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FECOMÉRCIO VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: GERAL

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FECOMÉRCIO VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: GERAL

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: NATAL

VEÍCULO: NOVO NOTÍCIAS ONLINE DATA: 30.04.17 Economia

Comércio potiguar em Pauta - Coluna da

Fecomércio

A FECOMÉRCIO RN DEFENDE APROVAÇÃO DA REFORMA

TRABALHISTA, ENTENDA PORQUE

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 25, o projeto da

Reforma Trabalhista, que agora segue para o Senado. No entendimento da

Fecomércio RN, trata-se de um passo fundamental para a modernização,

simplificação e, sobretudo, desoneração do custo indireto do emprego no país

(que é hoje o mais alto do mundo).

Com isso, abriremos caminho para a maior competitividade das empresas e, por

consequência, para a manutenção dos atuais postos de trabalho e para a abertura

de novas vagas.

A reforma não tira direitos e nem prejudica o trabalhador. Basta se aprofundar

no que diz o relatório para que isto fique claro. Conheça os detalhes da reforma e tire suas conclusões.

ACORDOS COLETIVOS

Como é: não se sobrepõem ao que é garantido pela CLT.

Como fica: poderiam regulamentar jornadas de até 12 horas por dia, com limite

de 48 horas na semana (incluindo horas extras) e 220 horas no mês,

parcelamento de férias e banco de horas, entre outros.

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IMPORTANTE: VEJA OS PONTOS QUE OS ACORDOS COLETIVOS

NÃO PODEM MUDAR:

- SEGURO-DESEMPREGO;

- SALÁRIO-MÍNIMO;

- REMUNERAÇÃO ADICIONAL AO TRABALHO NOTURNO;

- VALOR NOMINAL DO 13º SALÁRIO;

- RESPOUSO SEMANAL REMUNERADO;

- REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO SUPERIOR;EM

NO MÍNIMO 50% AO DO SERVIÇO NORMAL;

- NÚMERO DE DIAS DE FÉRIAS DEVIDO AO EMPREGADO;

- GOZO DE FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS;

- LICENÇA-MATERNIDADE DE 120 DIAS E LICENÇA PATERNIDADE;

- AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO, COM NO

MÍNIMO 30 DIAS;

- NORMA DE SAÚDE, HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO;

- LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL; - DIREITO DE GREVE.

FÉRIAS

Como é: são parceladas em até duas vezes, em no mínimo dez dias corridos.

Como fica: poderão ser parceladas em até três vezes, com nenhum período inferior a cinco dias corridos, e um superior a 14 dias corridos

JORNADA PARCIAL

Como é: é permitida jornada de até 25 horas semanais, sem hora extra, e com

férias de 18 dias.

Como fica: podem ser de até 30 horas semanais, sem hora extra, ou de até 26 horas semanais, com até seis horas extras. Ambas têm direito a férias de 30 dias.

DEMISSÃO Como é: trabalhador pode pedir demissão ou ser demitido com ou sem justa

causa; nos dois primeiros casos, ele não recebe 40% de multa sobre o FGTS,

nem tem acesso à conta do fundo.

Como fica: poderia haver demissão de comum acordo entre patrão e empregado.

Neste caso, aviso prévio e multa seriam pagos pela metade e trabalhador receberia 80% do saldo do FGTS.

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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL Como é: obrigatória para todos os trabalhadores e descontado diretamente do salário uma vez ao ano.

Como fica: será cobrada apenas dos trabalhadores que autorizarem o desconto

em seu salário

TERCEIRIZADOS Como é: empresa pode escolher se estende ou não ao terceirizado os mesmos

serviços de alimentação, transporte, segurança e atendimento médico oferecidos ao empregado direto no local de trabalho.

Como fica: inclusão dos terceirizados nesses benefícios será obrigatória e ficará

proibida a recontratação de um funcionário como terceirizado por um período de

18 meses após a demissão.

