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Futuros encontros: - 26 a 28 de Março: Seminário Menor de Vila Viçosa - 16 a 18 de Abril: Seminário Maior de Évora Contactos: - Diácono Fernando Lopes . [email protected] . 965815672 Todos os encontros iniciam sexta-feira com o jantar e terminam domingo ao almoço. c o n n o s c o queremos contar contigo podes contar Encontro de Pré-Seminário João Lopes Encontro de adolescentes Equipa Pré-Seminário A minha Vocação… Um olhar de AMOR Padre Marcelino Caldeira Godcast Cristo Jovem Passo-a-rezar Secretariado Nacional do Apostolado da Oração Algo está a acontecer comigo Etty Hillesum

Fevereiro 2010

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fevereiro 2010

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Page 1: Fevereiro 2010

D e s p e r t a d o r P r é - S e m i n á r i o

Futuros encontros:

- 26 a 28 de Março: Seminário

Menor de Vila Viçosa

- 16 a 18 de Abril: Seminário

Maior de Évora

Contactos:

- Diácono Fernando Lopes

. [email protected]

. 965815672

Todos os encontros iniciam sexta-feira com

o jantar e terminam domingo ao almoço.

c o n n o s c o

queremos contar contigo

p o d e s c o n t a r

Encontro de Pré-Seminário

João Lopes

Encontro de adolescentes

Equipa Pré-Seminário

A minha Vocação… Um olhar de AMOR

Padre Marcelino Caldeira

Godcast

Cristo Jovem

Passo-a-rezar

Secretariado Nacional do Apostolado da Oração

Algo está a acontecer comigo

Etty Hillesum

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D e s p e r t a d o r P r é - S e m i n á r i o

ENCONTRO PRÉ-SEMIN ÁRIO João Lopes

Foi nos dias 26, 27 e 28 de

Fevereiro, que decorreu o último

Encontro de Pré-seminário. O encon-

tro teve lugar no Seminário Maior de

Évora, onde fomos muito bem rece-

bidos pelos alunos e padres responsá-

veis do respectivo Seminário.

Neste encontro esteve presen-

te, entre nós, um novo Pré-

Seminarista, o Diogo, da Paróquia de

Santo Estêvão. Para além do Diogo,

participaram mais cinco Pré-

seminaristas que habitualmente

fazem encontros de Pré-Seminário.

Como sempre o nosso encon-

tro começou na sexta-feira com o

jantar às 20:00h, no refeitório do

Seminário. Depois do jantar, rezamos

a Via-sacra, um momento de oração

e reflexão sobre o nosso percurso de

vida e vocação.

O dia seguinte, sábado, foi

um dia um pouco atarefado com os

preparativos para o Encontro de Ado-

lescentes. Mas, antes de começar os

preparativos, participamos na Euca-

ristia, onde, juntamente com os semi-

naristas maiores, rezamos laudes.

O Encontro de Jovens contou

com a participação de mais de 200

jovens, onde tivemos a oportunidade

de ouvir alguns testemunhos: dois

casais, uma religiosa, um Seminarista

Maior e um Padre.

Os jovens que participaram

no encontro tiveram tempo, na parte

da manhã, para fazer alguns jogos

tradicionais, oração e adoração ao

Santíssimo. Também, tivemos um

almoço partilhado, onde podemos

conviver um bocado com os jovens.

Na parte da tarde fizeram a

apresentação das coreografias ensaia-

das pela manhã.

Nesse mesmo dia, à noite,

tivemos a recitação do terço em con-

junto com os Seminaristas Maiores.

Depois do jantar de sábado

tivemos um momento lúdico, onde

assistimos a um filme e para finalizar

esse dia, rezamos Completas no Ora-

tório do Seminário.

No domingo, rezámos laudes

em casa e participámos na Eucaristia

Dominical na Igreja de São Francisco

em Évora, onde tivemos a oportuni-

dade de acolitar. O encontro termi-

nou depois do almoço, com o habi-

tual abraço em Cristo.

