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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Interpretação, Literatura, Redação Inglês e Espanhol Paulo Lobão, Pedro Fernandes, Rivaldo Coelho e Sousa Nunes 03 Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha. É proibida a duplicação ou reprodução deste fascículo. Cópia não autorizada é Crime.

Fasc 03 22082011 (1)

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Linguagens, Códigose suas TecnologiasInterpretação, Literatura, RedaçãoInglês e EspanholPaulo Lobão, Pedro Fernandes, Rivaldo Coelho e Sousa Nunes 03

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Caro EstudanteNeste terceiro fascículo, abordaremos a Área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação, explorando

competências e habilidades que utilizamos no cotidiano.

Nossa abordagem compreenderá: a literatura por meio da interpretação de textos, as múltiplas linguagens através

de texto verbal e não verbal e a produção textual por meio da redação. Mas, não é só isso! Também examinaremos os

elementos centrais da interpretação de textos em língua estrangeira, com propostas em inglês e espanhol.

Bom trabalho!

Objeto do Conhecimento

O índio na literatura brasileira:do bom selvagem ao herói sem escrúpulos

Esta seção tem como objetivo geral o estudo de temas, motivos e estilos na literatura brasileira e em outras mani-festações culturais, com ênfase no diálogo que a literatura mantém com as outras artes.

O índio, já no primeiro texto sobre o Brasil (Carta, de Pero Vaz de Caminha), é elemento de fundamental interesse na construção ideológica e estética que o colonizador fez do colonizado. Nos primeiros séculos da colonização, os textos dos historiadores e da literatura catequética dos jesuítas de-ram ao índio um perfil estereotipado, de “tabula rasa”, que, de certa forma, vai ser mantido até o advento da literatura romântica de Gonçalves Dias e de José de Alencar.

Na literatura brasileira, o termo indianismo faz refe-rência à idealização do indígena, por vezes retratado como herói nacional. Mas o selvagem exótico logo se transforma em herói do Romantismo. O índio então virou moda no mundo e no Brasil e passou a ser referência para a criação de uma nacionalidade.

Os romances Iracema e O Guarani, de José de Alencar, são símbolos desse período. Os dois livros podem ser desig-nados como romances fundadores, ou seja, obras ficcionais que representam metaforicamente o início de um mundo e/ou de uma raça. Essa moda durou até o final do século XIX, quando o índio sai de cena, temporariamente, já que ele volta à literatura na década de 20, com o Modernismo, quando surge Macunaíma, o anti-herói criado por Mário de Andrade. O índio passa a ser mostrado como paródia do índio romântico. É um modo mais refletivo que marca a diferença da cultura brasileira. O Modernismo também re-força a identidade nacional, mas de outro modo. Não mais a valorização do nacional como algo exótico, mas como parte de um modelo nacional.

Mas o que fica é a imagem do bom selvagem Peri, da virgem dos lábios de mel Iracema e do herói sem escrúpu-los Macunaíma. http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especiais-19d.asp (adaptada).

Para completarmos nossa abordagem de literatura, re-visemos duas obras pré-românticas que trataram da temá-tica indianista: O Uraguai e Caramuru.

O URAGUAI – Basílio da GamaA morte de LindoiaOs trechos mais belos e mais interessantes dessa obra poética do Arcadismo brasileiro referem-se aos índios. Alguns deles, como a narração da morte de Cacambo, assassinado por Bal-da, e a do desespero e suicídio de Lindoia, dão um tom lírico ao poema e podem ser classificados como pré-românticos: Morto Cacambo, amado de Lindoia, por envenenamento, o Pe. Balda quis casá-la com o mestiço Baldetta. A cerimônia estava preparada, todos os chefes aguardavam à entrada do templo, mas a noiva não compareceu. Caitutu, irmão de Lin-doia, informado pela feiticeira Tanajura sobre o paradeiro da irmã, foi buscá-la e a encontrou num bosque, deitada sobre a relva, com uma serpente sobre o corpo. Porque Cacambo, seu amado, fora envenenado, ela, por fidelidade a ele, não aceitou o casamento que lhe era imposto, deixando-se picar por uma serpente. Quando Caitutu a encontrou caída com a cobra envolvendo-lhe o corpo, atirou uma flecha na serpente para salvar a irmã, mas já estava morta.

CARAMURU – Santa Rita DurãoO afogamento de MoemaCaramuru é um poema do Arcadismo brasileiro que narra a história (lenda?) do aventureiro Diogo Álvares Correia, que naufraga na costa da Bahia, no século XVI. O episó-dio antológico desse poema é o afogamento de Moema, que delineia o momento mais dramático da obra. Moema, diante da infortunada rejeição, lança-se ao mar atrás do navio do seu amado português Diogo, o Caramuru, que se dirige à Europa para o casamento com a rival índia Para-guaçu. Moema perece tragada pelas ondas.

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35Universidade Aberta do Nordeste

LITERATURA E INTERTEXTUALIDADEA literatura é uma arte polissêmica e polifônica, dialoga constantemente com outras artes, notadamente as artes plásticas. O escritor, para usar uma expressão de Murilo Mendes, mantém sempre o “olho armado” e, à maneira de um pintor ou escultor, fixa a eternidade de um momento.

IntertextualidadeUma obra literária pode ser construída tomando outra como modelo ou referência. Assim, quando um autor utiliza textos de outros autores para construir seu próprio texto, dá-se o fe-nômeno da intertextualidade. Porém, chama-se intratextu-alidade quando ele retoma sua própria obra, reescrevendo-a. Dois conceitos são indispensáveis para a compreensão do fenômeno da intertextualidade: paródia e paráfrase.

Paródia e ParáfraseParódia constitui o procedimento intertextual em que se toma o texto de outro autor com a intenção de criticá-lo, des-caracterizá-lo etc. Já a paráfrase, ao contrário, é a retomada de um texto sem intenção de criticá-lo, mas de concordar com ele. Trata-se da reafirmação, em palavras diferentes, do mes-mo sentido do texto original (intertexto).

Para exemplificar essa característica da produção literá-ria, é válido analisarmos a introdução do segundo capítulo da obra Macunaíma, em que Mário de Andrade retoma as palavras de José de Alencar, em Iracema, ao apresentar na narrativa o seu personagem principal e anti-herói. Observe os fragmentos das duas obras:

Em Iracema:Além, muito além daquela serra, que ainda azula no ho-rizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graú-na, e mais longos que seu talhe de palmeira. (...) Em Macunaíma:No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite.

Ao optar pela alusão ao romance de José de Alencar, Mário de Andrade, ao mesmo tempo em que traz para o texto o fragmento do autor indianista, reconstrói o discur-so original para remontar um outro texto. Mesmo utilizan-do elementos da natureza brasileira – que é uma carac-terística dos textos do Romantismo – a nova composição distorce ou nega a ideia inicial de exaltação do elemento indígena que, no texto modernista, é na realidade um anti-herói, e não o “bom selvagem” do Romantismo.

Questão Comentada

|C5-H17|Os quadros reproduzidos a seguir dialogam com três obras da literatura brasileira. Com base em seus conhecimentos literários e nos motivos retratados pelos artistas plásticos, assinale a alter-nativa verdadeira sobre fatos relativos às personagens em foco.

