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____________________________________________________________________________________ Fatec Garça CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS GARÇA 2014

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  • ____________________________________________________________________________________

    Fatec Garça

    CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL

    CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS

    ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

    GARÇA 2014

  • ____________________________________________________________________________________

    Fatec Garça

    CRISTIANO APARECIDO DOS SANTOS EDER ANTONIO SILVA DOS SANTOS

    ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

    Artigo Científico apresentado à Faculdade de Tecnologia de Garça – FATEC, como requisito para a conclusão do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial, examinado pela seguinte comissão de professores.

    José Antônio Poletto Filho

    Presidente Ulysses de Barros Fernandes

    Convidado Paulo Sérgio Castro

    Orientador Aprovado: 02/12/2014

    GARÇA 2014

  • 1

    ESTEIRA AUTOMATIZADA PARA PROCESSOS DE MANUFATURA- CONTRIBUIÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DAS INDÚSTRIAS

    Cristiano Aparecido Dos Santos¹

    [email protected]

    Eder Antônio Silva Dos Santos¹ [email protected]

    Paulo Sérgio Castro²

    [email protected]

    ABSTRACT The automated treadmill is characterized as an automated design being

    designed. With the intention of reducing the cost of labor in services that can be

    performed by own treadmill. Such as dropping and dispatch parts or services as

    highly dangerous radioactive equipment. The prototype automated treadmill is a

    project that meets all the requirements necessary to be considered a project of

    completion; the mat contains the fundamentals of mechanical, electrical, electronics

    and computer science. The prototype itself consists of a treadmill with sensors,

    actuators, and integrated Robotic, which makes the disposal of defective parts and

    parts boxes approved. The project itself has what is most advanced in industry

    mechatronics.

    KEYWORDS Automated Treadmill, Sensors, Actuators

    RESUMO

    A esteira automatizada se caracteriza como um projeto automatizado

    com a intenção de diminuir o custo com mão de obra em serviços que pode ser

    efetuado pela própria esteira como descarte e despacho de peças ou em serviços

    com alta periculosidade, tais como: equipamentos radioativos. O protótipo da esteira

    automatizada é um projeto que preenche todos os requisitos necessários para ser

    considerado um projeto de conclusão de curso, a esteira contem os fundamentos da

    mecânica, elétrica, eletrônica e da ciência da computação. O protótipo em si consiste

    1. Alunos do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da FATEC-Garça 2. Docente do Curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial da FATEC-Garça

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • em uma esteira com Sensores, Atuadores, Robô integrado, que faz o descarte das

    peças defeituosas e vai encaixotar as peças aprovadas.

    PALAVRAS-CHAVES

    Esteira Automatizada, Sensores, Atuadores. 1. INTRODUÇÃO No mundo atual as empresas vêm cada vez mais modernizando seus

    métodos de produção, por que além de aumentar sua produtividade agregam mais

    qualidade ao produto, sendo assim tudo isso possibilita que elas ofereçam um

    produto mais barato para a nossa sociedade. Para isso as empresas buscam novas

    tecnologias presentes no mercado mundial. Hoje em dia, automatizar processos

    passou a ser uma questão de sobrevivência para as indústrias.

    ROSARIO (2005) menciona que na economia globalizada, a criatividade e a

    flexibilidade contam mais do que o controle de ativos físicos. A capacidade de

    identificar novas necessidades e de lhe dar respostas é relevante. Uma indústria, ao

    atender a novas necessidades, terá com certeza de modificar, modernizar seu

    método de produção e sem duvida um caminho para isso é a automação.

    LOPES (2012) descreve o processo manufaturado podendo ser manual

    (origem do termo) ou com a utilização de maquinas para obter um maior volume de

    produção. Hoje em dia as empresas mundiais estão optando por automatizar seus

    processos para aumentar sua produção sem perder a sua qualidade. Para isso elas

    optam por máquinas automatizadas com Sensores, Atuadores, Robôs, etc., com isso

    elas ganham velocidade na produção. Muitas empresas como a Cervejaria

    Heineken, a JAC Motors e a Chevrolet etc. tem sua produção toda automatizada

    com Robôs e Esteiras transportadoras com muitos Sensores e Atuadores que

    agregam muita velocidade a produção minimizando os erros. Porem Todos sabe que

    automatizar processos industriais ainda causa muita preocupação com o impacto em

    relação ao desemprego. Mas automatizar processos passou a ser uma questão de

    sobrevivência para as indústrias. O Japão foi um dos pioneiros a automatizar

    processos. E em dez anos ele conseguiu quadruplicar sua produção de automóveis

    e hoje é um dos países com menor índice de desemprego. Portanto, automatizar

    não causa desemprego só melhora o nível de conhecimento dos trabalhadores e

    responde a demanda do mercado com uma produção eficaz e de qualidade.

