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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 361 | DEZEMBRO DE 2019

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 361 | DEZEMBRO DE 2019

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“E isto vos servirá de sinal: encontrareis um recém-nascido, envolto em faixas e deitado numa manjedoura”

[Lc 2, 12]

Permanece em nós, mesmo com as mudanças de tempos e atitudes, o mesmo deslumbramento que os

pastores tiveram há 2 mil anos quando um mensageiro do céu lhes revelou que eles estariam diante do Salvador da humanida-de, Jesus, o Cristo.

Poderíamos dizer que seria um milagre de Natal? Sim, com toda certeza. Mesmo que seja por um breve período, parece que a esperança de Paz na Terra ressurge uma vez mais, para acalentar nossos sonhos.

Incrível como a celebração do Natal mexe com nossas cidades, nossas casas, sobretudo conosco. Dentro de nós surge uma luz que ilumina as trevas e nos faz mais generosos, mais abertos à concórdia e mais dispostos a perdoar. Ainda que al-gumas pessoas tentem acusar de hipocri-sia essas atitudes, não podemos esconder que algo dentro de nós faz com que ajamos

diferentemente nesta época do ano. É bonito ver como as pessoas se pre-

param para o Natal e perceber que de al-gum modo a rotina fica diferente. As pes-soas saem às ruas para se maravilhar com a decoração natalina; mal sabem elas que o maior enfeite que nossa cidade pode ter é justamente a sua presença, iluminando, não com luzes, mas, com sorrisos alegres e olhares de confiança.

Aqueles que durante o ano estão longe se esforçam para voltar ao lar, revivendo a experiência de estar junto, contando os desafios e as conquistas do ano. É tempo de casa cheia, não somente de visitas, mas de encontro, partilha e alegria. À mesa, nos colocamos para nos alimentar, não só fisi-camente com os pratos que nos lembram a infância, mas para preencher os vazios de nossa alma.

O que mais me encanta na festa do Na-

editorial

voz do pastor

expediente

D eus nos concede mais uma vez a oportunidade em sua graça de celebrar o Natal de seu Filho,

que veio a este mundo para fazer mora-da entre nós. Data litúrgica festiva para os cristãos que com disposição procu-ram acolher o Verbo que se faz carne. Parece algo simples, mas quando na verdade o próprio Deus sai de si para visitar a humanidade e fecundá-la com vida, liberdade e harmonia para seus filhos e filhas.

A cada tempo, a festa do Natal ganha novos contornos jogando luz nas mais diversas realidades do mundo, da famí-lia, da sociedade, da Igreja e na evange-lização. Não queremos ficar repetindo uma mesma doutrina ou verdade total-mente desligada da realidade. Nossas comunidades e famílias, nossos grupos e pastorais procuram, à luz do Natal,

buscar novos caminhos e propostas em vista de transformação no caminho das relações com forte incidência nas comu-nidades e no espaço social.

Quanto mais os cristãos se conver-terem a partir do Cristo, Verbo Encar-nado, mais força terão no testemunho crível num mundo indiferente, para não dizer descrente. A vinda de Jesus mani-festa em seu nascimento nos traz uma realidade que exige respeito, compro-misso e valorização de todas as pes-soas, especialmente o pobre expulso de nosso meio, progressivamente. O pobre tornou-se um objeto e não uma pessoa, que incomoda os outros. A so-ciedade decidiu definitivamente elimi-ná-lo, essa grave situação precisa ser denunciada e enfrentada com coragem e determinação.

O Cristo veio para os pobres, pe-

Diretor geral

DOM JOSÉ LANZA NETO Editor

PE. SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808

Equipe de produção

LUIZ FERNANDO GOMESJANE MARTINS

Revisão

JANE MARTINS

Jornalista responsável ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265

Projeto gráfico e editoração BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160

Telefone35 3551.1013

E-mail

[email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

BUSCAR OSFRUTOS DA ETERNIDADE NA HISTÓRIA

Dom José Lanza Neto,Bispo da Diocese de Guaxupé

quenos, doentes, últimos da socieda-de. Cristo nasceu pobre para acolher os desvalidos, os espoliados e os so-fredores. Não se celebra o Natal só no presépio. O presépio se amplia nas ruas, nas periferias, nos campos e nos mais variados lugares, que às vezes nem temos coragem de chegar.

O Natal vai além de festas, encon-tros, celebrações litúrgicas só dentro de nossas igrejas. O Natal nos convoca para uma missão de estar juntos com todos os irmãos e as irmãs. O Natal nasce em nosso coração, passa por nossas igrejas e vai até a mais longín-qua das realidades desafiadoras. Cele-brar o Natal é se propor a mudanças profundas e significativas. Desejar feliz natal é mais que cartões e publicações em redes sociais, é acolher Jesus e os irmãos no coração.

tal, além da celebração da fé, são as can-ções que nos trazem a sensação concreta de que o mundo pode ser diferente, mais próximo dos valores autênticos e da convi-vência pacífica entre todos os homens de boa vontade. O Natal é um verdadeiro ali-mento para nossos sonhos e projetos.

A cada fim de ano, podemos reafirmar aquilo que nos faz felizes de verdade, nos reaproximar das pessoas que não podem estar longe de nós e também nos refazer em nossa casa. É como se tivéssemos a oportunidade de visitarmos um oásis em meio a tanta aridez da vida cotidiana.

Que possamos viver o Natal abertos à luz que ilumina o nosso interior e que os sonhos nossos, fortificados no nascimento de Jesus, possam continuar a nos impulsio-nar sempre em frente na construção de um mundo melhor.

2 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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opiniãoPOR MENOS LISTAS DE SONHOS,E MAIS VIVÊNCIA CONCRETA DO EVANGELHO

Por padre Sérgio Bernardes, assessor de comunicação – Diocese de Guaxupé

A cada começo de ano, estabelece-mos metas, sonhos e projetos que vamos realizar no ano seguinte,

muitos deles, resquícios de ações não realizadas que postergamos para o pe-ríodo seguinte, com a convicção intuitiva que teremos mais tempo ou estaremos mais dispostos à realização.

Mas, se nós nos propuséssemos, como cristãos, a favorecer que algumas virtudes fossem multiplicadas em nossa existência, com toda a certeza, isso per-mitiria que a graça de Deus se manifes-tasse em nós, oportunizando a concre-tização do Reino em nós e no mundo.

FÉÉ sempre fundamental ressaltar que

a significação da palavra fé vai para além de seu significado religioso. De acordo com o Michaelis, fé é uma “con-vicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção; credulidade, crença”. A partir disso, po-demos considerar que para todas as si-tuações humanas, necessitamos de fé. Fé nos pressupostos e procedimentos científicos, fé no processo dialógico e na argumentação filosófica e, especial-mente, fé na dimensão transcendental da vida.