Lindoia, José Maria de Medeiros, 1882.jpg pt.wikipedia.org

Moema, Victor Meirelles, 1866. Museu de Arte de São Paulo. sasarte.arteblog.com.br

Iracema, óleo sobre tela, 167,5 x250,2 cm. José Maria de Medeiros, 1884. Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.

a) Victor Meireles retratou, de modo realista, a personagem

de Caramuru.b) As três personagens retratadas tiveram um destino comum:

foram abandonadas pelos seus companheiros.c) As duas primeiras obras retratam motivos árcades, ao passo

que a terceira apresenta um motivo romântico.d) O artista focalizou um momento prazeroso na vida de Moe-

ma: o banho de sol à beira-mar.e) O artista focalizou o corpo de Lindoia, ao pé de um cipreste,

morta a flechadas por uma tribo inimiga.

Solução Comentada: Victor Meireles, ao retratar a personagem Moema, de Caramuru, não o fez de modo realista, mas românti-co. Com um olhar romântico, ele retratou o corpo da jovem mor-ta, deitado à beira do mar, numa pose sensual, com a tanga presa apenas a um dos lados dos quadris, a perna esquerda apoiada numa rocha e os cabelos soltos espalhados na areia. O mar apa-rece difusamente por detrás e, ao longe, percebe-se a mata, onde sobressaem algumas árvores e palmeiras. Está, portanto, falso o item A. É também falso o item B, porque Lindoia, personagem do O Uraguai, não foi abandonada pelo companheiro. Cacambo, seu amado, foi envenenado, e ela, fiel a ele, não aceitou um casamen-to que lhe foi imposto, deixando-se picar por uma serpente num bosque. O item C está correto, pois Moema (do épico Caramuru) e Lindoia (do épico O Uraguai) pertencem ao Arcadismo, ao pas-so que Iracema, do romance homônimo, é obra do Romantismo.

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Está falso o item D, porque o artista não pintou Moema ao banho de sol, mas morta, por afogamento, após fracassada tentativa de barrar a viagem de seu amado Diogo Álvares, o Caramuru, que a deixou para casar-se com Paraguaçu. Está igualmente falso o item E, uma vez que, como se comentou no item B, Lindoia dei-xou-se picar por uma serpente para não aceitar um casamento forjado. Ela não foi morta, portanto, a flechadas por tribo inimiga. A flecha que aparece no quadro foi atirada pelo irmão de Lindoia contra a serpente que envolvia o corpo de sua irmã.Resposta: C

Para Fixar

|C5-H17|01. Confronte o quadro e o texto reproduzidos a seguir para re-

solver a questão proposta.

Antônio Parreiras (1860-1937): Iracema, 1909. Óleo sobre tela, 61x 92 cm. São Paulo, Museu de Arte.

Poti refletiu: — As lágrimas da mulher amolecem o coração do guerreiro, como o orvalho da manhã amolece a terra.Meu irmão é um grande sabedor. O esposo deve partir sem ver Iracema. O cristão avançou. Poti mandou-lhe que esperasse; da aljava de setas que Iracema emplumara de penas vermelhas e pretas, e suspendera aos ombros do esposo, tirou uma. O chefe pitiguara vibrou o arco; a seta atravessou um goia-mum que discorria pelas margens do lago, e só parou onde a pluma não a deixou mais entrar. Fincou o guerreiro no chão a flecha, com a presa atravessada, e tornou para Coatiabo: — Tu podes partir agora. Iracema seguirá teu rastro; chegando aqui, verá tua seta, e obedecerá à tua vontade. Martim sorriu; e quebrando um ramo do maracujá, a flor da lem-brança, o entrelaçou na haste da seta, e partiu enfim seguido por Poti. Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores. O calor do Sol já tinha secado seus passos na beira do lago. Iracema inquieta veio pela várzea seguindo o rastro do esposo até o tabu-leiro. As sombras doces vestiam os campos quando ela chegou à beira do lago. Seus olhos viram a seta do esposo fincada no chão, o goia-mum trespassado, o ramo partido, e encheram-se de pranto. — Ele manda que Iracema ande para trás, como o goiamum, e guarde sua lembrança, como o maracujá guarda sua flor todo o tempo, até morrer.Iracema, de José de Alencar.

O quadro de Antônio Parreiras foi inspirado na passagem, transcrita anteriormente, do romance de José de Alencar. Con-frontando a referida passagem com a leitura intertextual que o pintou fez dela, é correto afirmar que o artista plástico retratou:

a) a tristeza de Iracema, por não entender o significado que a flecha do esposo simbolizava.

b) a reação de Iracema ao decodificar a mensagem deixada por Martim.

c) a desilusão de Iracema por sentir-se traída pelo marido, que retornava a Portugal para rever sua noiva.

d) a revolta de Iracema porque Martim partira com Poti sem lhe dar satisfação.

e) o arrependimento da filha dos tabajaras por ter deixado sua tribo para tornar-se esposa de um guerreiro branco inimigo de seu povo.

|C5-H15|02. Leia a música a seguir.

IRACEMA VOOU Chico Buarque

Iracema voou Para a América Leva roupa de lã E anda lépida Vê um filme de quando em vez Não domina o idioma inglês Lava chão numa casa de chá Tem saído ao luar Com um mímico Ambiciona estudar Canto lírico Não dá mole pra polícia Se puder, vai ficando por lá Tem saudade do Ceará Mas não muita Uns dias, afoita Me liga a cobrar: – É Iracema da América

Acerca da letra de música “Iracema voou”, de Chico Buarque, é correto afirmar que se trata de uma:

a) crítica aos brasileiros que se aventuram a emigrar de sua terra natal em busca de uma vida melhor no exterior.

b) abordagem em torno do fortalecimento da identidade do brasileiro a despeito da globalização.

c) referência ao modo como a personagem se comunica no país estrangeiro, ignorando a pantomima.

d) reafirmação da visão ufanista legada pelos românticos, o que se confirma pela saudade que a migrante clandestina sente do Ceará.

e) intertextualidade com uma famosa personagem alencarina, anagrama de América.

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37Universidade Aberta do Nordeste

Nas diferentes situações do cotidiano e nos diferentes con-textos, fazemos uso de nossas competências e habilidades de leitura. Em todos esses momentos, estabelecemos interações com os mais diversos tipos de textos dos mais variados gêne-ros. Em todos eles, está presente o desafio da interpretação adequada de seus respectivos sentidos. Para que esse proces-so de compreensão seja eficiente, é necessário o domínio dos instrumentos que permitam o reconhecimento das lingua-gens e dos códigos inerentes a cada tipo específico de texto (verbal e não verbal), aspecto que será abordado nesta seção.

Pautado nessa convicção, este material tem como obje-tivo propor um suporte acadêmico para ajudá-lo a desen-volver suas habilidades de leitura em face das exigências de um mundo contemporâneo, povoado de mecanismos de comunicação que exigem do homem o reconhecimento de seus recursos e estratégias de construção. Outra razão importante, que estimula esse trabalho, é o projeto do novo Enem, que avalia, em seu exame, o conhecimento sobre as diferentes linguagens com as quais o indivíduo convive, a fim de que seja capaz de analisar, estabelecer analogias, realizar inferências, levantar hipóteses, promover contextu-alizações, lidar com situações-problema, resolver questões interdisciplinares entre outras proposições.