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Encontro de adolescentes

Coreografia Vencedora

Alm

oço

Par

tilh

ado

Testemunho Padre Marcelino

Pré-Seminário

imagens

em

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Falar de vocação, do chamamento que Deus me fez e me faz continuamente

para O seguir com radicalidade é difícil, é como querer reter a água dos oceanos

entre as minhas mãos, é impossível. No entanto, mesmo se é impossível reter entre

as mãos toda a água dos oceanos, não é que fiquemos com as mãos molhadas.

Assim, pelo menos uma pequeníssima parte, da imensidão desse Mistério que é o

“chamamento” que Deus faz ecoar na intimidade do meu coração, posso reter e

partilhar.

Ao falar ou pensar na “minha” vocação, de imediato ao meu pensamento

assomam uma frase da 1ª Carta de São João e um excerto do Cântico Espiritual de

São João da Cruz. De São João: “Deus é amor e quem permanece no amor perma-

nece em Deus, e Deus nele” (1Jo 4, 16), de São João da Cruz: “Aonde Te escon-

destes, Amado, e me deixastes num gemido? Qual veado fugistes, havendo-me feri-

do” (CA-1).

De facto, desde o inicio, ainda que disso não tivesse consciência – hoje é

claro, Deus Olha-me com um olhar particularmente amoroso e faz brotar em mim

uma felicidade e uma paz que o coração parece não poder conter.

O primeiro “Olhar Amoroso” de que tenho memória aconteceu em finais de

Janeiro, do longínquo ano de 1974, tinha eu 6 anos. Num dos últimos dias da nove-

na de Senhora das Candeias, a padroeira da minha terra, Mourão, recordo-me que,

confortavelmente envolvido no meu primeiro capote alentejano, dormitei a novena

toda, ora encostado à minha mãe ora à minha tia materna.

Entre um olho aberto e outro fechado fui vendo o meu prior de joelhos na

escadaria do altar-mor incensando o Santíssimo Sacramento, recordo o barulho das

corrente do turíbulo, o cheiro do incenso, bem como o coro a cantar a Ladainha de

Nossa Senhora. Encantei-me. Melhor enamorei-me. Que paz, que tranquilidade…

que Paraíso. De tal forma me marcou este quadro que, na minha inocência infantil,

à saída da novena, no alto da escadaria do Santuário, situado no castelo e, que tem

a Vila de Mourão a seus pés, disse num rompante à minha mãe: “Quando o Padre

Inácio morrer, vou enterrá-lo e fico o padre da Senhora das Candeias”. Todos se

riram deste inocente desejo infantil sem consequências, pensavam. (continua na

página 5)

A “MINHA” VOCAÇÃO… UM OLHAR DE AMOR

Padre Marcelino Caldeira

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Eu estava convicto do que dizia… estava encantado, completamente apaixo-

nado pelo que tinha acabado de viver… queria passar a minha vida a fazer “aquelas

coisas”, as coisas de Deus.

Passam os anos e como era muito preguiçoso na escola, minha mãe, que tinha

um primo cónego da Sé de Évora, sempre ouvira dizer ao primo que no Seminário

obrigavam os rapazes a estudar, pensou, bom remédio. Juntava-se o útil ao agradável.

Em tempos eu tinha dito que queria ser padre, no Seminário haveriam de fazer de

mim um rapaz estudioso. E lá vai ele, com 12 anos (em Outubro de 1981) para o

Seminário Menor de São José de Vila Viçosa.

Estudo, oração, tropelias… o normal na vida de Seminário. Com 16 anos

passo para o Seminário Maior de Nossa Senhora da Purificação de Évora… aos 18

anos faço uma experiência de vida religiosa entre os Dominicanos, fiz o noviciado no

Convento de Fátima, não chego a professar… as saudades do Alentejo são muitas ou

serão os caminhos de Deus…

Por alturas da saída do Convento, alguém de chofre me pergunta porque que-

ro ser padre. A pergunta calou fundo no meu coração e eu não tinha resposta. Padre

porquê? O ambiente do seminário era agradável, sentia-me feliz no seminário, não

me via a fazer outra coisa, a minha família estava feliz com a ideia de que eu fosse

padre, mas seria isto suficiente? Padre porquê, Marcelino? Ao fim de alguns meses a

resposta brotou luminosa, radiante, como um vulcão… Deus ama-te, tem sobre ti um

Olhar de Amor. Imediatamente procurei o pessoa que meses antes me tinha pergunta-

do, padre porquê (?) e lhe respondo: porque Deus me ama. Resposta da dita pessoa:

“grande coisa, essa é a experiência fundamental do cristão, não precisas de ser

padre por isso”. Mas desta vez eu ia preparado. Padre, para ter inteira disponibilida-

de de vida, de afectos, de tudo. Padre para dizer a todos, mesmo a todos que Deus os

ama e os quer felizes vivendo no amor.