A fé, portanto, é uma característica que identifica o ser humano, senão se-ríamos todos niilistas convictos e, mes-mo assim, teríamos que acreditar que a vida não teria sentido algum.

Jesus de Nazaré expressa, em sua postura de vida e em seus ensina-mentos, uma valorização do caminho percorrido pelo ser humano como um modo de se compreender a humanida-de e entender que as lógicas do mundo não possibilitam a vivência da fraterni-dade. Quando Jesus fala a seus discípu-los sobre fé, ele indica justamente uma aposta no ser humano como indivíduo capaz de favorecer a construção de um Reino de fraternidade e diálogo, em harmonia com o Criador.

Abrir-se à experiência de fé não é, de modo algum, tapar os olhos e não perceber as incoerências da vida e os limites da existência humana. Viver uma vida a partir da fé é acreditar que há algo maior que nos abre horizontes, expandindo nossos universos de sentido e enveredan-do-nos nos mistérios da vida, impossíveis aos processos científicos e argumentações racionais.

Ter fé é contemplar a vida, consideran-do os limites do mistério que não deveriam nos amedrontar, mas nos maravilhar com a possibilidade de nunca chegarmos a uma conclusão final da grandiosa jornada hu-mana.

ESPERANÇAEsperar que o mundo, as pessoas e eu

mesmo possamos mudar exige paciência e calma, se não logo atropelamos tudo e não respeitamos os limites da vida. Mas, isso não deve fazer com que a gente caia numa apatia, desinteressando-nos pelo que acontece a nossa volta. A esperança nos faz enxergar a realidade e fazer isso com olhos de quem ama verdadeiramente e sabe, de algum modo, que pessoas ou situações têm a possibilidade de se torna-rem melhor do que são ou estão.

Viver sem esperança é se condenar a uma morte antecipada, não como experi-ência de eternidade, mas de paralisação e inércia. Não ter expectativas de um futuro melhor ou, ao menos, de um aprimoramen-to pessoal e interior é desistir da luta antes mesmo dela começar.

Ter esperança nos ajuda a ver as coisas e as pessoas não pelo que elas nos mos-tram, mas olhar cada uma delas e perceber que há dons, muitas vezes escondidos, que podem vir a florescer um dia. Construir uma família, plantar uma árvore, escrever umas linhas ou fazer uma longa viagem são sem-

pre apostas que tudo isso nos tornará diferentes do que éramos.

Se as mudanças não são as que es-peramos, ao menos, acreditar no que está por vir nos dá o otimismo necessá-rio para seguirmos em frente. Por mais que as coisas não estejam do jeito que gostaríamos, sempre fica a esperança que, ao arregaçar as mangas, pode-mos fazer um futuro diferente. A vida é sempre mudança e a melhor forma de seguir nessa jornada é lançar os olhos ao horizonte e esperançar que trilharemos por rotas inesperadas, mas sempre serão os nossos pés que farão a jornada.

CARIDADEGeralmente quando pronunciamos

a palavra amor, somos inundados por referências românticas, não necessa-riamente o amor em sentido erótico entre duas pessoas, mas o conjunto referencial do Romantismo, período artístico dos séculos 18 e 19. Esse mo-vimento de influência ampla oferece à humanidade uma visão idealizada de todo o universo simbólico humano. Disso decorre a criação de concepções supervalorizadas e irreais de tudo o que nos cerca: o país, a família, as rela-ções amorosas e os valores universais.

Como fruto disso tudo, ainda hoje mantemos enraizados em nossa visão de mundo uma concepção extrema-mente utópica de tudo aquilo que está em nosso universo pessoal. O proble-ma está justamente no contraponto imediato com a realidade vivida. Sem-pre há um certo descompasso entre aquilo que sonhamos ou almejamos e a vida real, concreta e desafiante. Não é errado ser otimista diante dos problemas e das circunstâncias da vida, o insustentável é justamente não equilibrar anseios e sonhos com uma realidade marcada por intolerâncias, insatisfações e limites.

É importante termos em mente que amar a vida, as pessoas e o mundo exige justamente menos idealizações e mais concretude, pois é na experiên-

cia real que tudo se dá e se desenvolve. Os sonhos obviamente nos ajudam a ter ins-piração e a suavizarmos o mundo em que estamos inseridos, mas não é aconselhável viver uma vida sem uma visão autêntica de tudo o que está a nossa volta.

A experiência humana sempre terá suas marcas utópicas e os sonhos sempre serão combustíveis a nos levar longe, mas não podemos nos furtar a oportunidade de reconhecermos na vida, real e transitória, a beleza que há em viver, mesmo com as dificuldades e os limites da existência.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 3

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notícias

Texto | Imagem: Assessoria de Comunicação – Regional Leste 2

Texto | Imagem: Assessoria de Comunicação – Regional Leste 2

ASSEMBLEIA REGIONAL SE APROFUNDANAS DIRETRIZES DA CNBB E PROPÕE AÇÕES LOCAIS

ANIMAÇÃO VOCACIONAL REALIZA ASSEMBLEIAE ASSUME COMPROMISSO COM A CAMINHADA PASTORAL

Organizada pelo Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Assembleia Regio-

nal de Pastoral reuniu (arce) bispos, padres e leigos de todas as dioceses dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais para a ela-boração e aprovação das novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do regional. O encontro foi realizado em Belo Horizonte, entre os dias 11 e 14 de novembro.

Representaram a Diocese de Guaxupé, dom José Lanza Neto, bispo diocesano, pa-dre Alexandre José Gonçalves, coordenador de pastoral, e padre Francisco Albertin Fer-reira, representante dos presbíteros.

Durante a assembleia, foram debatidas e aprofundadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), aprovadas em maio deste ano na 57ª As-sembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), que nortearão todo o trabalho evangeliza-dor no próximo quadriênio 2019-2023.

Participaram dessa Assembleia Regional de Pastoral 130 pessoas, entre o episcopado do Espírito Santo e Minas Gerais, coordena-dores regionais de pastorais, movimentos e organismos, representantes de presbíteros, leigos e leigas.

Seguindo a tradição da Igreja de honrar a memória dos fiéis falecidos, os participan-tes homenagearam os (arce)bispos e padre falecidos no último ano: dom Silvestre Luís Scandian, dom Diogo Reesink, cardeal dom Serafim Fernandes de Araújo e o padre Er-nesto de Freitas Barcelos.

