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MInha Monografia de conclusão do Curso de Fisioterapia.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA
INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO
CURSO DE FISIOTERAPIA
FIBROMIALGIA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS EFEITOS DO TENS
MODO ACUPUNTURA E DA ACUPUNTURA CLÁSSICA
POR
ALEXANDRE PEDROSA REIS
RIO DE JANEIRO2005
0
ALEXANDRE PEDROSA REIS
FIBROMIALGIA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS EFEITOS DO TENS
MODO ACUPUNTURA E DA ACUPUNTURA CLÁSSICA
Trabalho apresentado ao Centro
Universitário Hermínio da Silveira como
requisito parcial do Curso de Fisioterapia
para obtenção do título de fisioterapeuta.
Orientador: Profº Edson Virgínio Rodrigues
RIO DE JANEIRO2005
1
AGRADECIMENTO
Ao meu orientador, Professor Edson Virgínio Rodrigues, pela paciência e clareza ao me
ajudar a realizar minha tarefa.
À minha família, por ter acreditado todos esses anos em mim.
À minha maravilhosa esposa, pela paciência, pelo carinho, dedicação e amor, que tornaram
possível a conclusão dessa pesquisa.
Aos colegas e amigos que encontrei nessa faculdade, que me acompanharam nessa minha
jornada.
2
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Chico Xavier (1910-2002)
3
RESUMO
Este trabalho acadêmico assinala através do referencial teórico, a necessidade de um estudo comparativo sobre fibromialgia e a utilização do tens modo acupuntura, que usa a teoria da comporta para proporcionar o alívio da dor e, da acupuntura clássica que é uma técnica que controla o fluxo de energia através dos canais de energia e dos órgãos, removendo bloqueios e fortalecendo a energia, para que, assim, se possa ter conhecimento dos efeitos benéficos para os portadores desta síndrome. Esta patologia pela medicina ocidental é caracterizada pela presença de dor músculo-esquelético; acompanhada pela palpação de múltiplos pontos dolorosos ou “tender points”. Sendo que para a Medicina Tradicional Chinesa esta patologia surge, em virtude da ação dos agentes patogênicos: vento; frio; umidade; fogo; seca e canícula que proporcionam a desestabilização do homem consigo e com o universo que é conhecido como o desequilíbrio das forças energéticas chamadas de Yin e Yang. De acordo com os artigos pesquisados se vê que as experiências realizadas foram feitas individualmente, isto é, ora o uso da TENS ora a acupuntura, desta forma não foi possível concretizar o que se pretendia, o estudo comparativo entre ambas as técnicas.
4
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 06
CAPÍTULO I – FIBROMIALGIA SOB O PONTO DE VISTA DA MEDICINA
OCIDENTAL E ORIENTAL 09
CAPÍTULO II – ACUPUNTURA & ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA
TRANSCUTÂNEA (TENS)
20
2.1 ACUPUNTURA 20
2.2 ESTIMULAÇÃO NERVOSA ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA (TENS) 24
CAPÍTULO III – A VISÃO DA ACP E TENS PARA O TRATAMENTO DA
FIBROMIALGIA 29
CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 38
ANEXOS 40
Anexo 1 – mecanismo neurológico da analgesia por acupuntura. 40
Anexo 2 – a inserção da agulha de acupuntura proporcionando um impulso nervoso. 41
5
INTRODUÇÃO
O presente trabalho começou com uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto
selecionado para que se pudesse obter maiores informações sobre a comparação entre a
TENS de baixa freqüência e acupuntura para o tratamento da fibromialgia.
Com relação a fibromialgia, foram privilegiadas as reflexões críticas de autores,
tais como: David e colaboradores (2001); Bazin e colaboradores (1998); Mariano (2005) e
Paiva (2005) que retrataram o assunto de forma clara e coesa.
