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Férias da Catequese: Hora de avaliar a caminhada Quando era criança, lembro que no fim do mês de novembro para o comecinho do mês de dezembro minha catequista nos dava férias dos encontros de catequese, mas não deixava de repetir: “Gente, vocês estão de férias da catequese, mas não de Deus!”. Nas missas dos domingos seguintes e nas celebrações de Natal e Santa Mãe de Deus no Ano-Novo, ela estava na comunidade também. Muitas comunidades paroquiais pelo Brasil afora nesse período suspendem os encontros de catequese. É bem verdade que em alguns lugares há apresentações de Natal com encenações, corais, novenas de Natal com a comunidade reunida e nas casas das famílias, além de uma imensidão de outras propostas e iniciativas válidas para viver bem o tempo do Natal. Entretanto, para os catequistas, além de uma pausa restauradora nas atividades, esse tempo é propício para avaliação, planejamento e formação. Antes de PLANEJAR ou propor momentos FORMATIVOS é preciso AVALIAR a caminhada! Avaliar é sempre o primeiro passo. Feito isso, eu e o meu grupo de catequese teremos condições de pensar melhor o que estamos fazendo e as melhores maneiras de atingir o nosso objetivo que, no caso da catequese, é sempre fazer discípulos missionários de Jesus Cristo. A necessidade da formação também nasce dessa reflexão, pois, é no processo de avaliação que o grupo dá-se conta dos pontos que precisa corrigir, aprimorar e aprofundar. Uma maneira fácil e prática de fazer uma avaliação é usando o método dos três “Q”: QUE BOM! Consiste em apontar os pontos positivos, as conquistas e o que deu certo durante o ano e partilhar com todo o grupo. QUE PENA! Consiste em apontar os aspectos pouco proveitosos, os episódios e propostas que não aconteceram como esperado e precisam ser repensados ou superados para o próximo ano. QUE TAL? Consiste em sugerir o novo. Aqui, já é planejamento! Trata-se de decidir em repetir ou não

Férias -Hora de Rever a Caminhada Da Catequese Paroquial

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Artigo para reflexão da caminhada da catequese em período de férias

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Frias da Catequese: Hora de avaliar a caminhada Quando era criana, lembro que no fim do ms de novembro para o comecinho do ms de dezembro minha catequista nos dava frias dos encontros de catequese, mas no deixava de repetir: Gente, vocs esto de frias da catequese, mas no de Deus!. Nas missas dos domingos seguintes e nas celebraes de Natal e Santa Me de Deus no Ano-Novo, ela estava na comunidade tambm. Muitas comunidades paroquiais pelo Brasil afora nesse perodo suspendem os encontros de catequese. bem verdade que em alguns lugares h apresentaes de Natal com encenaes, corais, novenas de Natal com a comunidade reunida e nas casas das famlias, alm de uma imensido de outras propostas e iniciativas vlidas para viver bem o tempo do Natal. Entretanto, para os catequistas, alm de uma pausa restauradora nas atividades, esse tempo propcio para avaliao, planejamento e formao. Antes de PLANEJAR ou propor momentos FORMATIVOS preciso AVALIAR a caminhada!Avaliar sempre o primeiro passo. Feito isso, eu e o meu grupo de catequese teremos condies de pensar melhor o que estamos fazendo e as melhores maneiras de atingir o nosso objetivo que, no caso da catequese, sempre fazer discpulos missionrios de Jesus Cristo. A necessidade da formao tambm nasce dessa reflexo, pois, no processo de avaliao que o grupo d-se conta dos pontos que precisa corrigir, aprimorar e aprofundar. Uma maneira fcil e prtica de fazer uma avaliao usando o mtodo dos trs Q: QUE BOM! Consiste em apontar os pontos positivos, as conquistas e o que deu certo durante o ano e partilhar com todo o grupo. QUE PENA! Consiste em apontar os aspectos pouco proveitosos, os episdios e propostas que no aconteceram como esperado e precisam ser repensados ou superados para o prximo ano. QUE TAL? Consiste em sugerir o novo. Aqui, j planejamento! Trata-se de decidir em repetir ou no aquilo que deu certo, repensar o que precisa ser melhorado e propor outras ideias que paream convenientes para a catequese paroquial. O mtodo dos trs Q proveitoso e pode ser usado na avaliao de qualquer pastoral ou grupo que queria rever a caminhada feita at agora. UM MTODO AVALIATIVO APROFUNDADOApresentamos a voc um mtodo de avaliao que pretende ser mais comprometido com a prtica da catequese e que pode ser muito vantajoso na hora em que o grupo for planejar ou pensar em uma proposta de formao para os catequistas. importante que o grupo todo participe e responda as questes individualmente e com honestidade.(CLIQUE AQUI PARA BAIXAR AS QUESTES DA AVALIAO DA CATEQUESE PAROQUIAL) Depois que todos responderam as questes, as respostas so partilhadas pelo grupo. Em seguida, os catequistas fazem o estudo dos comentrios a cada questo e ento, podem priorizar o planejamento e a formao sobre aquilo que lhes parece mais importante no momento. O importante reunir todo mundo para uma boa conversa sobre a catequese da parquia!PARA O ESTUDO DAS QUESTES DE AVALIAO 1) Voc d seus encontros de catequese sozinho ou em equipe?