Nesse sentido, o conhecimento sobre as Tecnologias da Comunicação e da Informação constitui fator imprescindí-vel na recepção correta dos textos, neste mundo de diferen-tes linguagens e mídias, tornando-se essencial no desenvol-vimento da competência leitora, promovendo a cidadania ao inserir o indivíduo nas práticas sociais da linguagem. Co-mecemos então a revisar os tipos de linguagens.

A linguagem humorística:Tirinha, Charge e CartumA tirinha – A tira é uma narrativa curta, de caráter cômico-humorístico, composta de dois, três ou quatro quadrinhos ou vinhetas que empregam palavras e imagens, ou apenas imagens. Geralmente, é descontextualizada, sem uma data

Fique de Olho

Centenário da primeira edição de O triste fim de Policarpo QuaresmaEm 1911, foi lançada a primeira edição de O triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, um clássico da lite-ratura brasileira.

Escrito por Lima Barreto, foi levado a público pela pri-meira vez em folhetins publicados entre agosto e outubro de 1911, na edição da tarde do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Em 1915, também no Rio de Janeiro, a obra foi pela primeira vez impressa em livro, em edição do au-tor. O romance discute principalmente a questão do na-

cionalismo, como a valorização da língua tupi-guarani, mas também fala do abismo existente entre as pessoas idealistas e aquelas que se preocupam apenas com seus interesses e com sua vida comum. Com uma narrativa leve que em alguns pontos chega a ser cômica, mas sempre salpicada de pequenas críticas a vários aspectos da socie-dade, a história se torna mais tensa quando o autor analisa a loucura de seu personagem e duras críticas que este faz ao presidente Floriano Peixoto (1891-1894), o que determi-nará seu triste fim: prisão e fuzilamento.

Objeto do Conhecimento

O texto verbal e o não verbal – recursos e estratégias

específica. Portanto, está sempre atualizada, fato que lhe confere dimensão universal. O sintetismo e a instantanei-dade da comunicação, que a tira transmite, são elementos importantes no processo de interação com o leitor. Observe a tira de Laerte a seguir.

Nessa tira de Laerte, o humor é provocado por desli-zamentos semânticos. Os sentidos de “afinação”, de “finura” e de “grosseria” se confundem e se fundem no processo semântico marcado pela polissemia. No primeiro quadro da tira, a expressão “afinador de pia-nos” está articulada ao diapasão, instrumento que auxilia na afinação de instrumentos e vozes, portanto, relaciona-da à música. No segundo quadro, o termo “finura” relacio-na-se à redução do espaço. Assim, “afinação” desliza para “finura”, opondo-se ao campo semântico de “grossura”. No terceiro quadro, ao observarmos o piano partido so-bre a cabeça do personagem, o deslizamento semântico se completa: o termo “grosso” é compreendido como oposto à “finura”, “delicadeza”. Nesse sentido, o humor é resultado desse jogo semântico entre as palavras.

A charge – A charge é um desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, geralmente tendo como veículo de divulgação os meios de comunicação. Sua característica fundamental é a exploração de um fato do cotidiano, um acontecimento atual, comportando crítica, humor, ironia, fo-calizado por meio da caricatura. Segundo o dicionário Auré-

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lio, a charge é a “representação pictória, de caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato específico, em geral, de caráter político e que é do conhecimento público.” Vale ressaltar que a charge é um todo orgânico, daí não apresentar um desenvolvimento sequencial, comum às tirinhas.Observe a charge a seguir.

A compreensão da charge exige do interlocutor um determinado conhecimento de mundo, fato que lhe per-mite a decifração do código. A contextualização, portanto, é um fator preponderante para o processo de interação entre o texto e o leitor, visto que esse tipo de texto é por excelência uma releitura satírica, crítica de fatos do coti-diano, identificados no tempo e no espaço, conforme se observa no texto sugerido. Uma estratégia utilizada pelo chargista, na charge em questão, foi o emprego da in-tertextualidade com a Bíblia. Outro aspecto interessan-te é o elemento iconográfico, como o colete à prova de balas que protege o Cristo Redentor, contextualizando espacialmente a charge.

O cartum – É uma espécie de piada gráfica sobre os mais diversos comportamentos humanos. De modo geral, explora situações atemporais e universais, ou seja, que po-deriam ocorrer em qualquer lugar e em qualquer época.

Observe o cartum a seguir.

Com bom humor, o cartum explora uma situação atemporal e comum a muitos lugares no mundo. A exclusão social é o que gera esse texto peculiar. Vale res-saltar, porém, que o leitor, para melhor compreender o car-tum, deve ativar seu código linguístico estabelecendo uma associação semântica entre o texto verbal e o não verbal.

A linguagem publicitáriaO texto publicitário – A alma do negócioA propaganda é a técnica de comunicação (linguagem verbal e não verbal) que tem por finalidade difundir pro-dutos, serviços e ideias. Esse processo de divulgação se dá por meio da caracterização do que está sendo anunciado, destacando o que esses produtos, serviços e ideias apre-

sentam de específico e diferente. Dessa forma, busca-se atrair a simpatia do consumidor, promovendo uma intera-ção entre o que está proposto e o público-alvo.

“Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima.”

A propaganda, concebida como técnica, utiliza-se de vários recursos advindos das artes e das ciências (a Sociologia – para as pesquisas de opinião e preferências da população; a Psicologia – para identificar as expectati-vas do público com relação a um determinado produto; a Matemática – com os dados estatísticos que se colocam a serviço dos publicitários) para alcançar seus propósitos. A habilidade no uso da língua é um dos fatores determinan-tes para sua eficiência. O desenho, a pintura, a fotografia, as artes plásticas, os meios digitais aliados às artes gráficas, são fundamentais para a programação visual dos anún-cios. Vale ressaltar que, na propaganda, há recorrência a outros recursos: a música, a expressão corporal etc.

Observe o texto publicitário a seguir.

desenblogue.com

Questão Comentada

|C1-H1, H3 e H4|

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39Universidade Aberta do Nordeste

A comunidade do Orkut “Eu tenho medo do Mesmo” foi criada em função do aviso bastante conhecido dos usu-ários de elevadores: “Antes de entrar no elevador, ve-rifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. A assertiva que explica a criação dessa comunidade está na alternativa:

a) O risco que as pessoas correm ao não observarem a posição do elevador.

b) O fato de o termo “mesmo” ter sido usado equivocadamente no lugar de “elevador”, funcionando como substantivo.

c) A ideia de que o elevador é um meio de locomoção de alto risco para o homem.

d) A semântica de reforço estabelecida pelo termo “mesmo”, acentuando a ideia de perigo.

e) O contexto sintático-semântico da construção em que o termo “medo” e “mesmo” se fundem e confundem em suas funções e em seus sentidos.

