos

O primeiro encontro do evento No limiar das narrativas: hibridismo e multilinearidade foi realizado na última sexta-feira, dia 6, na arena do CELIN, e teve como tema Histórias em Quadrinhos. A apresentação ficou por conta dos alunos do PPGL Augusto Paim e Pedro Mandagará, com mediação da aluna Caroline Becker. Augusto Paim fez uma introdução sobre a linguagem de quadrinhos e trouxe exemplos de publicações híbridas. Sua fala teve como base as obras Desvendando os quadrinhos e Desenhando os quadrinhos, de Scott McCloud, e Quadrinhos e arte sequencial e Narrativas gráficas, de Will Eisner. Pedro Mandagará fez uma análise sobre a Liga extraordinária, de Allan Moore, tratando de sua forma narrativa e também o seu contexto social e antropológico. O público, formado principalmente por

O próximo encontro, dia 20 de maio, tratará da narrativa transmídia. Nesse semestre ainda serão discutidos os temas: narrativa em games e narrativa e música. Participe! Mais imagens e detalhes do evento podem ser encontrados em http://fragmentosdesentido-pucrs.blogspot.com/ (Colaboração: Camila Gonzatto, doutoranda em Teoria da Literatura)

No limiar das narrativas: hibridismo e multilinearidade

alunos de graduação, lotou a Arena e fez perguntas ao final.

FALE em notícias

Nos dias 25, 26 e 27 de maio acontecerá o V EnELLE, voltado para o ensino de línguas e literaturas estrangeiras, com o tema Línguas e literaturas: multidisciplinaridade e internacionalização. Este evento, que tem ocorrência no primeiro semestre de cada ano letivo, apresenta palestras voltadas para professores, alunos e interessados no assunto, como também procura divulgar a produção de alunos de graduação e pós-graduação, que apresentarão seus trabalhos em comunicações. Para maiores informações, entrar em contato com a secretaria da FALE através do email: [email protected]

Nos dias 24 e 25 de maio, a PUCRS sediará o evento Memória e Escritura — Jornadas Internacionais de Crítica Genética 3 e 1º Seminário Internacional de Acervos Digitais. Nesta edição, as Jornadas homenagearão o escritor Caio Fernando Abreu. Entre outros convidados, o evento contará, em suas principais conferências, com a presença dos professores Philippe Willemart (USP), Telê Ancona Lopez (IEB) e Carlos Reis (Universidade de Coimbra). A PUCRS tem alcançado destaque nacional e internacional através de seus trabalhos na área de Crítica Genética, realizados no DELFOS — Espaço de Documentação e Memória Cultural. As inscrições podem ser realizadas até o dia 24 de maio, na Secretaria da Pró-Reitoria de Extensão. E-mail: [email protected]

Jornadas Internacionais de Crítica Genética

Sally Cheryl Inkpin é professora de Literatura de Língua Inglesa na Universidade do Estado da Bahia e aluna do Doutorado Institucional — DINTER, realizado em Salvador pelo nosso Programa de Pós-Graduação, com apoio da CAPES. Sally é uma inglesa que adotou o Brasil, mais especificamente a Bahia, há cerca de vinte anos. Pretende ampliar a sua capacitação docente, realizando o Doutorado em Teoria da Literatura. Esteve no Rio Grande do Sul para participar do I Encuentro de la Internacional Del Conocimento — Diálogos en Mercosur, em Pelotas, e aproveitou para conhecer a PUCRS, onde ela e seus colegas realizarão estágio de 9 meses. "PUCRS is impressive", diz a inglesa radicada no Brasil.

Notícias do DINTER

Relendo a Literatura VI

Fonte:Divulgação

Relendo a Literatura estreia sua 6ª edição no dia 18 de maio, com a obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, apresentada pela coordenadora do projeto, a professora Maria Tereza Amodeo. Relendo tem como objetivo formar leitores em escolas do Ensino Médio, estimulando a leitura de grandes obras da literatura em Língua Portuguesa, por meio do cruzamento com diferentes formas artísticas, produtos culturais, meios de comunicação de áreas do conhecimento — cinema, fotografia, música, história, televisão, internet, etc. Além disso, visa contribuir para a formação continuada de professores de literatura do Ensino Médio. Confira a programação completa de 2011:

Fonte:Divulgação

- O que andas a fazer com um caderno, escreves o quê?- Nem sei, pai. Escrevo conforme vou sonhando.- E alguém vai ler isso?- Talvez.- É bom assim: ensinar alguém a sonhar.

(COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.)

No dia 13 de maio, os professores participaram de um encontro com a Diana Luz Pessoa de Barros, professora da USP e coordenadora do Pós-Graduação em Letras da Universidade Mackenzie além de ser representante da área de Linguística no Comitê de Letras e Linguística do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq. Os temas da reunião foram a avaliação de Programas de Pós-Graduação em Letras, o perfil de um programa nota 6 e o perfil do pesquisador de um programa nota 6. Além disso, o encontro teve como objetivo tratar d a q u a l i d a d e d a p r o d u ç ã o c i e n t í f i c a , d a r e l a ç ã o e n t r e P ó s - G r a d u a ç ã o e G r a d u a ç ã o . Lembramos que esse tipo de iniciativa é muito importante para professores e para os alunos, pois na última avaliação da CAPES, o Programa de Pós-Graduação da Letras obteve nota 5. O objetivo dessa reunião é aprimorar o curso com vistas à avaliação da CAPES em 2013.

Professores atentos

FALE em projetos

Nesta edição do Notícias FALE, vamos conhecer mais um projeto de pesquisa realizado na Faculdade de Letras, Estudos Culturais e Literaturas Lusófonas, coordenado pela professora Maria Luíza Ritzel Remédios, desenvolvido no NEL — Núcleo de Estudo de Literaturas Lusófonas. O projeto é interinstitucional e conta com a participação de diversos alunos e professores. Seu principal objetivo é constituir uma reflexão teórica sobre culturalismo e pós-colonialismo, no que diz respeito à relação entre literatura e sociedade, literatura e cultura. Nesse sentido, a pesquisa desenvolvida no NEL filia-se aos estudos culturaisvoltados para as margens dos sistemas, para os elementos excluídos, para as contra-hegemonias. Os trabalhos apresentados e discutidos na pesquisa têm se distinguido por abordar tópicos que os interesses ideológicos totalizadores, sejam de direita ou esquerda, tendem a obscurecer, como a condição de subalternidade e a apropriação criativa dos discursos dominantes, os mecanismos de exclusão/inclusão social, a desconstrução dos cânones erigidos pelos países hegemônicos, bem como a desvinculação das identidades étnicas e minoritárias da noção de classe social, propondo o hibridismo e a errância como estratégias, num tempo de globalização acelerada, contra a racionalidade instrumental do Ocidente, orientada pela separaçãoe pelas delimitações classificatórias. O trabalho dos pesquisadores já rendeu, de 2006 a 2010, publicações, palestras em escolas de ensino básico, participações em seminários e jornadas, orientação de teses e dissertações e a realização de 11 jornadas sobre o tema.

Estudos Culturais e Literaturas Lusófonas

Fonte:Divulgação

Curso com a professora Inocência Mata 2009

Fonte:Divulgação

Jornada NEL 2009

FALE por aí

Professora Leda Bisol lança dois livros

A professora Leda Bisol acaba de lançar Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro e Português do sul do Brasil: variação fonológica. As duas obras são fruto do trabalho de pesquisadores de diferentes universidades, que

Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro, em quinta edição, nasceu durante uma aula de Fonologia da professora Leda. Na época, os que hoje colaboram na elaboração do livro eram orientandos do curso de Pós-Graduação em Letras na nossa Faculdade, entre eles, Elisa Battisti, Gisela Collischoon, Laura Quednau, Maria José Blaskovski Vieira, Valeria Monaretto. Escrito com o objetivo de introduzir no ensino a teoria fonológica não linear, o livro é constituído de resumos didáticos de teor explicativo das principais obras que vinham sendo produzidas nessa nova linha. Este livro está presente em todas as universidades do Brasil que possuem fonologia em seu programa de Pós-Graduação. Português do sul do Brasil: variação fonológica foi elaborado por uma grande equipe. Os pesquisadores, que pertencem a diferentes universidades, reuniram-se quinzenalmente durante dois anos para discutir cada capítulo do livro. O objetivo é oferecer elementos para a descrição do português brasileiro, e motivar a ampliação de trabalhos na área.

se reúnem quinzenalmente na sala do Projeto VARSUL, na PUCRS.