a) Sozinho b) Dupla c) Em equipeJesus enviou seus discpulos dois a dois (Cf. Mc 6,7)Dois pensam melhor do que um e dois fazem muito mais do que um! No bom que o catequista esteja s. Se um faltar, o outro est a postos. A dupla ou grupo de catequistas precisa estar em sintonia, saber cultivar a comunho no grupo. Isso significa preparar os encontros juntos, dividir as tarefas e funes, nada de voc faz a orao inicial e eu o restante. No bom tambm que haja uma hierarquia em que um catequista e o outro s auxiliar. Todos so catequistas, mesmo aqueles que esto vivendo uma etapa de experincia inicial. Muita gente para o mesmo grupo de iniciandos pode atrapalhar, mas no podemos perder de vista que o catequista no uma ilha isolada, a comunho com os outros essencial! 2) Na sua comunidade os catequistas se renem? Com que frequncia? a) Sim b) No. Se sim, qual a frequncia?Onde dois ou maisestiveremreunidosem meu nome, Eu estarei entre vs (Mt 18,20)As reunies ajudam para que o grupo seja, como o prprio nome j diz, um grupo de catequese. Essas reunies servem para planejamento, preparar encontros, partilhar experincias, avaliar as atividades feitas, etc. fundamental que os catequistas estejam, ao menos em parte, tratando dos mesmos contedos e conduzindo os encontros da mesma forma. As reunies servem para organizar essas questes. Temos que nos perguntar: Nessas reunies tratamos de quais assuntos? Ou ainda: Por que no nos reunimos? O que nos impede? O ideal seria que o grupo se reunisse ao menos uma vez no ms. 3) Quanto tempo dura o seu encontro de catequese?Para tudo h um tempo, para cada coisa h um momento debaixo dos cus (Ecl 3,1)

A durao do encontro de Catequese depende muito do que se faz nele. No h um tempo ideal. A nossa preocupao no deve ser exatamente com o tempo que se gasta com os encontros, mas como se gasta esse tempo. verdade que para que um encontro seja desenvolvido dentro do Mtodo VER ILUMINAR AGIR - CELEBRAR, por exemplo, uma hora e meia, no mnimo, necessria.

