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N do Caderno o N de Inscrição o  ASSINATURA DO CANDIDATO N do Documento o Nome do Candidato Objetiva de Conhecimentos Teóricos Discursiva - Estudo de Caso P R O V A Concurso Público para provimento de cargos de Março/2012 TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Analista Judiciário Especialidade Bibliotecário INSTRUÇÕES VOCÊDEVE ATENÇÃO - Verifiqueseestecaderno: - correspondeasuaopçãodecargo. - contém70 questões, numeradasde 1 a 70. - contéma propostae o espaçoparao rascunhodaProvaDiscursiva -Estudo deCaso. Caso contrário,reclameaofiscalda salaumoutrocaderno. Nãoserão aceitasreclamaçõesposteriores. - ParacadaquestãoexisteapenasUMArespostacerta. - Vocêdevelercuidadosamentecadaumadasquestõese escolherarespostacerta. - EssarespostadevesermarcadanaFOLHADERESPOSTASquevocêrecebeu. - Procurar,naFOLHADERESPOSTAS,onúmeroda questãoquevocêestárespondendo. - Verificarnocadernodeprovaqualaletra(A,B,C,D,E)darespostaquevocêescolheu. - MarcaressaletranaFOLHADERESPOSTAS,conformeoexemplo: - Ler o que sepedenaProvaDiscursiva - Estudo deCaso e utilizar, senecessário,o espaçopararascunho. - Marqueasrespostas primeiroalápisedepois cubracomcanetaesferográficadetintapreta. - Marqueapenasumaletraparacadaquestão,maisdeumaletraassinaladaimplicaráanulaçãodessaquestão. - Respondaatodasasquestões. - Nãoserápermitidaqualquerespéciedeconsulta,nemousode máquinacalculadora. - Você deverá transcrever o Estudo de Caso, a tinta, na folha apropriada. Os rascunhos não serão considerados em nenhumahipótese. - A duração da prova é de 4 horas e 30 minutos, para responder a todas as questões, preencher a Folha de Respostase fazera ProvaDiscursiva-Estudode Caso(rascunhoetranscrição). - Ao término da prova devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente com sua Folha de Respostas e a folha detranscriçãodaProvaDiscursiva -Estudo deCaso. - Proibidaadivulgaçãoouimpressãoparcialoutotaldapresenteprova.DireitosReservados.  A  C D E Caderno de Prova ’AB’, Tipo 001 MODELO 0000000000000000 MODELO1 00001−0001−0001

Fcc 2012 Tj Rj Analista Judiciario Biblioteconomia Prova

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  • N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Objetiva de Conhecimentos Tericos

    Discursiva - Estudo de CasoP R O V A

    Concurso Pblico para provimento de cargos de

    Maro/2012

    TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    Analista JudicirioEspecialidade Bibliotecrio

    INSTRUES

    VOCDEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno:

    - corresponde a sua opo de cargo.

    - contm 70 questes, numeradas de 1 a 70.

    - contm a proposta e o espao para o rascunho da Prova Discursiva - Estudo de Caso.

    Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

    No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Voc deve ler cuidadosamente cada uma das questes e escolher a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Ler o que se pede na Prova Discursiva - Estudo de Caso e utilizar, se necessrio, o espao para rascunho.

    - Marque as respostas primeiro a lpis e depois cubra com caneta esferogrfica de tinta preta.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra assinalada implicar anulao dessa questo.

    - Responda a todas as questes.

    - No ser permitida qualquer espcie de consulta, nem o uso de mquina calculadora.

    - Voc dever transcrever o Estudo de Caso, a tinta, na folha apropriada. Os rascunhos no sero considerados em

    nenhuma hiptese.

    - A durao da prova de 4 horas e 30 minutos, para responder a todas as questes, preencher a Folha de

    Respostas e fazer a Prova Discursiva - Estudo de Caso (rascunho e transcrio).

    - Ao trmino da prova devolva este caderno de prova ao aplicador, juntamente com sua Folha de Respostas e a folha

    de transcrio da Prova Discursiva - Estudo de Caso.

    - Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

    A C D E

    Caderno de Prova AB, Tipo 001 MODELO

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  • 2 TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1

    GRUPO I

    CONHECIMENTOS TERICOS

    Portugus

    Ateno: As questes de nmeros 1 a 4 referem-se ao texto abaixo.

    Creio que, pelo gosto de Gasto Cruls, a modernizao

    do Rio se teria feito, desde os dias do Engenheiro Passos, com

    muito menor sacrifcio do carter e das tradies da cidade

    mstica do Progresso com P maisculo. Mas nunca se esquece

    ele de que, sob as descaracterizaes e inovaes brutais e

    tantas vezes desnecessrias por que vem passando a mais

    bela das cidades do Brasil, continua a haver um Rio de Janeiro

    do tempo dos Franceses, dos Vice-reis, de Dom Joo VI, dos

    Jesutas, dos Beneditinos, dos comeos da Santa Casa [...] Por mais que tudo isso venha desaparecendo dos nos-

    sos olhos e se dissolvendo em passado, em antiguidade, em

    raridade de museu, continua a ser parte do esprito do Rio de

    Janeiro. Pois as cidades so como as pessoas, em cujo esprito nada do que se passou deixa inteiramente de ser. O Rio desca-

    racterizado de hoje guarda no seu ntimo para os que, como Gasto Cruls, sabem v-lo histrica e sentimentalmente, uma

    riqueza de caractersticos irredutveis ou indestrutveis, que as

    pginas de Aparncia do Rio de Janeiro nos fazem ver ou

    sentir. E este o maior encanto do guia da cidade que o autor

    de A Amaznia que eu vi acaba de escrever: dar-nos, atravs

    da aparncia do Rio de Janeiro, traos essenciais do passado e

    do carter da gente carioca. Comunicar-nos do Rio de Janeiro

    que Gasto Cruls conhece desde seus dias de menino de morro

    ilustre menino nascido sombra do Observatrio alguma

    coisa de essencial. Alguma coisa do que a cidade parece ter de

    eterno e que vem de certa harmonia misteriosa a que tendem o

    branco, o preto, o roxo e o moreno principalmente o moreno

    da cor da pele dos seus homens e das suas mulheres, com o

    azul e o verde quente de suas guas e de suas matas.

    (Rio, setembro, 1948)

    Obs.: Texto transcrito de acordo com as atuais normas orto-grficas.

    (Gilberto Freyre, Trecho do Prefcio. In: Cruls, Gasto. Aparn-cia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jos Olympio, Coleo documentos brasileiros, 2. ed., v. 1, 1952. p. 15-17)

    1. O texto deixa claro, principalmente, que a cidade do Rio de Janeiro

    (A) acaba por perder suas caractersticas mais impor-tantes em benefcio de um discutvel progresso, que pe em risco sua beleza natural.

    (B) representa, de maneira visvel, as tradies do povo brasileiro e, portanto, essencial a manuteno das suas caractersticas urbanas originais.

    (C) precisa preservar sua identidade original, pois a na-tureza, que lhe garante o ttulo de a mais bela cidade do Brasil, deve ser tida como intocvel.

    (D) mantm elementos tradicionais, ao lado de uma ne-cessria transformao, ainda que essa transforma-o possa descaracteriz-la em alguns aspectos.

    (E) deve voltar-se para a modernidade, assim como as pessoas, em uma evoluo natural e necessria pa-ra a adequao aos tempos atuais.

    _________________________________________________________

    2. Os dois-pontos que aparecem no 2o pargrafo denotam

    (A) incluso de segmento especificativo.

    (B) interrupo intencional do fluxo expositivo.

    (C) intercalao de ideia isolada no contexto.

    (D) constatao de fatos pertinentes ao assunto.

    (E) enumerao de elementos da cidade e do povo. _________________________________________________________

    3. Com as alteraes propostas entre parnteses para o seg-mento grifado nas frases abaixo, o verbo que se mantm corretamente no singular :

    (A) a modernizao do Rio se teria feito (as obras de modernizao)

    (B) Mas nunca se esquece ele de que (esses autores)

    (C) por que vem passando a mais bela das cidades do Brasil (as mais belas cidades do Brasil)

    (D) continua a haver um Rio de Janeiro do tempo dos Franceses (tradies no Rio de Janeiro)

    (E) do que a cidade parece ter de eterno (as belezas da cidade)

    _________________________________________________________

    4. ... e que vem de certa harmonia misteriosa a que tendem o branco, o preto, o roxo e o moreno ...

    O segmento grifado preenche corretamente a lacuna da frase:

    (A) As autoridades contavam ...... se fizessem consultas populao para definir os projetos de melhoria de toda a rea.

