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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO " INSTITUTO DE FíSICA Análise Perturbativa de Campos Fermiônicos com Auto-Interação Quártica Acoplados a um Campo de Chern-Simons Van Sérgio Alves (, Tese de Doutorado submetida ao Instítuto de Físíca da Universidade de São Paulo li: ç ORIENT . .tL'U ' o ADOR. Prol. Dr. Marcelo Otavio Cam, a Gomes {! ? BANCA EXAMINADORA Prol, DL Carlos Farina de Souza (UFRJ) t> Carlos Eugênio Imbassahy Carneiro (IFUSP) Pro[ DL Eduardo Cantera Marino (UFRJ) Prol, Dr. Josif Frenkel (IFUSP) 'o ",0,t' Prol. Dr. Marcelo Otavio Caminha Gomes (IFUSP) .... o Ç.,tJ .' ,0 '?,.<:J:' q' São Paulo 1998 - -1- SBI-IFU$P 1111111111 IIM1 305M810T2855 .,-

Fermiônicos com Auto-Interação Quártica Acoplados a um … · 2014. 2. 26. · dDx Oi"" Ed,-D. de modo que o i ésimo termo será da ordem ),i(*)di-D. Aqui podemos distinguir

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  • UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO" INSTITUTO DE FíSICA

    Análise Perturbativa de Campos

    Fermiônicos com Auto-Interação

    Quártica Acoplados a um Campo

    de Chern-Simons

    Van Sérgio Alves (,

    Tese de Doutorado submetida ao Instítuto de Físíca da

    Universidade de São Paulo

    li: çORIENT . .tL'U ' oADOR. Prol. Dr. Marcelo Otavio Cam, a Gomes {! ? BANCA EXAMINADORA

    Prol, DL Carlos Farina de Souza (UFRJ)t>

    Ar#.:~f!r. Carlos Eugênio Imbassahy Carneiro (IFUSP)CJqjh~?j

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    FICHA CATALOGRÁFICA Preparada pelo Serviço de Biblioteca e Informação do Instituto de Fisica da Universidade de São Paulo

    Alves, Van Sérgio

    Análise Perturbativa de Campos Fermiônicos com Auto-Interação Quártica Acoplados a um Campo de Chern-Simons. São Paulo, 1998.

    Tese (Doutoramento) - Universidade de São Paulo. Inslttuto de Física - Departamento de Física Matemática

    Orientador: Prol. Dr. Marcelo Otavio Caminha Gomes Area de Concentração: Física de Partículas e Campos

    Unitermos: 1. Análise Perturbativa; 2. Teoria de Campos em 2 + 1 D; 3. Teoria de Chern-Simons; 4. Modelos Fermiônicos; 5. Grupo de Renormalização.

    USP/IF/SBI-062198

    f :'-~'-",.-, - - '. ,,',

  • ABSTRACT

    In thls work a theory of fermlonk fields coupled through l:\ quartic s(>]f interae

    tion and also interacting with a Chern-Sirnons field (CS) ís perturbutlve)y anaJyzed.

    Up two loops. renormalization gmup parametcrs were calculated using dimensional

    renormalization as a tool to render finite the Feynrnan amplitudes. For the theory

    wjth just aue flavo! (N = ])1 we ycrífied that operators with dimensíon (d) lower

    or equal to three have an anomalous dimension which decreases as a functíon Df the

    CS parameter (o:); that indicates a better ultraviolet bchavior. The theory presents

    the origin as the oul:.' fixed poínt "'hkh tllrns Qut to be infrared stable. For the case

    N > 1~ using a method af l'eductioll of coupling parameters. wr. reuud. in 10l,vcRt order. a Une of fixed points, \Ve "cl'ified that of o > ar the theory is stabln in tht' infrared.

    In the renormalization proct"SS of operators wíth d = .:1. \\'I? fotmd a Um'ar cümbinatiol1

    af (ij;éP1j;), {ij;1j'P and (Ll:7fltl'f.! whose dimcnslou also dccreasE'E as a fundiou of a.

  • RESUMO

    Neste truballlO fazt'tuo!i uma á c a teoria é estável no infra-vermelho. ::\0 proccsso dc rcnormalização de operadores com ri = 4,

    encontramo!'i uma combinação lineal' dos operadores ('ÔfP'1!-'), (vnf'f e (-0''(II'/f;)2 cuja

    dimensão também diminui como função de Ct.

    ,

    f

  • j

    'll!-l:i!gre 8p SgjUOJ Sl"Iljtqtu

    rg!'q-eD g -eUBAl!S V

    '"eP9+"e:>!paa

  • Agradecimentos

    Ao Prof, Dr. Marcelo Otavio Caminha Gomes pela orientação e pelas discussões

    no decorrer deste trabalho,

    Ao Prof. Dr. Adilson José da SiJva,

    Aos meus pais, irmãos e sobrinhos: i\'lanoel Augusto. Maria José, Claúdia Lúcia.

    Jan Claúdio j Laura Cinthya; Carlos Augusto. Ronaldo Bentes j Daniellc. Marcellc1

    Edésio .1únior: Van Claúdio e Pedro Henrique, pelo apoio c amor que nos une,

    A Silvallil Perez por estar presente em todos os momentO$)

    Aos amigos. em especial ao Sérgio Vizeu. Luis lvlalucafJH!, Francisco Pena. Rênio

    l\{endes, Luiz Cláudio. Paulo Valente, Paulo Barros. Alexandre. Akira, IGeber, Cris

    pino e Angela.

    Aos colegas do Departamento de Física da Cniversidade Federal do Pará, nas

    figuras da Prafa. Fátima BaraúIla~ Paulo de Tarso e em especial ao Prof. Dr..José

    filIaria FUardQ Bassalo, pelo apoio e confiança.

    A CAPES pelo apoio financeiro.

  • Conteúdo

    Introdução 8

    1 O Modelo de Gross-Neveu Acoplado Com um Campo de Chern

    Simons 14

    1.1 Apresentação do 2\Iodclo . . . . . . . . .. , . , , , . , . , , .. , . , , H

    1.2 Estrutura Gerai da Série Perturbatíva . 15

    1.2.1 As Regras dE' Fe~-nman . , . , . 15

    1.2,2 Contagem d{' Potência dos Diagrama." de Feynrnan e a Regula-

    I'Ízaçâo . , ... , ... , .. , , , 16

    1.3 O Grupo de Renonualízação e à Teoria Efetiya , 22

    lA As Funções do Grupo de Rcnonnalização 28

    1.4.1 Função de Doís Pontos . . 32

    1.4.2 Funções de Quatro Pontos 45

    1.5 Pontos Fixos e Dimensões anômalas de OperadOl'efi Compostos , , , . , 5]

    2 O Modelo Fermiônico Com Simetria U{lV) Acoplado Com um Campo

    de ChernwSimons 60

    2,1 O l,.,lodelo Como uma Teoria Efetiva e o Grupo de Rcnormalização . 60

    2.2 As Funções do Grupo de Renormalizaçâo . . . . . . . . . 63

    2.3 Pontos Fixos e Hedução das Consr,ant(>$ de Acoplamento 67

    2:1 Dimensões Anômalas de Operadores Composto." 71

    Discussões 77

    A Notação no Espaço de Minkowski 79

    , 6

    ,

  • A,I Representação e Propriedades das Matrízes de Dirac. , 79

    A,2 Parâmetros de Feynrnan e a Regularização Dimensional 81

    B Simetrias do lVlodelo 83

    C Diagramas de 1-Loop 88

    C.l Função de Dois Pontos 88

    C,l.l Ordem 9 , 88

    C.1.2 Ordem a . 89

    C.2 Tensor de Polarização. 91

    C.3 Função de Quatro Pontos 93

    D Diagramas de 2-Loops 95

    D.1 Funções de Quatro Pomos 95

    E Operadores Compostos 112

    F Geração Dinâmica de Massa no Modelo Gross~Neveu na Expansão

    122

    F *J Quebra de Paridade, . 123

    Referências 130

    , 7

    ,

  • Introdução

    Nos últimos anos, teorias efetivas de campos tem sido extensivamente estudadas.

    Esse interesse deve-se não apenas a suas potenciaís aplicações, mas também por nos

    proporcionar uma nova maneira de se obter informações [1, 2, 3}, Esses estudos têm

    levado a urna mudança conceitual na teoria quântica de campos [4], e em particular

    sobre a questão da rcnormalizabilidade.

    Originalmente fi idéia da rcnormalização era remover os infinitos dos cálculos per

    turbativos e surgiu nos anos quarenta como uma resposta para as diflculdades encon

    tradas no tratamento teórico dos resultados experimentais. obtidos por Lamb [51 e

    Rabi [6]: referentes à estrutura fina e hipcrfina do atômo de hidrogênio. No entanto

    a questão do porque a natur~ZH seria descrita por uma teoria rellormalizávcl não era

    enfocada [4], Devemos recordar que anterior ao de::;envolvimento da teoria de renor

    malização , Fermi, na década de trinta; descm'olveu uma teoria de campos, envolvendo

    uma interação corrente x corrente., na tentativa de cxplkar o decaimento beta. Por

    muitos anos a.lguns cálculos que envolvem a teoria das interações fracas foram feitos

    com êxito, usando C&'ia teoria de quatro férmlons que é não renonnalizável (no sentido

    de contagem de potênciM [7])

    Embora a renormaHzabilidade não seja um principio físico fundamental !n o requerimento de que a natureza deva ser descrita por teorias renormalizáveis impõe

    restrições sobre uma ,-ariedarie de teorias físicas que podemos (~onsidcrar, Essas res

    trições não seriam todavia lle

  • s = JdD:r I:gi Oi(X) , ,

    onde tJi(x) referem-se a operadores constituidos de campos básicos e suas derivadas.

    gi são as respectivas constantes de acoplamento e a soma é sobre todos os operadores

    que são permitidos por considerações de simetria [2]. A parametrização da forma

    S -t SA, onde A é um corte ultravioleta, nos leva a interpretar SA como uma ação

    efetiva, válida no regime de baixas energias, ou seja, para E < < A. Podemos então

    imaginar SA vindo de uma teoria fundamental da seguinte maneira: separamos o

    campo em partes de baixa (B) e alta (.4) frequência, isto é, cp = 1>B + tPA' de modo que podemos escrever

    ! 'nÇJB VifJ..\ eiS(OB.,z,A) = J'DcPB ei S,d4>B) , onde eiS... {,pR) = IVcjJ.4,c i5{OB,ó A ). Como os campos remanescentes em 5.\ pertencem

    à região onde E < A, podemos expandi-la cm termos de operadores lot:ais, ou seja,

    S.I = JdDT I: 9i Oi(") . •

    No sistema de unidades naturais. se um operador Oi possuir dimensâo de massa

    [Oi] = Edi, onde di é a sua dimensão canônica, entâo [9i] = ED-dó. Definindo uma

    constante de acoplamcnto adimensional ),i = Ad;-D .rJi, podemos estimar, para pro

    cessos em uma escala de energia E, a magnitude de cada termo contido na ação SA

    usando apenas argumentos dimensionais. Assim, JdDx Oi"" Ed,-D. de modo que o iésimo termo será da ordem ),i(*)di-D. Aqui podemos distinguir três casos: (i) di > D,

    este termo torna-se menos importante para baixas energias, e dizemos que este termo

    é não renormalizável (ou irrch~Yantc): (ii) di = D é importante em todas as escalas de

    energia e é dito renormalizáycl (011 marginal): (iii) di < D, o operador correspondente

    é importante para processos em baixas energias e ele é dito super-nmormalizável (ou

    relevante) ;

    Interações não renormalizáveis se caracterizam por possuirem uma constante de

    acoplamento com dimensão negativa, em unidades de massa. Se A for o parâmetro

    de escala de massa que caracteriza o acoplamento de um vértice não renonnalizáycl, ,

    9

    ,

  • então: podemos obter uma teoria efeüra, não como uma expansão nos operadores)

    como nos referimos acimar mas como uma expansão no inverso da potência A. Assim,

    os contra-termos induzidos pelo processo de rCllormaJização vêm acompanhados de

    potências da forma (lm"r.~h)), onde m é a massa da partícula, p o momento externo.

    dh) é o grau de divergência superficial de um gráfico de Feynmau e n a n-ésima ordem

    de perturbação. Embora essa..q teorias gerem um número infinito de contra-termos, se

    (m,p) « A o efeito das potências maiores em (m/i será atenuado, Partindo desta perspectjva~ modelos nào renormalizáveis tem adquirido um novo

    enfoque, pois eles podem tornar-se fisicamente relevantes no regime de baixas energias

    [1], O ponto é que se a escala de energia for pequena o bastante, as ambigllidades

    devído aos estados virtuais de alta energia nào são significativos. !'\"O intervalo de

    energía onde isso acontece a teoria é tratada como uma tcoria rellormalizável.

