Festival de Video Estudartil fazendo e aprendendo

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    FESTIVAL DE VDEO ESTUDANTIL:FAZENDO E APRENDENDO

    Josias Pereira1

    Giovana Janhke2

    Resumo: Analisaremos o festival de vdeo estudantil de Pelotas e suas oficinasrealizadas em 10 escolas da rede municipal deste municpio. Nestas oficinas os alunos e

    professoras passaram a ter uma atitude diferenciada em relao ao aprender, j que aestrutura da sala de aula foi modificada e a certeza deu lugar troca de experinciasentre professores e alunos. Notamos que essa atividade contribuiu de forma significativanas relaes entre os sujeitos que compem o universo escolar ao possibilitar novasformas de relacionamentos entre os mesmos e tambm contribuiu para novas formasdestes sujeitos relacionarem-se com o universo imagtico constitutivo da sociedadeatual.

    PALAVRAS-CHAVE: Escola, Produo de Vdeo, Pedagogia da Comunicao.

    Produo de Vdeo nas EscolasAs mudanas tecnolgicas dos ltimos 20 anos modificaram a sociedade e as formascomo agimos. Essas tecnologias esto modificando a natureza, mas ser que elasmodificam o homem? O homem, ao atuar sobre a natureza externa a ele e ao modific-la, modifica, ao mesmo tempo, sua prpria natureza (Marx, 1985, p.49). No podemosnegar as mudanas sociais que as tecnologias esto proporcionando. O celular, porexemplo, banalizou o ato de tirar foto, saindo da rea tcnica para apenas um click. Otablet est realizando outra mudana, a de uma comunicao mais rpida e direta. Ao

    mesmo tempo possibilita e facilita a gravao de fotos, de vdeos e udio3

    . Este acessoao produzir imagens, que antes era um fazer tcnico, passa a ser cotidiano,principalmente aos jovens. a sua nova forma de relacionar-se socialmente. Com estasmudanas sociais onde a tecnologia est incorporada ao dia a dia de diversos alunos,como a escola tem enfrentado isso? E com qual propsito?Apresentamos um experimento realizado na cidade de Pelotas em 2012 com criao doFestival de Vdeo estudantil de Pelotas. O projeto tinha como base a produo deoficinas de vdeo em escolas pblicas.

    JustificativaJ se tornou lugar comum apresentar a escola como um espao onde os alunos apenas

    ficam sentados escutando o que o professor, na figura de um dspota esclarecidoinforma ao pobre aluno com pouco conhecimento sobre determinados assuntos. Essaviso clssica desde a dcada de 1960 j era denunciada por Freire (1988) por ser umaeducao antidialgica, chamada pelo autor de Educao Bancria onde o professordeposita e o aluno recebe o conhecimento. um tipo de educao que conduz ainconciliao entre educador educando. Durante a dcada de 1970 e 1980 essa visode educao foi combatida e debatida em vrios congressos dentre eles a Associao

    Nacional de Ps-Graduao e Pesquisa em Educao (ANPEd). Essa relao aluno

    1Docente da Universidade Federal de Pelotas rea de Cinema e audiovisual. Doutorando em EducaoUFPel2

    Professora da Rede Municipal de Educao de Pelotas, especialista em educao.3 A maioria dos Tablets ou celulares so capazes de realizar gravao de udio, vdeo e tirar fotos. Algunschegam ao requinte de gravar vdeos em alta definio, acima de 1080 linhas de resoluo.

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    professor est aos poucos se modificando: o docente, como o conhecedor do contedo,precisa encontrar o melhor procedimento, a melhor ferramenta para transmiti-lo aoaluno. No Brasil, em virtude das mudanas tecnolgicas ocorridas na esfera dacomunicao, a produo de vdeo tem sido uma realidade dentro da escola. Essa

    produo modifica totalmente a relao bancria denunciada porFreiree contribui para

    uma nova postura docente. A produo de vdeo aproxima no apenas o corpo docentecom o discente, mas engloba a famlia, a comunidade escolar e a sociedade, j que aproduo desta obra se faz com a ajuda de toda comunidade e em consequncia aexibio gera curiosidade de todos para que possam de certa forma ter sua identidadevalidada pela mdia eletrnica.A produo de vdeo contribui para modificar a relao entre alunos e docentes deforma interacional e com nfase na troca de relaes comunicacionais, bem como levaos envolvidos no processo reflexo do processo de construo e seleo das imagensque constituem o universo miditico social.Se o mundo mudou, a escola deve apresentar e internalizar estas mudanas para dentrodo espao escolar. Hoje o fazer vdeo esta se tornando algo comum entre os

    adolescentes que vem na linguagem audiovisual um espao para poder expressar suasidias, medos, desejos e sentimentos. O uso de programas livres vem de certa formaincentivando esses jovens a criar, j que os programas de edio de vdeo e de udio amenos de 7 anos era quase impossvel, contvamos apenas com os softwares

    particulares que tem um custo elevado na sua licena. Alm disso, o site you tube4,maior site de exibio de vdeo criado em 2005 contribuiu para que os vdeos realizados

    pudessem ser exibidos em escala mundial.