Para promover um momento de frater-na comunhão, participação e partilha aconteceu, entre 8 e 10 de novembro,

em Belo Horizonte (MG), a 40ª Assembleia Anual da Pastoral Vocacional (PV) – Serviço de Animação Vocacional (SAV).

Com a assessoria do padre Geraldo Luiz de Mori, reitor da Faculdade Jesuíta de Fi-losofia e Teologia (FAJE), o evento recebeu representantes de cada (arqui)diocese do Regional Leste 2 para avaliar, pensar, refle-tir e buscar caminhos para uma animação vocacional vigorosa, ousada e corajosa em meios aos muitos desafios com os quais nos deparamos na caminhada.

Segundo o padre Eliseu Donisete de Pai-va Gomes, até então coordenador regional PV-SAV, a ideia foi trabalhar a missão vo-cacional com mais empenho e de maneira revigorada. “Precisamos estar em sintonia com a caminhada da Igreja no Brasil, a partir das novas diretrizes para a ação evangeli-zadora”, afirmou. “E ao abordar esse tema,

Segundo dia (12/novembro)Foram promovidas as palestras Casa

da Palavra, ministrada pelo cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa, logo após, o padre Danilo César dos Santos Lima apresentou a conferência Casa do Pão. O cônego falou so-bre a iniciação à vida cristã e bíblica e a ideia de se ter comunidades fundadas em torno da Palavra. Padre Danilo articulou a Casa do Pão a partir da liturgia e a busca por viver a espiritualidade rumo à santidade, tal como defende o papa Francisco na exortação Gau-dete et Exsultate que personaliza a fé, mas

leva ao encontro.Para encerrar a programação diária, Os

horizontes do Sínodo Pan-amazônico foram o tema da palestra ministrada pelo presiden-te da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo. “O Sínodo é oportunidade do diálogo, da escu-ta, da partilha e do ato de nos debruçarmos sobre a realidade da Amazônia em si, o que nos ensina muito para todo canto do mundo e do Brasil”, afirmou.

Terceiro dia (13/11)O secretário executivo das Campanhas

da CNBB, padre Patriky Samuel Batista, as-sessorou o treinamento para a Campanha da Fraternidade (CF) do próximo ano, com o tema Fraternidade e Vida: dom e compro-misso. A formação contou com a contribui-ção de padre Joseumar Miranda, da Diocese de Colatina (ES), e da leiga Eliana Tomaz, da Arquidiocese de Diamantina (MG). A partir da identificação dos pontos a serem traba-lhados, foi possível demonstrar o que deve ser feito para continuar a caminhada.

“É uma oportunidade que temos de viver o período quaresmal com um horizon-te de mudança. (…) Nossa grande inspiração da CF 2020 veio da figura de Santa Dulce dos Pobres e tocará diversas questões so-ciais”, completou padre Patriky.

Os estudos sobre a Casa da Cari-dade foram conduzidos também por padre Patriky, refletindo sobre a necessidade das comunidades em se preocupar com os que mais sofrem e a defesa da vida em todos os sentidos.

Padre Maurício da Silva Jardim, ex-se-cretário das Pontifícias Obras Missionárias (POM), destacou a Casa da Missão, dando voz ao sentimento que a comunidade tem quando sai em missão e vai ao encontro das periferias existenciais.

A assembleia foi concluída na manhã do dia 14 de novembro com um momento oran-te conduzido por dom José Carlos de Souza Campos, presidente do Regional Leste 2, que agradeceu a presença de todos e recor-dou a vivência missionária dos cristãos.

esperamos recolher indicações para o pla-nejamento vocacional dos próximos anos”, complementou.

Para acompanhar os debates, os ins-critos fizeram leitura das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, Documento 109 da CNBB.

Nova coordenação – Durante a assem-bleia, ocorreu a eleição da nova coordena-ção da PV-SAV para o quadriênio 2019-2023. Padre Rodrigo, da Diocese de Leopoldina, foi eleito como novo coordenador; padre Hélio, da Diocese de Sete Lagoas, é o novo secretário; e padre Elinei, da Diocese de Itabira/Coronel Fabriciano, elegeu-se como tesoureiro.

Para o padre Luciano Nascimento, repre-sentante da Diocese de Guaxupé no evento, participar na assembleia “foi uma oportuni-dade enriquecedora de perceber a genero-sidade de Deus no chamamento dos jovens de nossa diocese e região quando compa-rado com outras realidades. A proximidade

e partilha com membros da pastoral voca-cional de outros lugares vem contribuir para

nosso itinerário de trabalho vocacional, com as conquistas e os desafios”.

4 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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Texto: Assessoria de Comunicação| Imagens: Lázara Assunção

Autor: Assessoria de Comunicação | Imagens: Arquivo Pessoal

FORMAÇÃO DA CF 2020LEVANTA DISCUSSÃO SOBRE DOM E COMPROMISSO

MULHERES: O ROSTO TERNO E CORAJOSO DA IGREJA

Fraternidade e Vida: Dom e Compro-misso. Esse será o tema que pautará as ações da Igreja no Brasil no próxi-

mo ano, na Campanha da Fraternidade (CF) 2020. As comunidades católicas, inspiradas pela parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 25-37) e, também, pela vida e pelo testemunho de Santa Dulce dos Pobres e outras figuras simbólicas da caridade no país, poderão vivenciar uma experiência de profunda ca-ridade em favor da vida, em todas as suas dimensões.

Para impulsionar o trabalho da CF nas comunidades, a Diocese de Guaxupé con-vidou o secretário-executivo para Campa-nhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista, para assessorar um encontro com lideran-ças pastorais. Padres, leigos e religiosos participaram da formação no dia 23 de no-

Uma Igreja de rostos múltiplos. Cada vez mais, percebe-se a influência das mu-lheres na vida eclesial e o modo dedi-

cado como leigas e religiosas se doam pelo anúncio do Evangelho. O Jornal Comunhão reuniu mulheres de toda a diocese que contri-buem decisivamente nos trabalhos pastorais nas mais variadas frentes. Conheça, agora, seus relatos e sua visão sobre a vida eclesial e os desafios para a evangelização.

Lourdes Renata, ministra extraordinária da distribuição da Comunhão Eucarística e mem-bro do Apostolado da Oração – Paróquia São Sebastião – São Sebastião do Paraíso

Como você compreende seu trabalho na Igreja, hoje, vivendo o laicato, no serviço ao Reino de Deus?

