28
fibra www.revistafibra.com.br SUSTENTABILIDADE GALERIA AS OBRAS DE JEN STARK HISTÓRIA DO PAPEL DA PEDRA AO PAPEL TECNOLOGIA PAPÉIS PROTEGIDOS AS VANTAGENS DA RECICLAGEM

FIBRA

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Projeto de Revista - Fibra

Citation preview

Page 1: FIBRA

fibrawww.revistafibra.com.br

SUSTENTABILIDADE

GALERIAAS OBRAS DE JEN STARK

HISTÓRIA DO PAPELDA PEDRA AO PAPEL

TECNOLOGIAPAPÉIS PROTEGIDOS

AS VANTAGENS DA RECICLAGEM

Page 2: FIBRA
Page 3: FIBRA
Page 4: FIBRA

08 TECNOLOGIAPapéis de Segurança

18 NOVIDADESBrilho metálico + Textura

06 HISTÓRIA DO PAPELDa pedra ao papel

24 EXTRAAcabamento

ÍNDICE

ENTREVISTAPaulo César Henriques Jeveaux14

20 GALERIAJen Stark

10 SUSTENTABILIDADESustentabilidade na Indústria do Papel

O PAPEL DO PAPEL

Fibra nº 1, novembro de 2008

Diretora EditoraLuiza Aguirre Larica

Diretora de MarketingMariana Melim Ferreira

Diretor de ArteEstephan Côrtes

REDAÇÃOEditora GeralAdrielley CalimanRedatoresLuiza LaricaMariana MelimAssistente de RedaçãoEstephan CôrtesRevisorSandra Medeiros

ARTEChefe de ArteMariana Melim FerreiraDesignersAdrielley CalimanLuiza Aguirre LaricaEstephan Côrtes

Qual o papel do papel?Na primeira edição da revista Fibra, esperamos mostrar o real valor do papel, e assim agradar ao máximo nossos

leitores através de reportagens exclusivas, dicas atuais sobre as mais diversificadas áreas de aplicação do papel, além de

entretenimento cultural.Nessa edição você encontrará a primeira parte da fantástica história da evolução do papel, viajando com a fibra ao Egito.Encontrará também como destaque a sustentabilidade apli-cada à indústria do papel, com a finalidade de alertar sobre a

necessidade do cuidado com o meio-ambiente.Além de todas as outras reportagens produzidas exclusiva-mente para você leitor, no final da revista disponibilizamos

um pequeno mostruário de papéis que de alguma forma foram citados ou reproduzidos no decorrer das matérias

presentes na revista.Aproveitem!

fibraCARTA AO LEITOR

Page 5: FIBRA

08 TECNOLOGIAPapéis de Segurança

18 NOVIDADESBrilho metálico + Textura

06 HISTÓRIA DO PAPELDa pedra ao papel

24 EXTRAAcabamento

ÍNDICE

ENTREVISTAPaulo César Henriques Jeveaux14

20 GALERIAJen Stark

10 SUSTENTABILIDADESustentabilidade na Indústria do Papel

O PAPEL DO PAPEL

Fibra nº 1, novembro de 2008

Diretora EditoraLuiza Aguirre Larica

Diretora de MarketingMariana Melim Ferreira

Diretor de ArteEstephan Côrtes

REDAÇÃOEditora GeralAdrielley CalimanRedatoresLuiza LaricaMariana MelimAssistente de RedaçãoEstephan CôrtesRevisorSandra Medeiros

ARTEChefe de ArteMariana Melim FerreiraDesignersAdrielley CalimanLuiza Aguirre LaricaEstephan Côrtes

Qual o papel do papel?Na primeira edição da revista Fibra, esperamos mostrar o real valor do papel, e assim agradar ao máximo nossos

leitores através de reportagens exclusivas, dicas atuais sobre as mais diversificadas áreas de aplicação do papel, além de

entretenimento cultural.Nessa edição você encontrará a primeira parte da fantástica história da evolução do papel, viajando com a fibra ao Egito.Encontrará também como destaque a sustentabilidade apli-cada à indústria do papel, com a finalidade de alertar sobre a

necessidade do cuidado com o meio-ambiente.Além de todas as outras reportagens produzidas exclusiva-mente para você leitor, no final da revista disponibilizamos

um pequeno mostruário de papéis que de alguma forma foram citados ou reproduzidos no decorrer das matérias

presentes na revista.Aproveitem!

fibraCARTA AO LEITOR

Page 6: FIBRA

códex, ancestral dos livros e constituído de folhas sobrepostas e unidas umas às outras. Até hoje é considerado um material resis-tente, sendo, inclusive, utilizado em documentos oficiais.

Antes do aparecimento do papel, os materiais têxteis também serviram a diversos povos. Os chineses usavam a seda; os egípci-os e os antigos romanos, o linho. Os romanos, também usaram placas de madeira ou marfim revestidas com uma camada de cera enegrecida. Com um instrumento de extremidade aguda, risca- vam-se as letras fazendo-se marcas na cera. Algumas vezes, junta- vam-se duas, três ou mais dessas placas para se fazer os protótipos das páginas dos livros.

Talvez o mais estranho de todos os materiais de escrita sejam as tiras de folhas de palmeira usadas em algumas partes da Índia, Birmânia e Sião. Nelas, a escrita também era feita com uma fer-ramenta pontiagudo. As tiras eram ligadas por corda e formavam um leque.

A primeira referência sobre a sua fabricação do papel data do ano 105 da era cristã por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais: o funcionário impe-rial T’sai Lun apresentou a novidade ao imperador chinês Ho Ti.. O processo consistia num cozimento forte de fibras, após, eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica so-bre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Precedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os papéis feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.

Paleolítico e neolítico:Os desenhos eram feitos para atrair boas caças, e datam de cerca de 10.000 a 3.500 a.C.

A escrita mais antiga é a cuneiforme, da Mesopotâmia, ano de 4.000 a.C. Escrevia-se nas placas de argila que iam ao forno até ficarem tão duras quanto os tijolos.

O papiro surgiu em 4.000 a.C. no Egito. Ao contrário do papel, feito de fibras de plantas, o papiro é feito de pequenos e finos pedaços do talo da cana do papiro.

Hieróglifo é um tipo de escrita feita pelos egípcios em pedras. O mais antigo hieróglifo data de 3.400 a.C.

O pergaminho, de origem animal, data do ano de 2000 a.C. Somente no final da Idade Média (1453 d.C.) o pergaminho começa a perderespaço para o papel.

Atribui-se a Ts’ai Lun, da China, a primazia dafabricação do papel (105d.C.), por meio de polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais.

FIBRA - novem

bro de 2008

07

Da pedra ao papelDesde a pré-história, o homem sente necessidade de ex-

pressar seus pensamentos, bem como busca uma ma-neira de registrar seus conhecimentos de forma duradoura.

Nossos antepassados do período paleolítico deixaram regis-trados nas paredes rochosas das cavernas ou dos penhascos pin-turas e desenhos de seres humanos e animais como o bisão, o mamute e o cavalo selvagem. Esses primeiros registros lineares introduziram no mundo o primeiro passo para a escrita.

O homem utilizou diversos materiais como suporte para re-gistrar seus conhecimentos. Os antigos grupos humanos, acos-tumados ao emprego de pictogravuras, compreenderam a van-tagem de associar símbolos a objetos ou idéias. Assim, esses desenhos tornaram-se, aos poucos, ideogramas e estes por sua vez, escrita fonética.

A escrita mais antiga de que se tem conhecimento é a cunei-forme, derivada da palavra cuneu e proveniente da Mesopotâ-tâ-

mia. Para escrever, utilizavam-se placas de argila ainda moles, e, com um estilete, faziam-se marcas em forma de cunha. Após concluir a escrita, a placa era cozida até ficar tão dura como um tijolo.

Os egípcios e todo o antigo mundo mediterrâneo usaram o papiro como suporte para a escrita durante uns cinqüenta sécu-los. Os mestres do ensino, os escribas, utilizavam-se largamente desse material, obtido a partir da planta Cyperus papyrus, que pro-liferava nas margens do rio Nilo.

A fragilidade do papiro e a proibição de sua exportação pro-vocaram a descoberta de outros materiais. Não tardou para que surgisse o pergaminho, que começou a ser usado 500 anos antes de Cristo. Era fabricado a partir de peles de diversos animais, principalmente carneiros, bezerros e cabras.

O aparecimento do pergaminho trouxe um avanço significa-tivo: as folhas podiam ser dobradas e costuradas, formando umradas, formando um

a evolução do suporte da escritaArtigo produzido pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

HISTÓRIA DO PAPEL

06

Page 7: FIBRA

códex, ancestral dos livros e constituído de folhas sobrepostas e unidas umas às outras. Até hoje é considerado um material resis-tente, sendo, inclusive, utilizado em documentos oficiais.