    Desenvolvimento do TrabalhoEm Fevereiro de 2012 o professor Josias Pereira cria na universidade Federal de Pelotaso projeto de extenso Produo de Vdeo nas Escolas e convida a professora GiovanaJanhke para coordenar o projeto em conjunto. Por que o convite? Como docente decinema Josias conhece a escola pela tica de um cineasta, no de um professor, por issoa importncia da professora Giovana na coordenao do projeto para contribuir com umolhar mais pedaggico e conhecedor das dificuldades dentro da escola.Em maro de 2012 entramos em contato com a secretaria Municipal de Educao eDesporto (SMED) sobre a criao de um festival em conjunto com a UniversidadeFederal de Pelotas. Realizamos duas palestras na sede da SMED para professores ediretores da rede pblica. Nestas palestras discutimos sobre a importncia de se realizarvdeo com os alunos. Como referencial terico e acadmico, apresentamos a Pedagogia

    da Comunicao e a Neurocincia.Pedagogia da ComunicaoCom as tecnologias a escola perde espao como nica forma de se apropriar doconhecimento perde seu monoplio e deve se organizar dentro deste novo mbito sociale poltico do inicio do conturbado e efervescente sculo XX. No h como a escolaignorar a importncia dos meios de comunicao dentro do mbito educacional. No hcomo a escola deixar de lado o uso social desta mdia pelos jovens e professores.

    A influncia das mdias entre os jovens, faz com que estesmudem seus padres de referncia, alterem suas relaes consigo

    mesmos e com as circunstncias sociais em geral, criando outras4 http://www.youtube.com/

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    necessidades, envolvimentos, modelos de conduta (PORTO,2000, p.14).

    A Pedagogia da Comunicao apresenta uma postura que vai alm de apenas utilizar astecnologias, mas apresenta elementos para que o docente possa ultrapassar essa

    experincia do simples fazer pedaggico; instrumentalizar os sujeitos na compreensoda realidade do mundo moderno. A escola tem que estar centrada na realidade domundo e dos alunos, autores como Gutirrez (1984,1994), Penteado (1998, 2002) ePorto (1996, 1999, 2001) vem apresentando sociedade a teoria da Pedagogia daComunicao. Segundo estes autores a escola no pode valorizar apenas oconhecimento cientifico advindo de experincias de vrios pesquisadores. Valorizarapenas a razo e a lgica, no o caminho para uma aprendizagem completa do serhumano, pois assim estaramos ignorando as diversas formas de aprendizagem, asdiferenas culturais, diferentes linguagens existentes na sociedade o plenodesenvolvimento do ser humano e principalmente as mltiplas inteligncias. SegundoGutirrez (inPorto,1997), os alunos precisam expressar-se atravs de diferentes

    linguagens, no como profissionais, mas como sujeitos que utilizam recursos para odesenvolvimento pessoal.Uma das aes da tecnologia na rea educacional areconfigurao das relaes de poder entre professores e alunos, j que em muitas aestecnolgicas os alunos tm um conhecimento tcnico melhor do que o docente.Infelizmente para alguns isso desconfortvel, porm grande parte dos docentes j seutilizam do saber tecnolgico dos alunos para qualificar o seu trabalho.Com o uso da mdia a relao entre professor e aluno alterada, pois a concepo

    bancria denunciada por Freire modificada. Professor e alunos dialogam com asmdias, ao invs de falar delas. (Porto, 2008, p.45). A pedagogia da comunicaorequer que o docente aceite as diferenas, reconhea que a relao entre professor-alunofrente s novas tecnologias da comunicao requer uma nova configurao, uma nova

    forma de educar com e atravs das mdias. Para Heloisa Penteado a escola essencialmente um espao de comunicao, o que faz com que toda ao educativa sejatambm uma ao comunicativa. Assim: Ensino comunicao [...]. No qualquer tipode comunicao. Mas comunicao dialgica. No meramente reprodutora, maselaboradora do conhecimento (PENTEADO, 1991, p.112).Torna-se importante introduo no uso das linguagens que permeiam o cotidiano das

    pessoas na contemporaneidade, tais como: livros, jornais, charges, revistas emquadrinhos, teatro, computadores, cartazes, entrevistas, exposies, filmes, dilogos,

