FAQs IRS

mAT autoridade tributaria e aduaneira Oficio Circulado N,o: 20. 176 20150402

Entrada Geral: N,o Identifica

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FAQ

REFORMA IRS

1 - Despesas dedutveis coleta Perguntas no mbito do sistema e-fatura

a) O que preciso de fazer para assegurar que as faturas so corretamente emitidas para poder beneficiar das dedues coleta em IRS?

Cada consumidor deve exigir fatura em todas as aquisies de bens e servios que

efetue. Para usufruir das dedues coleta e dos benefcios fiscais, cada consumidor

deve solicitar a insero na fatura do respetivo Nmero de Identificao Fiscal (NIF).

Posteriormente, e no final do ms seguinte ao da emisso das faturas, pode e deve

consultar e verificar se os agentes econmicos comunicaram eletronicamente

Autoridade Tributria e Aduaneira (AT) as referidas faturas e se as mesmas j constam da

sua pgina pessoal do Portal das Finanas.

No caso de as faturas no se encontrarem disponibilizadas, aps essa data, dever o

consumidor final inseri-las na sua pgina pessoal do sistema e-fatura no Portal das

Finanas de forma a poder usufruir das dedues coleta e dos benefcios fiscais.

b) Como posso consultar as faturas emitidas com o meu NIF?

Acedendo respetiva pgina pessoal no sistema e-fatura, atravs do link Novo IRS

2015 no Portal das Finanas (www.portaldasfinancas.gov.pt), utilizando a respetiva

senha de acesso.

c) Que NIF deve constar das faturas da minha famlia nas diversas despesas?

Nas faturas podem constar quer o NIF do sujeito passivo (pai ou me), quer o NIF do

membro do agregado familiar a quem as despesas dizem respeito. Na situao de

divrcio com guarda conjunta dos filhos, as faturas que sejam emitidas com o NIF dos

filhos sero repartidas igualmente entre ambos os progenitores.

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d) Como posso aceder aos dados do sistema e-fatura dos meus filhos?

Para aceder aos dados do sistema e-fatura dos seus filhos dever solicitar (caso ainda

no tenha) senha de acesso no Portal das Finanas, atravs de registo com o NIF dos

seus filhos, pelo endereo www.portaldasfinancas.gov.pt, selecionando >Servios

Tributrios>Novo utilizador.

Aps este registo, ser-lhe- enviada por carta, para a morada que corresponder ao NIF,

uma senha para autenticao no Portal das Finanas e consulta dos elementos das

faturas emitidas em nome dos seus filhos.

O Portal das Finanas tambm permite aos pais criar um acesso direto pgina do e-

fatura dos filhos, atravs do sistema de gesto de utilizadores do Portal das Finanas. Os

passos a seguir so os seguintes.

1. Entrar no Portal das Finanas

2. Entrar na rea dos servios tributrios

3. Aceder ao sistema utilizando o NIF e Password do filho

4. Escolher a opo outros servios na caixa servios na pgina principal do filho

5. Escolher a opo gesto de utilizadores

6. Escolher a opo criar um novo utilizador

7. Atribuir um nome e uma senha ao novo utilizador. No fundo da pgina dever

escolher como operao autorizada WFA Comunicao de dados de faturas

8. Na pgina seguinte dever anotar qual o nmero de identificao que foi atribudo

ao novo utilizador.

Para aceder pgina do e-fatura do filho, o pai/me precisa apenas de aceder ao sistema

e-fatura, entrar na rea do consumidor e introduzir a identificao do novo utilizador criado

e a senha que lhe foi atribudo.

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e) At quando devo guardar as faturas?

As faturas emitidas so comunicadas por via eletrnica pelos agentes econmicos AT

at dia 25 do ms seguinte ao da sua emisso. Nestes termos, as faturas com NIF so

disponibilizadas na pgina pessoal do sistema e-fatura de cada consumidor at ao final do

ms seguinte ao da emisso.

No caso de o consumidor verificar que as faturas j constam da sua pgina pessoal do

sistema e-fatura aps essa data, no precisa de guardar mais as faturas e poder

desfazer-se delas.