Como um chamado de Cristo. Ele chama a todos a ser Sal da terra e luz do mundo. Aceitei este chamado e me abri pra Jesus, contribuindo na Igre-ja com participação na liturgia, em obras assistenciais e ou-tras ações, além de exercitar o amor em Cristo através de sua palavra, na família, na vida social, profis-

notícias

laicato

vembro, na Cúria Diocesana.Com uma apresentação objetiva, padre

Patriky apresentou o conteúdo do texto--base, além de comentar elementos que compõem a identidade da CF: o cartaz, a inspiração de Santa Dulce dos Pobres como modelo de santidade ativa, a parábola do Bom Samaritano como paradigma para a ação eclesial. O assessor apontou a adap-tação do método Ver-Julgar-Agir, formato de identidade eclesial latino-americana, para o “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, ações trazidas pela parábola do Bom Sama-ritano que iluminam a CF 2020.

“O texto do Bom Samaritano é como óculos para olharmos a realidade, onde pre-cisamos viver o Evangelho”, explicou padre Patriky ao destacar o lema.

A CF 2020 terá como objetivo central: “Conscientizar, à luz da Palavra de Deus,

para o sentido da vida como Dom e Compro-misso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na co-munidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum”.

Na avaliação do coordenador de pasto-ral, padre Alexandre José Gonçalves, a for-mação atingiu seu objetivo e envolveu os participantes na missão ambicionada pela CNBB para o próximo ano. “Fomos chama-

dos a anunciar e a testemunhar a Boa Nova do cuidado da Vida, olhando para o jeito de Jesus em cuidar, sua disposição em servir. Refletimos formas concretas de reproduzir na Igreja e no mundo o jeito de Jesus”.

Para ter acesso ao material disponibili-zado pelo assessor na apresentação da CF 2020, basta acessar o site da diocese: gua-xupe.org.br

sional e política. Sendo assim testemunha do Reino de Deus.

Quais seriam os maiores desafios em tra-balhar na evangelização?

Acredito que as pessoas hoje estão mais individualizadas e a modernidade trouxe prá-ticas que nos afastam de Deus, perdendo, as-sim, os valores do amor, da caridade e da éti-ca. Temos tempo para as redes sociais, para todo tipo de diversão, mas não temos tempo para buscarmos as coisas de Deus.

Quais são seus sonhos para sua comuni-dade e para a Igreja como um todo?

Que todas as pessoas pudessem se abrir para Deus e sentir quão grande é o amor dele por nós, deixando que Deus entre por comple-to em nossas vidas e assim vivenciarmos as maravilhas transformadoras que acontecem. Que possamos ser uma Igreja sempre aberta para todos, como pede Papa Francisco, de braços abertos como acredito que Jesus rece-beria a todos nós.

Natalina Modesto, coordenadora paro-quial da Pastoral da Criança e membro do Apostolado da Oração – Paróquia Sagrada Família e Santos Reis – Guaxupé

Como você compreende seu trabalho

na Igreja, hoje, vi-vendo o laicato, no serviço ao Reino de Deus?

Compreendo que é uma resposta ao chamado que Deus me fez e faz a todos os cristãos batizados. É a nossa vocação primeira! Pelo batismo so-mos impelidos pelo ardor missionário, onde nos tornamos Luz do Mundo e Sal da Terra, por isso devemos deixar nossa zona de con-forto e partir em busca do Reino de Deus que se manifesta no outro. No próximo, sobretudo, no irmão(ã) necessitado de alimento, de digni-dade e de Deus. Quantas pessoas hoje vivem na miséria espiritual, na orfandade incons-ciente, em uma carência de amor de Deus, que nada e ninguém consegue preencher, a não ser Ele mesmo! Daí a essencialidade de estar a serviço de forma insistente e perseve-rante. É extremamente gratificante!

Quais seriam os maiores desafios em tra-balhar na evangelização?

Um dos maiores desafios é a necessida-de de conscientização da missão que nos foi confiada para que haja o devido engajamento em todos os serviços e ações da Igreja, nas atividades paroquiais, na ação catequética de

crianças e jovens, no apostolado, na presença social e em tantas outras expressões. Salta--nos aos olhos a expressão Igreja em Saída, pois delega a nós, leigos, o protagonismo evangélico expresso por Jesus: “Eu não vim para ser servido, mas para servir”. É desafian-te nos colocarmos no lugar do outro! Ter a hu-mildade de reconhecer que a obra é de Deus e que fazemos parte do Corpo Místico de Cris-to, a santa Igreja, onde são colocados à nossa disposição todos os elementos necessários à nossa salvação e a de todos àqueles que nos foram confiados!

Quais são seus sonhos para sua comuni-dade e para a Igreja como um todo?

Essa resposta se resume na passagem das Sagradas Escrituras que está no Evan-gelho de João 13, 34-35 que eu entendo que também seria o sonho de Jesus para toda a sua Igreja: “Eu dou a vocês um novo manda-mento: amai-vos uns aos outros. Assim como eu vos amei, vós deveis amar uns aos outros. Se vocês tiverem amor uns para com os ou-tros, todos reconhecerão que vocês são meus discípulos”. O meu sonho é que Jesus Cristo seja conhecido, amado e adorado com todo nosso coração, com toda nossa alma, com todo nosso entendimento e com todas as nos-sas forças, juntamente com sua e nossa mãe, Maria Santíssima.

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POLÍTICA

Rosinei Costa Papi Dei Agnoli, coordena-dora regional de Ação Pastoral Universi-tária – PUC Minas

Toda análise sempre parte de uma vi-são de mundo. O fundamental é provocar a reflexão, os contrapontos, a síntese do contexto, as perspectivas, e questionar o tempo que se vive, de olhos bem abertos e pés no chão, e abrir-se ao diálogo mais am-plo e fraterno. ESPERANÇA acima de tudo! Por uma cultura política do diálogo, da paz e da justiça social: “Terra, Teto e Trabalho!” “Comida, diversão e arte!” Casa, saúde e escola para todas e todos!

“A democracia exige um povo com for-te identidade coletiva.” (TAYLOR, 2011). O processo democrático é uma realidade brasileira relativamente nova. A aprendiza-gem está em curso. O conflito de valores é inerente à condição humana e à vida polí-tica. A democracia compreende a tensão, o debate das ideias e projetos políticos, a alternância do poder, o diálogo qualificado, a inclusão, o respeito, a concessão em bus-ca do bem comum, em especial, dos mais empobrecidos da sociedade.

Vê-se, hoje, no cenário político, a de-fesa de direitos e interesses particulares em detrimento de direitos coletivos. Per-cebem-se as lideranças políticas preocupa-das mais com o poder, o status pessoal e descomprometidas com a vida e dignidade da coletividade.

Vive-se um tempo marcado por uma política bipolar agressiva, o desencanto pela luta política e pelas políticas públicas, a despolitização e a descrença nas institui-ções políticas, o avanço mundial do conser-vadorismo no campo das ideias e ações po-líticas, com posturas “glocais” excludentes, preconceituosas e sectárias. Um traço mar-cante da realidade atual é a “judicialização da política e politização da justiça”.