    painis imagticos, programao televisiva, jogos de vdeo-game, etc., possibilitandoaos educandos aprenderem a ler, interpretar e a comunicar-se atravs dessas mltiplaslinguagens referidas. Segundo Porto (2010) a introduo das mdias como ferramentase/ou recursos auxiliares do professor esteve presente em outro momento histrico noqual imperava o ufanismo pela tecnologia como soluo para os problemas de ensino-aprendizagem. Passando essa euforia sabemos que o uso das mdias no processoeducacional depende dos contextos, das pessoas, dos tempos e relaes que propiciam.As pessoas, em interao com as mdias, tornam-se mediadoras destas, assim como asmdias tornam-se mediadoras entre as pessoas e o que vemos nos alunos o uso destasmdias sendo mediadoras em vrias aes cotidianas. Uma das funes de ensino podeser ensinar o aluno a usar a mdia no seu contexto poltico, social e educacional. amudana de um sujeito passivo frente comunicao em sujeito ativo, livre,responsvel e crtico dos meios de comunicao. A pedagogia da comunicao valoriza

    o saber docente e discente como ponto de partida. uma pedagogia que estabelece

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    comunicao escolar com os conhecimentos, com os sujeitos, considerando as mdias naescola. Dialogar com as mdias, ao invs de falar delas na Pedagogia da Comunicao.

    Os conhecimentos e a metodologia surgem a partir dadialogicidade do professor-comunicador com os alunos, destes

    entre si, e de ambos com os meios de comunicao disponveis aoaluno em sua casa e no espao escolar (PORTO, 1998, p.33).

    As OficinasAs oficinas de vdeo foram resumidas em 5 tpicos1 Roteiro2 Produo3 Direo4 Gravao5 EdioEstas oficinas foram realizadas pelos coordenadores com a ajuda de 4 bolsistas, alunos

    da Universidade Federal de Pelotas.10 escolas foram cadastradas para a realizao das oficinas.1. Escola Augusto Assuno 2. Escola Jac Broad3. Escola Campos Barreto 4. Escola Bruno chaves5. Escola Brum de Azeredo 6. Escola Pelotense7. Escola Afonso Vizeu 8. Escola Ferreira Viana9. Escola Ceclia Meireles 10. Escola Independncia

    Nestas escolas realizamos 21 vdeos, em algumas escolas mais de um professor realizouas oficinas, resultando nas produes abaixo.

    ESCOLAS CURTASEscola Augusto Assuno A Caverna do Medo

    Escola Campos Barreto Amizade ou Amor?

    Escola Brum de Azeredo LoveSucks

    Escola Afonso Vizeu A Cuidado com o que vocdeseja

    Matando Aula

    Escola Ceclia Meireles O Preferido Funrio

    Escola Jac Broad O Escritor Misterioso Amor doce Amor

    Escola Bruno chaves

    Escola Pelotense A Cartomante

    A Carteira

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    Escola Ferreira Viana Era uma vez.... A Novata O artista O Preo da Droga

    Escola Independncia A Misso Kau O Livro Proibido BV Boca Virgem

    O processo de construo das produesOs professores aderiram ao projeto, sem excees, para garantir o processo de leitura e

    produo textual de seus alunos, considerado defasado por eles.A proposta para a construo dos curtas era de que, a partir das oficinas, os alunos eseus professores se organizassem para construir seus roteiros e organizar suas

    produes. Nenhum critrio quanto temtica dos roteiros foi previamente estabelecidapara garantir a livre expresso dos jovens participantes. O que se observou nesteprocesso, porm que as temticas oscilam entre o sobrenatural, reflexo, acredita-se daonda miditica de seres sobrenaturais como os vampiros, aliada a fatores psicolgicosde construo da identidade adulta e os problemas de relacionamento e aceitao que

    perpassam a sociedade e fazem parte do cotidiano escolar como o bulling e ahomofobia.Das 21 produes, 5 delas foram de releituras de obras literrias, sendo quatro deautores brasileiros consagrados como Joo Simes Lopes Neto e Machado de Assis.Com todos os percalos do processo, o que se observa, so mudanas significativas nasrelaes interpessoais dentro e fora do mbito escolar, a reflexo de temas conflitantes

    prprios deste momento histrico e, a partir da reflexo, a apropriao de elementospara lidar com os conflitos.A crtica aos valores sociais estabelecidos e a busca por valores ticos e morais,respeitando as diferenas e dando valor vida e a felicidade, perpassam, sem exceo,todos os roteiros.Por antagnico que seja, em nenhum dos roteiros propostos pelos adolescentes, oespao virtual e das redes sociais mostrou-se espao de conflitos, quer de provoc-losou solucion-los.Se fizermos uma pesquisa, todos estes jovens tm acesso e fazem uso das redes sociais eoutros espaos virtuais com frequncia diria.Prova disto o numero de acessos no blog do festival, a divulgao das imagens e