Já os autores Maciocia (1996); Sussman (1984); Baffa (2004); Carvalho (2002);
Yamamura (1993); Jayasuriya (1995) e Feldman (2001) descreveram a patologia em
questão sob o ponto de vista da Medicina Tradicional Chinesa de maneira transparente,
harmônica e sucinta, permitindo uma melhor compreensão sobre o assunto.
As informações colhidas permitiram a elaboração do Objetivo Geral da pesquisa:
Comparar a resposta na produção da analgesia em pacientes portadores de
Fibromialgia através do TENS e da Acupuntura.
Os Objetivos Específicos foram delimitados, e assim redigidos:
Analisar a fibromialgia sob o ponto de vista da Medicina Oriental e
Ocidental;
Identificar através de um estudo comparativo entre a acupuntura e TENS,
qual a melhor técnica para o alívio da dor;
Diferenciar ambas as técnicas para uma melhor compreensão;
Apontar artigos que falem sobre a utilização de ambas as técnicas,
apresentando seus resultados.
6
Os métodos utilizados para o desenvolvimento deste trabalho foram qualitativos
para uma melhor compreensão do problema, através da atualização bibliográfica
sistematizada. Por outro lado, os livros utilizados como materiais, datam de 1995 a 2005 e
os artigos de 1999 a 2005 para uma melhor delimitação de tempo.
Para o presente trabalho de pesquisa acadêmica foram elaboradas as seguintes
questões:
qual técnica seria mais eficaz na melhora do quadro álgico de pacientes
portadores de Fibromialgia, Tens ou Acupuntura?
a Acupuntura pode ser uma técnica fisioterapêutica eficaz no tratamento
clínico da Fibromialgia?
qual a resposta esperada no quadro doloroso com a utilização do TENS e
da Acupuntura?
As expectativas em torno deste trabalho consistiram em encontrar nos artigos
publicados sobre a acupuntura e a TENS se existe um estudo comparativo que permita
dizer qual a melhor técnica para o alívio da dor, principal sintoma da patologia em questão.
Entretanto, ficou um ponto obscuro em virtude de todos os artigos falarem isoladamente
das técnicas, o que poderá ser esclarecido num futuro doutorado.
A presente monografia foi dividida em três capítulos e uma conclusão. Sendo que
no primeiro capítulo é descrito a fibromialgia sob o ponto de vista da Medicina Oriental e
da Medicina Chinesa, apresentando seu principal sintoma: a dor e seu mecanismo; a
definição que é caracterizada pela presença de dor músculo – esquelética difusa, ou seja,
acima e abaixo da cintura, do lado direito e esquerdo e pelo menos um segmento da coluna,
acompanhada pela palpação de múltiplos pontos dolorosos ou “tender points”; a definição
dada pela Medicina Tradicional Chinesa e os agentes patogênicos.
7
No segundo capítulo apresentamos separadamente as técnicas: acupuntura e a
TENS. E no terceiro capítulo descrevemos os estudos realizados pelos autores: Goldenberg
e colaboradores (2002); Berman e colaboradores (1999); Sprot e colaboradores (1998 –
2000); Targino e colaboradores (2002); Stux e colaboradores (2005); Deluze e
colaboradores (1992); Frampton (In: BAZIN, 1998); Whutl (2002) que estudaram
isoladamente cada técnica. Impossibilitando, assim, um estudo comparativo sobre as
mesmas.
Em virtude, da não comparação entre a acupuntura e a TENS, a conclusão deste
trabalho acadêmico ficou em aberto para um posterior estudo.
8
CAPÍTULO I – FIBROMIALGIA SOB O PONTO DE VISTA DA MEDICINA
OCIDENTAL E ORIENTAL
De acordo com o conhecimento científico, acredita-se que a fibromialgia seja
devido a uma perturbação nos mecanismos da dor, não havendo propriamente lesões.
Existem, contudo, estudos demonstrativos de que pessoas com esta doença apresentam
níveis baixos de algumas substâncias importantes na redução da dor. E níveis, até três
vezes, mais elevados de substâncias produtoras de dor (DAVID et al, 2001).