  • A nossa Esteira Automatizada ira mostrar como funciona esse processo de

    Automatização utilizado por algumas empresas, a esteira transportadora possui

    Sensores, Atuadores e manipulador que ira encaixotar as peças. Ela e controlada

    por microcontrolador e, através de programação dedicada, ira mostrar a simulação

    de uma sequencia de serviços, como acontece em uma montadora de automóveis

    ou uma fabricante de bebidas, cujas maquinas desempenham apenas uma função

    determinada.

    2 ESTEIRA TRANSPORTADORA

    CARLOS (2003) descreve a esteira transportadora como um

    equipamento muito comum utilizado nas indústrias de todo o mundo, elas são

    utilizadas para mover produtos e suprimentos para dentro e para fora da produção,

    entre as estações de trabalho em todos os tipos de indústrias. Tais como

    automobilísticas, alimentícias, de eletrônica etc. as esteiras são a espinha dorsal da

    produção, todo processo de trabalho gira em torno da esteira transportadora. Pela

    razão de o serviço em torno da esteira ser muito desgastante para o trabalhador,

    muitas indústrias estão investindo em esteiras transportadoras automatizadas com

    muitos sensores e atuadores que realizam as mesmas tarefas humanas garantindo

    a produção e qualidade do produto. Uma esteira industrial tem a sua estrutura

    formada por aço inox que garante a sua vida útil preservando-a da ferrugem que é o

    grande vilão dos aços em geral. Ela é soldada de acordo com seu formato, podendo

    ter muitos formatos é tamanhos. Algumas empresas tem esteiras com 5 quilômetros

    de comprimento dentro de uma única fabrica, permitindo uma quantidade enorme de

    produção, suprindo a demanda de vendas do mercado, a Figura1 mostra um

    exemplo de esteira transportadora automatizada.

    Figura 1 - Modelo de esteira transportadora industrial

    Fonte: Cervejaria Heineken

  • 2.1 METODOS DE TRANSMISSÃO

    2.1.1 MANCAIS DE ROLAMENTO

    Como afirma COLLINS(2006) mancais são elementos de máquinas que

    permitem movimento relativo orientado entre dois componentes, enquanto

    transmitem força de um componente para outro sem permitirem movimento na

    direção das cargas, com uma velocidade maior que os mancais de deslizamento os

    mancais de rolamento é encontrado no mercado com maior facilidade por ser muito

    utilizado. Em carros, tratores, máquinas agrícolas, esteiras rolantes, etc. elas

    possuem mancais para funções especificas e seu funcionamento se da por tipos de

    rolamentos e elementos rolantes, sua característica se deve ao eixo que é uma das

    maiores funções do mancal, servir de suporte para o eixo. O eixo é fixado no

    rolamento do mancal transformando energia mecânica em movimento de rotação. O

    rolamento deve ser sempre lubrificado, para reduzir o escorregamento fazendo com

    que os rolamentos limitem ao máximo as perdas de energia em consequência do

    atrito. Geralmente os mancais de rolamentos são mais utilizados com um rolamento

    interno com a característica de dois anéis um no centro e outro externo, e no seu

    centro podem-se ter esferas, roletes ou agulhas como mostra na figura um mancal

    com rolamento de esferas, a figura 2 detalha as principais partes do mancal e

    rolamento.

    Figura 2 - Elementos do conjunto

    Fonte: FMR

  • 2.1.2 CORREIAS E POLIAS

    Segundo ANDRADE (2010) as correias, juntamente com as polias são um

    dos meios mais antigos de transmissão de movimento. É um elemento flexível,

    normalmente utilizado para transmissão de potência entre dois eixos. São muito

    utilizadas, devido sua grande versatilidade e campos de aplicação. A maneira de

    transmissão de potência se dá por meio do atrito que pode ser simples, quando

    existe somente uma polia motora e uma polia movida ou múltipla, quando existem

    polias intermediárias com diâmetros diferentes (escalonada), a figura 3 mostra uma

    transmissão com correias e polias.