Solução Comentada: O jogo de palavras que dá nome à comuni-dade do Orkut deve-se ao fato de o termo “mesmo” ter sido utilizado equivocadamente no aviso como substituto de “elevador”, equiva-lendo, portanto, a um substantivo. Nesse efeito de substantivação, “o mesmo”, que deveria remeter a elevador, por substituição, acaba funcionando como um outro substantivo na brincadeira da comu-nidade, associado a uma pessoa (“o Mesmo”). Como o aviso adverte que se deve verificar se “o mesmo” encontra-se parado no andar, a brincadeira o interpreta como uma referência ao “maníaco dos elevadores”. Para evitar esses equívocos na linguagem, basta repetir a palavra ‘elevador’, ou substituí-la por “ele” ou “este”. São possíveis também paráfrases que evitem a repetição. Nesse sentido, o jogo polissêmico estabelecido pelo termo “mesmo” é evitado, e a infor-mação torna-se mais precisa, objetiva.Vale ressaltar que o termo “mesmo’ é um galicismo.Resposta correta: b

Para Fixar

|C1-H1 e H3|03. Observe a tirinha “Bichinhos de jardim”

Com relação à estratégia argumentativa usada pelos perso-nagens na tirinha, pode-se inferir que:

I. o autor recorreu ao recurso da dicotomia para estabelecer o jogo de contrastes;

II. o texto presente no terceiro balão corresponde ao seguinte verso de Adélia Prado: “Aquilo que a memória ama fica eterno”;

III. a sentença “Cada um luta com o que tem” é um provérbio cujo correspondente semântico é “Amor com amor se paga”.Está correto o que se diz em:a) I apenas. b) I e II. c) II e III. d) I, II e III. e)I e III.

|C7-H21, H23 e H24|04. Observe o texto publicitário a seguir.

desenblogue.com

“Agora com a promoção de 0,50ª por minuto da telefônica, você vai receber ligações de quem menos espera”.

A propaganda invariavelmente faz uso de recursos expres-sivos para provocar no público-alvo uma resposta. No texto em análise, identificamos como estratégias de persuasão:

a) a situação insólita desenvolvida pelo diálogo intertextual com o cinema.

b) a previsibilidade construída entre o texto verbal e o não verbal.c) a intratextualidade provocada entre o texto verbal e a imagem.d) o jogo de contrastes entre o verbal e o não verbal.e) a ausência de vínculo semântico entre a empresa de teleco-

municação e o cinema.

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Objeto do Conhecimento

A Redação no Enem

Trabalharemos nesta seção com algumas orientações para a prova de redação do Enem, disciplina muito importante na construção da nota final dos alunos, já que tem o mes-mo peso que a prova de uma das Áreas do Conhecimento.

A prova de redação exige que o candidato escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema a partir de uma situação-problema de ordem política, social ou cultu-ral. Normalmente, fornece-se ao candidato uma coletânea de textos motivadores, a fim de que ele possa construir ou orientar melhor seus argumentos e desenvolver eficazmen-te a proposta redacional. Por isso, não se deve ignorar tal coletânea na hora de selecionar ideias e informações.

Veja agora como se compõe o texto dissertativo-argu-mentativo. Ele é formado por três partes fundamentais:

Introdução – 1º parágrafoEste parágrafo deve apresentar a ideia principal (tese) a ser desenvolvida e defendida no texto e o problema que será discutido, a fim de que se apresente na conclusão uma proposta de solução para ele.

Desenvolvimento – 2º e 3º parágrafosNestes parágrafos, deve o candidato empenhar-se em apre-sentar bons argumentos ou razões convincentes para sus-tentar sua opinião (tese) e convencer seu leitor/examinador acerca da relevância dela. É valioso realizar a análise das cau-sas e consequências do problema, discutindo-as a partir de vários ângulos, realizando interdisciplinaridade com outras áreas do conhecimento, como a Política, a Filosofia, o Direi-to, a Sociologia etc. Aqui, a diversidade enriquece o texto e revela a bagagem cultural do examinando. É preciso ainda que o candidato revele um posicionamento crítico sobre a questão abordada, evitando raciocínios viciosos ou mar-cados por maniqueísmos. Para evitar abstrações e garantir consistência argumentativa, ele deve valer-se de relatos, comparações, discurso de autoridade, dados estatísticos, exemplos ou fatos noticiosos. Lembrar sempre: só se pode apontar uma solução plausível para um problema quando se compreende(m) bem a(s) causa(s) que o originou(aram). Daí a necessidade de discuti-la(s) com destreza.

Conclusão – 4º e último parágrafoEste parágrafo é o fecho do texto. Ele pode ser dividido em duas partes, que podem ser expressas em dois perío-dos. O primeiro retomará a ideia central que se vem de-senvolvendo, mediante uma partícula conclusiva interca-lada: portanto, em face do exposto etc. O segundo (ou outros, se forem necessários) é o espaço para apresentar a proposta de solução para o problema. Ela deve estar

bem articulada à discussão feita ao longo do texto. Não se pode apontar uma medida para uma causa que não foi discutida no desenvolvimento, nem se pode propor medida para combater as consequências de um proble-ma, porque seria paliativo. O que o Enem quer é solução eficaz e cidadã. Por isso, as soluções não devem ser unila-terais, mas interativas, contemplando a cidadania, isto é, envolvendo a participação da sociedade organizada, do Estado e/ou da iniciativa privada.

Por fim, o candidato deve fugir das soluções surradas. O Enem exige solução inovadora. Por isso, é valioso acres-centar algum estímulo à sua proposta para que se encora-je a aplicação da dela.

Dicas para se alcançar nota 1000• Use linguagem culta formal• Procure impessoalizar o discurso, evitando usar a primeira

pessoa do singular (eu) ou do plural (nós). Não é proibido o seu uso, mas representa risco de subjetividade excessiva ou de sentimentalismo. Por isso, empregue a terceira pessoa: “É preciso fazer...”, “Deve-se considerar...”

• Evite referências diretas ao leitor, tais como: “A solução desse problema depende de vocês”, “Cobrem dos governantes...”

• Use períodos curtos, que não ultrapassem quatro linhas.• Seja direto na escritura do seu texto, evitando rodeios

ou circunlóquios. • Se empregar termos estrangeiros, como “bullying” ou

“site”, use aspas. Orkut, Facebook e Internet, porém, grafe sem aspas, mas com inicial maiúscula.

• Não copie nem transcreva trechos dos textos motivadores (coletânea) para sua redação. É com as ideias desses trechos que você trabalhará de modo crítico, discutindo-as reflexivamente.

• Dê um título criativo à sua redação. Embora seja opcional o título na redação do Enem, recomendamo-lo porque, se criativo, ele realça seu texto, podendo “conquistar” seu examinador.

• Procure escrever o máximo que puder, sempre valorizando o conteúdo, a relevância das análises feitas e a qualidade dos argumentos. Textos com número de linhas escritas inferior a oito não serão corrigidos.

Redação ModeloVeja exemplo de redação nota 1000 sobre este tema: “A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?” (Enem 2003)

VIOLÊNCIA É CASO DE POLÍTICAA ineficácia de políticas sociais para combater a violência

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41Universidade Aberta do Nordeste

dá a impressão de que ela é um mal irremediável no Bra-sil. Não é para menos. Onde a desigualdade e a exclusão social coexistem com a impunidade e a corrupção, tem-se uma mistura explosiva que alimenta diferentes formas de agressão. Nesse contexto, são constantes os conflitos que geram insegurança e medo em níveis alarmantes.