    (B) As transformaes ...... se refere o historiador desca-racterizaram toda a rea destinada, de incio, a pes-quisas.

    (C) A necessidade de inovaes foi o argumento ...... se valeram os urbanistas para defender o projeto apre-sentado.

    (D) A ningum ocorreu demonstrar ...... no seria pos-svel impedir a derrubada de algumas antigas cons-trues.

    (E) Seriam necessrios novos e diferentes projetos ur-bansticos, ...... permanecessem intocadas as cons-trues originais.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1 3

    Ateno: As questes de nmeros 5 a 10 referem-se ao texto abaixo.

    Cafezinho

    Leio a reclamao de um reprter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou con-cluso de que o funcionrio passou o dia inteiro tomando caf.

    Tinha razo o rapaz de ficar zangado. Mas com um pou-co de imaginao e bom humor podemos pensar que uma das delcias do gnio carioca exatamente esta frase: Ele foi to-mar caf.

    A vida triste e complicada. Diariamente preciso falar com um nmero excessivo de pessoas. O remdio ir tomar um cafezinho. Para quem espera nervosamente, esse cafezinho qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou trs horas d vontade de dizer: Bem, cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifcio morreu afogado no cafezinho.

    Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: Ele saiu para tomar um caf e disse que volta j.

    Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e per-guntar: Ele est? algum dar o nosso recado sem ende-reo. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado ser o mesmo: Ele disse que ia tomar um cafezinho...

    Podemos, ainda, deixar o chapu. Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo. Assim diro: Ele foi tomar um caf. Com certeza volta logo. O chapu dele est a...

    Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida complicada demais. Gastamos muito pensa-mento, muito sentimento, muita palavra. O melhor no estar.

    Quando vier a grande hora de nosso destino ns teremos sado h uns cinco minutos para tomar um caf. Va-mos, vamos tomar um cafezinho.

    Rio, 1939.

    (Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isola-mento. Rio de Janeiro: Record, 2002. p.156-7)

    5. Com relao ao episdio com que inicia a crnica, o autor se mostra

    (A) crtico intransigente tanto do comportamento do de-legado, por ter deixado o reprter esperando por tan-to tempo, como da atitude deste ltimo, que no sou-be considerar a situao com ironia e bom humor.

    (B) propenso a julgar a reao do reprter de modo mui-to mais severo do que a conduta do delegado, su-gerindo ter havido grande exagero na afirmao de que este passara o dia inteiro tomando caf.

    (C) solidrio com o reprter na raiva que este experi-mentou ao esperar inutilmente pelo delegado e, ain-da que de modo bem humorado, inteiramente aves-so aos desvios de conduta de uma autoridade.

    (D) indiferente irritao do reprter e condescendente em relao ausncia do delegado, acreditando que as complicaes da vida justificam inteiramente a necessidade de se recorrer desculpa do caf.

    (E) compreensivo em relao clera do reprter, mas disposto a tomar o pretexto do caf de que se vale o delegado para considerar, de modo bastante irnico, as razes de seu uso generalizado.

    6. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado ser o mesmo: Ele disse que ia tomar um cafezinho...

    Do teor da crnica e da enumerao presente no segmen-to acima, pode-se depreender corretamente:

    (A) O reconhecimento de que a vida triste no acaba com o desejo de perpetu-la.

    (B) A misantropia pode levar a uma tristeza que s ter-mina com a morte.

    (C) As desculpas dadas de modo muito frequente aca-bam perdendo todo o sentido.

    (D) A introverso exagerada estende a averso tanto s coisas ms quanto s boas.

    (E) Os que nos procuram no costumam se esforar de modo efetivo para nos encontrar.

    _________________________________________________________

    7. Os verbos que exigem o mesmo tipo de complemento esto empregados nos segmentos transcritos em:

    (A) A vida triste e complicada. // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.

    (B) ... algum dar o nosso recado sem endereo. // A vida triste e complicada.

    (C) Tinha razo o rapaz... // Depois de esperar duas ou trs horas...

    (D) Para quem espera nervosamente... // Depois de es-perar duas ou trs horas...

    (E) Tinha razo o rapaz... // ... mergulhemos de corpo e alma no cafezinho.

    _________________________________________________________

    8. A frase que admite transposio para a voz PASSIVA :

    (A) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes... (B) O chapu dele est a... (C) ... chegou concluso de que o funcionrio... (D) Leio a reclamao de um reprter irritado... (E) ... precisava falar com um delegado...

    _________________________________________________________

    9. Devemos at comprar um chapu especialmente para dei-x-lo. Assim diro...

    Mantendo-se a correo e o sentido original, as frases acima esto reunidas num nico perodo em:

    (A) Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo e ainda assim diro...

    (B) Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo, pois assim diro...

    (C) Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo, conquanto assim diro...

    (D) Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo: porquanto assim diro...

    (E) Devemos at comprar um chapu especialmente para deix-lo, por que assim diro...

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • 4 TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1

    10. ... e chegou concluso de que o funcionrio passou o dia inteiro tomando caf.

    Do mesmo modo que se justifica o sinal indicativo de cra-se em destaque na frase acima, est correto o seu em-prego em:

    (A) e chegou uma concluso totalmente inesperada.

    (B) e chegou ento tirar concluses precipitadas.

    (C) e chegou tempo de ouvir as concluses finais.

    (D) e chegou finalmente inevitvel concluso.

    (E) e chegou concluses as mais disparatadas. _________________________________________________________

    Ateno: As questes de nmeros 11 a 16 referem-se ao tex-to abaixo.

    Esquerda e direita

    O DNA de esquerda ou de direita? Ele fornece ar-gumentos para todos. Prova que todos nascem com o mesmo sistema de cdigos genticos, e portanto so iguais ponto para a esquerda , mas que cada indivduo tem uma senha

    diferente, ponto para a direita. Na velha questo biologia cul-

    tura, o DNA d razo a quem diz que caractersticas adquiridas no so hereditrias, nenhuma experincia cultural afeta os genes transmitidos e a humanidade no ficar mais virtuosa muito menos socialista com o tempo. Mas a prpria desco-berta do DNA e todas as projees do que se tornou possvel com a manipulao do material gentico mostram como o ser humano pode, sim, interferir na sua prpria evoluo, e como existe nele uma determinao inata para o autoaperfeioa-mento. Parafraseando Marx: os cientistas sempre se preocupa-

    ram em compreender o ser humano, agora devem tratar de mu-d-lo.

    A indefinio dos nossos genes apenas mais um numa longa lista de paradoxos que nos dividem. de esquerda ser a favor do aborto e contra a pena de morte, enquanto direitistas

    defendem o direito do feto vida, porque sagrada, e ao mesmo tempo o direito do Estado de tir-la, embora no gostem que o Estado interfira em outras reas. A direita valoriza o indi-vduo acima da sociedade, que seria uma abstrao, mas aceita a desigualdade social, ou o sacrifcio de muitos indivduos pelo sucesso de poucos, como natural. A esquerda muitas vezes

    atribui a um lder superpersonalizado a incongruente realizao de um humanismo igualitrio.

    Feliz a mosca, que tem mais ou menos a nossa estru-tura gentica, mas absolutamente nenhum interesse nas suas implicaes.

    (Adaptado de Lus Fernando Verssimo. O mundo brbaro)

    11. O autor admite que, com a descoberta e com a possibi-lidade de manipulao do sistema de cdigos genticos (DNA),

    (A) no haver mais como estabelecer qualquer distin-o entre o que sempre foi de direita e o que sem-pre se definiu como de esquerda.

    (B) acabaro de vez os desequilbrios sociais, pois ser possvel superar as desigualdades com base em se-guros critrios de justia, que so hereditrios.

    (C) os homens podero favorecer determinados aspec-tos de sua evoluo, atendendo assim a uma incli-nao da espcie para seu prprio aprimoramento.

    (D) tanto a esquerda como a direita deixaro de encon-trar argumentos para suas posies, de vez que a ao do cdigo gentico que determina uma opo poltica.

    (E) ficar ainda mais acirrada a oposio entre a es-querda e a direita, pois uma e outra reivindicaro para si o direito de gerenciar os dividendos de uma cincia to lucrativa.

    _________________________________________________________

    12. Atente para as seguintes afirmaes:

    I. Um dos vrios paradoxos enunciados no texto o de que a esquerda, que valoriza a vida, acaba de-fendendo posio similar da direita, nos casos do aborto e da pena de morte.

    II. Ao contrrio da direita, a esquerda encoraja as ini-ciativas do Estado, quando estas promovem a valo-rizao do indivduo sem abonar, no entanto, qual-quer forma de personalismo.