DESLOCAMENTO Como é: tempo de deslocamento do trabalhador entre sua casa e a empresa é

contabilizado na jornada quando o transporte é fornecido pelo empregador.

Como fica: o tempo nesse deslocamento deixa de ser contabilizado na jornada

mesmo que o transporte seja fornecido pelo empregador.

OUTROS PONTOS

ALMOÇO Intervalo de almoço poderá ser de apenas 30 minutos; hoje é de uma hora JORNADA

Possibilidade de pactuar jornadas de trabalho diferentes de 8 horas por dia, desde

que respeite limites de 12 horas em um dia, 44 horas por semana (ou 48 horas,

contabilizando horas extras) e 220 horas mensais

GRAVIDEZ Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa da gravidez

TRABALHO ALTERNADO Regulariza a jornada de 12 horas de trabalho alternadas por 36 horas de descanso já adotada atualmente por algumas categorias

HORAS EXTRAS Estabelece o limite de duas horas extras diárias, mas diz que essas regras poderão ser fixadas por “acordo individual, convenção coletiva ou acordo

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coletivo de trabalho”. A remuneração da hora extra deverá ser 50% superior à da

hora normal – hoje é 20%

TRABALHO INTERMITENTE Regulamenta o chamado trabalho intermitente, que permite a contratação de

funcionários sem horário fixo de trabalho e com pagamento feito com base nas

horas de serviço. Atendendo a apelo do Sindicato Nacional dos Aeronautas,

relator proibiu a contratação de profissionais que são disciplinadas por legislação

específica com esse tipo de contrato.

HOME OFFICE

Regulamenta o teletrabalho, conhecido como home office. Responsabilidade

sobre fornecimento ou compra, manutenção de equipamentos e

infraestrutura será prevista em contrato

LOCAIS INSALUBRES

Texto original restringia obrigatoriamente que gestantes trabalhassem em

ambientes insalubres. Nova versão prevê que será necessária apresentação

de atestado médico comprovando que o ambiente não oferece risco à

gestante ou à lactante.

REMUNERAÇÃO

Acordos coletivos entre patrão e empregados poderão criar remuneração

por produtividade, prêmios de incentivo e participação nos lucros ou

resultados.

VEÍCULO: NOVO NOTÍCIAS ONLINE DATA: 30.04.17 Cult

Você já foi a uma exposição artística potiguar? Poucos lugares para expor, uma nova cena emergente de grafitti e pouco

incentivo público capaz de possibilitar o fortalecimento do segmento. A

impressão é quase unânime para todos os entrevistados que hoje ajudam a

reportagem a analisar os maiores desafios e acertos das artes plásticas em Natal,

continuando a série especial de reportagem que o NOVO vem fazendo sobre o

cenário cultural natalense.

Lutando pelo reconhecimento dentro da própria cidade, o segmento coleciona

nomes memoráveis e que ajudaram a levar a arte produzida em Natal para todo o

mundo. Em janeiro a capital potiguar perdeu talvez o maior deles e que esteve

em plena atividade até seus dias finais, Dorian Gray Caldas.

O mais curioso, no entanto, para o mestre das telas que teve seu trabalho exposto

no mundo inteiro, é que ele sempre se recusou a sair de Natal. “Papai chegou a

negar até mesmo o convite de uma universidade norte americana que ofereceu

todo o suporte para ele ser professor de lá”, lembra Dione Caldas, filha de

Dorian e atual curadora do trabalho do pai.

“Muito do que aconteceu na sua vida foi devido aos contatos que ele fez quando

jovem”, complementa Dione, lembrando que os convites se tornaram ainda mais

frequentes a partir da década de 70, quando Dorian começou a se dedicar à

tapeçaria.