    Em outras situações: onde nào há restrições quanto ao número de campos fer

    míônic()s~ o comportamento ultraYÍoleta das funções dc Grc(!O nas interaçôes quárticas

    pode Ser melhorado. Realmente, incorporando os efeitos de polarização de vácuo e rea

    grupanuo a série perturbativa em potência de ;~.". inturaçÕCR do tipo Gross~::\ieveu [8, 9]

    ou tipo Thirring [lO) 11. 12] tornam-se rcnonnalizáveis. ;\ia linguagem da mecânica

    estatística poderíamos dizer que os operadores de quatro férmiol1R tornam-se relevan

    tes. EstE''s resultados tem motivado uma série de invcfltigações sobre as propriedades

    dessas teorias [13, 14, 15, J6, l7J. Ao lado da expansão k. em (2+1) dimensões tem sído conjecturado [18] que cxi!tte

    urna outra possibilidade de melhorar o comportamento ullravíolcta das amplitudes de

    Feynmau l através do açoplumento de férmions com o campo de Chero-Shnolls. Em

    parte) esta conjectura vem do fato de que em duas dimensões espaeiais o grupo de

    rotações 80(2) é abeHano; e assim não existem1 em princípio, restrições aos valores

    que o apio pode assumir, A transmuração de spin poderia então ocasionar um melhor

    comportamento u]travlo]f>la da teoria.

    No contexto da mecânica quãntica ob.letos tom Sphl fracionário, denominados

    de anyons) e sua correspondente estatística foram inieiahnente estudadas por Lei

    nam; e Myrheim [19J e posteriormente por Wilczek [20J. Como sabemos, a estatística

    das partículas tem um papel fundamental na determinaçào das propriedades de um

    , 10

  • sistema de muítos corpos. Partículas convencionais são classificadas em bósons ou

    férmions, se elas obedecem a estatística de Bose-Einstcín ou de Ferrni-Dirac, respec

    tivamente. É bem conhecido que a função de onda de muitos corpos é simétrica pela

    permutação de duas partículas bosônicas e anti-simétrica para férmions idênticos. Es

    ses estudos, referidos anteriormente, sobre as propriedades de: partículas imersas num

    espaço bi~dimensjona!: tem nos mostrado que existe um mecanismo que pode converter

    bÓSOJls em férmions, quando se acopla uma intéração via potencial de Chern-Sunons

    [21, 22]. A título de ilustração, podemos interpretar a interação neste sístema como

    tubos de fluxos magnéticos, de raio infinitesimal. acompanhando cada partícula. Este

    mecanismo é baseado no efeito Aharanov-Bõhm [231 26], isto é. fi. função de onda de

    dois anyons adquire uma fase ei1l'Ct quando as duas "partículas" são trocadas. O fator

    de fase eirru (O < a: < 1) define a estatística fracionária dos anyons, de maneira que existe um tipo de interpolação estatística, ou seja, para a = Ocorrespondc a férmions

    livres (de spin ~) e para (] = 1 corrcsponde a oosons livres (de spin O). ema revisão

    sobre anyons pode SCr cuenntrada na referência [24].

    O conceito de L~tatística fracionária tem sido últil no estudo da física da matéria

    condensada, particularmente na tentativa de se obter boas explicações teóricas para o

    efeito Hall quântico :25], que ocorrem em sistemas que exibem uma geometria planar

    e podem em principio ser descritos por modelos de teoria quântica de campos (além de

    possíveis conexões no entendimento da teoria da sllpercondutividade COm alto valor

    da temperatura crítica ,26. 27. 28. 20. 30. 31]).

    I\o contexto da temia quântica de campos, a transmutação Fermi-Bose pode ser

    simulada pela introdução de um campo de gauge de Chern-Simons 132, 33], que intera~

    ge com a matéria via uma corrente conservada. Deste modo o termo de Chern-Simons

    (CS) produz uma interação de longo akance entre as partíeula::; carregadas, que pode

    ser interpretada como mudando a estatística, transformando bósons e férmions em

    anyollS. Uma outra pl't'uliaridade consist.e na existência de campos vetarias massivos

    sem a quebra da simetria de gauge [34, 3ã}. De fato, o termo de CS quando acoplado

    com um termo de :Vla.'-"'\YE'll fornece uma massa para o fÓtOll 1 já na aproximação de

    árvore.

    Na ausência do termo de ~\iraxwell, não existem graus de liberdade dinâmicos

    , 11

    f

  • associados ao campo de gaugc, embora. a interação de longo alcance que muda a

    estatística persista, Neste caso, o termo de as pode ser interpretado corno um campo auxiliar, já que o seu propagador não possui um conteúdo de partícula. Este termo

    surge naturalmente em sistemas planaresr mais especificamente, quando se calcula o

    tensor de polarização para fêrmions massiyos. Realmente. ao usarmos a representação

    de duas componentes~ surgc uma parcela antí-símétrica que corrcspond(' ao tenno

    de Chern-Simons induzido' [361, Como mostrado em [101 o te'mo de CS pode ser

    gerado dinamicamente~ em teorias com férmions de massa nula) quando se acopla

    minimamente um campo de gauge .-1;! com a matéria) apenas se a simetria de paridade

    é quebrada.

    Do que foi dito aciIna j é natural imaginar que para O< (}: < 1 exista um ac na qual quando Q -4 ar ocorra uma transição de fase, de um sistema tipo férmion para tipo

    bóson, ou \'íce-yersa. For outro lado, é sabído que operadores de campos adquírem

    uma dimensão anômala deyido às coneções radiativas. Podemos entào obter ínfor

    mações sobre a influência do tenno de CS. no que se refere a renorrnalizabiHdade da

    teoria j através do cálculo das dimensões anômalas dos op

  • com N linhas externas do tipo férmion deverão satisfazer, Calcularemos as funções

    do grupo de renormalização até a ordem de 2-1oops, e mostraremos que neste ca'5O (de

    um único sabor) existe apenas um ponto fixo infravermelho p.stávcl~ que ê o trivial.

    Obteremos também as dimensões anômalas do campo básico yf; e de alguns opera

    dores compostos. No segundo Càpítulo estenderemos a discussão para a situação de

    N (N > 1) campos fermiônicos áÇQplaclos com o tenno de CS, Neste caso teremos

    duas constantes de acoplamento, e para estudarmos a natureza dos pontos fixos utiliza

    remos o método da redução das cantantes de acoplamento proposto por Zimmermann

    [38]. Mostraremos que existe uma linha de pontos fixos, além daquele trivial, o que

    não ocorre para o caso onde N = L Discutiremos as dimensões anômalas para alguns

    operadores compostos e seu comportamento como uma função de 0:. Devemos espe

    rar algumas diferenças qualitatíuls e quantitativas em relação ao caso de um único

    sabor I pois como sabemos, quando N torna-se grande, mudanças drásticas ocorrem

    em teorias quárticas fcrrniônicas. tais como a questão da rcnormalizabilidade. c em

    particular) com uma int.eraçâo tipo Thirring, haverá geração dinâmica de massa para

    os férmions [11]. Nas discussoos apresentaremos um resumo dos resultados obtidos e

    possíveis extensões a este trabalho. Nos apéndices enéontram-se a notação e tabelas

    de integrais que utilizaremos no decorrer deste trabalho, assim. como os cálculos de

    alguns diagramas rcfcnmtes aos modelos considerados.

    13

    ,

  • Capítulo 1

    o Modelo de Gross-Neveu Acoplado Com um Campo de Chern-Simons

    1.1 Apresentação do Modelo

    o modelo de Gross-~eYeu maSSl\U em (2 + 1) dimensões ;u-:opiarlo com um campo de Chern-Slrnons é dado pt:>la segumte densidade de Lagrangeana.

    1 - . - -") 1 "l ~ -

    -__;:-Jl"OF ' ~

    U p - ' ,'. G{.,f;w)- - (1.1)4'irG: ItV~"l!) "(I'",,,}.!'> ln)~í'....L 'l!1",JI..h!1"'~ fi 2.\ (Dw4")',~ ~ I 'f/

    onde Fllv ;;;; Df.!Al' - 81'Aw l' é um campo fermiônko de massa rn cum duas componen

    tes, A/l o campo de Chern-Simons e À o parâmetro de fixação de gangc. Xcstc caso l a

    interação de Gross-~eveu é a mais geral auto-int.eração qlHírtica fermiônica invarian

    te de Lorentz, uma vez Q1H' a interação vetorial tipo ThitTing não é independente e

    satisfaz a relação; (tPj.J'1/'f : = -3 : (..p1jJ)2 :. )Jo próximo capítulo analizaremos o

    caso de N campos fcrmiônÍCos.

    Note que em D = 3 11 teoria âCima1 possui o acop)amemo G com dimensão

    ::v1a..

  • de contra~termos necessários para tornar as amplitudes de Feynman firiitas aumenta

    com a ordem de perturbação em G,

    O modelo descrito por {l.1} é jnvariante peja simetria de conjugação de carga

    (C). No entantQ~ a presença do termo de Chem-Simons. assim Como o termo de

    massa, quebram explicitalIlfmte as simetrias de paridade (P) c reversão temporal (7),

    contrariamente ao caso das simetrías PT e C'PT que não sâo violadas [34] (para

    maiores detalhes veja o apêndice B). O modelo apresenta também uma simetria de

    gauge local, pois pelas transformações

    Ap(x) -> Ap(x) + ope(",),

    e

    ~(x} --+ et9 (x; '

  • ~r~

    ,1 I ) 3 , 1. , 4] (-i G),[:x:= 2 , > 4 2. 'J ) 3I Figura LI: Regras de Feynman para os vértice da teoria (1,1). A linha ondulada representa o propagador de CS e a linha cheia o propagador fermiônlco,

    j.~f\(k) = 2no: tÍ'Q>.k~ _ iA kPk o

    (1.:l)k' k,j

    o que nos mostra que este propagador nào possui um conteúdo de partícula. urna vez

    que não apresenta pólo, :\0 decorrer deste trabalho iremo~ adotar {} gauge de Landau

    À -+ O. A escolha deste gauge leva a um melhor comportamento infravermelho das

    funções de Green 134, 44),

    De maneira análoga podemos obter o propagador do férmíon. que é dado por

    SP(k) = V i

    (IA)-m

    1.2.2 Contagem de Potência dos Diagramas de Feynman e a Regularização

    o comportamento ultra-vioLet.A. de um gráfico de fl\ynman .l é gun::rnado. de acordo com o critério de contagem de potências. pelo grau de divergência superficial d(',!},

    Os diagramas calculados com as regras de Feynman acima possuem)

    d{'y) = DL - 11._1 - nF . (1.5)

    lG

  • onde L é o número de loops: nA e nF são os números de linhas interna.., do tipo Ap e

    fermiônica: respectivamente, e D é a dimensão do espaço-tempo.

    Podemos escrever (1.5) em termos do número de linhas externas dos campos 'IjJ e

    Ali! NF , IV..\. respectivamente. usando a relação de Eu~er e as relações topológicas

    I , 1 \" 2 ,,·1 ", "FnL =n.-\+np-"" + l ~ Ai nA=~l~, jYFif.llP:=L.,.Vll , a

    onde F = Ve+ l,~, é o mImem total de yértices em um diagrama de Fcynman, v: e 1/:; sâo os números de linhas do campo .4p e do campo ti: chegando no vértíce u, respectivamente. Usando as relações adma: a equação (L5} toma a forma

    d(-y) D .... (D:: 1 111'.1 + NF + 2)V~1 + 1/';)] - Dl' a

    3 ..··N" Sy+li; (1.6)

    para D = 3.

    Os diagramas são dito;:;: superficialmente divergentes quando db) ~ 0, então

    de acordo com (1.6) são superficialmente divergentes; por exemplo) 0., diagramas mostrados nas figuras 1.2~ 1 ,3~ IA e 1,5. Para remo"er essas divergências devemos usar

    algum esquema de renorm

  • t::\ + o + r , ~ , +~+ ia) ib) (c) (d)

    CÀ, e~+ + + -6r + (e) iQ (9) (h)

    R O + ...+ (q (j)

    Figura 1.2: Diagramas com N,4, = O e :\'F = 2: que contribuem para a função de dois pontos do férmion. Os diagramas (b), (1), (9), (h), (i) e (j) representam de fato uma família de diagramas.

    e 1'1F = 4) \ os Cúntra~tennos induzidofl serão pro!)orcionais a; constante, que corres

    pondem aos diagramas dr ordem Gn e G(l2 (são loga:ritirnicamcnte divergentes); m

    e P, gerados pelos diagramas de ordem G)· e VQ {são linearmente divergentes}: m 2 , m p e r l gerados: pelos diagramas de ordem G3 (são quadraticamente divergentes). Como podemos obsenl1r. diagramas logaritimieamente din~rgcntes {d{"y) ;;;; O) indu

    zirão contraw term05

  • )\+ I+I[+XX+A+

    {'I {bl {oi {di ('I

    A+ )CD( +XXX +>

  • ~+~+~+

    (') (b) (o)

    ~+~+ ... (.)(O)

    Figura 1.4: Diagramas com NA = 2 e X p = O, que contribuem para a função de dois pontos do campo AI"

    integrais e que subtraia ús infinitos de maneira sistemática.

    A questão de qual regulador devemos usar não tem a príori uma resposta em

    teoria quântica de campos, Em princípio qualquer método pura retirar os infinitos

    pode ser utilizado~ entretanto. na prática alguns mêtodos são mais convenientes que

    outros. l\"este trabalho adotaremos a regularização dimensional [47] juntamente com

    o esquema de subtração minimal [47] [48]. Em muitas situçÕ€s este é o método mais conveniente pois nào destrói nenhuma relaçâo algébrica entre as funções de Green, em

    particular as identidades de VVard. _\lêm de preservar a invariância de Poincaró na

    teoria regularizada e também as simetrias de gauge. nos permíte calcular as funções do

    grupo de renormalização de maneira relatl\'amente simples. como veremos na próxima

    seção. Outros métodos como o 'cut-oW' e o dE' Pauli-Viliars desuoem a invariância

    de gauge. embora () segundo preservE' àS identidades de \\~ard na QED. Entretanto,

    como observado em [49] a regularização com um simples :'cut-off"' leva a ambiguídades

    associado ao fluxo de momento nos gráficos de FeYllman. Xo contexto das teorias

    efetivas, o uso da reguJarizaçào dimensional ê quase que obrigatório para garantir que

    contra-term'JS de ordem mais elevadas possam ser desprezados (50).