    III. A parfrase de uma afirmao de Marx deixa ver que este alimentava a convico de que os homens so capazes de se transformarem a si mesmos, em sua trajetria.

    Em relao ao texto, est correto o que se afirma em

    (A) III, apenas. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III.

    _________________________________________________________

    13. Considerando-se o contexto, deve-se entender que o segmento

    (A) Ele fornece argumentos para todos refere-se alter-nncia de poder entre a esquerda e a direita, ao longo da histria.

    (B) ponto para a esquerda revela a indicao de um fato que favorece, a princpio, uma posio ideolgica dos socialistas.

    (C) Na velha questo biologia cultura alude clssica disputa entre as cincias humanas e as cincias exatas.

    (D) A indefinio dos nossos genes diz respeito ao estado ainda incipiente e vacilante das pesquisas no campo da gentica.

    (E) A direita valoriza o indivduo acima da sociedade, que seria uma abstrao acentua a supremacia de uma tpica tese coletivista.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1 5

    14. O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se nu-ma forma do singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:

    (A) No ...... (corresponder) aos surpreendentes des-dobramentos da descoberta do DNA anloga evolu-o no plano das questes ticas.

    (B) Mesmo a um pesquisador de ponta no ...... (haver) de convir as disputas ticas, pois ele ainda enga-tinha nessa nova descoberta.

    (C) De todas as projees que se ...... (fazer) a partir da manipulao do DNA, a mais assustadora a programao de tipos pessoais.

    (D) A um direitista no ...... (deixar) de assustar, quando isso no lhe convm, iniciativas econmicas que o Estado reivindica para si.

    (E) No ...... (parecer) uma incongruncia, para os es-querdistas, os excessos personalistas do lder de um movimento socialista.

    _________________________________________________________

    15. Est clara e correta a redao deste livre comentrio so-bre o texto:

    (A) Habitualmente humorista, nem por isso Lus Fernan-do Verssimo se exime ao tecer crticas srias, pos-tulando assim um equilbrio entre o riso e a conten-o jocosa.

    (B) O homem ainda est longe de ratificar o alcance da descoberta do DNA, onde as projees mais ousa-das fazem lembrar a fico cientfica, ou mesmo muito alm dela.

    (C) Interessou ao autor debater, uma vez mais, a eterna cisnia entre esquerda e direita, a estar sendo ali-mentada pela evoluo das descobertas do DNA e pelas projees de onde derivam.

    (D) Ao se reportar s posies de direita e de esquerda, o autor identificou contradies em ambas, deixando claro que a nenhuma cabe reivindicar o mrito da coerncia absoluta.

    (E) As moscas, quem diria, ostentam nossa mesma es-trutura gentica, afirma o autor, mas nem sequer se comprazem ou o lamentam, pois no implicam nada que no lhes diga respeito.

    _________________________________________________________

    16. Est adequada a correlao entre tempos e modos ver-bais em:

    (A) Os cientistas devem, a partir de agora, tratar de mu-dar o ser humano, mesmo que at hoje no reve-lariam mais do que um plido esforo ao buscar compreend-lo.

    (B) O que for de esquerda ou de direita teria sido agora relativizado pelas descobertas do DNA, cujas proje-es tm esvaziado essa clssica diviso.

    (C) Se os cientistas vierem a se preocupar com as ques-tes ideolgicas de que as futuras descobertas se revestissem, tero corrido o risco de partidarizar a cincia.

    (D) Felizes so as moscas, que nem precisavam saber nada de poltica ou de DNA para irem levando sua vida em conformidade com o que a natureza lhes determinasse como destino.

    (E) A esquerda j chegou a glorificar a ao de lderes personalistas, cujo autoritarismo obviamente excedia os limites de uma sociedade que se queria justa e igualitria.

    Ateno: As questes de nmeros 17 a 22 referem-se ao tex-to abaixo.

    Joaquim Manuel de Macedo ficou famoso por causa de

    A Moreninha (1844), romance que virou sinnimo do gnero romntico no Brasil e j fez muitas mooilas e rapazes barbados chorarem. Dr. Macedinho, como era popularmente conhecido,

    editaria a obra s prprias custas e no se arrependeria: o livro

    converteu-se em nosso primeiro best-seller. A despeito do su-

    cesso, o ganha-po do escritor seria obtido a partir da atividade

    como jornalista, articulista e cronista. Mdico de formao, Macedo enveredaria pela literatura de maneira ampla. Num

    momento em que parecia natural cruzar a ponte entre jorna-lismo e literatura, Macedinho sagrou-se personagem descolado

    no Rio de Janeiro de Pedro II.

    E comeou cedo: com apenas 24 anos, alm de se dedi-

    car ao romance, passou s pginas de jornal. Porm, se sua obra ficcional conhecida, a produo jornalstica pouco di-vulgada. A desproporo gritante, uma vez que o escritor pu-

    blicou durante quatro dcadas em vrios rgos cariocas. Ape-

    nas no sisudo Jornal do Comrcio, reduto conservador dos mais

    estveis, Macedo foi presena cativa durante 25 anos, sem

    interrupo. Suas colunas ocupavam o espao prestigioso do

    rodap da primeira pgina de domingo, dia em que a circulao

    duplicava.

    Macedo era mesmo um agitador. Ajudou a criar uma tra-dio para nossas artes, letras e histria. Nosso escritor usaria

    de suas boas relaes e da sua literatura gil para fortalecer

    seu grupo, empenhado na construo cultural do pas. (Lilia Moritz Schwarcz. O Estado de S. Paulo, sabtico, S6, 26 de maro de 2011, com adaptaes)

    17. Destaca-se no texto

    (A) a existncia de um vasto pblico voltado para a lei-tura de obras de carter romntico, ainda no sculo XIX.

    (B) o papel desempenhado por romancistas na difuso do hbito de leitura entre rapazes e moas durante o sculo XIX.

    (C) a participao de Macedo como importante colunista no Rio de Janeiro, centro difusor de cultura durante o Imprio.

    (D) a influncia de uma imprensa politizada na vida do Rio de Janeiro, responsvel pela divulgao de ro-mances no sculo XIX.

    (E) a agitao cultural do Rio em pleno sculo XIX, que obrigou Macedo a optar pela atividade jornalstica.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • 6 TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1

    18. De acordo com o texto, correto afirmar que

    (A) o romancista, por ser mdico, ainda que conceitua-do, precisou editar obras de seu prprio bolso, dian-te de um pblico leitor pouco receptivo.

    (B) a sociedade do Rio de Janeiro do Imprio apreciava romances romnticos, em oposio ao realismo vei-culado nos noticirios, embora os jornalistas fossem bastante admirados.

    (C) o vasto crculo de relaes sociais de Macedo fez com que ele se transformasse em figura reconhecida nos meios literrios pelo valor de suas crnicas.

    (D) o valor literrio da enorme produo jornalstica de Macedo superior ao de suas obras de fico, ape-sar do estrondoso sucesso de A Moreninha.

    (E) a pouca divulgao da produo jornalstica de Ma-cedo injustificvel diante do reconhecimento do p-blico e de sua permanncia na imprensa da poca.

    _________________________________________________________

    19. O assunto central aponta para o papel de Macedo como

    (A) autor do primeiro best-seller da literatura brasileira.

    (B) escritor atuante, tanto nos meios literrios como na atividade jornalstica.

    (C) mdico popularmente reconhecido no Rio de Janeiro da poca.

    (D) militante poltico responsvel por diferentes causas sociais.

    (E) defensor de uma viso romntica da vida cotidiana brasileira.

    _________________________________________________________

    20. ... editaria a obra s prprias custas e no se arrepen-deria: o livro converteu-se em nosso primeiro best-seller.

    Os dois-pontos introduzem segmento

    (A) que denota o tempo decorrido entre a publicao da obra e a aceitao do pblico.

    (B) conclusivo, com ressalva ao que foi expresso ante-riormente.

    (C) concessivo, pela oposio de sentido marcado na negao do verbo anterior.

    (D) que, embora redundante, tem o objetivo de realar a importncia da informao.

    (E) explicativo, em que se percebe noo de causa. _________________________________________________________

    21. A despeito do sucesso, o ganha-po do escritor seria obti-do...

    O elemento grifado acima pode ser corretamente substi-tudo, sem alterao do sentido original, por

    (A) Em razo do

    (B) Conquanto o

    (C) Em que pese o

    (D) Em vista do

    (E) A partir do

    22. ... dia em que a circulao duplicava.

    O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est em:

    (A) ... e j fez muitas mooilas e rapazes barbados cho-rarem.

    (B) ... editaria a obra s prprias custas ...