No caso de as referidas faturas no se encontrarem disponibilizadas aps aquela data

(por no terem sido atempadamente comunicadas pelos agentes econmicos), dever o

consumidor final inseri-las na sua pgina pessoal do sistema e-fatura. Nesta situao,

caso o agente econmico venha posteriormente comunicar as faturas at 15 de fevereiro

do ano seguinte ao da emisso (surgindo estas em duplicado na pgina pessoal do

consumidor), o consumidor poder igualmente desfazer-se das faturas.

Finalmente, apenas nos casos em que o consumidor inseriu as faturas na sua pgina

pessoal e estas no tenham sido comunicadas pelo agente econmico at 15 de fevereiro

do ano seguinte emisso que devem ser mantidas por um perodo de 4 anos, contado

a partir do final do ano em que ocorreu a emisso.

f) Os recibos verdes emitidos com o meu NIF tambm constam da minha pgina pessoal do sistema e-fatura?

O antigo recibo verde eletrnico, que passou a designar-se fatura-recibo, cumpre todos

os requisitos de uma fatura, pelo que disponibilizado na pgina pessoal de cada

contribuinte no sistema e-fatura, como qualquer outra fatura.

g) Em que casos as faturas ficam pendentes e como posso assegurar que as mesmas vo ser consideradas para efeitos das dedues coleta em IRS?

Os dados das faturas comunicadas pelos agentes econmicos AT nunca contm a

descrio dos bens adquiridos ou dos servios prestados aos consumidores finais, no

estrito cumprimento da legislao de proteo de dados pessoais e do sistema e-fatura.

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exatamente por esta razo que as faturas que so emitidas por agentes econmicos

que exercem diferentes atividades econmicas (vrios CAE) ficam pendentes na pgina

pessoal de cada consumidor no sistema e-fatura, uma vez que a AT no sabe que tipo de

bem ou servio foi efetivamente adquirido ou prestado e, por isso, no pode imputar

automaticamente a despesa a um dos setores com direito a deduo coleta.

Assim, quando um agente econmico tem apenas uma atividade econmica declarada

junto da AT (caso tpico de restaurantes, mdicos ou estabelecimentos de ensino), a

fatura imputada de forma imediata para efeitos de deduo coleta, sem necessidade

de qualquer tipo de interveno do contribuinte.

As faturas apenas ficam pendentes na pgina pessoal do sistema e-fatura quando so

emitidas por um agente econmico que exerce vrias atividades econmicas (detm

vrios CAE). Neste caso, necessrio que o consumidor consulte a respetiva pgina

pessoal do sistema e-fatura e selecione qual o setor de atividade a que respeita cada uma

das faturas, de forma a que as mesmas sejam imputadas corretamente para efeitos de

deduo coleta.

h) Como posso registar faturas que no so comunicadas pelos operadores econmicos?

As faturas emitidas so comunicadas pelos agentes econmicos AT at dia 25 do ms

seguinte ao da sua emisso. Nestes termos, as faturas com NIF sero disponibilizadas na

pgina pessoal de cada consumidor at ao final do ms seguinte ao da emisso.

Caso aps essa data no se encontrem disponibilizadas as referidas faturas (por no

terem sido atempadamente comunicadas pelos agentes econmicos), dever o

consumidor final inseri-las na sua pgina pessoal do sistema e-fatura, atravs da

funcionalidade que possibilita aos consumidores o registo dos elementos das faturas que

tenham em seu poder.

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i) Quais so os prazos para proceder insero das faturas que verificar estarem em falta?

As faturas em falta devem ser inseridas pelos consumidores na sua pgina pessoal do

sistema e-fatura aps o final do ms seguinte ao da sua emisso e com o prazo limite de

15 de fevereiro do ano seguinte ao da sua emisso.

j) A partir de que momento posso consultar as taxas moderadoras e as propinas pagas relativamente a qualquer membro do meu agregado familiar?

As faturas emitidas por entidades de sade e de ensino so comunicadas AT at o dia

25 do ms seguinte ao da sua emisso, como quaisquer outras faturas. Nestes termos, as

faturas com NIF sero disponibilizadas na pgina pessoal de cada consumidor at ao final

do ms seguinte ao da emisso, podendo ser consultadas a partir desta data.

No caso de entidades de sade e de ensino que no emitam faturas por estarem

dispensadas dessa obrigao (como sejam os estabelecimentos pblicos de sade e de

ensino), o valor pago pelo consumidor ser comunicado AT por estas entidades at ao

final do ms de janeiro do ano seguinte quele em que ocorreu o respetivo pagamento,

ficando ento essa informao disponvel na pgina pessoal do sistema e-fatura de cada

contribuinte.

k) O que fazer caso existam divergncias entre a fatura comunicada pelo agente econmico e a fatura que tenho em meu poder?