A desigualdade manifesta-se na falta de respeito aos direitos individuais e coletivos que deveriam garantir o exercício da cidadania e vê-se na famigerada exclusão social. Tais condições, somadas à carência de recursos, podem levar uma pessoa sem perspectivas de vida a as-sumir comportamentos agressivos e a inclinar-se para o crime na tentativa de livrar-se das suas privações. É um erro, porém, simplificar que a violência é resultante da pobreza. Afinal, ela ocorre entre pobres, ricos e remedia-dos, e o que é pior, muitas vezes tem origem nos altos escalões dos poderes públicos, na forma do crime orga-nizado. Este, sim, um verdadeiro caso de polícia.

Essa questão deveria preocupar a todos. Mas a socieda-de brasileira tolera ainda muitas injustiças. Não é raro, na his-tória do país, ficarem impunes os ditos crimes de “colarinho branco”. De tanto conviver com a corrupção e a impunida-de no dia a dia, o cidadão fica tentado pela contravenção como estímulo para levar vantagem sobre os outros, seja numa fila, seja no trânsito. É assim que a violência vai se banalizando e nasce a indiferença pelo sofrimento alheio. É assim que se vai acostumando com o desvio de dinheiro público que tinha de ser aplicado em segurança, no treina-mento das polícias, no combate à corrupção estimulada pela impunidade, que é um dos mais graves atentados con-tra os direitos humanos, pois impede a construção de uma sociedade com dignas condições de vida.

É por isso que a violência não é só um caso de polícia, mas de política, porque muitas das instituições que têm o dever de combatê-la estão corrompidas. É evidente que não existe uma fórmula capaz de, por si, assegurar a convivência pacífica entre as pessoas. Mas é certo que, com justiça eficiente contra a corrupção e a impunidade, com ações contra o desemprego e investimentos em áre-as básicas, como educação e saúde, acontecerá a preven-ção e a redução da violência e se estimulará a paz social.Redação: Manual de sobrevivência para concursos e vestibulares, de Juarez Nogueira, editora Autêntica.

Proposta de RedaçãoDepois de observar a composição do texto dissertativo-argumen-tativo e de ter visto uma redação modelo bem-sucedida, aprovei-te para desenvolver a proposta de redação a seguir. Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta da Língua Portuguesa, sobre o tema A valorização do indígena brasileiro, apresentando experiências ou proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seus pontos de vista.

Texto IONU lança edição de 2012 para bolsas de estudos destina-das aos povos indígenas.

O Programa de Bolsas para representantes indígenas tem por objetivo dar oportunidades às pessoas indígenas de conhecer o sistema e os mecanismos de direitos hu-manos das Nações Unidas para ajudar as comunidades a proteger e promover os direitos e a cultura de seus res-pectivos povos.

ONU Brasil.

Texto IIUM ÍNDIO

Caetano Veloso

Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhanteDe uma estrela que virá numa velocidade estonteanteE pousará no coração do hemisfério sul, Na América, num claro instante

Depois de exterminada a última nação indígenaE o espírito dos pássaros das fontes de água límpidaMais avançado que a mais avançada das mais avança-das das tecnologias (...)

Texto III

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42

Objeto do Conhecimento

Compreensão de textos na língua inglesa

O Enem, ao incorporar a língua inglesa em seu certame de questões, vem ratificar o que está preceituado nos Pa-râmetros Curriculares Nacionais (PCNs) no que tange à importância do ensino de uma língua estrangeira moder-na no currículo do Ensino Básico nacional. Sabemos que o aprendizado de uma língua estrangeira é de suma im-portância para a vida do estudante, quer acadêmica, quer profissional. Em sendo assim, há de se dispensar especial atenção ao ensino da língua inglesa nas escolas.

As questões de língua inglesa figuraram pela pri-meira vez no Enem no ano anterior (2010). Percebe-mos claramente que o foco dado às cinco questões, ali abordadas, foi de caráter exclusivamente interpretativo e é por isso que preparamos este material utilizando a compreensão de textos como metodologia central de estudo dessa língua.

Questão Comentada

|C2-H6, H7 e H8| Um bom exemplo do papel da Teoria dos Esquemas se en-contra na leitura do texto anedótico abaixo. A fifteen-year-old boy got up the nerve one day to try out for the school chorus, despite the potential ridicule from his classmates. His audition time made him a good 15 minutes late to the next class. His hall permit clutched nervously in hand, he nevertheless tried surreptitiously to slip into his seat, but his entrance didn’t go unnoticed. “And where were you?” bellowed the teacher.Caught off guard by the sudden attention, a red-faced Harold

replied meekly, “Oh, uh, er, somewhere between tenor and bass, sir.” A partir da leitura da passagem acima, podemos dizer que,

por conta de seu nervosismo, Harold:a) entendeu mal a pergunta do professor, e que, por conseguin-

te, respondeu outra coisa que não fora perguntada por ele. b) saiu-se muito mal no teste, uma vez que chegou atrasado 15

minutos à sala. c) foi aprovado com louvor na eliminatória para participação no

coral da escola por possuir uma voz que variava de tenor a baixo.

d) ficou feliz com o resultado do teste, pois todos os seus cole-gas o apoiaram incondicionalmente, mesmo diante da pos-tura hostil de seu professor.

e) não tinha autorização para chegar atrasado à aula, por isso foi até a sua carteira sorrateiramente.

Solução Comentada: Para se obter total compreensão do texto acima, bem como captar, por assim dizer, o ponto chave da pia-da, é requerido do leitor que soubesse os seguintes esquemas contidos nele. • Quão embaraçador é, para um jovem adolescente de 15 anos,

cantar em um coral. • Como chegar atrasado a uma aula é “proibido”. • Quão embaraçoso é ser discriminado, chamado a atenção em

uma sala de aula. • Saber alguma coisa sobre música.

A estrutura formal do texto também nos revela algumas conexões implícitas. • O teste para o coral fez com que ele se atrasasse para

a próxima aula. • Ele, na verdade, tinha uma autorização para chegar atrasado à aula.

Fique de Olho

MUDANÇAS NOS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO DA REDAÇÃO 2011Segundo o Edital do Enem 2011 - Edital nº 7, de 18 de maio de 2011, do Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-sas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a redação será cor-rigida avaliando-se as mesmas cinco competências utili-zadas no ano anterior.

I. Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita.II. Compreender a proposta de redação e aplicar concei-

tos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto disserta-tivo-argumentativo.

III. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informa-ções, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

IV. Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísti-cos necessários para a construção da argumentação.

V. Elaborar proposta de solução para o problema abor-dado, respeitando os valores humanos e considerando a

diversidade sociocultural.Entretanto, fique atento a uma mudança importante! Cada uma dessas competências não será mais quantificada em quatro níveis (de 1 a 4) como no ENEM passado. Agora, elas serão desdobradas em 6 níveis (N), quantificados de 0 a 5

Essa mudança traz duas implicações práticas: 1. Aumenta a possibilidade de o candidato zerar na

redação, caso que ocorre quando ele tira nota 0 em todas as competências avaliadas, o que não ocorreria no critério anterior, exceto quando desrespeitasse os direitos humanos, fugisse ao tema, apresentasse um número de linhas inferior a 8, escrevesse palavrões ou apresentasse outras formas propositais de anulação.

2. Aumenta o nível de exigência para se alcançar o nível 5 (excelência), porque requer uma proposta de inter-venção não só coerente, bem fundamentada e bem escrita, mas também inovadora.