    (C) ... a produo jornalstica pouco divulgada.

    (D) Macedo era mesmo um agitador.

    (E) Nosso escritor usaria de suas boas relaes ... _________________________________________________________

    Ateno: As questes de nmeros 23 a 26 referem-se ao tex-to abaixo.

    O caso Montaigne na tradio literria da amizade no propriamente uma exceo. Como os povos felizes, que j se disse no tm histria: os sentimentos vitais, contentes e con-tinentes, poucas vezes, enquanto vigem, dublam-se em reflexo e discurso. Por isso, certamente, a clave da perda marca tanto essa literatura e a tinge to estranhamente de melancolia. ( que talvez os relevos dos grandes sentimentos humanos s se deixem mesmo apalpar pelo avesso: a falta permite, mais facil-mente, sondar a profundidade do pleno, a dor, do contenta-mento.) Com efeito, ao pensarmos nos grandes textos sobre a amizade, vm-nos de imediato lembrana a bela dissertao do Llio de Ccero, brotada do interior de seu luto pela morte de Cipio, o sensvel captulo das Confisses de Santo Agostinho dedicado memria do amigo, ou mesmo o Fdon de Plato e seu relato pungente da morte de Scrates. Montaigne tem pois predecessores ilustres, e, explicitamente, incorpora o seu texto nessa linhagem.

    E, no entanto, ao ler seu ensaio (livro I, 28), sentimos que dissoa bastante do andamento mais moderado dessas com-posies da tradio. Sua dissertao, sentimos logo, engata alturas mais elevadas, vibra de modo mais intenso. Montaigne radicaliza. Com ele a grandeza daquelas amizades se expande num elemento mais vasto, desafia a moderao, vai ao super-lativo. A estreita proximidade das almas se ultrapassa; chega fuso e assim toca o sublime.

    (Fragmento adaptado de Srgio Cardoso. Paixo da igualdade, paixo da liberdade: a amizade em Montaigne. Os sentidos da paixo. S.Paulo: Cia. das Letras, 1987. p.162-3)

    23. Com a comparao feita no incio do texto, o autor sugere que

    (A) a felicidade uma quimera tanto para o indivduo quanto para os povos, o que comprovado pelas memrias individuais e pelos registros histricos.

    (B) o indivduo tem em comum com um povo o hbito de no refletir sobre os acontecimentos seno nos momentos de maior felicidade.

    (C) a histria de indivduos e povos uma oscilao constante entre momentos de felicidade e momentos de dor.

    (D) o sentimento de amizade que une os indivduos no diferente daquele que unifica um povo, vnculo responsvel pela felicidade de todos.

    (E) os perodos de felicidade, ao contrrio dos momen-tos de dor, no costumam ser registrados nem pelos povos, nem pelos indivduos.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1 7

    24. Dentre as caractersticas da dissertao de Montaigne que podem ser apreendidas do texto, correto mencionar:

    (A) A tendncia ao misticismo, inteiramente ausente dos relatos de seus predecessores, mesmo o de Santo Agostinho.

    (B) A opo por um relato mais imponente e vigoroso, em lugar do tom comedido que seus predecessores adotam.

    (C) O predomnio da imaginao, o que permite incluir o relato antes no campo da fico, ainda que sublime, do que no da memria.

    (D) Um radicalismo poltico extremado, que no tem lugar nos relatos politicamente incuos de seus pre-decessores.

    (E) A ausncia do tema da morte, onipresente nos tex-tos de seus predecessores, o que faz do relato uma verdadeira celebrao da vida.

    _________________________________________________________

    25. O sentido do elemento grifado NO est expresso ade-quadamente, entre parnteses e em negrito, ao final da transcrio em:

    (A) ... ou mesmo o Fdon de Plato e seu relato pun-gente da morte de Scrates. (sereno)

    (B) Com ele a grandeza daquelas amizades se expande num elemento mais vasto, desafia a moderao, vai ao superlativo. (ponto mais alto)

    (C) ... os sentimentos vitais, contentes e continentes, poucas vezes, enquanto vigem, dublam-se em re-flexo e discurso. (vigoram)

    (D) Com efeito, ao pensarmos nos grandes textos sobre a amizade, vm-nos de imediato lembrana a bela dissertao... (memria)

    (E) Com efeito, ao pensarmos nos grandes textos sobre a amizade, vm-nos... (De fato)

    _________________________________________________________

    26. ( que talvez os relevos dos grandes sentimentos huma-nos s se deixem mesmo apalpar pelo avesso: a falta per-mite, mais facilmente, sondar a profundidade do pleno, a dor, do contentamento.)

    Atente para as afirmaes seguintes sobre a pontuao empregada na frase acima, transcrita do 1o pargrafo do texto.

    I. O uso dos parnteses para isolar a frase justifica-se por se tratar de uma digresso que, embora rela-cionada reflexo feita no pargrafo, interrompe momentaneamente o fluxo do pensamento.

    II. Os dois-pontos introduzem um segmento que cons-titui, de certo modo, uma ressalva ao que se afirma no segmento imediatamente anterior.

    III. As vrgulas que isolam o segmento mais facilmente poderiam ser retiradas sem prejuzo para a cor-reo e a lgica.

    Est correto o que se afirma em

    (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

    Ateno: As questes de nmeros 27 a 30 referem-se ao tex-to abaixo.

    Entre a palavra e o ouvido

    Nossos ouvidos nos traem, muitas vezes, sobretudo quan-do decifram (ou acham que decifram) palavras ou expresses pela pura sonoridade. Menino pequeno, gostava de ouvir uma cano dedicada a uma mulher misteriosa, dona Ondir. Um dia pedi que algum a cantasse, disse no saber, dei a deixa: To longe, de mim distante, Ondir, Ondir, teu pensamento? Ga-nhei uma gargalhada em resposta. Um dileto amigo achava esquisito o grande Nat King Cole cantar seu amor por uma mis-teriosa espanhola, uma tal de dona Quis... O ator Ney La-torraca afirma j ter sido tratado por seu Neila. Neila Torraca, claro. Agora me diga, leitor amigo: voc nunca foi apresentado a um velhinho chamado Fulano Detal?

    (Armando Fuad. Indito)

    27. Com base nos casos narrados no texto, correto afirmar que, por vezes, entre a palavra e o ouvido,

    (A) ocorre um tipo de interferncia no modo de recepo que distorce inteiramente o sentido original da men-sagem.

    (B) uma falha do aparelho auditivo deforma o som captado, levando o receptor a entender outra coisa.

    (C) a mensagem original se perde porque se ouve uma expresso j adulterada pela m pronncia de ter-ceiros.

    (D) buscamos reconhecer uma sonoridade apenas por seu efeito acstico, sem lhe emprestar nenhum sen-tido.

    (E) nossa capacidade criativa faz com que recusemos sons muito usuais, substituindo-os por outros, mais exticos.

    _________________________________________________________

    28. Est INADEQUADO o emprego do elemento sublinhado na frase:

    (A) A traio a que por vezes est sujeita nossa audio pode ter resultados divertidos.

    (B) Os sons das palavras, a cujos poucas vezes dedica-mos plena ateno, podem ser bastante enganosos.

    (C) A melodia e o ritmo de uma frase, em cujo embalo podemos nos equivocar, valem pelo efeito potico.

    (D) E afinal, por onde andar dona Ondir, senhora mis-teriosa de quem o leitor foi f cativo, quando menino?

    (E) E dona Quis, a quem Nat King Cole jamais teve a honra de ser apresentado, morar ainda em Madri?

    _________________________________________________________

    29. correto afirmar que, ao se valer da expresso

    (A) sobretudo quando decifram (...) pela pura sono-ridade, o autor se refere exclusivamente ao equ-voco causado pela recepo dos sons.

    (B) Ganhei uma gargalhada em resposta, o autor no deixa entrever qual teria sido a pergunta.

    (C) uma tal de dona Quis, o autor faz ver que o ouvin-te se confundiu por no conhecer a personagem.

    (D) Neila Torraca, o autor se vale de um equvoco de audio inteiramente distinto do que ocorreu em Fulano Detal.

    (E) Menino pequeno, o autor torna implcito a ela um sentido de temporalidade.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • 8 TJURJ-Grupo I-Conhecimentos Tericos1

    30. preciso corrigir, por falhas diversas, a seguinte frase:

    (A) Quem ouve mal no tem necessariamente mau ouvido; pode ter sido afetado pelo desconhecimento de um contexto determinado.

    (B) Quem no destorce o que ouviu de modo torto acaba por permanecer longe do caminho reto da compreenso.

    (C) Pelos sons exticos das palavras, nos impregnamos da melodia potica a cujo encanto se rendem, imantados, os nossos ouvidos.

