Faq Custas Sc

Embed Size (px)

Citation preview

PERGUNTAS E RESPOSTAS (ATUALIZAO AT MARO/2012)

SOBRE

CUSTAS

PROCESSUAIS

I CUSTAS JUDICIAIS, PREPARO E VALOR DA CAUSA

1 Qual o artigo do Regimento de Custas que determina o recolhimento de 100% das custas iniciais? o art. 24. 2 Existe valor mximo nas custas judiciais? O art. 4 do Regimento de Custas estabelece: Art. 4. Ficam estabelecidos em 400 (quatrocentas) URCs os limites mximos das custas devidas a titular de escrivania ou pelos servios de unidades judiciais de primeiro grau e ao Tribunal de Justia e, em 200 (duzentas) URCs em relao aos servios prestados pelas Turmas de Recursos, Atos de Juzo, do Ministrio Pblico e demais auxiliares da Justia, em razo dos servios judiciais. (sem grifo no original). 3 Como obter o valor de custas iniciais? O Provimento n. 02/2000 autorizou os advogados, exclusivamente no primeiro grau de jurisdio, a enviar peties iniciais e intermedirias pela via postal. Enquanto que a Resoluo Conjunta n. 04/08-GP/CGJ possibilitou o envio de petio por meio eletrnico. No mais, o art. 75 do CNCGJ estabelece: Art. 75. No caso de petio inicial, cumpre ao interessado solicitar contadoria da comarca qual se destina, a Guia de Recolhimento Judicial (GRJ) e o boleto bancrio, providenciando o pagamento respectivo. Na solicitao dever informar o tipo de ao, nome do autor e do ru, valor da ao e respectiva data, endereo das partes para diligncias, etc. 1o Cpia da GRJ ou do boleto dever acompanhar a inicial, e a comprovao do pagamento se dar mediante recibo emitido pelo Sistema de Automao do Judicirio SAJ. 2o A solicitao da GRJ e do boleto se dar por meio de servio disponibilizado na internet no portal do Tribunal de Justia (www.tjsc.jus.br). IMPORTANTE: a guia deve ser solicitada na comarca onde tramitar a ao. 4 Processo de execuo para entrega de coisa incerta, que foi cadastrada na Comarca A, com custas iniciais pagas, sendo

1

declinada a competncia para a Comarca B. Como devo proceder em relao as custas iniciais? O Regimento de Custas e Emolumentos (RCE) deste Estado estabelece que, no momento da distribuio, o interessado deve comprovar o recolhimento total das custas, seno veja-se: Art. 24. Ressalvadas as hipteses expressamente previstas em lei, quando da distribuio da petio inicial, de petio avulsa ou de requerimento s serventias extrajudiciais,dever a parte ou o interessado comprovar o recolhimento do total das custas e despesas judiciais, dos emolumentos e dos valores devidos ao Fundo de Reaparelhamento da Justia, se a eles sujeito a ao ou ato. (sem grifo no original) [...] Art. 25. As custas referentes aos feitos judiciais de competncia originria do primeiro grau so pagas antecipadamente, salvo se o interessado for beneficirio de assistncia judiciria gratuita, houver autorizao legal em contrrio ou se o juiz o deferir, quando se tratar de medida de natureza urgente e no houver ou encontrar-se encerrado o expediente bancrio. (sem grifo no original) Esse diploma legal determina que a cobrana de atos retificatrios ou renovadores, somente podem ocorrer nas situaes em que o servidor no deu causa, como segue: Art. 31. Todas as custas e emolumentos pagos de acordo com este Regimento sero cotados margem no s dos originais, como dos respectivos traslados, certides e pblicas-formas. [...] 3. vedada a cobrana de custas ou emolumentos por atos retificatrios ou renovados, em razo de erro imputvel ao servidor. (sem grifo no original) No mais, o Cdigo de Normas da Corregedoria Geral da Justia dispe acerca da exigncia do recolhimento de custas junto ao juzo onde tramita a ao. Art. 513. O interessado comprovar o recolhimento junto ao juzo onde tramita a ao, sob pena de arcar com o conseqente nus. (sem grifo no original) Portanto, se no houve erro do servidor para que a competncia fosse declinada, o interessado deve recolher novamente as custas iniciais. Assim, a orientao para que a parte recolha as custas iniciais na Comarca B e solicite a devoluo na Comarca A, cabendo ao juiz do processo desta analisar o caso.

2

5 Processo que foi declinada a competncia na Comarca de Curitiba-PR. As custas iniciais devem ser recolhidas na Comarca do Estado de Santa Catarina. 6 Custas iniciais recolhidas equivocadamente na comarca A e a ao ser distribuda na comarca B. possvel aproveitar as custas recolhidas, ou o interessado tem que pagar novamente as custas e solicitar a devoluo do que pagou por engano? O interessado deve recolher as custas da comarca B e solicitar a devoluo do que pagou comarca A. As orientaes ao pedido de devoluo constam na pgina do Tribunal de Justia, em JURISDIO CUSTAS/EMOLUMENTOS INSTRUES PARA DEVOLUO DOS VALORES RECOLHIDOS INDEVIDAMENTE AO FUNDO DE REAPARELHAMENTO DA JUSTIA. (http://www.tjsc.jus.br/jur/custas/frj.htm) 7 Um advogado ingressou com a ao na Comarca XXX, quando era para ter entrado na Comarca YYY. Poder essas custas que j foram pagas, ser transferidas para o processo que ele vai distribuir na Comarca YYY?. Deve pagar as custas na comarca atual e solicitar a devoluo das que foram pagas na Comarca XXX. 8 Custas iniciais avulsas recolhidas em outra comarca. No caso das custas iniciais avulsas, estas devem ser recolhidas comarca que se destina a ao. Caso recolhida em guia emitida por outra comarca, dever haver a intimao para que efetue o recolhimento na comarca que tramitar a ao, devendo a parte solicitar a devoluo dos valores pagos na outra comarca, conforme instrues contidas no site do TJ. (http://www.tjsc.jus.br/jur/custas/frj.htm) 9 Suscitao de Dvida de cartrio extrajudicial, tem custas? No, porque procedimento administrativo, exceto se houver condenao. Esclarece-se que o RCE prev a possibilidade do titular da serventia impugnar os valores dos atos que esto abaixo da quantia real ou de mercado. Nesta situao, h cobrana de custas finais, como segue: Art. 16. Nos atos e servios praticados pelos notrios ou oficiais dos registros pblicos, com valor declarado ou com expresso econmica mensurvel considerado, para efeito de cobrana dos emolumentos, o maior valor apurado entre o valor declarado pelas partes no negcio; o valor venal atribudo pelo rgo fiscal competente para fins de imposto predial e territorial ou do imposto de transmisso. 1. Nos atos relativos constituio de dvidas ou financiamentos, como a hipoteca e o penhor, a base de clculo o valor do contrato.