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43Universidade Aberta do Nordeste

• O professor percebeu quando ele chegou sorrateiramente. • A pergunta do professor se referia ao ‘local’ onde ele estava, e

não à parte musical (entre tenor e o baixo).Tendo em mente essas observações, podemos apontar a alter-nativa correta como sendo a A, já que o professor não se referia ao seu teste de voz, e sim à sua localidade, como se observa no último ponto citado.Alguns vocabulários importantes no texto: • got up the nerve: teve a coragem • hall permit: autorização

Resposta correta: a

Para Fixar

|C2-H5 e H7|

LULZSEC CLAIMS NEW INTERNATIONALHACKING VICTORY

LulzSec claims to have brought down two Brazil-ian government websites in fresh attacks after a

19-year-old teenager from Essex was arrested, ac-cused of being part of the hacker group

By Andy Bloxham, Gordon Rayner, Martin Evans and Christopher Williams. 7:29 a.m. BST. 22 Jun. 2011.

In a tweet in the early hours of Wednesday morning, LulzSec-Brazil wrote: “TANGO DOWN brasil.gov.br & presidencia.gov.br”.Another Twitter message from the main LulzSec page then ad-ded: “Our Brazilian unit is making progress. Well done @LulzSe-cBrazil, brothers!” The websites are the official pages of the Brazilian Govern-ment and the President’s office, the equivalent of the Downing Street site. Attempts to access the websites this morning proved unsuccessful and the attacks appeared to have swamped the pa-ges with Internet visits, causing them to crash. The Brazilian government has become the latest high-profile victim claimed by LulzSec in a list which has allegedly inclu-ded the CIA, the US Senate, the US television broadcaster PBS, Britain’s Serious and Organised Crime Agency and the technolo-gy firms Sony and Nintendo.

Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/technology/news/8590952/ LulzSec-claims-new-international-hacking-victory.html. Acesso em: 26 jun. 2011.

5. Na quarta-feira (22.06), sites do Governo brasileiro saíram do ar por causa de ataques assumidos pelo LulzSecBrazil. Fo-ram alvo os sites da Presidência da República, do Governo Federal, da Previdência, da Petrobrás e da Receita Federal. O objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar o site do ar. Com relação aos (alegados) ataques da LulzSec podemos dizer que:

a) a CIA e o Senado americano foram as próximas vítimas dos hackers após o ataque aos sites brasileiros.

b) documentos importantes do Governo tiveram seus sigilos invadidos pelos membros da LulzSecBrazil.

c) o mentor do ataque aos sites do Governo brasileiro foi um jovem de 19 anos.

d) logo após a invasão aos sites do Governo e da Presidência do Brasil, o responsável, um adolescente de 19 anos, foi preso.

e) o Governo brasileiro não foi a primeira vítima de importância que teve seus sites invadidos pelos hackers da LulzSec.

|C2-H5|GREECE: BACK FROM THE BRINK – FOR NOW

By Ben Rooney @CNNMoney. June 30, 2011: 5:09 a.m. ET.

The Greek Government approved unpopular austerity measures Wednesday to secure another dose of emergency financial aid.

New York (CNNMoney) – Greece has pulled itself back from the brink, by agreeing to a painful austerity package aimed at reducing the country’s giant budget deficits. On Thursday, lawmakers are set to vote on how to implement those unpopular reforms. Then the country is expected to secure the final $17 billion of a $156 billion international relief package. The latest cash infusion means Greece will be able to stave off an immediate default and pay its bills for the next three months. But Greece is not out of the woods. The country still needs to put the unpopular reforms into practice, negotiate with creditors and privatize big public institutions. Passage of the austerity plan “will certainly give some short-term relief to markets,” said IHS Global senior economist Diego Iscaro. “But concerns about the long-term feasibility of Greece’s fiscal plans still remain in place.”

Disponível em: http://money.cnn.com/2011/06/30/news/international/ greece_austerity_details/index.htm?hpt=hp_c1. Acesso em: 30 jun. 2011.

6. Nesta última quarta-feira (29.06), o Parlamento grego apro-vou um novo pacote de austeridade na Grécia, elogiado pelo Diretor Geral em funções do FMI, que em suas próprias palavras disse: “A aprovação das medidas de austeridade, que são o pilar do processo de resgate aprovado pelo FMI, a União Europeia (UE) e o Banco Central Europeu, é uma notícia positiva”, e acrescentou: “O ajuste fiscal [na Grécia] é uma necessidade”.

Com base na leitura do texto acima, podemos inferir que:a) a Grécia passará pelos seus piores três meses de crise com a

aprovação do novo pacote, não tendo capacidade para pa-gar seus débitos.

b) se o Governo grego não receber 156 bilhões de dólares nos pró-ximos três meses, haverá uma crise sem precedentes no país.

c) o país ainda não está fora de perigo. Precisa ainda tomar algumas medidas, tais como: por a reforma em prática, ne-gociar com seus credores e privatizar grandes instituições públicas.

d) caso o Governo grego receba a quantia de 17 bilhões de dó-lares, o país poderá liquidar sua dívida externa, não havendo a necessidade de se implantarem as medidas aprovadas pelo Parlamento grego, pelo menos, nos próximos três meses.

e) a população aprovou com louvor as medidas tomadas pelo Parlamento grego, muito embora não tenha ficado satisfeita de receber apenas 17 bilhões dos 156 acordados previamente.

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44

Objeto do Conhecimento

Compreensão de textos na língua espanhola

Seguindo a mesma metodologia utilizada para abordar a língua inglesa, esta seção abordará a língua espanhola, a partir da prática da compreensão da leitura, buscando apoiar o processo de assimilação e ordenação mental das ideias, experiências e pontos de vista expostos pelos au-tores, além de incrementar o vocabulário dos estudantes.

Para começar vamos ler o seguinte texto:

Con treinta años y... ¡todavía en casa!

www.fraciscogavilan.net/La_adolescencia_prolongada.htm.

Los hijos no dan más que disgustos. Ésta es la este-reotípica reacción de los padres desconcertados por los p r o b l e m a s que habitual-mente gene-ra la relación con sus hijos adolescentes. Los padres han tratado siem-pre de desempeñar su papel educativo con la mejor in-tención. Pero casi nunca han estado preparados para ello.

Bernard Shaw tenía razón al afirmar: “Puede haber al-guna duda sobre quiénes son las mejores personas para hacerse cargo de los hijos pero no hay ninguna duda de que los padres son los peores!”. Y mucho menos en la actu-alidad, que se enfrentan al fenómeno de la “adolescencia prolongada” y a una mayor conflictividad, debido a que la convivencia en casa se prolonga mucho más.

Lamentablemente, la autonomía e independencia que los forzosos Peter Pan persiguen, llega hoy a una edad mucho más avanzada que hace décadas. La precariedad del mercado de trabajo impide a muchos adolescentes adultos alcanzar la deseada independencia económica. Sin ella, resulta prácticamente imposible separase de sus

padres, por lo que se añaden nuevos problemas al sempi-terno conflicto generacional.

Para colmo, se agrava aún más el bloqueo comu-nicacional entre padres e hijos, que cumple siempre el dilema de Lansky.