    A idéia deste esquema é baseada no fato de que as dh'ergéncias ultravioletas primi

    -20

    f

  • +A+A+ ", (b (o)

    A+M+A+

    (d) (.) (~

    Figura 15: Diagramas com X. \ = 1 e .\"F = 2, que contribuem para a função de três pOntos.

    ti'ras dos diagramas de Fe-ynmúu. qm' adn":m uos "loops" de: integração. são t-liminadas

    quando se vai para uma dimensão D do pspaço-tempo pequena. o bastante para tornar

    tal amplitude conycrgemc. As integrais clt! Feynrnan sào então definidas como funções

    analíticas elo espaço-tempo D-dim~n5ionàl. e os infinitos aparecem como síngularida

    des da forma ~. onde € = 3 - D. quando D -t 3 [51]. Assim. numa. determinada

    ordem de perturbação. a função de Green G(€) conterá pólos em tê, de modo que pode

    ser expandida ('!ll 5crit~ de Laurem

    G, G'-i Gi G(r) = -f+-'-. + ... +-+G(f) (1.7)é'-' E

    onde G(f} é finito para é _.., 0, Os contra·termoR sâo então construídos (k manpira a

    subtrair os tel'llloS de pólo em G(e:}. deixando G(E) corno a função de Green subtraída.

    Como COIl1{'lHildo adma. na regularização dimensional os pólos ocorrelll nas inte

    grais de Fe)'nmaIl quando D (dimensào do espaço-ternpo na teoria regularizada) for

    igual a trÊ's. Por outro tado. de acordo com [52]; os pólos de um gráfico genérico ;'

    apar()cem na fonna r( - d~'l). isto é. para "alores onde - d~) = 0, -1. -2. _... Usando

    (1.5) para L = 1 rucontramo.s d(-.} = 3 - nA - np. Entretanto, para construirmo!' um

    diagrama de l-Ioop dl'\"emos ter no mínimo 11..--1 +nF::::: 2. o que nos leyaria a dh') = L . 21

  • portantn livre de pólo. Por outro lado, as divergências logaritimicas (dh-J = O), que

    em geral estão contidas nos gráficos de I-Ioop; são ímpares na variável de integração, e

    portantol se anulam por integração simétrica. Consequentcmente. uma característica

    desta regularização em três dimensões f: o faLo que as integrais de Feynman em l-loop,

    que são formalmente diycrgentes por contagem de potência. são de fato finitas uma

    vez que nenhum póio ocorre quando D = 3. A"iSim, ao usarmos esta regularização os

    diagramas efetivamente diYf~rgentes são aqueles fi. partir de 2~loops.

    1.3 O Grupo de Renormalização e a Teoria Efetiva

    1;ma prescrição de renorma1ização consiste em usarmos um procedimento de regu

    larização que isole os infinitos dos diagramas de Feynman c uma maneira sísternátka

    de remo\'(:r as divergências e definir os parâmetros renormalízados da teoria, isto ér especificar uma escala d€' momento /1. na qual as sublrações dos infinitos são feit.a..s.

    Entretanto, quando adotamos o formalismo de contra-termos e sltbtrações. existe umá

    liberdade em como separar a Lagraugcana nào renormalizada numa part(~ renorma

    lizada e a outra que contêm os contra-termos. Embora esta arbitrariedade não lev~

    a nenhuma consequência física, pois todos os procedimentos dc\'crão levar ao méSmO

    resultado, eles podem diferir na definição dos parâmetros da teoria. Existe portanto

    uma simetria associada com a invariância das amplitudes renormalizadas quando se

    muda o ponto de subtração p. ou seja) um grupo de t.ransformações envolvendo 11 que

    deixam os resultados físicos inalterados, Essas transformações são chamadas de grupo

    de renormalização (GR). e dependendo da escolha das condições de renormalização

    empregada, existe uma "ariedade de formas de equações do GR {53], "Cma das prin

    cipais utilidades da equaçào do GR é na discussão do comportamento assintótico de

    uma teoria quântica de (;ampos para pequenos e grandes momentos,

    Para modelos renoTInalizáycis. a equação d(~ fHoot't-\"Veinberg {-lIL 48] é a equação

    do G R que é derivada do esquema de subtração minimal. Esta equação é frequen

    temente chamada de equação independente da massa. pois as funções do grupo de

    renormalizaçãú que aparecem na equaçào sào Independentes dOR parâmetros de massa

    da teoria.

    Por simplicidade, ignoremos inicialmente a uno n~norIHalizabilidade da teoria, tma

    22

    f

  • ginando que a renormalização da massa e das constantes de acoplamento em (1.1)

    sejam suficientes para tornar as funções de Green bem definidas, Para derivarmos

    a equação de t'Hooft-\\'einberg é conveniente introduzirmos as constantes de acopla

    mentos e o parâmetro de renonnalização tt através das relações G -t G jJt e O: -t (X p/,

    G possui dimensão de luyerso de massa e ( = 3-Dê tomado zero no final dos cálculos.

    Partimos em seguida da relação usual entre as funções de vértice fermiônicas não re

    normalizadas de N pontos (gráficos IPI), r{N) {Pi, G, 0:, m,c), com a renorrnaHzada

    r~"i)(Pil G Rr ctn, mnd1). onde Pi representa os N momentos Pb]12. "·,PN, dada por

    (N) , _ -!f (N),r (p"G,a,m,€) - z~ (I",e)rn (p"Gn,CfR,m",,,) , (L8)

    onde o subescrito R significa uma quantidade renormaHzada. e USJlmos também o fator

    de renormaUzaçào Z~ para (:ada linba externa fermiônicR. Obviamente r~~) possuí um limite finito quando f -+ O...\. equação do GR é obtida de maneira muito simples

    se notarmos que rCl\

  • no ponto de subtração 11, Em (1.11) fJa e fla são as funções beta do acoplamento G c a, respectivamente,

    É fácil \"erificar que se definirmos G ......., f j.l. onde 9 faz o papel de constante de acoplamento adimensional e A é um parâmetro massivo, r OV)(pil9, 0:, m, J-L) satisfará a equação

    18 8\

    lA- + g--)' r(NI(p .g.fr.m li) = O ( 1.12) DA "Dg L . . 1 Somando (1.10) c (1.12) tomos

    [A!A +f.L;p +mÓ: +!39: +1'10;0' -N'l'] r(N)(pi>g, a.m, 1') = O, (1.13)m g onde agora /J -t i3 ,... 9 = J.L~, Observe que {} que: fizemos f01 fixar .:3g em ordem mais baixa como sendo igual li g. !'\enhurna Qlltra implicação ocorre com as funções

    do GR uma vez que A entra !la expansão penurb}Hi"a apenas na combinação Ã, de maneira que todas as contribuições do termo de derivada em relação li ,\ são

    eliminadas. Entretanto. a introdução do parâmetro massivo :\ nos pcrmjtirá construir

    uma teoria efcti"a de uma. maneira consistente. ~OiC! também que () procedimento

    acima é dependente da. razão entre dojs parâmetros HI.a5sivos X. de maneira que as funções do grupo de renormalização terão a forma /:1 = .B(g,a:,X), J = ó(g,a, ';:) e ; = ')'(g. a, X).

    Por outro lado. modelos não renormalizáveÍs requerem uma consideração espedal

    uma vez que a forma da lagrangeana efeth'a muda com a ordem de perturbação.

    Assim, rigorosamente falando, a equação (1.8) c portanto (L13) só serão verdadeiras

    no caso onde 9 = O, Para 9 # O a teoria é não rcnormalizá\'el e o lado direito de (L13) não é de fato verificada em todas as ordens d(~ pertllrbação. uma vez que

    existem contribuições para r(2} c r(4) que nào podem ser absorvidas em redefinições

    dos parâmetros de massa, fl1nção de onda e constante de acoplamento, corno vimos

    na seção 1.4. Neste caso r(2) receberá contribuições. além daquelas já contidas em

    (1.8). da forma

    ,g ,) 3 r(2} ,..., Dl ~\np- + !J.. (D, mp' + D, pp') + O(Y ) T ... •/\.2 - " A' ,

    24

    f

  • que advêm da contribuição dos diagramas 1.2(/) e 1.2(j) respectivamente (Dl, D. e

    D3 contém as divergências ~). Analogamente, para r(4) temos

    g'l g3 . g4 r(4) ~ Bl ;\," p+ E, :\3(m p+p') + 0(:\4) + ...

    corrcspolldendo aos diagramas 1.3(g), 1.3(i}, etc ....

    Portanto) o lado direito de (1.13) seria proporcional a esses novos contra-termos

    para N = 2 e N = 4, respectivamente. tornando a equação do G R muito díficil de ser

    analisada, Contudo: se nos limitarmos à análise na região onde o parâmetro massivo

    A seja muito maior que qualquer momento externo e a massa do fél'mion (m,Pj « A), de maneira que os efeitos desses novos contra-termos possam ser efetivamente

    desprezados, as funções de GrC€ll ainda satisfariam (aproximadamente) a seguinte

    equação

    A~ +Il~ +"m~ -+.8g~ +iJo~ -N7] r(NI(pi,g, cun, j') '" ° , (1.14)[ uA uf! um ug Vü onde o símbolo ~ significa igualdade na região onde todos os contra-termos djf{'rentes

    daqueles já contidos em (1.1) podem ser desprezados.

    No entanto, é bem

  • Em outras palavras. o teorema nos diz que a função beta do acoplamento de C8

    é identicamente nula (ôo =O) de maneira que podemos escrever (1.14) como

    O 8 iJ a ]A +11 /1 +6711 +P'[)g -N7 r(N)(J!i,g,a,m,IJ) "'0 , (1.15)[ oA 0 8171

    m

    Usando a equação acima juntament.e com ajuda da auális~ dimensional podemos

    obter o comportamento assintótico de r(N)" Designando por dimf{NJ a dimensào

    canônica7 de r(Nj e como ela é urna função homogênea nas variáveis dimensionais Pü

    1 A e jl., então por uma mudança de escala da forma (Pi, m j A, p) ---r S (Pi, m,A! fl).,

    temos

    (N) (. " .) _ d;mr(X; r[N) (p"\ )r sp" sm. .~L\. sp, g, a - S tl fn .. : /1, g, (t (1.16)

    Usando o teorema de Euler para funçôes homogêneas podemos obter que a equação

    do GR que r(N) dcvcni satisfazer pela mudum,:a de escala adma será

    ,\~ + J1~ +.,"'- +m~l r(NI = (dimrl,vJ) r lN) . ( 1.17) [ 8A 8/1 iJs Bm Esta por sua vez pode SE'T combinada com (1.15) para obtermos urna outra equaçâo

    que relacione n escala 8 com uma mudança em m e [f (mas não em /-1.), isto é,

    dim rI"~) + 3 "'- + m (ó(q) - I)~ - N "I(q. O)] r'i'l) = O (1.18)[-s"'- . am, .,iJs 9 ôg 1Por definição,

    (2-)DIi;~ , ) a,N) ( ) ldD. dD ~iL:.,p'" \Pl+P'1'T· .. +PN 'COXp"p2, .. ·,P.\' = Xl'" x",e ~ x {OITt:'(xd._.W(T~)~(X.Y+!) ..:t3(:t'j\")IO>CON ,

    o ,

    onde ú subescrito CON quer dizer conexa. Púr análise dimensional fiO obtêm facilmente que dimG~)~ "'" ]I: dv - DiV + D. Como a dimensão de r(!I,'1 é a mesma que a das função de Grecn conexas, porêm com as linllas externas amputadas, então

    d· rU\'l d' a(N) ,,- II "d1111 = Im GON + l\' ;;;;;; J~ V ,

    com dlJl =

    , 26

    ,

  • que expressa o fato de que uma mudança em 8 déve ser compensada por uma mudança

    em m j 9 e um fator multipJicatívo. A discussão da equação acima é simplificada se

    introduzirnlos a constante de acoplamento efetiva (também chamada de carga gene

    ralizada) 0(9, s) e a massa efetiva m(g, s), definidas como

    a- am s %8 (9, s) ~ ,13(1/) s as (9,8) ~ m(ó -1) (1.19)

    com as condições

    !l(g, 1) ~ 9 m(g, 1) = m. (1.20)

    Usando estas definições, a solução de (1.18) pode ser escrita como [8, 40]

    r(N)(S Pi, m, g, D:, /1,) = sélmrpq e~N f ~ '(YJ.,xj r(X'(pi' m(m, s), IHg; '

  • de onde vemos que a dimensão canônica dírnr(N) é modificada por um fator adicional

    de -''1(g*,cr) para cada N campos. de modo que 7(g*,rx) desempenha o papel da

    dimen.lião anômala do campo 1/) [58}.

    A solução de (1.19) requer o conhecimento de lJ(g), que pode ser obtida através

    da teoria de perturbação, Os pontos fixos da teoria são particularmente importantes

    uma vez que na criticalidadc (m O) fi. teoria é invariante de escala, conforme (1.22).