Segundo Leda Bisol isso é sinal de que seu objetivo foi alcançado.

Em meio à discussão suscitada pelo projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa sobre a tradução de expressões ou palavras estrangeiras, o Governo do Estado promoveu uma edição de O Governo Escuta, no dia 11 de maio. A segunda edição do fórum reuniu especialistas para tratar da polêmica, com transmissão online e participação do público. Conforme matéria do Jornal do Comércio, publicada no dia 12 de maio, o debate permitiu ao governo conhecer diferentes pontos de vista sobre a questão do estrangeirismo, sem restringir-se ao projeto em si. Entre os participantes estava a professora da FALE Marisa Smith, que explicou a impossibilidade de que se fale uma língua pura e de que a adoção de estrangeirismos não é fenômeno recente. “Porém a defesa de nosso idioma se justifica não por temer a soberania, mas

Professora da FALE no debate sobre os estrangeirismos

O evento ocorreu em Belo Horizonte nos dias 05, 06 e 07 de maio do corrente ano. Realizado pelo Grupo de Pesquisa Letras de Minas e pelo NEIA (Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade), com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Letras e da Pós-Graduação em Estudos Literários, contou com um número expressivo de participantes de diferentes regiões do Brasil. A FALE esteve representada pela doutoranda da Pós-Graduação em Teoria da Literatura, Adriana Rodrigues Machado, que participou da mesa temática Henriqueta Lisboa: poética e memória. Juntamente com duas doutorandas da UFMG e uma da UFPB, a PUCRS marcou presença e compartilhou experiências. Com o tema Escritoras de ontem e de hoje, foram homenageadas as escritoras Dinah Silveira de Queiroz, Elisa Lispector, Elizabeth Bishop e Teresa Margarida da Silva e Orta. As escritoras convidadas que compareceram para prestar depoimentos foram Carola Saavedra, Cristiane Sobral, Leda Maria Martins, Lya Luft, Lúcia Castello Branco, Ruth Silviano Brandão e Vera Casa Nova. A professora Zahidé L. Muzart (UFSC) abriu o evento, e as pesquisadoras Nádia Batella Gotlib (USP) e Conceição Flores (UnP) proferiram as conferências de encerramento. A coordenação do evento

FALE representada no III Colóquio Mulheres em Letras/ I Encontro Nacional Mulheres em Letras na UFMG

Professora Constância Lima Duarte e Adriana Machado

Fonte: Arquivo pessoal da aluna

“No momento em que foram anunciadas nominalmente as instituições participantes,com pesquisadores de quase todo o país, fiquei feliz ao perceber que eu estava epresentando o meu Estado e a instituição à qual pertenço, a PUCRS. Foram momentos muitos produtivos, de intensa partilha de conhecimento e de afeto” (Colaboração: Adriana Rodrigues Machado).

ficou a cargo da competente equipe da professora Constância Lima Duarte.

Mais informações: http://www.cwaclipping.net/sistema/newsletter/visualizar/materia.php?security=0e10b2b72764.45942.356922

E você, o que pensa sobre o assunto?

por uma questão de educação”, ela alertou.

