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NOV2012 / Nº20 / 3 EUROS www.nave-consult.com XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A PORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBRO VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBRO EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER “NINGUÉM EMANCIPA NINGUÉM, EMANCIPAMO-NOS JUNTOS!” VITIFRADES VIDI DI I VID V D VITIF

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XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A PORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBRO

VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBRO

EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER

“NINGUÉM EMANCIPA NINGUÉM, EMANCIPAMO-NOS JUNTOS!”

XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A PORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBRO

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XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A PORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBRO

XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A PORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBROPORTEL de 29 NOVEMBRO a 02 DEZEMBRO

VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBRO

XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A XIII FEIRA DO MONTADO DE VOLTA A

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EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM 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RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM 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SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES 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VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VIDIGUEIRA RECEBE XV EDIÇÃO DA VITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBROVITIFRADES DE 7 A 9 DE DEZEMBRO

EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E EM RECONHECIMENTO PELO CONTRIBUTO NA ECONOMIA SOCIAL E SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA 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HOMENAGEM A PAUL SINGER SOLIDÁRIA NO BRASIL CASES PRESTA HOMENAGEM A PAUL SINGER

“NINGUÉM EMANCIPA NINGUÉM, EMANCIPAMO-NOS JUNTOS!”“NINGUÉM EMANCIPA NINGUÉM, EMANCIPAMO-NOS JUNTOS!”“NINGUÉM EMANCIPA NINGUÉM, EMANCIPAMO-NOS JUNTOS!”

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AS UFCD’S – Unidades de Formação de Curta Duração correspondem a componentes de Percursos Curriculares de Cursos de Formação Profi ssionais de Nível II e de Nível IV

• AF 344 - Contabilidade e Fiscalidade em Organizações de Economia Social• AF 346 - Secretariado e Trabalho Administrativo em Organizações de Economia Social • AF 481 - Ciências Informáticas em OES = Associações + Cooperativas + Mútuas• AF 729 - Saúde - Programas não Classifi cados Noutra Área de Formação • AF 861 - Proteção de Pessoas e Bens [Especialidades HST e SInQSalvA para OES]

Organizações de Economia Social = Associações + Cooperativas + Mutualidades

Organizações 1 Membro 1 Voto O1M1V | Organizações Autónomas Institucional OAI | Organizações de Ajuda Mútua OAM | Organizações de Gestão Democrática OGD | Organizações de Livre Adesão OLA | Organizações Não Governamentais ONG | Organizações Sem Fins Lucrativos OSFL = Entidades Sem Fins Lucrativos ESFL | Organizações Solidariedade Social OSS | Organizações de Capital Humano OCH | Organizações de Cidadania Participativa OCP | SETOR COOPERATIVO E SOCIAL

• As Formações Modulares Certifi cadas são Cursos de 25 ou de 50 horas;

• Apoios Sociais de acordo com os Regulamentos do FSE e POPH aplicáveis:

• Frequência Gratuita e com direito a Subsídio de Alimentação

• Pessoas Destinatários/as: Ativas e/ou Desempregadas, com qualifi cações desadequadas ao mercado de trabalho, e em especial na Economia Social.

• Horário Laboral ou pós Laboral a defi nir na constituição de cada turma.

epESaJMS, 23 Anos de PHQoop - Promoção do POTENCIAL HUMANO de QUALIDADE COOPERATIVAPara o Setor Cooperativo e Social | OES = Associações + Cooperativas + Mútuas

2013 – 25 Anos da Fundação da aJMSceES | 2014 – 1º Centenário da Cooperativa dos Pedreiros | 1914 a 2014 | 2014 – 25 Anos Criação da epESaJMS

2002 a 2012 – Década da Alfabetização: Educação para Todos & 2005 a 2015 - Década da Educação para o Desenvolvimento SustentávelCo-fi nanciamento:

Entidade Promotora da epESaJMS: ACADEMIA JOSÉ MOREIRA DA SILVA, COOPERATIVA DE ESTUDOS DE ECONOMIA SOCIAL, CRLComplexo IntraCooperativo da Cooperativa dos Pedreiros, Rua D. João IV, nº 1000ª1006 | 4000-300 Porto

Telefone: + 351 225 180 973 | Fax: + 351 225 100 410 | e-mail: [email protected]

OFERTA de AÇÕES de FORMAÇÃO MODULAR CERTIFICADA Estão Abertas as Inscrições para Candidaturas a Formandos e Formandas para Apreciação dos pré-Requisitos

Ações aprovadas pelo POPH – Programa Operacional de Potencial Humano Integradas no PHQoop – Potencial Humano de Qualidade Cooperativa para o ciclo 2012ª2013

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Editorial

Ficha TécnicaPropriedade, Redacção e Direcção: NewsCoop - Informação e Comunicação CRL

Rua António Ramalho 600E • Apartado 6024 • 4461-801 Senhora da Hora • MatosinhosPublicação periódica mensal registada na E.R.C. com o número 125 565

Tiragem: 12 000 exemplaresContactos: Tel./Fax: 22 9537144 • E-mail: [email protected]

Director: Sérgio Oliveira • Editor: António SérgioCoordenador Editorial: Pedro Lopes • Jornalistas: Elda Lopes Ferreira

Administrativo: António Alexandre • Produção Gráfica: Ana Oliveira Impressão: Multitema

Esta edição não se encontra ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico.

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Vivo num país com milhares de desempregados, vítimas de uma crise para a qual não contribuí-ram, que antes trabalhavam, tinham o seu ren-dimento e, em função disso, constituíram famí-lia, compraram casa, carro e ninguém poderá discordar que viviam de forma concomitante com os seus rendimentos. Falo de pessoas, de profissionais dos mais diver-sos setores, mais ou menos qualificados, do pri-vado, da função pública, do comércio, indústria, professores, médicos, enfermeiros, investigado-res universitários... Falo de gente que investiu em formação para ter uma carreira ou que in-vestiu na carreira para ter uma vida estável, para servir o país que lhe financiou o curso ou a empresa que neles investiu, de operários que

construíram estradas, escolas e hospitais, que estudaram e trabalharam todos os dias até altas horas da noite, sem limites de horários, sem fins-de-semana e sem feriados. Que deram o seu melhor pelo país, que preparam o seu futuro e o das suas famílias para, do dia para a noite, aparecer alguém que decide que esta gente deve responder por uma crise. Claro que poderíamos seguir o exemplo do cordeiro amestrado, que segue os seus pares face à deman-da do pastor que os guia, e acreditar na irmandade e fraternidade como solução para todos os males. Mas depois de constatarmos que existem altos indícios de esta crise ter muito a ver com a Lehman Brothers, começamos a questionar o mais ínfimo elo familiar… Irmãos destes, dispensamos, como deveríamos dispensar certos “irmãos” europeus…Infelizmente, esses “irmãos insistem na obrigação solidária baseada no sacrifício e na aus-teridade. Não importem, pois poupam dinheiro; não consumam, pois acumulam poupanças, não gastem, pois reduzem o défice… e, assim, encontrarão a solução para nos pagarem o que devem, pensarão os tubarões… Como tal, há que “tirar” os subsídios de férias e de na-tal, criar e aumentar novos impostos, desacelerar a economia, deixá-la bater bem fundo para que nos sintamos cada vez mais endividados… Só não entendo como poderemos pagar dívidas aos tubarões se não incrementarmos a nossa produtividade interna mas, como não sou economista, não conto para estas contas…Fomentar o desemprego e tratar os nativos dos países periféricos da Europa com desprezo, como se de meros números se tratassem parece ser a fórmula. Tratá-los como inúteis, acu-sados de recorrerem aos transportes e escolas públicas de forma abusiva, de utilizarem o serviço nacional de saúde sem qualquer necessidade, de serem o mal da sociedade em que vivem começa a ser parte integrante da educação que deverá gerar uma sociedade mais racional. Que se lixem as metas definidas pela OMS há décadas que deveriam bastar para envergonhar o mundo e que incluíam educação, saúde e alojamento como direitos univer-sais. Que vergonha, viver num país que, em pleno século XXI, retrocedeu para níveis de um país subdesenvolvido, com crianças a passar fome, com famílias a recorrerem a instituições esmolando um pouco de comida, vendendo ou penhorando os seus bens para tentarem so-breviver a esta selva de interesses mesquinhos e financeiros. Que Estado é este que se verga a um “bando de agiotas” que representa um grupo de inte-resses financeiros, que nada tem a ver com a nossa cultura e história? Nem foram eleitos pelos portugueses e continuam, impunemente, a impor medidas que semeiam a destruição, a desgraça e a miséria… Confesso a minha mais profunda indignação, a minha revolta contra todos estes jogos de poder, manipulação e intriga. É preciso dizer basta! Basta de tanta in-competência, e corrupção. Está na hora da prestação de contas. É preciso que os ladrões do BPN restituam os 9.710.600.000,00 de euros que roubaram ao estado e aos portugueses. Isto não é um es-cândalo, mas a maior burla de sempre num país em que a justiça teima em não encontrar os responsáveis. Por que não recorrer à justiça, que tanto se alimenta do erário público, para começarmos a resolver parte desta crise, já que constatámos que não será pela redução da despesa do Estado que lá vamos? É por estas e por outras que o IVA sobe na restauração, na eletricidade, nos transportes… que os desempregados têm que pagar uma taxa por estar no desemprego e que aqueles que ainda têm a felicidade de estar a trabalhar vão ter que pagar mais IRS e uma taxa de solidariedade, que têm que pagar o novo aumento do IMI e, independentemente de tudo isto, pagar para utilizar o serviço nacional de saúde de encon-trar formas de conseguir o dinheiro para os livros…Caramba, como seria bom não ter Bilhete de Identidade, não ter cidadania, nem casa para morar… Este é o país onde vivo, onde pago os impostos. É um país adiado e que espera que alguém saiba interpretar a vontade e a soberania de um povo com séculos de história que uns vulgares “indigentes” teimam em destruir. Até lá, continuaremos a assistir ao encerra-mento das empresas, ao aumento do desemprego, à fome e a miséria…

Sérgio Oliveira, diretor

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1ª Edição Prémio Cooperação e Solidariedade António Sérgio 2012 já tem vencedores

mesmo tempo são monitorizadas, com meios in-formáticos que hoje estão ao dispor, para se pre-verem situações de doença, promovendo o seu bem-estar e autonomia. São estes os aspectos fundamentais deste projecto e talvez por isso ele tenha sido seleccionado. Agradeço este prémio, sentimo-nos privilegiados por termos sido esco-lhidos entre tantos projectos que certamente fo-ram projectos de grande valia.” A Associação de Desenvolvimento Local (ADL) “Beira Serra” destacou-se pela criação do GIL – Gabinete de Intervenção Local, no Bairro So-cial das Nogueiras (Teixoso, na Covilhã), propor-cionando um espaço comunitário destinado à ca-pacitação do potencial humano duma população particularmente fragilizada e estigmatizada, pro-movendo a integração social, a igualdade de oportunidades, a cidadania, o empreendedorismo social e a capacitação pessoal e colectiva.A presidente Isaura Reis proferiu: “a situação de profunda dificuldade que o nosso país tem vindo a atravessar compromete todos. No território na-cional encontramos milhares de associações cujo trabalho faz a diferença. Todo o nosso trabalho sai reforçado com a atri-buição deste prémio que distingue o GIL como uma boa-prática, prémio que repartimos com os restantes parceiros deste projecto, a câmara mu-nicipal da Covilhã e a junta de freguesia do Teixo-so. A nossa gratidão é imensa. Esta distinção honra todos os que vivem no bairro social das Nogueiras, todos os que ali têm trabalhado e to-dos os parceiros que de forma activa e socialmen-te comprometida se associaram para criar e dina-mizar este espaço. Assumimos o compromisso de continuar este trabalho de melhorar continua-mente, de reforçar a sua sustentabilidade e a sua transponibilidade para outros contextos e outras realidades.”O Chapitô foi premiado pela capacidade de inte-gração social, através da arte, os jovens em situ-ação de risco e exclusão social. A inclusão social é feita através da formação dos jovens e da difu-são do capital circense na sociedade.