    (D) H sons indiscriminveis, como os que se apanha do rdio mau sintonizado ou de uma conversa aliatria, entre terceiros.

    (E) possvel elaborar-se uma longa lista de palavras e expresses em cuja recepo sonora verificam-se os mais curiosos equvocos.

    Informtica

    31. Com a utilizao do editor de textos Writer do pacote BR Office possvel utilizar um texto selecionado para a criao automtica de uma tabela pela opo Converter do menu Tabelas. Ao selecionar a opo de converso de texto para tabela apresentado uma tela para a escolha do separador de colunas. possvel escolher entre 3 separadores pr-definidos para essa operao ou ainda definir um caractere pela opo Outros. Dois dos separadores padro encontrados nessa tela so:

    (A) vrgula e barra vertical. (B) ponto e vrgula e vrgula. (C) tabulaes e pargrafo. (D) vrgula e tabulaes. (E) barra vertical e ponto e vrgula.

    32. Pela utilizao do editor de apresentaes Impress, do pacote BR Office, possvel cronometrar a apresentao sendo exibida. Este recurso acessvel por meio da opo Cronometrar, presente no menu

    (A) Ferramentas. (B) Apresentao de slides. (C) Visualizao de slides. (D) Editar. (E) Formatar.

    33. No Internet Explorer 8 possvel efetuar tarefas pr-programadas para o texto selecionado em uma pgina da Web, como abrir um endereo fsico em um site de mapeamento da web ou procurar a definio de uma palavra no dicionrio, dentre outras coisas. Quando este recurso est ligado, ao lado do texto selecionado mostrado um pequeno cone, que ao ser clicado exibe as opes disponveis. Este recurso conhecido como

    (A) Marcador. (B) Menu de contexto. (C) Tarefas Rpidas. (D) Quick Picks. (E) Acelerador.

    34. No Microsoft Outlook 2010 possvel ativar opes que iro requisitar que seja devolvida uma confirmao assim que o e-mail for lido e/ou entregue ao destinatrio. Tais opes so facilmente ativadas na tela de criao de um novo e-mail, presentes no menu de Opes, e so chamadas respectivamente:

    (A) Notificao de Leitura e Notificao de Entrega. (B) Notificao de Status de Leitura e Confirmao de Envio. (C) Solicitar Confirmao de Leitura e Solicitar Confirmao de Entrega. (D) Requisitar Notificao de Leitura e Requisitar Notificao de Envio. (E) Status de Leitura e Status de Envio.

    35. Dentre as aes possveis para se aumentar a segurana em programas de correio eletrnico, INCORRETO dizer que se inclua desligar

    (A) o recebimento de mensagens por servidores POP3 e IMAP. (B) as opes que permitem abrir ou executar automaticamente arquivos ou programas anexados s mensagens. (C) as opes de execuo de JavaScript e de programas Java. (D) se possvel, o modo de visualizao de e-mails no formato HTML. (E) as opes de exibir imagens automaticamente.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB 9

    GRUPO II

    Legislao

    Ateno: As questes de nmeros 36 a 41 referem-se ao Cdigo de Organizao e Diviso Judicirias do Estado do Rio de Janeiro.

    36. Para a criao e classificao das Comarcas ser considerado, dentre outros, o movimento forense dos municpios do Estado, no qual sero computados apenas os processos

    (A) cveis, inclusive das Varas de Famlia, que exijam sentena de que resulte coisa julgada. (B) de qualquer natureza que exijam sentena de que resulte coisa julgada. (C) de qualquer natureza, independentemente da exigncia de sentena judicial. (D) cveis, exceto das Varas de Famlia, que exijam sentena de que resulte coisa julgada. (E) cveis, inclusive das Varas de Famlia, independentemente da exigncia de sentena judicial.

    37. Adolfo e Jos so juzes. Paula, irm de Jos, nutricionista, casada com Adolfo. Quanto possibilidade de Adolfo e Jos terem, simultaneamente, assento na mesma Seo, correto afirmar que:

    (A) No possvel, pois juzes parentes ou afins em linha reta ou colateral, at o quarto grau, inclusive, no podem, simultaneamente, ter assento na mesma Seo.

    (B) possvel, pois juzes parentes ou afins em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive, podem, simultaneamente, ter assento na mesma Seo.

    (C) No possvel, pois juzes parentes ou afins em linha reta ou colateral, at o terceiro grau, inclusive, no podem, simultaneamente, ter assento na mesma Seo.

    (D) possvel, pois o parentesco por afinidade no impede que ambos tenham assento, simultaneamente, na mesma Seo.

    (E) possvel, desde que Adolfo tenha tomado posse como juiz antes da realizao de seu casamento com Paula.

    38. Joo e Vitria, depois de 10 anos de namoro, resolveram casar. Ocorre que, o juiz de paz e seus suplentes competentes para a habilitao e celebrao do casamento esto impedidos de realizar tais atos. Nesse caso,

    (A) Joo e Vitria devero aguardar seis meses, pois aps esse prazo o impedimento cessa e, ento, o juiz de paz da comarca ou circunscrio que estava impedido voltar a ser competente para habilitar e celebrar o casamento.

    (B) Joo e Vitria devero aguardar sessenta dias, pois aps esse prazo o impedimento cessa e, ento, o juiz de paz da comarca ou circunscrio que estava impedido voltar a ser competente para habilitar e celebrar o casamento.

    (C) caber ao Presidente do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro a nomeao do juiz de paz ad hoc.

    (D) caber ao juiz de paz impedido a nomeao de um novo juiz de paz competente na comarca ou na circunscrio que no possua qualquer impedimento.

    (E) caber ao juiz de direito com competncia para o Registro Civil, na comarca ou na circunscrio, a nomeao do juiz de paz ad hoc.

    39. Lineu, magistrado, foi punido com censura por falta de cumprimento dos deveres do cargo. O magistrado deseja concorrer promoo por merecimento. Neste caso, Lineu poder

    (A) ser promovido por merecimento somente aps um ano, pois o juiz censurado ficar inabilitado para concorrer promoo por merecimento por esse perodo.

    (B) ser promovido por merecimento somente aps cinco anos, pois o juiz censurado ficar inabilitado para concorrer promoo por merecimento por esse perodo.

    (C) ser promovido por merecimento a qualquer tempo, pois apenas a advertncia inabilita o juiz para concorrer promoo por merecimento.

    (D) concorrer promoo somente por antiguidade, pois, uma vez punido por censura, o juiz no poder mais concorrer promoo por merecimento.

    (E) ser promovido por merecimento somente aps dois anos, pois o juiz censurado ficar inabilitado para concorrer promoo por merecimento por esse perodo.

    40. Mrio ingressou na magistratura h um ano e exerce, com decoro e justia, o cargo de juiz substituto. A promoo por merecimento de Mrio, em regra,

    (A) no possvel, j que se considera requisito essencial o perodo mnimo de cinco anos de exerccio na respectiva entrncia.

    (B) possvel, pois para a promoo por merecimento o perodo mnimo de dois anos de exerccio na respectiva entrncia dispensado, considerando-se requisito essencial a reputao e o senso de justia do magistrado.

    (C) no possvel, j que se considera requisito essencial o perodo mnimo de dois anos de exerccio na respectiva entrncia.

    (D) possvel, j que no caso de o magistrado possuir reputao ilibada e senso de justia comprovados, o perodo mnimo exigido para a sua promoo por merecimento de um ano de exerccio na respectiva entrncia.

    (E) possvel, pois para a promoo por merecimento o perodo mnimo de cinco anos de exerccio na respectiva entrncia dispensado, considerando-se requisito essencial a reputao e o senso de justia do magistrado.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • 10 TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB

    41. Antnio, desembargador, portador de doena grave e precisa de tratamento de sade. De acordo com infor-maes de seu mdico, h grandes chances de cura. Porm, para tanto, sero necessrios, pelo menos, 60 dias de licena para o tratamento. Referida licena

    (A) depender de inspeo por junta mdica e, se con-cedida pelo rgo Especial do Tribunal de Justia do Estado do Rio de Janeiro, salvo contraindicao mdica, Antnio poder proferir decises em pro-cessos que, antes da licena, lhe hajam sido con-clusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto como relator ou revisor.

    (B) independer de inspeo por junta mdica, bastando somente um relatrio de seu mdico e, se concedida pelo Conselho da Magistratura, salvo contrain-dicao mdica, Antnio poder proferir decises em processos que, antes da licena, lhe hajam sido conclusos para julgamento ou tenham recebido o seu visto como relator ou revisor.