Nos dias 10,11, 12 e 13 de maio de 2011, participamos do II Seminário Internacional de Estudos Literários (SINEL – Literatura e Territorialidade), na URI (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões), em Frederico Westphalen. Nós, Anna Martins, Joseane Camargo e Paloma Laitano, chegamos no dia 09, segunda-feira, de madrugada, depois de 8 horas de viagem, e nos dirigimos ao Hotel Cantelle, onde ficamos hospedadas. Depois, vieram ao nosso encontro Alana Vizentin, Aline Job, Gabriela Farias, Ilse Maria Vivian, Caroline Becker e Natasha Centenaro. Esse grupo todo representou a PUCRS no II SINEL, apresentando, cada uma, a sua comunicação, com direito ao diálogo e ao debate produtivo que, com certeza acrescentou muito a nossa pesquisa e trabalho de dissertação/tese. O Seminário contou com a presença de grandes nomes, nacionais e internacionais, dos estudos literários e da literatura, tais como Daniel-Henri Pageaux, Adriana Crolla, Ana Beatriz Gonçalves, Eduardo Coutinho e o escritor Louis-Phillipe Dalembert. Também de autores queridos nossos, como Altair Martins, que trouxe consigo uma fala translúcida em suas palavras sobre memória e territorialidade. Teve sessão de autógrafos, livros como Musas na encruzilhada de Pageaux e Como e porque (des)ler os clássicos da biografia de André Luis Mitidieri fizeram parte do nosso carrinho de compras. O evento promoveu também oficinas, entre as quais nos dividimos. Fizemos a oficina “Guimarães Rosa”, ministrada pelo professor Marcelo Marinho; a oficina “Leitura”, ministrada pelo professor e escritor Altair Martins; e a oficina “Espaço biográfico”, ministrada pelo professor André Mitidieri. Vale ressaltar que a organização do Seminário foi surpreendente e modernizada/informatizada, exemplo disso foi a lista de presença/chamada feita através de um código de barras,

O SINEL é um evento grande, com participantes e ouvintes de toda a América Latina, encontramos argentinos, uruguaios, paulistas, baianos, cariocas, mineiros, etc. Enfim, é sempre muito bom viajar, conhecer novos territórios, novos pesquisadores, com interesses em comum e abertura ao diálogo. Foi uma semana intensa, divertida, produtiva e com muitos frutos na bagagem de volta. (Colaboração: Anna Faedrich Martins, Paloma Laitano e Joseane Camargo)

processado pelo computador, e o material que nos disponibilizaram.

- Agora, meu filho, eu já não falo nenhuma língua, falo só sotaques. Entende?

(NETO, Agostinho. Adeus à hora da largada. In: Sagrada esperança. São Paulo: Ática, 1985.)

Viagem. Bolsa-sanduíche. Portugal, Universidade de Lisboa. Pra começar elesacham super engraçado essa história de bolsa-sanduíche! Eu também acho! Ô nomezinho! Bem, o primeiro exercício de resistência começa, no Brasil, com a papelada do visto para entrar em Portugal, como estudante. Não dá pra ser em cima da hora! Passado esse primeiro entrave, tudo fica mais leve, quer dizer... Lisboa é linda, chegar à Universidade é fácil e rápido, de qualquer parte, o metrô é uma maravilha, o custo de vida é o esperado... já moradia é o item mais caro do cardápio. A programação cultural da cidade é intensa, organizadíssima, com folhetos, cadernos, folders, em tudo quanto é lugar... Mas, estou aqui para ampliar o material da minha tese, que tem como “suporte” principal os contos populares africanos. Então, estou sendo orientado pela professora Inocência Mata, que é um grande nome na área de literaturas africanas. Estou acompanhando duas disciplinas dela (não é obrigatório, pela bolsa, fazer disciplina nenhuma!), tendo acesso a livros e materiais que não se consegue no Brasil, e tendo contato com uma produção de literatura africana que está publicada aqui e não chega ao nosso país. Só isso já vale a viagem, a pesquisa, tudo! A professora tem me levado para atuar consigo em vários trabalhos, pelo país (Ai, a “Costa Vicentina”!) e nas imediações (Ai, “Cáceres”!) e ainda delegou-me a responsabilidade de ministrar um módulo de aulas, do seu programa, em uma das disciplinas na graduação. O que mais enche os olhos é a generos idade da p ro fessora . Co isa ra ra na Academia !