Antes do aparecimento do papel, os materiais têxteis também serviram a diversos povos. Os chineses usavam a seda; os egípci-os e os antigos romanos, o linho. Os romanos, também usaram placas de madeira ou marfim revestidas com uma camada de cera enegrecida. Com um instrumento de extremidade aguda, risca- vam-se as letras fazendo-se marcas na cera. Algumas vezes, junta- vam-se duas, três ou mais dessas placas para se fazer os protótipos das páginas dos livros.

Talvez o mais estranho de todos os materiais de escrita sejam as tiras de folhas de palmeira usadas em algumas partes da Índia, Birmânia e Sião. Nelas, a escrita também era feita com uma fer-ramenta pontiagudo. As tiras eram ligadas por corda e formavam um leque.

A primeira referência sobre a sua fabricação do papel data do ano 105 da era cristã por meio da polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais: o funcionário impe-rial T’sai Lun apresentou a novidade ao imperador chinês Ho Ti.. O processo consistia num cozimento forte de fibras, após, eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica so-bre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Precedia-se a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os papéis feito pelos antigos chineses era de alta qualidade, que permite, até mesmo, compará-los ao papel feito atualmente.

Paleolítico e neolítico:Os desenhos eram feitos para atrair boas caças, e datam de cerca de 10.000 a 3.500 a.C.

A escrita mais antiga é a cuneiforme, da Mesopotâmia, ano de 4.000 a.C. Escrevia-se nas placas de argila que iam ao forno até ficarem tão duras quanto os tijolos.

O papiro surgiu em 4.000 a.C. no Egito. Ao contrário do papel, feito de fibras de plantas, o papiro é feito de pequenos e finos pedaços do talo da cana do papiro.

Hieróglifo é um tipo de escrita feita pelos egípcios em pedras. O mais antigo hieróglifo data de 3.400 a.C.

O pergaminho, de origem animal, data do ano de 2000 a.C. Somente no final da Idade Média (1453 d.C.) o pergaminho começa a perderespaço para o papel.

Atribui-se a Ts’ai Lun, da China, a primazia dafabricação do papel (105d.C.), por meio de polpação de redes de pesca e trapos, e mais tarde usando fibras vegetais.

FIBRA - novem

bro de 2008

07

Da pedra ao papelDesde a pré-história, o homem sente necessidade de ex-

pressar seus pensamentos, bem como busca uma ma-neira de registrar seus conhecimentos de forma duradoura.

Nossos antepassados do período paleolítico deixaram regis-trados nas paredes rochosas das cavernas ou dos penhascos pin-turas e desenhos de seres humanos e animais como o bisão, o mamute e o cavalo selvagem. Esses primeiros registros lineares introduziram no mundo o primeiro passo para a escrita.

O homem utilizou diversos materiais como suporte para re-gistrar seus conhecimentos. Os antigos grupos humanos, acos-tumados ao emprego de pictogravuras, compreenderam a van-tagem de associar símbolos a objetos ou idéias. Assim, esses desenhos tornaram-se, aos poucos, ideogramas e estes por sua vez, escrita fonética.

A escrita mais antiga de que se tem conhecimento é a cunei-forme, derivada da palavra cuneu e proveniente da Mesopotâ-tâ-

mia. Para escrever, utilizavam-se placas de argila ainda moles, e, com um estilete, faziam-se marcas em forma de cunha. Após concluir a escrita, a placa era cozida até ficar tão dura como um tijolo.

Os egípcios e todo o antigo mundo mediterrâneo usaram o papiro como suporte para a escrita durante uns cinqüenta sécu-los. Os mestres do ensino, os escribas, utilizavam-se largamente desse material, obtido a partir da planta Cyperus papyrus, que pro-liferava nas margens do rio Nilo.

A fragilidade do papiro e a proibição de sua exportação pro-vocaram a descoberta de outros materiais. Não tardou para que surgisse o pergaminho, que começou a ser usado 500 anos antes de Cristo. Era fabricado a partir de peles de diversos animais, principalmente carneiros, bezerros e cabras.

O aparecimento do pergaminho trouxe um avanço significa-tivo: as folhas podiam ser dobradas e costuradas, formando umradas, formando um

a evolução do suporte da escritaArtigo produzido pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

HISTÓRIA DO PAPEL

06

Page 8: FIBRA

Segurança em papéisDe acordo com as gráficas, a base dos impressos de segu-

rança está no desenvolvimento de matéria-prima adequada. Ou seja, papéis e tintas especiais que necessitam de elevado grau de conhecimento por parte dos fornecedores. No papel, o princi-pal elemento de segurança ainda é a marca d’água ou filigrana, – as figuras ou textos obtidos por diferença de concentração de fibras na massa do papel durante a fabricação, visíveis por observação contra a luz.

A Arjowiggins é uma das empresas especializadas nesse seg-mento, que responde por 60% do total de seus negócios. O ge-rente de Marketing em Soluções de Segurança, Marcos Tadeu de Lorenzi aponta outras características, como a composição, que pode ser mista de celulose de madeira com algodão para que o papel tenha maior resistência, garantindo maior durabilidade ao documento. “Há casos mais específicos, por exemplo, para impressão de cheques, cujos papéis têm reações ou propriedades físicas que evidenciam tentativas de adulteração, e os cupons de premiações, que podem receber sistemas de rastreamento e veri-ficação de autenticidade”.

Tintas especiaisA Premiata Tintas, em conjunto à sua coligada Loricheque,

ampliou significativamente o leque de produtos destinados a impressos de segurança, incluindo tintas de talho-doce, que proporcionam uma espécie de relevo ao impresso com grande resistência química e mecânica; as reativas, que sofrem alterações quando em contato com solventes orgânicos ou inorgânicos; as reativas a luz UV, fundos incolores que se tornam visíveis sob a chamada “luz negra” e podem reagir com cores diferentes. “Há as reativas a metal, muito utilizadas em cartuchos de remédios, que também são incolores e sofrem alterações quando atritadas por algum objeto de metal, como moedas e clipes, a incolor, ou ‘fundo nulo’, usada largamente em cheques, que reage sob

a presença do hipoclorito de sódio, e as termocrômicas que são incolores, mas reagem sob variações de temperaturas, tanto bai-xas como altas”, informa o diretor técnico Sandro Garbim.

Máquinas de alta capacidadeTambém os equipamentos para produção de impressos de

segurança são diferenciados e tem, na alta produtividade, sua principal característica. Antônio Dalama, diretor da Rotatek Bra-sil explica que o fornecedor dessas máquinas precisa, antes de tudo, saber o foco de atuação da gráfica, trabalhos e demandas que terá.

As máquinas para essa finalidade, segundo Dalama, têm, em geral, mais de cinco torres de impressão, que podem ser aciona-das simultaneamente em um único processo ou combinar dois, três e até quatro ou mais processos, como offset, flexografia, seri-grafia, hot-stamping, impressão eletrônica e talho-doce.

Com tais requisitos preenchidos pela indústria gráfica seria de se esperar que não houvesse mais falsificações. Se isso ainda está longe de ser uma realidade, o setor continua aperfeiçoando seus equipamentos, insumos e métodos de produção.

Revista Abigraf – Agosto de 2007

09

FIBRA - novem

bro de 2008

TECNOLOGIA

Papéis e tintas especiais, e equipamentos que combinem dois ou mais processos simultaneamente, são basicamente os recur-sos necessários para produzir impressos de segurança, ou seja, todo e qualquer material com itens de garantia que inviabilizem – ou pelo menos dificultem ao máximo – sua falsificação.

A Wintech do Brasil, de São Paulo, é uma das gráficas comer-ciais especializadas na produção de impressos desse tipo, que representam 55% de seus negócios. O diretor Marco Antônio Gravio explica que, na impressão, são empregados combina-damente a tipografia, a flexografia, o offset e a serigrafia. Para garantir total segurança, o processo é monitorado em cada um dos setores por onde o produto circula. “Impressos numera-dos, como extratos de bobinas lotéricas, possuem um sistema de tracking para monitoramento e rastreabilidade”. Esses cuidados com sistemas internos de controle também são prioridade na gráfica Thomas Greg, pelo fato de produzirem impressos para órgãos públicos. “Todo processo é auditado e rastreado em tem-

Papéis Protegidos

po real. Nossa unidade industrial é totalmente fechada e contro-lada nos quesitos de entrada e saída de material e de pessoal”, revela o diretor Afonso Siqueira.