Há a presença de discursos de ódio, extremismos e fundamentalismos políticos e religiosos, a defesa de ideologias mais que o bem viver das pessoas e da Casa Comum, a instrumentalização da religião para alcançar objetivos políticos pessoais e corporativistas (“sacralização da política e politização do sagrado”), e constatam-se afrontas e perdas dos direitos e garantias constitucionais.

Diante da realidade sociopolítica, eco-

nômica e cultural brasileira há necessida-de de um projeto de nação, de políticas públicas de Estado e não de governo, ca-pazes de oferecer políticas inclusivas para alavancar o desenvolvimento do país e o acesso aos serviços e às oportunidades para uma vida digna.

Cabe indagar: há uma proposta nova e original e um projeto político nacional justo que possa devolver a esperança ao povo deste país? A quem interessa a fragmen-tação política e social? O esfacelamento das parcerias e dos blocos negociadores no cenário mundial? O enfraquecimento da luta popular? O processo de desarticu-lação política dos povos na América Latina e no mundo? A desconsideração do valor e da identidade de um povo e a cooperação mútua entre povos soberanos e amigos? A alienação e confusão das mentalidades? O desrespeito à Constituição Federal? Aos di-reitos do povo?

Papa Francisco ensina que “fazer po-lítica inspirada no Evangelho, a partir do povo em movimento, pode se tornar uma maneira poderosa de sanar nossas frágeis democracias e abrir o espaço para reinven-tar novas instâncias representativas de ori-gem popular.”

SAÚDE

Rafael Marinho, formando em Medicina

A saúde no Brasil em 2019 foi marcada pelo combate ao sarampo e mundialmen-te pelas mudanças em relação ao rastrea-mento do câncer de próstata e por diversos avanços no tratamento de doenças.

O sarampo, doença viral aguda transmi-tida pela fala, tosse e espirro, havia sido er-radicada do Brasil em 2016. Após dois anos sem registrar casos, tivemos novos casos em 2018, provenientes da Venezuela, Eu-ropa e Ásia. A certificação de erradicação do sarampo foi retirada do Brasil em feve-reiro desse ano, após 12 meses registrando casos. Além da importação do vírus de ou-tros países, outra causa do surto foi a baixa cobertura vacinal. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que 95% da população esteja vacinada contra o vírus, porém, segundo informações do DataSUS de 2018, cerca de 91% da população rece-beu a primeira dose da vacina e 75% a se-gunda. Isso ocorre não só pelas mudanças do calendário vacinal ocorrida nos últimos

anos (a 2ª dose da vacina foi instituída em 2004), mas também pelo aumento dos gru-pos anti-vacinas. No ano passado foram registrados 10.262 casos no país, com 12 mortes, e neste ano, apesar das intensas campanhas vacinais, foram 4.476 casos até setembro, a maioria no estado de São Pau-lo, com 4 mortes.

Câncer de próstata: após definição da OMS e posteriormente acatada pelo Minis-tério da Saúde, não existe mais a recomen-dação de rastreio de câncer de próstata em homens sem sintomas. A grande pre-ocupação dos últimos anos é de que pro-cedimentos invasivos podem trazer prejuí-zos à saúde, em casos de câncer de baixa agressividade e que não necessitariam de tratamento. Porém, a Sociedade Brasileira de Urologia ainda mantém sua recomen-dação de que homens a partir de 50 anos devem procurar um profissional especiali-zado, para avaliação individualizada.

Prêmio Nobel de Medicina: em 2019, o prêmio foi dado a 3 pesquisadores que descobriram como a células do corpo hu-mano se adaptam aos níveis de oxigênio do ambiente. Já se sabe desde o século 20 que em situações de menor concentração

de oxigênio (como regiões montanhosas), há aumento das células vermelhas para otimizar o transporte do oxigênio para os órgãos, mas os detalhes do funcionamento desse sistema a nível molecular ainda era um mistério. As descobertas desses cien-tistas abrem caminho para estratégias de tratamento de anemia, câncer e outras do-enças.

EDUCAÇÃO

retrospectiva 2019

2019RETROSPECTIVA

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de índices educacionais.Faz-se necessária a criação de políti-

cas públicas voltadas para a excelência do processo educacional que ultrapasse bar-reiras, distâncias e preconceitos e que pro-mova uma educação qualificada para todos os estudantes brasileiros.

ECONOMIA

Matheus Parreira Machado, empresário, professor e palestrante de Finanças Pes-soais

Assessoria de Comunicação

Aline Heloísa, professora da rede pública de ensino

A educação brasileira vive hoje o resul-tado da quebra de paradigmas sociais e culturais que até pouco tempo atrás vigo-rava em nossa sociedade.

A inclusão de pessoas portadoras de deficiência prevista na Constituição de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Edu-cação 94/1996, além de abrir as portas das instituições escolares, também tem feito valer os direitos de integração e equida-de para os estudantes que necessitam de atendimento educacional especializado. Por outro lado, a busca pela maior inserção dos negros nas universidades alcançou um feito histórico em 2019: segundo a pesqui-sa “Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil”, divulgada pelo IBGE, é a primei-ra vez que o número de estudantes negros passou o número de brancos nas universi-dades públicas. Esse avanço deve-se par-cialmente ao sistema de cotas, que reserva vagas a alguns grupos populacionais.

A Educação de Jovens e Adultos, tam-bém prevista em lei, permitiu que muitos homens e mulheres, que não tiveram aces-

so à educação na idade própria, retornas-sem aos bancos escolares, efetivando, as-sim, sua cidadania. Não obstante, há uma proliferação de cursos à distância em nos-so país, de diferentes áreas, para aqueles que estão impossibilitados de cursar uma faculdade presencial por diversos fatores.

O Brasil segue na trilha do sucesso educacional, a universalização do ensino básico, a redução do atraso, abandono e da distorção na idade-série e isso, somado às políticas de acesso ao ensino superior, deixará um saldo positivo em nossa conta. Há motivos para comemorar, porém, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Foi reconhecido o direito, é hora de buscar a qualidade!

