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1 Fazendo Pão Por Nathalia Maia Salgado Introdução Nasci e fui criada em São Paulo. Minha história acadêmica começou em uma escolinha na Vila Santa Isabel, chamada Estrela da Manhã, onde entrei quando tinha apenas dois anos e meio. Fui crescendo junto com a escola que, quando eu estava na segunda série do ensino fundamental, se tornou o Colégio Santa Isabel. Lá continuei até terminar o Ensino Médio. Como não consegui passar no vestibular, comecei a estudar no Poliedro, um cursinho reconhecido em São José dos Campos, que chegou aquele ano à São Paulo. Prestei direito, na Usp e na Unesp e, como tinha que fazer três vestibulares para a bolsa-aprovação do cursinho, resolvi prestar Unicamp, em um curso de comunicação, já que aqui não tinha a carreira que eu queria, e por ser um ramo que também me agradava. Atualmente curso o quarto semestre de Comunicação Social com Habilitação em Midialogia, na Universidade Estadual de Campinas UNICAMP. Através da matéria Tecnologia e Educação, passei a analisar de maneira mais racional minhas preferências de aprendizagem. Aprendi a verificar a melhor maneira para que eu aprenda e em como minhas diferentes características como aluna me influenciam na obtenção de conhecimento. A partir disso, baseada nas atividades do teleduc, dos testes e da aula expositiva, verifiquei alguns padrões de aprendizagem em minha vida acadêmica e mesmo em minha vida pessoal. Desde criança, verifico uma facilidade de aprendizado em aulas expositivas, com a ajuda de gráficos e figuras, que me fazem compreender melhor o texto escrito. Concentro- me mais em aulas em que o professor caminha pela sala, faz movimentos com as mãos enquanto fala e muda o tom de voz. Acredito que isso derive de uma característica visual de aprendizagem. Da mesma maneira, percebi que costumo entender melhor os conteúdos quando os uso de maneira ativa, em exemplos do cotidiano, e através de debates, onde os alunos possam argumentar sobre o aprendido. Também me vi como uma pessoa intuitiva, já que meu aprendizado torna-se mais fácil quando consigo estabelecer relações do conteúdo com outros que já aprendi, ou com situações de meu cotidiano. No caso de aluno seqüencial ou global, de acordo com o resultado do teste, que realmente aplica-se completamente a mim, classifico-me como uma pessoa totalmente seqüencial, já que apenas compreendo algo complexo se explicado parte a parte, entendendo cada passo de uma vez. Em relação ao tema escolhido para o projeto, passei a ter interesse pela cozinha desde meus 11, 12 anos. Comecei realizando algumas receitas simples, com a ajuda de minha mãe, como, por exemplo, arroz ou macarrão. Após algum tempo, em que me familiarizei com algumas técnicas da cozinha, passei a tentar realizar receitas um pouco mais sofisticadas, entre elas, tentei aprender a fazer pão caseiro. Após algumas tentativas fracassadas pelo fato de eu não entender o processo de preparo (a função de cada ingrediente, técnica de sova e tempo de forno, por exemplo), acabei desistindo, mas fazer pão continuava sendo um desejo que eu queria muito realizar.

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Fazendo Pão

Por Nathalia Maia Salgado

Introdução

Nasci e fui criada em São Paulo. Minha história acadêmica começou em uma escolinha na Vila Santa Isabel, chamada Estrela da Manhã, onde entrei quando tinha apenas dois anos e meio. Fui crescendo junto com a escola que, quando eu estava na segunda série do ensino fundamental, se tornou o Colégio Santa Isabel. Lá continuei até terminar o Ensino Médio. Como não consegui passar no vestibular, comecei a estudar no Poliedro, um cursinho reconhecido em São José dos Campos, que chegou aquele ano à São Paulo. Prestei direito, na Usp e na Unesp e, como tinha que fazer três vestibulares para a bolsa-aprovação do cursinho, resolvi prestar Unicamp, em um curso de comunicação, já que aqui não tinha a carreira que eu queria, e por ser um ramo que também me agradava. Atualmente curso o quarto semestre de Comunicação Social com Habilitação em Midialogia, na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP.