3

2. O valor estimado pela parte, na ausncia dos indicadores referidos no caput deste artigo, ou na hiptese de encontrarem-se esses indicadores em flagrante dissonncia com o valor real ou de mercado do bem ou do negcio, poder ser impugnado pelo titular da serventia, por petio escrita dirigida ao juiz com jurisdio sobre registros pblicos, havendo privativo, ou ao diretor do foro, que arbitrar o valor do ato ou do servio, baseando-se, preferencialmente, em laudo do avaliador judicial, arcando o vencido com as custas e despesas do incidente. (sem grifo no original) 10 Entidade religiosa isenta de custas? No Regimento de Custas e Emolumentos no h previso de iseno de custas para as entidades religiosas. 11 A Caixa Econmica Federal CEF paga custas? Sim, paga 100% das custas iniciais e finais, pois ela uma empresa pblica (art. 1 do Decreto n. 5.056/2004). No mais, consoante o Manual do Contador (fl. 60), a Caixa Econmica Federal somente quando representa o Fundo de Garantia por Tempo de Servio FGTS, ter o mesmo tratamento de autarquia, ou seja, no antecipar custas, apenas as despesas. Se vencida, haver reduo de 50% das custas finais. 12 O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul BRDE paga custas? Sim, paga custas iniciais e finais em 100%. Apesar do BRDE ser organizado como autarquia interestadual, esclarece-se que o STF e STJ entendem que ele possui natureza de empresa pblica, pois explora atividade econmica, seno veja-se: Ao Cvel originria. Imunidade fiscal com base no disposto no artigo 150, VI, "a", e seu pargrafo 2. Natureza jurdica do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE. - Rejeio da preliminar de ilegitimidade ativa "ad causam" dos Estados do Paran, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em conseqncia, fica prejudicada a alegao de incompetncia residual desta Corte. Alis, ainda quando os Estados-membros no tivessem legitimidade ativa "ad causam", haveria conflito federativo entre o Banco-autor, criado como autarquia interestadual por eles, e a Unio Federal que lhe nega essa natureza jurdica para efeito de negar-lhe a imunidade fiscal pretendida. - No mrito, esta Corte j firmou o entendimento (assim, no RE 120932 e na ADI 175) de que o Banco-autor no tem a natureza jurdica de autarquia, mas , sim, empresa com personalidade jurdica de direito privado. Conseqentemente, no goza ele da imunidade tributria prevista no artigo 150, VI, "a", e seu pargrafo 2, da atual Constituio, no fazendo jus, portanto, pretendida declarao de inexistncia de relao

4

jurdico-tributria resultante dessa imunidade. Ao que se julga improcedente. (STF - Tribunal Pleno - ACO 503/RS, Rel. Min. Moreira Alves, jul. 25/10/2001). RECURSO ESPECIAL - EMBARGOS EXECUO - NEGATIVA DE PRESTAO JURISDICIONAL - NO OCORRNCIA, NA ESPCIE - BANCO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO DO EXTREMO SUL (BRDE) OBSERVNCIA AO PROCEDIMENTO ESTABELECIDO PELO CDIGO DE PROCESSO CIVIL PARA EXECUO DE QUANTIA CERTA CONTRA FAZENDA PBLICA - IMPOSSIBILIDADE - RECURSO ESPECIAL IMPROVIDO. 1. No existe negativa de prestao jurisdicional no acrdo que, a despeito de adotar fundamento diverso daquele pretendido pela parte, efetivamente decide de forma fundamentada toda a controvrsia. 2. O rito previsto pelos artigos 730 e seguintes do Cdigo de Processo Civil, aplicvel execuo de quantia certa contra a Fazenda Pblica, no aplicvel ao ente que, a despeito de formalmente ser considerado uma autarquia, na realidade, em razo de explorar atividade econmica, mediante fomento de setores da economia, se reveste de natureza de empresa pblica, como sucede in casu. 3. Recurso especial a que se nega provimento. (STJ, REsp 579.819/RS, Rel. Ministro MASSAMI UYEDA, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/08/2009, DJe 15/09/2009) 13 - Quais os rgos pertencentes a estrutura do governo de Santa Catarina que pagam ou no custas? A iseno est prevista no art. 33, caput, e art. 35, h, do Regimento de Custas e Emolumentos, bem como na Circular n. 17/2009. A estrutura completa do governo pode ser verificada no endereo eletrnico: http://www.sc.gov.br/ Abaixo seguem alguns rgos, autarquias e empresas pblicas de Santa Catarina.

rgos isentos de custas, pois pertencem a administrao direta do Estado:

DETRAN - Departamento Estadual de Trnsito e Segurana Viria (vinculado Secretaria de Estado de Segurana Pblica e Defesa do Cidado); IOESC - Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina (vinculada a Secretaria de Estado da Administrao). Autarquias isentas de custas:

APSFS - Administrao do Porto de So Francisco do Sul; DEINFRA - Departamento Estadual de Infra-estrutura;

5

DETER - Departamento de Transportes e Terminais; IPESC/IPREV - Instituto de Previdncia do Estado de Santa Catarina; JUCESC - Junta Comercial do Estado de Santa Catarina; AGESC - Agncia Reguladora de Servios Pblicos de Santa Catarina; IMETRO/SC - Instituto de Metrologia de Santa Catarina. Fundaes Pblicas isentas de custas:

UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina. FAPESC - Fundao de Apoio Pesquisa Cientfica e Tecnolgica do Estado de SC; FCC - Fundao Catarinense de Cultura; FESPORTE - Fundao Catarinense de Desportos; FCEE - Fundao Catarinense de Educao Especial; FATMA - Fundao do Meio Ambiente.

Pagam 100% das custas:

BADESC - Agncia de Fomento do Estado de Santa Catarina S.A. BADESC; BESCOR - Besc S/A Corretora de Seguros e Administradora de Bens; CELESC - Centrais Eltricas de Santa Catarina S.A.; CEASA - Centrais de Abastecimento do Estado de Santa Catarina S.A; CIASC - Centro de Informtica e Automao do Estado de Santa Catarina S.A.; CASAN - Companhia Catarinense de guas e Saneamento; CODESC - Companhia de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina; COHAB - Companhia de Habitao do Estado de Santa Catarina; CIDASC - Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrcola de SC; CEPA - Instituto de Planejamento e Economia Agrcola de Santa Catarina; EPAGRI - Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de SC; SANTUR - Santa Catarina Turismo S.A.; SC PARCERIAS - SC Parcerias S.A.; SCGS - Companhia de Gs de Santa Catarina; INVESC - Santa Catarina Participaes e Investimentos S/A