Além de ser a responsável pelo suprimento do meio circu-lante nacional, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) ocupa uma fatia expressiva do mercado de produtos gráficos de segurança, prioritariamente para atender ao setor público. Com sede no Rio de Janeiro, a fábrica de cédulas da CMB tem capacidade ins-talada para produzir cerca de 1,5 bilhão de unidades por ano. “Para esses impressos utilizamos papéis de segurança total, com a marca d’água moud made, que é superior a empregada em outros documentos, como carteiras de identidade, diplomas e certifica-dos”, informa o diretor técnico Carlos Roberto de Oliveira. As tintas utilizadas pela CMB são especiais, as chamadas fiduciárias, resistentes a agentes químicos e com a propriedade de “solidez à luz” – que não sofre alterações mesmo depois de cinco dias exposta ao sol intenso.

Parte de nosso cotidiano, os impressos de segurança estão inseridos em um universo de grandes proporções, que envolve desde selos de cigarros, de bebidas e CDs, passa por cheques, vales de

serviços, apólices, bilhetes de loteria e passaportes, até o mais conhecido de todos eles, o papel-moeda.

Ada Caperuto

08

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 9: FIBRA

Segurança em papéisDe acordo com as gráficas, a base dos impressos de segu-

rança está no desenvolvimento de matéria-prima adequada. Ou seja, papéis e tintas especiais que necessitam de elevado grau de conhecimento por parte dos fornecedores. No papel, o princi-pal elemento de segurança ainda é a marca d’água ou filigrana, – as figuras ou textos obtidos por diferença de concentração de fibras na massa do papel durante a fabricação, visíveis por observação contra a luz.

A Arjowiggins é uma das empresas especializadas nesse seg-mento, que responde por 60% do total de seus negócios. O ge-rente de Marketing em Soluções de Segurança, Marcos Tadeu de Lorenzi aponta outras características, como a composição, que pode ser mista de celulose de madeira com algodão para que o papel tenha maior resistência, garantindo maior durabilidade ao documento. “Há casos mais específicos, por exemplo, para impressão de cheques, cujos papéis têm reações ou propriedades físicas que evidenciam tentativas de adulteração, e os cupons de premiações, que podem receber sistemas de rastreamento e veri-ficação de autenticidade”.

Tintas especiaisA Premiata Tintas, em conjunto à sua coligada Loricheque,

ampliou significativamente o leque de produtos destinados a impressos de segurança, incluindo tintas de talho-doce, que proporcionam uma espécie de relevo ao impresso com grande resistência química e mecânica; as reativas, que sofrem alterações quando em contato com solventes orgânicos ou inorgânicos; as reativas a luz UV, fundos incolores que se tornam visíveis sob a chamada “luz negra” e podem reagir com cores diferentes. “Há as reativas a metal, muito utilizadas em cartuchos de remédios, que também são incolores e sofrem alterações quando atritadas por algum objeto de metal, como moedas e clipes, a incolor, ou ‘fundo nulo’, usada largamente em cheques, que reage sob

a presença do hipoclorito de sódio, e as termocrômicas que são incolores, mas reagem sob variações de temperaturas, tanto bai-xas como altas”, informa o diretor técnico Sandro Garbim.

Máquinas de alta capacidadeTambém os equipamentos para produção de impressos de

segurança são diferenciados e tem, na alta produtividade, sua principal característica. Antônio Dalama, diretor da Rotatek Bra-sil explica que o fornecedor dessas máquinas precisa, antes de tudo, saber o foco de atuação da gráfica, trabalhos e demandas que terá.

As máquinas para essa finalidade, segundo Dalama, têm, em geral, mais de cinco torres de impressão, que podem ser aciona-das simultaneamente em um único processo ou combinar dois, três e até quatro ou mais processos, como offset, flexografia, seri-grafia, hot-stamping, impressão eletrônica e talho-doce.

Com tais requisitos preenchidos pela indústria gráfica seria de se esperar que não houvesse mais falsificações. Se isso ainda está longe de ser uma realidade, o setor continua aperfeiçoando seus equipamentos, insumos e métodos de produção.

Revista Abigraf – Agosto de 2007

09

FIBRA - novem

bro de 2008

TECNOLOGIA

Papéis e tintas especiais, e equipamentos que combinem dois ou mais processos simultaneamente, são basicamente os recur-sos necessários para produzir impressos de segurança, ou seja, todo e qualquer material com itens de garantia que inviabilizem – ou pelo menos dificultem ao máximo – sua falsificação.

A Wintech do Brasil, de São Paulo, é uma das gráficas comer-ciais especializadas na produção de impressos desse tipo, que representam 55% de seus negócios. O diretor Marco Antônio Gravio explica que, na impressão, são empregados combina-damente a tipografia, a flexografia, o offset e a serigrafia. Para garantir total segurança, o processo é monitorado em cada um dos setores por onde o produto circula. “Impressos numera-dos, como extratos de bobinas lotéricas, possuem um sistema de tracking para monitoramento e rastreabilidade”. Esses cuidados com sistemas internos de controle também são prioridade na gráfica Thomas Greg, pelo fato de produzirem impressos para órgãos públicos. “Todo processo é auditado e rastreado em tem-

Papéis Protegidos

po real. Nossa unidade industrial é totalmente fechada e contro-lada nos quesitos de entrada e saída de material e de pessoal”, revela o diretor Afonso Siqueira.

Além de ser a responsável pelo suprimento do meio circu-lante nacional, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) ocupa uma fatia expressiva do mercado de produtos gráficos de segurança, prioritariamente para atender ao setor público. Com sede no Rio de Janeiro, a fábrica de cédulas da CMB tem capacidade ins-talada para produzir cerca de 1,5 bilhão de unidades por ano. “Para esses impressos utilizamos papéis de segurança total, com a marca d’água moud made, que é superior a empregada em outros documentos, como carteiras de identidade, diplomas e certifica-dos”, informa o diretor técnico Carlos Roberto de Oliveira. As tintas utilizadas pela CMB são especiais, as chamadas fiduciárias, resistentes a agentes químicos e com a propriedade de “solidez à luz” – que não sofre alterações mesmo depois de cinco dias exposta ao sol intenso.

Parte de nosso cotidiano, os impressos de segurança estão inseridos em um universo de grandes proporções, que envolve desde selos de cigarros, de bebidas e CDs, passa por cheques, vales de

serviços, apólices, bilhetes de loteria e passaportes, até o mais conhecido de todos eles, o papel-moeda.

Ada Caperuto

08

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 10: FIBRA

11

No Brasil, animadoramente, o merca-do de papel reciclado está em crescimen-to. O consumo de aparas cresceu 56% de 1997 para 2006, segundo a Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), enquanto o consumo de papel cresceu 24,9% no mesmo período. O que quer dizer que há uma produção maior de pa-pel reciclado. Muitas empresas brasileiras também estão contribuindo para esse crescimento. Bancos como e o Itaú e o Real e a loja de departamento C e A já uti-lizam o papel reciclado em parte de seus serviços. Muitos Órgãos públicos tam-bém têm adotado o papel reciclado em suas compras de material de escritório.

Entretanto, apesar da reciclagem ter um papel fundamental na sustentabilida-de, para que ela seja realmente incorpo-rada a esse ramo, é necessária a mudança de todas as etapas da produção, desde a extração da madeira até a destinação final do papel. É fundamental a conscientiza-ção de que somente a reciclagem não é

FIBRA - novem

bro de 2008

10

CAPA

SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA DO PAPEL

A indústria de papel, consumidora voraz de celulose, energia e água, é res-ponsável por grande parte da degradação ambiental que ocorre no planeta Terra atualmente. Isso porque, o papel é utili-zado por todas as parcelas da população, e, ao contrário do que se imagina, a ex-pansão dos meios digitais não frearam o crescimento de sua utilização. No mundo todo, 330 milhões de toneladas de papel foram produzidos no ano de 2007, 7,9 milhões somente no Brasil.

Dados como esse levam a concluir que o mundo necessita de uma imediata introdução de mecanismo sustentáveis na produção do papel. Na luta pela redução dos impactos danosos ao meio ambiente, a reciclagem tem a maior parcela de im-portância. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, uma tonelada de aparas (papéis cortados para a reciclagem) pode substituir o corte de 15 a 20 árvores dependendo do tipo de papel que será produzido.