4) Qual a faixa etria dos seus iniciandos?Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graa, diante de Deus e dos homens (Lc 2, 52) evidente que aqui, temos uma questo sria, talvez uma das mais urgentes que precisa ser revista! A catequese precisa respeitar as idades e a maturidade de crianas, jovens e adultos para que elas possam desenvolver o seu prprio crescimento de f. A catequese fala a linguagem da criana, do adolescente, do adulto e por isso os evangeliza e os ajuda a aprofunda a f. Nesse sentido, crianas e adolescentes de 7 a 13 ou 8 a 14 anos na mesma turma um problema extremamente preocupante! Por uma Catequese conforme as Idades: Nossa Catequese, ao contrrio do que muitos pensam, no somente a preparao de crianas para a Eucaristia. A Catequese compreende toda a educao da f de todos aqueles que buscam o Batismo para si ou para outros, de adultos, jovens e crianas que esto sendo, de alguma forma, catequizados e que participaro da mesa eucarstica ou recebero o Crisma. Tambm h aqueles que se preparam para celebrarem o sacramento do Matrimnio e tantos outros que participam das mais diversas iniciativas de educao da f presentes em nossas comunidades. Todos estes esto dentro do processo de Catequese. A Igreja no Brasil se esfora para que a catequese deixe de ser apenas sacramentalista para ser uma catequese de mensagem, que fale para a vida de quem catequizado. Na prtica isso significa deixar de acentuar somente a dimenso de preparao dos sacramentos e levar em considerao a pessoa em sua totalidade. Isso quer dizer que inclusive alguns critrios para a organizao de nossas turmas precisam estar em alta mais que outros, dentre eles destacamos a Catequese conforme as idades. Hoje, na maior parte das comunidades temos turmas de 1 Eucaristia, de Crisma, algumas de perseverana e raramente outras modalidades de catequese e as organizamos segundo o critrio dos sacramentos (quem est se preparando para 1 eucaristia, fica na turma de quem vai se preparar para 1 eucaristia e etc). Critrio vlido, mas que precisa ceder lugar a outro ainda mais importante: o critrio das idades. O que fazer com um jovem que em idade de Crisma no se quer batizado? O que fazer com um adulto que no recebeu a Eucaristia, mas o grupo de adultos est se preparando para o Crisma? Onde encaix-los na Catequese? No h necessidade de improvisos! O Diretrio Nacional de Catequese claro nos nmeros 180 a 200 e l diz: A catequese conforme as idades uma exigncia essencial, sendo assim, que cada iniciando seja inserido em grupos conforme a sua idade. O jovem do caso acima em idade de Crisma, no havendo turma de jovens iniciandos ao Batismo e Eucaristia, participa no grupo de crismandos e celebra todos os sacramentos, conforme sua maturidade e no tempo adequado. O mesmo para o adulto, pois, inclusive, a catequese de adultos deve prepar-lo para celebrar todos os sacramentos da iniciao (Batismo, Eucaristia e Confirmao), conforme nos orienta o Ritual da Iniciao Crist de Adultos. Certamente que agrupar iniciandos, das mais diversas etapas segundo as suas idades no resolver todas as dificuldades que temos em nossa Catequese, mas , sem dvida, um grande passo para uma Catequese mais encarnada na realidade uma vez que os catequistas adquem a linguagem utilizada durante os encontros faixa etria do grupo. O critrio das idades precisa ser levado mais em conta do que a diviso por sacramentos ainda no recebidos; Eis um exemplo de organizao: 7 a 8 anos: Catequese de 1 Eucaristia para crianas nessa idade (diferente de pr-catequese), supe-se a fase da alfabetizao;9 a 10 anos: Catequese de 1 Eucaristia para crianas nessa idade; a fase tradicional para este tipo de catequese;11 a 13 anos: Catequese de 1 Eucaristia para pr-adolescentes nessa idade; para os que j fizeram 1 Eucaristia, sugere-se catequese de perseverana e no Catequese de Confirmao (Crisma);14 a 16 anos: Catequese de Crisma. Os jovens ainda no batizados ou que ainda no fizeram 1 Eucaristia sejam inseridos nessas mesmas turmas de Confirmao e no tempo oportuno celebrem os outros sacramentos. Deve-se evitar adolescente e crianas nas mesmas turmas, mesmo sendo todos iniciandos de catequese eucarstica;17 a 18 anos: Esta j a fase da juventude propriamente dita. Independente do sacramento que estejam se preparando para receber, no havendo um grupo especfico para essa faixa etria, eles devem ser inseridos no grupo de catequese com adultos, ou dependendo da maturidade do jovens, no grupo de Catequese de Crisma. 18 a 59 anos - aproximadamente: Independente do sacramento que estejam preparando para receber, eles devem ser inseridos no grupo de catequese com adultos.60 anos em diante: Catequese com idosos. Independente do sacramento que estejam preparando para receber, eles devem ser inseridos no grupo de catequese com idosos, caso no tenha o grupo, sejam inseridos na catequese com adultos. O critrio mais importante no o sacramento que se prepara para receber, mas sim a idade dos iniciandos! Qualquer mudana deve ocorrer aps a conscientizao do grupo de catequistas de que importante organizar os iniciandos conforme as idades.