6

14 O Ministrio Pblico paga custas? No, consoante Regimento de Custas: Art. 35. So isentos de custas e emolumentos: a) o processo criminal, se devidas pela Fazenda do Estado, ou qualquer outro, inclusive incidente e recurso, quando decair o Ministrio Pblico; 15 As fundaes pagam custas iniciais? As fundaes pblicas do Estado de Santa Catarina e de seu municpios so isentas do pagamento de custas, em virtude do art. 35, h, do Regimento de Custas e Emolumentos (Circular n. 17/2009). Entretanto, elas pagam as despesas processuais (fotocpia, protocolo unificado, conduo do oficial de justia ...). 16 A CELESC paga as custas processuais ou apenas as diligncias do oficial de justia? A CELESC paga custas e despesas processuais, pois ela uma sociedade de economia mista. 17 A Empresa Brasileira de Correios e Telegrfos (ECT) paga custas judiciais? Sim, pois um empresa pblica. 18 A cmara de vereadores paga custas? A Cmara de Vereadores integra a estrutura do Poder Pblico (Legislativo). Portanto, est isenta do pagamento de custas (art. 33 do RCE). Conforme deciso do Conselho da Magistratura: RECURSO DE DECISO. CUSTAS JUDICIAIS. CMARA MUNICIPAL DE VEREADORES. ISENO. - A Cmara de Vereadores, integrante do Municpio, isenta de custas e emolumentos judiciais. (Recurso de Deciso n. 278/2000, Rel. Des. XAVIER VIEIRA.) 19 Termo circunstanciado tem custas? No, pois ele semelhante ao inqurito policial (art. 69 da Lei n. 9.099/95). 20 Declarao de insolvncia tem custas iniciais? Sim. O valor da causa o ttulo que instrui o pedido (arts. 754 e 755 do CPC). 21 Interpelao Judicial tem custas iniciais? Sim, arts. 867 a 873 do CPC.

7

22 Pedido de Explicaes, como deve ser interpretada a redao do art. 872 do CPC, h recolhimento de custas iniciais? Sim, deve haver o recolhimento de custas iniciais. O art. 872 do CPC deve ser interpretado quando h custas finais a recolher (despesas ou algum ato que deixou de ser cobrado na inicial). 23 Na ao de alimentos h cobrana de custas iniciais? Sim. Caso o interessado no tenha condies de arcar com esse valor, ele deve solicitar o benefcio da justia gratuita, consoante os termos da Lei n. 5.478/68, que dispe sobre a ao de alimentos: Art. 1. A ao de alimentos de rito especial, independente de prvia distribuio e de anterior concesso do benefcio de gratuidade. 1 A distribuio ser determinada posteriormente por ofcio do juzo, inclusive para o fim de registro do feito. 2 A parte que no estiver em condies de pagar as custas do processo, sem prejuzo do sustento prprio ou de sua famlia, gozar do benefcio da gratuidade, por simples afirmativa dessas condies perante o juiz, sob pena de pagamento at o dcuplo das custas judiciais. (sem grifo no original) 3 Presume-se pobre, at prova em contrrio, quem afirmar essa condio, nos termos desta lei. 4 A impugnao do direito gratuidade no suspende o curso do processo de alimentos e ser feita em autos apartados. 24 Habilitao de crdito em processo falimentar tem custas? Sim, ela considerada ao incidental, logo haver cobrana de custas iniciais. 25 Gostaria de maiores esclarecimentos sobre habilitao de crdito em processo de recuperao judicial. 1 - Caso j publicado o edital com a lista de credores e os respectivos valores, o prazo para habilitao j encerrou, assim o interessado dever ingressar com a ao ordinria prpria para o caso, que possui custas iniciais. 2 - Se o administrador ainda no apresentou o rol de credores, o credor deve informar diretamente ao administrador judicial, caso no queira faz-lo, seu pedido ser distribudo como habilitao de crdito e dever pagar custas iniciais. 3 - Caso o administrador j tenha apresentado o rol, mas ainda no tenha sido publicado, o credor dever ingressar com a respectiva habilitao de crdito, recolhendo as custas iniciais.

8

26 Nos embargos a execuo fiscal ou cvel so cobradas a custas iniciais? Sim, conforme art. 508 do Cdigo de Normas da Corregedoria-Geral da Justia: Art. 508. O recolhimento das custas iniciais dos embargos execuo dever ser comprovado no momento da sua distribuio. 27 Cobra-se custas iniciais no embargos de terceiro? Sim (arts. 1.046 e 1.047 do CPC, art. 508 do CNCGJ). Nos embargos de terceiro, o valor da causa a quantia que se pretende embargar. 28 Ao Monitria, sem oposio de embargos (art. 1102c do CPC). Aps o cumprimento do despacho, ela converteu-se em ttulo executivo judicial. Nesse caso, realizar-se- a evoluo de classe com a cobrana de custas adicionais ou ser cadastrado um novo processo? Segundo a Orientao CGJ n. 7: Assim, ocorrida a citao, aguarda-se o prazo para oferecimento dos embargos monitrios (15 dias). Decorrido esse prazo, o escrivo deve exarar uma certido: Certifico que em **/**/**** decorreu o prazo para oferecimento de embargos monitrios sem que fossem opostos pelo ru, constitudo, assim, de pleno direito o ttulo executivo judicial (art. 1.102-C do CPC). Na seqncia, depois de certificado o decurso do prazo de embargos, conforme dispe o art. 475-J do CPC, deve-se aguardar um lapso de quinze dias para pagamento voluntrio. No ocorrendo o pagamento, o credor pode requerer a execuo com a expedio de mandado de penhora e avaliao. Portanto, o cartrio deve aguardar um prazo mnimo de 30 dias aps a certido acima mencionada e no havendo manifestao do credor, certificar o fato para que o juiz determine o arquivamento (art. 475-J, 5 do CPC). Com isso o processo ser arquivado (definitivamente). , Se o credor requerer a execuo dentro de 6 (seis) meses no pagar a taxa de desarquivamento. Entretanto, caso ocorra o requerimento de execuo, deve ser cadastrado o pedido como execuo de sentena (do tipo incidente processual). Portanto, antes de cadastrar o pedido de execuo de sentena, o interessado dever antecipar as condues e os respectivos atos. Nesse procedimento haver cobrana de custas finais pelos mnimos da tabela, conforme Circular n. 20/2010. Esclarece-se que deve ser efetuado o clculo de custas finais da ao monitria, antes de seu arquivamento. 29 Ao monitria, em que o ru pagou no prazo de quinze dias o valor da dvida, ele fica isento de custas e honorrios advocatcios? Sim, conforme 1 do art. 1.102-C do CPC:

9

1o Cumprindo o ru o mandado, ficar isento de custas e honorrios advocatcios. 30 O IBAMA paga custas? O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA) uma autarquia federal, portanto paga 50% das custas (art. 33, 1, do RCE). 31 Os embargos a seguir possuem custas? a) Embargos de Declarao; b) Embargos Infringentes; c)Embargos Falncia/Concordata ; d) Embargos de Reteno; e) Embargos Arrematao e f) Embargos Monitrios. a) No tem preparo, conforme art. 536 do CPC; b) Possui preparo, todavia tramita apenas no Segundo Grau; c) Possui custas iniciais, pois so embargos de terceiro ou do devedor; d) ao prevista no art. 745, IV, 1, do CPC, logo possui custas iniciais; e) Tem custas iniciais, porque embargos do devedor ou de terceiro; f) No tem custas, porque possui natureza jurdica de defesa, oposio pretenso monitria, no se confundindo com os embargos do devedor. (Nelson Nery Jnior e Rosa Maria de Andrade Nery, Cdigo de Processo Civil Comentado, RT, So Paulo, 2008, 10 Edio, pg. 1248). Veja tambm: TJSC, AC n. 2005.006192-4 e AC n. 2007.023070-7. 32 A habilitao de crdito em inventrio possui custas iniciais? Sim. A propsito, dispe o CPC: Art. 1.017 - Antes da partilha, podero os credores do esplio requerer ao juzo do inventrio o pagamento das dvidas vencidas e exigveis. 1 - A petio, acompanhada de prova literal da dvida, ser distribuda por dependncia e autuada em apenso aos autos do processo de inventrio. (sem grifo no original). 33 H cobrana de custas iniciais nas impugnaes de crdito regidos pela Lei n. 11.101/2005? O Conselho Nacional de Justia CNJ considera referida impugnao ao incidental (cdigo 114 do CNJ), conforme consulta ao seu Sistema de Gesto de Tabelas Processuais Unificadas. Portanto, h cobrana de custas iniciais. 34 Incide custas nos processos da infncia e juventude? Inexiste cobrana de custas nas aes da infncia e juventude, consoante estabelece a Lei n. 8.069/90 (Estatuto de Criana e do Adolescente):

10

Art. 141. garantido o acesso de toda criana ou adolescente Defensoria Pblica, ao Ministrio Pblico e ao Poder Judicirio, por qualquer de seus rgos. 1. A assistncia judiciria gratuita ser prestada aos que dela necessitarem, atravs de defensor pblico ou advogado nomeado. 2 As aes judiciais da competncia da Justia da Infncia e da Juventude so isentas de custas e emolumentos, ressalvada a hiptese de litigncia de m-f. (sem grifo no original) O Regimento de Custas deste Estado tambm prev a iseno, seno veja-se: Art. 35. So isentos de custas e emolumentos: [...] b) as aes de competncia da Justia da Infncia e da Juventude, ressalvada a hiptese de litigncia de m f; 35 Na reconveno h cobrana de custas iniciais? No, haver apenas a cobrana de custas finais em rubrica prpria (SAJ Custas/CCP), vinculada aos atos do escrivo (Tabela V do Regimento de Custas e Emolumentos), incidentes base de 1% sobre o valor da reconveno. (Circular n. 47/2010 e Orientao CGJ n. 34).

36 Processo de restaurao de autos em que o magistrado determinou a valorao da causa e o pagamento das custas iniciais. Existe norma para esta exigncia, pois o desaparecimento do processo ocorreu no prprio cartrio. Por disposio legal, cabe ao autor antecipar, por ocasio da distribuio processo, o pagamento das custas integralmente (100%). Trata-se de ao procedimento especial de jurisdio contenciosa, no havendo no Regimento Custas do Estado, qualquer disposio que isente do recolhimento. Exceto hipteses legais de Assistncia Judiciria e Justia Gratuita. do de de as

Caso, ao final da ao, for configurada a responsabilizao do servidor ou terceiro (chamados lide) pelo desaparecimento dos autos, estes respondero pelas custas, ressarcindo-as ao autor que antecipou, bem como honorrios do advogado (mais responsabilizao civil e penal, se for o caso), conforme art. 1069 do CPC.

37 Pode haver o parcelamento do pagamento de custas? O parcelamento de custas uma questo jurisdicional, ou seja, deve haver despacho ou portaria do juiz da vara autorizando, pois inexiste tal previso no Regimento de Custas.

11

38 permitido somente o original do comprovante de pagamento de custas iniciais? Pode-se aceitar a fotocpia do comprovante, porque existe a possibilidade de verificao eletrnica, por meio da emisso de recibo no SAJ/CCP ou consulta da situao do boleto no site do TJ. 39 Qual o valor da causa nos embargos a execuo, quando esse no foi fixado pelo advogado na petio de embargos. Segundo o Superior Tribunal de Justia, Nos embargos execuo, o valor da causa igual ao quantum impugnado: se toda a execuo, o valor da causa o da execuo; se parte da execuo, o da diferena entre o valor cobrado e o reconhecido. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido. (AgRg no RESP 426792/RJ, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ de 23/08/2004). No mesmo sentido, AgRg no REsp n. 749949/RS, rel. Min. Gilson Dipp, DJ 09.10.2006; RESP 426342/RS, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ de 20/09/2004;RESP 119815/RS, Rel. Min. Slvio de Figueiredo Teixeira, DJ de 21/09/1998; RESP 584983/PE, Rel. Min. Luiz Fux, DJ de 31/05/2004. 40 Qual o valor da causa, no caso de "Adjudicao Compulsria"? o valor do bem (AgRg no Ag 638.922/RS, Rel. Ministro CARLOS ALBERTO MENEZES DIREITO, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/04/2006, DJ 07/08/2006 p. 219). 41 Qual o valor da causa nos embargos arrematao? o valor do bem arrematado, consoante julgados que seguem: AGRAVO DE INSTRUMENTO - IMPUGNAO AO VALOR DA CAUSA EMBARGOS ADJUDICAO -VALOR DA CAUSA CORRESPONDENTE AO BENS ADJUDICADOS - APLICAO DO ART. 259, INCISO V, DO CDIGO DE RITOS - DECISO REFORMADA - RECURSO PROVIDO. O valor da causa em embargos adjudicao/arrematao corresponde ao valor dos bens adjudicados, porquanto o litgio versa sobre a invalidade (nulidade) da adjudicao realizada. (Agravo de Instrumento n. 2005.013533-9, de Tijucas, Relator: Des. Fernando Carioni). Confirma-se a deciso que acolheu a impugnao ao valor atribudo causa, em Embargos arrematao, considerando que o aludido valor deve corresponder ao da arrematao (TACivRJ, Ag. n. 2279/96, 8 Cmara, rel. Juza Helena Bekhor).