Wood (In BAZIN et al 1998, p. 80) explica que a dor “é a combinação de sensações
subjetivas que acompanham a ativação de nociceptores1”. Sendo que elas podem variar
desde uma leve irritação até uma dor insuportável que de certe maneira orienta o
funcionamento normal do organismo, isto é, o paciente pode fornecer informações ao
médico sobre a localização e sua intensidade para fins de tratamento.
Os nociceptores, que são os receptores sensitivos que captam os estímulos
dolorosos dão origem a dois tipos de fibras nervosas aferentes que são:
as fibras mielinizadas de pequeno diâmetro – estas permitem uma definição
clara da dor, isto é, se ela é aguda ou rápida. São latentes e bem localizadas;
as fibras não – mielinizadas de pequeno diâmetro – elas indicam a dor
crônica ou lenta, são mais prolongadas e imprecisas.
Estes receptores sensitivos são considerados polimodais, em virtude de
responderem a estímulos diversos, tais: mecânicos, térmicos e químicos.
1 Que são terminações nervosas livres
9
As células de transmissão ou células T são responsáveis pela retransmissão de toda
comunicação periférica relacionada a dor para os centros superiores. Estas informações
podem ser excitatórias quando encaminhadas pelos aferentes nociceptores e inibitórias
através dos aferentes mecanossensíveis de grande diâmetro. Esta modulação da
transmissão da dor é conhecida como teoria da comporta do controle da dor, que foi
estabelecida por Melzack e Wall em 1965 (Ibidem, 1998).
Wood (In BAZIN et al 1998, p. 82) explica esta teoria da seguinte forma:
nesta teoria, a ativação de axônios mielinizados de grande diâmetro na periferia aumenta a intensidade de inibição que atua sobre as células T na medula espinhal, via células da substância gelatinosa. Embora certo nível de input excitatório as células T ainda esteja presente (via aferentes nociceptores), este input será efetivamente abolido pelo nível mais elevado de inibição promovido pelas células SG. Diz-se que o input inibitório causado pela estimulação dos aferentes mecanossensíveis de grande diâmetro “fecha a comporta” para a transmissão da dor através das células T na medula espinhal.
A figura abaixo apresenta a teoria da comporta (ou portal) do controle da dor relata
por Wood (In: BAZIN et al, 1998, p 82).
10
Esta teoria, segundo Wood (In: BAZIN et al, 1998) é de grande valia para o
tratamento fisioterapêutico, em virtude das técnicas utilizadas, tais como: massagem;
estimulação térmica; manipulação da articulação; tração e compressão e eletroterapia a
estimular informações sensitivas a partir de aferentes de baixo limiar que contribuem para
a inibição da transmissão da dor na medula espinhal, fechando o portão através da inibição
da excitabilidade das células T via células SG.
É válido ressaltar que quando a dor é originária em alguma estrutura profunda do
corpo – dor visceral, pode ser sentida pelo paciente em outros locais que estão distantes do
original. Esta mudança da sensação da dor é chamada de dor referida que é explicada
através do padrão de convergência das fibras nervosas aferentes no corno dorsal da medula
espinhal. Entretanto, há paciente que quando amputam um membro ou os nervos sensitivos
foram dilacerados sentem dor e recebe o nome de dor em membro fantasma (Ibidem,
1998).
Para a medicina ocidental a fibromialgia é considerada uma síndrome dolorosa;
crônica; não inflamatória; caracterizada pela presença de dor músculo – esquelética2 difusa,
ou seja, acima e abaixo da cintura, do lado direito e esquerdo e pelo menos um segmento
da coluna, acompanhada pela palpação de múltiplos pontos dolorosos ou “tender points”
(MARIANO, 2005). Veja a figura que apresenta estes pontos dolorosos.
2 Manifesta-se especialmente nos tendões e nas articulações.
11
Fonte: David, Carol et al. Reumatologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier, 2001.