No caso de o consumidor verificar que os dados de uma das faturas comunicadas pelos

agentes econmicos contm uma incorreo (por exemplo, no valor da aquisio), este

deve proceder alterao/correo dos elementos da fatura na sua pgina pessoal do

sistema e-fatura no Portal das Finanas, desde o momento em que a fatura comunicada

pelo agente disponibilizada at 15 de fevereiro do ano seguinte ao da emisso da

fatura.

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l) A comunicao da fatura pelos agentes econmicos AT contm a descrio dos bens adquiridos ou dos servios prestados aos consumidores finais?

No. Os dados das faturas comunicadas pelos agentes econmicos AT nunca contm a

descrio dos bens adquiridos ou dos servios prestados aos consumidores finais, no

estrito cumprimento da legislao de proteo de dados pessoais e do sistema e-fatura.

exatamente por esta razo que as faturas que so emitidas por agentes econmicos

que exercem diferentes atividades econmicas (vrios CAE) ficam pendentes na pgina

pessoal de cada consumidor no sistema e-fatura, uma vez que a AT no sabe que tipo de

bem ou servio foi efetivamente adquirido ou prestado e, por isso, no pode imputar

automaticamente a despesa a um dos setores com direito a deduo coleta.

Nestes casos, os consumidores finais devem selecionar qual o setor de atividade a que

respeita cada uma das faturas, de forma a que as mesmas sejam imputadas corretamente

para efeitos de deduo coleta [ver resposta pergunta 1 g)].

m) Devem as despesas elegveis para deduo coleta de setores especficos constar de fatura autnoma?

Quando um agente econmico apenas tem uma atividade econmica declarada junto da

AT (caso tpico de restaurantes, mdicos ou estabelecimentos de ensino) a fatura

imputada de forma imediata para efeitos de deduo coleta no setor especfico

correspondente (restaurao, sade ou educao, respetivamente).

Na situao de agentes econmicos com mais do que uma atividade econmica (CAE)

declarada junto da AT, os dados das faturas comunicadas pelos agentes econmicos

AT nunca contm a descrio dos bens adquiridos ou dos servios prestados aos

consumidores finais, no estrito cumprimento da legislao de proteo de dados pessoais

e do sistema e-fatura. Assim, no caso de a fatura agregar despesas que so imputveis a

mais do que um setor com benefcio, as operaes constantes da fatura so consideradas

para efeitos de despesas gerais familiares.

No caso de a fatura ser emitida autonomamente de modo a titular operaes de um nico

setor de atividade, o consumidor poder selecionar qual o setor de atividade a que

respeita, de forma a que a mesma seja imputada corretamente para efeitos de deduo

coleta na sua pgina pessoal no sistema e-fatura.

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n) Se o agente econmico emitir fatura com uma despesa elegvel para deduo coleta mas no tiver atividade aberta no setor correto como devo agir?

Nestes casos o consumidor dever contatar a AT atravs do sistema e-balco

(https://www.portaldasfinancas.gov.pt/pf/html/eBalcao.html) ou do Centro de Atendimento

Telefnico (707 206 707) reportando esse facto para que o agente econmico seja

contactado com vista a atualizar os seus dados de atividade e, dessa forma, assegurar

que a despesa constante da fatura seja considerada para efeitos de deduo coleta na

pgina pessoal de cada consumidor no sistema e-fatura.

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2 - Despesas dedutveis coleta

a) Que despesas so dedutveis no mbito do novo IRS?

No mbito do IRS, so dedutveis coleta:

As despesas gerais familiares

Esta deduo abrange os valores suportados por qualquer membro do agregado

familiar que constem de faturas que respeitem a quaisquer prestaes de servios

e aquisies de bens comunicadas AT, com exceo das faturas abrangidas

pelas dedues respeitantes a despesas de sade, despesas de educao e

encargos com imveis.