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 11: FIBRA

11

No Brasil, animadoramente, o merca-do de papel reciclado está em crescimen-to. O consumo de aparas cresceu 56% de 1997 para 2006, segundo a Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), enquanto o consumo de papel cresceu 24,9% no mesmo período. O que quer dizer que há uma produção maior de pa-pel reciclado. Muitas empresas brasileiras também estão contribuindo para esse crescimento. Bancos como e o Itaú e o Real e a loja de departamento C e A já uti-lizam o papel reciclado em parte de seus serviços. Muitos Órgãos públicos tam-bém têm adotado o papel reciclado em suas compras de material de escritório.

Entretanto, apesar da reciclagem ter um papel fundamental na sustentabilida-de, para que ela seja realmente incorpo-rada a esse ramo, é necessária a mudança de todas as etapas da produção, desde a extração da madeira até a destinação final do papel. É fundamental a conscientiza-ção de que somente a reciclagem não é

FIBRA - novem

bro de 2008

10

CAPA

SUSTENTABILIDADE NA INDÚSTRIA DO PAPEL

A indústria de papel, consumidora voraz de celulose, energia e água, é res-ponsável por grande parte da degradação ambiental que ocorre no planeta Terra atualmente. Isso porque, o papel é utili-zado por todas as parcelas da população, e, ao contrário do que se imagina, a ex-pansão dos meios digitais não frearam o crescimento de sua utilização. No mundo todo, 330 milhões de toneladas de papel foram produzidos no ano de 2007, 7,9 milhões somente no Brasil.

Dados como esse levam a concluir que o mundo necessita de uma imediata introdução de mecanismo sustentáveis na produção do papel. Na luta pela redução dos impactos danosos ao meio ambiente, a reciclagem tem a maior parcela de im-portância. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, uma tonelada de aparas (papéis cortados para a reciclagem) pode substituir o corte de 15 a 20 árvores dependendo do tipo de papel que será produzido.

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 12: FIBRA

13

Você não precisa ter uma indústria para fazer um papel reciclado. Charmosos para serem usados como cartões de aniversário ou mesmo para desenhar, os papéis re-ciclados caseiros são simples de serem feitos.

Equipamentos e ingredientes:

• Liquidificador• Bacias• Água• Panos velhos• Peneira (ela pode ser uma peneira de cozinha com buracos pequenos)• Jornais, revistas e folhas de cadernos usadasCom o material na mão, é só começar:

1º passo Rasgue o papel em pedaços pequenos e coloque numa bacia. Atenção, evite cortar o papel com tesoura ou esti-letes porque esse processo pode enfraquecer as fibras.2º passo Coloque água na bacia e deixe o papel picado amolecer. Se o papel for mais resistente que, por exemplo, papel-jornal, deixa algumas horas de molho ou até mesmo de um dia para o outro. 3º passo Amasse e rasgue bem o papel embebido em água, deix-ando ele bem pastoso.

PRODUZA PAPEL RECICLADO

FIBRA - novem

bro de 2008

12

CAPA

não é suficiente, já que muitos dos mais de 500 produtos que dependem do papel são adquiridos apenas a partir da madeira. Por isso é preciso cuidar também das flo-restas, como por exemplo, com a adoção de certificados que garantam a sustenta-bilidade destas.

Além de contribuir com o meio am-biente, a reciclagem do papel possui também um apelo social, já que envolve

diversos atores econômicos diferentes. Os consumidores de papel em geral (ca-sas, escritórios, lojas etc.) entregam os jornais velhos, as caixas vazias, os cader-nos cheios e os panfletos que ninguém lê para intermediários como catadores, coo-perativas de catadores de lixo e sucateiros. Esses separam o material, de acordo com as normas de reciclagem, e entregam para os aristas.

Esses são os responsáveis por prepa-rar o material para as fábricas de recicla-gem, picando o papel e criando fardos que chegam nas fábricas. Por essa razão, é indispensável a ajuda de toda a sociedade no processo de reciclagem, a origem de todo da mesma está nas casas dos consu-midores. Ajude também! Você pode fazer o seu próprio papel reciclado. Veja como na próxima página.

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 13: FIBRA

13

Você não precisa ter uma indústria para fazer um papel reciclado. Charmosos para serem usados como cartões de aniversário ou mesmo para desenhar, os papéis re-ciclados caseiros são simples de serem feitos.

Equipamentos e ingredientes:

• Liquidificador• Bacias• Água• Panos velhos• Peneira (ela pode ser uma peneira de cozinha com buracos pequenos)• Jornais, revistas e folhas de cadernos usadasCom o material na mão, é só começar:

1º passo Rasgue o papel em pedaços pequenos e coloque numa bacia. Atenção, evite cortar o papel com tesoura ou esti-letes porque esse processo pode enfraquecer as fibras.2º passo Coloque água na bacia e deixe o papel picado amolecer. Se o papel for mais resistente que, por exemplo, papel-jornal, deixa algumas horas de molho ou até mesmo de um dia para o outro. 3º passo Amasse e rasgue bem o papel embebido em água, deix-ando ele bem pastoso.

PRODUZA PAPEL RECICLADO

FIBRA - novem

bro de 2008

12

CAPA

não é suficiente, já que muitos dos mais de 500 produtos que dependem do papel são adquiridos apenas a partir da madeira. Por isso é preciso cuidar também das flo-restas, como por exemplo, com a adoção de certificados que garantam a sustenta-bilidade destas.

Além de contribuir com o meio am-biente, a reciclagem do papel possui também um apelo social, já que envolve

diversos atores econômicos diferentes. Os consumidores de papel em geral (ca-sas, escritórios, lojas etc.) entregam os jornais velhos, as caixas vazias, os cader-nos cheios e os panfletos que ninguém lê para intermediários como catadores, coo-perativas de catadores de lixo e sucateiros. Esses separam o material, de acordo com as normas de reciclagem, e entregam para os aristas.

Esses são os responsáveis por prepa-rar o material para as fábricas de recicla-gem, picando o papel e criando fardos que chegam nas fábricas. Por essa razão, é indispensável a ajuda de toda a sociedade no processo de reciclagem, a origem de todo da mesma está nas casas dos consu-midores. Ajude também! Você pode fazer o seu próprio papel reciclado. Veja como na próxima página.

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 14: FIBRA

O que o levou a batizar várias de su- as obras com o seu sobrenome?Bom, eu não tenho filhos, e quando eu faço uma obra, ela passa a ser um filho meu. A cada obra uso o meu sobrenome, Jeveaux, com o nome de um filho. Esses nomes são nomes que normalmente não são dados a pessoas, não tem sexo, ou tem indefinido. Como por exemplo: Não Jeveaux, Sim Jeveaux. Na minha próxima exposição, por exemplo, vai haver uma com o nome de SOS Jeveaux. Também procuro nomear-las de acordo com o tema da obra. No tema traição, coloquei X-9 Jeveaux, porquê x-9 é um dedurador da traição.

Quando e como você começou a tra-balhar com arte?Eu acho que já nasci artista. Quando fui fazer o primeiro ano do primário, no pri-meiro dia na aula de desenho fiz um de-senho que não me esqueço. A professora me deu um cartão que tinha a ilustração de uma nau portuguesa, com a cruz de malta e tudo. Eu reproduzi aquilo em lá-pis de cor e em tamanho maior. A pro-fessora vendo o desenho chamou minha mãe e disse para ela me colocar em uma aula de pintura, quer dizer, ela já havia visto o meu talento diante dos outros alu-nos da classe.

Você se formou em artes pela Ufes?

Sim eu me formei e agora trabalho como professor e artista.

A maioria de suas obras é composta por materiais reciclados, o que o le- vou a escolher esse tipo de material?Eu trabalhei muito com escola de samba na década de 70 e 80, fiz muitos traba-lhos na área. Bom, eu chegava e as escolas eram muito pobres, naquela época muito mais do que agora que as escolas estão mais ricas, então eu tinha que fazer coisas que barateavam o custo da produção, por isso o uso do material reciclado. No caso do papel, por exemplo, eu tinha que usar em uma perspectiva de não chuva. Basi-camente eu comecei por aí.

Então, o que o motiva a trabalhar com o papel?O papel é uma base muito boa pra de-senho e para tudo, além disso, pode ser transformado em massa para fazer obje-tos, que é o papel machê, e também reci-clado para fazer novos papéis e assim re-aproveitá-lo. Tudo isso, juntamente com a escola de samba e o trabalho aqui na Ufes fez com que eu tivesse essa aproxi-mação com o material. Além disso, muita gente sabe que eu junto muitos materiais, eu tenho, por exemplo, caixas de CDSs e DVDs que ganhei de uma instituição que não os vendia mais e que agora são usa-das nas obras.