5) A sua turma tem quantos iniciandos?Jesus chamou para junto de si a multido e disse: Ouam e entendam (Mt 15, 10)O nmero de iniciandos por turma reflete o nmero de catequistas e a demanda de procura por catequese. Hoje a Igreja fala da importncia de promover uma catequese personalizada, de atendimento pessoal e de conhecer o iniciando... Ora, essa atitude s possvel se o catequista conseguir faz-lo tambm durante os encontros de catequese, por essa razo, o nmero de iniciandos no pode ser to grande. 15 iniciandos j um nmero muito alto! Sabemos tambm que muitas vezes a procura por catequese maior que o nmero de catequistas, por isso as turmas ficam repletas. importante, portanto, esforar-se por aumentar o nmero de catequistas e melhor dividir o nmero dos iniciandos. Mas, um iniciando no deve ser impedido de comear a catequese porque uma turma j estar cheia, mas a comunidade precisa estar atenta a aqueles que podem ajudar na catequese.6) Voc tem problemas de indisciplina ou desinteresse dos iniciandos durante os encontros de catequese? a) Sim b) NoEu estendo as minhas mos para um povo desobediente e rebelde (Rm 10, 21) Constata-se, s vezes, a falta de motivao, respeito e educao. Crianas que no sabem obedecer, adolescentes e jovens que se comportam de forma desrespeitosa e at adultos irreverentes que parecem no conhecer o valor do sagrado. Tudo isso chamamos de indisciplina. A Catequese ajudar para uma convivncia mais sadia. Muitas vezes a falta de motivao causada pela obrigao catequese. Nesse caso, o catequista precisa de simpatia e de ser claro nos assuntos que expe. Alm disso, em todos os casos bom conhecer o iniciando pelo nome, visit-lo, cumprimentar pela rua e conversar com ele em outros momentos fora da catequese. Tambm importante preparar os encontros fazendo a ligao dos temas com a vida deles, de modo que aprendam atitudes melhores. O jeito do catequista de ser simptico diferente de mimar. preciso estar atento tambm para no ser violento no modo de falar. O catequista no algum que fica gritando, mas sabe falar firme quando necessrio. H iniciandos que passam por problemas em casa, na escola e, por isso, so violentos, outros so silenciosos demais ou "do contra". Embora seja compreensivo, preciso mostrar que no permitido um comportamento que atrapalhe o encontro. Converse em particular e d certo gelo nos estrelistas que fazem tudo para chamar a ateno. Com o mal-educado repreenda-o com firmeza, mas com educao. preciso pegar no p e corrigir todas as vezes que ele apresentar um comportamento ruim, demonstrando a sua insatisfao com essa atitude! Com o violento, preciso ficar bravo e no permitir agresses. Converse com o agressor a parte, no exercer "proteo" ao mais fraco e estimule o perdo e a reconciliao. Com os engraadinhos, ganhe a sua confiana e sua simpatia, converse em particular. Ao mal-intencionado (aquele que faz brincadeiras maldosas), diga que suas brincadeiras no so engraadas ou se quer boas, deve-se mant-lo perto e isol-lo do grupo por um tempo, se for necessrio. Se o problema persistir, converse com o padre e com o pais, pea ajuda. O valor do sagrado, o senso religioso despertado atravs da prtica da orao e de momentos celebrativos que proporcionem uma experincia de espiritualidade adequada.7) Voc conhece a maior parte dos pais ou responsveis de seus iniciandos crianas ou jovens, ou ainda, os familiares de seus iniciandos adultos?a ) Sim b) noImediatamente ele foi batizado junto com toda a sua famlia (At 16, 33)Acontece que pais, familiares e responsveis aparecem na Igreja, vo Missa, e ns nem se quer sabemos quem so eles, como se chamam, no vamos at l cumpriment-los, perguntar se est tudo bem. Acabamos por cultivar uma relao fria e distante, portanto estrea. 8) Voc j visitou os seus iniciandos?a) Sim b) NoZaqueu, desce depressa, porque preciso que eu fique hoje em sua casa (Lc 19, 5)As visitas so fundamentais para se criar laos com os iniciandos e suas famlias. Elas so um aproximar-se e uma maneira de mudar a relao de pais-responsveis com o catequista como professor (normalmente os pais e responsveis agem e fazem perguntas como se estivessem falando com um professor da escola de seus filhos querem saber se ele se comportou, se est aprendendo, quando ter...aula, etc...). O catequista passa a conhec-los e ser amigos destes para que a famlia do iniciando seja sua aliada na evangelizao do iniciando. Para os mais velhos, visitar sinal de intimidade e de amizade. O catequista que no for prximo de seus iniciandos dificilmente ter xito na sua misso evangelizadora. 9) Voc prepara o seu encontro de catequese com antecedncia?a ) Sim b ) NoOs discpulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a ceia pascal (Mt 26,19)Improviso s atrapalha! E no me venha com aquela que o Esprito Santo que vai te ajudar na hora do encontro soprando no seu ouvido tudo que Ele quer que voc diga... no assim que funciona! Primeiro preciso pedir as luzes do Esprito Santo, verdade! Mas na hora de preparar o encontro. Confira o planejamento que o grupo de catequistas fez e depois estabelea o objetivo do encontro de acordo com o tema que vai ser tratado. Leia os textos bblicos, os de apoio, as partes dos subsdios ou dos livros de catequese que pretende usar ou consultar para preparar o encontro. Ento, comece a montar o seu encontro! Pense em tudo o que vai usar, em como vai propor e desenvolver cada atividade, no tempo que vai gastar com cada uma delas, etc. Preparar encontros de catequese se aprende preparando e vivendo a experincia dos encontros com os iniciandos!10) Qual dessas coisas voc j fez ou j usou em sua catequese?

