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Equipa: r_euclides FASE NACIONAL – 2ª AVALIAÇÃO ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO DE ARAÚJO CORREIA CATEGORIA B | REGIÃO DO DOURO 2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 1

FASE NACIONAL 2ª AVALIAÇÃO ESCOLA SECUNDÁRIA ...2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 8 Com este trabalho foi-nos possível aprofundar o nosso conhecimento

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Page 1: FASE NACIONAL 2ª AVALIAÇÃO ESCOLA SECUNDÁRIA ...2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 8 Com este trabalho foi-nos possível aprofundar o nosso conhecimento

Equipa: r_euclides

FASE NACIONAL – 2ª AVALIAÇÃO

ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO DE ARAÚJO CORREIA

CATEGORIA B | REGIÃO DO DOURO

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 1

Page 2: FASE NACIONAL 2ª AVALIAÇÃO ESCOLA SECUNDÁRIA ...2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 8 Com este trabalho foi-nos possível aprofundar o nosso conhecimento

Atualmente sabemos que há uma grande disparidade entre Portugal Continental e

as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. Com este trabalho pretendemos

trabalhar com alguns dos dados disponibilizados pela organização para

verificarmos se existem diferenças entre as regiões supracitadas e o Douro. Assim

sendo, optamos por usar os dados relativos à população residente, e ao risco de

pobreza. Uma vez que também nos disponibilizaram dados sobre a recolha de

resíduos e, a nossa escola tem procurado sensibilizar toda a comunidade educativa

para a importância de reciclar, analisamos com maior profundidade a variável

recolha de resíduos.

O primeiro passo foi explorar a base de dados disponibilizada e escolher quais as

variáveis a trabalhar.

Seguidamente fizemos pesquisas em manuais de Geografia, nos sites do INE e do

PORDATA para descobrirmos que indicadores estatísticos poderíamos calcular com

os dados que possuíamos.

A fase seguinte foi organizar os dados em tabelas, determinar alguns indicadores

demográficos e construir gráficos, de modo a facilitar a análise dos dados. A partir

desta análise e de alguns cálculos, tirámos algumas conclusões.

Os softwares usados foram o Excel, o Word e o PowerPoint.

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO

22ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO

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6% 4% 2% 0% 2% 4% 6%

0 - 4 anos5 - 9 anos

10 - 14 anos15 - 19 anos20 - 24 anos25 - 29 anos30 - 34 anos35 - 39 anos40 - 44 anos45 - 49 anos50 - 54 anos55 - 59 anos60 - 64 anos65 - 69 anos70 - 74 anos75 - 79 anos80 - 84 anos

85 e mais anos

População residente no Douro em 2017

Índice de envelhecimento Índice de juventude

Portugal Continental 158,3% 63,2%

Região Autónoma dos Açores 89,3% 112,0%

Região Autónoma da Madeira 117,8% 84,9%

Douro 220,8% 45,3%

Figura 1

Figura 2

As pirâmides etárias são utilizadas, não só para monitorizar a estrutura do sexo e idade da população, mas também como complemento aos estudos da qualidade de vida. Por isso, decidimosanalisar a pirâmide etária da nossa região e também consideramos pertinente determinar o índice de envelhecimento* e o índice de juventude** das regiões que nos propusemos a estudar.

*Índice de envelhecimento (IE) = 𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑎𝑛𝑜𝑠

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 0 𝑒 𝑜𝑠 14 𝑎𝑛𝑜𝑠x 100 **Índice de juventude (IJ) =

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 0 𝑒 𝑜𝑠 14 𝑎𝑛𝑜𝑠

𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑎𝑛𝑜𝑠x 100

Após a análise da pirâmide da figura 1 verificamos que:

A região do Douro apresenta uma baixa taxa de natalidade (base da pirâmide)e um elevado envelhecimento, o que nos leva a concluir que a esperança devida também é elevada e a taxa de mortalidade é baixa;

Existe um envelhecimento pela base, como resultado da diminuição danatalidade e da fecundidade.

Ao analisarmos os dados da tabela acima podemos afirmar que:

A R.A. Açores é a única região onde o índice de juventude é mais elevado que o índice deenvelhecimento;

O Douro apresenta um elevado índice de envelhecimento e um baixo índice de juventude, que setraduz na pirâmide etária da população adulta da região (figura 1);

Embora em Portugal Continental e na R. A. Madeira se verifique que o IE é superior ao IJ, a RegiãoAutónoma apresenta um índice de envelhecimento inferior e um índice de juventude superior aode Portugal Continental.

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 3

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Em 2017, Portugal apresentava uma taxa de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social acima da média da UE.

23,90%

23,40%

18,10%

24,50%

24,30%

22,60%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

0 - 17 anos

17 - 64 anos

65 e mais anos

População residente em risco de pobreza ou exclusão social (%) porSexo e Grupo Etário

Mulheres

Homens

Através do gráfico de barras horizontais, podemos constatar que em 2017:

As mulheres encontram-se numa situação de maior vulnerabilidade, em todos os grupos etários, sendo o mais significativo o grupo dos 65 ou mais anos;

Os jovens são o grupo etário com maior risco de pobreza ou exclusão social, o que exige uma maior atenção face à sua vulnerabilidade;

Segundo os dados do INE, o risco de pobreza ou exclusão social em 2017 atingia cerca de 23,3% da população, afetando assim mais de 1/5 da população portuguesa.

Figura 3

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 4

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Tendo em conta que atualmente a recolha de resíduos é marcada pela escassez de reciclagem, decidimos explorar os dados referentes a este assunto. Nos dias de hoje, existem váriascampanhas que incentivam à recolha seletiva, pelo que se estima que a maior parte dos resíduos reciclados se devem à população jovem e adulta.