Eu tinha que responder a “Esse Olhar que é Amor” e a melhor forma de o

fazer era dar-lhe tudo, dar-me todo a Ele, no sacerdócio. Para ser ponte, para falar aos

Homens de Deus e a Deus dos Homens. Para ser sinal do Amor de Deus no meio do

Seu Povo. Padre para ser as mãos, os pés, os braços, a boca, o coração de que Deus

se serve para Amar, servir, para afagar, para conduzir, para anunciar, para louvar,

para unir o Povo de Deus, para restaurar a Esperança do Seu Povo.

Ao longo da minha vida foram e são tantos os sinais deste Deus que não retira

de sobre mim o “Seu Olhar de Amor”. (continua na página 6)

Eu tin

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Intensificou esse “Olhar” no dia a seguir ao funeral de minha mãe, que havia par-

tido inesperadamente para o Paraíso no dia em que eu cumpria 7 anos de sacerdote (9 de

Julho de 2002), quando me mimou e reconfortou fazendo que na estrada, quando regres-

sava ao Seminário de Vila Viçosa onde na época trabalhava, me ultrapassasse uma carri-

nha toda suja e que no vidro de traseiro alguém havia escrito com o dedo, no meio da

poeira e sujidade: “Deus é Amor”, foi a Boa Nova que mais uma vez me foi recordada,

exactamente quando entrava na terra da Senhora da Boa Nova, Terena.

Intensificou esse Olhar quando no fim de um Curso de Cristandade, onde partici-

pei como membro da equipa sacerdotal, me entregam uma fita com uma frase para pren-

der ao peito. A frase: “Deus é Amor”. Naquele momento preciso precisava que alguém

me o lembrasse. Deus vem ao meu encontro na delicadeza e simplicidade de uma fita

para me dizer: “Amo-te”.

Vem ao meu encontro para me recordar o Seu Amor todos os dias, nas pessoas

nos acontecimentos…

Vem ao meu encontro para me recordar o Seu Amor nas alegrias, nos sucessos,

nas dores, nos desaires, nos desânimos, pois a Cruz amada, abraçada, querida e desejada,

é sinal do Amor Maior. Nos meus tempos de Seminário, Chiara Lubich (fundadora do

Movimento dos Focolares), a meu pedido, deu-me como nome novo: Marcelino de Jesus

Abandonado e como Palavra de Vida a da 1ª Carta aos Coríntios: “Julguei não dever

saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e este crucificado” (1 Cor 2, 2), deu-

me o Amor Maior, como guia e conforto, que conduz com segurança à Festa da Ressur-

reição.

Com todas as minhas limitações e debilidades, sou tão feliz neste Caminho de

Amor que, a propósito e fora de propósito, falo dele e o proponho aos outros… sonho ver

os seminários e os mosteiros cheios. Não por desrespeito pelo matrimónio, ou porque

fazem falta padres ou freiras, mas porque quisera eu que tantos, muitos, mesmo muitos,

pudessem fazer esta felicíssima e realizadora experiência de ser “feridos” pelo Amor de

Deus, não podendo viver de outra forma senão em Deus e para Deus.

É que Deus não tira nada, dá tudo… melhor, dá-Se-nos Todo.

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Godcast

Equipa Cristo Jovem

É com uma enorme alegria que a equipa CJ tem o prazer de anunciar o lan-

çamento do programa de rádio do Portal CJ – GODCAST.

O lançamento vai ser feito a 14 de Março. No entanto, não queremos que

esperes mais e já neste Domingo, dia 7, haverá uma emissão especial de lançamen-

to do GODCAST. Para já podes ouvir o programa em directo todos os Domingos, às

17h em www.radiomarcante.pt.la .