A desigualdade social ainda existe, as escolas contam com infraestruturas e tec-nologias digitais precárias. Há uma carên-cia de docentes, uma vez que os planos de cargos e carreiras nem sempre são estimu-lantes para o ingresso na área acadêmica. Estes são alguns entraves que separam o Brasil e outros países em desenvolvimento dos países desenvolvidos, como Austrália, Canadá, Noruega, Dinamarca, que ocupam as melhores posições no ranking mundial

2019RETROSPECTIVA

2019 foi um ano intenso. A eleição de Bolsonaro marcou o início de um novo ciclo, após intensa polarização política, um Pre-sidente de Direita foi eleito já anunciando uma série de reformas, nem simples nem fáceis: Previdenciária, Tributária, Adminis-trativa, Pacto Federativo. Todas necessárias, mas até agora, “apenas” a Reforma da Pre-vidência avançou, com algumas perdas, a chamada Desidratação, mas nada que tire a relevância do que foi aprovado e gerará uma economia superior a R$ 800 bilhões nos próximos 10 anos.

O cenário econômico é determinado não apenas por ações políticas. A tragédia que aconteceu em Brumadinho mexeu com o mercado, as ações da Vale despencaram de sexta para segunda (no fim de semana a Bolsa não opera) e se questionou a eficácia da fiscalização realizada e das medidas de segurança adotadas, e, somado a Mariana, foi um baque forte para a economia de Mi-nas Gerais que tem a mineração como sua maior fonte de arrecadação.

Na terra da Rainha, a então Primeira--Ministra Theresa May travou uma batalha pelo BREXIT (British Exit = Saída Britânica), o desligamento do Reino Unido da União Europeia, o bloco econômico mais forte do mundo. Na nossa vizinha Venezuela, a crise só aumentou com vários cidadãos fugindo para outros países, inclusive, Roraima tor-nou-se um dos principais destinos. Mundo afora, os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China) continuam num embate em que, ora estabelecem uma trégua e tudo está bem, ora entram em conflito e todos fi-cam em alerta.

A Bolsa no Brasil bateu 14,88% de ga-nhos em apenas 3 meses, mas logo se acalmou após a desidratação da proposta da Reforma da Previdência e um temor que ela nem se concretizasse (já rolou!). A SE-LIC (Taxa de Juros do País) começou esta-bilizada em 6,5% ao ano e foi reduzida até os atuais 5% podendo chegar a 4,5% antes do fim do ano, isso visa incentivar a oferta de crédito a taxas mais baixas (junto com o Cadastro Positivo) e aumentar o consumo, movimentando a economia.

Apesar da crise política permanente, o Brasil demonstra maior estabilidade eco-nômica com taxa de juros e inflação con-troladas, menor Risco-País e avanço com as reformas; o mundo ainda vive momentos de tensão especialmente na relação EUA x Chi-na e pela “anunciada” crise global em 2021.

2019 não foi fácil para os brasileiros, mas trouxe esperança para os próximos anos, uma leve retomada da indústria aponta que o mercado tende a se aquecer em 2020 a partir da geração de novos empregos e da circulação de mais crédito na economia.

Podemos dizer que esperávamos um pouco mais desse ano que está findando, mas como bons brasileiros, persistimos e lutamos com o nosso melhor para que 2020 seja um ano de menos conflitos, menos cri-ses e menos desigualdades; e que possa-mos prosperar na vida pessoal, profissional e enquanto nação.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 7

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Aconteceu no início de novem-bro (8-10), a 40ª Assembleia da Pastoral Vocacional do Re-

gional Leste 2. O encontro favoreceu a partilha do Congresso Vocacional e a leitura vocacional das Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023 (DGAE). Com a as-sessoria de padre Geraldo Luís, per-cebeu-se a necessidade de conciliar o caminho pastoral da Igreja em co-munhão com o trabalho da pastoral vocacional.

Certos de que a animação vo-cacional sofre as crises de nosso tempo, os agentes vocacionais são chamados a despertar as pessoas que estão no caminho do Senhor e, assim, favorecer o discernimento vo-cacional, tendo como fruto a escolha do caminho do Senhor entre todas as possibilidades apresentadas pelo nosso contexto.

Para a realização desse itinerário, não se pode negligenciar a perspectiva sinodal de nossa Igreja, pois o despertar vocacional é responsabilidade de todo batizado que caminha junto ao reinado de Cristo. Por isso, antes de olharmos a pastoral vocacional como uma pastoral a mais em nossa Igreja, ela deve ser apre-endida como um encontro com o Senhor.

Papa Francisco afirma: “A Pastoral Vocacional é aprender o estilo de Jesus,

Quando, através da experiência da fa-mília humana, em contínuo aumen-to a ritmo acelerado, penetramos no

mistério de Jesus Cristo, compreendemos com maior clareza que, na base de todas aquelas vias ao longo das quais a Igreja dos nossos tempos deve prosseguir, existe uma única via: é a via experimentada de há séculos, e é, ao mesmo tempo, a via do fu-turo. Cristo Senhor indicou esta via sobre-tudo, quando « pela sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, se uniu de certo modo a cada homem ».

A Igreja reconhece, portanto, como sua tarefa fundamental fazer com que uma tal união se possa atuar e renovar continu-amente. A Igreja deseja servir esta única finalidade: que cada homem possa en-

que passa pelos lugares da vida cotidia-na, se detém, sem pressa, e, olhando os irmãos com misericórdia, os conduz ao encontro com Deus Pai. Ele é o ‘Deus conosco’, que vive entre seus filhos, não teme misturar-se entre a multidão das nossas cidades”.

Portanto, a Assembleia oferece a cer-teza de que urge em nossa animação vocacional a chamada a conduzir os vo-cacionados neste mundo de transforma-ção, em mudança de época, a olhar para a vida de Jesus de Nazaré, discernindo sua vocação no discipulado, tendo como principais pontos de referência:

• O Evangelho: na vida do Mes-tre, todo vocacionado encontra seu lugar no caminho ao reinado de Deus. Ao deparar-se com as transformações de nosso tempo, apresentadas nas Diretrizes, o Evangelho nos mostra que Jesus de Nazaré sempre será a novida-de que ilumina os povos e aponta o caminho;

• No início da Igreja, a Boa Notí-cia foi anunciada nas cidades, portanto, ao olharmos o objeti-vo geral das DGAE (2019-2023), compreendemos que está dire-

vocações

patrimônio

A CAMINHADA VOCACIONALEM ÍNTIMA SINTONIA COM A AÇÃO EVANGELIZADORA

CRISTO UNIU-SE COM CADA UM DOS HOMENS

cionado para uma ação pas-toral similar a das primeiras comunidades. Certos do re-torno às fontes, somos cha-mados a superar uma reali-dade meramente rural para a realidade urbana. Tendo em vista que aspectos da cultura urbana já se fazem presentes inclusive nos ambientes ru-rais.

• Frente ao pluralismo eclesioló-gico, compreender que em Cristo não há polarização. Mesmo havendo diversas ma-neiras de vivenciar a experi-ência eclesiológica, o Cristo é o mesmo. Essência e razão de existir todos movimentos.