As despesas de sade e com seguros de sade


familiar que constem de faturas que respeitem a prestaes de servios e

aquisies de bens (isentas de IVA ou tributadas taxa reduzida) comunicadas

AT nos seguintes setores de atividade:

i) Seco Q, classe 86 Atividade de sade humana;

ii) Seco G, classe 47730 Comrcio a retalho de produtos farmacuticos,

em estabelecimentos especializados; e

iii) Seco G, classe 47740 Comrcio a retalho de produtos mdicos e

ortopdicos, em estabelecimentos especializados.

Esta deduo tambm abrange despesas que correspondam a prmios de

seguros ou contribuies pagas a associaes mutualistas ou a instituies sem

fins lucrativos que tenham por objeto a prestao de cuidados de sade que, em

qualquer dos casos, cubram exclusivamente os riscos de sade relativamente ao

sujeito passivo ou aos seus dependentes.

Acresce que, tendo sido inteno expressa do legislador permitir a deduo de

despesas de sade abrangidas pela taxa reduzida de IVA, considera-se que a

venda de lentes para culos e de lentes oftlmicas por entidades que tenham

atividade aberta na seco G, classe 47782 (Comrcio a retalho de material tico,

fotogrfico, cinematogrfico e de instrumentos de preciso, em estabelecimentos

especializados) tambm se encontra abrangida por esta deduo.

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Finalmente, quer as faturas emitidas por empresas, quer as faturas ou faturas-

recibo emitidas por profissionais liberais so vlidas para a deduo de despesas

com prestaes de servios ou aquisies de bens no mbito das dedues

coleta previstas no Cdigo do IRS.

Com efeito, as despesas de sade constantes de faturas ou faturas-recibo

emitidas pelos seguintes profissionais (previstos no artigo 151. do Cdigo do IRS)

so vlidas para efeitos das dedues coleta:

a. 5010 Enfermeiros;

b. 5012 Fisioterapeutas;

c. 5015 Terapeutas da fala;

d. 5019 Outros tcnicos paramdicos;

e. 7010 Dentistas;

f. 7011 Mdicos analistas;

g. 7012 Mdicos cirurgies;

h. 7013 Mdicos de bordo em navios;

i. 7014 Mdicos de clnica geral;

j. 7015 Mdicos dentistas;

k. 7016 Mdicos estomatologistas;

l. 7017 Mdicos fisiatras;

m. 7018 Mdicos gastroenterologistas;

n. 7019 Mdicos oftalmologistas;

o. 7020 Mdicos ortopedistas;

p. 7021 Mdicos otorrinolaringologistas;

q. 7022 Mdicos pediatras;

r. 7023 Mdicos radiologistas; e

s. 7024 Mdicos de outras especialidades.

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As despesas de educao e formao


familiar que constem de faturas que respeitem a prestaes de servios e

aquisies de bens (isentas de IVA ou tributadas taxa reduzida) comunicadas

AT nos seguintes setores de atividade:

i) Seco P, classe 85 Educao; e

ii) Seco G, classe 47610 Comrcio a retalho de livros, em

estabelecimentos especializados.

Na medida em que as despesas com creches encontram-se expressamente

previstas para efeitos de deduo, considera-se que as faturas que respeitem a

prestaes de servios e aquisies de bens comunicadas AT por entidades que

tenham atividade aberta na seco G, classe 88910 (atividades de cuidados para

crianas, sem alojamento) tambm se encontram abrangidas por esta deduo.





Com efeito, as despesas de educao constantes de faturas ou faturas-recibo

emitidas pelos seguintes profissionais (previstos no artigo 151. do Cdigo do IRS)

so vlidas para efeitos das dedues coleta:

a. 8010 Explicadores;

b. 8011 Formadores;

c. 8012 Professores;

Os encargos com imveis


familiar:

i) Com as importncias suportadas a ttulo de renda pelo arrendatrio para

fins de habitao permanente, quando referentes a contratos de

arrendamento celebrados ao abrigo do RAU ou do Novo RAU;

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ii) Com juros de dvidas, por contratos celebrados at 31 de dezembro de

2011, contradas com a aquisio, construo ou beneficiao de imveis

para habitao prpria e permanente ou para arrendamento para

habitao permanente do arrendatrio;

iii) Com prestaes devidas em resultado de contratos celebrados at 31 de

dezembro de 2011 com cooperativas de habitao ou no mbito do

regime de compras em grupo, para a aquisio de imveis destinados a

habitao prpria e permanente ou para arrendamento para habitao

permanente do arrendatrio, na parte que respeitem a juros das

correspondentes dvidas; ou

iv) Com importncias pagas a ttulo de rendas por contrato de locao

financeira celebrado at 31 de dezembro de 2011 relativo a imveis para

habitao prpria e permanente efetuadas ao abrigo deste regime, na

parte que no constituam amortizao de capital.