Singer. O objectivo de premiar estas instituições e pessoas revela a vontade em “ganhar dimensão, massa crítica, capacidade de intervenção de re-flexão, um incentivo aos investigadores, um incen-tivo aos jovens para que se interessem e garan-tam a continuidade deste movimento que se trata de um movimento de grande amplitude e de gran-de importância, quer no plano económico, quer no plano social. Não estamos pois a falar das margens de um movimento, das margens de uma economia, das margens de uma sociedade, esta-mos a falar do cerne de um movimento que cons-titui um dos pilares fundamentais do desenvolvi-mento económico e social do nosso país e de qualquer sociedade”, afirma. Para 2013 fica pro-metida uma nova edição do Prémio.

Boas PráticasNa categoria de Boas Práticas foi atribuído em ex-aequo o prémio a três entidades: A APCL – Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa foi premiada pelas práticas relevantes no âmbito do apoio domiciliário, no âmbito do apoio domiciliário do projecto Capacitar +, que permite a manutenção de pessoas com necessidades espe-ciais nas suas próprias casas, sem recurso a inter-namento ou instituições, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida e um maior desen-volvimento das suas capacidades.O presidente José Manuel Anselmo referiu que: “a APCL foi fundada há 52 anos por um grupo de pais de crianças com deficiência, foi a primei-ra criada no nosso país e é a mãe de todas as associações que entretanto nasceram por todo o país. Foi muito além daquilo que os pais pode-riam sonhar há cerca de 52 anos.Os equipamentos sociais foram sempre criados em função das necessidades que iam sendo verifi-cadas. Hoje presta serviço quase a um milhar de pessoas. A candidatura apresentada está ligada ao apoio domiciliário de terceira geração, em que além dos cuidados básicos, fundamentalmente atendemos às pessoas, aumentando a sua auto--estima, mas mantendo-as nas suas casas. Ao

Já foram entregues os prémios aos ven-cedores da primeira edição do Prémio cooperação e solidariedade antónio

sérgio, nas três categorias de Boas Práti-cas, Estudos e investigação e, trabalhos Escolares. E a adesão superou as expectati-vas da casEs, com um total de 44 candida-turas válidas.

O júri foi constituído por sete elementos: Eduar-do Graça, Joana Branco Lopes, João Meneses, Jorge de Sá, José Hipólito dos Santos, Luisa Val-le, Maria da Conceição Couvaneiro. A cerimónia decorreu na Fundação Calouste Gul-benkian e contou com convidados de honra entre eles Paul Singer, o grande homenageado da ses-são, em reconhecimento do seu enorme contribu-to em matéria de “Economia Social e Solidária”, como é apelidada a Economia Social no Brasil. Com a simplicidade que se lhe reconhece, Paul Singer ‘reinventou’ a citação “ninguém ensina nada a ninguém, aprendemos juntos” de Paulo Freire, transformando-a para “ninguém emanci-pa ninguém, emancipamo-nos em conjunto”, dei-xando assim a garantia de que o caminho para um futuro sustentável só é possível através da cooperação e da solidariedade entre os povos e as suas organizações.Os premiados contaram também com a presença dum membro do Governo, Marco António Costa, que reconheceu a visão participativa de coopera-ção, de cumplicidade, de respeito, de participação que tem que existir entre o Estado e os agentes do sector. O secretário-de-estado da Solidarieda-de e Segurança Social tem acompanhado de per-to as iniciativas promovidas pela CASES, no em que se comemora o Ano Internacional das Coope-rativas 2012, proclamado pela Nações Unidades. Muito mais que um prémio, Eduardo Graça, pre-sidente da CASES considera que se trata do prosseguimento de um projecto de congregação das diversas famílias da economia social ou “eco-nomia social e solidária” designação utilizada no Brasil, em homenagem particular ao professor

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A presidente Teresa Ricou, “o mundo somos to-dos nós. O Chapitô é um projecto de iniciativa privada de utilidade pública, da envolvência da sociedade civil como uma organização não gover-namental para o desenvolvimento. De cariz so-cial, sem fins lucrativos, é uma entidade de mani-festo interesse social e cultural, assente num modelo de economia social, que nos provoca uma constante agitação e uma actividade muito inten-sa na procura de financiamentos para o dia-a-dia. Portanto, esta ‘economia social’ está constante-mente a desafiar-nos para não desistirmos de manter as equipas e o projecto e, ao longo destes 31 anos de vida termos ultrapassado desafios e grandes mudanças. Trabalhamos também com o Ministério da Justiça, com jovens que estão pri-vados do meio social. Estamos juntos das grandes causas para o equilí-brio da humanidade. Com optimismo, com muita esperança, com muita determinação. Somos ar-tistas que voam! Temos tido parceiros extraordi-nários cada vez que precisamos de apoio imedia-to para alguma das missões que muitas vezes nos fazem. Agradeço muito à CASES e ao júri por nos ter premiado.”

Estudos E invEstigaçãoNa categoria Estudos e Investigação foi premia-da a tese de mestrado de Miguel da Conceição Bento “Vida e morte numa mina do Alentejo. Po-breza, Mutualismo e Provisão Social – O Caso de S. Domingos (Mértola) na primeira metade do século XX”. Inserindo-se nos domínios de serviço social, política social e economia social, a inves-tigação ilustra a diversidade e dinâmica mutua-lista (formal e informal), no quadro da providên-cia na sociedade portuguesa.Miguel da Conceição Bento, “Queria dirigir um sincero agradecimento ao professor Francisco Branco, meu orientador nesta caminhada da Uni-versidade Católica e que com a sua profunda pa-ciência e, sobretudo o seu profundo saber neste domínio do serviço social, das políticas sociais, foi determinante para que pudesse concorrer a este prémio. Agradeço também ao professor Jor-ge Ferreira, orientador do doutoramento que fre-quento no ISCTE, na sua qualidade de arguente desta investigação, pelas suas críticas, reparos e sugestões, que permitiram fazer uma série de acertos e reflexões, que penso que acabaram por enriquecer o trabalho. É reconfortante quando o nosso trabalho é reconhecido por um painel de jurados tão competente. Dedico este prémio à minha família, aproveitando para anunciar que a edição desta investigação está prevista para o último trimestre deste ano.

traBalhos EscolarEsNa categoria de Trabalhos Escolares foi premia-do o Agrupamento Vertical de Escolas de Britei-ros (Guimarães) por ter conseguido mobilizar os elementos chave da comunidade onde se insere, aproximando os pais, os alunos, os professores, as juntas de freguesia, a rede social, o centro de saú-de e incentivou diversas dinâmicas comunitárias que culminaram na constituição da Cooperativa Castreja – Cooperativa de Apoio Social e Cultu-ral.O director da escola Professor, Fernando Silva, “é uma honra muito grande estar entre pessoas que se dedicam à população e à solidariedade, que é a atitude mais nobre que um ser humano pode ter. É uma honra muito grande receber este

prémio. É desta forma que se estimulam as boas práticas e a educação para cooperação e a soli-dariedade dentro do meio escolar, como é o nosso caso. E, de certa forma ajuda a gratificar este trabalho silencioso e anónimo que as pessoas vão desenvolvendo. Sendo uma zona carenciada havia e continua a haver necessidades de acorrer a situações de ex-trema gravidade e, as autarquias, as associações de pais, as populações que organizavam essas ac-tividades connosco passaram a incluir acções de solidariedade junto das populações, dessas ac-ções nasceu a criação de uma loja solidária, a constituição de uma cooperativa de serviços de solidariedade. E, portanto, mais do que o mérito da escola, o mérito deste prémio cabe na íntegra à comunidade educativa de Briteiros, aos seus pais, às autarquias, à Comissão Social de Cas-treira, também à própria Câmara Municipal de Guimarães que nos apoiou de diversas formas.Enquanto director do agrupamento de escolas agradeço a toda a comunidade. É com estes exemplos, que nós educamos as nossas crianças, os nossos jovens, porque a solidariedade ensina--se praticando-a, bem como a cooperação.”Nesta categoria foram ainda atribuídas duas menções honrosas ao Agrupamento de Escolas da Cidade de Castelo Branco, com o projecto: “Defender o Ambiente, Ser Solidário” e ao Agru-pamento de Escolas do Teixoso, com o projecto: ”Palco PIEF – Projecto de Formação em Teatro e Cidadania”.

o guia geração coop é uma edição total-mente dedicada ao cooperativismo para distribuição nas escolas profissionais, politécnicos e universidades do país. Este guia aborda conteúdos variados sobre o sector cooperativo, desde infor-mação sobre as temáticas da cooperação e da solidariedade, até ao processo de constituição de cooperativas, através da elaboração de conteúdos informativos, da realização de reportagens e de entre-vistas.

Workshops

29 nov. - Instituto Politécnico de Beja05 dez. - Universidade do Minho (Braga)

www.geracaocoop.pt

Teresa Ricou

Miguel Bento

Fernando Silva

José Manuel Anselmo

Isaura Reis Eduardo Graça e Paul Singer, o homenageado

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Marco António Costa procura soluções para o país no setor cooperativo

Face à experiência que tem vivido ao longo dos últimos meses, considera o povo portu-guês solidário e cooperativo?

MAC – Sem dúvida! Temos um povo extraordina-

riamente solidário, o que tem sido um fator funda-

mental no momento tão difícil como este que es-

tamos a atravessar socialmente. Um povo genero-

so, voluntarioso, disponível, empenhado e, social-

mente, muito interventivo. As organizações da

sociedade civil, as associações, misericórdias,

mutualidades, entre outras, têm tido um papel de-

terminantíssimo em tudo isto.

social tem uma particularidade muito importan-

te: não é uma economia que se deslocalize com os

efeitos da globalização. É uma economia amiga

do território, próxima das pessoas e que as serve.

Portanto, é central para o momento que atravessa

hoje o país o papel da economia social no desen-

volvimento económico.

Como pretende o Governo reconhecer essa importância à economia social?

MAC – Por várias vias. Desde logo, temos feito

um enorme esforço para evitar que o segundo or-

çamento elaborado por este Governo afete negati-

vamente a economia social. Tem havido uma con-

gregação de esforços por parte de todos os mem-

bros do Governo no sentido de proteger a econo-

mia social e repare que, em todas as iniciativas

que o Governo tem lançado em matéria social, a

economia social é sempre tratada com grade re-

conhecimento. O Impulso Jovem, o Estímulo 2012

deixou de ser o parente pobre da economia do

país para ser um irmão entre irmãos. Por outro

lado, o Governo tem desenvolvido um leque de ini-

ciativas em conjunto

com a economia social

da mais diversa nature-

za, quer da economia

solidária, quer da não

solidária, com o setor

cooperativo, por exem-

plo, para promover a

sua modernização e

participação ativa na

construção de soluções

para o país e, acima de

tudo, o seu dimensiona-

mento crescentemente

importante para o de-

senvolvimento que Por-

tugal precisa de voltar

a encontrar.