    Figura 3 - Correias e Polias em V

    Fonte: Sportsystem

    2.2 MOTORES DE CORRENTE CONTINUA

    Como mostra HONDA (2005) atualmente, o desenvolvimento das

    técnicas de acionamentos de corrente alternada (CA) e à viabilidade econômica têm

    favorecido a substituição dos motores de corrente contínua (CC) Pelos motores de

    indução acionados por inversores de frequência. Apesar disso, devido às suas.

    Características e vantagens, que serão analisadas adiante, o motor CC ainda se

    mostra a melhor. Opção em inúmeras aplicações, tais como. Bobinadeiras e

    desbobinadeiras, extrusoras, prensas, esteiras etc.

  • 2.2.1 PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO Figura 4 - Funcionamento do motor

    Fonte: WEG

    Em sua forma mais simples, o comutador apresenta duas placas de cobre

    encurvadas e fixadas (isoladamente) no eixo do rotor; os terminais do enrolamento

    da bobina são soldados nessas placas. A corrente elétrica “chega” por uma das

    escovas (+), “entra” pela placa do comutador, “passa” pela bobina do rotor, “sai” pela

    outra placa do comutador e “retorna” à fonte pela outra escova (-). Nessa etapa o

    rotor realiza sua primeira meia-volta. Nessa meia-volta, as placas do comutador

    trocam seus contatos com as escovas e a corrente inverte seu sentido de percurso

    na bobina do rotor. E o motor CC continua girando, sempre com o mesmo sentido de

    rotação.

    2.3 DIMENSIONAMENTO DA TRANSMISSÃO

    Um motor elétrico DC de 12 Volts com potencia nominal 37 Watts e 150 rpm

    vai acionar uma esteira transportadora que deve girar com 75 rpm. Considerar:

    centro a centro de C= 300 mm, coeficiente de atrito 0,25 mícrons serviço nominal de

    8 a 10 horas por dia.

    Obs. A potencia nominal em Watts foi transformada para CV.

    1) Potencia projetada(np)

    np=0.05 x 1.1= 0.055 CV

    2) Perfil da correia

    Como a rotação do motor é de 150 rpm e a potencia é de 0.055 CV Obtém-se que o

    perfil da correia é perfil A

  • 3) Diâmetro das polias

    Como a potencia do motor é menor que 1 HP e a rotação é menor que 500 rpm a

    polia menor deve ter 2” polegadas d= 50.8 mm

    O diâmetro da polia maior é obtido através da relação de transmissão i.

    I= N motor N esteira transportadora I= 150/75=2 D=dxi D= 50.8x2=101.6 mm

    4) Comprimento da Correia L= 2C+1,57x(D+d) + (D-d)² 4C

    L= 2X300+1,57x(50.8+101.6)+ (101.6-50.8)² 4x300 L= 841mm 5) Ajuste da distancia entre centros C= A- h(D-d) 2 A= 602mm Fator h D-d A 101.6-50.8/602=0.084 Fator h=0.045 C= 602-0.045(101.6-50.8) 2 C=300mm

    3 SERVO MOTOR Como explica FUTABA (2002) Os servos motores são usados em várias

    aplicações quando se deseja movimentar algo de forma precisa e controlada. Sua

    característica mais marcante é a sua capacidade de movimentar os seu braço Até

    uma posição e mantê-lo, mesmo quando sofre uma força em outra direção. Esses

    motores são utilizados na robótica e em aeromodelismos devido a sua precisão, na

    figura 5 é possível ver com detalhes as peças que compõem o servo motor.

  • Figura 5 - Partes do servo motor

    Fonte: Hitec

    3.1 COMPONENTES DO SERVO MOTOR

    Circuito de Controle – é a parte responsável pelo monitoramento do potenciômetro e acionamento do motor visando obter uma posição pré-determinada.

    Potenciômetro – ligado ao eixo de saída do servo, monitora a posição do mesmo.

    Motor – movimenta as engrenagens e o eixo principal do servo. Engrenagens – reduzem a rotação do motor, transferem mais torque ao eixo. Principal de saída e movimentam o potenciômetro junto com o eixo.

    Caixa do Servo – caixa para acondicionar as diversas partes do servo.

    3.2 controle do servo motor O servo motor é alimentado com tensões de 5V e recebe um sinal no

    formato PWM (Pulse Width Modulation). Este sinal é 0V ou 5V. O circuito de controle

    do servo fica monitorando este sinal em intervalos de 20 ms. Se neste intervalo de

    tempo, o controle detecta uma alteração do sinal na largura do sinal, ele altera a

    posição do eixo para que a sua posição coincida com o sinal recebido.