12

42 Quando o juiz determina que o valor da causa seja o valor do contrato. Este deve sofrer correo monetria desde sua data at o dia da confeco da conta de custas complementares ou se utiliza o valor apresentado no contrato, sem correo? A correo se dar a partir da data do vencimento do contrato. 43 Quando houver determinao para alterao do valor da causa, adotando-se o valor dos bens partilhados. Corrige-se a partir da petio que informa o valor dos bens (em cumprimento ordem judicial) ou a partir da data da petio inicial de separao/divrcio que informa os bens a serem partilhados? A partir da data de avaliao dos bens. 44 Os beneficirios da assistncia judiciria esto dispensados do pagamento do preparo? Sim, entretanto as despesas e custas do processo, bem como o preparo sero cobrados, caso o juiz ou desembargador julgue improcedente o benefcio ou haja sucumbncia em custas. O valor do preparo para incluir na conta de custas ser o disposto nas tabelas I e II do RCE. 45 Agravo retido tem preparo? No, art. 522, pargrafo nico, do CPC. 46 Qual o valor do preparo para recursos? O valor do preparo dos recursos interpostos ao TJ de R$317,00 (Resoluo n. 11/2011-CM). Nas comarcas que atuam sob competncia delegada da Justia Federal, o valor do preparo dos recursos interpostos ao TRF-4 de R$158,50 (Resoluo n. 11/2011-CM). 47 No recurso adesivo cobrado preparo? Sim, art. 500, pargrafo nico, do CPC. 48 Curador de ru revel recolhe preparo? No, O recurso interposto por curador de ru revel, a que se refere o art. 9, II da lei processual civil, independe de preparo, uma vez que o curador exerce um "munus" pblico. (Agravo de Instrumento n. 730216-00/7, 11 Cmara do 2 TACiv/SP, So Paulo, Rel. Clvis Castelo. j. 25.03.2002). 49 Em que artigo est disposto o recolhimento do preparo para apelaes nas aes de Apurao de Infraes Administrativas s Normas de Proteo/Infncia e Juventude. No h recolhimento de preparo nas aes que envolvem o Estatuto da Criana e do Adolescente, consoante art.198, I, da Lei n. 8.069/90:

13

Art. 198. Nos procedimentos afetos Justia da Infncia e da Juventude fica adotado o sistema recursal do Cdigo de Processo Civil, aprovado pela Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e suas alteraes posteriores, com as seguintes adaptaes: I - os recursos sero interpostos independentemente de preparo; E o Regimento de Custas e Emolumentos deste Estado dispe: Art. 35. So isentos de custas e emolumentos: [...] b) as aes de competncia da Justia da Infncia e da Juventude, ressalvada a hiptese de litigncia de m f; 50 No que consiste o recolhimento do preparo na apelao cvel e no agravo de instrumento. Na apelao cvel, o preparo engloba o porte de remessa e retorno dos autos, as despesas e custas do Tribunal de Justia. Nesse recurso, o protocolo unificado apenas exigido se a petio no for protocolizada na comarca onde tramita o processo. A respeito, menciona-se os seguintes julgados desta Corte: inexigvel o pagamento da taxa do Protocolo Unificado, institudo pelo Provimento n 07/87 da Corregedoria-Geral da Justia, quando a petio do recurso de apelao protocolizada na mesma comarca onde tramita o processo em primeira instncia; nestes casos, o preparo j consiste no pagamento das despesas processuais correspondentes ao processamento do recurso interposto, inclusive os gastos do porte de remessa e de retorno (CPC, art. 511, caput).(AC n. 2000.020454-4, rel. Des. Luiz Carlos Freyesleben). O recurso de apelao independe do pagamento do valor relativo ao protocolo unificado quando protocolizado na comarca onde tramitou o processo em primeira instncia.(AI n. 2000.000070-1, rel. Des. Pedro Manoel Abreu) No agravo de instrumento, o preparo abrange o porte de retorno dos autos, as despesas e custas. Entretanto, se o interessado protocolizar o recurso na comarca onde tramita o processo ou em outra comarca deste Estado, dever pagar o protocolo unificado. Isso porque o local de protocolizao do agravo de instrumento no Tribunal de Justia. 51 A cobrana de 5 URCs da guia do preparo, j est includa automaticamente no SAJ/CCP? Sim, logo a orientao para o contador fazer a guia de preparo por meio de GRJR emitida pelo SAJ/CPP e no pela internet (pgina do Tribunal). Esclarece-se que essa cobrana est prevista no RCE, como segue: TABELA VIII

14

ATOS DO CONTADOR [...] 2 - Conta de custas do preparo de recurso instncia superior - 5 (cinco) URCs.

52 Na Ao Civil Pblica h cobrana de custas? Nas aes de que trata esta lei, no haver adiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios de advogado, custas e despesas processuais (art. 18 da Lei n. 7.347/85). Registra-se que a iseno em comento apenas para o autor, o ru deve antecipar todos os atos que requerer, exemplo: o preparo da carta precatria (custas + conduo). A respeito, colhe-se da jurisprudncia: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAO DA TESE. AO CIVIL PBLICA. ART. 18 DA LEI 7.347/1985. ISENO QUE BENEFICIA APENAS A PARTE AUTORA. 1. descabida a inovao de tese em Agravo Regimental. 2. A iseno do adiantamento de custas e outras despesas processuais, prevista no art. 18 da Lei 8.437/1985, beneficia apenas a parte autora da Ao Civil Pblica. Precedentes do STJ. 3. Agravo Regimental no provido. (AgRg no REsp 1096146/RJ, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/02/2009, DJe 19/03/2009) AO CIVIL PBLICA. ART. 18 DA LEI N. 7.347/85. IMPOSSIBILIDADE DE ADIANTAMENTO DE CUSTAS PELO AUTOR. CONDENAO AO PAGAMENTO. INVIABILIDADE. 1. Em se tratando de ao civil pblica, a parte autora s pode ser condenada ao pagamento de honorrios advocatcios e de despesas processuais em caso de comprovada m-f. 2. Recurso especial parcialmente conhecido e provido. (REsp 999.003/RJ, Rel. Ministro JOO OTVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 02/03/2010, DJe 15/03/2010)

53 Ao Popular h cobrana de custas iniciais? No. No entanto, o ru deve antecipar todos os atos que requerer, exemplo: o preparo da carta precatria (custas + conduo). PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREPARO. LEI 7.347/85.15

1. Diz o artigo 18 da Lei 7.347/85: "Nas aes de que trata esta lei, no haver adiantamento de custas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas, nem condenao da associao autora, salvo comprovada m-f, em honorrios de advogado custas e despesas processuais". 2. A jurisprudncia desta Casa tem oferecido uma interpretao restritiva ao privilgio processual, limitando-o ao autor da ao, tal como ocorre na ao popular. Na verdade, no se mostra razovel estender o benefcio queles que se encontram no plo passivo da relao processual. Seria fora de propsito, no caso concreto, dar incentivo quele que condenado por improbidade administrativa, causando danos sociedade. 3. Recurso especial conhecido em parte e improvido. (REsp 193.815/SP, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/08/2005, DJ 19/09/2005, p. 240) 54 - Em quais processos no incide o valor dos impressos? A Resoluo n. CDM 19.12.84/12 foi revogada pela Resoluo n. 01/2011-CM, logo a cobrana ocorre em todos os processos, inclusive nas cartas precatrias. Registra-se que, ao realizar o clculo de custas finais, o Contador dever verificar se referido valor foi cobrado em custas iniciais, caso positivo, deve excluir a cobrana nas custas finais. 55 O Estado de Santa Catarina, suas autarquias e fundaes pblicas esto isentas do pagamento das despesas? Leia o teor da Circular n. 23/2011. (http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/provcirc/circular/a2011/c20110023.pdf) 56 No peticionamento eletrnico so antecipadas as despesas de impresso? Sim, ver Ofcio-Circular n. 245/2011. (http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/provcirc/oficio_circular/a2011/oc20110245.pdf) Esclarece-se que o valor de cada impresso o mesmo das fotocpias.