No final de 2012 serão divulgados os números da Conta Satélite da Eco-nomia Social, estudo elaborado pelo

Instituto Nacional de Estatística (INE), em conjunto com a Cooperativa António Sér-gio para a Economia Social (CASES) e que resultará numa sólida base de informação estatística relativamente ao setor em Por-tugal. Um instrumento até aqui inexistente e que visa conferir credibilidade e dimensão à economia social no plano nacional e in-ternacional, cujos resultados preliminares foram revelados no passado dia 24 de outu-bro, no Workshop “Fronteiras da Economia Social”. O evento teve lugar no INE e con-tou com a presença do Secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social, Marco António Costa que, em entrevista a Fórum e Cidadania prometeu reconhecimento e maiores incentivos à economia social por parte do atual Governo.

Que importância poderá assumir este setor da economia social para o desenvolvimen-to do país e para a minimização dos danos resultantes dos tempos de crise e de emer-gência social que atravessamos?

Marco António Costa (MAC) – Uma importância

central. O setor da economia social acaba por

completar três objetivos: desenvolve economica-

mente o país, promove a inclusão social e projeta

uma economia aberta, integradora e participativa

que está a entrar numa nova fase de modernidade.

E essa modernidade também se mede muito pelo

que estamos aqui hoje a fazer, passarmos a ter um

instrumento oficial e efetivo de referenciação re-

lativamente à sua dimensão estatística, que nos

permita, no plano interno e internacional, defen-

der a economia social e dar-lhe a importância e

dimensão que tem mas sem ser com base em pal-

pites ou em números especulativos mas antes com

evidência estatística. Para além disso a economia

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Associações Mutualistas apostam na criação de Rede de Saúde

se faz sentir na região algarvia e defendeu que o mu-

tualismo é um factor importante para desenvolver a

ajuda a estas franjas mais desprotegidas e não escon-

deu a satisfação na constituição desta nova associa-

ção. “É um dia significativo para todas as mutualida-

des e para o povo português. É para ele que trabalha-

mos. São mais de 600 mil sócios, em breve atingire-

mos um milhão. Tenho muita fé que este é o caminho

de futuro para ajudar os que precisam”, remata.

Facilitar o acesso à saúde é o grande contributo

desta nova associação, que procurará por um lado

defender a população e por outro representar uma

alternativa às medidas do governo em matéria de

saúde, mas não só, pretende ainda reforçar e forta-

lecer o movimento mutualista, para que este movi-

mento secular de carácter solidário não desapare-

ça. Num segundo momento, depois desta rede de

trabalho estar a funcionar em pleno, o objectivo é

estender-se a outras áreas.

No dia em que se comemora o Dia Na-cional do Mutualismo foi assinada, no Porto, a escritura de um protocolo que

propõe a criação de uma rede de serviços na área da saúde que cobre todo o país – a As-sociação Portuguesa de Mutualidades – Rede Mut.

A iniciativa parte da parceria inicial de cinco mutu-alidades portuguesas, designadamente, a Benéfica e Previdente – Associação Mutualista, Mutualida-de da Moita, Associação Mutualista dos Emprega-dos do Estado, Associação Mutualista ‘A Lacobri-gense’ e a Associação de Socorros Mútuos de Pon-ta Delgada. No entanto, a APM – Rede Mut conta já com a parceria de 13 associações, isto é, 65% do universo mutualista nacional, o equivalente a 650 mil associados, em Portugal.Dar resposta às necessidades de saúde dos mem-bros da comunidade mutualista portuguesa e asse-gurar a prestação de cuidados de saúde, a partir da articulação em rede das unidades e dos serviços prestados pelas entidades fundadoras são os gran-des objectivos deste projecto que Carlos Salguei-ral, presidente da direcção da Associação Benéfica e Previdente augura que seja um “movimento cres-cente”, consciente de que em breve muitas outras associações a integrarão.“A celebração deste acto assinala um momento de incontornável importância no fortalecimento das mutualidades, na resposta às necessidades de saú-de dos mutualistas portugueses e dos seus familia-res e na dinamização dos processos de cooperação, parceria e entendimento entre mutualidades”, afir-ma, alertando para a importância das estruturas da economia social na resposta às dificuldades es-truturais e conjunturais que o país atravessa, bem como para a capacidade e contributo inegáveis deste tipo de organizações unirem esforços, desen-

volverem sinergias, garantindo soluções cada vez mais completas e integradas para dar resposta às necessidades e expectativas dos seus membros e da sociedade civil no seu conjunto.Para a representante da Mutualidade da Moita, “esta é uma crise de todos. Abrangemos uma popu-lação de uma faixa etária média baixa. Praticamos cotizações baixas para responder e satisfazer as necessidades das nossas populações”, referiu, des-crevendo a situação da realidade que a circunscre-ve, e por isso admitiu que esta sinergia é muito positiva “acho que em conjunto vamos sair todos vencedores. Não podemos continuar cada um por si, a razão de ser do mutualismo é pôr ao serviço tudo o que temos em todos os quadrantes do país. Estamos espalhados por todo o território e temos que concertadamente ajudar-nos neste momento conturbado, a partir desta rede e ponte que esta-mos a erguer.”Manuel Fuzeta da Associação Mutualista ‘A Lacobri-gense’, de Lagos, aludiu aos 22% de desemprego que

Em Portel, o abrigo acolhedor duma via-gem tem um nome: Refúgio da Vila, um hotel rural que mais do que uma

simples unidade hoteleira é uma viagem no tempo, que não dista muito de Évora, Patri-mónio da Humanidade.

Com uma decoração sedutora transporta o visitante para uma certa envolvência medieval, sob o olhar atento do Castelo de Portel. Com um atendimento de

excelência pode-se experienciar de várias formas os sabores alentejanos. “Além do alojamento, uma das principais atracções deste hotel são as aulas de cozi-nha no nosso restaurante, o enfoque? A gastronomia alentejana. Nestas aulas as pessoas querem aprender a fazer e sentir a experiência da cultura através da gastronomia. Como costumo dizer, a mesa de uma co-zinha permite que se fale de tudo, permite que se abor-de o porquê do uso daqueles ingredientes e não outros, o porquê do Alentejo ser plano, das culturas de olival, do próprio Cante Alentejano. Tudo isto se pode con-versar à mesa e durante uma aula de cozinha”, revela Sofia Vieira, administradora do hotel, confessando também que estas aulas e cursos de cozinha estão as-sociados a visitas de lugares “não turísticos” da re-gião, factores diferenciadores que atraem quer o mer-cado nacional, quer o mercado internacional. “Alente-janices” vai pautar o programa de Fim de Ano 2012 | 2013. Com o requinte habitual, vai ser recriado um ambiente com uma cadência “muito Alentejo” e mui-to própria, “teremos o nosso chefe de cozinha em

show cooking, a preparar vários petiscos juntamente com todos os que se queiram juntar, se bem que nessas datas as pessoas preferem comer!” Podem esperar-se também “os cantares alentejanos, algumas brincadei-ras, vão ser distribuídas algumas anedotas, ou seja, pretendemos tirar partido da língua, do castiço e das lendas, para que as pessoas saiam daqui com qual-quer coisa de valor acrescentado em termos de conhe-cimento do Alentejo”. Sofia Vieira, adianta por fim, que as 12 badaladas “vão ter os habituais segundos, não vão ser devagarinho”, graceja.

Refúgio da Vila – Portel • Hotel Rural

www.refugiodavila.comLargo Dr. Miguel Bombarda, 8

7220-369 Portel – AlentejoEmail: [email protected]

Tlm: +351.965 652 424Tel: +351.266 619 010 Fax: +351.266 619 011

“Aqui há o perfume, a luz, o sabor e sente-se o Alentejo profundo.”

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Portel - CaPital do Montado assinala Xiii edição da Mostra

“O Montado é uma das âncoras do projecto do concelho”

pria, por isso a nossa aposta aqui é no montado, que

desde a primeira hora entendemos que deveria ir

para além da azinheira e da produção de cortiça.

Este montado tem de ser visto como um sistema que

possa ter respostas diversificadas para quem vive da

terra. Quem vier para uma zona de montado certa-

mente terá a oportunidade de explorar algumas po-

tencialidades em termos de gado autóctone nomea-

damente o porco alentejano no qual hoje todos reco-

nhecemos um potencial enorme, também nos bons

enchidos como produtos de qualidade, porque estes

porcos são alimentados com bolota e andam livres

pelos campos o que faz toda a diferença. As plantas

selvagens que nascem nos montados têm um enorme

potencial, quer a esteva, quer o rosmaninho são duas

plantas de excelência que nos permitem ter um dos

melhores méis do mundo, o nosso mel é de excelência.

Depois temos os cogumelo , as cabras que existem

aqui também produzem um leite que permite ter

queijos com características muito próprias… Por-

tanto, o montado é visto como um sistema que fun-

ciona como um todo e não numa dimensão particu-

lar. E a Feira do Montado é uma mostra de todo esse

património natural, talvez esteja aí a chave do êxito

que conta já com treze edições.

Quais os caminhos para o futuro do Alentejo, passam essencialmente pelo turismo?

NP – Sim. Temos no turismo uma perspectiva de

futuro com um enorme potencial. Temos a obrigação

de rentabilizar o turismo, disfrutar do ambiente, do

sossego, há uma urgência em concretizar este traba-

lho. A regionalização seria uma óptima opção estra-

tégica de desenvolvimento e poupança, o modelo

ideal para unificar os esforços visto que cada presi-

dente de câmara tenta fazer o que pode mas tem

muitas limitações e, há um desenvolvimento que só

pode ser feito aqui somando o esforço de todos os

municípios e tendo uma visão também superior às

dos municípios.

Somando o montado à gastronomia excepcional do

Alentejo, ao património arquitectónico que se encon-

tra muito bem preservado, ao património histórico e

cultural (cante alentejano), são essas dimensões que

nos levam a olhar para o futuro sabendo que pode-

mos colher alguns dividendos através do turismo.

Por isso, para demonstrar a importância do monta-

do e do que ele pode concretizar, vamos realizar a

13ª edição da feira do montado. No entanto, tam-

bém temos outro momento importante no concelho,

mais ligado à gastronomia, que é um congresso de

açordas, prato emblemático do Alentejo. Esse con-

gresso realiza-se entre os meses de Março e Abril e

vêm milhares de pessoas.

cisivo, a nível da infância e juventude, pois requalifi-

camos todos os parques escolares do concelho e in-

troduzimos as actividades de enriquecimento curri-

cular, nas mais diversas áreas desporto, línguas, in-

formática, aliás o lançamento oficial do Magalhães

pela ministra da educação foi em Portel. Depois há

uma série de actividades que, rentabilizando os re-

cursos humanos nos permitiu dar outro tipo de res-

postas ao nível social e cultural. Em suma, há uma

série de respostas que não são normalmente encon-

tradas no interior do país, que proporcionamos.

Acreditamos que ao estarmos no interior, não quer

dizer que estejamos condenados, por isso tentamos

garantir um vasto universo de oportunidades a todas

as pessoas do concelho de Portel.

Em matéria de apoios sociais, desde que a crise co-

meçou, uma das respostas que lhe demos no conce-

lho prende-se com o 1º ciclo de escolaridade, onde

oferecemos os livros escolares a todas as crianças

do concelho. No 2º e 3º ciclo damos um apoio mo-

netário aos alunos, porque não conseguimos com-

prar os livros todos. Entendemos que para além da

requalificação do concelho temos também de pensar

que o concelho tem de encontrar o seu futuro com as

novas gerações.

Quais são as potencialidades da região e des-te concelho de interior do país?

NP – Na nossa perspectiva, aquilo que tentamos fa-

zer é que seja algo que seja sustentado nas nossas

raízes é nelas que alicerçamos tudo. Temos caracte-

rísticas rurais, a nossa área florestal é maior que a

agrícola. Os sobreiros, as azinheiras, a zona de olival

é significativa dão-nos uma característica muito pró-

Com uma paisagem serrana, Portel as-sume-se como a “Capital do Montado” e a “porta de acesso” a alqueva. até

ao próximo dia 2 de dezembro, a vila de Por-tel ganha vida com mais uma edição da Feira do Montado. o certame é já um marco na economia da região e todos os anos traz mais visitantes. a cumprir o quarto mandato, nor-berto Patinho, traça um balanço positivo nas mudanças introduzidas no concelho.