    Um sinal com largura de pulso de 1ms corresponde à posição do servo todo a

    esquerda ou 0 grau. Um sinal com largura de pulso de 1,5ms corresponde a posição

    central do servo ou de 90 graus. Um sinal com largura de pulso de 2ms corresponde

  • a posição do servo todo a direita ou 180 graus, a figura 6 mostra o pulso do servo

    motor e relação ao tempo.

    Figura 6 - Pulsos do servo moto

    r Fonte: Hitec

    4 MICROCONTROLADORES ATMEGA 328 Hoje em dia os microcontroladores estão integrados em muitos equipamentos

    eletrônicos, tais como televisores aparelhos de som, micro-ondas, carros, celulares,

    etc. Devido a sua eficiência e seu baixo custo, os microcontroladores tem um papel

    importante no controle destes equipamentos, por possuir uma memória do tipo flash

    que permite armazenar dados e mantê-lo intacto por dezenas de anos. O

    microcontrolador é o agrupamento de vários componentes em um sistema

    microprocessado utilizando uma memoria RAM. Os microcontroladores tem

    agregado inúmeras funcionalidades como memoria SRAM, EEPROM e FLASH,

    conversores A/D E D/A, vários temporizador-contadores, comparadores análogo e

    pwm, interface de comunicação USB, UART, 12C, JTAG e CAN. No nosso protótipo

  • utilizaremos o microcontrolador atmega328 da fabricante ATMEL que no gráfico

    abaixo mostra que está em terceiro lugar dentre as marcas mais procuradas. A

    figura 7 mostra o microcontrolador atmega328.

    Figura 7 - imagem do microcontrolador atmega328

    Fonte: Atmel

    4.1 TIPOS DE ARQUITETURAS

    Existem dois tipos de arquiteturas utilizadas nos microcontroladores a

    arquitetura Von Neumann onde existem apenas um barramento interno no qual

    circulam instruções e dados e a arquitetura de Harvard que possui dois barramentos

    internos sendo um de instruções e um de dados, o primeiro é uma arquitetura serial

    e o segundo uma paralela. A arquitetura Von Neumann possui um conjunto

    complexo de códigos de programação do tipo (CISC- complex instruction set

    computer). Com um tempo de execução de pulsos de clock, já a arquitetura de

    Harvard possui conjunto do tipo (RISC- Randon instruction set computer) que produz

    um conjunto simples de códigos com a execução de uma instrução por conjunto de

    clock. O atmega328 possui a arquitetura do tipo Harvard RISC que possui uma

    maior velocidade de clock, a figura 9 ilustra as duas arquiteturas.

    Figura 8 - tipos de arquiteturas

    Fonte: Atmel

  • 4.2 PROGRAMAÇÃO DO ATMEGA 328

    A programação do atmega328 pode ser feita em assembly ou em

    linguagem C através dos softwares Winavr e Avrstudio que pode ser abaixado do

    site da ATMEL. O tipo de programação mais utilizada é a programação em

    linguagem C.

    Segundo BUGATTI ( 2012) a linguagem C é uma linguagem de auto nível.

    Figura 9 - software de programação AVR Studio 4

    Fonte:Atmel

    4.3 PINAGEM DO ATMEGA 328 Na figura 10 está a pinagem do atmega328 com as suas respectivas portas e

    na tabela 1 estão as principais características deste microcontrolador.

    Figura 10 - pinagem do Atmega328

    Fonte: Atmel

  • Tabela 1 - principais características do microcontrolador Atmega328

    Fonte: Os Autores

    5 ROBÔ CARTESIANO

    Segundo ROSARIO (2011) Um robô de coordenadas cartesianas pode se

    movimentar em linha reta, e em deslocamentos horizontais e verticais. As

    coordenadas cartesianas especificam um ponto de espaço em função de suas

    coordenadas x,y,z. Esses robôs têm três articulações deslizantes e são codificadas

    como PPP. Os robôs cartesianos se caracterizam pela pequena área de trabalho,

    Pelo elevado grau de rigidez mecânica e pela grande exatidão na localização do

    atuador. O seu controle é simples em razão do movimento linear. A figura 12

    demonstra exatamente o que é um robô cartesiano.

    Para o protótipo foi desenvolvido um robô cartesiano que se movimenta nos três

    eixos x, y, z, porém nosso robô consegue fazer um ângulo de 180° graus na sua

    base por causa do motor utilizado na sua base. Esse ângulo se fez necessário para

    que o nosso robô consiga encaixotar as caixas no local desejado, a figura 11 mostra

    o exemplo de um robô de coordenadas cartesianas.

