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Edição Câmara Municipal de Mértola
GCIM - Gabinete de Comunicação Imagem e Multimédia
O Festival em imagens
Festival Islâmico de Mértola é um evento único
Os palcos do 9.º Festival Islâmico de Mértola en-
cheram, ontem à noite, para escutar as sonorida-
des de Pedro Mestre, do Rancho de Cantadores de
Aldeia Nova de S. Bento, das Les Filles de Illigha-
dad (Níger) e do Grupo Aqui Há Baile.
Pelo Souk já passaram milhares de visitantes em
busca dos produtos que vieram do norte de Marro-
cos, mas também daqueles que são produzidos
em Mértola, como é o caso do queijo, do mel e do
tradicional pão alentejano.
Hoje celebramos o terceiro dia do Festival com um
programa cultural intenso, com várias oficinas con-
ferências, dança, cinema e muita música.
Sugerimos, também, que visite as exposições que
estão na Casa das Artes Mário Elias, na galeria do
Castelo, no Largo da Alcachofra e no Centro de Es-
tudos Islâmicos e do Mediterrâneo e os núcleos mu-
seológicos do Museu de Mértola, com destaque para
o núcleo islâmico, onde pode ficará a conhecer as
cerâmicas que inspiraram a imagem do Festival.
A Câmara Municipal de Mértola, entidade organiza-
da, deseja a continuação de um excelente festival.
Hamid Ajbar Sufi Ensemble (Marrocos/
Espanha) - Yinnan Al Andalus – Uma Via-
gem Espiritual desde Córdova a Damasco
Dia 20 de maio | Cais do Guadiana |
22h30m
Hamid Ajbar Sufi Ensemble é um conjunto de mú-
sica andaluza, residente na cidade de Granada e
formado por músicos de origem marroquina e es-
panhola.
Yinnan Al Andalus (Jardins do Al Andalus), tem
um significado físico e espiritual. Quando Ziryab,
o famoso músico, se estabeleceu em Córdova
(século IX) trouxe consigo toda a sofisticação do
Califado Abássida de Bagdad. Teve como reflexo
o refinamento cultural a todos os níveis, tanto na
gastronomia como no vestuário, na poesia e na
música. Era uma sociedade urbana e como tal, os
jardins tinham uma grande importância, como
lugares de descanso e de desfrute, um canto à
beleza e à criação, o exemplo mais claro pode-se
perceber no palácio Generalife de Alhambra. As-
sim mesmo, o “Yinnan” também tem um profun-
do sentido espiritual, já que é uma recordação
dos sete jardins do Paraíso e dos deleites que
contêm.
O repertório de “Yinnan Al Andalus” é uma cuida-
dosa seleção através da grande fonte das moa-
xajas (muwashahat), uma forma poética que se
desenvolveu no Al Andalus, estendendo-se pelo
mundo árabe, e que teve a sua influência na lírica
tradicional espanhola. Este repertório tem um alto
nível tanto no significado profundo das suas le-
tras, como na qualidade da sua música, tentando
elevar sempre o estado de quem canta e toca, e
de quem o escuta.”, deixando-se levar pela bele-
za das suas melodias e letras.
Kel Assouf (Niger)
Dia 20 de maio | Cais do Guadiana |
23h30m
Anana Harouna, o fundador do grupo, provém do
povo tuaregue que vive no vasto deserto do Saha-
ra e que conhece ainda a marginalização política.
Cantor do grupo, nasceu em Agadez, situado ao
norte do Níger. Partiu para o exílio, com a sua fa-
mília quando tinha 12 anos e permaneceu na Líbia
onde fez formação militar. Aos 17 anos faz parte
da primeira rebelião tuaregue nos anos 90. Esta
rebelião, que foi dirigida pelos jovens tuaregues
contra o estado do Mali e do Níger, tinha como
objetivo recuperar o direito ao respeito das popula-
ções nómadas do Sahara. A partir daí, encontra
uma outra forma de denunciar as injustiças deste
povo vitimado: a música. Hoje ele continua essa
luta com outra arma: a guitarra.
OMIRI (Portugal)
Dia 20 de maio | Praça Luís de Camões |
01h30m
Omiri é um dos mais originais projetos de reinven-
ção da música tradicional portuguesa. Para rein-
ventar a tradição, nada melhor que trazer para o
próprio espetáculo os verdadeiros intervenientes
da nossa cultura: músicos e sons de todo o país a
tocar e a cantar como se fizessem parte de um
mesmo universo. Não em carne e osso, mas em
som e imagem, com recolhas transformadas e ma-
nipuladas em tempo real, servindo de base para a
composição e improvisação de Vasco Ribeiro Ca-
sais.
Também se propõe um baile onde todos os temas
tocados são dançáveis, segundo o ritmo e o balan-
ço das danças tradicionais e não só.
Omiri é, acima de tudo, remix, a cultura do século
XXI, ao misturar num só espetáculo práticas musi-
cais já esquecidas, tornando-as permeáveis e aces-
síveis à cultura dos nossos dias, isto é, sincronizan-
do formas e músicas da nossa tradição rural com a
linguagem urbana.
Em Omiri a música e cultura portuguesa é rica e
gosta de si própria.
Descarrega a app do festival no Google play
e fique a saber tudo o que está a acontecer.