15

FIBRA - novem

bro de 2008

Paulo César Henriques Jeveaux

Artista plástico e professor do Centro de Artes da Universida-de Federal do Espírito Santo, Paulo César Henriques Jeveaux des-taca-se pela facilidade de se manifestar nas mais diversas áreas da arte. Suas obras se traduzem em um trabalho diversificado, com materiais e suportes variados, sem se prender também a nenhuma temática específica. Além de sua veia artística, Jeveaux ministra au-las específicas de produção de papel, onde segundo ele são feitos trabalhos a partir da reciclagem de tecidos e de materiais orgânicos.

O artista, que tem mais de trinta anos de experiência, des-cobriu sua tendência pelo uso do reaproveitamento de materiais que são descartados pela sociedade no trabalho com escolas de samba. Jeveaux trafega facilmente por diversas áreas das artes plásticas, trabalhando desenho, pintura, mosaico, colcha de re-talhos, fuxicos, modelagem, esculpindo poesias a partir de resí-duos, dos múltiplos materiais descartados, como vidros, papéis, plásticos que são transformados em jóias dos muitos “jeveau-xs”.

ENTREVISTA

14

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 15: FIBRA

O que o levou a batizar várias de su- as obras com o seu sobrenome?Bom, eu não tenho filhos, e quando eu faço uma obra, ela passa a ser um filho meu. A cada obra uso o meu sobrenome, Jeveaux, com o nome de um filho. Esses nomes são nomes que normalmente não são dados a pessoas, não tem sexo, ou tem indefinido. Como por exemplo: Não Jeveaux, Sim Jeveaux. Na minha próxima exposição, por exemplo, vai haver uma com o nome de SOS Jeveaux. Também procuro nomear-las de acordo com o tema da obra. No tema traição, coloquei X-9 Jeveaux, porquê x-9 é um dedurador da traição.

Quando e como você começou a tra-balhar com arte?Eu acho que já nasci artista. Quando fui fazer o primeiro ano do primário, no pri-meiro dia na aula de desenho fiz um de-senho que não me esqueço. A professora me deu um cartão que tinha a ilustração de uma nau portuguesa, com a cruz de malta e tudo. Eu reproduzi aquilo em lá-pis de cor e em tamanho maior. A pro-fessora vendo o desenho chamou minha mãe e disse para ela me colocar em uma aula de pintura, quer dizer, ela já havia visto o meu talento diante dos outros alu-nos da classe.

Você se formou em artes pela Ufes?

Sim eu me formei e agora trabalho como professor e artista.

A maioria de suas obras é composta por materiais reciclados, o que o le- vou a escolher esse tipo de material?Eu trabalhei muito com escola de samba na década de 70 e 80, fiz muitos traba-lhos na área. Bom, eu chegava e as escolas eram muito pobres, naquela época muito mais do que agora que as escolas estão mais ricas, então eu tinha que fazer coisas que barateavam o custo da produção, por isso o uso do material reciclado. No caso do papel, por exemplo, eu tinha que usar em uma perspectiva de não chuva. Basi-camente eu comecei por aí.

Então, o que o motiva a trabalhar com o papel?O papel é uma base muito boa pra de-senho e para tudo, além disso, pode ser transformado em massa para fazer obje-tos, que é o papel machê, e também reci-clado para fazer novos papéis e assim re-aproveitá-lo. Tudo isso, juntamente com a escola de samba e o trabalho aqui na Ufes fez com que eu tivesse essa aproxi-mação com o material. Além disso, muita gente sabe que eu junto muitos materiais, eu tenho, por exemplo, caixas de CDSs e DVDs que ganhei de uma instituição que não os vendia mais e que agora são usa-das nas obras.

15

FIBRA - novem

bro de 2008

Paulo César Henriques Jeveaux

Artista plástico e professor do Centro de Artes da Universida-de Federal do Espírito Santo, Paulo César Henriques Jeveaux des-taca-se pela facilidade de se manifestar nas mais diversas áreas da arte. Suas obras se traduzem em um trabalho diversificado, com materiais e suportes variados, sem se prender também a nenhuma temática específica. Além de sua veia artística, Jeveaux ministra au-las específicas de produção de papel, onde segundo ele são feitos trabalhos a partir da reciclagem de tecidos e de materiais orgânicos.

O artista, que tem mais de trinta anos de experiência, des-cobriu sua tendência pelo uso do reaproveitamento de materiais que são descartados pela sociedade no trabalho com escolas de samba. Jeveaux trafega facilmente por diversas áreas das artes plásticas, trabalhando desenho, pintura, mosaico, colcha de re-talhos, fuxicos, modelagem, esculpindo poesias a partir de resí-duos, dos múltiplos materiais descartados, como vidros, papéis, plásticos que são transformados em jóias dos muitos “jeveau-xs”.

ENTREVISTA

14

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 16: FIBRA

materiais orgânicos, voltando às origens, o que é o método mais difícil. Depois de bater no liquidificador é só ir acrescen-tado água e uma cola em pó que pode ser aquela usada para fazer sorvete, que o deixa pastoso, ou você faz com TNT também, que á uma cola em pó. Depois se bate isso no liquidificador, passa na tela de fabricação de papel e espera secar.

Os papéis produzidos na disciplina são utilizados em um segundo mo-mento? Na verdade, na aula é só a fabricação mesmo, mas esse papel pode ser usado na impressão. Eu peço para os alunos façam a apresentação do portifólio do material com a explicação do papel, porque não adianta você ter e não saber como foi produzido. Então todos eles são feitos a partir do que o aluno deseja, mas com a explicação do que foi feito. É aí que eles escrevem sobre o papel produzido por eles mesmo.

Você utiliza esse papel reciclado nas su- as obras?Nas minhas obras eu uso mais o papel machê mesmo. Os papéis reciclados são mais dos alunos mesmos, eu não fico com o papel de ninguém. Nessa disciplina es-pecífica de papel, cada exercício requer um mês e pouco de fabricação.

Você acha que seria possível de algu-ma forma, colocar esses métodos no mercado, usando como base a ques-tão da sustentabilidade?É possível sim. Algumas empresas já ven-deram esses papéis.

Voltando para a sua arte, como é o pro-cesso de seleção dos materiais que o senhor utiliza em suas obras?Existem obras que acontecem ao acaso e outras que simplesmente acontecem. Eu tenho um Buda em casa, que é bem engraçado, ele está sorrindo e com uma roupa tipo um tomara que caia, eu inclu-sive falo que ele é um Buda meio “tra-veca”, (risos). Aconteceu de a empregada quebrar o Buda. Então eu o colei porque ele é muito engraçado. Um dia desses, eu comprei um garrafão de vinho que tinha aquela grade de plástico do lado de fora sem a parte de baixo e a parte de cima grudada com um prendedorzinhos. Aí eu tirei essa parte de cima e deixei guar-dado pensando em usar em algum lugar. Eu não peguei esse Buda e coloquei na cabeça dele? Ficou ótimo! (risos) Então essas coisas assim acontecem ao acaso, gostei! Já estou pensando em acrescentar uma bola, quer dizer, o Buda vai tomando forma e recebendo novas interpretações. Então, tem coisas que acontecem sim, e outras que eu vou estudando.

miudinhas mesmo, para não embolar no liqüidificador. Nesse caso, você só pode usar tecidos de base natural, como al-godão e seda, nailon nem pensar, pois, agarra tudo no liqüidificador, onde a fibra fica bem diluída. Na produção com base orgânica você faz o papel que era usado no passado, feito com banana, cascas e

FIBRA - novem

bro de 2008

É você quem produz os papéis que u- tiliza em suas obras?Não. Na verdade eu sou professor de papel e não faço papel. Eu acho que só fiz um papel em minha vida, foi em São Mateus, lá tinha uma máquina que aqui não tem e que permitia prensar o papel, eu achei muito interessante e resolvi ex-perimentar.

Como surgiu a oportunidade de mi-nistrar a disciplina papel na Universi-dade Federal do Espírito Santo?O que aconteceu foi que Hilal (Hilal Sami Hilal) dava aula de papel aqui e ele deixou o cargo. O governo de Fernando Henrique na década de 90, veio com uma de que pagava uma percentagem para o professor que desistisse do cargo, e Hi-lal então desistiu e entrou para o mundo das artes sem se preocupar com o profes-sorado. Depois ganhei um portifólio de papéis diferentes, e como eu já trabalhava com papel machê que é um caminho para o papel, pois a mesma borra que você faz para o papel é a pro papel machê, come-cei a dar aulas. Então eu comecei a ensi-nar alunos a fazer o papel mesmo, sem realmente ter trabalho com a fabricação. Mas com o papel machê eu fiz muitos ob-jetos. Você sabe, existem muitos profes-sores que sabem que 2+2 é 4 e ensinam matemática.