Falecido em janeiro de 2017 a sua primeira exposição póstuma e última inédita

será realizada neste mês de maio durante o “Natal Belas Artes”, evento itinerante

organizado pela galeria Toque de Mídias. O acervo vai reunir cerca de 40 cartões inéditos pintados por Dorian para uma exposição que iria acontecer na Noruega.

ARTE COM VISÃO DE MERCADO NO NATAL SHOPPING

Funcionando há pouco mais de 7 meses no Natal Shopping, a galeria Toque de

Mídias já realizou exposições de mais de 15 artistas potiguares e vem

fortalecendo a visão de mercado das artes plásticas em Natal. Para o jornalista

Cristiano Felix, idealizador e diretor do projeto, o mercado ainda tem diversas

lacunas, como, por exemplo, a falta de aproximação entre arquitetos e artistas plásticos.

“Pelo que observo nesse um ano de Toque de Mídias (ela funciona em dois endereços) é que os arquitetos não se sentem seguros para indicar um artista na

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hora de montar um projeto, e então as pessoas acabam comprando reproduções

de serigrafias pelo mesmo valor ou até mais do que se pagaria a um artista visual potiguar por uma tela ou escultura de sua criação”, opina Félix.

Ainda segundo o jornalista e curador de arte, a falta de espaços na cidade para

exposições permanentes e temporárias compromete inclusive o próprio interesse

que o público potiguar deveria ter para reconhecer as diferentes linguagens artísticas desenvolvidas em Natal.

GALERIA DO SESC: NOVO GÁS PARA O CIRCUITO

Realizando pelo terceiro ano consecutivo a escolha de suas exposições anuais

através de um edital, a Galeria do Sesc Cidade Alta tem se mostrado um dos

espaços mais criativos para dialogar com os artistas, mudando completamente seu layout de acordo com a proposta aprovada.

Vale salientar também que a Galeria é a única a disponibilizar uma premiação

financeira para cada artista selecionado. Atualmente este valor é de R$ 2.300.

Recentemente o espaço também abriu uma chamada pública para a seleção de

mediadores em artes visuais que vão auxiliar a visitação com uma bolsa de R$

700 para cada estudante selecionado.

O investimento total do Sesc na galeria para 2017 é de R$ 48 mil, possibilitando

além do cachê, todos os recursos técnicos e financeiros para a produção das exposições, assessoria em arte-educação e mediação cultural de cada proposta.

CÂMARA CLARA: UMA APOSTA NA RIBEIRA CONTEMPORÂNEA

Dentro de dois meses a Ribeira deve ganhar uma nova galeria de arte

contemporânea, a galeria Câmara Clara. A inauguração oficial acontecerá com a

exposição de “Falo”, novo trabalho visual do fotógrafo Paulo Fuga que vai

administrar o espaço em parceria com o produtor cultural Flávio Rodriguez. O

objetivo da dupla é abrir uma convocatória anual, para as mais diversas linguagens contemporâneas.

“O que eu percebo do público é que eles até tem interesse de prestigiar, mas

muitos não querem pagar por isso, ainda não enxergam que por trás de uma foto

existe muito trabalho”, opina Paulo Fuga reconhecendo a valorização à arte por parte do público como o maior desafio do segmento para os próximos anos.

A GALERIA PÚBLICA MAIS PREPARADA ESTÁ DENTRO DA

UNIVERSIDADE

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Funcionando há 36 anos no Centro de Convivência da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte (UFRN), a Galeria Conviv’art realiza em média 10 exposições por ano, com visitações gratuitas de segunda a sexta, entre 9h e 17h.

Entre as 4 galerias públicas existentes na cidade (Galeria Newton Navarro,

Galeria da Funcarte e a Pinacoteca Potiguar ), a Conviv’art é considerada a mais

preparada, de acordo com os próprios artistas, por uma série de fatores que vão desde a climatização até a iluminação adequada.

Gerida pelo Núcleo de Arte e Cultura da universidade, o NAC, todas as

exposições são selecionadas anualmente mediante edital que contempla tanto

artistas convidados, quanto projetos especiais e que sejam de interesse à

universidade.