El dilema de Lansky:Cuando el padre quiere hablar com el hijo adolescente, éste siempre está ocupado o tiene un próximo examen.Cuando el adolescente quiere hablar com su padre, éste está saliendo apresuradamente hacia el trabajo o está terriblemente ocupado con su declaración de renta.

Questão Comentada

|C2-H5|A partir do texto anterior, responda a questão que segue.Segundo o texto, os jovens que prolongam sua adolescência o fazem por:a) questões relativas ao excesso de trabalho.b) medo de enfrentar o mundo da solidão.c) motivos de instabilidade laboral.d) temor de abandonar seus pais.e) chantagem afetiva de seus familiares.

Solução Comentada: De acordo com o sentido do texto, podemos compreender que os jovens que prolongam sua adolescência o fazem quando a convivência na casa paterna se prolonga além do espera-do. Pelo título do texto e seu subtítulo “Con treinta años y ... ¡todavía en casa!”, entendemos que, pelo que pensa o autor, os filhos com trinta anos ou mais já deveriam buscar seu próprio abrigo, fora do âmbito familiar. Ocorre que a precariedade do mercado impede muitos ado-lescentes adultos de alcançar a desejada independência econômica. Dessa forma, podemos concluir que a instabilidade no traba-lho acarreta a muitos jovens o prolongamento de sua adoles-cência vivendo um no ninho familiar, mesmo com a idade de trinta anos ou mais.Resposta correta: c

Para Fixar

|C2-H5|7. No texto, as expressões que formam os pares de opções abai-

xo são equivalentes ou apresentam aspectos comuns, à ex-ceção de:

a) “Los hijos que no dan más que problemas” - “Padres descon-certados por problemas que generalmente genera la relaci-ón con sus hijos adolescentes.”

b) “Fenómeno de la adolescencia prolongada” - “la convivencia en casa se prolonga mucho más.

c) “Autonomía e independencia” – “la deseada indepen-dencia económica”.

¡Nunca hay que rendirse a la desesperación!Primero sufrimos su adolescencia y ahora suimpotencia para independizarse. Pero, por mucha paciencia que le eches, ¡qué difícilresulta convivir con ellos, sobre todos ahoraque ya son adultos y siguen viviendo bajo elmismo techo!

Francisco Gavilán

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45Universidade Aberta do Nordeste

d) “Los forzosos Peter Pan”– “las mejores personas para hacerse cargo de los hijos”.

e) “Los padres han tratado siempre de desempeñar su papel edu-cativo...” – “no hay ninguna duda de que los padres son peores.”

|C2-H7|8. Leia o texto a seguir.Trucos para “domar” a tu adolescente prolongado1. Negocia las reglas y, una vez que queden claras, fijalas con un

imán sobre el frigorifico para que las recuerden.2. No le protejas de las consecuencias de sus decisiones. Debe

aprender. Los castigos sólo mostrarán su lado desagradable.3. Intenta escuchar su música favorita. No esperes que te ayude a

descongelar el frigorifico o a ordenar un poco la casa. Pero las letras de sus canciones pueden ayudarte a entenderlo mejor.

4. Cultiva una mala memoria. Rehúsa recordarle lo que hizo mal y empieza cada día como si se tratase de una nueva relación. Los adolescentes cambian muy rápida y conscientemente de actitud.

5. Si tu hijo no respeta ni valora la comodidad de la vida familiar (comida, lavado, disfrute de la casa, etc.), permitele que se

vaya. Puede que sea lo mejor o puede que se dé cuenta de que le quieres y que conviver es mejor para ambos.

6. Recuerda que la adolescencia es un periodo de psicosis nor-mal, un tiempo a menudo doloroso en la vida de cualquiera. Tú también fuiste un adolescente. Así que puedes ver la si-tuación desde su perspectiva, pero tu hijo no la puede ver desde la tuya.

www.fraciscogavilan.net/La_adolescencia_prolongada.htm.

Segundo o texto, constitui um truque para “domar” a adoles-cencia prolongada.

a) As regras da convivência devem ficar coladas como um ímã.b) Castigar com as consequências de seus atos nem sempre é a

melhor solução.c) Deixe claro que descongelar a geladeira e organizar um

pouco a casa fazem parte de suas tarefas diárias, e cobre tal realização.

d) Tente ver a situação desde o ponto de vista de seu filho, lem-brando que você já foi um adolescente também.

e) Se seu filho não valoriza a comodidade da vida familiar, per-mita-lhe que fique até que aprenda.

Fique de Olho

Os falsos cognatos são palavras heterossemânticas, que têm significados diferentes no Português e no Espanhol.

Español Portugués Español Portugués

oficina escritório escritorio escrivaninha

exquisito bom, gostoso raro esquisito

débil fraco largo comprido

ancho largo flaco magro

rojo vermelho morado roxo

rubio loiro pelirrojo ruivo

sótano porão bunhardilla sótão

vaso copo copo floco

taza xícara copa taça

Exercitando para o Enem

|C5-H16|HISTÓRIA DO BRASIL

Lamartine Babo

Quem foi que inventou o Brasil?Foi seu Cabral!Foi seu Cabral!No dia vinte e um de abrilDois meses depois do carnavalDepoisCeci amou Peri!Peri beijou CeciAo som...Ao som do Guarani!Do Guarani ao guaranáSurgiu a feijoadaE mais tarde o ParatyDepoisCeci virou IaiáPeri virou IoiôDe láPra cá tudo mudou!

Passou-se o tempo da vovóQuem manda é a SeveraE o cavalo Mossoró

01. Considerando os recursos utilizados na construção da letra dessa marchinha, que fez sucesso no carnaval de 1934, é cor-reto afirmar que seu autor:

a) parodia os personagens do romance O Guarani, de José de Alencar.

b) recorre ao quiasmo nos versos “Ceci amou Peri/Peri bei-jou Ceci”.

c) lança mão da intratextualidade ao incluir os heróis de O Gua-rani na sua composição musical.

d) refere-se a uma versão em áudio do romance de José de Alencar ao escrever “Ao som do Guarani”.

e) parodia a ópera de Carlos Gomes. |C7-H23|02. Leia o texto a seguir.A LiteraturaAinda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona se-gundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desa-

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fios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria. Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias in-dividuais das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la.Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado.

A literatura é apresentada como tendo também a função de:a) informar a coletividade sobre o funcionamento das “leis” e

“regras” que regem seus grupos de atuação.b) orientar o ser humano quanto à escolha das leis e regras que

devem ser seguidas nas comunidades em que vivem.c) promover o contato com a nossa história e nosso tempo,o

que nos deixa conscientes e participativos.d) controlar o leitor em seus questionamentos sobre a valida-

de da organização social, de modo a garantir sua própria identidade.

e) impedir que, em histórias individuais, se criem modelos de personagens que firam a história coletiva de cada grupo.

|C5-H16|03. Leia o poema a seguir.

POEMA MATEMÁTICOMe somo.E fico um.

Me multiplico.E permaneço um.

Me divido.E continuo um.

Me diminuo.E resto um.

Me escrevo.E sou nenhum.

BELL, Lindolf. O Código das águas. Florianópolis:Global, p.86.