Figura 5

% de jovens % de adultos % de idosos

Portugal Continental 13,78% 64,40% 21,82%

Douro 11,16% 64,19% 24,65%

R. A. Açores 15,91% 69,88% 14,21%

R. A. Madeira 13,90% 69,72% 16,38%

Figura 4

Através do gráfico de barras e da tabela em que constam as percentagens das principais faixas etárias da população residente em Portugal, podemos concluir que:

Portugal Continental apresenta uma grande percentagem de resíduos indiferenciados, onde apenas 18,2% dos resíduos totais são reciclados.

No Douro a recolha de lixo seletivo é bastante inferior às restantes. Apenas 8,6% dos resíduos são reciclados, o que é bastante preocupante. Talvez uma das razões possa ser o facto de também

ser a região com maior número de idosos (24,65%).

As Regiões Autónomas distinguem-se também por serem populações constituídas por maiores percentagens de jovens e adultos, bem como por serem as zonas em que a recolha seletiva de

lixo é maior (22,6% R.A.A e 27% R.A.M). Talvez estes dois aspetos estejam relacionados, mas não temos dados que nos permitam aprofundar esta relação.

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 5

0%

20%

40%

60%

80%

100%

PortugalContinental

Douro RegiãoAutónoma dos

Açores

RegiãoAutónoma da

Madeira

81,8% 91,4% 77,4% 73,0%

18,2% 8,6%22,6% 27,0%

Resíduos urbanos recolhidos por localidade geográficaTipo de recolha em 2017

Lixo seletivo

Lixo indiferenciado

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Sabendo que a União Europeia aprova metas com o intuito de aumentar a recolha de resíduos seletivos, pesquisamos a meta estabelecida para 2025 (55%).

Ao analisar o gráfico sublinha-se que:

Em 2017, as quatro regiões estavam longe de atingirem a meta

estabelecida pela UE.

Portugal Continental precisa de aumentar 36,8% em 8 anos para cumprir a

meta proposta pela UE.

O Douro é a região que necessita de uma maior evolução, para conseguir

atingir os 55%;

A R. A. Madeira e a R. A. Açores são as regiões com as percentagens de

resíduos reciclados mais próximas da meta estabelecida (27% e 22,6%

respetivamente).

Figura 6

2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 6

18,2%

8,6%

22,6%

27,0%

55% 55% 55%55%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

PortugalContinental

Douro Região Autónomados Açores

Região Autónomada Madeira

Relação entre a percentagem de lixo seletivo recolhido em 2017 recolhido em 2017 e a meta para 2025

% de lixo seletivo recolhido

Meta para 2025*

* Segundo as metas aprovadas pela UE, até 2025 devem ser reciclados 55% dos resíduos urbanos

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Para finalizar, achamos interessante calcular a quantidade de lixo (total e seletivo) produzida, em média, por habitante.

Figura 7

Da análise do gráfico de linhas podemos concluir que:

A R. A. Açores destaca-se significativamente, pela negativa, no que diz

respeito à produção de resíduos totais;

Apesar do Douro ser a região que recicla menos (figura 4), também é a

região que produz menos lixo por habitante;

As Regiões Autónomas apresentam valores muito semelhantes

relativamente à recolha de resíduos seletivos;

Portugal Continental e a R.A. Madeira apresentam valores muito

semelhantes relativamente aos resíduos totais, sendo que Portugal

Continental tem uma produção de resíduos seletivos ligeiramente mais

baixa que a da Madeira.

72ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO

484,6

421,1

587,1

487,3

88,336,1

132,6 131,5

0

100

200

300

400

500

600

700

Portugal Continental Douro Região Autónoma dosAçores

Região Autónoma daMadeira

Kg/

Hab

.

Resíduos urbanos recolhidos por habitante em 2017: total e seletivamente*

Resíduos seletivos e indiferenciados Resíduos seletivos

* kg/hab. - rácio

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2ª COMPETIÇÃO EUROPEIA DE ESTATÍSTICA - 2ª AVALIAÇÃO 8

Com este trabalho foi-nos possível aprofundar o nosso conhecimento sobre estatística, geografia e, principalmente, sobre informática.

Em relação às variáveis que foram estudadas, conseguimos estabelecer algumas diferenças entre Portugal Continental e as Regiões Autónomas, bem como conhecer

melhor algumas características da nossa região.

Quanto à população residente, constatamos que a população residente da nossa região é muito envelhecida, assim como a de Portugal Continental. Verificamos ainda

que só uma das regiões que estudamos é que apresenta um índice de juventude superior ao índice de envelhecimento, o que se comprova pela diminuição das taxas de

natalidade e pela necessidade de aplicação de políticas natalistas na atualidade.

No que diz respeito ao risco de pobreza, os jovens são o grupo etário com maior vulnerabilidade face a este problema, destacando-se também as mulheres.

Relativamente à recolha de resíduos, concluímos que o Douro é onde se faz menos reciclagem, o que se pode dever ao facto da população ser envelhecida e menos

informada acerca desta problemática ambiental. Embora a R.A. Madeira e a R.A. Açores apresentem algumas melhorias em relação a Portugal Continental no que diz às

práticas de reciclagem, ainda é preciso uma grande evolução para se atingirem as metas propostas pela União Europeia.

Apesar das limitações em relação ao conteúdo do trabalho e à informação disponibilizada, tentamos desenvolver as variáveis estatísticas escolhidas da forma mais

positiva.

Sem dúvida que esta experiência foi muito enriquecedora e contribuiu muito para a nossa formação.