    Suponha então que o valor da constante de acoplamento efetiva !J est.eja próximo de

    um dos zeros não trivial de beta (a origem é sempre um zero de beta), então podemos

    escrever, supondo que beta possua zeros simples

    Er s :5 (09, s) = P(!!) '" (9 - g*)6'(g*) (1.23)

    cuja solução é

    9 ... g* = (~) 8'(g')

    sendo c uma constante de integração. Portanto. dependendo do sinal de p'(g*) temos

    as seguintes situações: 1) para .8/(g") < 0, então 9 -). r/ quando s -). 00, ou se,la. o ponto fixo é estáyel no uitnn"Íoleta: 2) para !f(y") > O. temos que li ---) g'" St'

    S -+ ú~ e o ponto fixo é estável no infravermelho. A natureza desses pontos fixos estão

    exemplificada.s na figura 1.6.

    1.4 As Funções do Grupo de Renormalização

    Os coeficientes Ó, ,B (! '} na equação (1.14) são obtidos taltuh:mdo a ação dos

    operadores diferenciais sobre as funções de yértkcs de dois e quatro pontos. Para a

    função de dois pontos, rP1(p) = _[SP(p)],l = i(p - m) -;- l:, onde E representa as

    inserções de auto-energia. ternos que até a segunda ordem nos acoplamentos

    r(21(p) í(p - rn) + :~ p.'li21 + Q p/l1'1 + ,,'(I .... T} p." 1;2) 2

    + ~~(J -T}p."'Ij21+ ~2(1 T}I"'Iá'l, (1.24)

    " e b -, l i2). •00de o }l:TIlte dO'E ---7 esta su entend'HI"O. ...:a expressa0 aCima I l 1- = 1~ ... ~;)~

    denotam amplitudes de Fej'nmzm rpgularizadas. 05 diagramas associados a IJ2}, lf), ,

    28

    f

  • l P(g}

    -g, g, g

    Figura 1.6: Exemplos da natureza dos pontos fixos. A origem c o ponto 92 são pontos fiXos infravermelho cst.áycL enquanto que 91 representa um pouto fixo ultra,"ioleta

    •estável.

    e li2 ) estão mostrados nas figuras 1.6. L7 e 1.8 respecüyamentc, r é um operador que remove o termo de pólo nas amplitudes sobre a qual ele ar,ua. Como mencionado

    anteriormente. as amplitude I~21 e [fi que estão assodadas à diagramas de I-Ioop são

    finitas.

    Analogamentt\ a funçào de quatro pontos, ate a terceira ordem nos acoplamentos

    é dada por (omitimos aqui as contribuições que por contagem de potência sâo fhítas,

    assim como os índkes espinoriais)

    4 , . 9 ,g ~ Hl ,g 2 (·1), 9 :! 2f ! t)r( I(p"p,,)Ja,p,) 11 [-',\ ~ ,\ ap I, -r A,/1 l, -r ,\ n (I-T)I' I"

    I .'+ ,~, a (I - T) I'" 1,;") + :~I (1 - TJ p" Ij,j)1 (1.25) sendo novamente que as ampHtudes de l-~oop J~~; e 41) são finitas devido ao uso da regularização dim~~sional,

    De uma maneira geral, de acordo com (1.7). se I:'\'l representar uma amplitu

    de regularizada de ]\f linhas externas do tipo fcrmiônka. então. f"squematlcamente.

    I (N' 'I (N) fi' (I') d' ,i •'= po Oi + TUta l c mun€lfH que a operaçao ,

    29

  • (1 - T) flX< iN) (1- T) ex~lnl-' (póloiN ) + finita~N»), (1 - T) (pÓIO!N) + finita!N) + x In /l Res!N) + O(f)) finita~N) + :1: lu f-L Res;N) , (1.26)

    onde Re8~N) representa o resíduo de diagramas de N pontos, que são dados pelos

    coeficientes do termo ~.

    Para a função de dois pontos eles possuem a seguinte estrutura

    Resl') = m A3+ Fi B3 Resl') = -i (m' A, + m Fi B4 + O(p'))

    e

    Res;') = - (m'.45 + TIl' )I B, + O(p'))

    onde A~s e B:-~ são constantes numéricas.

    Para a função de quatro pontos temos,

    Res(4) ·C R O)-2 3, eS-t -(mC, + O(p)) , e Res~1) = i(m'C, + 0(7")) ,3 (1.27)

    onde C? são constantes numéricas.

    Deste modo, (1.24) e (1.25) podem ser escritas como

    r(2)(p) i(p - m) + ~ J1fI~2) + Cl:jlf1J2) + (1'2 [finita~2)

    + 2 InlL(rn .43+ )lB3 )] + ~ Q [finita\2) - 2i Infl(m'.4, + m FiB,)] +

    o

    g- [fi· (" ? I (' 4 ' ., B )]+ 1\2 mta;:; - ~ n f-L m . 5 + m p 5 (1.28)

    e

    ri') (Pl, P2, P3, p.,) fl,f -i 9 + 9 o: I{ ](4) + L flf ](-1) + 9 0;2 [finita(-l)A A 1 }\2 2.\ 3 2

    [ ,

    2i C3 In 11] + ~2 o: [finita~·1) - 2 m C4 In III

    :~: [finita(') + 2i m' C5 In 1'1] (1.29)

    -

    30

    f

  • Usando as expansões

    (5 = LÓiJyinj (1.30) iJ

    J'''i L "ii,j gj a (l.31) i,j

    e

    (3 = í:, (3i,j gi aj , (1.32) i,j

    substituindo (1.28) e (1.29) em (1.l4) e agrupando os termos proporcionais a m e p obtemos9

    .51,0 = .50,1 = "It.{l = ~rO.l O: (1.33)

    60., = -2;(A, +B,) • ")(1,2 ~-iBJ, (1.34)

    _ mm61.1 A (A, +B,) , tU = ~ A B4 (1.35)

    m2m'82,0 = 2í={A.+B.) , ")2,0 = i .1\2 B5 (1.36)

    13'.0 = 1, (30.1 = /3 , = /3'.0 - /30.' = O , (1.37)"

    tA,? = -4i B3 ~ 2 Cil , (1.38)

    4 TTl B.= ?,' m C. _ (1.39)/h,l - A" .\." e

    2 2m m(3.,0 = 2A2 C. +4í .\.' Bs (1AO)

    --;:-.,..----c---:----- !iNote que at.é a Ordl'fll qut' estamos indo 000 existe mistura entre as comrihuições de f3 com l' e

    Ó, OU séja, as funções J ~, '} são completamente determinadas pela função de nktice de dois pontos, ,

    31

    ,

  • Assim, para encontrarmos as funções do grupo de renormalização precisamos dos

    coeficientes Ah Ri e Ci (i = 3,4,5). Isto será feito nas pr6ximas seções,

    ".

    ('I (bl (el

    Figura L 7: Diagramas de ordem 0:2 que contribuem para para a auto--energia do férmion.

    1.4.1 Função de Dois Pontos

    Ordem Q,2

    Nesta ordem temo!'> três diagramas que contribuem para a auto-energia do férmioll:

    que estão mostrados na figura 1.7, Como eles divergem linearmente no ultra-violeta;

    podemos usar a segulllte decoIúposi~ão para a paroela de póio1

    Parte de Pólo = (A3(;) m + B,(i) ]i) (1.41) c

    onde i = a! b, c representam as três contríbuições para a autú~energia, Para i = a, que

    corresponde ao diagrama (a) da figura 1.7. temos a seguinte forma analítica)

    > J. d'k, d'k, [ i 'lJ121 (a) -4;r~f >. t o ------- ~.tt 'Y PIi /la 11l~g(2iT)J(2r.y . p-Vl-m'

    í) k' kO.)' i I IX Tr f -- (1.42)( f2 - m V2 - Vl - m kr k"f T

    onde o sÍLal negativo refer-se ao ;'lo{)p~~ fcrmiônico. c o símbolo Reg significa. que a

    expressão acima deve estar regularizada, Para obtermos apenas a parcela d(! pólo

    podemos escrever (1.42) tomO.

    -32

  • Ij'l(a) o" L iJkJ d'k, Á fi I I' )]41nCPj,ÂCvllaJ I?_)'(") )," k,Tr 'Y (/I,.;m)"(1I2- fé, +mReg ~_i1 _í!"

    [-;"(il- /I, + mh']x

    (kl- m2) I(k, - kll' - m'] [(11 - k,)2 - ",2, (kf)' 1

    (m A,(a)+ f' B,(a)) - , (L43)c

    onde no lado direito introduzimos o operador T que extrai a part.e de pólo gerada

    pela regularização. Os coeficientes .43 e B3 são então dados por

    A, (a) 1 (2) 2i-;r2 h d3k1 d3k2 >. fi -2Tr [, (0)[1=0 = -- cpp> (0'"T (O)' (2 )' k l k l< m- rn Reg _n, 1': Tr [-,1'(-1, + mh' Trb"(V, ~ m);"(f, -~! .; m))]

    x (144)(h:~ - m') [(k, - k,)' - m'] (kf ~;;") (k[)2

    e

    B,(a) 1 {2) _ 2if,2 1 d'Jkl d3k 2 ~.\ ,0 0 2 Tr{I, (a) I) - ---,,- (PI'Á (vii" T (,,_')' (2 )' ", ", c _p P Ikg _" r. Tr [-;"(,6 - ~l .; m)-/p Tr (-j"(V, + mb"(V, -1ft .; m))] _

    x 2) I{k k )"' ." 1('" "l' 2" (k')' (1.40)(k'2" - m '2 - 1· - m-j l' - - - m. ~l-'j

    A implementação da regularização dimensioIlal adorada por nós se efetua da se

    guinte maneira' usamos as identidades ",1J~,v = g/I/; - ü.JwiJ'l" e t: "cpop - rOfíP _ ~p~O, , I 1. ,po,., - Un B VaUS

    e as propriedades das operações de traço diretamente em D =. 3. ou seja, todas as

    possíveis contrações com o tensor (''''I' e com as matrizes "1'/1 serão feitas em três di

    mensões. Após isso: os integrandos serào promoüdos para D dimensões e calculados

    com as regras usuais [39. 40]. Este procedimento é- prático e livre de ambíguidadcs no

    que se refere â parcela diycrgente, pelo menos atê a ordem levada em consideração,

    Dificuldades surgem quando se tenta estender para dimensões arbitrárias um obje

    to e.%\cncialmentc tridimensional. como é o caso do tensor C,

  • Por exemplo: o uso de regras estendidas tal como 'YJt"f/l = D; podem induzir apenas

    termos finitos no cálculo dos diagramas.

    Seguindo então este procedimento. as equações (1.44) c {lA5) tomam a forma

    A3(a) 1 ('2) \ _... 2ü,2 f dnk 1 dO},;}. € - 2m TI' 13 (n,l>=o - -;;:;-7 (270)" (271)"

    -8m3k; - 8m(ki)' - 8mk[(k, ,Ir,) + 8m(!-, ,k2 )' x (1.46)(ki - m') [(k, - k,F - m'J [kl m'J (k1)'

    e

    E3(a) ~ _1..... Tr(/21( ) ~) _ 2Í7" f dOk dDk2p2 ;) a p ~-'17 --' --' < 1'- (2,.)" (2,,)D

    Xurncrador x (1.47)

    (k1- m') [(k2 - k,F - m'J [(1' - k,)' - m'J (/rI)' onde

    ~umerador = -16 cN /). (vOu kf kf p>' kí kg po - 16m2k~(kl ']1) ~ 8ki(k, . kz)(k1 . p)

    + 8m'(k[' 1')' + 8(k[ ,k,)(k, ,)))' - 8(k, 'jJfki 8(1'[, k,)'p' + 8kfkijJ' + S(k, 'k,)'(k[ '1') , (1,48)

    É oportuno neste momento adotarmos o seguinte procedimento para o cálculo do

    termo de pólo das integrais. O primeiro passo é usar a param('trízaçào (A.20) oU

    (;\.21 L dependendo do caso, para reduzir os denominadores eont.rmdo a \'ariárj~l de integração em um unkü denominaàor. -ema n~z feito isto. \) denominador será uma

    fun~ão quadrática da variável ue integração. Em. seguida mmpletamos o quadrado

    do denominador de modo que o mesmo toma a forma [{k2 ± ft13)2 - ~l, onde ft ê uma função dos parâmetros de Fcynman t' p rcprE'senta () momento externo do primeiro loop: cm geral uma função de k1. Fazemos a mudança de variável k2 ---4 k2 ~

    ft fi e eliminamos os termos Ímparcs no nllmerador~ que por integração simétrica são nulos. Após a inrogra

  • mudança de variável (caso haja necessidade) da forma kI ----)o k l =t= hp, onde h é também uma função dos parâmetros de Feynmau e p é o momento externo do segundo

    loop. Eliminamos os termos Ímpares. integramos em k1 e somente no final fazemos as

    integrações paramétricas.

    Para ilustrar o procedimento acima faremos o cálculo detalhado do presente caso.