16

Que tipo de trabalhos você desenvolve com os alunos na disciplina?Cada semestre tem 4 meses de aula, en-tão eu dou 3 exercícios para serem feitos nesses 4 meses. Isso porque os exercícios de papel são longos na sua execução. No primeiro deles os alunos reciclam papel, no segundo reciclam o tecido, que já é

e o terceiro é a reciclagem de materiais orgânicos.

Como é feita a confecção do papel a partir do tecido e do material orgâni-co?Na reciclagem com tecido você tem que cortar a base em tiras super finas, bem

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

17

Page 17: FIBRA

materiais orgânicos, voltando às origens, o que é o método mais difícil. Depois de bater no liquidificador é só ir acrescen-tado água e uma cola em pó que pode ser aquela usada para fazer sorvete, que o deixa pastoso, ou você faz com TNT também, que á uma cola em pó. Depois se bate isso no liquidificador, passa na tela de fabricação de papel e espera secar.

Os papéis produzidos na disciplina são utilizados em um segundo mo-mento? Na verdade, na aula é só a fabricação mesmo, mas esse papel pode ser usado na impressão. Eu peço para os alunos façam a apresentação do portifólio do material com a explicação do papel, porque não adianta você ter e não saber como foi produzido. Então todos eles são feitos a partir do que o aluno deseja, mas com a explicação do que foi feito. É aí que eles escrevem sobre o papel produzido por eles mesmo.

Você utiliza esse papel reciclado nas su- as obras?Nas minhas obras eu uso mais o papel machê mesmo. Os papéis reciclados são mais dos alunos mesmos, eu não fico com o papel de ninguém. Nessa disciplina es-pecífica de papel, cada exercício requer um mês e pouco de fabricação.

Você acha que seria possível de algu-ma forma, colocar esses métodos no mercado, usando como base a ques-tão da sustentabilidade?É possível sim. Algumas empresas já ven-deram esses papéis.

Voltando para a sua arte, como é o pro-cesso de seleção dos materiais que o senhor utiliza em suas obras?Existem obras que acontecem ao acaso e outras que simplesmente acontecem. Eu tenho um Buda em casa, que é bem engraçado, ele está sorrindo e com uma roupa tipo um tomara que caia, eu inclu-sive falo que ele é um Buda meio “tra-veca”, (risos). Aconteceu de a empregada quebrar o Buda. Então eu o colei porque ele é muito engraçado. Um dia desses, eu comprei um garrafão de vinho que tinha aquela grade de plástico do lado de fora sem a parte de baixo e a parte de cima grudada com um prendedorzinhos. Aí eu tirei essa parte de cima e deixei guar-dado pensando em usar em algum lugar. Eu não peguei esse Buda e coloquei na cabeça dele? Ficou ótimo! (risos) Então essas coisas assim acontecem ao acaso, gostei! Já estou pensando em acrescentar uma bola, quer dizer, o Buda vai tomando forma e recebendo novas interpretações. Então, tem coisas que acontecem sim, e outras que eu vou estudando.

miudinhas mesmo, para não embolar no liqüidificador. Nesse caso, você só pode usar tecidos de base natural, como al-godão e seda, nailon nem pensar, pois, agarra tudo no liqüidificador, onde a fibra fica bem diluída. Na produção com base orgânica você faz o papel que era usado no passado, feito com banana, cascas e

FIBRA - novem

bro de 2008

É você quem produz os papéis que u- tiliza em suas obras?Não. Na verdade eu sou professor de papel e não faço papel. Eu acho que só fiz um papel em minha vida, foi em São Mateus, lá tinha uma máquina que aqui não tem e que permitia prensar o papel, eu achei muito interessante e resolvi ex-perimentar.

Como surgiu a oportunidade de mi-nistrar a disciplina papel na Universi-dade Federal do Espírito Santo?O que aconteceu foi que Hilal (Hilal Sami Hilal) dava aula de papel aqui e ele deixou o cargo. O governo de Fernando Henrique na década de 90, veio com uma de que pagava uma percentagem para o professor que desistisse do cargo, e Hi-lal então desistiu e entrou para o mundo das artes sem se preocupar com o profes-sorado. Depois ganhei um portifólio de papéis diferentes, e como eu já trabalhava com papel machê que é um caminho para o papel, pois a mesma borra que você faz para o papel é a pro papel machê, come-cei a dar aulas. Então eu comecei a ensi-nar alunos a fazer o papel mesmo, sem realmente ter trabalho com a fabricação. Mas com o papel machê eu fiz muitos ob-jetos. Você sabe, existem muitos profes-sores que sabem que 2+2 é 4 e ensinam matemática.

16

Que tipo de trabalhos você desenvolve com os alunos na disciplina?Cada semestre tem 4 meses de aula, en-tão eu dou 3 exercícios para serem feitos nesses 4 meses. Isso porque os exercícios de papel são longos na sua execução. No primeiro deles os alunos reciclam papel, no segundo reciclam o tecido, que já é

e o terceiro é a reciclagem de materiais orgânicos.

Como é feita a confecção do papel a partir do tecido e do material orgâni-co?Na reciclagem com tecido você tem que cortar a base em tiras super finas, bem

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

17

Page 18: FIBRA

A nova coleção criada pela empresa de

papéis especiais, a VSP, é composta por

seis das 23 atuais cores da família Re-

lux. São elas: Pérola Branca (branco), Champagne

(creme), Rubi (vermelho escuro), Galáxia (azul

marinho), Ônix (preto prateado) e Ouro Preto

(preto dourado), todas criteriosamente seleciona-

das de acordo com as tendências do mercado. A

linha texturizada é fabricada no formato 64x94cm,

nas gramaturas 180 e 240g/m².

Relux Texture foi lançado na feira Packing

Panorama desse ano, onde foi possível conferir

exemplos e idéias de aplicabilidades do papel. A

novidade é ideal para convites, embalagens e ma-

teriais promocionais, uma vez que proporciona

acabamento impecável aos trabalhos.

Também nesse evento, foi apresentada, em

primeira mão, uma nova cor na linha Relux: Lilac

- lilás metálico com brilho discreto e sofisticado. A

nova cor também apresenta o formato 64x94cm,

e está disponível nas gramaturas 120, 180 e 240

g/m².

A linha Relux Texture e a nova cor da família

Relux, são indicadas para impressão serigráfica e

offset (tinta oxidante). Também aceitam hot-stam-ping, relevos seco e vinco.

Ambas as novidades já estão disponíveis para

pronta entrega, e são comercializadas também em

folhas avulsas, como já acontece com as demais li-

nhas de papéis do portfólio da VSP. Ainda nesse

primeiro semestre a empresa promete que haverá

o lançamento de mais uma linha na família Relux,

além de novas cores.

Ainda inovando na criação de papéis especiais, a

VSP em parceria com a Multiverde Papéis Especiais

Ltda. passou a comercializar duas novas linhas de

papéis finos: Multiara e Multieco. Nomes baseados

na língua Tupi, em homenagem à forte presença in-

dígena que marcou a história de Mogi das Cruzes,

cidade onde se encontra a fábrica.

Multiara (em Tupi, “Ara” significa “Luz”), que

tem por diferencial sua tonalidade fluorescente, em

cinco cores capazes de impactar qualquer comuni-

cação. A linha está disponível para pronta entrega

em folhas nos formatos 66x96cm ou cut-size, nas

gramaturas 75 e 180 g/m².

Outra linha de papéis em lançamento simultâ-

neo é a Multieco, que apresenta padrão único de cor

e atende à demanda do mercado por papéis recicla-

dos, com alta qualidade e boa printabilidade. Dispo-

nível nas gramaturas 90, 120, 150, 180 e 240g/m2 e

nos mesmos formatos do Multiara.

19

FIBRA - novem

bro de 2008

Brilho metálico

+ textura

Enriquecendo ainda mais o portfólio dos pa-péis metalizados, a VSP Papéis Especiais lança sua nova linha: Relux Texture. A nova linha une a sofisticação do brilho metálico com a elegân-cia da textura telada. Uma combinação perfei-ta de cores clássicas com o charme da textura que lembra uma tela de linho.

NOVIDADES

18

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 19: FIBRA

A nova coleção criada pela empresa de

papéis especiais, a VSP, é composta por

seis das 23 atuais cores da família Re-

lux. São elas: Pérola Branca (branco), Champagne

(creme), Rubi (vermelho escuro), Galáxia (azul

marinho), Ônix (preto prateado) e Ouro Preto

(preto dourado), todas criteriosamente seleciona-

das de acordo com as tendências do mercado. A

linha texturizada é fabricada no formato 64x94cm,

nas gramaturas 180 e 240g/m².