    (C) depender de inspeo por junta mdica e, se concedida pelo rgo Especial do Tribunal de Justi-a do Estado do Rio de Janeiro, salvo contra-indicao mdica, Antnio poder proferir decises em todos os processos distribudos sua vara, mesmo que lhe hajam sido conclusos para julgamento aps a licena.

    (D) independer de inspeo por junta mdica, bastando somente um relatrio de seu mdico e, se concedida pelo rgo Especial do Tribunal de Justia do Esta-do do Rio de Janeiro, salvo contraindicao mdica, Antnio poder proferir decises em todos os pro-cessos distribudos sua vara, mesmo que lhe ha-jam sido conclusos para julgamento aps a licena.

    (E) no poder ser concedida pelo Conselho da Magistratura, tendo em vista que o prazo mximo de licena para tratamento de sade de 30 dias.

    ________________________________________________________

    42. Eliseu encontra-se realizando estgio experimental no Poder Judicirio do Estado do Rio de Janeiro; Marta trabalha exclusivamente como contadora em um escritrio de contabilidade; e Josias Analista Judicirio efetivo do Quadro nico de Pessoal do Poder Judicirio do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o Decreto no 4.620/05, a funo gratificada poder ser exercida APENAS por

    (A) Eliseu e Josias. (B) Josias. (C) Marta e Josias. (D) Eliseu. (E) Eliseu e Marta.

    _________________________________________________________

    43. O advogado Joo, 71 anos de idade, deseja ser nomeado para exercer o cargo comissionado de chefe do gabinete do desembargador Martim, seu amigo. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Joo

    (A) poder ocupar o cargo em comisso, desde que o Conselho da Magistratura aprove a nomeao.

    (B) poder ocupar o cargo em comisso, pois no h li-mite de idade para o exerccio de cargo em comisso.

    (C) no poder ocupar o cargo em comisso, pois a chefia de gabinete deve ser exercida por funcionrio do prprio gabinete, com mais de 03 anos em sua funo.

    (D) no poder ocupar o cargo em comisso, pois possui mais de 70 anos de idade.

    (E) no poder ocupar o cargo em comisso, pois a chefia de gabinete deve ser exercida por funcionrio do prprio gabinete, com mais de 05 anos em sua funo.

    44. Marilene, ocupante de cargo em rgo da Administrao Estadual direta em carter efetivo, prestou, para cargo divergente daquele que ocupa, concurso pblico no qual foi habilitada nas provas e no exame de sanidade fsico-mental e, ento, designada para o estgio experimental. De acordo com o Decreto no 2.479/79, Marilene, em regra,

    (A) no ficar afastada de seu cargo anteriormente ocu-pado at a sua aprovao no estgio experimental e consequente nomeao no concurso, e continuar recebendo o vencimento e as vantagens, com a perda do auxlio moradia e do adicional por tempo de servio.

    (B) ficar afastada de seu cargo anteriormente ocupado, mas continuar recebendo o vencimento, as vanta-gens, o auxlio-moradia e o adicional por tempo de servio.

    (C) no ficar afastada de seu cargo anteriormente ocupado at a sua aprovao no estgio expe-rimental e consequente nomeao no concurso, e continuar recebendo o vencimento, as vantagens, o auxlio-moradia e o adicional por tempo de servio.

    (D) ficar afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda do vencimento, das vantagens e do auxlio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de servio.

    (E) ficar afastada de seu cargo anteriormente ocupado com a perda das vantagens, do auxlio-moradia e do adicional por tempo de servio, mas continuar recebendo o vencimento.

    _________________________________________________________

    45. Mnica, Analista Judiciria da rea Judiciria, exerce funo de direo de serventia judicial de primeira instncia como titular. Mnica afastou-se da funo por 28 dias e foi substituda por Bonifcio. De acordo com a Lei no 4.620/05, Mnica

    (A) no deixar de receber a gratificao de titularidade, pois se afastou por perodo inferior a 30 dias, e Bonifcio assumir suas funes em carter eventual, recebendo o vencimento, as vantagens e o valor da gratificao de substituto, correspondente ao percentual de trinta por cento sobre o vencimento do padro inicial de analista judicirio.

    (B) deixar de receber a gratificao de titularidade, pois se afastou por perodo superior a 15 dias, e Boni-fcio assumir suas funes em carter eventual, recebendo o vencimento, as vantagens e o valor da gratificao de substituto, correspondente ao per-centual de vinte por cento sobre o vencimento do padro inicial de analista judicirio.

    (C) no deixar de receber a gratificao de titularidade, pois se afastou por perodo inferior a 30 dias, e Bonifcio assumir suas funes em carter eventual, recebendo apenas o valor da gratificao de substituto, correspondente ao percentual de trinta por cento sobre o vencimento do padro inicial de analista judicirio.

    (D) deixar de receber a gratificao de titularidade, pois se afastou por perodo superior a 15 dias, e Bonif-cio assumir suas funes em carter eventual, re-cebendo apenas o valor da gratificao de subs-tituto, correspondente ao percentual de trinta por cento sobre o vencimento do padro inicial de analista judicirio.

    (E) no deixar de receber a gratificao de titularidade, pois se afastou por perodo inferior a 30 dias, e Bonifcio assumir suas funes em carter even-tual, recebendo apenas o valor da gratificao de substituto, correspondente ao percentual de vinte por cento sobre o vencimento do padro inicial de analista judicirio.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB 11

    GRUPO III

    CONHECIMENTOS ESPECFICOS

    46. Em relao documentao jurdica, considere:

    I. A jurisprudncia fornece subsdios para a sustentao das teses jurdicas, sendo constituda pelas decises judiciais e pela documentao relativa ao processo de tomada dessas decises.

    II. Para fins de sua recuperao, a essncia da informao jurisprudencial est no contedo das normas jurdicas.

    III. Como resumo do acrdo, a ementa deve refletir, de forma concisa, a identificao do fato ocorrido, do direito discutido, do posicionamento adotado pelo tribunal e dos argumentos elencados para embasar tal entendimento.

    IV. Entre os instrumentos de controle da informao jurdica interpretativa, esto as coletneas de legislao referente a um determinado assunto.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I e III. (B) I e IV. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV.

    47. Servio especializado em informao jurdica e legislativa, rene documentos das esferas federal, estadual e municipal dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio de todo o Brasil. Organiza, integra e oferece acesso s informaes disponibilizadas nos diversos portais de rgos do governo na Internet.

    Trata-se

    (A) da Rede RVBI. (B) da Rede LexML. (C) da Biblioteca Digital do STJ/BDJUR. (D) do Sistema de Informaes do Congresso Nacional. (E) do Portal da Justia Federal.

    48. Um bibliotecrio inicia o processo de indexao de fontes legislativas. Durante a etapa de compreenso do contedo, o profissional dever

    (A) proceder leitura minuciosa das seguintes partes do ato legal: epgrafe, rubrica e indicao do mbito de aplicao das disposies.

    (B) limitar-se ao exame das ementas, as quais trazem o assunto especfico de que tratam as normas jurdicas.

    (C) identificar os conceitos que so essenciais na descrio do assunto, seguindo a poltica de indexao da biblioteca.

    (D) escolher os conceitos que forem considerados os mais representativos para uma determinada comunidade de usurios.

    (E) verificar as alteraes, regulamentaes ou revogaes expressas na lei, pois so dados vitais para os usurios da rea.

    49. Na Classificao Decimal Universal, os auxiliares comuns podem ser empregados em qualquer lugar das tabelas principais, enquanto os auxiliares especiais assumem diferentes significados conforme o contexto em que se encontram.

    A afirmativa acima est

    (A) correta; a ocorrncia dos auxiliares especiais bastante limitada no sistema, no podendo ser usados fora da classe em que vm listados.

    (B) correta; os nmeros auxiliares comuns podem ocorrer independentemente de um nmero principal ou preced-lo na arrumao dos catlogos.

    (C) correta; com o objetivo de formar notaes compostas, as tabelas auxiliares comuns e especiais so relacionadas apenas uma vez nas tabelas.

    (D) incorreta; os auxiliares comuns e especiais designam caractersticas repetitivas gerais que so aplicadas apenas onde indicado.

    (E) incorreta; as notaes dos auxiliares especiais so empregadas com o mesmo significado em qualquer parte do sistema.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • 12 TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB

    50. Na construo da notao 34:331 Direito do trabalho, usando-se a Classificao Decimal Universal, foi utilizado o sinal de

    (A) diviso, em que a sntese entre dois ou mais nmeros indica um conceito no existente na tabela.

    (B) ordenao, que estabelece uma ordem fixa dos nmeros que formam uma notao composta.