As despesas em setores com deduo pela exigncia de fatura


familiar que constem de faturas que tutelem prestaes de servios e aquisies

de bens comunicadas AT nos seguintes setores de atividade:

i) Seco G, classe 4520 Manuteno e reparao de veculos

automveis;

ii) Seco G, classe 45402 Manuteno e reparao de motociclos, de

suas peas e acessrios;

iii) Seco I Alojamento, restaurao e similares; e

iv) Seco S, classe 9602 Atividades de sales de cabeleireiro e institutos

de beleza.





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Com efeito, as despesas constantes de faturas ou faturas-recibo emitidas pelos

seguintes profissionais (previstos no artigo 151. do Cdigo do IRS) so vlidas

para efeitos das dedues coleta:

1325 Esteticistas, manicuras e pedicuras. As penses de alimentos

Esta deduo abrange encargos com penses de alimentos a que o contribuinte

esteja obrigado por sentena judicial ou por acordo homologado nos termos da lei

civil, salvo nos casos em que o seu beneficirio faa parte do mesmo agregado

familiar para efeitos fiscais ou relativamente ao qual estejam previstas outras

dedues coleta.

Os encargos com lares


familiar que constem de faturas que tutelem prestaes de servios e aquisies

de bens (isentas de IVA ou tributadas taxa reduzida) comunicadas AT nos

seguintes setores de atividade:

i) Seco Q, classe 873 Atividades de apoio social para pessoas idosas

e com deficincia, com alojamento; e

ii) Seco Q, classe 8810 Atividades de apoio social para pessoas idosas

e com deficincia, sem alojamento.

Podem ser deduzidos os encargos com apoio domicilirio, lares e instituies de

apoio terceira idade relativos aos sujeitos passivos, bem como os encargos com

seus dependentes, ascendentes e colaterais at ao 3. grau que no possuam

rendimentos anuais superiores a 7.070 (para 2015).

b) Como posso deduzir as despesas de filhos em situaes de divrcio com guarda conjunta?

Na situao de divrcio com guarda conjunta dos filhos, as faturas que sejam emitidas

com o NIF dos filhos sero repartidas igualmente entre ambos os progenitores. No

entanto, como j acontecia anteriormente, o progenitor que pague penses de alimentos

ter que optar entre deduzir as penses de alimentos pagas ao outro progenitor ou 50%

das despesas constantes das faturas que sejam emitidas com o NIF dos filhos.

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3 - Agregado familiar e ascendentes

a) Quem faz parte do agregado familiar?

As seguintes pessoas integram o agregado familiar:

Os cnjuges no separados judicialmente de pessoas e bens, ou os unidos de facto, e os respetivos dependentes;

Cada um dos cnjuges ou ex-cnjuges, respetivamente, nos casos de separao judicial de pessoas e bens ou de declarao de nulidade, anulao ou dissoluo do casamento,

e os dependentes a seu cargo;

O pai ou me solteiros e os dependentes a seu cargo;

O adotante solteiro e os dependentes a seu cargo.

b) Quando posso declarar uma pessoa como dependente?

Os contribuintes podem declarar como dependentes, desde que estejam a seu cargo e os

identifiquem com os respetivos NIF na Declarao Modelo 3 de IRS:

a) Os filhos, adotados e enteados, menores no emancipados, e os menores sob tutela;

b) Os filhos, adotados e enteados, maiores, bem como aqueles que at maioridade

estiveram sujeito tutela de qualquer dos sujeitos passivos, que no tenham mais de 25

anos nem aufiram anualmente rendimentos superiores ao valor da retribuio mnima

mensal garantida (para 2015 - 7.070,00);

c) Os filhos, adotados, enteados e os sujeitos a tutela, maiores, inaptos para o trabalho e

para angariar meios de subsistncia;

d) Os afilhados civis.

c) Quando posso declarar uma pessoa como ascendente?