Através da matéria Tecnologia e Educação, passei a analisar de maneira mais racional minhas preferências de aprendizagem. Aprendi a verificar a melhor maneira para que eu aprenda e em como minhas diferentes características como aluna me influenciam na obtenção de conhecimento. A partir disso, baseada nas atividades do teleduc, dos testes e da aula expositiva, verifiquei alguns padrões de aprendizagem em minha vida acadêmica e mesmo em minha vida pessoal.

Desde criança, verifico uma facilidade de aprendizado em aulas expositivas, com a ajuda de gráficos e figuras, que me fazem compreender melhor o texto escrito. Concentro-me mais em aulas em que o professor caminha pela sala, faz movimentos com as mãos enquanto fala e muda o tom de voz. Acredito que isso derive de uma característica visual de aprendizagem. Da mesma maneira, percebi que costumo entender melhor os conteúdos quando os uso de maneira ativa, em exemplos do cotidiano, e através de debates, onde os alunos possam argumentar sobre o aprendido. Também me vi como uma pessoa intuitiva, já que meu aprendizado torna-se mais fácil quando consigo estabelecer relações do conteúdo com outros que já aprendi, ou com situações de meu cotidiano. No caso de aluno seqüencial ou global, de acordo com o resultado do teste, que realmente aplica-se completamente a mim, classifico-me como uma pessoa totalmente seqüencial, já que apenas compreendo algo complexo se explicado parte a parte, entendendo cada passo de uma vez.

Em relação ao tema escolhido para o projeto, passei a ter interesse pela cozinha desde meus 11, 12 anos. Comecei realizando algumas receitas simples, com a ajuda de minha mãe, como, por exemplo, arroz ou macarrão. Após algum tempo, em que me familiarizei com algumas técnicas da cozinha, passei a tentar realizar receitas um pouco mais sofisticadas, entre elas, tentei aprender a fazer pão caseiro. Após algumas tentativas fracassadas pelo fato de eu não entender o processo de preparo (a função de cada ingrediente, técnica de sova e tempo de forno, por exemplo), acabei desistindo, mas fazer pão continuava sendo um desejo que eu queria muito realizar.

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Com a possibilidade dada pela matéria de escolha de um tema de interesse para

aprendizado a distância, logo pensei no pão como uma alternativa divertida, pois era algo que eu realmente gostaria de fazer, e ao mesmo tempo um desafio, já que eu havia fracassado tantas vezes nessa produção. Escolhi, então, o pão como projeto de aprendizado, com as duas variações de minha preferência, que são Pão Caseiro e Pão de Batatas.

Objetivo

O Objetivo geral do projeto é aprender a fazer Pão Caseiro e Pãezinhos de Batatas através de meios tecnológicos. Os objetivos específicos são: 1.Aprender as etapas da realização dos pães; 2.Compreender os ingredientes utilizados, assim como suas variações (no caso de diferentes tipos de fermento, por exemplo); 3.Realizar a documentação imagética do processo, através de fotografias digitais e alguns vídeos realizados durante a produção dos pães; 4.Elaborar um relatório que explicite todo o processo e sua evolução, baseado nas preferências de aprendizado presentes na introdução.

Metodologia

1 - No caso, a tecnologia escolhida foi a Internet, através de sites especializados em panificação, dos quais selecionei, principalmente, comunidades relacionadas do site de relacionamentos “Orkut”. Essas comunidades são formadas por muitas pessoas, e todos postam tópicos com dicas e dúvidas quanto ao preparo de diferentes receitas. Da mesma maneira, vários membros respondem aos tópicos para tentar ajudar a pessoa em dúvida. Listo abaixo alguns exemplos de tópicos:

1.1 “Tempo de Forno para Assar Pães” Inclui uma tabela em que o peso da massa de pão que será assada influi diretamente no tempo em que a mesma deverá ficar no forno. A tabela trás pesos e os respectivos tempos necessários ao cozimento.