Uma vida lisboeta, por Celso Sisto

As diferenças de linguagem são engraçadas! Não pergunte nunca “onde é o banheiro”. Todos vão ficar te olhando com cara de espanto. Banheiro aqui é salva-vidas! Lembre-se: casa de banho é o lugar!!!! E se alguém perto de ti disser “um sarilho nunca vem só!”, não fique pensando que estão tirando sarro da sua cara! Sarilho é confusão! Melhor mesmo é sair pelas livrarias, que são muitas, a encher a mala de livros, que são bem mais baratos aqui, ó pá! E ainda por cima, na minha área (literatura infantil e juvenil), lindamente editados com capa-dura!

Fonte:Arquivo Pessoal Celso

Aluna: Fabiana Ribeiro do NascimentoCidade natal: Porto Alegre - RSEm que ano ingressou em Letras: 2010/1Previsão de formatura: 2014/1Notícias : Por que optou pelo curso de Letras? Fabiana Nascimento: Costumo dizer que era impossível que eu escolhesse outro curso que não fosse da área de Humanas. Minha mãe é jornalista e sempre leu, estudou e trabalhou muito, sempre teve senso crítico aguçado e consequentemente nos incentivava a ser assim. Minha irmã é formada em Letras e agora trabalha e vive na Nova Zelândia. Além disso, na minha infância eu sempre tive o convívio de pessoas estrangeiras, minha família sempre acolheu conhecidos em eventos como o Fórum Social Mundial e outros, então eu cresci com muita curiosidade a respeito de outras línguas... Enfim, tudo realmente convergia para que eu fosse estudar línguas.

FALE

N : Qual a sua área(s) preferida(s)? Por quê? FN: É meio difícil responder essa pergunta, porque eu amo muito as três áreas trabalhadas no meu curso (Inglês, Linguística e Literatura), mas acho fascinante o mundo da Literatura, sinto como se quanto mais eu lesse, mais eu tenho uma infinidade de autores a conhecer e obras maravilhosas a descobrir.N : Quais as suas expectativas em relação ao seu futuro como profissional de Letras? FN: Eu acredito que a formação em Letras é muito ampla e que há muito campo profissional para quem corre atrás do que quer. Espero aprender muito trabalhando na área de Tradução (área em que atualmente atuo), acho que é uma atividade muito importante e interessante, na qual aprendo diariamente coisas que jamais sequer pensaria que aprenderia - na empresa em que trabalho, aprendo muito sobre tecnologia, engenharia, aviação (!), administração... N : Comente alguma consequência dos seus estudos na sua vida pessoal. FN: Sinto que o curso tem me desafiado cada vez mais a procurar sobre os assuntos que me interessam e viver ao máximo a experiência acadêmica, com seus lados bons e não tão bons.

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Coordenação: Maria Tereza AmodeoEdição e redação: Camila Doval e Juliana GrünhäuserRedação: Maurício Pacheco Amaro e Mônica R. de RodriguesDiagramação: Murillo de Souza Rodrigues

Comunique, divulgue, participe: [email protected]

16, 17, 18 de maioIV Colóquio de Linguística e LiteraturaHorário: 9hLocal: sala 305, prédio 8

18 de maioRelendo a LiteraturaHorário: 17h30Local: Arena do Celin, prédio 8

24 e 25 de maio Jornadas Internacionais de Crítica GenéticaHorário: 8h30Local: sala 305, prédio 8

25, 26 e 27 de maioV EnelleHorário: 17hLocal: auditório do prédio 9

Fonte:Divulgação

Então todo o bosque se começou a desmoronar, com um demorado rumor de chuva mansa, e com ele os pássaros e as cubatas e a utensilagem doméstica, e em breve nada havia em redor a não ser uma larga planície de cinza idêntica. (AGUALUSA, José Eduardo. Estação das chuvas. Rio de Janeiro: Gryphus, 2000.)

FALE representada no II SINEL

Fonte:Divulgação

Fonte:Camila GonzattoFonte:Camila Gonzatto

Fonte:Murillo Rodrigues

Informações pelo ramal 4615, à tarde com Mônica ou Natasha.