Como classificaria os quatro mandatos de trabalho ao serviço de Portel? Foram qua-tro legislaturas de mudança em Portel?

Norberto Patinho (NP) – A minha participação na vida autárquica nasceu de uma participação no mo-vimento associativo. Terão sido muito poucas as co-lectividades do concelho pelas quais não passei antes de ser autarca. Fui candidato por três vezes à câma-ra municipal e perdi. Contudo, a grande virtude das autarquias locais é a proximidade entre elas e foi decisiva a alteração das mentalidades das pessoas ao começarem a perceber que podiam escolher elas pró-prias as pessoas independentemente do partido.Na prática, para os problemas, os autarcas não res-pondem com um partido, há é mais ou menos dedi-cação à terra, maior interesse em resolver os proble-mas e maior ligação com a comunidade para os perceber e logo resolver. Nestes últimos quatro mandatos Portel assistiu a uma mudança significativa que consiste numa res-posta que Portel tem para as suas gentes, consegui-mos ter um concelho muito grande com mais de 600km2, temos oito freguesias com consideráveis concentrações populacionais e todas ligadas umas às outras. O concelho mudou completamente em termos de infraestruturas e em termos das próprias práticas das pessoas e das respostas sociais e culturais que temos para a população. No investimento em infra-estruturas, podemos dizer que depois deste 4º mandato não há uma única via rodoviária, em centenas de quilómetros que consti-tuem o concelho, que não esteja totalmente renova-da e com excelentes acessibilidades. Em termos des-portiva houve também uma grande aposta deste executivo. Fizemos também um grande investimento na terceira idade. À semelhança da maioria dos con-celhos do interior, a terceira idade tem um peso sig-nificativo, se bem que preferíamos, naturalmente, ter um concelho mais jovem. Assim, temos que criar respostas para os nossos idosos. E para responder a essas necessidades, nasceram em todas as freguesias do concelho, centros comunitários, centros de dia e respostas ao nível do apoio domiciliário. Houve tam-bém um investimento significativo, diria mesmo de-

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UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeude Desenvolvimento Regional

Organização:

Apoios:

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AdegA CooperAtivA de vidigueirA, CubA e Alvito, C.r.l.

“Representamos balões de oxigénio para a economia desta região vitivinícola”

Em Ano Internacional das Cooperativas 2012,

José Miguel Almeida lamenta a invisibilidade do

cooperativismo: “É pena que não se dê visibilidade,

que não se aproveite este ano para ser o ano em

que as cooperativas se assumam a nível nacional

como verdadeiras ferramentas para o desenvolvi-

mento económico de que tanto se fala. Precisamos

de uma verdadeira entidade agregadora das coope-

rativas em Portugal. Temos que dar melhor ima-

gem do que somos, sem vergonha. Somos coopera-

tivas, temos este estatuto, mas somos empresas

altamente qualificadas e profissionais”, comenta.

Com um dinamismo invulgar, a Adega da Vidiguei-

ra prepara uma nova imagem para Dezembro coin-

cidindo com a mostra local Vitifrades. Ao nível de

instalações vê ainda nascer um novo espaço desti-

nado a uma nova linha de engarrafamento. “Não

há crescimento sem investimento”, referiu-nos

após revelar que cresceram nos últimos trimestres.

Imparáveis, preparam o futuro introduzindo um

novo segmento de mercado, o Enoturismo, desejan-

do que em 2014 seja um “ano de afirmação” e, que

represente o cartão-de-visita para atracção de no-

vos clientes, porque “temos algo para mostrar, a

nossa história.” afirma.

O sucesso já vai além-fronteiras, levando consigo o

nome dum país até Angola, Brasil, Suíça, mais re-

centemente Canadá e, seguir-se-ão negociações

com os EUA. Para a região representam um estí-

mulo na economia, pelo emprego que são capazes

de gerar de forma contínua ou sazonal “temos cer-

ca de 340 associados que se estendem num total de

1500 hectares de vinha, formando um peso econó-

mico-social muito importante nesta região”, reve-

lou, acrescentando que a vitivinicultura tem uma

faceta que representa “autênticos balões de oxigé-

nio na economia da região, sem paralelo. Somos o

maior produtor de vinho de toda a zona do Baixo

Alentejo e Algarve.”

“Esta cooperativa felizmente está bem em termos

de saúde financeira. Está a fazer uma coisa que é

indispensável quando se pretende almejar o cresci-

mento, que é investir. Estamos a fazer um investi-

mento na parte produtiva, com uma nova linha de

engarrafamento que vai trabalhar em paralelo com

a actual e, que permitirá a produção de mais seis

mil garrafas por hora. Neste espaço haverá tam-

bém lugar para o armazenamento de produto aca-

bado para expedição. Esta é a fase final de um

projecto que engloba uma nova estação de trata-

mento de águas, que actualmente é obrigatório e

fundamental ao nível de protecção do ambiente e,

engloba também um aumento da área de vinifica-

ção, para armazenamento de vinho em depósito, e

alguns equipamentos relacionados com a fase pro-

dutiva”, referiu. Este é um projecto de valor inicial

total de 5 milhões de euros que veio a sofrer alguns

ajustes fruto das contingências socio-económicas

actuais. Está previsto que toda esta fase de inves-

timento, no sector produtivo, esteja terminada no

primeiro trimestre de 2013. Num ano marcado

pela crise têm crescido “nos primeiros três trimes-

tres de 2012 estamos com crescimentos de volume

de engarrafados vendidos na ordem de 6%, por-

tanto, estamos a crescer num ano de crise e o nosso

objectivo é continuar a crescer num ano mais difí-

cil, como será certamente o ano 2013.”

Baixo Alentejo. vidigueira. uma história com uma experiência que se conta ao longo de 52 anos. José Miguel Almeida,

presidente da direcção, recebeu-nos na Adega Cooperativa da vidigueira, Cuba e Alvito, Crl, uma marca de referência no sector vitiviní-cola nacional e internacional que tem estado presente em várias mostras e sido merecedor dos prémios mais apetecíveis.

Dos néctares produzidos, a identidade da adega traduz-se no Vidigueira Grande Escolha que é “uma excelente fotografia daquilo que é a nossa identidade em termos de vinhos pois são muito bons. Estes vinhos revelam em profundidade aquilo que de bom podemos fazer. Ao nível de prémios, recentemente, foi premiado pois trata-se de um vi-nho que tem vindo a revelar-se, quer pela sua qua-lidade, quer em termos de imagem que é muito atraente. Obteve uma medalha de ouro e uma me-dalha de prata. Foi um vinho com uma grande acei-tação. Vamos participando em vários concursos, inclusive os regionais, onde vamos garantindo algu-mas medalhas que muito nos orgulha”, diz-nos, apontando a já consolidada marca Vila dos Gamas, nomeadamente, a monocasta Vila dos Gamas – An-tão Vaz. “É a referência mais conhecida da Adega Cooperativa da Vidigueira. Vende muito mais uni-dades do que o Grande Escolha. O Antão Vaz é a casta mais nobre da nossa região. É uma casta autóctone desta região. Queremos que esta casa se

afirme como a “casa mãe” do Antão Vaz.

Nesse sentido, conti-nuaremos a desen-volver a preserva-ção, o aumento da área geográfica e o estudo aprofundado de técnicas de vinifi-cação desta casta”,

explica.

A iMportânCiA dA exportA-ção e internACionAlizAção dos vinhos nACionAis

«Tentamos neste momento arranjar es-tratégias para uma mais firme interna-cionalização dos nossos vinhos, porque é importante referir que em 2011 só exportamos 2% do nosso volume de ven-das. Num momento em que o consumo nacional de vinhos está a reduzir e em que se perspectiva um ano de 2013 de forte recessão no consumo, afirma-se como absolutamente obrigatório termos estratégias para contornar a situação em Portugal, e acentuar as nossas ven-das externas. Quanto maior for a nossa “almofada” no exterior, melhor estamos capacitados para suportar o que aconte-cer cá dentro.

Nesse sentido, em Outubro, iniciámos acções muito concretas com vista à exportação para o Canadá, estamos a desenvolver contactos também para a China e Angola, isto é, estamos a falar de economias em puro contraciclo com a nossa, factor importantíssimo para arranjarmos fontes de financiamento alternativas.»

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AutArquiA de Loures distingue-se nA responsAbiLidAde sociAL e AmbientAL

Nos Serviços Municipalizados de Loures Igualdade é Qualidade!

Como define a missão de ter que servir a causa pública através de um cargo de ges-tão, numa altura em que esse exercício se reveste de uma imagem muito negativa junto da população em geral?

JG – Quando ouço algumas pessoas afirmarem que gerir a causa pública representa ganhos de mundos e fundos obtidos num exercício de fun-ções despreocupado e desempenhado por alguém que não se interessa por algo que não é seu, atre-vo-me a afirmar que até gostava de ver por exemplo o presidente da EDP ou da PT a ganha-rem o que eu ganho e a apresentarem os resulta-dos que nós apresentamos: falo de um salário de cerca de dois mil euros por mês, da gestão de uma entidade como os SMAS que, apesar dos brilhantes profissionais e trabalhadores de que dispõe, não beneficia dos recursos de que dis-põem empresas como a PT ou a EDP. Gerir em-presas como as que citei como exemplo, pagar os ordenados milionários que se pagam e usufruir dos recursos de que dispõem é, por analogia ao futebol, o mesmo que treinar o Futebol Clube do Porto com o presidente que tem…

E que importância representam os recur-sos humanos para uma organização como os SMAS de Loures, que são equiparados a profissionais da administração pública quando se fala de obrigações fiscais mas que não passam de meros trabalhadores do setor privado quando a matéria são os direitos?

JG – Enquanto administrador de recursos huma-nos, preocupo-me muito com a componente hu-mana dos SMAS de Loures. Estes recursos re-presentam a nossa melhor valia, o nosso melhor instrumento, daí que também apostemos muito fortemente na formação. Infelizmente, ainda não temos a hipótese de darmos prémios aos nossos trabalhadores ou de os aumentar; pelo contrário, fomos obrigados, sem qualquer razão aparente, a retirar-lhes dois subsídios, ainda que não contri-buamos para o deficit público uma vez que os SMAS apenas de dispõem de receitas próprias e não são financiados por ninguém. E, face aos re-sultados que obtivemos, até poderíamos ter sa-tisfeito esses dois subsídios, se assim nos fosse permitido… E, não tendo nós qualquer forma de podermos compensar os trabalhadores em ter-mos pecuniários, resta-nos apoiarmo-los em ter-mos sociais. Nesse sentido, tentamos apoiá-los na formação. Ainda recentemente, os motoristas tiveram que renovar as suas cartas e cartões profissionais, o que os obrigaria a custear ações

Os serviços municipalizados de Lou-res têm como missão a prestação de serviços públicos de distribuição de

água, drenagem de águas residuais e recolha e transporte de resíduos urbanos, dentro dos princípios técnicos mais exigentes de forma a garantir a satisfação das necessidades da população dos concelhos de Loures e odive-las. Atualmente, esta entidade presta servi-ços a cerca de 169.200 clientes, habitantes dos concelhos de Loures e odivelas, num to-tal de 25 freguesias.

Os Serviços Municipalizados de Loures assumem

a visão de se afirmarem como uma entidade reco-

nhecida por contribuir para a qualidade de vida

dos cidadãos, garantindo a universalidade e exce-

lência dos serviços prestados, e pela satisfação

dos seus colaboradores.