“Eu acho que um Sistema Estadual de Cultura adequaria o estado com as

diretrizes do Sistema Nacional de Cultura, possibilitando mais oportunidades de

o estado receber repasses federais, como já acontece em estados vizinhos. A

Paraíba é um exemplo disso. Eu acho que a produção ainda é tímida aqui porque

é caro produzir arte, e sem incentivo isso realmente fica estagnado: a tela não é

barata, a tinta não é barata...”, opina Elidete Alencar, coordeanadora da galeria fereral.

OLHOS PELO MUNDO: KEFREN POK

Um dos principais representantes da nova geração de graffiti em Natal, Kefren

Pok é o pai dos olhos que certamente já te observaram em algum lugar da

cidade, ou em vários lugares, afinal são mais de 200 espalhados por diversos

pontos da capital potiguar. Formado em Design Gráfico, o artista visual levou

seu trabalho até Paris no ano passado.

“Eu acho que hoje a arte urbana de Natal vive um momento muito mais forte,

com empresas lançando editais para grafitarem seus muros e a própria prefeitura

investindo”, considera o artista plástico, elegendo, no entanto, como um dos maiores desafios o aumento de preço no material bruto.

Ele acaba de voltar de Curitiba, onde foi convidado da edição 2017 de um dos

maiores festivais de arte urbana do país, o “Street Of Styles”. “Foram 200

artistas do mundo inteiro e mais de 26 países representados”, conclui Pok reconhecendo também a internet como um poderoso aliado do artista plástico.

DUAS ESTÚDIO: UM LUGAR PARA A FOTOGRAFIA

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Funcionando como espaço cultural e escola de fotografia, desde 2012, o Duas

Estúdio, administrado pelas fotógrafas Elisa Elsie e Mariana do Vale, segue sendo um dos espaços mais ativos para a fotografia contemporânea de Natal.

“Quando você abre uma exposição as pessoas geralmente prestigiam as suas

obras, mas dificilmente compram uma foto, por excemplo”, reforça Elisa Elsie, criticando ainda a falta de inserção da linguagem nos editais públicos.

“Não existe hoje nem no município e nem no governo editais específicos para a

fotografia, nem muito menos editais de ocupação, por exemplo, de galerias que já existam e que precisam se equipar”, complementa.

PREFEITURA LANÇA EDITAL PARA PONTA NEGRA

Até o início de maio a orla da praia de Ponta Negra deve ganhar uma nova cara

com a finalização do painel de arte urbana financiado pela Secretaria Municipal

de Cultura (Secult/Funcarte), em parceria com a Secretaria Municipal de

Urbanismo (Semurb). Ao todo seis grafiteiros (Miguel Carcará, Digone, Kendo,

João, Pok e Félix) foram selecionados mediante edital público para pintar o painel que ocupa um muro de 3 metros de altura por 35 metros de comprimento.

O ATELIÊ A CÉU ABERTO DO IFRN

Também fruto de uma das galerias mais atuantes da cidade, a do IFRN (Cidade

Alta), o 5º Prêmio Ruy Pereira de Artes Visuais vai selecionar obras produzidas

em diferentes suportes para serem criadas e expostas no IFRN durante todo o dia 9 de maio.

As cinco melhores obras serão premiadas em dinheiro, com valores que vão de

R$ 1.200 a R$ 400. As inscrições podem ser realizadas pelo e-mail [email protected].

II SALÃO DORIAN GRAY DE ARTE POTIGUAR TAMBÉM COM

INRTAS

Abrangendo todo o estado, a 2ª edição do Salão Dorian Gray de Arte Potiguar

está com inscrições abertas até hoje, 30 de abril, exclusivamente com o envio de

duas obras digitalizadas por e-mail ([email protected]). A

seleção dos trabalhos será realizada até o final de maio e a entrega das obras está

marcada para o início de junho na Pinacoteca do Estado (Natal), Museu Lauro

Escós-sia (Mossoró) e nas Casas de Cultura dos municípios.