a ) Filme (vdeo, DVD, TV, etc) b ) Msica c ) Cantar d) lousa e) Cartolina f) Passeio g ) Tinta h) Celebrao da Catequesei ) Dobradura j ) Lanche Comunitrio k ) Bblia l ) Jogo/brincadeiraJesus se ps a ensinar-lhes muitas coisas em parbolas (Mc 4,2)Dentre as razes que justificam o uso ou o no uso desses materiais esto os recursos que a comunidade oferece, as condies financeiras, as habilidades desenvolvidas pelos catequistas, a incluso de tais recursos ou atividades na preparao dos encontros, etc.A habilidade dos catequistas de usar tais recursos e materiais est mais ligada a formao prtica (oficinas, vivncias, laboratrios, workshops, etc), que diferente da formao terica (exposies sobre contedos, doutrina, teorias metodolgicas, etc). Em outras palavras, faz-se necessrio criar momentos de formao onde os catequistas usem tais recursos e materiais para depois utilizarem em seus encontros de catequese. Nessas formaes prticas, pode-se acentuar a dimenso celebrativa da catequese - indicada pela inspirao catecumenal que hoje tanto se discute. As celebraes prprias para os iniciandos e mesmo os lanches comunitrios, que no deixam de ser momentos celebrativos tambm, so vivncias que contribuem para que os iniciandos criarem gosto pela Celebrao Maior, a Missa. Quanto ao uso da Bblia na catequese, bom lembrar que o mtodo da Leitura Orante Lectio Divina - muito ajudar os iniciandos a se aproximarem da Sagrada Escritura!11) Voc catequista faz quanto tempo?Eis me aqui, envia-me Senhor (Is 6,8)O tempo de catequista do grupo mostra se o grupo estvel e experiente. Da mesma forma, sempre bom que tenha um nmero expressivo de catequistas que comearam recentemente, pois so principalmente eles que renovam o grupo e mostram a sua vitalidade! Quando o tempo de catequista extremamente pequeno, percebe-se uma rotatividade no ministrio da catequese, o que no positivo...e pode ter vrios motivos. Isso pode ser contido pela valorizao dos catequistas pela comunidade. Celebrar com grande alegria o dia do catequista uma tima sugesto! Por outro lado, importante mostrar aos catequistas mais antigos que h sempre uma constante evoluo no modo de pensar a catequese e que certas atualizaes so necessrias, como a recente discusso sobre a catequese de inspirao catecumenal. Um bom grupo um grupo equilibrado de catequistas mais experientes e outros mais novos no ministrio.12) Quais os maiores desafios que voc enfrenta na sua catequese?