• As pequenas comunidades de-vem servir como eixo integrador do anúncio do Evangelho com a finalidade de salvação.

Diante do que foi apresentado, con-cluo que a participação nesta assembleia foi uma oportunidade enriquecedora de perceber a generosidade de Deus no chamamento dos jovens de nossa dioce-se e região quando comparado com ou-tras realidades. A proximidade e partilha com membros da pastoral vocacional de outros lugares vem contribuir com nosso itinerário de trabalho vocacional, com suas conquistas e seus desafios.

Por padre Luciano Nascimento, membro do Serviço de Animação Vocacional

Fonte: Redemptor Hominis (n.13), são João Paulo II

contrar Cristo, a fim de que Cristo possa percorrer juntamente com cada homem o caminho da vida, com a potência daquela verdade sobre o homem e sobre o mundo, contida no mistério da Encarnação e da Re-denção, e com a potência do amor que de tal verdade irradia. Sobre o pano de fundo dos sempre crescentes processos na histó-ria, que na nossa época parecem frutificar de modo particular no âmbito de vários sis-temas, de concepções ideológicas do mun-do e de regimes, Cristo torna-se, de certo modo, novamente presente, malgrado to-das as suas aparentes ausências, malgrado todas as limitações da presença e da ativi-dade institucional da Igreja. E Jesus Cristo torna-se presente com a potência daquela verdade e daquele amor que n’Ele se ex-

primiram como plenitude única e que não se pode repetir, se bem que a sua vida na Terra tenha sido breve e ainda mais breve a sua atividade pública.

Jesus Cristo é a via principal da Igreja. Ele mesmo é a nossa via para « a casa do Pai » e é também a via para cada homem. Por esta via que leva de Cristo ao homem, por esta via na qual Cristo se une a cada homem, a Igreja não pode ser entravada por ninguém. Isso é exigência do bem tem-poral e do bem eterno do mesmo homem. Por respeito a Cristo e em razão daquele mistério que a vida da mesma Igreja consti-tui, esta não pode permanecer insensível a tudo aquilo que serve o verdadeiro bem do homem, assim como não pode permanecer indiferente àquilo que o ameaça.

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Durante a Assembleia Regional de Pastoral do Regional Leste 2, en-tre os dias 11 e 14 de novembro,

foram preparadas propostas de aplica-ção das Diretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora no regional.

Após as apresentações de cada pi-lar por assessores convidados, os par-ticipantes se dividiram em grupos para apresentar iniciativas de ação para a re-alidade regional para os próximos qua-tro anos. Fundamentados pelas DGAE 2019-2023, foram aprovadas as seguin-tes indicações de aplicação pastoral no regional.

PILAR DA PALAVRA “Os Atos dos Apóstolos relatam que

a comunidade cristã se concentrava nas casas como o seu lugar característico de reunião, ajuda mútua e fortalecimento da vivência missionária. Nelas, os cris-tãos ouviam juntos a Palavra e, por esta iluminados, procuravam discernir a ex-periência da vida em Deus, conscientes de que a fé provém da escuta. No cami-nho da experiência de fé, é Deus quem toma a iniciativa de comunicar seu de-sígnio salvífico de amor, cabendo ao ser humano, acolher e responder ao dom de Deus. A resposta implica conversão de vida, configuração a Cristo que, ne-cessariamente, torna o discípulo missio-nário. Todo esse processo de iniciação à vida cristã supõe um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, pro-porcionando de forma privilegiada pela celebração da Palavra de Deus e pela leitura orante”. (DGAE 2019-2023, 88)

1. Promover a animação bíblica da ação pastoral, através da leitura orante da Sagrada Escritura nos grupos ecle-siais e na Celebração da Palavra.

2. Oferecer formação centralizada na Palavra de Deus, que proporcione um caminho de iniciação à vida cristã, num processo contínuo, partindo do anúncio (querigma), culminando com o testemu-nho e o compromisso missionário.

PILAR DO PÃO “A mesa está no centro da celebra-

ção da fé cristã. Esta é sempre ato co-munitário, que exige presença, acolhi-da das pessoas, cuidado e afeto pelos outros. A comunidade eclesial tem na Eucaristia a sua mesa por excelência: memorial da Páscoa do Senhor, ban-quete fraterno, penhor da vida definitiva. Ela transforma as pessoas em discípulos missionários de Jesus Cristo, testemunhas do Evangelho do Reino. A comunidade ecle-sial, como casa que nutre seus filhos, é sus-tentada pela oração. Na comunidade de fé cultiva-se uma verdadeira vida de oração,

pastoralREGIONAL LESTE 2 APONTA INDICAÇÕESPASTORAIS A PARTIR DAS DIRETRIZES GERAIS DA CNBB

Por Regional Leste 2

enraizada na Palavra de Deus, tendo em Je-sus Cristo, o orante por excelência e na Ora-ção do Senhor o paradigma de toda oração”. (DGAE 2019-2023, 94-95)

1. Fortalecer e incentivar a Pastoral Litúr-gica por meio de uma formação mistagógi-ca, valorizando as expressões genuínas da

Piedade Popular e a realidade do Povo de Deus, respondendo aos desafios da cultura urbana.

2. Elaborar subsídios, em vista da forma-ção litúrgica por meio de cartilhas e mídias para TV, redes sociais e canais de internet, contemplando a relação entre liturgia e

evangelização, enfatizando o canto li-túrgico e a arte sacra.

PILAR DA CARIDADE “As questões sociais, a defesa da

vida e os desafios ecológicos da atual cultura urbana globalizada têm que ser enfrentados pelas nossas comunidades e também pelas Igrejas particulares, em nível local, regional e nacional, em uma postura de serviço, diálogo, respeito à dignidade da pessoa humana, defesa dos excluídos e marginalizados, compai-xão, busca da justiça, do bem comum e do cuidado com o meio ambiente. (...) Contemplar o Cristo sofredor na pessoa dos pobres significa comprometer-se com todos os que sofrem, buscando compreender as causas de seus flage-los, especialmente as que os jogam na exclusão. A ausência de sentido para a vida é fonte de grande sofrimento”. (DGAE 2019-2023, 104; 105)

1. Motivar os cristãos leigos e leigas, através da articulação dos Conselhos, ao engajamento social na luta pelos di-reitos humanos, na defesa da ecologia integral, na promoção da cultura da paz, e na proposição e acompanhamento das políticas públicas.

2. Favorecer o encontro pessoal com Jesus Cristo levando as comuni-dades eclesiais missionárias, enquanto Igreja Samaritana, ao compromisso com a cultura da vida, da caridade e da paz, através de ações sócio transformadoras.