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NOTÍCIAS DE INTERESSE: VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: GERAL

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: LAURO JARDIM

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: NEGÓCIOS & FINANÇAS

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 30.04.17 EDITORIA: ECONOMIA

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: POLÍTICA

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: POLÍTICA

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: JORNAL DE WM

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: GERAL

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: GERAL

VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: ECONOMIA

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: NATAL

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VEÍCULO: TRIBUNA DO NORTE DATA: 29.04.17 EDITORIA: NATAL

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VEÍCULO: O GLOBO DATA: 30.04.17 EDITORIA: PAÍS

Politicagem explícita Os quase 14 milhões de desempregados que o país tem hoje, segundo o IBGE, não

nasceram de ontem para hoje, são fruto de um governo desastroso que colocou o país na maior recessão já registrada. Três anos seguidos de PIB negativo não se resolvem sem muito sacrifício.

O chamamento esperto para uma greve geral às vésperas de um feriadão, contra as reformas trabalhista e previdenciária, querendo transformar em salvadores da pátria os mesmos que nos colocaram nesta situação, embute não apenas esperteza mas também o estilo de fazer politicagem que levou à situação atual.

O ex-presidente Lula, no início de seu primeiro governo, anunciou seu apoio à revisão

da CLT, que chamava do “AI-5 dos trabalhadores”, dentro de uma reforma trabalhista que

tinha por base a flexibilização da legislação. E se propôs a continuar a reforma da Previdência, que deixou inacabada quando preferiu manter sua base sindical em vez de manter-se na decisão reformista.

O governo foi muito criticado por querer fazer uma reforma trabalhista, a exemplo do

que foi tentado no final do governo Fernando Henrique e barrado pelo PT no Congresso, na qual o negociado prevalecesse sobre o legislado, como afinal foi aprovado agora na

reforma trabalhista que passou na Câmara.

O próprio Lula já havia declarado não ser possível continuarmos com uma lei da

década de 40, lembrando que, quando começou no sindicalismo, em 1972, já lutava contra a CLT. O Lula líder sindicalista defendia o fim da Era Vargas, de quem dizia que, se foi o “pai dos pobres", era também “a mãe dos ricos".

No manifesto de lançamento do Partido dos Trabalhadores, de 1980, está escrito: “O

PT nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem econômica, social e política”. O discurso de Lula na primeira convenção nacional do Partido dos Trabalhadores, em setembro de 1981, diz com orgulho que o PT nasceu dos operários de macacão e o define como uma “inovação histórica".

A lei sancionada pelo presidente Lula em 2008 reconhecendo as centrais sindicais, no

entanto, nos fez retornar aos tempos do Estado Novo getulista, ressuscitando o papel do

Estado como indutor da organização sindical. A “legalização” das centrais sindicais ficou conhecida como “pelegalização”. Hoje, a

CLT e a unicidade sindical (apenas um sindicato por categoria em cada município), marcos

da Era Vargas, persistem, e o sindicato continua atrelado ao Estado, baseado financeiramente na obrigatoriedade da contribuição sindical de um dia de salário de todos os trabalhadores brasileiros, mesmo os não sindicalizados.

Essa contribuição passou a ser opcional com a reforma trabalhista aprovada na

Câmara, e os sindicatos saíram às ruas para defender seus privilégios. O mercado de

trabalho hoje, muito influenciado pela globalização, já não comporta a visão getulista de um país isolado. As mudanças na CLT são necessárias devido ao sistema econômico, onde o custo do trabalho formal, com proteção social, é muito elevado e provoca a fuga para a informalidade: seis em cada dez trabalhadores são informais.