a ) As crianas faltam aos encontros de catequeseb ) As crianas no participam da Missac ) Os pais no apoiam a Catequese d ) Falta apoio do padre e da comunidadee ) Catequistas despreparadosf ) Material da catequese ruimNo mundo tereis aflies. Mas tende coragem! Eu venci o mundo (Jo 16, 33)A ausncia dos iniciandos nas Missas. Para muitos catequistas, esse o maior desafio, pois o cume do processo catequtico. Se as crianas, jovens e adultos no participam das celebraes enquanto iniciandos, quem pode supor que participaro quando terminarem a catequese de iniciao? Com essa preocupao, muitos catequistas tem quase que uma neurose obsessiva de que os iniciandos tem que participar das Missas e por isso, cobram a presena deles, pegam no p e repetem vrias vezes o anncio de que quem no vem na missa no recebe o sacramento... Vir Missa torna-se obrigao como dever imposto. Por mais que haja boa inteno nessa atitude, o mximo que o catequista conseguir com isso arrastar alguns iniciandos que participaro das celebraes por pura obrigao e criaro uma averso celebrao, porque no entendem, no celebram, no participam e no vivem o mistrio que ali se d! S sabem que tem que estar l para cumprir com uma obrigao imposta-lhes pelo catequista como condio para o sacramento... E depois, muitos de ns achamos estranho quando terminada a catequese de iniciao, eles vo embora e raramente voltam...Mas, essa ausncia fruto de uma srie de outras questes que devemos levar em considerao. Uma delas a Dimenso Celebrativa da Catequese. A ausncia de uma catequese litrgica tem esvaziado a celebrao crist. Refletir sobre essa questo ajuda a entender o porqu de jovens, crianas e tambm adultos, depois de participarem da catequese e receberem os sacramentos, se distanciam da Igreja. Afinal no foram elesiniciadosna f? No foram eles preparados para serem autnticos cristos e participarem dos sacramentos? Ento por que se afastam da Igreja? evidente que a questo complexa, portanto a resposta tambm no assim to simples, h diversos fatores que influenciam. Mas, no se pode desconsiderar o fato de que as nossas catequeses serem mais aulas do que encontros fator agravante, uma vez que noiniciamosnossas crianas, jovens e adultos celebrao, ou seja, eles no so educados na f para e pelaLiturgia. De fato, no adianta trocar o nome de aula de catequese para encontro e continuar fazendo as mesmas coisas. Muitas vezes, nos limitamos com encaixes de momentos de orao e celebrao, sem ainda uma relao entre f-vida. S boa vontade no basta! Participar das celebraes da Igreja, de modo particular da Missa, deve ser algo prazeroso. O catequista precisa aprender a usar os smbolos sagrados, conhecer os ritos, saber conduzir encenaes, evangelho dialogado,lectiodivina, pequenas procisses litrgicas, celebraes em conjunto, celebraes da Palavra, a cantar, danar, realizar oficina e momentos de orao, adorao ao santssimo, de louvor, de penitncia... Explorar o uso de smbolos como a luz, fogo, po, chinelo-sandlia, cinza, incenso, elementos do ano litrgico, as cores litrgicas, lavar as mos, caminhar, aspergir, imposio das mos, cnticos com gestos, cruz erguida, gestos e posies do corpo, gestos com as mos, valorizao e significao dos gestos (estar de p, sentado, ajoelhado, andando, inclinado), tudo issocria significao do que celebrar, de modo que os iniciandos tm maior contato com osagrado, o mistrio da fe so assim introduzidos para aCelebrao Maior, a Missa. O RICA (Ritual da Iniciao Crist de Adultos) sugere um itinerrio litrgico que deve inspirar qualquer processo de catequese. O que podemos fazer para tornar nossa catequese mais celebrativa?Sendo assim, nossa misso promover uma catequese litrgica (e isso significa tornar os nossos encontros de catequese mais celebrativos e orantes) e celebraes catequticas (momentos especficos na vida da comunidade em que os iniciandos e catequistas sejam protagonistas ex.: funes especficas nas celebraes, os ritos de passagem que marcam o itinerrio da catequese de inspirao catecumenal, etc). Outro fator que contribui para que as crianas, adolescentes e jovens no participem da celebrao a ausncia de seus pais e responsveis nelas por isso a necessria proximidade do catequista junto famlia. Outro grande desafio a frequente falta dos iniciandos aos encontros de Catequese. O Iniciando turista, ou seja, aquele que aparece de vez em quando, o catequista recebe com alegria e demonstra que ela fez falta, pergunta se aconteceu alguma coisa para que ele estivesse faltando, se est tudo bem, etc. Talvez seja necessrio conversar em particular. No negligencie a administrao dos sacramentos, considerando esses iniciandos turistas ou faltantes prontos para celebrar os sacramentos. preciso deixar claro, desde o incio do processo de catequese que