16

I I CUSTAS FINAIS, GECOF, SAJ/CCP E DVIDA ATIVA

57 O INSS fez o depsito de custas finais na CEF. Na conta desta instituio financeira consta valor maior que o clculo de custas finais. Como proceder para emitir guia igual ao valor constante na conta? Novo clculo para o devedor, inserindo eventual diferena na rubrica "Custas do TJ". 58 A parte foi intimada e no efetuou o recolhimento das custas iniciais, o magistrado julgou extinto o feito sem resoluo do mrito, neste caso h cobrana de custas finais? Ver o teor da Circular n. 21/2010. (http://cgj.tjsc.jus.br/consultas/provcirc/circular/a2010/c20100021.pdf) 59 - Foi expedida guia de custas finais, a parte interessada deixou transcorrer o prazo para pagamento (30 dias). Agora ela est solicitando nova guia, contudo no consegui realizar novo clculo para gerar a GRJ, pois o sistema apresenta uma mensagem de que a guia est com o prazo de vencimento em aberto no sistema, impossibilitando a expedio. Como devo proceder, j que a data de vencimento j transcorreu? Primeiro cancelar a GRJ j vencida (menu Guias - cancelamento) e ento gerar NOVO CLCULO PARA O DEVEDOR e nova emisso de GRJ. 60 O juiz condenou em custas finais o pedido contraposto, como cobrar? Realizar a cobrana de custas finais na rubrica reconveno (SAJ Custas/CCP), vinculada aos atos do escrivo (Tabela V do Regimento de Custas e Emolumentos), incidentes base de 1% sobre o valor do pedido contraposto. Esclarece-se que no pedido contraposto tambm aplicada a Orientao CGJ n. 34, consoante Ofcio-Circular n. 137/2011.

61 Quando a parte condenada ao pagamento de custas finais, mas na sentena o juiz suspende o pagamento com base no art. 12 da lei 1.060/50. Se no for efetuado o pagamento, no prazo de 05 anos, h necessidade de lanar a movimentao devedor de custas no histrico de partes do SAJ? Lana-se no SAJ a movimentao "devedor de custas", somente quando a parte efetivamente devedora, ou seja, foi condenada e, aps intimada do pagamento, deixou de efetu-lo. Se a parte beneficiada pela iseno do recolhimento de custas, ainda que com previso para o pagamento em 5 anos, desde que possa faz-lo, no h necessidade de tal lanamento.17

62 Processo em que foi concedido o parcelamento das custas finais. Basta efetuar a definio de devedores e emitir as GRJs com o nmero de parcelas deferidas. 63 As custas finais foram parceladas, ocorre que o devedor pagou apenas a primeira parcela, deixando vencer as demais. Como proceder para reemitir as parcelas vencidas? Entrar no clculo do respectivo devedor e fazer novo clculo para cada guia parcelada (cone azul que fica na parte superior direita do clculo). 64 A pessoa recebeu o AR de intimao para pagamento de custas, emitido pela GECOF e compareceu ao balco solicitando o parcelamento do valor. Orientei ao cartrio colocar por escrito o pedido da parte, com a assinatura dela, e levar com urgncia Juza. Pergunto: em havendo pedido de parcelamento, at que haja o despacho deferindo ou no, tenho como pedir a suspenso do prazo - a fim de que a parte no seja inscrita em dvida ativa? Atualmente, no h a necessidade de excluso do fluxo de cobrana de custas, desde que o valor devido seja inferior a R$ 700,00. Caso seja concedido o parcelamento, basta ao Contador emitir as GRJs de acordo com o nmero de parcelas deferidas, sendo estas expedidas j com os respectivos vencimentos. Esclarece-se que, ao realizar esse procedimento, o sistema informar GECOF que houve o parcelamento. No entanto, se a quantia for superior a R$700,00 (Circular n. 80/2009), deve ser passado e-mail ao [email protected], solicitando a excluso do processo do fluxo de cobrana de custas, porque o devedor entrou com pedido de parcelamento de custas finais, o qual ainda no foi apreciado pelo juiz. Caso haja indeferimento do pedido, gerar novo clculo para o processo e efetuar nova definio de devedor. 65 Custas finais em aes penais, sendo que o devedor est preso, qual o endereo deve ser colocado para intimao pela GECOF? Vincular o endereo do presdio para o ru. 66 Aps a incluso do processo na GECOF, qual o prazo que o devedor possui para pagar as custas finais? Art. 515 do CNCGJ.

18

67 Clculo de custas finais realizado pelo valor da causa. Os devedores peticionaram ao Juzo, solicitando que fossem calculadas pelo valor do acordo. O Juiz deferiu o pedido, como proceder no sistema, visto que o processo j foi inserido no fluxo? Deve ser feito NOVO CLCULO PARA O DEVEDOR, alterando ento o valor da causa, conforme determinado. 68 Sentena que determinou 30% de reduo nas custas finais. A parte autora e r foram condenadas ao pagamento. Ocorre que foi concedido o benefcio da justia gratuita (BJG) ao ru. Como devo proceder para selecionar os devedores? Verificar no cadastro das partes se o ru est habilitado como BJG (para que ele no entre no fluxo de cobrana aps a identificao). Fazer o clculo com reduo de 30%. Na identificao dos devedores colocar 50% para cada um. 69 Processo em que no ocorreu o trnsito em julgado, mas o devedor deseja pagar as custas finais? O clculo deve ser realizado em "Custas Finais - NGECOF" do tipo excepcional no SAJ/CCP (essa opo no amortiza automaticamente os valores que j foram pagos). Destaca-se que referido procedimento no insere o devedor de custas no fluxo de cobrana (GECOF). 70 O INSS possui reduo de 50% nas custas, como procedo para calcular custas finais dessa autarquia? Conforme Orientao CGJ n. 20: Para processos com sucumbncia em custas para entes pblicos (Estado de Santa Catarina, Municpios, Unio e respectivas autarquias), no deve ser efetuada a identificao de devedores quando as custas forem requisitadas por RPV ou precatrio. Alternativamente pode ser gerada conta de custas excepcionais NGECOF. Caso no processo tenha ocorrido sucumbncia proporcional os valores devidos pelo ente pblico sero includos no precatrio ou RPV (clculo NGECOF) e as custas devidas pela outra parte devero ser calculadas em custas excepcionais com identificao do devedor na forma tradicional. 71 Processo em que as custas finais foram pagas em 1999, agora veio concluso Contadoria para cobrar as despesas. Como realizar o clculo, se o sistema no permite lanar em custas intermedirias? Fazer o clculo em custas excepcionais e escolher a opo excepcional.