  • Figura 11 - Braço robótico com coordenadas cartesianas x,y,z

    Fonte: Google

    5.1 MOVIMENTOS DO BRAÇO ROBÓTICO O braço robótico que desenvolvemos para o projeto tem seu movimento

    executado por dois tipos de motores, um motor de corrente continua, e 6 servos

    motores. Os servos permite que se movimente o braço em até 180 graus. O motor

    de corrente continua faz o movimento do braço para os lados direito e esquerdo, o

    nosso robô faz o movimentos necessários para ser considerado um braço robótico.

    Figura 12 - Braço robótico do projeto

    Fonte: Os Autores (2014)

  • 5.2 ACIONADORES DO MOTOR Para fazer o acionamento dos motores utilizados no Braço Robótico, utilizou-

    se um driver de potência denominado Ponte-H, a ponte–H é utilizada para fazer o

    controle do sentido de rotação do motor e permitir que ele seja controlado por um

    microcontrolador, sem isso fica impossível utilizar o motor, porque ele consome uma

    corrente elétrica muito alta e a ponte-H diminui essa corrente permitindo liga-lo ao

    pino do microcontrolador sem queima-lo. A figura 13 mostra o circuito e os

    componentes que compõem a placa.

    Figura 13 - Circuito Acionador dos Motores

    Fonte: Graber I3

    6 SENSOREAMENTO DA ESTEIRA AUTOMATIZADA

    Para nossa esteira se tornar automatizada foi necessário utilizar um sensor

    para fazer a parada da esteira a o detectar uma peça, permitindo assim que o

    atuador robótico faça seu trabalho. No protótipo foi utilizado um sensor de

    infravermelho. Esse sensor possui um feixe de luz infravermelha que, quando é

    broqueada pela caixa, para o sistema. O feixe de luz pode ser ajustado de acordo

    com a necessidade do projetista. Como mostra THOMAZINI (2010) esses

    dispositivos são utilizados principalmente em sistemas de segurança de metalurgia

    em que os operários podem sofrer vários ferimentos no decorrer do movimento das

    máquinas como prensas e esteiras transportadoras. O microcontrolador utilizado

    para controle do projeto possui pinos de I/OS que permite fazer o gerenciamento de

    dados do nível sensor e atuador. A figura mostra o sensor utilizado no protótipo,

  • esse sensor foi doado pela empresa Neologic, a figura 14 mostra um sensor de

    infravermelho.

    Figura 14 - sensor de infravermelho utilizado

    No protótipo

    Fonte: Neologic

    7 DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

    Para a montagem do protótipo realizou-se um levantamento teórico através

    de pesquisas em empresas de renome internacional, visando uma maneira de deixar

    o protótipo com as tecnologias presentes no mercado mundial, dando inicio à

    montagem. Então começamos a montagem de uma esteira com materiais usados

    que compramos no ferro velho, montamos a esteira denominada de esteira 1. Essa

    esteira tem basicamente todos os componentes da esteira atual só que em menor

    tamanho, depois que essa esteira teste estava pronta realizamos os testes para ver

    se era viável a construção da esteira 2, e se era funcional percebemos que os

    resultados foram satisfatórios então criamos o projeto da esteira 2 e sabíamos que

    era um trabalho de conclusão de um curso superior de tecnologia então nosso

    protótipo deveria ser padronizado nas normas técnicas e que não poderíamos usar

    componentes em mal estado. Começamos a montagem do protótipo pela estrutura

    da base da esteira que é de aço 1010/1020, utilizou-se 7metros de aço tubular

    quadrado com a dimensão de 30x30mm. Cortamos essas barras nos devidos

    tamanhos e começamos a segunda etapa que é a soldagem, na soldagem

    utilizamos a máquina de solda de eletrodo TIG que geralmente é utilizada para a

    soldagem de estruturas metálicas. Dai, a estrutura foi soldada utilizando esquadro

    para manter o ângulo de 90° para que não ficasse torta, perdendo todo material.

    Depois de pronta a estrutura passa para a terceira etapa que é a pintura, feita com

    compressor de tinta óleo na cor grafite, por isso ficou com um acabamento bom.

    Após a estrutura ser pintada começou a ser furada para a colocação dos

    componentes que compõem a esteira transportadora.