Relux Texture foi lançado na feira Packing

Panorama desse ano, onde foi possível conferir

exemplos e idéias de aplicabilidades do papel. A

novidade é ideal para convites, embalagens e ma-

teriais promocionais, uma vez que proporciona

acabamento impecável aos trabalhos.

Também nesse evento, foi apresentada, em

primeira mão, uma nova cor na linha Relux: Lilac

- lilás metálico com brilho discreto e sofisticado. A

nova cor também apresenta o formato 64x94cm,

e está disponível nas gramaturas 120, 180 e 240

g/m².

A linha Relux Texture e a nova cor da família

Relux, são indicadas para impressão serigráfica e

offset (tinta oxidante). Também aceitam hot-stam-ping, relevos seco e vinco.

Ambas as novidades já estão disponíveis para

pronta entrega, e são comercializadas também em

folhas avulsas, como já acontece com as demais li-

nhas de papéis do portfólio da VSP. Ainda nesse

primeiro semestre a empresa promete que haverá

o lançamento de mais uma linha na família Relux,

além de novas cores.

Ainda inovando na criação de papéis especiais, a

VSP em parceria com a Multiverde Papéis Especiais

Ltda. passou a comercializar duas novas linhas de

papéis finos: Multiara e Multieco. Nomes baseados

na língua Tupi, em homenagem à forte presença in-

dígena que marcou a história de Mogi das Cruzes,

cidade onde se encontra a fábrica.

Multiara (em Tupi, “Ara” significa “Luz”), que

tem por diferencial sua tonalidade fluorescente, em

cinco cores capazes de impactar qualquer comuni-

cação. A linha está disponível para pronta entrega

em folhas nos formatos 66x96cm ou cut-size, nas

gramaturas 75 e 180 g/m².

Outra linha de papéis em lançamento simultâ-

neo é a Multieco, que apresenta padrão único de cor

e atende à demanda do mercado por papéis recicla-

dos, com alta qualidade e boa printabilidade. Dispo-

nível nas gramaturas 90, 120, 150, 180 e 240g/m2 e

nos mesmos formatos do Multiara.

19

FIBRA - novem

bro de 2008

Brilho metálico

+ textura

Enriquecendo ainda mais o portfólio dos pa-péis metalizados, a VSP Papéis Especiais lança sua nova linha: Relux Texture. A nova linha une a sofisticação do brilho metálico com a elegân-cia da textura telada. Uma combinação perfei-ta de cores clássicas com o charme da textura que lembra uma tela de linho.

NOVIDADES

18

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 20: FIBRA

21

Nascida em Miami, Flórida, estudou no Maryland Insti-tute College Of Arts.

Jen é uma artista contemporânea cuja maioria dos traba-lhos envolve criar esculturas de papel, entretanto, também trabalha com desenhos e animação.

A artista cria suas obras inspirada em fractais, buracos de minhocas e scaners de ressonância magnética. “Minha irmã é médica e trouxe para casa esses grandes livros de anatomia” diz Stark, que cria esculturas de papel que são matematicamente precisas e ainda assim organicamente exuberantes. “Ver um corpo descomposto, como páginas de um livro é tanto grotesco quanto misterioso.”

As obras de Stark são realmente hipnóticas, a obra Piece of an Infinite Whole (esquerda), foi inspirado na fascinação da artista pelo universo.

FIBRA - novem

bro de 2008

GALERIA

JEN STARK

20

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 21: FIBRA

21

Nascida em Miami, Flórida, estudou no Maryland Insti-tute College Of Arts.

Jen é uma artista contemporânea cuja maioria dos traba-lhos envolve criar esculturas de papel, entretanto, também trabalha com desenhos e animação.

A artista cria suas obras inspirada em fractais, buracos de minhocas e scaners de ressonância magnética. “Minha irmã é médica e trouxe para casa esses grandes livros de anatomia” diz Stark, que cria esculturas de papel que são matematicamente precisas e ainda assim organicamente exuberantes. “Ver um corpo descomposto, como páginas de um livro é tanto grotesco quanto misterioso.”

As obras de Stark são realmente hipnóticas, a obra Piece of an Infinite Whole (esquerda), foi inspirado na fascinação da artista pelo universo.

FIBRA - novem

bro de 2008

GALERIA

JEN STARK

20

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 22: FIBRA

22

Jen sobre suas obras:“Meus trabalhos são inspirados no inco gnoscível potencial de

coisas comuns. As formas e conceitos são inspirados pelos misté-rios que povoam o fundo do oceano e o universo. Os resultados ressoam com idéias de infinito e replicação e, muitas vezes em um minuto, ecoa padrões e desenhos inteligentes encontrados na natu-reza. Através da utilização de técnicas simples de corte me esforço para criar complexas e belas estruturas que revelarão como materiais comuns podem se tornar notáveis. Espero ajudar todos a descobrir a simplicidade e a beleza do mistério através do meu trabalho.”

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 23: FIBRA

22

Jen sobre suas obras:“Meus trabalhos são inspirados no inco gnoscível potencial de

coisas comuns. As formas e conceitos são inspirados pelos misté-rios que povoam o fundo do oceano e o universo. Os resultados ressoam com idéias de infinito e replicação e, muitas vezes em um minuto, ecoa padrões e desenhos inteligentes encontrados na natu-reza. Através da utilização de técnicas simples de corte me esforço para criar complexas e belas estruturas que revelarão como materiais comuns podem se tornar notáveis. Espero ajudar todos a descobrir a simplicidade e a beleza do mistério através do meu trabalho.”

FI

BRA

- no

vem

bro

de 2

008

Page 24: FIBRA

25

secagem Ultra Violeta) são facilmente encontrados nos impressos produzidos em nosso parque gráfico”, afirma Fábio Victor Silva, sócio-diretor da Ycar. A gráfica atua nos segmentos editorial, promocional e de embalagens e, além dos vernizes, oferece facas especiais usadas na produção de embalagens, expositores para ponto de venda etc. Os serviços de encadernação abrangem todas as soluções disponíveis no mercado: de encadernação em espiral até encadernação com costura e hot-melt. Diversificar os serviços é uma preocu-pação também de Fábio Mortara, diretor da Paper Express, de São Paulo. “Faze-mos refile, dobras, vinco, laminação, plastificação, espiral, furos, wire’o, verniz, hot-stamping, lombada quadrada, binder, faca especial, empastamento, verniz de máquina, verniz UV com ou sem reserva, intercalação, manuseio e montagem”. A gráfica faz acabamento apenas nas peças que imprime como expositores de ponto de venda, livros, malas diretas, volantes, composites, reprints, folhetos. A UVPack optou por se especializar apenas em acabamentos de superfícies. A empresa oferece verniz UV total, reservas especiais como: perolizado, texturizado, cintilante, Glo (fluorescente) e lamina-ções BOPP, fosca, brilho, holográfica, go-frada e laminação PET metalizado prata brilho/fosco ou ouro brilho/fosco.

Acabamentos como raspadinha, hot-stamping, relevo seco, encapsulado e capa dura, também fazem parte do portifólio de serviços da empresa. O raspe e chei-re é mais uma alternativa (ao raspar uma superfície preparada pela UVPack a pes-soa sente o cheiro de um perfume, por exemplo, que exala da peça impressa). A empresa atua nos segmentos promocio-nal, de embalagens e editorial. A Escala 7 faz acabamentos principal-mente em embalagens e expositores para ponto de venda. A empresa faz aplicação de verniz à base d’água e veniz UV on-line internamente e terceiriza serviços como laminação com brilho e fosca e facas es-peciais.

Qualidade Um bom acabamento de superfície, encadernação ou faca especial depende de fatores técnicos e, principalmente, da mão humana. “Os operadores das má-quinas são peças-chave no setor de acaba-mentos”, afirma Elymarcos. Segundo ele, é a forma de atuar desses profissionais que vai determinar a qualidade da peça final porque eles irão checar as margens de corte, controlar os processos de dobra e sangria e zelar pelo uso de boa cola na hora de encadernar os livros e revistas.Fábio Victor Silva, da Ycar, defende esta mesma tese. Segundo ele, um bom aca-bamento de superfície é resultado do uso

de matérias-primas de primeira linha, de equipamentos adequados, do conheci-mento sobre os suportes que aceitam ou não o uso dos recursos escolhidos e, prin-cipalmente, da experiência dos profissio-nais envolvidos no processo. Para uma boa encadernação ele diz que é preciso levar em conta o material que será encadernado, ou seja, a espessura e o tipo de suporte, a quantidade de folhas e a finalidade do material. Para eliminar qualquer dúvida antes de executar o tra-balho Silva diz que a Ycar adota a prática dos ensaios. “Sempre fazemos ensaios com o tipo de encadernação escolhido pelo cliente, verificando cortes indeseja-dos, tamanhos de lombada e facilidade de uso do material”. No caso do corte especial (facas espe-ciais), segundo ele, o profissional envolvi-do na criação da peça tem que conhecer os princípios básicos desse tipo de acaba-mento como a finalidade do material e o tipo de caixas e embalagens feitos com o uso de diversos recursos de acabamento, como facas especiais, laminação, alto-re-levo, texturas e vernizes, além disso, no caso de uma embalagem, o criador deverá conhecer e entender a linha de produção de seu cliente. Isso vai evitar problemas na fase acabamento e desperdício de ma-teriais.