Ao longo dos últimos anos de exercício, os SMAS

de Loures têm vindo a assumir-se como uma refe-

rência ao nível da gestão na administração públi-

ca, com a obtenção de resultados líquidos muito

satisfatórios e sem qualquer tipo de encargos

para o erário público. Indicador que se torna ain-

da mais pertinente se lhe acrescentarmos os altos

índices de satisfação evidenciados pelos clientes

destes serviços municipalizados.

A responsabilidade social é outra área em que os

SMAS de Loures têm produzido diferenciação. A

qualidade dos programas

concebidos ou implementados tem sido reconheci-

da e atesta o slogan preconizado pela autarquia:

“Nos Serviços Municipalizados de Loures Igual-

dade é Qualidade!”

Na 9ª Edição do Prémio Igualdade é Qualidade,

os Serviços Municipalizados de Loures, viram

uma vez mais, o reconhecimento pela promoção

da não discriminação em função do sexo impulsio-

nando a igualdade de oportunidades entre homens

e mulheres, assim como a comodidade de poder

conciliar a vida profissional com a familiar, distin-

guidas com a atribuição do prestigiado pré-

mio Manutenção da Menção Honrosa.

A CITE, Comissão para a Igualdade no Trabalho

e no Emprego, salientou as boas práticas que têm

vindo a ser seguidas pela Instituição, valorizando

as práticas implementadas no seio da organiza-

ção, o que leva o Vogal do Conselho de Adminis-

tração, João Galhardas, a assumir, em entrevista à

Fórum & Cidadania que “continuaremos a enca-

rar o investimento na igualdade de género como

uma opção estratégica, visando uma melhoria dos

níveis de produtividade e de bem-estar quer no

trabalho quer no meio social e familiar”.

Que balanço faz destes últimos anos à frente do SMAS de Loures?

João Galhardas (JG) – O balanço deste triénio,

que terminará por força da lei em novembro des-

te ano, traduz-se numa experiência bastante en-

riquecedora e devo dizer que é com muito orgu-

lho que chegou ao fim deste exercício. Creio que

a minha influência no SMAS foi política e em

termos de gestão, cuja eficácia se comprova pelo

facto de termos fechado este semestre com dois

milhões de euros líquidos de resultado, sem que

beneficiemos de apoio de alguém e vivendo ape-

nas do que faturamos aos clientes. Somos uma

empresa que emprega 1024 pessoas, com custos

de equipamentos e de manutenção muito eleva-

dos, abrangemos dois concelhos, Loures e Odive-

las, servindo cerca de 180 mil clientes, fazemos

a recolha dos resíduos sólidos de cerca de 300

mil pessoas, abastecemos água a esses dois con-

celhos… Tudo isto representa custos de produ-

ção e de manutenção bastante elevados, o que

obriga a que adotemos uma gestão bastante cui-

dada. Só assim conseguimos ter hoje serviços

sustentáveis, que dispensam ajudas externas.

Creio que constituímos um exemplo ao nível da

administração pública. Mais ainda quando os

nossos clientes revelam índices positivos de sa-

tisfação face aos serviços municipalizados.

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13

de formação e os SMAS assumiram essas forma-

ções, a exemplo do que fazemos regularmente a

outros níveis. Da mesma forma que apostámos

na modernização de um refeitório, cuja qualida-

de foi reconhecida pela APCER, onde os nossos

profissionais podem desfrutar de refeições com

muita qualidade a baixo custo. Fomos reconheci-

dos através de duas menções honrosas por pro-

movermos a igualdade de oportunidades; em 16

dirigentes dos SMAS, dez são mulheres; aposta-

mos em várias atividades lúdicas e de lazer que

visam promover o bem-estar dos nossos traba-

lhadores.

Numa entidade que opera no domínio do ambiente, que importância assume para a administração a definição de políticas sustentáveis neste domínio?

JG – OS SMAS têm apostado muito na defesa

do meio ambiente, desde a definição de políticas

sustentáveis, com o emprego de meios, modos e

produtos menos nocivos para o ambiente. A títu-

lo de exemplo, citando um pequeno gesto, utiliza-

mos, em termos administrativos, papel reciclado.

Também apostamos fortemente na realização de

campanhas de sensibilização, sobretudo dirigidas

a crianças e jovens, ensinando-os a fazerem a se-

leção do lixo, informando-os sobre as vantagens

inerentes à reutilização de materiais ou à pou-

pança de água… Acreditamos que as crianças

são os melhores transmissores deste tipo de con-

ceitos e mensagens junto das gerações mais ve-

lhas e por isso elegemos as escolas dos dois con-

celhos que abrangemos desde o ensino primário

até ao secundário como territórios de implemen-

tação dos nossos programas.

Fala-se muito de uma gestão ruinosa por parte dos gestores das empresas públicas. Quer comentar?

JG – Naturalmente que sim. No caso do SMAS

de Loures uma das maiores autarquias do país o

exemplo pode ser demonstrado por factos e nú-

meros. Servimos mais de 170 mil clientes numa

vastíssima área de 194,6 Km2 de Loures a Odi-

velas, com 1024 trabalhadores, a quem damos

formação profissional e técnica em tempo labo-

ral, apoiamos serviços médicos e de ortopedia,

realizamos vários investimentos tecnológicos

para melhorar as respostas e a prestação de ser-

viços como a gestão das redes de águas e reser-

vatórios, a aquisição de software de gestão para

garantir maior eficácia e rapidez na solução de

assuntos correntes e administrativos, criamos o

balcão digital, adquirimos novas viaturas para

várias áreas operacionais e apresentamos um

saldo positivo de mais de 2.9 milhões de euros de

resultados operacionais. Como pode ver os fac-

tos e os números falam por si e respondem aos

detratores e a todos aqueles que passam a vida a

deitar abaixo e a criticar tudo o que é público.

Está a dizer que existem outras soluções para emagrecer o estado que não seja apenas descontar os subsídios de férias e

de natal ou até o despedimento dos traba-lhadores da função pública.

JG – Claro, e convinha separar o trigo do joio.

Em primeiro lugar quando se fala nos Adminis-

tradores das empresas públicas, estamos a falar

de quê e de quem? Dos administradores da TAP,

EDP,PT, CGD…Ou dos administradores que au-

ferem vencimentos na ordem dos 2 mil euros

mensais? Colocar tudo no mesmo saco, não!

Pessoalmente, penso que é possível emagrecer o

estado sem o recurso aos cortes brutais indiscri-

minados. O que falta fazer é rentabilizar o que

existe, determinar uma gestão estratégica do

meio envolvente que responda com mais eficácia

aos problemas do país. Mais uma vez e a título

de exemplo volto a referir que o SMAS de Lou-

res abrange 2 concelhos e se amanhã tal com

está previsto cada concelho ficar com o “seu

SMAS” haverá perda de sinergias e naturalmen-

te um agravamento dos custos. Mas ainda pode-

ríamos chegar mais longe se fosse definida uma

estratégia municipal envolvendo diversos municí-

pios da mesma zona envolvendo os resíduos sóli-

dos.

Sente-se um homem realizado?

JG – Sim e não! Sim, porque fiz o que tinha de

ser feito, com empenho e dedicação à causa pú-

blica. E não, porque algumas coisas fi-las con-

trariado e contra a minha vontade, como por

exemplo, ter sido obrigado por uma decisão ex-

terna a retirar o subsídio de deslocação aos tra-

balhadores do SMAS. Esta foi para mim uma

das mais difíceis decisões de tomar até porque

era um custo perfeitamente suportado. Realiza-

do também, porque os SMAS foram distinguidos

com o prémio Manutenção da Menção Honrosa,

pelo reconhecimento da promoção da não descri-

minação em função do sexo impulsionando a

igualdade de oportunidades entre homens e

mulheres,atribuído pela CITE. Realizado, por-

que temos vindo a apostar e investir na monito-

rização e tratamento da água seguindo os rigo-

rosos padrões exigidos para o controlo de quali-

dade da água, por forma a garantir que o seu

consumo não conduza a riscos para a saúde hu-

mana. E porque continuamos apostados na defe-

sa e proteção do meio ambiente, para o qual te-

mos vindo a sensibilizar as escolas de Loures e

Odivelas com o objetivo de consciencializar a

população mais jovem. E finalmente para as

crianças destes dois concelhos a quem temos de-

dicado muita da nossa atenção e apoio, para que

elas se divirtam com o conhecimento e percebam

a importância que a água representa para a vida

e para o futuro deles.

E o seu Futuro?

JG – Como diz o velho ditado “ só a Deus perten-

ce”. No entanto, na hora da despedida deixar

três agradecimentos que apesar de tudo se im-

põe. A todos os trabalhadores, pelo empenho,

dedicação e colaboração no exercício das suas

funções, e pedir desculpa por não ter podido em

muitas situações corresponder às suas necessi-

dades e aspirações e contribuir para o seu bem

estar, e dizer-lhes o quanto lamento não ter con-

seguido manter alguns dos seus direitos. Ao ami-

go, grande líder e presidente da camara munici-

pal de Loures, pela sua amizade, solidariedade e

pela excelência com que se empenhou na vida

autárquica, e no desenvolvimento do concelho de

Loures, e na promoção de melhores condições de

vida da população. E finalmente à minha filha,

porque apesar de tudo e pela função do cargo,

ter sido um pai ausente e se calhar quando de

mim mais precisava.

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Autarcas manifestam vontade na revogação da Lei 22/2012

dãos. O imprescindível serviço que prestamos, a desaparecer, fragiliza severamente as popula-ções, porque, também somos nós que conhece-mos as necessidades, as preocupações, os pro-blemas das pessoas da nossa freguesia e é a nós que recorrem para os resolverem.Temos assistido a uma tentativa cega de aniquilar tudo o que é serviço público de proximidade de qualidade. No nosso caso, estão em causa 2500 dos cerca de oito mil postos de trabalho. Por isso, todos devemos estar unidos nesta luta fundamen-tal pelo serviço público, pela descentralização e pela democracia.Subsistem muitas dúvidas e incertezas quanto ao nosso futuro enquanto trabalhadores, pese a dedi-cação de dezenas de anos à causa pública. Senti-mo-nos cansados, desgastados, diria mesmo exaustos, pelas injustiças que nos são cometidas constantemente.” Alertou António Pinto, porta--voz do movimento dos trabalhadores das juntas de freguesia do concelho de Matosinhos “Fregue-sias Sempre”.

«Perda de autoridade e iden-tidade cultural»“É de salutar que neste espaço de reflexão parti-cipem outras entidades que se empenham na defe-sa dos insubstituíveis órgãos do poder local. A nossa presença neste encontro confirma a total confluência de interesses entre estes dois poderes locais: autarquias e associativismo. Temos uma grande relação comunitária que contribui para a resolução dos problemas locais.As populações perante as dificuldades recorrem às freguesias e colectividades para pagar as suas despesas básicas. Não podemos permitir que se destituam e destruam essas relações. Extinguir freguesias significaria perda de autoridade e iden-tidade cultural, uma enorme incapacidade de re-solução dos problemas. Estaremos do lado das freguesias, ao lado das populações. A luta conti-nua”, reforçou Augusto Flor, presidente Confede-ração Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto.

de irá apregoar essa grande reforma do poder lo-cal que mais não passou do que a simples elimina-ção de freguesias por todo o país, nomeadamente no interior, e que tantos danos irá causar às suas populações.Terminou discordando do facto do último Con-gresso e os dois seguintes Encontros Nacionais de terem realizado no litoral do país, quando o inte-rior é quem vai sofrer mais com todo este proces-so de extinção de freguesias.