1.2 “Por que meu pão virou pedra?”. Trata-se de um típico tópico de dúvida quanto à produção do pão, respondido na tentativa de resolver o problema de quem o criou. Esse tópico me esclareceu quanto a algumas coisas com as quais deveria tomar cuidado durante o preparo, como a temperatura do forno (se estiver muito quente, assa a massa antes que a mesma tenha tempo de crescer), a consistência da massa e o tempo de sova, muito importante, pois influi diretamente na maciez do pão resultante (trecho da resposta de Alexandre Gianini ao tópico: “Massa muito seca, aquela que desgruda com facilidade das mãos fica mais difícil de crescer!!! Trabalhe bastante a massa, quanto mais você trabalhar a massa, mais vai despertar o glúten e mais elástica e macia ela vai ficar...”).

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1.3 “Sovar?” Explica o porquê de se sovar a massa de pão e como fazer isso de maneira eficaz. Esse tópico me ensinou como realizar a sova, já que eu nunca tinha feito isso. Para isso me baseei principalmente na resposta de Alexandre Gianini, que transcrevo abaixo: “A razão de sovar o pão é que assim você libera o tal do glúten que é a proteína que dá elasticidade à massa. Quanto mais você sovar o pão, mais ele irá crescer. Uma técnica boa para sovar o pão é, após misturara a massa, com ela ainda úmida, você põe a massa sobre a superfície de trabalho - mesa - e pega a ponta mais distante e trás para o centro da massa com a ponta dos dedos, amassando-a com a parte de trás da palma. Vire um pouco a massa e repita o procedimento. Faça isso durante ao menos 10 minutos. Outra forma para ativar o glúten é beliscar a massa. Depois de sovar, deixe a massa descansando por 15 minutos. Com os dedos polegar e indicador belisque a ponta da massa até retirar uma bolinha. Ponha essa bolinha no fim da massa e repita o procedimento. Faça isso durante 5 minutos... Você verá que esse processo ficará cada vez mais difícil... Deixe a massa descansar até dobrar de volume, divida, modele, deixe crescer de novo e asse...“.

2 - O processo de produção dos pães seria realizado em duas etapas. A inicial tratava-se da tentativa de feitura através das receitas disponibilizadas no próprio site, sem qualquer ajuda pessoal. Caso houvesse algum problema na realização, seria utilizado o próprio fórum da comunidade, de modo a tentar esclarecer possíveis dúvidas, para posterior tentativa de produção. Com o sucesso da produção, uma segunda vez as receitas seriam realizadas, agora não como teste, mas como realização real dos objetivos do projeto. Os pães produzidos serão levados no dia do almoço japonês para degustação dos alunos e do professor.

3 - Para a documentação do processo de aprendizado, seus possíveis percalços e a solução dos problemas, foi escolhido o suporte digital, em que fotografias seriam utilizadas registrando todas as ocorrências. As fotos seriam anexadas ao relatório final, de maneira a comprovar a produção e todo seu processo.

4 - As preferências de aprendizado relatadas na introdução, seriam testadas de acordo com a evolução do processo, sendo descritas no relatório final, juntamente com a descrição do processo de produção e avaliadas na conclusão final.

Resultado

Inicialmente realizei uma busca na Internet para obter diferentes receitas de pão (caseiro e de batata) de maneira a encontrar qual seriam as fontes mais indicadas para meu projeto, dada a quantidade de pessoas que irão consumir os pães e o grau de dificuldade de produção.

Encontrei alguns sites de receitas, mas o que se mostrou mais eficiente foram as comunidades do Orkut, site de relacionamentos na Web, que tratam do assunto. Entre essas, as que me pareceram mais sérias em auxiliar na produção com receitas, dicas e solução de dúvidas foram: “Receitas de Pães” e “Panificação, pães e etc” de endereços

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http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=11660234&tid=2458759785738671064

e

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2073445, respectivamente.