    (C) coordenao, que liga dois ou mais nmeros separados para indicar um assunto composto.

    (D) extenso, em que uma srie de nmeros da mesma classe forma um assunto mais amplo.

    (E) relao, em que o significado no muda mesmo que a ordem das classes for invertida.

    51. A Classificao Decimal Universal baseada na Classificao de Dewey, por isso, ambas so classificaes basicamente enumerativas. Contudo, a CDU difere da CDD em certos aspectos, como nos casos

    (A) do conceito de relao e da diviso por assuntos.

    (B) dos mecanismos de sntese e da organizao por disciplinas.

    (C) da inverso na ordem de citao e dos auxiliares especiais.

    (D) da linguagem universal e do sistema notacional.

    (E) das edies em vrios idiomas e das subdivises independentes.

    Ateno: Para responder as questes de nmeros 52 e 53 considere a lista abaixo, que mostra as relaes existentes entre conceitos de um vocabulrio controlado.

    Direito civil Direito das obrigaes Contrato Alienao Compra e venda Juros Juros compensatrios Mora Pagamento Consignao em pagamento Mora Direito de famlia

    52. Os conceitos alienao e compra e venda apresentam relao de

    (A) gnero/espcie, pois tm caractersticas idnticas ao conceito geral. (B) coordenao, pois so subordinados a um mesmo conceito. (C) equivalncia, pois so instncias individuais de uma mesma categoria. (D) associao, pois se encontram no mesmo nvel hierrquico. (E) partio, pois denotam aes ou processos de um conceito abrangente.

    53. Mora um conceito

    (A) homgrafo, que representa definies distintas em diferentes domnios. (B) em cadeia, pois particulariza o aspecto comum de mais de um assunto. (C) relacional, porque envolve relaes ontolgicas em redes de conceitos. (D) poli-hierrquico, j que tem mais de um conceito superordenado. (E) mltiplo, visto que expressa caractersticas de mais de um referente.

    Caderno de Prova AB, Tipo 001

  • TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB 13

    Carlos e Mrio

    Correspondncia de Carlos Drummond de Andrade e

    Mrio de Andrade

    Organizao: Llia Coelho Frota Prefcio e notas: Silviano Santiago

    54. A construo de tesauros envolve dois aspectos bsicos: a seleo do vocabulrio e o estabelecimento de relaes entre os termos. Em geral, o primeiro baseado em dois princpios:

    I. garantia literria a identificao e reunio dos termos devem basear-se na literatura da rea, incluindo fontes primrias e secundrias.

    II. endosso do usurio os termos que iro integrar o vocabulrio devem ser confirmados por aqueles que iro usar o sistema.

    correto afirmar que

    (A) ambos os itens esto corretos; os termos do tesauro devem estar de acordo com os usados na tarefa de recuperao da informao.

    (B) ambos os itens esto incorretos; no I, o vocabulrio deve ser extrado apenas das fontes primrias e no II, o princpio garantia do usurio.

    (C) ambos os itens esto incorretos; o processo de seleo do vocabulrio baseado nos mtodos dedutivo e indutivo.

    (D) o item I est incorreto; a definio dos termos selecionados que deve ser baseada nas principais fontes do domnio do tesauro.

    (E) o item II est incorreto; o levantamento dos termos do vocabulrio que deve ser feito junto comunidade usuria do sistema.

    55. Ao catalogar a obra cuja pgina de rosto aparece abaixo, usando o AACR2, um bibliotecrio escolheu corretamente a seguinte entrada principal:

    (A) Carlos e Mrio como se trata de uma obra nova baseada em textos originais de responsabilidade mista atribuda a mais de trs pessoas, a entrada deve ser pelo ttulo.

    (B) Carlos e Mrio considerando que a obra uma coletnea com responsabilidade compartilhada que apresenta ttulo coletivo, a entrada deve ser pelo ttulo.

    (C) Santiago, Silviano porque se trata de uma obra modificada de responsabilidade mista e que traz comentrios em destaque, a entrada deve ser sob o cabealho para o responsvel pelos comentrios.

    (D) Andrade, Carlos Drummond de como se trata de obra de responsabilidade compartilhada com responsabilidade principal atribuda a duas pessoas, a entrada por aquela mencionada em primeiro lugar.

    (E) Frota, Llia Coelho uma vez que a obra a reunio de textos individuais com responsabilidade mista e responsvel principal no indicado, a entrada pelo coordenador ou organizador, quando houver.

    56. Entre outras orientaes, a regra 21.36C1 do AACR2 determina que aes criminais em primeira instncia, autos de julgamentos etc. devem ter entrada sob o cabealho estabelecido para a pessoa ou entidade processada.

    A afirmativa acima est

    (A) correta; a regra prescreve entradas secundrias para o relator e a jurisdio que move o processo.

    (B) correta; opcional acrescentar ao cabealho principal uma designao legal como ru ou acusado.

    (C) incorreta; a entrada deve ser sob o cabealho estabelecido para a pessoa ou entidade que move a ao.

    (D) incorreta; a regra determina entrada principal pelo tribunal ou outra entidade com poder adjudicatrio.

    (E) incorreta; de acordo com a regra, a entrada pelos relatores do processo, se no forem mais de trs.

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  • 14 TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB

    57. Avalie as afirmativas abaixo sobre automao de servios bibliotecrios.

    I. No processo de seleo de um software para a automao de bibliotecas, preciso avaliar o perfil tcnico do sistema por meio de uma srie de requisitos funcionais que descrevem a base tecnolgica usada, como plataforma, sistema opera-cional, recursos de rede etc.

    II. Os Requisitos Funcionais para Registros Bibliogrficos (FRBR) e a norma ANSI Z39.2 so padres fundamentais para a descrio de documentos e o intercmbio de dados em softwares de automao de servios em unidades de informao.

    correto afirmar que

    (A) a primeira est incorreta; o perfil tcnico corresponde aos pr-requisitos do sistema, como necessidade de converso retrospectiva, de suporte e de treinamento.

    (B) ambas esto incorretas; os requisitos funcionais descrevem as atividades da biblioteca e os padres usados so o formato MARC e o protocolo Z39.50.

    (C) a segunda est incorreta; o ISBD e a norma ISO 2709 so os padres para descrio bibliogrfica e intercmbio de dados mais importantes.

    (D) ambas esto corretas; a avaliao das especificaes tecnolgicas do sistema faz parte da etapa de diagnstico de um projeto de automao.

    (E) ambas esto corretas; os requisitos tcnicos devem ser compatveis com os padres e a infraestrutura de hardware e de comunicao usados pela biblioteca.

    58. Segundo a NBR 14724, ndice a

    (A) apresentao concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma viso rpida e clara do contedo e das concluses do trabalho.

    (B) folha onde o autor apresenta uma citao, seguida de indicao de autoria, relacionada com a matria tratada no corpo do trabalho.

    (C) enumerao das principais divises, sees e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matria nele se sucede.

    (D) lista das folhas e linhas onde ocorrem erros, seguidas das devidas correes.

    (E) lista de palavras ou frases, ordenadas segundo determinado critrio, que localiza e remete para as informaes contidas no texto.

    59. Nas referncias bibliogrficas, aquelas informaes que, acrescentadas aos elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os documentos, so denominadas elementos

    (A) de segunda gerao. (B) acessrios. (C) complementares. (D) referenciais. (E) adicionais.

    60. A NBR 6023 determina que

    (A) os casos omissos devem ser resolvidos utilizando-se o Cdigo de Catalogao Anglo-Americano vigente.

    (B) o ttulo e o subttulo devem ser reproduzidos tal como figuram no documento, separados por ponto e vrgula.

    (C) quando o ttulo aparecer em mais de uma lngua, registra-se o primeiro. Opcionalmente, registra-se o segundo, separando-o do primeiro pelo sinal de hfen.

    (D) quando se referenciam peridicos no todo, o ttulo deve ser sempre o primeiro elemento da referncia, devendo figurar em letras minsculas.

    (E) os ttulos dos peridicos devem ser abreviados segundo a norma NBR 6034.

    61. Segundo a NBR 6023, uma obra monogrfica publicada em 2003 pela Editora Companhia das Letras, da cidade de So Paulo, dever ter esses dados apresentados da seguinte forma

    (A) So Paulo, Companhia das Letras, 2003. (B) [2003] So Paulo : Companhia das Letras. (C) So Paulo: Companhia das Letras, 2003. (D) So Paulo (2003) Companhia das Letras. (E) 2003 : So Paulo, SP : Editora Companhia das Letras.

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  • TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB 15

    62. Considere as afirmaes abaixo.

    I. A principal razo para justificar a existncia de um instrumento formal de poltica de seleo garantir a manuteno dos critrios alm da permanncia fsica dos responsveis pelas decises.

