20
CRÓNICA DE D. JOÃO I FERNÃO LOPES

Fernao Lopes- Cap11

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Fernao lopes

Citation preview

CRÓNICA DE D. JOÃO IFERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES – VIDA E OBRA

• 1380-90 – Provável nascimento, em Lisboa, numa família de pequenos burgueses.

• 1418 – É guarda das escrituras da Torre do Tombo e “escrivão dos livros” deD. João I e do Infante D. Duarte.

• 1419 – Recebe de D. Duarte a incumbência de escrever a Crónica Geral do Reino.

• 1422 – É nomeado escrivão da puridade do Infante D. Fernando.

• 1434 – Recebe o cargo oficial de cronista: deve escrever as crónicas dos reis de Portugal até D. João I.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES – VIDA E OBRA

• 1437 – Escreve o testamento do Infante D. Fernando.

• 1443 – Finaliza a primeira parte da Crónica de D. João I.

• 1448 – Escreve a sua última crónica.

• 1454 – É substituído por Gomes Eanes de Zurara, em virtude da sua avançada idade.

• 1459 – Último documento que se refere a Fernão Lopes.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES – CRONISTA DO REINOOBRA PRODUZIDA

TRILOGIA

• Crónica de D. Pedro I

• Crónica de D. Fernando

• Crónica de D. João I (1.ª e 2.ª partes)

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES – CRONISTA DO REINO

«É o guarda-mor da Torre do Tombo e o cronista do reino, o homem que, embora numa posição de servidor, está na posse dos papéis e dos segredos do Estado.»

António José Saraiva, Para a História da Cultura em Portugal.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – LITERATURA E HISTÓRIAFernão Lopes é hoje considerado o “pai” da historiografia portuguesa:

- Narrativa ordenada diacronicamente;

- Estrutura e apresentação intensa e complexa;

- Registo de informação a partir de fontes documentais: velhas scrituras, desvairados autores;

- Confronto de fontes documentais: púbricas escrituras de muitos cartarios, de volumes de livros, de desvairadas linguageẽs;

- Registo da clara certidom da verdade, verdade sem outra mestura, simprez verdade.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CONTEXTO HISTÓRICO

• Crise 1383/85 - Crise de sucessão dinástica.

• Regência de D. Leonor, apoiada pelo Conde Andeiro e pelo Rei de Castela.

• Herdeira do trono de Portugal, D. Beatriz, está casada com o Rei de Castela.

• Revolta do povo que apoia D. João, filho de Inês de Castro e D. Pedro (ausente em Castela), como líder.

• D. João, mestre de Avis, assume a liderança e é apoiado pelo povo.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES – CRÓNICA DE D. JOÃO I

ESTRUTURA

• Primeira parte – crise de 1383/85

• Segunda parte – reinado de D. João I

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 11

HISTÓRIA CONTADA AO CONTRÁRIO

• Manipulação da personagem coletiva;

• Movimentação de massas populares condicionada;

• Estratégia política adotada;

• Objetivos atingidos.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 11

• Manipulação da personagem coletiva:

O Page do Meestre que estava aa porta, como lhe disserom que fosse pela vila segundo já era percebido,

Alvoro Paaez que estava prestes

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 11

• Movimentação de massas populares condicionada:

- Matom o Meestre! Matom o Meestre nos Paaços da Rainha! Acorree ao Meestre que matam!

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 11

• Estratégia política adotada:

ConvocaçãoMovimentaçãoConcentração

Aclamação

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 11

• Objetivos atingidos

Veendo el estonce que neũa duvida tiinha em sua segurança, deceo afundo e cavalgou com os seus acompanhado de todolos outros que era maravilha de veer.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 148

CONTEXTO HISTÓRICO

• Lisboa cercada por Castela.

• Falta de alimentos.

• Sobrelotação na cidade.

• Dificuldade em passar o rio.

• Doença, morte e miséria.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – CAPÍTULO 148

Atores coletivos e individuais

Uũs Outros

Mitificação do povo

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

CRÓNICA DE D. JOÃO I – LITERATURA E HISTÓRIA

Marcas de literariedade no texto de Fernão Lopes:

• Realismo dos pormenores descritivos e informativos/visualismo descritivo;

• Conjugação de planos de pormenor e de conjunto;

• Sequencialização de episódios/quadros vivos;

• Expressividade dos recursos expressivos utilizados;

• Apelos ao leitor e discurso emotivo;

• Discurso dialógico e oralizante com marcas de coloquialidade;

• Análise psicológica das personagens (individuais e coletiva), posição central da componente humana.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES

“A escrita de Fernão Lopes autonomiza-se em relação ao discurso histórico, torna-se entretenimento e roça a função que cabe à literatura de ficção, diferente e distante da realidade prosaica que é, apenas, o seu longínquo referente.”

Maria Leonor Carvalhão Buescu, Literatura Portuguesa Medieval.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES

“Na literatura portuguesa, Fernão Lopes é um dos mais fecundos e poderosos criadores de caracteres. Dele se alimentaram poetas, romancistas e dramaturgos dos séculos seguintes, como o teatro grego se alimentou das criações homéricas.”

António José Saraiva, Fernão Lopes.

CRÓNICA DE D. JOÃO I | FERNÃO LOPES

FERNÃO LOPES, POETA E HISTORIADOR

CRÓNICA DE D. JOÃO IFERNÃO LOPES