«Querer tirar uma freguesia Que é ParóQuia de uma comu-nidade é desistir dessa iden-tidade.»“Esta luta não é partidária, defendemos os nos-sos postos de trabalho, o poder local, as fregue-sias e as populações, das quais fazemos parte integrante. Com esta Reforma Administrativa somos duplamente penalizados. Penalizados en-quanto cidadãos e enquanto trabalhadores, por-que nos inquieta o futuro, devido às políticas de constante ataque aos nossos direitos. Qualquer processo de reestruturação deste sector não pode dar lugar a possíveis despedimentos ou à colocação de trabalhadores em mobilidade for-çada. Por isso, são necessárias medidas que sal-vaguardem a estabilidade do nosso emprego e dos nossos direitos.Assim, todos devemos condenar com veemência este propósito que visa a extinção injustificável de um elevado número de Freguesias e a conse-quente eliminação dos serviços públicos de pro-ximidade prestados às populações locais, bem como a omissão quanto ao destino que terão os seus trabalhadores, particularmente no que res-peita aos seus postos de trabalho. Entendemos que o primeiro e principal motivo que devia pre-sidir a esta reforma deveria, ser a contínua me-lhoria dos serviços de proximidade prestados às nossas populações.Queremos continuar a ser o rosto das nossas freguesias. Somos nós que prestamos o verda-deiro serviço público de proximidade aos cida-

Mais de 1000 autarcas de todo o país se deslocaram ao centro de desportos e congressos de matosi-

nhos, para debater a lei da reforma admi-nistrativa, naquele que foi o segundo en-contro nacional de freguesias. os autarcas pedem a revogação da lei, ao passo que a associação nacional de freguesias, defen-de a suspensão do diploma, para que sejam introduzidas melhorias ao documento. a palavra de ordem foi “resistir”, por isso re-colhemos alguns testemunhos que demons-tram alguns dos efeitos directos em dife-rentes quadrantes da sociedade portuguesa.

Marco António Oliveira, Presidente da Assem-

bleia de Freguesia do Espírito Santo, em Nisa,

fazendo questão de anunciar que o Norte Alente-

jano também estava presente, referiu-se à actual

situação da apelidada “grande reforma do poder

local”, como um dado novo para todo o processo.

Considerou que essa reforma foi apresentada, já

no Documento Verde da Administração Local,

como sendo o somatório de 3 “sub-reformas”,

mas duas delas não tiveram qualquer efeito práti-

co, como sendo a reforma de gestão e a reforma

política, considerando-as mesmo uma fraude, só

restando a reforma do território.

Disse que a reforma de gestão está à vista de to-

dos quanto à situação do sector empresarial local,

havendo empresas municipais que interessam e

outras que não, independentemente dos prejuízos

que apresentam, e quanto a transferências de

competências ao nível intermunicipal tal não pas-

sou de um processo de intenções. Já quanto à re-

forma política, disse que após a “zanga das coma-

dres”, PSD/CDS, todo o processo de revisão da

Lei Eleitoral também não irá avançar, restando

então só a reforma do território, que mais não é do

que a eliminação de freguesias, nos moldes por

todos conhecida e que tem recebido a crítica in-

cansável da ANAFRE. Pediu aos responsáveis da

ANAFRE presentes para não se deixarem levar

como cobaias de um governo que um dia mais tar-

Marco António Oliveira António Pinto Augusto Flor

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«encerrar cada freguesia é encerrar as Portas à demo-cracia»“Entre o I Encontro, a grande manifestação de 31

de Março e este II Encontro Nacional é uma luta

que já dura há um ano e, temos vindo a declarar

que esta é uma lei iníqua, perversa, autista. Esta-

mos a preparar novas formas de luta, porque já

todos sabemos que a extinção de freguesias não

traz vantagens nenhumas, que a extinção de fre-

guesias não traz ganhos e eficiência.

Há uma clara violação da Constituição bem como

também desrespeito pela Carta Europeia de Auto-

nomia Local e é preciso que isso fique bem claro

nas conclusões deste Encontro. E é por isso que eu

exorto à direcção da ANAFRE, para não ter acuti-

lância na crítica e no combate desta lei. Também

considero importante desafiarmos a Associação

Nacional de Municípios a tomar uma posição con-

junta. Mas também exorto ao senhor secretário de

Estado, Paulo Simões Júlio, para que haja decoro e

razoabilidade, ao Ministro Miguel Relvas que haja

bom senso e ao primeiro-ministro que haja sentido

de Estado e humildade política para reconhecer o

erro. Esta é uma lei que tem de ser de imediato

revogada. Trouxe umas ofertas para o Ministro Mi-

guel Relvas: a Constituição da República Portu-

guesa e da Carta Europeia da Autonomia Local,

bem como uma distinção “honoris causa” pelo

efeito inédito de em menos de um ano ter consegui-

do violar a Constituição, a Carta Europeia da Au-

tonomia Local e a nossa democracia”, vaticinou

Pedro Sousa, presidente da junta de freguesia de

Leça da Palmeira e membro da Plataforma Nacio-

nal Contra a Extinção de Freguesias.

não pode ser imposta desta forma.Quando fomos eleitos, nenhum de nós partia do pressuposto que a sua freguesia fosse extinta no decurso deste mandato. Daí, considerar que esta lei deveria ficar em ‘stand by’ e ser retomada no próxi-mo ano. Assim, quem for candidato sabe que con-corre candidatando-se em função de um programa que à partida poderá determinar a ‘vontade’ de ex-tinção ou agregação da freguesia e a população decidirá o que programa que considerem que lhe proporcione um melhor futuro, porque o autarca que é eleito apresenta-se com um programa e, no meu caso o povo não me elegeu para que a fregue-sia de Guifões fosse extinta”, protesta o presidente da freguesia de Guifões, Carmim Cabo.

«continuamos determinados a lutar Pelas freguesias»“Este II Encontro estava em linha com aquilo que era expectável do ponto de vista a participação. Tenho que confessar que tive algum receio de que pudesse não estar a sala cheia, mas esteve completamente cheia. É mais uma iniciativa da ANAFRE, agora fal-ta-nos aguardar que se esgotem os procedimentos le-gais, institucionais, nomeadamente, aferirmos qual o resultado da apreciação da constitucionalidade, se ela vai ser suscitada, porque não podemos recorrer direc-tamente ao Tribunal Constitucional, mas vamos aguardar a reacção do Governo sobre estas matérias. Convictamente, abraço a ideia da suspensão do processo e depois de retoma, depois das eleições autárquicas. Pela aprovação das conclusões deste 2º Encontro, os autarcas exigem a revogação da lei, obviamente que a Assembleia da República e os órgãos do governo na Assembleia da República têm a sua legitimidade para dizerem o que querem face às conclusões destas iniciativas”, observou o presi-dente da Associação Nacional de Freguesias, Ar-mando Vieira.

«estamos a viver uma demo-cracia demasiado estranha e Perigosa»“O encontro em Matosinhos foi mais uma grande de-

monstração do que é pretendido pelas freguesias, a

manutenção da unidade de todas as freguesias, com

base no que saiu do Congresso da Anafre, em Porti-

mão ou do I Encontro de Freguesias realizado em

Lisboa.

O estado do país e da freguesia são paralelos, pois as

políticas colocadas em acção por quem nos desgover-

na, não nos faz prever um futuro com entusiasmo.

Relativamente ao que se poderá passar com esta Lei,

estamos numa situação em que tudo pode acontecer,

tanto pode avançar como cair, obviamente que se de-

pendesse das freguesias, a Lei 22 já teria caído. Aliás,

isso ficou claramente traduzido nos vários encontros

realizados. Logo, se existisse democracia era o que

certamente aconteceria, mas como estamos a viver

uma democracia demasiado estranha e perigosa, po-

derá ser colocada em prática. Esperemos que todos

saibamos alterar este actual estado, para que as po-

pulações, cada vez mais conscientes da realidade, pos-

sam ter uma nova visão aos mais variados níveis da

nossa sociedade. Acredito que seja possível alterar

todas as políticas colocadas em prática que estão a

arrastar o país para o abismo económico e social”,

assegura Eduardo Rosa, presidente da junta de fre-

guesia de Corroios.

«o Povo não me elegeu Para Que a freguesia Que rePre-sento fosse extinta »“Não faz nenhum sentido pensarmos esta refor-

ma da forma como está a ser pensada: de cima

para baixo. Não tenho dúvidas sobre a necessi-

dade de uma reforma e não me nego a participar

na reorganização administrativa, simplesmente,

Pedro Sousa Eduardo Rosa Carmim Cabo

Armando Vieira.

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Conferência lança debate sobre a Reforma Administrativa e reúne Freguesias e Academia

investimentos que se realizam”, afirma e critica o

actual legislador: “só a partir de 1976 e estando

presentemente ameaçada por uma reestruturação,

na qual as populações e os seus laços de solidarie-

dade vicinal não fazem valimento e, uma vez que a

razão demográfica não é uma razão, desprezam-se

os vínculos existentes entre as pessoas, complemen-

to de um determinado núcleo de vivência colectiva

que deveria ser ponto de partida essencial, não des-

prezando e condenando a falta de incultura e de

respeito pelos outros e pela sociedade no seu con-

junto de que padece o actual legislador.”

A este acervo, Cândido Oliveira enalteceu o contri-

buto da intervenção de Romero Magalhães: “é um

historiador que nos diz: lembrem-se da importân-

cia que têm as freguesias, aquilo que elas são e de

como devem ser respeitadas, tendo em conta as

suas características fundamentais. É um historia-

dor que fala para o futuro”, concluiu.

No final, Armando Vieira, presidente da ANAFRE

referiu a satisfação neste encontro junto da acade-

mia: “Todos nós elei-

tos locais pretende-

mos aprender e apre-

ender o pensamento

da academia sobre a

problemática da re-

forma do Estado e

das freguesias neste

momento de contro-

vérsia. Penso que sa-

ímos daqui mais ri-

cos com imensos en-

sinamentos ofereci-

dos por estas perso-

nalidades da nossa

vida académica.”

A ANAFRE em parceria com o Núcleo de Estudos de Direito das Autarquias Lo-cais (NEDAL), da Universidade do Mi-

nho promoveu um encontro de académicos conceituados de prestigiadas universidades nacionais estrangeiras, o objectivo desta Conferência Internacional «A Reforma do Es-tado e a Freguesia» foi conhecer diferentes perspectivas, que dignifiquem as freguesias.