PILAR DA AÇÃO MISSIONÁRIA “Um mundo cada vez mais urbano,

embora possa assustar, é, na verdade, uma porta para o Evangelho, e as comu-nidades cristãs precisam ter um olhar propositivo sobre essa realidade, cien-tes de que Deus ‘preparou uma cidade para eles’ (Hb 11, 16) (LF, 50-57). (...) A missão é intrínseca à fé cristã, pois ‘co-nhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria’ (DAp, 29)”. (DGAE 114-115)

1. Investir nos diversos Conselhos Missionários e na missão ad gentes para dinamizar as Comunidades Eclesiais Missionárias e garantir sua identidade.

2. Despertar a consciência missioná-ria das comunidades, a fim de que valo-

rizem, como espaços de missão, as perife-rias geográficas e existenciais, com especial atenção aos hospitais, escolas, presídios/outros lugares de detenção e universidades, priorizando a pessoa e seu acompanhamen-to espiritual e social.

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comunicaçõesaniversários dezembro

agenda pastoral

DIÁCONO DOUGLAS RIBEIRO LIMA

Natalício01 Monsenhor Enoque Donizetti de Oliveira01 Padre Vítor Aparecido Francisco03 Dom José Geraldo Oliveira do Valle 06 Padre Alexandre José Gonçalves09 Padre Luís Januário dos Santos10 Padre Hudson Ivan Teixeira 11 Padre Marcelo Nascimento dos Santos 12 Padre Adirson Costa Morais

1 Solenidade de Santa Mãe de Deus, Maria – Dia Mundial da Paz5 Epifania do Senhor12 Batismo do Senhor

15 Padre José Natal de Souza 17 Padre Valdenísio Justino Goulart 21 Padre Francisco Albertin Ferreira21 Padre Gladstone Miguel da Fonseca25 Dom Messias dos Reis Silveira 31 Padre Heraldo de Freitas Lamim 31 Dom José Lanza Neto 31 Padre Maurício Marques da Silva

13 - 19 Diocese: Curso de Iniciação Teológica em Guaxupé26 - 27 Encontro Diocesano para lideranças da RCC em Petúnia

Ordenação05 Padre José Milton Reis 08 Padre Carlos Miranda 08 Padre Mário Pio de Faria 10 Padre José Pimenta dos Santos 12 Padre Célio Laurindo da Silva 12 Padre João Pedro de Faria 12 Padre Gilgar Paulino Freire 14 Padre Gledson Antônio Domingos

18 Padre José Ronaldo Rocha 20 Padre Antônio Garcia 20 Monsenhor Hilário Pardini 22 Padre Luiz Gonzaga Lemos 26 Padre Ailton Goulart Rosa 26 Padre Nelson Fernandes de Oliveira27 Padre Lucas (Adriano) Araújo Dutra 28 Padre Gentil Lopes de Campos Júnior

in memoriamPaulista da cidade de São Paulo, mas criado desde os

dois anos de idade na cidade mineira de Monte Belo, na Diocese de Guaxupé (MG), Brasil. Era o primogê-

nito do casal João Batista Lima e Sônia Aparecida Ribeiro Lima. Nasceu no dia 29 de março de 1992 e tinha dois ir-mãos.

Sentiu o chamado à vocação sacerdotal desde peque-no. Enquanto criança ingressou no grupo de coroinhas de sua paróquia, foi catequista, membro do grupo de jovens, acólito e proclamador.

Aos 14 anos, começou a trabalhar como locutor na rádio de sua cidade, Monte Belo, permanecendo na mesma du-rante três anos.

Após o período de acompanhamento vocacional, ingres-sou no seminário em 2011 com apenas 18 anos. Cursou Li-cenciatura em Filosofia e Bacharelado em Teologia.

Trabalhou em diversas paróquias durante o processo formativo, nas quais teve a oportunidade de amadurecer sua vocação. Recentemente, o neo-diácono exercia seu ministério na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo em Pa-raguaçu (MG) e no Serviço de Animação Vocacional, acom-panhando os jovens que desejam ingressar no seminário.

A ordenação diaconal aconteceu no dia 25 de outubro na Catedral Diocesana de Nossa Senhora das Dores, em Guaxupé, com a participação de um grande número de fiéis.

Sobre o ministério diaconal, revelou em entrevista ao jornal de sua diocese: “Decidi, após um longo processo de formação, entregar minha vida definitivamente ao bom Deus. Já era feliz servindo à Igreja como seminarista, agora ainda mais como diácono e futuramente como padre. Agra-deço a Deus por ter me feito vosso filho pelas águas do Batismo e me concedido a graça do Sacramento da Ordem, no grau do diaconado. Dai-me, Senhor, a graça de levar to-das as coisas para Ti, ser vosso instrumento, diácono para servir a mesa da Palavra, a mesa da Eucaristia e a mesa do pobre”.

O acidente fatal aconteceu na tarde do dia 8 de novem-bro, envolvendo o veículo onde ele estava e um caminhão. Após duas cirurgias (ortopédica e neurológica), o diácono não resistiu aos ferimentos e faleceu 24 horas depois do acidente.

HOMENAGEMVocê não cumpriu o que nós dois tí-

nhamos combinado...Douglas, combinamos que quando da

minha morte você cuidaria de todos os detalhes do meu funeral, especialmente, da minha paramentação. E esse combi-nado tinha sido sério!

Mas como sua partida foi antecipa-da, assumi a dolorosa tarefa de preparar seu funeral. Sua última paramentação foi triste e bela! Tudo foi disposto com nobre simplicidade!

Enquanto punha-lhe o amito, a alva, o cíngulo, a estola, a dalmática e acertava cada detalhe de seu caixão, pude pensar em cada passo que você deu durante o itinerário formativo no seminário, visando seu maior objetivo: ser santo.

Ter podido acompanhá-lo, desde que nos conhecemos até o momento do fe-chamento de sua sepultura, foi uma das maiores honras da minha vida! Essa mar-ca está impressa, de modo indelével, em minha alma!

Você me ajudou, me ajuda e me aju-dará a vivenciar o sacerdócio com um gosto sempre renovado.

Muito me consola saber que agora você está, verdadeiramente, feliz de po-der participar da impecabilidade da litur-gia celeste! Quando eu aí chegar, quero vê-lo cuidando de todos os detalhes para que a adoração e o louvor ao nosso Deus sejam, de fato, dignos e perfeitos.

Enfim, eu o perdoo pelo não cumpri-mento daquilo que tínhamos combinado. Espero muito revê-lo e poder abraçá-lo, como um pai que ama abraça seu filho.

Por Padre Robison Inácio

Por Assessoria de Comunicação

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