A partir dessas comunidades, selecionei as receitas que seriam realizadas. Essas foram:

Pão de Batata

Ingredientes:

500 g de batatinha 30 g fermento de pão 1 colher (sopa) de açúcar 1 xícara (chá) de leite morno 2 ovos 1 colher (sopa) rasa de sal 1 tablete de margarina (100 g) 800 g de Farinha de Trigo 1 gema para pincelar

Modo de Preparar:

Cozinhe a batata em água e sal. Logo que estiver macia, amasse-a até firar um creme espesso. Reserve. Numa tigela dissolva o fermento no açúcar, junte o leite morno e misture bem. Adicione os ovos, o sal, a margarina amolecida e o purê de batata. Bata e junte aos poucos a farinha até que a massa desgrude da mão. Forme bolinhas e deixe dentro do tabuleiro untado até que as bolinhas dobrem de volume. Pincele os pães com gema para dourá-los e asse em forno médio (180°C) pré-aquecido.

Pão Caseiro

3 Tabletes Fermix 3 Copos de leite quente sem ferver (200ml). 1 Colher de sobremesa de sal. 1 Colher de sobremesa de açúcar. 4 Colheres de sopa de óleo. 2 Ovos 1,25 kg de farinha de trigo.

Coloque o leite quente em cima dos ingredientes e vá acrescentando a farinha até formar uma massa mole, que não grude nas mãos. Sove a massa, coloque em uma forma e cubra com um pano. Retire uma bolinha da massa e a coloque em um copo dágua. Quando a bolinha boiar, a massa poderá ir ao forno. Unte a massa com gema

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de ovos e uma pitada de açúcar. Leve ao forno baixo, pré-aquecido, por mais ou menos 20 min.

Com as receitas determinadas, passei para a fase da realização, propriamente dita. O primeiro pão a ser feito foi o Pão Caseiro. Irei separar por itens o processo de preparo.

1) Inicialmente comprei uma fôrma especial para o preparo de pães, já que praticamente todas as receitas que consultei a exigiam. A fôrma precisou ser untada com óleo e aquecida em fogo baixo para que o tefal ganhasse aderência e possibilitasse o uso.

2) Após o preparo da forma, iniciei a mistura dos ingredientes. Como a receita escolhida não fornecia muitos detalhes quanto ao preparo, me baseei em outras receitas de pão caseiro do site para saber a ordem em que os ingredientes deveriam ser misturados. Nesse ponto percebi o quanto sou aprendiz seqüencial, já que ao me deparar com uma receita que não possuía uma ordem pré-determinada dos ingredientes, logo fui em busca de outras (caráter ativo) que compensassem essa deficiência e que, assim, facilitassem meu aprendizado.A maioria das outras receitas dizia que:

1 – Inicialmente mistura-se o fermento ao açúcar, de modo a já estimulá-lo; 2 – Logo após adiciona-se os outros ingredientes, deixando por último a farinha.

FERMENTO SAL AÇÚCAR

OVOS LEITE ÓLEO

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FARINHA

3) Após adicionar a farinha, inicia-se a mistura dos ingredientes.

4) Quando os ingredientes estiverem bem misturados, a massa é levada para uma superfície lisa, polvilhada com farinha, onde será realizada a sova. Nesse ponto, com a ajuda do tópico da comunidade do Orkut, percebo o quanto visual eu sou, já eu entendi como fazer a sova através da descrição detalhada do movimento das mãos, imaginando o movimento de maneira visual.

5) A sova, assim como descrito no tópico da comunidade, foi realizada por dez minutos, até o ponto em que a massa adquiriu uma textura uniforme, e foi aberta com a ajuda de uma garrafa para que o pão fosse moldado. Nesse ponto recebi a ajuda da Cleuza, que trabalha na minha casa, pois no site não havia nenhuma menção ao processo de abertura da massa.