Foi por isso que, em maio de 2015, a então presidente Dilma aproveitou o Dia do

Trabalhador para fazer, pela televisão, uma defesa da terceirização, hoje tão abominada

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por ela mesma e pelos partidos de esquerda. A presidente usou os mesmos argumentos que o atual governo para defender sua regulamentação: a necessidade de dar segurança jurídica a empregados e empregadores. Citou cerca de 13 milhões de empregados que teriam sua situação regularizada. Hoje, ela diz que a lei de terceirização é o fim da CLT.

Em 2016, em uma entrevista coletiva, a então presidente Dilma disse que era hora de

voltar a discutir reformas como a da Previdência. “Nós vamos encarar a reforma da Previdência, sempre considerando que ela tem a ver com uma modificação na idade e no comportamento etário da população brasileira. Nós estamos envelhecendo mais e morrendo menos. Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55

anos. Para as mulheres um pouco menos", declarou.

Os dois tinham razão. A imensa massa de milhões de desempregados em consequência da crise econômica que assola o país não foi protegida pela CLT. E a reforma da Previdência é fundamental para equilibrar as contas públicas.

VEÍCULO: O GLOBO DATA: 30.04.17 EDITORIA: PAÍS

Temer afirma que crise ‘está começando a terminar’ Presidente acredita que vá surgir uma nova liderança para 2018

O presidente Michel Temer afirmou que a crise política “já está começando a terminar”. Ele mais uma vez declarou que não será candidato à reeleição e disse acreditar que vá surgir uma nova liderança para o país nas eleições de 2018.

Temer defendeu as reformas em tramitação no Congresso. Sobre a trabalhista, disse

que o objetivo é "gerar emprego" e que a eliminação da obrigatoriedade do imposto

sindical não partiu do governo federal e foi incluída na reforma pelos parlamentares. "Eu não entrei nessa história. Nós não cogitamos do imposto sindical. Entretanto lá no Congresso eles colocaram a tese da eliminação do imposto sindical".

As declarações de Temer foram em entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT,

veiculada sexta à noite. O peemedebista aceitou uma sugestão do entrevistador, que perguntou se ele gostaria de ser conhecido como "o presidente das reformas", e disse que

seu sucessor encontrará o país “nos trilhos”. "Eu acho que vai acabar aparecendo, viu, Ratinho (uma nova liderança)? O país é

muito criativo, não é? Nós todos, brasileiros, somos muito criativos. Então não é improvável que, como nós estamos colocando o país nos trilhos (..), quem assumir o governo encontre a locomotiva andando. Então eu acho que vai aparecer, aparecerá. Nós

temos um ano e pouco pela frente para as candidaturas. Seguramente vai aparecer gente para liderar o país".

Ao perguntar sobre a crise fiscal nas diferentes esferas de governo, Ratinho recorreu

à analogia com um orçamento familiar para falar das contas no vermelho e falou que a

mulher não pode gastar mais do que o marido ganha.

"Uma dona de casa, ela não pode gastar se o marido dela ganha R$ 5 mil, ela não pode gastar mais que cinco, senão ela vai quebrar o marido. Por que o governo gasta mais do que arrecada sempre? Não estou dizendo o governo federal, mas o governo municipal, o governo estadual sempre gasta mais do que arrecada. Por que isso?", perguntou Ratinho.

Na resposta, Temer deu sequência à analogia:

"Acho que os governos agora precisam passar a ter marido, viu, porque daí não vai

quebrar. Para não quebrar o país precisa fazer - país, estado, município -, você precisa fazer isso que nós estamos fazendo. Por exemplo, reitero, o teto de gastos públicos. Você não pode gastar mais do que arrecada. É fazer como se faz na sua casa", afirmou o presidente.