    A primeira parametrização de Feynman para ,,43(0.) e B3{a) é

    1 = edx=_--;l::"'_7M (1.49)(kl- m') [(k, - k,)' - m2] Jo . [(k, - xk,)' - -"]'

    onde

    .6. = m 2 - x(l - x)k~ . (1.50)

    Fazemos a translação k2 ----)o 1.'2 + 1''''1, eliminamos os termos ímpares e fazemos a integração em k2 usando (A.23) e (.\.2--1-). de modo que

    A3(a) _(2-.q.) lo' ,1 1II - f ,jD!.T d.?: --. .,

    2Df 3 o {27f)D (kf - m2 ) kj

    D D, (D.,"., .,]x 1(1- 2)-"'- +r2- 2)ki""--(2+"·-2r) (1.51 ) [ e

    DB3(a) 1 7f2-.Jt lo' f d k1 kl • P- T - -- dx -- ,,~--;-='-----===, p' 2lJ-] o (2".)D [(p-k,)'-m'] (kl)'

    x [41(1- ~) ({D - 2)(k,.p) - ki) -" 'f-' + 8.7:(1 - ",) D ( o 22) ".,]x r(2- 2 ) (k,.p)kj-(k,) -",-- . (1.52)

    Prosseguindo o nosso eálculo, poderíamos introduzir duas llm'as illtcgrais para

    métricas uma vez que há agora três denominadores diferentes que dependem de k1

    em cada um dos termos das expressões acima. Entretanto. como o resultado não

    depende de m e estamos interessados apenas na parte de pólo das amplitudes, podemos

    modificar a depelldôncia sobre m em alguns denominadores. Por exemplo, no caso

    de A3(a) podemos substituir, sem mudar o resultado finaL I~i-mZ)k:!,·" , ----)o (kf mZ)Z'

    " 35

    I

  • Similarmente para B3(a) podemos tomar m = O em (1.50). Isto facilita os cálculos

    das parcelas de p6lo c nos permite usar apenas uma integral paramétrica ao invés de

    duas. Seguindo esta receita tf>JlIOR que a segunda parametrização para A3{0.) será

    1 = !:(,,±~) r' dy (1 - y) y"-' (1.53)!J.O - m')" f(o·) lo a,,+2 [1.'1 - !J.d"+2 ' 2 Y m2onde a = 1- x(l- x)y - y C ~l = J- . Fazendo a integração em k1 )a

    _2-D f1rI:'4(~) T " r(3 - D) lo dx lo dy (1 - y) Ll.f-S <

    c y-"[D D 2 yl-'JDl x --o + - (2+x - 2x )-6 . (1.54)a3-z 2 0.4-1l

    Substituindo n valor de (L usando que f(3-D) = ~+finito. e fazendo as integrações

    paramétricas ohternos

    ,

    ...,(0) = ... 2 (1.55)

    Para Bs(aL como dis.'\cmos anteriormente, tomamos m = O em (1.50). de maneira

    que podemos escrever

    B,(a) <

    1 - ~T ')

    P' 1 [ o

    dx J~~~' (2r.)D !(p

    k, . pktl' - m']

    x , .[x(,

    .I

    1)] r(1 ~) f(D 2)(1.:, . p) k;] (kfrf

  • B,(a) ~ -7 7f2-D r(3 Dl r dx ( dy (1- yJ2-.i! "':'-' [(1- 5y) r(1- !)221J( - 3 lo lo [x(o' - lll'-.i!

    2 r(2~(!~~5)1~ ljl (1- y) (1-7 U)] " (1.58) Fazendo as integrações paramétricas e retendo apenas a parcela de pólo encontraM

    mos

    ! Ba(a) = - 24 (1.59)

    Para i = b; que corresponde ao diagrama (b) da figura 1.7 temos a seguinte forma

    analítica,

    . _:2 J, d3kl. d'Jk2 [~,:< i L1 i )1Iá"(b) .:lil {/.lu), f o1Jp . ' 'I ')Reg (27.)' (21f)3 " p- f, - 111 p- fl:- ~,- m "

    ," ] kÀ 1-' J, -I"' L d'kI' 1 '2 _ . ·~·1 "'''1 '2), .Px P-.l"1-1 ru. 7 k' k' - -4,," l"vÀ (na" T H'lj. 7rJ (2)' (21f)' k, kJ2 - 1

    b"(p- 1', + m)r"(p- Ji,- 1', + mh"(p- It, +m)f] x [Cp - k,)'- lO l' [(j,::::k, - ,",1' - m') k[ k~--

    1 '

    (m A,(h)+ pB,(b» - (1.60), onde~ como anteriormente, introduzimos o operador T que retira a parte de pólo

    gerada pela regularização.

    As constantes .43 (b) e B,(b) ,,10 dadas por,

    D dD_~3(b) _1_ ' J2) b = - 2i;;-2 Jd k) k2 ( o T, I, ()Iv"'o 7 (",)1) (2-)fl_Tn nl _1f fi.

    8m'(k, "k,) - 8mk;(k, ""2) - lGmklA:;x ........ ......::: (L61)(ky - m2 )2 [(k j + k2 )2 - m2] kf /;;~

    e

    B,(b) ~ -\ Tr(Ij2l(b) Ji) = _2;,,' JIIDk, dDI;"21' " 7 _""C""""""". ( )r (2n)D(27f)D

    ~llmcrador (1.62)

    x [(1' _ k:)' m']' [Cp - k, - k,J" - m'] k; k~ ,

    :n

    ,

  • onde

    Numerador -2'""Ã 'a3pk\'k~pÀk~k1pP - 8k;(k, . k,)(k, . p) + 16(k, . k,)(k, . p)'

    8k;ki(k, . pl + Uk;(k, . p)'+ 81.;(1., . p)(k,· p) + 4(k, . k,)(k, . p)(k,· p)

    16(k, .p)'(k, . p) - 2k;(k, . p)' - 2(k, .1.,)'1" - 8(k, . k,)(k, . p)p'

    + 2k;kip' - 8(k, · p)k~p' + 8(kl . p)(k,· p)P' . (1.63)

    Note que o primeiro termo do numerador de (1,61) é finito: de maneira que pode

    mos escrever, seguindo o mesmo procedimento anterior

    .-I3 (b) '-'7/ dDk, dDk, (k,·k,)+2ki16,,, - , (2")D (2rr)D (kl "")' I(k, + Iv,)2 m2] ~ 3 2~D 1 t

    7 ":D ., r(3 - Dl r dx r dy(l y) _ lo lo ,,' li]D-:l y-~ I . lf! ,.?x..::1) T ~3_(1 ~ _:,) ~Q (1.64)3- 12[ a ?;t; a"' ~

    onde .6..1 = [1 .!I~-'t-xll m2 e 11 = 1 - .1:(1 ~ .T}Y _m y. Substituindo o "alo1' úe a e faz.endo

    as integrações paramétricas encontramos que o termo de pólo é

    .4,,(b) ~ I

    (..65)4

    Analogamente,

    B3(b) .'-D l' l' l' [.. L] (b )- 7 ?'~f)-1 r(3 - Dl d.r dy d.' (I - !ipf-x ~ 30·- I~ < _ o o o a"'-;r a

    r(5- Q) ( b) .,.*]+ ( ~),(I-x) 4(D+4)--16 "'~ . ( 1.66) r-l--, fi a"·,.

    onde A1 = ~m2 - ~p2(1 - ~). a = 1- zx(l- x} - 2. li = 1 Y zx(l-.7") c c = 1 - y - x z. Portanto.

    , B,(hl = -12 (1.67)

    , 38

  • Para. i = c, que corresponde ao diagrama (c) da :figura 1.7 temos a segujnte forma

    analítica,

    a', d'k [- 2 lá ) (c) = 41[2 (1l{J), f uvp 1nCff, (2;;)13 (2iT)~; "/ )i=...~:..=..;j.; Ar" P-"·]l;·=~··Jf;---=--!li- "r

    i A v] k_~t kf _ _ ' :! h _d'_k_, _d"_k_2 .À ~fI X ~.i~";--:

    P- 1''1 h2 - 4", '"SÁ '"VP T Ri'g (_»' (_>_']f )3 '" k,m k' L-' _1{- 1 [,P(JÓ- If, + mh"(JÓ- fi, - fi, + mh~(JÍ- fi, +mhV ]

    x [Cp _ k,)' ---< m2 ] [Cp _ k, _ k,)' -m-:'"IT7[(p-_"-_

  • onde l!..l = O-;;(l-Z.If) m 2 e a =1- z x z (l-xy). Fazendo as integrações paramétricas e retendo apenas a parcela de pólo.

  • péo~ , ,-. ~+k2 ~:il:2- ' , I '~' (:J'

    (a) (b) (o)

    ,,//2$", , ! J ) }ri 1 1 k,+~ " 2 " /(ft~

    (d) (e) (0

    k,*,

    ~I p-k1 )l P:k, ~:1I1"

    -,,

    Figura 1.8: Diagramas de ordem 9 (t que contribuem para a auto-energia do férmion.

    Ordem 9

  • ~ -i (m'.4,(a) +m pB4(a)) -; , (1.79)

    onde levamos em consideração o sinal negativo referente ao loop fermiônico. Obsen'e

    que a expressão acima possui uma estrutura dp. produto, de modo que o uso da

    regulari:!;ação dimensional o torna finito. isto é. essa amplitude nào contém pólo em

    D = 3. Portanto~

    -4,(0.) = B,(a) = O (1.80)

    o mesmo argumento é válido para o diagrama (b) da figura 1.8: ou seja, temos também

    .4.,(b) = B,(b) = O • (1.81)

    Com relação a figura (c) este' também nào contribui pois a eolTespondcnte ex

    pressão analítica é finita. Vejamos como 15S0 ocorre. De acordo com a figura (c}

    temos

    P} c = E T D r d3 k, _d'k, Tr[-;"(#'+1I!h"(f',+ /I,+m)] ~~ (1.82)4 (.) /lVP Dm JReg (21f}1 (27i)3 (J..'} ~ m2 ) [(k t + k:d 2 - m:lJ kr'

    Usando as fórmulas das operações de traço que se encontram no apêndice A temos

    que

    Tr'')" (!I"+m)'/(#,+ #2+»1)J ~2i m éJ!là "Ià + 2g'W (m 2 + kJ • k'1 - k~ I 1 ,~P I~J' _ ') 1,11 J.I' _ 2 '." k"+ 'ih~"'2 -1'>2"1 Ii!:t (1.83)

    Portanto1

    D r d"k, d"k, m = o . 1J'}(c) = -4iTã;' lHeg(21fp (2,,)' (Á'i - ",2)[(k, + k?)1~ m'] (LM)

    uma vez que temOS na ~xpressào acima uma estrutura de produto de integrais de

    l-}oop. Cúnsequentemente,

    • -12

    f

  • A,(c) = B4(C) = o , (1.85 )

    o mesmo argumento acima é aplicado no caso do diagrama (ti) pois o momento externo não flui através do diagrama. logo

    .4,(d) - B,(d) = O (1.86)

    No caso do diagrama (c). devido ao teorema de FurrYl este eancet~Hje por conJu

    gação de carga. Assim,

    A4(e) = B.(c) = O (l.87)

    Para o diagrama (f) temos

    1 _J' ~v_,1k',. __d',. ~d'k [ i i ilfl(f) - 'i1, 'r, f..w), ,. ' • ! !,Rl'g: u"r~ l2-;;-)3 , ]$- Itj 11/ f2- /f1 m /(2 m k'f

    4"" ÁT{ d"", rf'k, ,·(F-i

  • Tr[-y"(p- li, + m)(II,- Ji, + m)Y'(II2 + m) PI kr x ... [Cp - k,)' m'] {(A:, k,)2 m2] (ki - m') ki

    1 1 (1.90)81l" e .

    k,

    , ,.,Q, , " ,, , ,

    .. ... .. "

    ... r ; ~ ,, ,

    ! I ) I I ,. )..., p+Kt ~ ~·kz (a) (b)

    Figura 1.9: Diagramas de ordem g2 que contribuem para a. auto-energia do férmion.

    Ordem g'

    Nesta ordem apenas dois diagramas contribuem, Eles est.ào mostrados na figura

    1.9. Como eles possuem uma divcrgéncia cúbica a parccla de pólo terá a decompo

    siçãoll

    (.4,(;) m' + E,(;)m' 71)Parte de Pólo = (1.91)

    < onde i = a, b representam as duas contribuições para a auto-energia. Assim,

    1('1 lá')(a) + Il21(b)5 = , , "'/I-4"T r d k, d k, p+, + m

    l iR" (2 .. )' (2;r)' [Cp + k1l' m'J(kj m')[(k, - k,)" - m'] x {(~, + m) (82- li, + m) - Tr[(/I, + m)(II,- li, + mm

    (A" m' + B" m' (1.92)

    <

    Após um longo cálculo encontramos que as constantes As e B$ são dadas por

    11 Aqui tambêm serão desprezados contrariermos do tipo mp"1 e pp?, pois eles silQ amortecidos pelo fator 'b.

    , 44

    ,

  • 3i1 1(1)1 - - - 2 (1.93).45 - --Tr 5 p=O - 161r- ')m3

    e

    1 (') 5; (1.94)B, = 2m'p2 Tr(I. p) = - 48,,'

    1.4.2 Funções de Quatro Pontos

    Devido à estrutura tensoriai da função de vértice r(.j), adotaremos o seguinte pro

    cedimento para o cálculo dos coeficientes Cal C4 e Cs em (1.29). Como precisamos

    apenas da parte constante do resíduo1 os cálculos serão feitos para momento externo

    igual a zero. Suponha que temos um gráfico genérico como aquele mostrado na figura

    abaixo.

    A UI .. ? ",,

    B

    ", b

    c

    u, d

    Figura 1.10: Gráfico genérico com quatro linhas externas fermiônicas.