Os contribuintes podem considerar, para efeitos de IRS, uma pessoa como ascendente quando

esta viva efetivamente em comunho de habitao com o sujeito passivo e no aufira

rendimentos superiores penso mnima do regime geral (para 2015, o seu valor anual de

3.667,30).

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d) Quando posso usufruir do regime de unidos de facto?

A unio de facto a situao jurdica de duas pessoas que vivam em condies anlogas s dos

cnjuges, nomeadamente a partilha de habitao prpria e permanente, h mais de dois anos.

A identidade de domiclio fiscal dos sujeitos passivos h dois anos, e durante o perodo de

tributao, constitui presuno de que os sujeitos passivos vivem em unio de facto, caso em

que podem optar pelo regime da tributao conjunta, entregando uma nica Declarao de

Rendimentos assinada por ambos.

e) Como posso comprovar perante a administrao tributria que sou unido de facto?

Se os sujeitos passivos forem residentes no territrio portugus, caso ambos se encontrem

registados junto da AT com o mesmo domiclio fiscal, h dois anos e durante o perodo de

tributao, no preciso fazer qualquer tipo de prova.

No caso de no serem residentes em territrio portugus durante todo ou parte do perodo acima

referido, podem apresentar prova documental da identidade de domiclio fiscal no Estado ou

Estados onde residiram durante aquele perodo.

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4 Categoria B

a) Como funciona o novo sistema de permanncia no regime simplificado na categoria B?

Na medida em que deixou de ser obrigatria a permanncia no regime simplificado por

um perodo mnimo de trs anos, o sujeito passivo pode optar, anualmente, pelo regime

com base na contabilidade, mediante a entrega da declarao de alteraes at final do

ms de maro, o qual produzir efeitos desde o incio desse mesmo ano.

b) Posso declarar rendimentos prediais na categoria B?

possvel declarar rendimentos prediais na categoria B, desde que faa tal opo atravs

da entrega da respetiva declarao de incio de atividade (ou de alteraes) nesse

sentido.

Destaca-se que caso o contribuinte opte por tributar os seus rendimentos prediais no

mbito da categoria B ter de proceder imputao das faturas que dizem respeito

obteno destes rendimentos na sua pgina pessoal do sistema e-fatura, semelhana

do que sucede com os restantes contribuintes integrados na categoria B.

Caso no opte pela tributao dos rendimentos prediais na categoria B, para efeitos de

deduo de despesas no mbito da categoria F, os gastos devem estar documentalmente

comprovados, nomeadamente atravs de fatura ou fatura-recibo.

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5 - Arrendamento

a) Quem est obrigado a emitir recibo mensal das rendas atravs do Portal das Finanas?

Os senhorios so obrigados a emitir recibo de renda eletrnico pelas rendas recebidas ou

colocadas disposio ainda que a ttulo de cauo ou adiantamento, quando no optem

pela sua tributao no mbito da categoria B (rendimentos empresariais).

Ficam, todavia, dispensados da obrigao de emisso de recibo de renda eletrnico os

senhorios que, cumulativamente:

a) No possuam, nem estejam obrigados a possuir, caixa postal eletrnica, nos

termos do artigo 19. da Lei Geral Tributria; e

b) No tenham auferido, no ano anterior, rendimentos prediais em montante

superior a duas vezes o valor do IAS (838,44 em 2015) ou, no tendo auferido

naquele ano qualquer rendimento desta categoria, prevejam que lhes sejam

pagas ou colocadas disposio rendas em montante no superior quele limite.

Ficam igualmente dispensados da obrigao da obrigao de emisso de recibo de renda

eletrnico:

a) As rendas correspondentes aos contratos abrangidos pelo Regime do

Arrendamento Rural, estabelecido no Decreto-Lei n. 294/2009, de 13 de

outubro; e

b) Os senhorios que sejam titulares de rendimentos prediais e que tenham, a 31

de dezembro do ano anterior quele a que respeitam tais rendimentos, idade

igual ou superior a 65 anos.

Nas situaes de dispensa de emisso de recibo de renda eletrnico, e caso no haja

opo pela sua emisso, os senhorios ficam obrigados entrega de uma declarao

anual de rendas, a submeter at 31 de janeiro, por referncia s rendas recebidas no ano

anterior, com exceo para as rendas correspondentes aos contratos abrangidos pelo

Regime do Arrendamento Rural.

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b) Que despesas poderei deduzir ao rendimento predial que auferir?