  • Figura 15 - Estrutura Soldada

    Fonte: Os autores (2014)

    O primeiro componente que foi montado na esteira transportadora foi o

    conjunto de mancais de rolamento e eixo de aço 1010/1020 que serve de

    sustentação para a lona de PU do Protótipo, e que é acoplado no eixo do motor para

    fazer a transmissão motora, e na ponta desse eixo existe a polia de 100 mm que é a

    polia movida. No outro extremo da esteira foi montado o outro conjunto de mancais

    de rolamento e eixo que também é o conjunto esticador da lona. Após isso estava

    finalizada a colocação da lona. Na parte de baixo da esteira foi colocado o motor de

    corrente alternada, que faz a esteira girar e na ponta do seu eixo foi acoplada a polia

    de 50 mm que é a polia motora. A base de fixação do motor faz o esticamento da

    correia. Por ultimo foi colocada a correia que é uma correia em V, finalizando

    montagem da esteira.

    Figura 16 - Estrutura recebe Motor, Eixos, Mancais, Polias e Correias

    Fonte: Os autores (2014)

  • Com a esteira montada voltou-se toda a atenção para o Braço Robótico.

    Para fazer o nosso robô, automatizamos um braço de retroescavadeira hidráulica de

    brinquedo. E o transformamos em um robô cartesiano XYZ. Para isso criamos um

    dispositivo que contava com motores DC, este dispositivo atuava a parte hidráulica

    cujo fluído é agua, movimentando o braço para cima e para baixo para frente e para

    trás. Na base do braço montamos um servo motor que faz o braço se movimentar

    em 180°. Todo braço fica em cima de um suporte que possui rosca sem fim e

    movimenta todo o braço para o lado esquerdo e direito. Dai montamos o braço no

    suporte e colocamos a garra nele, essa garra tem a função de agarrar as peças e

    desloca-la para onde for programado. Depois montamos o circuito acionador de

    motores DC que é ligado no microcontrolador, esse circuito controla o sentido de

    rotação do motor. Assim finalizamos a montagem do Robô Cartesiano XYZ.

    Figura 17 - Braço Robótico

    Fonte: Os autores (2014)

    Por último montou-se toda a parte eletrônica e de controle da esteira. a parte

    eletrônica conta com circuitos de acionamento de motores, drive inversor de

    frequência, display de LCD e microcontrolador. Esse circuitos foram desenvolvidos

    no Software Protheus 7. Houve a necessidade de muitos testes para evitar

    imprevistos possíveis. Toda à montagem e desenvolvimento dos circuitos foi

    desenvolvida pela dupla com a ajuda de professores, de pesquisa na rede mundial

    de computadores, a Internet, e livros e apostilas do curso. Primeiro soldamos os

    componentes em todas as placas depois juntamos todas as partes em um único

    painel eletrônico e montamos na parte de baixo da esteira e por último fizemos a

  • programação do microcontrolador em linguagem C, finalizando o protótipo, a figura

    18 mostra o protótipo pronto.

    Figura 18 – imagem do protótipo pronto

    Fonte: Os autores (2014)

    8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    A automatização de máquinas industriais é uma pratica que está sendo

    usada por quase todas as empresas do mundo porque ela permite fazer máquinas

    que produzem cada vez mais, mais rápido e com qualidade e isso permite que as

    empresas repassem produtos cada vez mais baratos e com qualidade para os

    consumidores, que é o alicerce de qualquer empresa, por isso, as empresas que

    não procurar esse caminho está fadada a falência, para isso criamos o protótipo da

    esteira automatizada para mostrar como a mecatrônica nos permite desenvolver

    projetos cada vez mais funcionais para melhorar os processos industriais existentes.

    Esse protótipo mostra que as máquinas estão cada vez menos precisando de

    operadores para fazer serviços cansativos e perigosos melhorando a qualidade dos

    produtos e aumentando o lucro que é o que as empresas buscam atualmente. Por

    isso a realização desse protótipo foi difícil, porém as dificuldades ficaram para trás

    com estudos teóricos e ajuda do orientador e professores da FATEC, esse trabalho

    contém uma parte de cada disciplina do curso de tecnologia em mecatrônica

    industrial da FATEC-GARÇA por isso deve ser considerado um trabalho de

    conclusão de curso.

    REFERÊNCIAS ROSARIO, Antônio Carlos. Princípios de mecatrônica. São Paulo: Prentice Hall, 2005.

  • ROSÁRIO, João Mauricio. Automação Industrial. São Paulo: Baraúna, 2009.

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