    A e B referem-se aos propugadores c vértices (escalar ou vetorial) associados às

    duas linhas de fêrmions: c C representa os outros fatores. Em dois loops a amplitude

    antisimetrizada deste diagrama é pscrita como

    J dDk dDk., J = (")~ (0_);' (.4 ® B) C = pólo Ij ® Í; + finito (1.95)_1:' _11 onde explicitamos apenas a estrutura tensorial da parcela divergente e o simbolo 0

    indica produto direto antisimetrizado. isto é,

    A ® B = AOi'1c~ BU3d4 - A'HUl Bn;;(I~ e S ® 6 = 6alO!! "uso.:. - 6cla~ ÓOJ02 ,

    45

    I

  • Multiplicando ambos os lados de (2.17) por 5 ® 5 obtemos facilmente que

    pólo = ~ I ,~D~~ ,~D~;, ITr(A) Tr(B) - Tr(AB)] C . (1.96) Observe que até a ordem qut" estamos indo; terceira ordem nos acoplamentos,

    existem muitos diagramas. Sistematicamente, em cada ordem de perturbação sepa

    raremOS os diagramas em duas c1asst>S: com ou sem loop fermiônlco. I\'o caso dos

    diagrama,,

  • e

    ~ {/wÀ fofie k; k!l

    c = 2 x4" (kr _ m')' [(k, + k,)' m'l (k1 =- m2) kl k1

    onde 2 é o fator comblnatorial!2, Fazendo as operaç(}($ De traço e usando (L96), o

    termo de pólo para este diagrama é

    2 f dDk, dDk, -4(kI ,k,)'+4k1k1 (1.97)pólo = -4r. 7 (2r.)D (2r.)D (kl m')' [(k, + k,)2 m'] (k1- m') k1

    Usando a pararnetrização

    1 rI 1 - x (1.98)

    [(kI + k,)' - m'J (lei - m')2 = 2 lo dx i(k, + ,T k,)' "']" onde L1 = m2 - x(l - J.:} k~, fazendo a translação 1.'1 -7 k j - ;1:1.'2' e eliminando os

    termos ímpares, obtemos. após integrarmos em k1

    11 124-- D D dDk-,pólo -i7r(2 -) dx (1- ;r) --- ~..............•..

    f,1f~2 2 o - (2ii)D (k~ - rn'.!) .;j,:t

    .).1_2D yl 1] blo' li ~ -i7---1(3 - Dl dx(l- xl c/y '(_m')D-', (1.99)

    'j(D_2 o o a:J:~ a

    onde a ;;;;;;;; 1 - y - yx (1 ---- :r) e b = 1 - 'ly. Fazendo as integrações paramétricas c

    retendo apenas a parcela de pólo. encontramos

    'I 1po 0;;;;;;;;-- (1.100)4, Colecionando es5f'S rf'.'mltados (\"eja a.5 tabelas L 1 e 1,2) para o termo de pólo

    obtemos

    7 C3 - -2' (1101)

    Ordem g2a

    Como exemplo de um diagrama que

  • .\: ,

    "'~ o""

    ~

    Figura 1,12: Gráfico que contribue na ordem 920:.

    De acordo com ela A, B e O são dados por

    11=1'"(- ~,+m),

    B = 1"(1', +m) ,

    e

    0-4 2- hÁ Tl'[(~, +m)(F,+ fo',+m)] - x "'e'" 2 (kl'.. m') [('" + k,)' _ m'] (kj- m')' kl

    onde 4 é o fator combínatorial e levamos em consideraçã.o o sinal negativo devido ao

    loop fermiônico. Usando a parametrização

    1 {' 1 [(k, + k,)' - m'] (kl- m') = Jo d,' [(k, + x k,P .... Z;p

    onde.6. = m2 - x(l - x) k~, fazendo a translação k1 -t k1 - xk'l' eliminando os termos

    Ímpares e fazendo a integração no momento: obtemos

    2'-D I [D D dlJkpólo T" { d" -1'(1--)1' m

    1T i-I 10 2 2 (27.)0 (kl- rn')'

    DI dDkz m3 _ 1- m: r(2 - 2) -(Z-r.)-0 "("k,"') -'_'"'m-==.'C')'··'::;).::'?_c;r

    ,3-ZD , [, -i/ (l _ ) b mT ~ Df(3 D) {dx r dy Y' Y (_m')I)-2

    -r;:D 1 lo lo 03- (j

    , ,_ll '1 ) b -J+ x(! -:r) dy 11 '\ D Y (_ m')JJ-3 (1.1Q2)Infi 0.4-1 a ,

    48

  • onde) como anteriormente) a = 1- y - y x (1 - x) e b = 1 - 2y. Fazendo as integrações

    parametricas e retendo apenas a parcela de pólo, temos

    poo= ~m ,'I ' (L103)21ff

    Reunindo esses l'Csultados do termo de pólo obtemos

    c, = Ih (1.104)271" "

    Ordem g3

    Um dos diagramas que contribuem nesta ordem é O mostrado na figura 1.13.

    k~ -10;, c ) ),

    '" ), , "

    !) ")

    l!f'~ 1:}

    Figura 1.13: Gráfico que contribue na ordem 93 .

    De acordo com a figura acima A, B e C são dados por

    A=(~,+m)(- i

  • dDk! dD10. Numerador ......._

    (1.105)pólo = 47 / (2r.)D (Zr.)D (kl- m')' i(k, + k,)' rn'] (kJ m')

    onde

    Numerador = 2 m 4 - 2ki k~ + 6m2 k~ - 2 m 2 (1ft' k2 ) - 2 k2 1 (k1 • k'J,) 2 rn2 k~ ,

    Novamente utilizando a parametrização (1.98) obtemos1 após eliminarmos 05 ter

    mos ímpares em k1

    pólo ;7 2·-D rldX(1-Xl[~f(2-DlJ dDk, 9m'-k~(3-5x)

    ,,'f Ju 2 2 (2,,)" (kj _ m')~' ~ , ( D) f d"k, _-_n_f_'+_m_2_k-'~..:(..,1--:-:-;r_._--:3,-,r.",,'),:;-,;-(k-,·§c-l'_(:...1_-_2'_Xl:...x_']

    T [3-- - 2 (27r")LJ (k§ - m2) L.\3-~

    7 m'2 8rr2

  • 1.5 Pontos Fixos e Dimensões anômalas de Operadores Compostos

    Os pontos fixos são obtidos pela condição fi = 0, e de acordo com (1.110) temos as seguintes soluções (para n =f:. O)

    9 ~ O, e 9~ A [b±Jb2 4ac] (Llll)m 2a

    onde a= 1~~21 b = ~;a. c c = 1 + 23°(1:2, Vemos portanto que apenas a origem é um ponto fixo, pois pela condição m < < A, a solução não trivial foge do tratamento perturbativo que estamos adotando. Assim, de acordo com a seção 1.3. a origem é

    um ponto fixo infra-vermelho estável, já que [J'(g = O) = 1 + ~1°Q'2 > O. Assim, a teoria apresenta apenas a origem como ponto fixo. contrariamente ao

    observado na referência [18]. Naquele trabalho o autor obtrve um valor para 0:2 , que

    ele designou por a;, no qual a teoria apresenta um ponto fixo diferente do trivial. E ao estudar a influência do termo de CS no operador composto (W1.;,·)2. verificou que

    2o mesmo apresenta Ullla dimensão tal. que para Q = n; se tornara marginal. Deve

    se notar que em [18] foi considerada a teoria sem massa e usada uma regularização

    diferente da que temos ador.ado. Nossos resultados são diferentes porque em ordem

    mais baixa em g, a influência do acoplamento de CS nas funçõ(~s de vértice de quatro

    pontos nos leva a um sinal positivo na função beta. como podemos observar por

    (L110),

    Vemos de (1.109), que a dimensão do campo básico ó. no ponto fixo 9 = 0, é

    d.p = 1 - ~~, onde - ~; é a dimensão anômala. Isto indica que as funções de Grecn

    de campos fermiônicos possuem um melhor comportamento ultravioleta quando se

    aumenta a.

    Determinaremos agora a dimensão de alguns operadorC's compostosl.1 no pont.o fixo

    9 = O. Como estamos interessados apenas no comportament.o de escala das funções

    de Green com a inserção do operador composto. podemos com;iderá-los formalmen

    te integrados, isto é, operadores que entram com momento nulo nos diagramas de

    •., Por operador composto queremos dizer um operador con5truido a partir do produto de campos elementares e suas derivadas 110 mesmo ponto.

    , 51

    ,

  • F'cynrnan. USáremos a notação .6.i = I d3x 01' para indicar esta opera

  • onde Zij{J.tl e) é a. matriz de constantes de renormalização de função de ond~ definidas

    como .6.i = Zij ARj- Em ana10gia com (1.8), temos a seguinte equação do grupo de

    renormaJização

    [(A:A + /1~Jl +m§:m + 13: .... N".) ÓI; + "l'j(g.(1) 1r~:ij(l';,a,m,f1) = O9

    (1.114)

    onde 'Yij(a) = tl ~/l In Zij é a matriz de dimensões anômalas dos operadores ,Ó,i_

    O comportamento de escala das funções de Green com uma inserção de !li é obtida

    de maneira semelhante ao feito na seção 1.3. Por uma questão de e

  • D",,('rl = 2 - NF •

    Para Np = 2: a inserção df',,r;rte operador corresponde a introduzi-lo em cada linha

    int,erna de férmion nos diagramas de auto-energia (aJ, (e), (d) e (e) da figura 1.2. Todos

    possuem uma divergência logaritimica~ embora, neste caso, a contribuição para o

    termo de pólo venha apenas da ordem 0.2 ! pois na ordem 0', o diagrama correspondente

    é de l~loop e portanto finito devido ao uso da regularização dimensionaL Para N p = 4,

    todos OS diagramas (com g = O) são convergentes. Logo) a inserção do operador 6.1 nas funções de dois e quatro pontos não produz mistura COm outros operadores. Desta

    forma, a expressão renormalízada para para fi. função de dois pontos com uma inserção

    de ti, é dada por

    r (2) (1 < l(2) 2 'fi' (2) • l n 1,ó,j p~ P = 1 + (l11 2.1. 1 + ti l mta;3.:.1j + 2 11 P nes •

    onde usamos (1.26) e Refi são os coeficientes do termo} dos diagrámàS de ordem a 2

    com uma inserção de .6.1• Substituindo a e.,,-:pressão acima em (1.114) obtemos

    2Res~2"i(g=O,ü)+itil =0. (1.116)

    Notando que a derivada com relação à massa corresponde à inserção do operador

    lfnfJ para o momento transferido igual 1:1 zero, podemos, para efeitos práticos, calcular o Res usando o resultado obtido na seção 1.4.1, isto é

    Res; i"à (A3m+BS jI) = iAs = ~a2. unl 4

    Portanto~

    .,+... ,,8 2 (,i A! = ~ ~Ii.l.l = - - -o (1.117)

    3

    é a dimensão do operador ~1: sendo ___ ~Ct'2 a dimensão anômala.

    O operador .6.2 = I d"'.r;;: ih: possui D!:,.z ('"'I) = 3 l\fF , portanto. os diagramas com quatro linhas externas são com:ergentes~ enquanto que para NF = 2 os gráficos

    sâo linearmente divergentes, lsto significa que os diag-ramas (n), (6) (~ (c) da figura L 71 ,

    54

    f

    http:mta;3.:.1j

  • com uma inserção deste operador em todas as linhas internas fermiônícas, produzirão

    contra-termos da forma

    f d'x (A", mi/nJ, + E",;j, ~1Í)) , onde o simbolo A 62 e B~'! representam as parcelas divergentes das amplitudes mos

    tradas na figura L 7 com uma inserção de D.z<

    Observe que existe uma mistura entre os operadores ~l e .6.2 , Uma simplificação

    pode ser feita se considerarmos o casú para m = O. Nesta situação, a partir do cálculo

    da dimensão anômala do operador 1/;. podemos facilmente obter a dimensão de .6.2 ,

    pois o uso direto de (1.112) fornece

    )'", = 21(9 = 0,? +u,1bi1'1/J+a"m2 ,f;w+a,m,f; ?J1jJ),

    f d'xN["b827/J] = f d',r(b, ("b1/Jl' -t-bz#1'1l:+b"m'J,7/J+b4 m"b ~1/J), sendo que o simboJo lS indica a prescrição correspondente fi subtração do termo de

    pólo. Com m = O, precisl1remos obter apena':> al1 U:';1 b1 e bz • Observe entretanto, que a

    inserção do operador .6.3 = J d3 x 7:~[P'll) nas funçÕi:s de quatro pontos são todas finitas (até O(a2 }), portanto &1 = O. Por um cálculo direto (veja apêndice E) podemos obter

    as igualdades para os termos de pólo mostradas na figura 1.14. Então, utílízando

    {1.114) encontrl;Ullos que as dimensões dos operadores ..:à_1 = J d3 x ('01,&)2 e ~3 são dadas por

    H'Note que este operador' coma.·' o numero de Unha.

  • la) - ,= O. para •• (1f'1f')Q:,. +-&+-B _C,-7 _.

    (O) - li .. 21:' para • lIt (qll1f)A+A+)Sj+·.. (o) ~+A+~ +Y+G+9

    . 3c' para. 111 wa2 1,j1+~+~+~= '"

    Figura 1.14: Diagramas com }\iF = 2~ 4 com inserções de operadores compostos.