Revista Design Gráfico - Edição 89

24

De nada adianta o designer ou o publi-citário criar uma peça sofisticada, seja um folheto, um livro, uma embalagem ou um expositor para ponto de venda, se o aca-bamento gráfico for mal feito ou de baixa qualidade. É por isso que os setores de acabamento ganham cada vez mais espa-ço nas gráficas e status junto aos clientes. Os especialistas em acabamentos po-dem dar um toque especial na superfície de seu impresso (livros, revistas, folhe-tos, embalagens, expositores para ponto

de venda etc.) com diferentes tipos de verniz, laminação, encapsulamento, hot-stamping etc. Para diferenciar os livros e revistas eles oferecem também vários ti-pos de encadernação. As facas especiais permitem produzir, embalagens, exposi-tores para ponto de venda, folhetos, en-tre outros, com formas que se destacam visualmente. Todos esses recursos concebidos para dar sofisticação às artes gráficas estão disponíveis em centenas de gráficas e

empresas especializadas em acabamentos espalhadas pelo país. Elas estão prontas para acrescentar ao trabalho dos designers e publicitários o “chantilly” das artes grá-ficas, ou seja, acabamentos esmerados e variados que tornam realidade suas idéias mais criativas. A Ycar Artes Gráficas, de São Pau-lo, trabalha com quase todos os tipos de acabamento de superfície existentes no mercado. “Diversos recursos como la-minação, hot-stamping e vernizes UV (com

ACABAMENTOACABAMENTOACABAMENTOACABAMENTO

EXTRA

Por mais que a produção de papel reciclado seja importante para a preservação do meio ambiente, a aplicação de acabamentos sofisticados em peças gráficas, tais como a laminação e envernizamento,

ainda é muito utilizado para valorizar o impresso.

Page 25: FIBRA

25

secagem Ultra Violeta) são facilmente encontrados nos impressos produzidos em nosso parque gráfico”, afirma Fábio Victor Silva, sócio-diretor da Ycar. A gráfica atua nos segmentos editorial, promocional e de embalagens e, além dos vernizes, oferece facas especiais usadas na produção de embalagens, expositores para ponto de venda etc. Os serviços de encadernação abrangem todas as soluções disponíveis no mercado: de encadernação em espiral até encadernação com costura e hot-melt. Diversificar os serviços é uma preocu-pação também de Fábio Mortara, diretor da Paper Express, de São Paulo. “Faze-mos refile, dobras, vinco, laminação, plastificação, espiral, furos, wire’o, verniz, hot-stamping, lombada quadrada, binder, faca especial, empastamento, verniz de máquina, verniz UV com ou sem reserva, intercalação, manuseio e montagem”. A gráfica faz acabamento apenas nas peças que imprime como expositores de ponto de venda, livros, malas diretas, volantes, composites, reprints, folhetos. A UVPack optou por se especializar apenas em acabamentos de superfícies. A empresa oferece verniz UV total, reservas especiais como: perolizado, texturizado, cintilante, Glo (fluorescente) e lamina-ções BOPP, fosca, brilho, holográfica, go-frada e laminação PET metalizado prata brilho/fosco ou ouro brilho/fosco.

Acabamentos como raspadinha, hot-stamping, relevo seco, encapsulado e capa dura, também fazem parte do portifólio de serviços da empresa. O raspe e chei-re é mais uma alternativa (ao raspar uma superfície preparada pela UVPack a pes-soa sente o cheiro de um perfume, por exemplo, que exala da peça impressa). A empresa atua nos segmentos promocio-nal, de embalagens e editorial. A Escala 7 faz acabamentos principal-mente em embalagens e expositores para ponto de venda. A empresa faz aplicação de verniz à base d’água e veniz UV on-line internamente e terceiriza serviços como laminação com brilho e fosca e facas es-peciais.

Qualidade Um bom acabamento de superfície, encadernação ou faca especial depende de fatores técnicos e, principalmente, da mão humana. “Os operadores das má-quinas são peças-chave no setor de acaba-mentos”, afirma Elymarcos. Segundo ele, é a forma de atuar desses profissionais que vai determinar a qualidade da peça final porque eles irão checar as margens de corte, controlar os processos de dobra e sangria e zelar pelo uso de boa cola na hora de encadernar os livros e revistas.Fábio Victor Silva, da Ycar, defende esta mesma tese. Segundo ele, um bom aca-bamento de superfície é resultado do uso

de matérias-primas de primeira linha, de equipamentos adequados, do conheci-mento sobre os suportes que aceitam ou não o uso dos recursos escolhidos e, prin-cipalmente, da experiência dos profissio-nais envolvidos no processo. Para uma boa encadernação ele diz que é preciso levar em conta o material que será encadernado, ou seja, a espessura e o tipo de suporte, a quantidade de folhas e a finalidade do material. Para eliminar qualquer dúvida antes de executar o tra-balho Silva diz que a Ycar adota a prática dos ensaios. “Sempre fazemos ensaios com o tipo de encadernação escolhido pelo cliente, verificando cortes indeseja-dos, tamanhos de lombada e facilidade de uso do material”. No caso do corte especial (facas espe-ciais), segundo ele, o profissional envolvi-do na criação da peça tem que conhecer os princípios básicos desse tipo de acaba-mento como a finalidade do material e o tipo de caixas e embalagens feitos com o uso de diversos recursos de acabamento, como facas especiais, laminação, alto-re-levo, texturas e vernizes, além disso, no caso de uma embalagem, o criador deverá conhecer e entender a linha de produção de seu cliente. Isso vai evitar problemas na fase acabamento e desperdício de ma-teriais.

Revista Design Gráfico - Edição 89

24

De nada adianta o designer ou o publi-citário criar uma peça sofisticada, seja um folheto, um livro, uma embalagem ou um expositor para ponto de venda, se o aca-bamento gráfico for mal feito ou de baixa qualidade. É por isso que os setores de acabamento ganham cada vez mais espa-ço nas gráficas e status junto aos clientes. Os especialistas em acabamentos po-dem dar um toque especial na superfície de seu impresso (livros, revistas, folhe-tos, embalagens, expositores para ponto

de venda etc.) com diferentes tipos de verniz, laminação, encapsulamento, hot-stamping etc. Para diferenciar os livros e revistas eles oferecem também vários ti-pos de encadernação. As facas especiais permitem produzir, embalagens, exposi-tores para ponto de venda, folhetos, en-tre outros, com formas que se destacam visualmente. Todos esses recursos concebidos para dar sofisticação às artes gráficas estão disponíveis em centenas de gráficas e

empresas especializadas em acabamentos espalhadas pelo país. Elas estão prontas para acrescentar ao trabalho dos designers e publicitários o “chantilly” das artes grá-ficas, ou seja, acabamentos esmerados e variados que tornam realidade suas idéias mais criativas. A Ycar Artes Gráficas, de São Pau-lo, trabalha com quase todos os tipos de acabamento de superfície existentes no mercado. “Diversos recursos como la-minação, hot-stamping e vernizes UV (com

ACABAMENTOACABAMENTOACABAMENTOACABAMENTO

EXTRA

Por mais que a produção de papel reciclado seja importante para a preservação do meio ambiente, a aplicação de acabamentos sofisticados em peças gráficas, tais como a laminação e envernizamento,

ainda é muito utilizado para valorizar o impresso.

Page 26: FIBRA

MOSTRUÁRIO DE PAPÉISEste mostruário é um presente que a revista fibra traz para você a cada edição. Nele você encontrará os papéis escolhi-dos pela revista como destaques da indústria papeleira, além de alguns citados nessa edição.

Page 27: FIBRA

MOSTRUÁRIO DE PAPÉISEste mostruário é um presente que a revista fibra traz para você a cada edição. Nele você encontrará os papéis escolhi-dos pela revista como destaques da indústria papeleira, além de alguns citados nessa edição.

Page 28: FIBRA

ANO 01 . EDIÇÃO O1 . FIBRA . R$ 12,00