    II. O conhecimento, pela comunidade, dos critrios de seleo utilizados para seleo do acervo, medida incipiente para obteno de seu apoio em momentos crticos.

    III. Os critrios de seleo devem funcionar, para a biblioteca, como funcionam as leis para um pas: enquanto no so modificadas, devem ser obedecidas.

    Ocorre que

    (A) I e II esto corretas; a alternativa III exacerba a funo dos critrios de seleo no panorama dos servios bibliotecrios.

    (B) I e III esto corretas; comunicar aos interessados, de modo claro, os critrios de seleo do acervo uma boa estratgia para, em momentos crticos, conseguir o apoio da comunidade.

    (C) II e III esto corretas; a manuteno dos critrios de seleo para alm da permanncia fsica dos responsveis pelas decises no uma preocupao da poltica de seleo.

    (D) todas esto corretas; essas afirmaes refletem a realidade da atividade de seleo.

    (E) todas esto incorretas; pois consideram de forma inadequada o impacto da seleo na rotina bibliotecria.

    63. Na organizao e administrao de bibliotecas, as atividades de aquisio de materiais em rgos da administrao pblica devem ser realizadas em geral por meio de licitao. Nesse sentido, a Lei 10520, de 17 de julho de 2002, instituiu o prego como mais uma modalidade de licitao na rea pblica. A principal caracterstica do prego o uso das novas tecnologias de informao e comunicao. A legislao prev uma fase preparatria, na qual a autoridade competente

    (A) analisa os documentos dos interessados no prego, definindo aqueles que, segundo a legislao e os termos do edital, podero participar do certame.

    (B) realiza a convocao e acreditao dos interessados.

    (C) realiza e preside a sesso pblica para recebimento das propostas.

    (D) define o prazo fixado para a apresentao das propostas, no inferior a 5 (cinco) dias teis, contados a partir da publicao do aviso.

    (E) designa, dentre os servidores do rgo ou entidade promotora da licitao, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio.

    64. Um dos modelos de gesto da qualidade utilizado em ambientes de informao o baseado em padres, referente aplicao das normas da srie NBR ISO 9000. Segundo as diretrizes estabelecidas nessa srie de normas, a gesto da qualidade baseia-se em oito princpios. Assim, tem-se que o princpio

    (A) da abordagem factual para tomada de deciso propugna que as decises eficazes so baseadas na anlise de dados e informaes.

    (B) do foco no cliente v a organizao e seus fornecedores como interdependentes.

    (C) da melhoria contnua visa identificar, entender e gerenciar os processos inter-relacionados como um sistema.

    (D) da liderana defende que pessoas de todos os nveis so a essncia de uma organizao.

    (E) da abordagem de processo baseia-se no estabelecimento de unidade de propsito e do rumo da organizao por parte de seus lderes.

    65. Analise as afirmaes abaixo, relativas administrao de recursos humanos.

    I. As unidades de informao no esto includas no contexto da prestao de servios, o que leva concluso de que a gesto de pessoas nelas tem impacto menos decisivo do que em outras reas.

    II. Em uma economia cada vez mais baseada em servios, a gesto de pessoas torna-se um aspecto essencial bem sucedida concretizao dos objetivos e metas da instituio.

    III. A gesto de pessoas decisiva como instrumento de controle organizacional, contribuindo para o aumento da competitividade e o engajamento dos funcionrios.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) II e III. (B) I e II. (C) III. (D) II. (E) I.

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  • 16 TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB

    66. A Lei no 9.674, de 25 de junho de 1998,

    (A) definiu a obrigatoriedade de contratao de bibliotecrios em bibliotecas escolares. (B) definiu a estrutura e forma de atuao dos Conselhos Regionais de Biblioteconomia. (C) disps sobre o exerccio da profisso de Bibliotecrio. (D) props nova denominao para os profissionais da rea de informao. (E) regulamentou o exerccio da profisso por tcnicos de Documentao, definindo regras para atuao desses profissionais.

    67. Avalie as afirmaes abaixo, relativas ao planejamento.

    I. O planejamento faz acontecer torna possvel a ocorrncia de eventos que, caso contrrio, no ocorreriam.

    II. O planejamento reduz riscos, ao mesmo tempo em que tira proveito das oportunidades.

    III. As decises do planejamento, por serem baseadas em informao e obedecerem a critrios objetivos, tendem a ser mais independentes de humores ou outras variveis subjetivas.

    Ocorre que

    (A) o item III est incorreto; as decises de planejamento no se diferenciam de outras no que diz respeito influncia de humores ou variveis subjetivas.

    (B) o item I est incorreto; na verdade, o planejamento no tem condies de fazer com que coisas que no ocorreriam venham a ocorrer, mas apenas de garantir que elas ocorram de forma mais sistematizada.

    (C) o item II est incorreto; o planejamento administra os riscos, mas no tem como atuar em sua reduo.

    (D) todos os itens esto corretos; essas afirmaes contextualizam adequadamente o planejamento.

    (E) todas esto incorretas, por maximizarem o papel do planejamento no ambiente administrativo.

    68. Padres so

    (A) um meio para determinar em que grau os objetivos institucionais so cumpridos, os servios executados e os materiais colocados disposio dos clientes.

    (B) processos que visam atribuir nmeros para descrever ou representar algum objeto ou fenmeno de modo padronizado.

    (C) convenes tcnicas estabelecidas com a cooperao e o consenso de todas as partes envolvidas, visando ra-cionalizao, uniformizao e simplificao de servios e processos.

    (D) variveis, caractersticas ou atributos capazes de sintetizar, representar ou dar maior significado ao que se quer avaliar.

    (E) dados sobre servios ou atividades utilizados como fatores de avaliao, definidos a partir das necessidades institucionais e contextualizados realidade do mercado.

    69. Existem duas abordagens aplicadas aos estudos de usurios, os

    (A) cognitivos e os sensoriais. (B) relacionados aos materiais e os que abordam as experincias de leitura. (C) preocupados com o uso do acervo e os centrados na experincia dos usurios. (D) dirigidos ao sistema e os direcionados ao prprio usurio da informao. (E) centrados na leitura e os voltados ao aprendizado.

    70. Para que o Servio de Referncia On Line seja bem sucedido, necessrio que

    (A) exista equipamento de informtica em quantidade adequada para o atendimento local. (B) os bibliotecrios tenham uma atitude menos preconceituosa em relao ao atendimento on line. (C) o servio de referncia tradicional seja totalmente reformulado. (D) o planejamento do servio ocorra com a participao dos usurios. (E) exista uma interface amigvel de boa navegao, a fim de atrair o usurio.

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  • TJURJ-Anal.Jud.-Bibliotecario-AB 17

    DISCURSIVA ESTUDO DE CASO

    QUESTO 1

    Considere o seguinte resumo de um artigo:

    Estudo descritivo sobre a influncia da internet nas atividades cientficas de comunidade acadmica, investigou a opinio de 237 docentes vinculados aos programas brasileiros de ps-graduao em direito nos nveis de mestrado e doutorado em 2010. Para a obteno dos dados, foi utilizado um questionrio auto-aplicado, distribudo pela web e por correio postal. A anlise estatstica foi realizada por meio de propores, mdias e desvios-padro. A maioria da comunidade (94,9% ou 225 docentes) afirmou usar a internet, sendo o correio eletrnico (92,0%) e a web (55,6%) os recursos mais utilizados diariamente. A influncia da internet na comunicao entre os docentes, sobretudo para a realizao de pesquisas em colaborao, mostrou-se significativa (73,8%). Apenas 5,1% dos docentes declararam no utilizar a internet, alegando falta de motivao, falta de tempo e facilidade de conseguir de seus colegas o material de que precisam. O estudo revelou que a internet influencia o trabalho dos docentes e afeta o ciclo da comunicao cientfica, principalmente acelerando a recuperao de informaes. A comunicao entre os docentes foi a atividade que mais sofreu mudanas desde o advento da internet no mundo acadmico-cientfico brasileiro.

    Com base no texto, identifique o tipo de resumo de que se trata e descreva suas caractersticas e funes.

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    QUESTO 2

    Muitos critrios so utilizados para seleo de materiais em bibliotecas. Normalmente, eles so citados na literatura especializada, segundo o tipo de enfoque por eles adotados. Assim, temos critrios que abordam:

    1. o contedo dos documentos;

    2. a adequao ao usurio; e

    3. aspectos adicionais do documento.

    Apresente dois critrios representativos de cada um desses enfoques e comente pelo menos uma de suas caractersticas.

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