VEÍCULO: O GLOBO DATA: 30.04.17 EDITORIA: ECONOMIA

Acordos da Lava-Jato reforçam caixa do Cade Até fevereiro, eles representam 60% do total arrecadado, de R$ 329,6 milhões

Os acordos firmados com grandes empresas envolvidas na Lava-Jato devem turbinar a arrecadação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) neste ano. Até o

fim de fevereiro, os termos de cessação de condutas (TCCs) anticompetitivas totalizaram R$ 329,2 milhões em contribuições pecuniárias. Quase 60% disso, R$ 195,2 milhões, dizem respeito a quatro acordos com as construtoras Andrade Gutierrez e UTC em investigações referentes a licitações da Petrobras e de Angra 3.

Esse movimento já havia ocorrido no ano passado. As empresas envolvidas na Lava-

Jato procuraram o Cade em diversas ocasiões para acordos de leniência. Ao todo, foram cinco, incluindo as construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. O acordo de leniência ocorre quando o Cade ainda não tem provas suficientes sobre o assunto e a empresa fornece subsídios para comprovar a existência do cartel. No caso do

TCC, já há uma investigação em andamento, e a empresa prefere reconhecer a culpa e realizar o acordo.

FINANCIAMENTO DE PROJETOS Os TCCs firmados pelo Cade com empresas têm saltado nos últimos anos. Em 2010,

os acordos geraram R$ 3,2 milhões. Em 2016, foram R$ 798,9 milhões, um salto de 71% em relação às contribuições pecuniárias aplicadas em 2015, de R$ 464,9 milhões. A perspectiva é que neste ano o número seja ainda maior.

O dinheiro arrecadado com multas e contribuições pecuniárias vai para o fundo de direitos difusos, ligado ao Ministério da Justiça. Os recursos deste fundo são destinados a financiar projetos de órgãos governamentais em áreas específicas, ligados a meio ambiente, consumidor, bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagismo e manutenção à ordem econômica.

Em entrevista ao GLOBO, o presidente interino do Cade, Gilvandro Araújo, afirma que

isso é resultado da consolidação do conselho. Segundo ele, grandes empresas já perceberam que o número de decisões do Cade mantidas na Justiça só cresceu nos últimos anos. Assim, o mais fácil é reconhecer o erro e pagar a contribuição.

— Quase a totalidade das empresas investigadas por cartel oferece acordo ao Cade.

Elas analisam que, se chegarem primeiro, terão bons descontos na multa. Isso caso se

comprometam a ajudar nas investigações — disse. — O crescimento dos valores ocorreu porque os acordos passaram a envolver empresas grandes. Mas valores vultosos de arrecadação não são o objetivo do Cade.

O especialista em defesa da concorrência Flávio Unes avalia que há um aumento da

credibilidade do Cade na manutenção de decisões, mas pondera que a morosidade da Justiça contribui para a corrida por acordos. Os processos se estendem por anos e

desgastam o financeiro e a imagem da empresa.

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— O Judiciário tem preferido não interferir no juízo de mérito do Cade, são decisões tomadas por um órgão técnico. Em razão do número de processos, o prazo para uma discussão no Judiciário é indefinido. Isso influencia.

O especialista Eduardo Gaban destaca que há um componente financeiro. Ao fazer um

acordo, os empresários conseguem negociar descontos na multa:

— O primeiro que chega tem o melhor benefício, sobretudo quando a negociação se

dá na fase de inquérito, em que o Cade ainda não tem muitas informações reunidas.

VEÍCULO: O GLOBO DATA: 30.04.17 EDITORIA: ECONOMIA

REFORMA TRABALHISTA: SÓ O COMEÇO

Areforma decorre de um óbvio e espúrio entrelaçamento de interesses entre uma estrutura claramente superdimensionada da Justiça do Trabalho (JT) e uma legislação desnecessariamente detalhada, rígida e complexa. Claramente, nem a infraestrutura

precisa ser desse tamanho, nem as regras precisam ser desse jeito. Como lembra Roberto Campos, no Brasil, às vezes, o fim serve aos meios. Alguns números: a população ativa deve andar na faixa de 100 milhões e, em 2008,

havia 16 milhões de ações na JT, cerca de metade em torno de rescisões. O valor médio dessas ações era cerca de R$ 15 mil, mas o custo total da própria JT, nesse ano, foi de R$ 9,1 bilhões, ou seja, cerca de R$ 57 mil por processo.