O senhorio poder deduzir todos os gastos efetivamente suportados e pagos para obter

ou garantir os rendimentos relativamente a cada prdio ou parte de prdio, com exceo

dos gastos de natureza financeira, dos relativos a depreciaes e dos relativos a

mobilirio, eletrodomsticos e artigos de conforto ou decorao.

Podero, ainda, ser deduzidos os gastos suportados e pagos nos 24 meses anteriores ao

incio do arrendamento, relativos a obras de conservao e manuteno do prdio, desde

que, no entretanto, o imvel no tenha sido utilizado para outro fim que no o

arrendamento.

Para efeitos das dedues antes referidas, os gastos devem estar documentalmente

comprovados, nomeadamente atravs de fatura ou fatura-recibo.

c) Posso permitir que terceiros emitam recibos eletrnicos de rendas em meu nome?

Os senhorios podem permitir que terceiros emitam os recibos eletrnicos de rendas,

desde que tal autorizao seja comunicada no Portal das Finanas.

d) Quem dever emitir recibos de rendas no caso de imveis que sejam propriedade de heranas indivisas?

Os recibos eletrnicos de rendas devem ser emitidos, neste caso, pelos co-herdeiros nas

respetivas quotas-partes ou pelo cabea-de-casal. Neste ltimo caso, os co-herdeiros

devem comunicar a devida autorizao concedida para o efeito atravs do Portal das

Finanas.

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6 Residncia fiscal em Portugal

a) Como funciona o sistema de residncia parcial?

A residncia parcial permite que o contribuinte seja considerado residente em territrio

nacional apenas durante uma parte do ano, desde que nele permanea mais de 183 dias,

seguidos ou interpolados, em qualquer perodo de 12 meses. O contribuinte tambm ser

considerado residente caso, tendo permanecido por um perodo de tempo inferior a 183

dias, disponha de habitao neste territrio em condies que faam supor inteno atual

de a manter e ocupar como residncia habitual.

Preenchendo estas condies, o contribuinte passa a ser considerado residente em

Portugal a partir do 1. dia de permanncia, entendendo-se por dia de presena qualquer

dia completo ou parcial que inclua dormida, cessando a residncia no ltimo dia de

permanncia em territrio nacional.

b) Existem excees ao regime de residncia parcial?

Em primeiro lugar, se o contribuinte reunir num qualquer momento do ano as condies

para ser residente e no ano anterior foi tambm considerado residente em territrio

nacional, considera-se obtida a residncia fiscal desde o primeiro dia do ano do regresso.

Adicionalmente, no obstante o regime regra ser que o ltimo dia de permanncia em

territrio nacional determinar a cessao da residncia, o contribuinte ser sempre

considerado residente em Portugal durante todo o ano se:

a) Permanecer em Portugal mais de 183 dias, seguidos ou interpolados e tenha

obtido nesse ano, aps o ltimo dia de permanncia, rendimentos sujeitos a IRS e

no isentos, caso fosse considerado residente, exceto se demonstrar que aqueles

rendimentos so tributados por um imposto similar:

i. Noutro Estado Membro da Unio Europeia ou no Espao Econmico

Europeu; ou

ii. Noutro Estado, em que a taxa de tributao no seja inferior a 60% daquela

que lhe seria aplicvel caso fosse considerado residente em Portugal;

b) Ou, no ano seguinte quele em que perdeu essa qualidade, tenha voltado a

adquirir o estatuto de residente em Portugal.

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c) Nos anos de partida e de chegada a Portugal, que rendimentos devo declarar?

O contribuinte deve declarar os rendimentos obtidos em Portugal, bem como os obtidos

no estrangeiro, que tenham sido auferidos no decurso do perodo em que foi considerado

residente fiscal em Portugal.

At o primeiro dia de permanncia (no ano da chegada a Portugal, ou a partir do ltimo

dia de permanncia (no ano em que cessa a residncia fiscal), apenas deve declarar os

rendimentos que, para efeitos de IRS, sejam considerados obtidos em territrio nacional e

para os quais h obrigatoriedade de apresentao de declarao enquanto no residente.

Para quaisquer dvidas adicionais dever contatar a AT atravs do sistema e-balco (https://www.portaldasfinancas.gov.pt/pf/html/eBalcao.html) ou do Centro de Atendimento Telefnico CAT (707 206 707).

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