    2 ,,24 -!..?~· ",2+ ",2-4+dIII = ,- ;02.... 3~ - ""2 1 (1.119)

    e

    " 2 20 2(l.l~ = 4+4')020;- - 2C3o = 4+ 3ã: , (1.120)

    onde O coeficieme C, foi calculado na equação (1.101).

    Vemos portanto que para os operador(~s que foram considerados, suas dimensões

    diminnem com (l. se as SItaS respcctinls dimensões canônicas forem menores ou iguais

    a três l em acordo com [13). Entretanto, se a dimensão canônica for maior que três,

    a dimensão dos operadorC's aunwnt.a com Q, de modo que nào se verifica um melhor

    comportamento ultravlo]eta para esse:; operadores não renormalizáveis .

    • 56

    ,

  • No próximo capítulo estenderemos esta discussão para o caso de interações qnártícas

    contendo N sabores. Corno mencionada na introdução, devemos esperar algumas

    mudanças em relação ao caso N = 1, já que quando N torna-se grande as teorias

    qllártica... fermiônicas tornam-se renormalizáveis, e em particular, com uma interação

    tipo Thirring~ haycrá uma geraçâo dinâmica de massa para os férmíons para o valor

    N < Nr; = ~~~; onde D = 2.4 representa o número de componcntE:'_'> do campa €spinorial. Isto indica que uma transição de fase ocorre, com quebra de simetria de paridade

    para férmions de duas componentes l ou de simetria quiraI para férmions com quatro

    componentes, para aquele valor de Nc [11]_

    " 57

  • Ordem go:'); Ordem g'2oTipo de Diagrama (i,j) Ordem li' :

    3i ai ,_2!(1, O) ,.,2, - 41f2l ,,,

    .L -(0,2) 2, I ,,,

    Si :li(1,1) -, ,

    :Ji -(1,2) I , i_...L(2,0) ;;:r;7.t:

    LSi -(2, 1) - 2:rf

    ,;--(3,0) 'hr2(

    --~----

    Tabela LI: Djagramas sem o loop fermiônlco. A primeira coluna lista diferentes tipos de diagramas (i,j), onde i ej são os números de linha.., GN e CS ligando as duas linhas fenniônicas. respectivument(>,

    , 58

    f

  • Número de Diagramas Ordem de Perturbação Termo de Pólo

    _ig(>2 12 2,

    g2a 7 -li :u

    9' 8 ~ "

    Tabela 1.2: Parte de pólo de diagrama.") com o loop rermión1co. A segunda coluna lista o número de diagramas que fornecem contribuiçào para o termo de pó)o da função de quatro pontos.

    -'39

    f

  • Capítulo 2

    o Modelo Fermiônico Com Simetria U (N) Acoplado Com um Campo de Chern-Simons

    2.1 o Modelo Como uma Teoria Efetiva e o Grupo de Renormalização

    o modelo que descreve a auto-interaçno quártica fermíônica mais geral, com simetria interna '0(1'>;) e 11lyariantc de Lorentz, acoplado com um tampo de Chern-Simons

    é dado pela Lagrangeana

    1,\ - - 'J - 'J 1 " C = 4"u ,"V FpvAÁ + 1»(i íI!+ f.)w - G,(1/J~I)-·· G,(7n",i) - 2); (8pA")· , (2.1)

    onde uma soma nos índices repetidos de Cúr está implídta. isto é, 1;; = 1/:1, com i = 1.2, ",,/V, Como anteriormente, }~IJ = af,A" - OvAl! onde Ai< é o campo de Chern-Simons e 'Ik' é um campo fermiôntco sem ma,')Sa, agora com N componentes, e

    À é o parâmetro de fixação de gauge.

    De fato, as interações quál'tiea'1 contidas em (2.1) representam a mais geral auto

    interação invariante de Lorcntz com .;\' componentes, uma vez que. como mü::.1.rado em

    [la] 1 as interações (0Àa~f e (ijrfJl.)..GtpF! nào são linearmente independentes, devido às identidades de Fierz:

    ? (1 + 1~) ("b,;f + (.""i',;)2 + ("b>'"VI)' = O

    ,

    60

    <

  • e

    2 (2+ "~)(1ÍÍ>P)' + 1~ (1ÍÍ"N;)' + (1ÍÍ),"1/,)' + (Jr('),"1/J)' = O, onde N\ a = 1,2, ".,N2 -1, são os geradores do grupo SU(N). Observe que apenas

    duas dessas interações são linearmente independentes, e estas poderiam ser as definidas

    em (2.1). Este modelo é invariante por conjugação de carga, apresentando quebra de

    simetria de paridade e reversão temporal. devido ao termo de Chern-Simons. No

    entanto, as transformações PT e C'PT são simetrias do modelo i34].

    Analogamente à discussão feita no capitulo anterior, concluimos que a teoria des

    crita pela Lagrangeana acima possui duas constantes de acoplamento; G1 e G21 com

    dimensão de Massa-I. Portanto, esta teoria é também não renormalízáveJ perturba

    tivamente. Dai, segue imediatamente que a contagem de potências dos diagramas de

    Feynman é semelhante a (1.26), isto é,

    dh) = 3 - _Y, - NF -+ '-, +" . (2.2) onde VI e '\/2 referem-se ao número de ,'értices do tipo G j e O2 : respcttivamentfL

    fls.s regras de Fcynman puta 05 yértices da teoria (2.1) estão mostradas na figura

    (2.J)) onde adotamos a notação condensada

    .6. ®.6. =6alnJóO~04 Iac Ibd - óOI''l480Z(l:3 Iad1br;, (2.3) e

    r ~· r = o" ~ I I - o." o. I I (2.4)'ól - !(1'!U3 !PO~CM ac bd 10\61 I{lCl1C1J ad tx:., onde 6 com índices gregos c 1 com Índiccslatinos referem-se às matrizes idem idades, no

    espa

  • ~Y~

    , , , , , , , •, , , ,'X', , , 3, , ;; , , ,• , , ) ,

    (-i91 ) [bUI«, I) bllZ"4IllC"lW. S , ) ) ,•, , -,'X', , , , , ,, , , ) ) , , , ,

    (.'9,)["1' $''' Iõ>C"Ibd.,,1I 'Z>" li!idelt

  • onde, como anteriormente2 : introduzimos as constantes de acoplamento adimensionais

    G1 -4 1LJlt e G'J. -4 :r/L\ e o simbolo ;;;::: significa igualdade na região onde os contratermos diferentes dos tcrmas já canUdos em (2.1) podem scr desprezados. Como

    a invariância de U(N) não é quebrada, todos os campos fermiônicos Wi possuem a

    mesma dimensão i e isso explica a presença de um só "l na cÀpressão acima. Note que

    também usamos o teorema de Coleman-Hill para obtermos (2,5).

    2.2 As Funções do Grupo de Renormalização

    Os coeficientes Ih, fia e "( da equação (2.5) são obtidos de maneira análoga ao feito na secão 1.4, isto é, calculando a ação dos operadores diferenciais sobre as funções

    de Green de dois e quatros pontos. Entretanto. observe que neste caso (teoria Catu

    massa nula). a função de dois pontos r(2l(p) não receberá contribuições do termo dI?

    pólo para diagramas que possuam pelo menos um vértice quadrílinear:1• De fato, os

    diagramas de '"tuci-pule" (v".ia apêndjce C) e os resíclllrn; (coeficientes do termo~) do:-.

    diagramas de ordem'! gu e g2, Hão pl'Opordouais à massa do férmion (veja equação

    (1.28). Deste modo. a função '1 é a mesma obtida no eapitnlo anterior~ se fizermos

    m...-..t Oem (1.109) e íntroduzirmos um fator N~ dcyido ao loop fermÍônko. no c,ílculo

    do diagrama 1.7(a), isto é,

    B = B,(a) + B,(b).,. B,(e) = _yv + 1) (2.6)14

    o que nos leva

    (N+l) o' .1(0) = (2.7)24

    o cálculo das funções ,81(gt, g21 0:) e lh(.Q11.Q2, a) é um pouco mais complicado, C' requer o conhecimento de [(4) (p!. P2, p;hp..d, Inicialmente note que n(~nhllma contribuição virá da parcela de pólo para as amplitudes de Feynman de ordem J/"a e rl,

    2Mudamos ligeiramente a notação para as funções de vêrtices r(Sp), onde NF é (} númprD de linhas externas do tipo férmion, para nào nos confundirmos com N, quI:' neste caso n:~presenta o n1,Ímero de espédes de campos fermíônk,os,

    3 A não ser a cOntribuição dos t €nnos (J (t A if e g'2 B tfo., onde A, e B $5.0 COllstantcri, CJue são desprezíveis para p < < A .

    .). Aqui 9 desigrLli 91 ou 92 ou çombinaçues destes .

    63

    http:lh(.Q11.Q2

  • pois os resíduos desses diagramas são também proporcionais à massa do férmion (veja

    equação (1.29)). Omitindo as contribuições que por contagem de potência são finitas,

    e usando (1.26), temos que até a terceira ordem nos acoplamentos

    rI4)' ( )' [.9', , .9, [' r 9' ,101 9, 'lUIPl,P2jP3,P~ = fi -1~\·~®-..l.·· 1"}"' ® +~rO:J1 J +'Ill:ll 2

    + ~~ n' [finitol - 2i In,,(D, il® il + D,r ® r)]

    + :~a2[finita, 2illl,,(D,t,®t,+D,r®rl]] (2.8)

    onde explicitamos a estrutura tensorial apenas na aproximação de árvore e nas parcelas

    divergentes) conforme notação empregada. As amplitudes li'l) e I~4) correspondem

    aOs diagramas de l-looPr que são finitos com o uso da regularização dimensional. As

    constantes Dl c DJ , C D:! e D4 silo os n:síduos nos pólos cw ~. proporcionais a ~ 0 Ll

    e r ® r~ respecti\'ament€', Substituindo (2.8) em (:V}}. juntamente com as E'xpansões

    3'(9'.9,.(1) = L il(lJ.., , g;g.J"k . (2.9) i.j,k

    e

    iPl"( ) = "'" i..J k I (2.10)91' g:t' Ct L.., P('l).';,k !h !lO! Ü l,j,k

    onde a soma é restrita f\ i+1+k 3. usando (2.7) e agrupando os termos pmporcionai::;

    a .ó. ® ~ e r ® r 1 obtemos as seguintes igualdades

    !.'l ® .::1 (1 - I1(1)1,(M;) - r'0 r ;)(2ll.o.ú = () ,

    r ® r (1 - .3(2io,j,ç} - LI. ®.6, ,t3(IiQ.l.o = o ,

    B(1)o,o,1 = ,:)(2)Q,O,1 = o .

    ;.'; ® Ll. (.... 2; D, - i til'".,., + 4 B) + r ® r{2i D, - i /il'l ..,.,) = Il ..

    ..

    64

    f

  • LI. ® LI. (···2iD3 - ; 8(,),...,) + r ® r (-2iD, - iPI2)",., +4B) = O,

    Note que como para X #- 1 os produtos diretos antisimetrizados ~ ® ~ e r ® r são linearrnünt.e independentes. podemos concluir (lue

    3\.ih.il.l' = ,8(2)0,1.0 = 1 , (2,11)

    P(l)Q_U! = 8(2h.v.n = ,6(1)0.(1.1 = fJ(2)OJU = O ~ (2,12)

    ,o"~, __-JD,_A-iBP, /1.0.:! - - -.c., fJ(2)l,O.2 = -"2 D'). . (2.13)

    13(1hl.1.~ = -2 D?. ,3(2)lJ,U = ···2D.J, - 4i B. (2,14)

    Assim; encontramos as. seguintes expressões

    3tCfl;.,.Q2.0} = -'lI -"2 {DI ..;..2iB}m (,2 - 'lD3g;zn2 1 (2,15)

    e

    fJ2(gl;YZ'O) = 92 - 2D2 .QI a2 - 2(D4 +2iB)9z a) , (2,16)

    Para o cálculo dos coeficientes Dl_ Dz, D;} e D4 adotaremos um procedimentQs

    semelhante ao feito na sctào lA. Suponha quo temos um diagrama de Feynmall

    genérico com quatro linh.as externas. (;omo aquele mostrado na figura 1.10, com a di

    ferença que agora temos índires df' simetria inrerna. Entiio, em 2-100])$. li ampHtndeV

    anLishnetrizada é escrita como

    I = f d D ", dDk, pólo, .". ® .". + pólo, r ® r(217)D (27f)D (..j ® B) C +- finito (2,17)1

    50s cálculos serão feitos para momento externo igual a 7.cro, uma vez que o resíduo é uma constante, isto é, os dia.gramas diw;rgem logaririmiétlrm:mte no 1lItra-yiolera.

    G

  • onde, como anteriormente. expHcitamos somente a estnltura tensoriai da parcela di

    vergente, c o símbolo 0 índica produto direto antisimetrlzado l isto é,

    .4. ® B = Anln~ Bfr3(}4 J lU; laJ - A010~ B'lJll2 Iad I,x: .

    idultiplicando ambos os lados de (2.17) por .C;. 0..1 obtemo!'>

    ' , " 'T f dDk l dDk, [,•., () () ,( ) - ('i'v polo, = (2.) (2;)5 h' Tr A Tr B - NTr(A B)J C,2N 2N -1 polo, (2.18)

    onde o traço é somente sobre os índices de Lorentz.

