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106 fazENDinho O FAZENDO DOS PEQUENINOS

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O Jornal Fazendo é um jornal comunitário, não-lucrativo e independente.

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fazENDinhoO FAZENDO DOS PEQUENINOS

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Faz-me um desenho ou

explica-me como se eu tivesse 5

anos

Que poder mágico têm as pinturas que os velejadores deixam na Marina da Horta? Como começou esta tradição das “pinturas do bom vento”?

Em primeiro lugar, podemos dizer que as pinturas não começaram na Marina, mas sim na doca e não começaram com os iatistas, mas sim com as tripulações dos patrulhas portugueses com base aqui na Horta. Hoje, essas, mais antigas, já desapareceram. A mais antiga ainda existente está na doca, é de 1976 e é do Captain Browne.

Não se sabe exactamente quem terá sido o primeiro iatista a deixar a sua marca. Tudo começou muito discretamente. No fim de contas é sempre assim. O primeiro motivo a ser pintado talvez tenha sido o nome de um navio. Depois um marinheiro, se calhar mais habilidoso, tenta fazer melhor e pinta o seu próprio barco. O que é certo é que se criou um mito em volta

JOÃO CARLOS FRAGA

Já ouviste falar em superstições? São crenças populares sem explicação científica ou lógica, que passam de geração em geração e que indicam sorte ou má sorte. Assim como acreditam que dá sorte fazer uma pintura na Marina da Horta antes de seguir viagem, os marinheiros têm muitas outras superstições.Tenta descobrir algumas superstições, lendas e mitos de marinheiros no crucigrama da página seguinte !

Desafio

nav

eg

ad

ore

s

Olha para estas pinturas deixadas na Marina da Horta.

destas pinturas que leva os navegadores, que fazem escala na Horta, a deixarem o seu testemunho na Marina e a acreditar que lhes trará sorte na viagem, ou, pelo menos, lhes evitará o azar. Nesta muralha, que é um impressionante museu em pleno ar, pintaram os mais famosos navegadores do mundo, que depois de o fazerem puderam partir de consciência tranquila.

Sup

ers t iç

õe s dos navegadores

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Verticais:

1- Com que pé se deve entrar numa embarcação quando se vai iniciar uma viagem?

2- Quadrante do vento que, segundo a expressão popular, “faz enjoar o mestre”.

3- Objecto que se deve partir (à primeira) no casco do barco, aquando do seu baptismo.

4- Na noite de 2 de Fevereiro não se deve sair para o mar, porque coisas estranhas podem acontecer, como aparecerem duendes. Conhecida como “Noite de ....” - Lenda da Ilha do Pico.

5- Local onde as mulheres não podem ser vistas pelos marinheiros antes destes embarcarem.

9- Animal “proibido” dentro de uma embarcação, porque dá azar (rói a madeira). Nem sequer se pode falar no seu nome a bordo.

Horizontais:

6- Ave que, segundo uma lenda da Patagónia, se diz que carrega as almas dos marinheiros naufragados no cabo Horn.

7- Animal marinho que se aparecer no mar é sinal de temporal. “... no canal, terás temporal” – Expressão popular da Ilha de São Jorge.

8- Dia da semana em que dá azar iniciar uma viagem longa de barco, sobretudo se for dia 13.

10- Som que se deve evitar fazer a bordo, porque atrai ventos fortes e tempestades.

Soluções:

CuriosidadeAlgumas criaturas marinhas tornaram-se temidas pelos antigos

marinheiros. A mais famosa delas talvez seja o Kraken, uma espécie de lula gigante. Esse ameaçador habitante dos mares

da Noruega, que poderia migrar por todo o Atlântico Norte, era do tamanho de uma ilha e tinha 100 braços. A parte boa

da história: o Kraken só destruía navios piratas e aqueles que poluíam o mar.

Desafio

Imagina que estás a viajar num veleiro

e vens parar a uma ilha açoriana.

Deixa a tua pintura na marina. Como se

chamaria o teu barco? Em que ano seria a tua

viagem? Qual seria a tua tripulação?

Mostra-nos aqui no teu desenho!

Olha para estas pinturas deixadas na Marina da Horta.

Sup

ers t iç

õe s dos navegadores

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Envia-nos os teus desenhos e as tuas perguntas para [email protected]

DirectoresAurora RibeiroTomás Melo

ConteúdosRita MendesMelina Álvaro

CapaJulião Agostinho da Silva

PaginaçãoMaria Angenot

Esta publicação tem o apoio de

Não quero ir para o lixo! Reutiliza-me! Se não, põe-me no papelão!

Os veleiros deslocam-se através da energia do vento. Constrói este cata-vento para

sentires essa energia!

Instruções:1– Cola o molde do teu cata-vento num pedaço de cartão (por exemplo numa caixa de cereais);

2- Recorta as linhas tracejadas;3- Dobra cada uma das pontas para o centro (une os pontos com um pingo de cola);4- Com um alfinete, um pionés, ou um prego fura no centro do cata-vento fixando-o num pau (por exemplo num lápis);5- Agora procura a direcção do vento com o teu brinquedo novo. Se, por acaso, não houver vento, experimenta soprar!