19

72 Em determinado processo que foi calculado no sistema antigo (SAJ/CTS), o valor das custas eram de R$93,14. Agora com o novo sistema (SAJ/CPP), quando clico para acionar o devedor, aparece valor inferior ao calculado anteriormente. Isso ocorreu porque no foi realizado novo clculo. a) Se o processo ainda no foi inserido no fluxo: v em custas finais e coloque o nmero do processo, aparecer uma janela com o nome do devedor, esta deve ser fechada. Fazer novo clculo para o processo, este procedimento vai perguntar se deseja copiar os dados anteriores, voc deve dizer que sim, aps salvar o clculo e identificar os devedores. b) O processo j foi inserido no fluxo: v em custas finais e coloque o nmero do processo, aparecer uma janela com o nome do devedor, embaixo dela existe a opo selecionar, clique nesta opo. Abrir uma janela com o nome do devedor. Fazer novo clculo para o devedor (o sistema ir ajustar os valores) e salvar. A GECOF considerar esse ltimo clculo como o correto. 73 Ao efetuar o clculo de custas complementares, o sistema informa que o clculo no pode ser efetuado pois inexiste GRJ paga. Inicialmente, esclarece-se que, aps o pagamento, a guia leva 48 horas para ser baixada nos sistema de custas. No mais, essa situao pode ter ocorrido porque a Distribuio deixou de informar o nmero da GRJ inicial avulsa no cadastro do processo. Solicite ao Distribuidor a edio do cadastro do processo no SAJ/PG, para a incluso do nmero da GRJ no respectivo campo. Tambm existe a hiptese de que a GRJ inicial foi paga com valor inferior ao emitido na guia. Neste caso, deve entrar em contato com a Assessoria de Custas ([email protected]), para verificao e baixa manual da guia.

74 Tenho dvida para realizar o clculo de custas finais nos processos cveis e criminais em que houve recurso. PROCESSOS CVEIS Se no existe certido da Diretoria Judiciria, informando que h custas remanescentes a recolher, porque as custas do recurso esto satisfeitas. Entretanto, nos casos em que o recorrente beneficirio da justia gratuita, deve ser observado o seguinte: a) Na hiptese dele ter perdido o benefcio e ser vencido na demanda, as custas do preparo devem ser calculadas, observando a Tabela I (Atos do Tribunal de Justia e seu rgos) e Tabela II (Atos da Procuradoria de Justia); b) Caso o beneficirio seja vencedor da ao judicial, o vencido arcar com as custas do preparo que devem ser calculadas, observando a Tabela I (Atos do Tribunal de Justia e seu rgos) e Tabela II (Atos da Procuradoria de Justia).20

PROCESSOS PENAIS a) Ao penal pblica, em que o ru foi condenado e no possui o benefcio da justia gratuita ou assistncia judiciria, o valor do preparo deve ser includo na contas de custas finais e ser calculado observando a Tabela I (Atos do Tribunal de Justia e seu rgos) e Tabela II (Atos da Procuradoria de Justia); b) Na ao penal privada deve ser observado o mesmo procedimento dos processos cveis (explicado acima). 75 Clculo de rateio de custas finais em que apenas uma das partes pagou. Como proceder quando os outros devedores comparecem Contadoria, solicitando nova guia? Caso eles j tenham sido inscritos em dvida ativa, o pagamento somente pode ser efetuado por meio de DARE. Mas, se eles ainda no foram inscritos, o Contador deve efetuar novo clculo para cada devedor em custas finais ou excepcionais (vai depender em qual menu foi elaborado o primeiro clculo em que ocorreu o rateio). 76 Foi inserido no fluxo de cobrana de custas finais o autor, quando era para ser o ru. Basta alterar a definio de devedores e salvar. No entanto, caso a GECOF j tenha emitido a guia, dever solicitar a excluso do processo do fluxo ([email protected]), aps colocar novamente os autos nos fluxo com o devedor correto. 77 Foi includo no fluxo devedor que possui o benefcio da justia gratuita, como proceder? Primeiramente, ir at o SAJ/PG e selecionar a justia gratuita (JG) pare ele. Depois, acessar o SAJ/CCP e na tela de definio de devedores marcar o flag JG, para o devedor que estiver com o nome escrito em vermelho. Esse procedimento remover do fluxo de cobrana de custas o devedor que estava com o nome em vermelho. 78 Foi inscrito em dvida ativa o ru, quando o devedor de custas era o autor. Como proceder? O juiz do processo deve encaminhar ofcio GERAR, solicitando o cancelamento da inscrio em dvida ativa, conforme art. 516, 4, do CNCGJ e Orientao CGJ n. 10 (http://cgj.tjsc.jus.br/intranet/orientacoes/CGJ10_v04.doc).

21

79 Com relao a cobrana de custas pela GECOF, nos autos inexiste o CPF dos devedores. Ao efetuar buscas pelo INFOSEG, tambm no foi localizado o nmero do CPF, como proceder? Deve ser observado o seguinte: a) Se nos autos consta o endereo dos devedores, pode efetuar o clculo e identificar os devedores de custas (colocar o processo no fluxo de cobrana). A GECOF proceder a respectiva intimao e lanar o evento Devedor de Custas no histrico da parte (caso no ocorra o pagamento das custas finais). b) Se no processo inexiste endereo dos devedores, deve efetuar o clculo sem identific-los (no colocar o processo no fluxo de cobrana), cabendo ao cartrio realizar a intimao deles por edital. Decorrido o respectivo prazo e no havendo o pagamento das custas, dever ser lanado o evento Devedor de Custas no histrico de parte e arquivar o processo. Esclarece-se que a Circular n. 16/2009 orienta que nos feitos criminais, cujo ru beneficirio da justia gratuita/assistncia judiciria (incluindo-se tambm os casos de revelia em que o condenado no tem condies de suportar as despesas do processo) deve haver o arquivamento dos autos sem anotao de qualquer pendncia de custas. 80 Como colocar no fluxo de cobrana, processo em que a parte sucumbente de custas no possui endereo ou encontra-se em lugar incerto? No deve ser inserido no fluxo. Efetuar o clculo sem a identificao dos devedores, cabendo ao cartrio intimar por meio de edital. Decorrido o respectivo prazo e no havendo o pagamento das custas finais, dever ser lanado o evento Devedor de Custas no histrico de parte e arquivar o processo. Esclarece-se que a Circular n. 16/2009 orienta que nos feitos criminais, cujo ru beneficirio da justia gratuita/assistncia judiciria (incluindo-se tambm os casos de revelia em que o condenado no tem condies de suportar as despesas do processo) deve haver o arquivamento dos autos sem anotao de qualquer pendncia de custas. 81 Quando a parte condenada a pagar custas finais revel, realiza-se o clculo de custas ou apenas certifica-se? A revelia a ausncia de contestao. Portanto, havendo condenao, deve ser o revel inserido no fluxo de cobrana, desde que haja endereo para a intimao. Esclarece-se que a Circular n. 16/2009 orienta que nos feitos criminais, cujo ru beneficirio da justia gratuita/assistncia judiciria (incluindo-se tambm os casos de revelia em que o condenado no tem condies de suportar as despesas do processo) deve haver o arquivamento dos autos sem anotao de qualquer pendncia de custas.