Após a transmissão, o programa será colocado on-line em

www.cristojovem.com. Esperamos, dentro em breve, ver o programa difundido por

outras estações de rádio. Farão parte do alinhamento do programa bloco de notícias

sobre a Igreja, blocos musicais, um dossier com um tema mensal mas com diferen-

tes abordagens semanais e meditação/oração da Palavra.

A coordenação está a cargo de Fábio Barbosa e para já a restante equipa é

composta por Sara Amaral, Salomé Nunes, Débora Duarte, Joana Laranjeira e San-

dra Dantas, sendo que existe a possibilidade de alargar a equipa nos próximos tem-

pos.

O Portal CJ deixa o seu agradecimento a toda a equipa que sonhou connos-

co, projectou, trabalhou e tornou possível este projecto.

No caso de qualquer dúvida, sugestão, ideias para conteúdos que tenhas, não

hesites em contactar-nos e envia um e-mail para [email protected] Este

endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript

activado para o visualizar e já sabes que Domingo podes ouvir o GODcast pelas 17h

nas Rádio Marcante, e em seguida no teu portal CJ.

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D e s p e r t a d o r P r é - S e m i n á r i o

O projecto www.passo-a-rezar.net é uma iniciativa do Secretariado Nacional

do Apostolado da Oração, uma obra da Companhia de Jesus (jesuítas) que se dedica

à promoção da oração pessoal.

Com o www.passo-a-rezar.net pretendemos adaptar a proposta da oração

pessoal às circunstâncias da vida de todos os dias e à exigência de mobilidade que a

caracteriza. A caminho do trabalho ou da faculdade, nos transportes públicos ou no

trânsito, rezar não é uma “utopia” nem um “desejo irrealizável”: o www.passo-a-

rezar.net oferece-te a possibilidade de fazeres de cada lugar um lugar de encontro

com Deus, um ”espaço sagrado”.

Para tornar realidade este projecto, contamos com o generoso apoio de várias

instituições, da Rádio Renascença a várias editoras e artistas (que nos cederam os

direitos de uso das músicas), e também com a empenhada colaboração de tantos

voluntários, das “vozes” do www.passo-a-rezar.net aos escritores dos pontos de ora-

ção que ouvirás cada dia.

Este projecto não teria sido possível sem o generoso e voluntário apoio de

muitas pessoas, comunidades e organizações. A todos, MUITO OBRIGADO!

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"Algo está a acontecer comigo e não sei se é só um estado de espírito

ou outra coisa mais fundamental. É como se tivesse regressado à base, de

repelão. Um bocadinho mais independente e autónoma.

Ontem à noite, de bicicleta pela fria e escura rua Lairesse, desejava

poder repetir o que então murmurei em voz baixa: "Deus, pega-me pela mão,

acompanhar-te-ei bem-comportadamente, sem muita resistência. Não me des-

viarei de nada do que nesta vida vier de encontro a mim, tentarei integrar tudo

em mim com as minhas melhores forças. Mas dá-me de vez em quando um

momento de sossego. Também não pensarei mais, na minha ingenuidade, que

essa paz, se ela vier, será eterna; hei-de aceitar igualmente o desassossego e a

luta que hão-de vir outra vez. Gosto de me sentir abrigada e segura, mas não

irei revoltar-me se for exposta ao relento, desde que seja pela Tua mão. Hei-de

acompanhar-te sempre guiada pela tua mão e tentarei não ter medo. Hei-de

tentar irradiar algo do amor, do verdadeiro amor ao próximo, que tenho dentro

de mim, onde quer que eu esteja."

Contudo também não deves andar a exibir-te com esse «amor ao pró-

ximo». Não sabes se o tens. Não quero ser especial, somente quero tentar ser

aquela que em mim ainda procura o desenvolvimento total. Às vezes penso

que desejo a reclusão de um convento. Porém, é com as pessoas e o mundo

que terei de lidar. E hei-de fazê-lo, apesar da aversão e do cansaço, por vezes.

Mas prometo que hei-de viver a vida em pleno e até ao fim. Às vezes penso

que a minha vida só agora é que começa."

Algo está a acontecer comigo...

Etty Hillesum