Poema é a expressão em versos. Em relação ao “Poema Mate-mático”, assinale a afirmação em desacordo com ele.

a) O poema é composto por dez versos distribuídos em cinco dísticos.

b) O poeta adapta as operações fundamentais da Matemática para fazer uma alegoria à vida.

c) Nos versos 1, 3, 5 , 7 e 9 , o poeta faz uso da linguagem colo-quial, o que se revela no uso da próclise em vez da ênclise.

d) A repetição da conjunção coordenativa e, ligando os versos e dando unidade ao poema, constitui polissíndeto.

e) Da leitura do poema, depreende-se que há uma gradação ascendente em relação à efemeridade da vida.

|C7-H21, H23 e H24|04. Observe o anúncio publicitário.

desenblogue.com

Persuadir o público-alvo é o objetivo principal do texto publi-citário. No texto em destaque, esse procedimento é realizado por meio de algumas estratégias. Considere as assertivas so-bre o texto:

I. O texto foi concebido a partir de uma analogia com o mundo digital;

II. O nome do produto é o único elemento que promove o diá-logo entre os gêneros publicitário e digital;

III. O texto, para alcançar seu objetivo, recorre à nossa memória linguística e visual através do recurso fonético e do layout respectivamente.

Está correto o que se diz em:a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I, II e III. e) III apenas.

|C1-H1 e H4|05. Observe a tirinha.

Folha de S. Paulo, 24 dez. 2005. Caderno ilustrado.

Na tirinha, podemos constatar a inserção de outro texto constituído previamente. A constatação da intertextualidade deve-se a um processo de recuperação:

a) da memória cognitiva.b) da memória emotiva.c) da memória sinestésica.d) da memória social.e) da memória involuntária.

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47Universidade Aberta do Nordeste

|C1-H1 e H2|06. Considere os quadrinhos reproduzidos abaixo.

Folha de S. Paulo, 15/08/2004.

De acordo com os quadrinhos é coerente afirmar que:I. a linguagem não verbal analisada isoladamente permite a

mesma interpretação quando associada à linguagem verbal;II. o humor dos quadrinhos reside no terreno do contraditório;III. o texto verbal e o não verbal convergem para o atenuamento

do tema: a violência.

Está correto o que se diz em:a) I e III. b) II apenas. c) II e III.d) I e II apenas. e) I, II e III.

|C2-H5, H6 e H7|07. Leia o texto a seguir.

AUGMENTED REALITY TAKES HOLD IN

CLASSROOMSEducators say enhanced learning experiences can lead

to engaging lessonsBy Laura Devaney, Managing Editor

Read more by Laura Devaney

Augmented reality overlays digital images and information on real-world settings.

A small but growing number of schools across the nation are turning classroom lessons into engaging experiences with aug-mented reality (AR), a technology that overlays digital informa-tion on top of real-world surroundings as viewed through a smart phone or other handheld, GPS-enabled device. Proponents of the technology in education say augmented reality differs from virtual reality in that while virtual reality aims to replace a person’s perception of the world with an artificial world, augmented reality enhances a person’s perception of his or her surroundings.

Students and teachers look through a viewing device or at a monitor to see virtual objects such as planets, volcanoes, the human heart, or dinosaurs embedded within their real-world en-vironment – and they can interact with and manipulate those objects to receive associated information. “This … is clearly going to revolutionize education,” Jochim said. The ARDL retails for $ 2,100, which includes a 20-seat license. Jochim said additional fee-based curriculum tools will be availa-ble soon as well, but purchasing those will not be necessary to operate the ARDL; educators can continue using free resources in their lessons.

Disponível em: http://www.eschoolnews.com/2010/05/11/ augmented-reality-takes-hold-in-classrooms/?ast=42&astc=3032. Acesso em: 30

jun. 2011. Adaptado.

Com respeito ao uso da nova ferramenta chamada augmented reality nas escolas americanas podemos dizer que:a) difere da virtual reality no aspecto de que esta última aumen-

ta a percepção da pessoa do ambiente que lhe rodeia.b) não tem tido muito crédito pelos professores e administrado-

res das escolas por estar o seu custo ainda muito elevado.c) apenas uns poucos alunos estão tendo aula com ela, devido

ao seu elevado custo inicial.d) é uma ferramenta que tende a crescer nas escolas america-

nas, já que torna as lições mais atraentes.e) apenas o professor Jochim tem apoiado o uso da augmen-

ted reality nas salas de aula.

|C2-H6, H7 e H8|08. Leia o texto que se segue.

WHAT DO BRITISH PEOPLE LIKE DOINGAT THE WEEKENDS?

The weekends are a time for families in Britain. Often the pa-rents are not at work having worked a five day week from Mon-day to Friday. Saturdays are a busy time for shops with many fa-milies going shopping. Sundays used to be a very special day of the week in Britain. It was the one day of the week for ‘worship and rest’.

How do people spend their free time? People enjoy various indoor and outdoor activities in Britain. An Euro stat survey, the EU’s statistical office, discovered that people in Britain spend about 45% of their free time watching television, 24% of their free time socializing, 22-23% on sport and hobbies, and 10% on other activities. Other popular leisure acti-vities are listening to the radio, listening to pre-recorded music, reading, DIY, gardening, eating out and going to the cinema.

Disponível em: http://www.projectbritain.com/weekends.htm. Acesso em: 30 jun.

2011. Adaptado.

Page 16: Fasc 03 22082011 (1)

PromoçãoParceriaApoio Realização

Atenção!! Inscreva-se já e tenha acesso a outros materiais sobreo Enem no www.fdr.com.br/enem2011

Presidente: Luciana Dummar Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio FalcãoCoordenação do Curso: Marcelo Pena e Fernanda Denardin Coordenação Editorial: Sara Rebeca AguiarCoordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa Salmin

Editor de Design: Deglaucy Jorge TeixeiraProjeto Gráfico e Capas: Dhara SenaEditoração Eletrônica: Dhara Sena, Mikael Baima e Nadiúska Patrícia Ilustrações: Suzana PazRevisão: Sara Rebeca Aguiar

Expediente

Percebemos, pela leitura acima, que os britânicos:a) não frequentam a igreja aos domingos.b) tiram o dia de domingo para descansar e ir à igreja.c) não gostam, em absoluto, de fazer algo eles próprios, como,

por exemplo, montar uma estante ou consertar algo quebra-do em seus lares.

d) de acordo com pesquisa, gostam, em sua maioria, de ler du-rante sua hora de lazer.

e) gostam de ir, durante seu tempo livre de lazer, aos estádios para assistirem a seus times jogarem.

|C2-H8|09. Observe a charge a seguir.

Erlich, www.elpais.com.es

De acordo com o sentido da charge de Erlich, pode-se afirmar que:

a) o ninho familiar, muitas vezes, não comporta mais a vida de filhos adultos.

b) filhos adultos, tais como filhos menores, sempre se adequam ao estilo de vida de seus pais.

c) não há problemas de adequação de filhos adultos ao lar de seus pais.

d) os pais têm a obrigação de cuidar de seus filhos maio-res, oferecendo-lhes um ambiente propício ao seu desenvolvimento.

e) a companhia dos filhos adultos no ninho familiar sempre é motivo de alegria por sua adequação.

|C2-H5|10. O ninho familiar abarca os significados conotativos abaixo,

com exceção de um. Qual?a) Protección b) Cariñoc) Cuidado d) Suciedade) Seguridad

Para Fixar

Exercitando para o Enem

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b e b a e c d d

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