Sozinha, a JT consumiu 0,28% do PIB em 2015, a maior parte, despesa de pessoal: 60,2 mil servidores, dos quais 3.600 magistrados. Nos EUA e na Inglaterra, a Justiça

inteira consumiu 0,14% do PIB, metade da JT brasileira. A reforma de agora não toca na Constituição, portanto, é apenas um início auspicioso

de um processo que ainda tem muito a caminhar. Trata-se de uma lei ordinária que altera um decreto com força de lei, assinado por um ditador e jamais apreciado pelo Congresso. Depois de setenta anos, quando finalmente vários de seus dispositivos foram revisitados, é

como se abríssemos uma caixa de curiosidades. Um dos itens da reforma é a possibilidade de parcelamento de férias. Outro é permitir

que a mulher casada possa litigar na JT sem a permissão do marido. Alguém poderá perguntar como tais coisas podiam estar proibidas por lei?

Pois é. Na verdade, há um substrato profundamente autoritário na ideia que os direitos dos trabalhadores, em muitos casos, não estão “disponíveis”. Isso quer dizer que você não é livre para abrir mão de seu direito porque você é considerado hipossuficiente,

isto é, um incapaz diante da lei, e daí se justifica a necessidade de inflar indevidamente o papel do Estado.

Em consequência disso surgem incontáveis situações onde o empregado “abre mão” de certo direito para conseguir um emprego, firmando algum compromisso com o

empregador, mas, quando perde o emprego, muda de ideia, ignora o combinado e vai buscar do que abriu mão, mais o que a imaginação do advogado conceber, com isso

ganhando ao menos duas vezes. Para reduzir esta distorção é muito importante o dispositivo que estabelece, para

muitos temas do contrato de trabalho, o primado do pactuado sobre a lei. Na mesma linha, a reforma traz uma inovação interessante e de grande potencial, a

que permitiu uma espécie de “maioridade laboral” para certos tipos de trabalhadores. Aqueles com curso superior e com remuneração maior que duas vezes o teto dos benefícios da Previdência, ou seja, R$ 11.052,63, podem agora estabelecer os seus

contratos de trabalho como bem entenderem. Os outros trabalhadores continuam sendo perfeitamente incapazes e obrigados a

aceitar a tutela do Estado para fixação de seus regimes de trabalho. Mas por que R$ 11.052,63 e não R$ 1.903,98 que é o limite de rendimento isento

conforme a tabela progressiva do Imposto de Renda, ou seja, a “maioridade tributária”? Se o trabalhador não é hipossuficiente para pagar impostos, ou para preencher sua

declaração de Imposto de Renda, por que deve ser tratado como tal quando se trata de

definir os termos do seu emprego?

O fato é que ficou claro que a “vulnerabilidade” do trabalhador pode ser medida por

quanto ele ganha. Entre outros progressos, resta mencionar o fim do imposto sindical, esta abominação

cuja durabilidade não se consegue explicar. É um disparate que as pessoas (físicas e jurídicas) sejam obrigadas a recolher uma

contribuição sindical mesmo quando não querem pertencer a nenhum sindicato. O Brasil tem 11.327 entidades habilitadas a receber a contribuição, cuja arrecadação

alcançou R$ 2,1 bilhões em 2016. Do lado patronal foram R$ 934 milhões. A imensa

maioria dessas entidades só existe para captar esse recurso.

Nenhuma boquinha terminou no Brasil sem certa dose de esperneio e gás

lacrimogêneo. A sexta-feira que passou foi dedicada a isso. Vida que segue.