    Analogamente: multiplicando ambos os lados de (2,17) por r 0 r encontramOS

    f dDkJ dD

    k2 r, ~2 .' ~,' ,,'"-6Npólol + 6N(2fY + 1) pólo, T (".)D (.,,)/J l'\ T'l..! ,.)Tr(B y ) _lO _li

    NTr('·hóB-.O)] C. (2.19)

    Resolvendo (} sistema dE' equaçõC!\ (2.18) e (:l.lO) obtemos

    1 pólo, O.\T!:\':> 1\ [(2S+1}!t-r 12:. (2.20)

    e

    1póln. = ....... ... [31, + (.,y - 1) 1.] (2.21)--, 24N(N' - 1) .. , , sendo

    D

    11 = 'T f t~-~ d "),;) [N' Tr(.4) Tr(B) - NTr(A B)] C. (2.22)2" (2"

    e

    f dDk dDk· 1, = T (2"/ (2;r); [.'v'"' Tr(A-fQ) Tr(B-,.o) - :YTrp-fO B '/)] C. (2.23) É oportuno ressaltar que as expressões (2.20), (2.21). (2.22) e (2.23) são absolu

    tamente gerais) válidas para todos os diagramas de quatros pontos, quer t.enhamos ,

    66

    f

  • vértices tipo Gross-Nevcu ou Thirring. Obviamente as formas para A, B e C depen

    dem de cada diagrama. Por ontro lado, nesta ordem de perturbação) existem muitos

    diagramas com os dois tipos de yértices quadrilineares. c como anteriormente, sepa

    raremos os diagramas em duas classes: coro ou sem loop fenníõnico. No caso dos.

    diagramas sem o loop, agruparemos de acordo com o número de linhas auxiliares de

    GN c Thirring ou de CS ligando as duas Linhas fE'rmiôllicas,

    Os resultados obtidos encontram~se resumidos nas tabelas 2.1 e 2.2, que mostram

    as contribuições das classes de diagramas para a parcela de pólo. Alguns dos diagramas

    encontram~se listadas no apêndice D.

    Colecionando os resultados para os coeficientes Dl! D2, D3, obtemos

    7 5 V Dl = 2+ 3_IV (" D 2 =_.L 1 (2,24)2 ' 3 '

    e

    :2 X (O0-)D3=9+3N r D, = -3 3 -,-i)

    Substituindo essr.s \"alores, juntamentE' COm (2.6). fiS funções betas (2.15) c (2.16)

    ficam

    43+37N)., ( , ,iJ,(.q"g"o

  • onde a, b, c e d são os coeficientes de ,910'2 e g2o? das equações (2,26) e (2.27), isto é,

    a = 43+r N, b = 2(9 +3N), c = 5 + ~~V e d = ! (~ + N)_ Como podemos observar por uma substituição direta desses coeficientes; a solução (}:f-~) < Opara qualquer valor de ]\;~, o que nos levaria a um Cf imaginário. o que não é arejtávcl fisicarncmte, Enquanto

    que a solução uf+) nos fornE'ce o seguÍnt

  • O fJ a- l-C')[:\OA +J1aí-;+3 àiJu -N'i r' (Pi,90,11) =0, (2,32)

    onde ,Si denotam .as funções betas eorrespondentcH aoi' acoplamamos !lj, que assim

    como 'Y dependem dos parâmetros 9j, enquanto qur rj €' i Hão funções de uma única

    variável go- A função de Green tu'.') é obtida a partir de r U"-; pela substituição de (2,30), Consequentememe,

    af'(N) "ar(N) dg· àr(N) n arUV) dg',-;;-~=I: -'= +I: -'.

    000 j=O àgj diJu aoo j=l 00, dO.

    Por outro lado,

    , àr(N) Dr(N) , ôr(N) I:3j~,- =,Bo-~ + I:f3j-"'~' jt."'U agj Dgo j=! agj

    e pela independência linear das funçõe..

  • Portanto, para renormalizar o modelo devemos adicionar a interação _~,).

    endontramos as ~guintes soluções

    I lr;-c= H 1 1".-:\+) - ~ Po - 3 3v140 > O e Po =-3-:iv14ô h:VH ao seguinte

    resultado)

    bp~ + Po (a + rI) - c = O-

    1'\ote que a redução para uma descrição em tcnnos de 91 só €i possível. se a equação

    acima possuir raizes reais. isto (~. se {} discriminame ~ = íll + d):! + ·Ut(- ~ o. Por substituição dos coeficientes fl. b. c E' ri, Vemíl.";. quI' isso é possh-el para qualquer va'or

    de N. Logo, tL'rcmos as seguintes soluções

    í±)_ -(a+d)±I(a+d)2·Hbc]! (2.35)1'0 - 2b

    Desta forma. a função beta do sistema reduzido será dilda por

    ,

    70

    f

  • l

    1"(91) = gJ!1 ~ 0;' (a + bp~"))l, (2.36)

    e os pontos fixos da teoria reduzida são facilmente obtidos

    _u 2 < u; -+ 1 - 0"2 (fI + bp~+l} > 0-+ LR estável #'(91) = 1 ~ ,,2 (a +bp~~)) {

    .0:2 > Q~ -+ 1 - (1:2 (a + b Pb+) < O -t LR instávcl

    onde

    2 1 2 a: = = (2.37)

    , a+bp~+) a~d+[(a+dF+4bcJt'

    e ~+) é dado por

    (+1 ~ ~25", 20:\' + 13865 + 2512 N + 5,14 N'Jl 1'0 - 36(N+3) "

    Note que ao substituirmos os yalores de a. b, c e d na expressão (2,37), encontra

    remos a equação (2.29),

    2.4 Dimensões Anômalas de Operadores Compostos

    A generalização da discussão feita 110 primeiro capítulo, para operadores compos

    tos, ê imediata para o caso de N campos. :-\ diferença ocorre apenas quando tratamos

    dos operadores com dimensão quatro, ou seja . .6.3 = Jd3:r; ibD2'1j;, ~4 = J d3x (i})r/;)2 e As = Jcfx (t'),,!t~tjJ)'i., como veremos mais adiante. Realmente, com relação ao campo básico '!f;, e a inserção do operador ~2 = J d3 .r à Ih/J nas fUllÇOE"1:> de Green com N p = 2,4, as cquaçôcR (2.6) e (2.7) nos leyam a (ycja apêndice E),

    ri,v =1 - N+1 ? do., = 3 ~ N 3+ 1 ,,-, (2.38)24 a-No que se refere aos operadores com dimensào quatro, o processo de renorma.Hzação

    nos fornece o seguinte sistema de equações

    f d"x N[(1í4'fl = Jd'", (a~ (J:,,)' + a; WD'~, + a; (,p.)'I',p)') , ,

    71

    f

  • I d'a: NI,p/'Pc'l = I d"x (IIdi[.1/J)' + b~ 1fiD'c) + b; (,b7"7f;)') ,

    Jtfx Nf(ti:'''I)';;,_yl] = Jd3;r {(~ (1bt/;)2 + (;~ .bD:! /I- + C; (~J"YP1/Jf} latoverJ'fi " za,Dcacordocorna scçaoantenOLe-" nne'd' car{Juea'11= +D la-ta:), = D '

    d. = D" 0'2 e c~ = j + D4 (1'2. Paralelamente, OR coeficientes ~ = b:J = O, uma vez que a inserção do operador 11:81v nas funções: de quatro pontos (para ambos os

    vértices quadrilineares) são finitas na ordem 0:2, por se tratar de diagramas de 1-1oop.

    Através de um cálculo dír€'to podemos mostrar também que ~ = O, b~ = 1 _ ~2 e

    c:, = 6':, (1 + t) (para maiores detalhes veja o apêndice E). Deste modo, podemos escrever o conjunto de equaçôes acima na forma matricial

    l-;j0-af, Q Of D.3R \ ! ' '" () \ f D.3

    D.4R I = (1 1 +D, (y., a(,.) D,ll'a(f) I I "4T) l O !:,,'R ) .'c (1 + ';) rra(f) D, a' ate) 1 + D"u'a(c) J \.6.,

    (2,39)

    onde a(f) = {IJ:l'(_q. Se prererirmos~ podemos usar a notação compacta

    VjR = Zjk f;' = (1 + Z)jk O, , (2.40)

    sendo que

    ,10.2 O O Z" = 0::." . 1) I O Dl ()'2 Dzn z (2.41)

    (

    OI';'! (1 + i~') O:: D',! ü 2 D,. 0;2 onde D" Dz, D" c D, sâo dados por (2.24) e (2.25). Em (2.39) c (2.40) o subescrito

    R signific1t renormalizado.

    Para ('Sercvenuos (2.39) lHl forma diagonal precisamos faz(:r uma mudança de

    representação. Escolhendo que os noyos operadores O} satisfaçam a relação ~

    72

    f

  • o; = L Gij Oj , (2.42)j

    de maneira que eles sejam renormalizados multiplicativamentc, isto é,

    o;R = Zj O; ~ (2.43) encontramos que

    (C ZC-1 )'j = Zjli'j, (2.44)

    sendo que Gij é a matriz que diagonaliza Zij. Usando que Zij = Óij + Zij: podemos concluir

    Zj = liij + :tj , (2.45 )

    com :tj Óij = (G Z C- 1 )íj. Essas operações nos levam aos seguines resultados

    )" O O

    (,,2< _ 1) 2 Zj = () O )" O I . (2.46)

    f

    O O ),3

    e

    CII C'2 G13

    C;j = I C21 C22 C" I . (2.47)

    C31 C32 C33

    sendo

    1 1 1 ),1 = -'3 ' ),2= 12 [-v8+17+16Nj, ),3= 12[v8+17+16Nj, (2.48)

    C11 = 1 . C12 = O, C13 = O. (2.49)

    , 73

    f

  • c _ (IV +4) (w + 23v1e + 18IV vIe) (2.50)

    21- 2(92+95N+18N2) ,

    Coo ~ 288 7i" ' (3 + N) [l (2.51)

    -- (92 + 95:V + 18 :y2) vIe .

    -8",,' (25 + 20iV + vIe) n C23 = ------;-:-::-----'-c:-:-:-~='----"io (2.52)

    (92 + 95 N + 18 N') vIe

    C _ (N+4)(-W+23v1e+18IVvIe) (2.53)

    31 - 2 (92 + 95 IV + 18 IV') ,

    _ 81Ta'(25+20IV-vle)[lC32 = -C22 , C33 - (2.54)

    (92 + 95 :V + 181'1") vIe onde

    ~) = 3865 + 2512N + 544N2 , (2.55)

    \II = 2195 + lGGG N + ..J.32 JV2 . (2.56)

    e

    0= 214 + 115 N + 18 JV2 . (2.57)

    Na forma diagonal. a inserção dos operadores .3..~ nas funções de vértices r(.N) nos

    levam às equações

    r(J'I"P) - z. r(NF) - r(NF ) --L- Z· r(IYp)l:t.:R

    - ti: - .:l; , 1 l:t.; , (2.58)I de modo quo. das obedecem à seguinte equação do grupo de renormalização (para

    91 ~ 9, ~ O)

    (f1~ - Nn + 7"") r(';Fi ~ O. (2.59)Df-1 ' D.;/(

    , 74

    ,

    http:c:-:-:-~='----"io�(2.52

  • onde 'Y é a dimensão anômala do campo básico 'IjJ e 1'.ó.: é a dimensão anômala dos

    campos compostos .6.~, obtidos a partir de (2.42). Aplicando o operador T em (2.58),

    que extrai a parccla de pólo gerada pela regularização: a equação (2.59) toma a forma

    2 Res - ~YF -: + ;'i'.:1'-, = O , (2.60)

    onde Res são os auto-valores da matriz Mi' dada por (2.46). Observe que por (2.42) e (2.47) o operador "'\ = .6.3 , de modo que (2.60) fica

    7-N 1'.:1~ = -2Res + 2'}' = 12 0:'2, (2.61)

    onde usamos (2.7). Assim, a dimensão do operador.6.~ será dll~ = 4+ 7--;' a:2. e para N = 1 o resultado reproduz (1.119).

    Para os operadores.6.6 = C:n ..3.3 +C:.!2 ~4 +C23 !l5 e ~7 = C31 !l3+C:~2 .6..1+C33 !li)

    a equação (2.60) fica

    ";"ó = -2Res + 4'( = ~(v'8 - 17 j\, -18)02 , (2.62)

    e

    1i", = -2Res + 47 = -'6(v'8 + 17 N + 18) ,,'. (2.63)

    Observe que dl:!,.r; aumenta para qualqucr valor de N. Assim, para O:' < 0:'.. existem

    dois operadores ..3.3R e !l7R, cujas dimensôes diminuem com .Y. Eles são portanto os

    candidatos naturais para implementarmos um esquema de perturbação consistente.

    em torno da teoria de férmions com invariância conformc. intcragindo através de um

    campo de Chern-Simons .

    -. '0

    f

  • Tipo de Diagramas (ij)

    (I, O)

    (0,2)

    (I, I)

    (1,2)

    pólol = Dl

    5

    " _1 ,

    O

    ~ ,

    pólo2 = D2

    O

    _16,

    8 3,

    O

    pólo j = D3

    O

    1 ,

    ª,

    O

    pólo:2 = D4

    _1c,

    16,

    O

    _2 3,

    Tabela 2.1: Diagramas sem o loop fermiônico. A primeira mluna lista diferentes tipos de diagramas (i,j), onde i e j são as linhas de GN (alI Th) e CS ligando as duas linhas fermiônicas, respectivamente. A segunda e terceira colunas fornecem a decomposição do term