Perante uma plateia de atenta, maioritariamente de autarcas de freguesia, escutaram-se no Teatro Aveirense as palavras dos investigadores no com-plexo universo das freguesias, cuja Lei 22, de 30 de Maio tem levantado demasiadas questões, princi-palmente no respeitante às questões identitárias e história de cada uma, no território que representa.“Estamos muito confrontados com a necessidade de fazer uma verdadeira reforma que não siga o método do improviso e do incrementalismo, mas em que se considere sempre a defesa do interesse geral e que não se esqueça, não se ignore a força e a relevância das freguesias na promoção da coesão social e, principalmente, na tão importante promo-ção da coesão económica, da coesão do poder lo-cal, que se esquecem muito de falar e, da coesão territorial do nosso país” advertiu Ramos Preto, presidente da Comissão do Poder Local da Assem-bleia da República, ao moderar a conferência.Em alternativa, o professor Jorge Miranda da Uni-versidade de Lisboa focou a importância de um referendo a nível local “muito mais importante que um referendo a nível nacional, seria um referendo a nível local, porque diz respeito a questões concre-tas, localmente há uma maior proximidade às pes-soas.” O professor advoga que as questões suscita-das a nível local são questões abstractas, comple-xas e só a proximidade confere a validade de res-postas às necessidades locais, e por isso deixou uma questão para reflexão: “tendo mais de quatro mil freguesias e tendo mais de 300 municípios a nível local, porque há tão pouca prática referendá-ria? É a pergunta que deixo nesta conferência.” “Esta é uma jornada de afirmação da freguesia que quer ter um papel importante naquilo que é a reforma do Estado, visto que as Juntas de Fregue-sia são sempre as mais desvalorizadas, têm um papel secundário e, esta crise, curiosamente fez emergir, fez tornar mais visível a importância que as freguesias têm”, afirmou Cândido de Oliveira, da Universidade do Minho e Director do NEDAL, um dos promotores da conferência, sustentando que as freguesias são fundamentais na estrutura do país e a base de um Estado Democrático, que começa na proximidade com o cidadão. “Esta reforma teve um efeito contrário fez reavivar a validade e a presen-

ça das freguesias”, prosseguiu, remontando a um

momento do passado, a importância que a Consti-

tuição Portuguesa de 1976 veio conferir às fregue-

sias que as dotou como um poder local que salienta

a característica da autonomia, ou seja, o que faz

com que as freguesias não sejam meras sub-unida-

des dos municípios, mas que tenham valor individu-

almente e estejam integradas na organização de-

mocrática do Estado. Cândido Oliveira registou

ainda a preocupação pelo fomento da “democracia

directa” e, noutro parêntesis o “problema da cria-

ção”, problema que está na ordem do dia, por via

do processo de extinção.

Escalpelizando o geometrismo com que foram deli-

neados os órgãos do poder local na Constituição da

República de 1976 e, as leis ordinárias dela decor-

rentes, segundo o historiador da Universidade de

Coimbra, Romero Magalhães há uma maior flexibi-

lidade nos seus pontos “porque as formas estatuí-

das não contemplam a necessária e desejada elas-

ticidade das soluções, dado que as câmaras e as-

sembleias municipais acabam muitas vezes por

contemplar casuisticamente, sobretudo através da

distribuição de verbas dos orçamentos anuais e dos

No momento em que a Associação Nacional de Freguesias aguarda a decisão do Tribunal Constitucional sobre a legitimidade da extinção das freguesias, o presidente da ANAFRE, Armando Vieira revelou-se preocupado e espera que o processo seja suspenso.“É preocupação da ANAFRE e já transmitimos ao senhor presidente da república e ao governo que este processo vai ter muitas implica-ções. Vai haver uma sucessão de providências cautelares, desde logo pela legitimidade e pela regularidade do funcionamento das assem-bleias municipais. Depois ainda haverá mais providências cautelares colocadas a propósito da agregação concreta, quando a AR tomar decisões. Entendemos, que seria sensato, que fosse suspenso o pro-cesso, já não falo em revogação da lei, mas que fosse suspenso o processo e retomada após as eleições autárquicas, uma vez que acha-mos que pode perturbar a organização das listas e o funcionamento normal do processo eleitoral autárquico.”

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Junta de Freguesia de Leça da PaLmeira – matosinhos

“Vamos ter que resistir. Tudo faremos para evitar que esta reforma nos roube autonomia local, soberania e a nossa identidade”

Ceia de nataL soLidáriaAproximando-nos da época natalícia, a Ceia de Na-tal Solidária é uma das grandes ‘bandeiras’ deste executivo. Só no ano passado foram mais de 400 pessoas, aquelas que foram abrangidas por esta medida de apoio solidária pelo Natal. Segundo o autarca é uma medida que visa não só dar um pou-co de calor aos idosos, adultos, jovens, mas acima de tudo às crianças. “É nosso dever dar-lhes um sinal de confiança e prosperidade.”No capítulo das políticas de proximidade, desenvol-vem vários mecanismos, como é o caso concreto do Conselho Consultivo para o Desenvolvimento e Pla-neamento Estratégico de Leça da Palmeira. “Hoje, todas as instituições, toda a comunidade passa de forma regular a participar na vida da própria co-munidade, e é dessa massa crítica que surgem pro-postas, críticas, alternativas. Só desta forma é pos-sível evoluir e atingir os nossos desígnios que é criarmos uma freguesia mais desenvolvida. Este é um projecto comum. Enquanto presidente de junta tenho a obrigação de recolher o contributo de to-dos. Ao fazer isso estou a respeitar a democracia”, assegura.

PresidênCia abertaPelo terceiro ano consecutivo, o executivo foi ao en-contro das instituições, uma iniciativa apelidada “Presidência Aberta”. Num périplo pelas instituições sociais, colectividades, escolas, forças de segurança e empresas, o executivo organiza um conjunto de visitas e reuniões com a dupla função de envolver e mobilizar a comunidade na luta contra a extinção da freguesia, reforçando as políticas de proximidade e, recolher contributos para o Plano de Actividades 2013, que será o último ano do actual mandato.Apesar dos serviços das juntas de freguesias não saberem qual o seu futuro, devido à reorganização administrativa em curso, durante a intervenção no jantar de aniversário, Pedro Sousa assumiu a dis-ponibilidade para continuar a “abraçar todo e qualquer projecto em prole da comunidade” desde que a população entenda que é a pessoa mais indi-cada para o fazer. Manifestou também a vontade de continuar a lutar até às últimas consequências pela freguesia de Leça da Palmeira, como tem feito desde o primeiro momento em que surgiu o Docu-mento Verde da Reforma da Administração Local. “Esta é uma reforma que vai contra a vontade das populações, desrespeita a Carta Europeia da Auto-nomia Local (CEAL), viola a Constituição e não reflecte a vontade dos autarcas nem trabalhadores da Administração Local, razões mais do que sufi-cientes para revogar a Lei 22/2012”. Determinado, assegurou que “nenhum Partido deve estar acima de nenhuma terra, da mesma forma que nenhuma terra deve estar acima das pessoas! Contem comi-go para defender e lutar pelos direitos e garantias de todos os cidadãos”, concluiu.

ção duma manifestação desta dimensão. Foi um momento único. Em termos de gestão autárquica destaco o campo de férias, na parte da juventude. Na parte da acção social infelizmente destaco, pe-los piores motivos, as crescentes solicitações de ajuda, o que revela bem as dificuldades que as pes-soas atravessam. Um dos momentos altos do man-dato é sem dúvida a inauguração da maior escola do país, a Escola Básica Integrada, mas também de outras infra-estruturas de grande envergadura como é o caso da inauguração da Escola Básica da Praia, a abertura do Pólo 2 da JFLP (Monte Espi-nho) que funciona como Centro de Recursos e Ac-ção Social, e o Picadeiro da Associação Equitera-pêutica, uma associação com um trabalho notável. São obras que ficam para sempre”, reconhece.Desde 2009, que os pilares de execução autárquica assentam na educação, na acção social, na cultura, no apoio ao associativismo, nas políticas de proxi-midade, na juventude e no ambiente e têm sido apostas ganhas. “Na educação temos requalificado o parque escolar. A área social tem representado a nossa maior aposta. Sabemos bem as dificuldades que o país e o mundo atravessam e, obviamente que isso se faz sentir em Leça da Palmeira. Atendendo a essas situações, dispomos de um gabinete de apoio social, apoiamos na comparticipação de me-dicamentos, prestamos serviços no nosso gabinete de aconselhamento jurídico, damos apoio psicoló-gico e assistência social, naquele que é um grande projecto denominado «Espaço Solidário». Temos tentado ao máximo dirimir dificuldades”, explica.

Em discurso directo, Pedro sousa, presi-dente da junta de freguesia de Leça da Palmeira (JFLP) fala sobre os três anos

ao serviço da comunidade Leceira comemo-rados num jantar que reuniu cerca de 400 pessoas, entre elas, as forças vivas locais e a própria população. tornar a freguesia mais solidária, mais fraterna, tentando reduzir as dificuldades que as famílias atravessam, tem sido a grande missão que este executivo tem abraçado desde o primeiro momento.

Merecedor da confiança da população continua com a mesma postura assumida há três anos: revo-lução nas ideias, na forma de estar e de fazer polí-tica. Por isso, tem consolidada uma nova dinâmica na freguesia, ao promover uma política de proximi-dade. De “consciência tranquila”, o executivo vai tentar até ao final do mandato fazer ainda mais. “Juntos, construímos o futuro e fazemos a diferen-ça! Unidos, com confiança no futuro e paixão, con-tinuaremos a construí-lo” foi a grande mensagem que transmitiu a todos os que partilharam a come-moração do terceiro aniversário.Vários momentos marcaram este primeiro manda-to e em 2012, Pedro Sousa destaca na luta pelas freguesias e sua autonomia “o destaque vai sem dúvida para a Manifestação de 31 de Março, por-que foi a primeira vez que participei na organiza-

uma Luta Contínua Contra a extinção de Freguesias«a Plataforma nacional Contra a extin-ção de Freguesias (PnCeF) tenciona levar a efeito uma manifestação em Lisboa, aquando da discussão dos novos mapas administrativos na assembleia da re-

pública. neste sentido, a PnCeF já so-licitou uma reunião à anaFre com o objectivo de exortar esta entidade a participar nesta manifestação.

Atendendo a que 2/3 dos Municípios votaram contra esta reforma administra-tiva e que estamos a menos de um ano das autárquicas, o bom senso e o sentido de estado dizem-nos que este processo deve ser imediatamente suspenso.a par desta vertente de luta (popular), também encontramo-nos a ultimar ac-ções no campo judicial, nomeadamente, através de providências cautelares. Con-tinuaremos a arguir a inconstitucionali-dade da lei e desrespeito da Carta euro-peia da autonomia Local.»

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Junta de Freguesia da Buraca – amadora

“São as Freguesias que atenuam a convulsão social”

De personalidade forte, Jaime gar-cia está no quinto mandato à frente da freguesia da Buraca, concelho da

Amadora. Sem rodeios assume a confiança depositada no seu trabalho e, mandato após mandato, consegue ter mais seguidores. de-terminado em responder às necessidades da sua população, pôs fim a várias festividades. O objectivo é investir na melhoria da qualida-de de vida da sua população, através de res-postas integradas em matéria de acção social. No que respeita à reforma administrativa, o autarca concorda com o parecer favorável emitido pelo município da amadora. Quanto ao futuro diz-se “preparado para tudo.”

De acordo com o parecer emitido pela autar-quia da Amadora, o mapa das freguesias do concelho vai sofrer alterações. Como vê esta Reforma Administrativa à escala da Buraca?