    comentrios nas redes sociais.Mas quando preciso pensar um roteiro que prev necessariamente um conflito, o que apresentado pelos estudantes ainda o espao de sala de aula. No nem o espao totalda escola que surge como definidor do cenrio, algumas cenas, por conta de encaixar ahistria at se passam em outros espaos da escola como a biblioteca, a sala da direo eat mesmo o ptio secundrio na constituio dos conflitos.A sala de aula que definidora. L acontecem as relaes entre os alunos em si semque necessariamente o professor, seja o mediador dos conflitos, embora quando hajaesta necessidade de mediao ela seja ainda papel do professor.Para perceber as mudanas que se deram ao longo do processo, convm comentaralguns filmes. Em Funrio, por exemplo, o esquema de resoluo dos conflitos banal.O menino que sofria bullying ajudado por uma menina que muda o seu visual e oajuda a descobrir seu talento com a msica. Porm o cuidado em produzir o roteiro em

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    cenrios apropriados, a ateno com os detalhes que vo desde a trilha sonora, compostae executada pelos alunos, fazem do filme, que apresenta um assunto to espinhoso, umaobra de leveza e beleza encantadora. O bullying tambm ponto de partida para o curtaO Artista, apresentando, inusitadamente a arte como redentora e espao para aconstruo da identidade de alunos discriminados. Todos os roteiros sobre o assunto,

    apresentam o protagonista vencendo o preconceito e compartilhando novos valores comseus parceiros.A nica escola que participou do Festival com a modalidade EJA ( Educao de Jovense Adultos), cujos alunos caracterizam-se por serem jovens que no concluram seusestudos em poca adequada por questes ou de deficincias de aprendizagem ou pordescaso e indisciplina, produziu o curta Kau. Neste curta, jovens entre 15 anos esenhoras de mais idade conseguem desmistificar o tema da homofobia, denunciando deforma muito incisiva o preconceito e a violncia contra o homossexual sem perder devista que a resoluo do conflito passa pela convivncia com o que a sociedadeconsidera diferente mas que o fundamental o respeito e o valor vida, rechaandoqualquer forma de violncia. Um filme que insere a escola e seus dirigentes como

    mediadores dos conflitos, onde os atores superam o estigma imposto a eles de alunosfracassados e resgatam sua autoestima e o respeito de toda a comunidade pela sua

    brilhante atuao.

    A ExibioQuase quarenta escolas esto exibindo os filmes. O processo de votao nas dezcategorias a serem premiadas, a saber: melhor ator, atriz, ator e atriz coadjuvante,

    produo, direo, roteiro, trilha sonora, direo de arte, ser todo realizado pelascomunidades escolares que esto exibindo. um festival onde quem produziu ser

    julgado por pares de sua mesma faixa etria e mesma realidade social. O resultado sercertamente inovador e nos dar um panorama do que os jovens esto avaliando sobre

    produo audiovisual.

    Resultados e ConclusesAnalisando a produo de vdeo dentro do mbito educacional vemos que essa

    produo tcnica contribui para a modificao da relao entre os alunos e acomunidade escolar e tambm a sociedade. A produo gera e possibilita em suasdiversas fases momentos de reflexo, de pesquisa, de anlise social, de leitura. Essaao, diferente do modelo educacional tradicional feito pelo aluno com prazer. umanova forma de se ler dentro da escola. Ao escrever o roteiro se est analisando adiferena entre a fala e a escrita. Ao escolher uma imagem e o plano a ser gravado se

    analisa como se d a construo da imagem na mdia, o que se deseja transmitir e comofaz-lo. Escolhe, da realidade posta, o que deseja transmitir ou a subverte. Entretanto, oque mais chama a ateno para este tipo de ao o prazer que os alunos sentem, afelicidade ao ver que o que imaginaram, o que pensaram comea a tornar vida, comeaa ter corpo... A exibio o momento supremo que finaliza ou, por outro lado, inicia atrajetria daquele vdeo que agora, depois de assistido ganha as redes sociais e tomavida prpria.E o que nos mostra que os alunos desejam dar continuidade que quando perguntamosse os querem fazer outro trabalho deste tipo o sorriso encorajador da continuidade dotrabalho.Outras concluses e lies certamente viro aps a exibio dos filmes e o desfecho do

    trabalho no se dar com a premiao no festival em dezembro deste ano. Afirmamosisto porque acreditamos que as relaes sociais esto permeadas pela tecnologia. Ela

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    permite que estes filmes, construdos em sua totalidade em escolas da periferia domunicpio, em situaes precrias, por alunos vitimas de excluso social, ganharo,atravs, principalmente das redes sociais, um novo espao e um novo olhar capazes defazer refletir sobre a importncia de tornar a escola o espao de construo de sujeitoscapazes de interagir com o avano tecnolgico-midiatico da sociedade.

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