Falta de Oxigênio Parte 1

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  • 8/10/2019 Falta de Oxignio Parte 1

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    A Importncia de Oxignio Parte 1

    Introduo

    Atuo na rea de controle ambiental h 40 anos. No sou bilogo, nem engenheiro,

    porm, tenho 24 anos de experincia no trabalho voltado aos problemas operacionais

    de estaes de tratamento de efluentes em vrias indstrias de papel e celulose.

    Tenho me especializado em trabalhos como:

    Desenvolvimento de projetos e operaes em estaes de tratamento deefluentes;

    Sistema de lodos ativados;

    Dimensionamento do reator biolgico;

    Princpios bsicos da aerao;

    Dimensionamento de sistemas de aerao;

    Diagnstico de problemas operacionais das ETEs e contribuies para asoluo dos problemas encontrados;

    Sou formando em Qumica na Michigan State University, East Lansing, (Mi USA), e

    tenho Mestrado em Qumica Orgnica pelo ITA-CTA, So Jos dos Campos (SP Brasil).

    A abordagem dos comentrios que farei ser realizada informalmente e,

    principalmente com base nas minhas experincias profissionais. No pretendo

    escrever sobre os assuntos de forma exaustiva, nem com detalhes excessivamente

    tcnicos ou apresentar ideias e conceitos totalmente novos. Pretendo tratar de

    problemas tpicos encontrados dentro das estaes de tratamento de efluentes, nasindstrias de papel e celulose por operadores e engenheiros em seu trabalho dirio.

    Iniciarei as discusses por quatro fatores operacionais que considero importantes em

    uma estao de tratamento de efluentes: (a) o controle, a concentrao e o

    fornecimento de oxignio; (b) o controle, a concentrao e o fornecimento dos

    nutrientes, (c) o controle do pH, e (d) o controle da temperatura.

    A importncia de oxignio na operao das estaes de tratamento de

    efluentes de lodo ativado

    Um dos aspectos mais problemticos na conduo adequada de uma estao detratamento de efluentes de lodo ativado relaciona-se s quantidades de oxignio

    exigidas para a operao e que se encontram disponveis na estao. Em relao a essa

    questo a bibliografia bastante ampla. Entretanto, aqui no irei analisar de forma

    abrangente o conjunto de estudos efetuados por pesquisadores e que se encontram

    disponveis, tanto pela mdia impressa, como pela Web. De forma muito sucinta

    destaco algumas referencias que considero importante para a anlise proposta. As

    referencias (citadas abaixo) tratam de estaes de tratamento de efluentes de forma

    bastante abrangente. Entretanto, elas contm informaes que contribuem para

    entender os problemas e possveis causas que poderiam levar um operador ou

    engenheiro a encontrar dificuldades operacionais em seu trabalho dirio. Segue abaixo

    as mencionadas referencias:

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    1. Wastewater Engineering: Treatment and Resource Recovery,

    Metcalf & Eddy, Inc., George Tchobanoglous, H. David Stensel, Ryujiro

    Tsuchihashi,Franklin Burton,McGraw-Hill Education, 3 de set de 2013 - 2048

    pginas.

    2. Manual on the Causes and Contro l of Activated Sludge Bulking an

    Foaming, D. Jenkins, M. G. Richard, G. T. Daigger, Water Research

    Commission, 1986.

    3. Biological Wastewater Treatment, C. P. Leslie Grady, Glen T.

    Daigger, Nancy G. Love, Carlos D. M. Filipe IWA Publishing, 1 de jan de

    2011 - 991 pginas.

    4. Ap licaes da Bio tecno log ia em Pro cesso s Ambientais da

    Fabr icao de Celulos e Kraf t e de Papel de Eucali pto : Processo s

    Aerbicos por Lo dos A tivados para Tratamento de Efluentes,

    Capitulo PT34, Celso Foelkel,

    http://eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT34_Lodos_Ativados.pdf

    Um processo de tratamento de efluentes por lodos ativados ou em lagoas de aerao

    implica no fornecimento e na mistura de ar ou, eventualmente de oxignio elementar

    ao efluente. Os slidos suspensos em uma estao de tratamento de efluentes so

    compostos de flocos de bactria e outros micrbios, protozorios entre outras

    matrias inativas. Os slidos, ou mais genericamente o lodo, so compostos em parte,

    de seres vivos, e, portanto necessitam de oxignio para sobreviver. Ento, vamos

    considerar alguns dos principais aspectos que se relacionam entre o oxignio e os

    slidos que se encontram num tanque de aerao ou lagoa.

    A sequncia de transferncia de oxignio: Num sistema de tratamento de

    efluentes aerbicos (lagoas ou tanques, com aerao facultativa ou forada)

    estamos criando seres vivos dentro e como parte dos prprios flocos, com a

    finalidade de que eles comam a poluio contida no efluente. Devemos

    manter em mente a sequncia de transferncia de oxignio, que

    resumidamente consiste em:

    A passagem do oxignio no ar para dentro do efluente

    (dissoluo de um gs num liquido);

    A passagem do oxignio no efluente para dentro do floco

    (transferncia de um gs num liquido para dentro de um

    slido); A passagem do oxignio no floco para dentro da

    bactria ou outro micrbio, (transferncia de um gs num

    slido para dentro de outro slido) onde a oxidao dos

    poluentes efetivamente se inicia.

    A medio de Oxignio: Espero tornar evidente o quanto importante que

    seja fornecido ar, ou melhor, oxignio que est dentro do ar, para o efluente

    da forma suficiente. Para garantir que estamos fornecendo a quantidade de

    oxignio suficiente, medimos e monitoramos a concentrao residual deoxignio (OD ou oxignio dissolvido) na estao.

    http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Metcalf+%26+Eddy,+Inc.%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22George+Tchobanoglous%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22H.+David+Stensel%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Ryujiro+Tsuchihashi%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Ryujiro+Tsuchihashi%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Franklin+Burton%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Franklin+Burton%22http://eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT34_Lodos_Ativados.pdfhttp://eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT34_Lodos_Ativados.pdfhttp://eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT34_Lodos_Ativados.pdfhttp://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Franklin+Burton%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Ryujiro+Tsuchihashi%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Ryujiro+Tsuchihashi%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22H.+David+Stensel%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22George+Tchobanoglous%22http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbo=p&tbm=bks&q=inauthor:%22Metcalf+%26+Eddy,+Inc.%22
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    Normalmente essa concentrao de oxignio residual presente no efluente

    medida e o seu resultado se expressa numericamente em miligramas de 02/l

    da amostra. A maneira de medir a concentrao residual de oxignio e a

    eventual coleta da uma amostra para sua avaliao no constitui em

    operaes muito simples de se executar. necessria uma ateno especial ao

    processo de medio para se obter valores confiveis. Pretendemos voltar a

    esse assunto mais para frente.

    Ento, mantendo uma concentrao residual de oxignio dissolvido (a DO)

    dentro do efluente em excesso, garantimos que a microbiota que est dentro

    do lodo ter oxignio suficiente e no estar se sufocando!

    Concluses

    Em resumo e de forma muito sucinta e simples, espero ter explicado a necessidade de

    fornecer, monitorar e controlar a quantidade de oxignio em uma estao detratamento de efluentes.

    Na parte 2, pretendo abordar questes como: Quanto oxignio necessrio? e

    Como saber que est faltando ar ou oxignio em uma estao de tratamento de

    efluentes?.