22

82 No clculo de custas finais do SAJ/CCP existe percentual de reduo e no clculo de custas excepcionais excedentes h percentual do clculo, qual a diferena entre um e outro? - CLCULO DE CUSTAS FINAIS: o sistema possui o seguinte campo: "Perc. de reduo". Neste campo deve ser colocada a porcentagem de reduo. Por exemplo, se o Juiz fixou custas finais com reduo de 30%, no campo "Perc. de reduo" o Contador deve colocar 30. - CLCULO DE CUSTAS EXCEPCIONAIS EXCEDENTES: o sistema possui o seguinte campo: "Perc. de clculo". Neste campo deve ser colocada a porcentagem de custas que devem ser pagas. Por exemplo, se o Juiz fixou custas finais com reduo de 30%, no campo "Perc. de clculo" o Contador deve colocar 70. 83 No SAJ/CCP, o item impressos est desabilitado nas custas finais? Inicialmente, esclarece-se que em todos os processos h a cobrana de impressos (Resoluo n. 01/2011-CM). Atinente ao SAJ/CCP, nas custas iniciais o item "impressos" includo obrigatoriamente. Nas custas finais o sistema insere esse valor de forma automtica, cabendo ao Contador a excluso manual, quando j houve o recolhimento nas custas iniciais. 84 Quais procedimentos esto isentos da taxa judiciria? Segundo a Lei Estadual n. 7.541/1988: Art. 12 - So isentos da taxa judiciria: I - os processos de nomeao e remoo de tutores e testamenteiros; II - os conflitos de jurisdio; III - os processos de restaurao de autos, quer em primeira, quer em segunda instncia; IV - as causas relativas desapropriao; V - as habilitaes de herdeiros para haverem heranas e legados; VI - as liquidaes de sentenas; VII - as habilitaes em processos pendentes no Tribunal de justia; VIII - os executivos fiscais promovidos pelas Fazendas Pblicas Estaduais e Municipais; IX - os processos executivos promovidos pelos auxiliares de justia, para cobrana de custas apontadas na conformidade do respectivo regimento; X - os processos de alimentos, inclusive profissionais e os destinados cobrana de prestaes alimentcias j fixadas por sentena; XI - as justificaes para habilitao de casamento civil; XII - os processos de apresentao de testamento;

23

XIII - os pedidos de licena para alienao ou permuta de bens de menores ou incapazes; XIV - as declaraes de crdito em apenso aos processos de falncia e concordata, salvo quando se tornarem contenciosos; XV - as aes populares; XVI - os processos promovidos com os benefcios da assistncia judiciria gratuita. Nas custas iniciais, o SAJ/CCP inclui o valor da taxa judiciria naqueles procedimentos que no possuem iseno. Nas custas finais, o sistema insere tambm esse valor de forma automtica, cabendo ao Contador a excluso manual, quando j houve o recolhimento nas custas iniciais. 85 Quando os processos so inseridos no fluxo de cobrana, logo em seguida aparecem vrios advogados solicitando a guia de custas finais. Isso normal? Sim, porque a primeira intimao ao advogado pelo Dirio da Justia. Caso no ocorra o pagamento, a segunda intimao por AR (com o boleto anexado) ao prprio devedor, consoante arts. 515 e 516 do CNCGJ. 86 Estou com um processo para clculo de custas finais, no qual houve acordo. Neste no ficou estipulado quem o responsvel pelo pagamento das custas e o Juiz despachou custas de lei, como proceder? Deve ser adotado o 2 do art. 26 do CPC: Havendo transao e nada tendo as partes disposto quanto s despesas, estas sero divididas igualmente. 87 - Processo de notificao, havendo custas finais, quem o responsvel pelo recolhimento? O notificante deve pag-las, pois o Cdigo de Processo Civil assim disciplina: Dos Protestos, Notificaes e Interpelaes [...] Art. 871. O protesto ou interpelao no admite defesa nem contraprotesto nos autos; mas o requerido pode contraprotestar em processo distinto. Art. 872. Feita a intimao, ordenar o juiz que, pagas as custas, e decorridas 48 (quarenta e oito) horas, sejam os autos entregues parte independentemente de traslado. Art. 873. Nos casos previstos em lei processar-se- a notificao ou interpelao na conformidade dos artigos antecedentes. Como se pode deparar, no h o direito de defesa nos mesmos autos, cabendo ao notificado contest-la em processo distinto. Portanto, no procedimento de notificao as custas finais so pagas pelo notificante.

24

88 Conforme art. 33 do Regimento de Custas, o Estado de Santa Catarina e seus municpios esto isentos do pagamento de custas. Quando a parte entra contra esses entes pblicos, sendo vencedora do processo, como proceder no clculo de custas finais? O ente pblico continua isento de custas. Contudo, na hiptese, a parte poder ser ressarcida dos valores pagos a ttulo de custas/despesas (art. 20 do CPC) quando apresentar o clculo do dbito a ser executado (incluindo na planilha as custas/despesas desembolsadas com a tramitao do processo). 89 Como proceder, nos casos em que o valor das custas finais inferior a R$10,00. Quando for realizado o clculo de custas finais, havendo apenas valores pendentes do GRUPO-I inferiores a R$ 10,00, o Contador deve informar custas finais satisfeitas, consoante deciso do Conselho da Magistratura (Consulta n. 2006.900147-7). 90 Como fao para incluir o formal de partilha nas custas finais do processo de inventrio? Nos Atos do Escrivo. 91 Ao proceder o clculo de custas finais, nos seguintes campos: 1. CartrioGUIAS DE ATOS COMUNS E ISOLADOS. Aps, procurar o cdigo n. 22640 Multa por ato atentatrio ao exerccio da jurisdio. Caso o valor seja cobrado juntamente com as custas finais, no CCP a rubrica est no item outros atos, depois escolher a opo Multa por ato atentatrio ao exerccio da jurisdio. Sobre o assunto, Ofcio-Circular n. 101/2010.

80

270 O valores depositados em subconta do processo tm correo monetria? Sim, de acordo com os ndices previstos para as cadernetas de poupana, pro rata die, desde a data do depsito at a data da liberao mediante alvar judicial. (art. 6 da Resoluo n. 07/2011-GP).

81