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6) A massa foi cortada e trançada, depois do que foi posta na fôrma para descansar;

7) Assim como descrito na comunidade, separei uma porção da massa que foi posta em um copo com água, para determinar o tempo de descanso.

8) Quando a “bolinha” começou a boiar, o pão foi untado com gema, colocado no forno, onde ficou por cerca de 30min. Eis o resultado da receita 1:

O Pão Caseiro não apresentou nenhum problema em sua produção. Sua textura ficou macia e o pão saboroso, de modo que constato ter realmente aprendido o processo de realização.

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O Pão de batatas foi preparado dois dias depois, seguindo os passos estabelecidos pela receita:

1) Inicialmente, mistura-se o fermento ao açúcar, acrescentando o leite morno (novamente destaco minha característica seqüencial).

FERMENTO AÇÚCAR LEITE

2) Após isso, adiciona-se os ovos, sal, a margarina e o purê de batatas

OVOS SAL MARGARINA PURÊ

3) Depois de juntar os ingredientes, mistura-se bem e acrescenta a farinha.

FARINHA

4) Nessa fase, ocorreu o problema com a receita, pois, mesmo com a quantidade de farinha indicada, a massa continuava mole, fora de ponto.

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Acrescentei mais farinha, aos poucos, de modo que o ponto fosse atingido. A quantidade de farinha utilizada acabou sendo o dobro da prevista na receita. Entrei em contato com a comunidade “Panificação, pães e etc” através de um tópico para entender o porquê da diferença. O membro Jean Leal me explicou que isso se dá devido ao excesso de amido da batata, que deixa a massa mais mole conforme a mesma é sovada. Como eu ainda não possuía essa informação, acabei sovando o pão de batatas da mesma maneira que o pão caseiro, o que causou a necessidade de uma maior quantidade de farinha. Na realização da nova receita, que será levada para degustação em sala, irei seguir as dicas de Jean, que sugere que eu use 1kg de farinha, ao invés de 800g, e que após a mistura eu não sove mais. De acordo com ele, esse tipo de pão é modelado com a mão untada de margarina ou óleo, e é normal que a massa fique bastante grudenta.

5) Após muita, mas muita farinha, a massa chegou ao ponto desejado, e comecei a separá-la em bolinhas.

6) As bolinhas descansaram até dobrarem de volume. Ponto em que são pinceladas com gema de ovos e vão para o forno médio, pré-aquecido. Criei um tópico na comunidade “Panificação, pães e etc” para saber o porquê do uso de gemas de ovos, e fui informada pelo membro Jean Leal de que usa-se o ovo para dar uma cor especial ao pão, mais brilho e beleza.

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7) Eis o resultado da receita:

Apesar do problema apresentado com a quantidade de farinha, a massa chegou ao ponto desejado, de modo que o resultado da receita foi satisfatório, o pão apresentou uma textura macia e ficou bastante saboroso. Concluo assim que o processo obteve sucesso em sua realização.

Conclusão

Os objetivos foram cumpridos, de acordo como foram propostos. Os pães foram realizados através, apenas, de suporte tecnológico. Em relação à tecnologia escolhida, percebo que a mesma foi útil, pois as explicações foram suficientes para o sucesso da produção e as dúvidas que tive foram prontamente respondidas através de tópicos, com a ajuda dos membros das comunidades escolhidas. Quanto às minhas características de aprendizado, acredito tê-las confirmado na medida em que as confrontei, já que me vi, assim como tinha descrito na introdução, como uma pessoa visual, ativa e seqüencial. Quanto ao produto, percebo hoje o controle sobre a função dos ingredientes, o que me possibilitou a realização de outras receitas diferentes posteriormente, já que entendi a lógica de sua produção. As receitas serão novamente realizadas para o almoço com a sala e as continuarei realizando, dado que realmente me identifiquei com o processo e, principalmente, com o produto.

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Referências Bibliográficas

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=11660234&tid=2458759785738671064

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=2073445

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