participando dos encontros e das celebraes, que se preparado para receber os sacramentos, se isso no ocorre, os sacramentos ficam para quando a catequese estiver sendo levada a srio. No caso de crianas e jovens, a proximidade dos pais e responsveis aqui novamente necessria. Se o catequista os conhece e j os visitou, tm uma possibilidade maior de aproximar-se deles e ver o que est acontecendo para que o iniciando esteja faltando nos encontros. O catequista pode visitar a casa dos iniciandos faltantes, mas tambm precisa valorizar os que participam assiduamente dos encontros. A grande questo que o catequista precisa fazer : Por que meus iniciandos esto faltando aos encontros? Pode ser que a resposta seja simplesmente porque eu preciso promover encontros de catequese mais dinamizados para que meus iniciandos gostem de participar.Outro grande desafio que atinge diretamente os catequistas de crianas e adolescentes, mas tambm de vrios jovens, o fato de que muitos pais, familiares e responsveis no apoiam a catequese. Vrios catequistas apontam isso como um dos maiores desafios! Pelo minha experincia, a maioria que diz isso, porm, nunca visitou seus iniciandos em suas casas e boa parte ainda no conhece os pais e responsveis pelos iniciandos. Os problemas esto interligados. Muitos pais no se importam com a catequese. Colocam seus filhos l por tradio, porque algum indicou, para que a criana d sossego em casa, etc. Os catequistas podem ajud-los na conscientizao de seu papel como aqueles que so tambm responsveis pela evangelizao de seus filhos. Uma boa iniciativa so os chamados encontros de pais (diferentes de reunio de pais no estilo reunio de pais e mestre da escola). Aqui no se rene para discutir comportamento, aprendizagem, etc. Rene-se para um momento de formao e convivncia. Contato com as Sagradas Escrituras e temas que dizem respeito educao da f e aos valores da famlia. Outras propostas como festa das famlias, momentos de orao familiar tambm ajudar a superar essa lacuna. Entretanto, as visitas so ainda a melhor e mais eficiente maneira de aproximar-se dos pais para ganhar seu apoio, confiana e amizade. O catequista precisa esforar-se para tal atitude.Outro desafio: Catequistas despreparados. As formaes e as reunies do grupo de catequistas so caminhos para solucionar esse problema. Esse um desafio que deve ser enfrentado por toda a comunidade, particularmente pelo grupo de catequistas em comunho e em atitude de aprimoramento. Todos precisam com humildade perceber que estamos sempre em formao. Ningum est feito, formado, acabado, h sempre mais o que aprender. Valorizar a experincia dos mais velhos, o conhecimento de outros membros do grupo de catequistas que pode ser partilhado com os demais, so sinais de maturidade do grupo. S boa vontade no faz a Catequese acontecer...as lideranas da comunidade precisam estar atentas s situaes em que s a disponibilidade, no aliada as condies mnimas ou a falta de interesse por formar-se so a postura de alguns catequistas que precisam ser orientados. Material didtico ruim outro desafio. Atualmente h muitos materiais bons e outros nem tanto assim... Grande parte segue o estilo catecumenal e prope celebraes de acordo com o RICA (Ritual de Iniciao Crist de Adultos). Um bom material contempla os contedos essenciais da f, ou seja, o smbolo, os sacramentos, os mandamentos, o pai-nosso e a Histria da Salvao (Primeiro Testamento, Segundo Testamento e histria da Igreja nascente), tendo como centro o Mistrio Pascal. Porm, os materiais didticos no so como receita de bolo. Voc segue o esquema e est tudo certo, no! Eles so materiais de apoio... precisam ser adaptados, revistos e adequados realidade de cada turma. Se no forem usados com cautela, ao invs de ajudarem no processo de catequese, vo acabar por atrapalhar os encontros. A falta do apoio do padre e/ou da comunidade ainda outro desafio. muito triste quando uma comunidade ou um padre no apoiam a catequese... Quando o desafio for s um deles (ou s a comunidade ou s o padre), o melhor a fazer pedir ajuda outra parte para despertar na comunidade ou no padre o interesse pela catequese. No uma situao fcil, principalmente quando o apoio no vem das duas partes. Porm, os catequistas no devem tambm agir como quem esperam um milagre, uma ateno ou que faam algo que pode at estar dentro do alcance deles. Uma atitude passiva, aptica no ajuda em nada! O negcio pr as mos obra e com educao procurar a comunidade ou o padre e dizer que sentem muito por no perceberem o apoio deles causa da catequese da comunidade. O dilogo fraterno a melhor soluo para esse problema. Os catequistas, precisam manifestar sua vontade de ter a presena do padre ou da comunidade entre eles e saber pontuar claramente o que esperam deles.