Jaime Garcia (JG) – Sou a favor da reorganização administrativa desde que ela seja bem feita, como foi o caso da Amadora. Outros não procederam assim. Neste caso concreto, a Amadora preferiu fazer a sua própria reforma, antes que fossem outros a fazê-la. Reunimos e abordamos a população, houve debate em todas as freguesias com a população, os presiden-tes foram chamados a participar, portanto, houve de-mocracia na sua plenitude. Assim, a partir daqui, se a lei avançar temos a nossa parte feita, se a lei ficar parada, paciência, mas o trabalho está feito. Conside-ro que nada se perde. A população continua a ter as mesmas regalias. Portanto, não faz sentido fazermos um ‘cavalo de batalha’ com esta história. Aquilo que a Anafre e algumas freguesias têm feito, pode até ter as suas razões, mas no meu entendimento acho que isto vai melhorar significativamente.

o papel desta freguesia é informar e colaborar com as associações para a existência destes programas, por-que infelizmente as freguesias não podem concorrer. Apenas servimos para ser mandatados, apenas servi-mos para ser os gestores, para licenciar canídeos e outros animais e não para poder concorrer a esses programas comunitários. Encontramos a alternativa ao constituir a CSFB que trabalha em pleno e todos estão em sintonia com o mesmo programa. As asso-ciações que foram contempladas com os programas estão no terreno e fazem parte desta Comissão. Este é um trabalho em rede. E é a forma que encontramos de chegar mais rápido à população e atendermos às suas necessidades. Depois temos outros casos como a Fundação AFID, a Santa Casa da Misericórdia da Amadora, bem como a Associação de Reformados da Buraca, a Associação Cultural Moinho da Juventude e “A Partilha” - Associação de Moradores do Bairro do Zambujal, que fazendo parte da CSFB, fornecem centenas de refeições àqueles que mais necessitam. Isso é muito importante, principalmente aos que es-tão dependentes nas suas casas. Colaboramos na lim-peza e higiene da casa, na entrega de refeições ao domicílio e é esse trabalho de proximidade que me interessa neste momento. Acabamos com todas as festividades menores para dar respostas sociais, às franjas mais carenciadas. Entre outras iniciativas va-mos continuar a realizar no nosso mercado mais uma “Feira das Trocas”, que tem dado bons frutos. Já re-alizamos esta feira há quatro anos. Este programa tem recebido toneladas de alimentos para depois se-rem distribuídos por quem mais necessita. A nossa assistente social tem identificados, os casos mais problemáticos e temos tentado apoiar juntamente com a paróquia, através de um outro programa de recolha de alimentos denominado programa do Ban-co Alimentar. Portanto, temos uma série de progra-mas resultantes de parcerias internas que têm sido elementares ao nível de acção social. É essa a nossa principal missão. Assistimos a um novo fenómeno, e não é exclusivo desta freguesia, que são os novos po-bres que correspondem à então classe média, e esses são difíceis de apoiar, porque ao nível de pobres sina-lizados, esses podem recorrer ao Rendimento Social de Inserção, e esta classe não o pode fazer. É essen-cial rever esta questão. Estamos neste momento a fazer um levantamento das famílias nessa situação, e como temos uma cozinha industrial numa creche que abrimos há cerca de dois anos e estando apta a fun-cionar, esta poderá vir a fornecer 150 refeições diá-rias. Será esta a nossa alternativa para ajudar essas famílias. Não esquecendo que eram estas famílias que faziam a economia mexer, mas alguns “iluminados” ainda não repararam neste flagelo. Ainda não conse-guimos chegar às famílias que sofrem a “pobreza envergonhada”, mas estamos a trabalhar no sentido de sinalizar esses casos e tentar ajudá-las. Se não forem as freguesias a ter esta sensibilidade para re-gistar as necessidades das populações, está tudo des-truído. Somos nós que tomamos medidas para que a convulsão social não seja mais ampliada.

A posição da ANAFRE é suspender esta lei até ao próximo acto eleitoral, considera que até ao próximo dia 17 de Dezembro é o que vai acontecer?

JG – A Anafre terá as suas razões. Eles estão dentro da matéria, sabem como as coisas decorrem e prova-velmente acharão que não haverá tempo para que a reforma se concretize, simplesmente, julgo que se per-deu tempo ao não se centrarem nas questões essen-ciais, porque fazerem de conta que esta decisão é in-constitucional, fazerem manifestações, debates e en-contros no pressuposto que isso iria travar o proces-so, não resolve. Era preferível que seguissem o exem-plo da Amadora, tal como fez Lisboa, e outros muni-cípios do país, outros eventualmente também o fize-ram e têm na gaveta, na esperança que isto não vá para frente. Sei que custa dizer às populações em al-guns locais que efectivamente perdem a sua fregue-sia, mas há que encarar esta realidade no cumpri-mento da lei. Aliás, deixamos de ser associados da ANAFRE, por-que nunca se conseguiu que as reivindicações das fre-guesias fossem atendidas. É o fundamental e, foi isso que nunca se conseguiu fazer, ou seja, as freguesias estarem em parceria com os municípios e não subal-ternas dos municípios constantemente, como tem acontecido. As freguesias nunca são consultadas em matérias fundamentais.Deveríamos todos em conjunto reivindicar um papel diferente para as freguesias com tratamento idêntico aos municípios por parte dos governantes. O grande problema é nunca estarmos de acordo em matérias que dizem respeito a todos e não a cada uma indivi-dualmente. Esse é o grande problema. Andamos to-dos divididos. Vindo a revelar-se explicitamente como ponto de partida para esta reforma, como já se en-contram divididos aplica-se a expressão “dividir para reinar”.

A Comissão Social da Freguesia da Buraca é uma ferramenta imprescindível para respon-der aos problemas sociais da freguesia?

JG – Há uma série de acções para as quais tomamos a iniciativa de, em primeiro lugar, chamarmos as as-sociações da freguesia e, seguidamente, formamos a Comissão Social da Freguesia da Buraca (CSFB), que tem sido exemplo nas mais diversas vertentes, quer a nível local, quer a nível nacional. Inclusive, já fomos solicitados por várias freguesias, para apresen-tarmos o nosso modelo de trabalho em matéria de acção social. Ao chamarmos as nossas associações, incentivamo-las a concorrer a determinados progra-mas, no sentido de podermos em conjunto colmatar ou até melhorar a qualidade de vida daqueles que mais necessitam. Para a freguesia da Buraca foi aprovado três vezes seguidas, o programa “Esco-lhas”, uma situação inédita. Outra particularidade é que a nossa freguesia tem duas associações contem-pladas com o programa Escolhas. O nosso factor di-ferenciador é a aplicação no terreno do programa. E

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Junta de Freguesia MaFaMude

“Mafamude está preparada para vencer os desafios do futuro e manter-se na frente do desenvolvimento concelhio”

vel das duas freguesias, até porque ambas saem a ga-

nhar. São duas freguesias com identidades semelhan-

tes e em que as populações já convivem no seu dia-a-

-dia.

A reforma no Concelho de Vila Nova de Gaia só tinha

dois caminhos: aceitar o veredicto da UTRA que não

conhece a realidade do concelho e das suas freguesias,

ou então os gaienses propunham a sua reforma, e já

que tem que ser feita, vamos fazê-la segundo os inte-

resses do concelho de V. N. Gaia e com a vantagem de

ficarmos reduzidos a 16 freguesias, e não às 11, pro-

postas pela UTRA. Permite, ainda, às juntas que se

agregam, ir buscar os 15% de majoração financeira

prevista para as freguesias que voluntariamente acei-

tam a fusão. Estes argumentos para mim pesam mui-

to, porque não tenho qualquer problema em continuar

a lutar para que a Lei seja suspensa, porque se ela for

suspensa voltará tudo à estaca zero, se não for vai ser

aplicada a reforma administrativa do Estado, logo,

interessa-nos que seja Gaia, e não Lisboa a decidir.

O presidente já conversou com o autarca de Vilar do Paraíso?

FV – Sim. É evidente que não tomamos a decisão de

votar favoravelmente esta proposta da câmara sem

termos tido alguns contactos e conversarmos sobre a

situação. Portanto, votamos ambos conscientes do

que estávamos a fazer. Já há muitos anos que a afini-

dade é grande entre as

duas freguesias, logo,

para ambos a mu-

dança não nos vai

custar e esta é uma

proposta viável.

borar e ajudar no encontro de soluções para outros problemas.

A um ano das próximas eleições autárquicas, o que prevê fazer no próximo ano?

FV – Não havendo previsão de aumento de receita financeira, vamos manter a mesma postura, portanto, não podemos fazer muito mais. Ao longo dos 30 anos que estou como presidente, a nossa equipa criou um trabalho de continuidade e neste momento, Mafamu-de mantém-se, adaptada à evolução, e assim será no próximo ano. Portanto, o importante é manter a qua-lidade de vida das pessoas e tentar resolver problemas pontuais que vão surgindo. Neste momento, a ação social, é a valência para a qual devemos estar mais atentos e unir esforços. Precisávamos que o Governo acabasse o Hospital Santos Silva, que é a grande obra que falta à escala do concelho, na área da saúde. Nos últimos anos, com a ajuda deste presidente de câma-ra, Mafamude cresceu, deixando de ser considerada como dormitório da cidade do Porto, mas sim uma freguesia de centro de cidade com vida própria e re-lançada.

É a favor desta uma Reorganização Adminis-trativa?

FV – Sendo a favor de uma reforma administrativa no país, entendo que seria positivo suspender esta lei, va-lidando novos dados, com o objetivo de melhorar a sua abrangência, de forma a torná-la mais alargada sendo que esta é muito limitativa, até porque não abrange os municípios e outros órgãos do Estado. Esta reforma está ser feita com régua e esquadro sem ter em consi-deração as realidades e identidades das freguesias. Defendemos que seja suspensa e reformulada, mas somos a favor de uma reforma, dado que a atual tem 180 anos, está caduca.

Concluído o prazo para emissão de parecer sobre uma reforma no con-celho, V. N. Gaia emitiu um pa-recer positivo à agregação de freguesias. O futuro de Mafa-mude seguirá ao lado de Vilar do Paraíso, agrada-lhe esta proposta de fusão?

FV – Segundo a proposta apro-vada a nova freguesia ficará com cerca de 52 mil habitantes. Já vai sendo apelidada como a “Nova Centralidade de Gaia”. Foi uma reforma pacífica ao ní-

Na Junta de Freguesia de Mafamude há 31 anos, Fernando Vieira, desde 1976 já viu passar pela autarquia de Vila

nova de gaia, presidentes de todas as cores políticas, mas a sua grande preocupação é o desenvolvimento sustentável do concelho, no qual a freguesia se insere. a reforma admi-nistrativa não o preocupa e até vota a favor, evitando assim, que o destino da freguesia que preside seja decidido em Lisboa. enquan-to, vice-presidente da associação nacional de Freguesias (anaFre) e Coordenador da dele-gação distrital do Porto da anaFre sustenta que a posição da associação é a suspensão da Lei, para que possa ser revista e melho-rada, adaptando-se melhor a cada realidade do país.

As suas preocupações na freguesia de Mafa-mude são um reflexo directo do próprio esta-do do país?

Fernando Vieira (FV) – É evidente que neste momen-

to as preocupações desta freguesia são as mesmas

que as outras atravessam, que são as dificuldades sen-

tidas pelas populações no aspecto social, gerada pela

crise que o país está a ultrapassar, e que se reflecte

muito nas freguesias. Sendo nós o poder local de pro-

ximidade é connosco que as pessoas vêm ter para pe-

dir apoio para a solução dos seus problemas pessoais.

E muitas vezes, no âmbito das nossas competências,

temos muita dificuldade em dar-lhes resposta.

Todos nós, autarcas de freguesia, fazemos muitas coi-

sas que não estão nas nossas competências, e, enquan-

to houver possibilidades e capacidades financeiras,

tentamos resolver alguns problemas. Sendo certo que

a crise é generalizada e muito sentida na autarquia,

muitas das coisas que ajudávamos e resolvíamos, hoje

não nos é possível fazer. Infelizmente, ebatemo-nos

com essa incapacidade para resolver problemas.

Procuramos sempre encontrar um caminho ou uma

ajuda para tentar resolver a situação. Um autarca,

que é mesmo empenhado, não é capaz de dizer não e

muitas vezes fazemos verdadeiros impossíveis. Atual-

mente estamos a ajudar as nossas populações, no âm-

bito da medicação, através do programa «Farmácias

Solidárias», permitindo que algumas pessoas com

grandes dificuldades para adquirir os seus medica-

mentos, possam ter acesso a eles gratuitamente. Este

programa insere-se num protocolo com as farmácias

e a Câmara Municipal de V. N. Gaia para auxiliar as

famílias da Concelho. Agora, é tempo de nos unirmos

e criarmos outras sinergias, com os nossos comercian-

tes e empresários, que estejam disponíveis para cola-

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