Para David e colaboradores (2001) estes pontos são:
occipúcio;
cervical inferior;
trapézio;
supra – espinhal;
segunda costela;
12
epicôndilo lateral;
glúteo;
trocanter maior;
joelho.
Sendo localizados, respectivamente, o primeiro no ponto de inserção do músculo
suboccipital; o segundo na superfície anterior dos espaços intertransversários de C5 – C7;
o terceiro no ponto médio da margem superior; o quarto, bilateralmente, nas origens acima
da margem interna da espinha da escápula; o quinto na lateral às articulações costocondrais
nas superfícies superiores; o sexto a dois cm distal aos epicôndilos; o sétimo nos
quadrantes superiores externos das nádegas na prega anterior do músculo; o oitavo,
posterior à proeminência trocantérica e o nono, proximal à linha articular do corpo adiposo
medial.
Esta patologia acomete 2% da população e encontra-se entre as principais
síndromes diagnosticadas e tratadas pelos reumatologistas, sendo 80 a 90% no sexo
feminino com idade média variando entre 30 a 60 anos. Podendo acometer crianças e
idosos, bem como pacientes do sexo masculino (Ibidem, 2005).
A fibromialgia pode ser desenvolvida através da diminuição de serotonina e outros
neurotransmissores que provocam maior sensibilidade aos estímulos dolorosos e podem
estar implicados na diminuição do fluxo de sangue que ocorre nos músculos e tecidos
superficiais (PAIVA, 2005).
A dor da fibromialgia possui uma intensidade que varia de moderada a severa e é o
principal sintoma da patologia em questão. Inicia em uma região do corpo, a priori, nos
ombros e pescoço, tornando-se generalizada, depois de um certo tempo. Além da dor
persistente, 90% dos pacientes exibem fadiga, bem como, um cansaço extremo; distúrbios
do sono; caracterizados por um sono não reparador, ou melhor, os pacientes reclamam que
13
dormem, acordam cansados e com dor; cefaléia de caráter tensional ou do tipo enxaqueca;
formigamento nos braços e pernas; sensibilidade ao frio referindo que suas dores pioram
no inverno; vertigem; dentre outros. Pode ocorre, também, distúrbios do humor,
particularmente a ansiedade e a depressão (Ibidem, 2005).
Mariano (2005) relata que alguns pacientes conseguem identificar determinados
fatores que contribuem para o agravamento do quadro doloroso, que são os quadros virais;
traumas físicos; traumas psíquicos; mudanças climáticas; sedentarismo e a ansiedade são
os mais relatados. Entretanto, a relevância do exame físico é a presença dos pontos
dolorosos ou “tender points” (pontos gatilhos). Os exames laboratoriais habitualmente são
normais, na fibromialgia primária. Assim sendo, o seu diagnóstico é clínico e feito por um
especialista que conheça a doença.
O tratamento da fibromialgia tem por objetivo aumentar a analgia central e
periférica; melhorar os distúrbios do sono; minimizar os distúrbios de humor e assim
melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados. Podendo ser farmacológico e não
farmacológico, isto é, no tratamento farmacológico, utiliza-se medicamentos como os
antiinflamatórios ou cortisona em caráter permanente, ou os antidepressivos tricíclicos
(amitriptilina e ciclobenzaprina que agem sobre a serotonina no cérebro e têm efeito
analgésico no sistema nervoso central). No tratamento não farmacológico utiliza-se a
reeducação do paciente através de exercícios de alongamento, hidroterapia, acupuntura,
eletro-estimulação transcutânea e relaxamento (PAIVA, 2005).
Para que se tenha um resultado satisfatório, Paiva (2005) recomenda que o
paciente:
tome os medicamentos que ajudem a combater os sintomas;
que evite carregar pesos;
fuja de situações que aumentem o nível de estresse;
14
elimine tudo o que possa perturbar seu sono como luz, barulho, colchão
incômodo, temperatura desagradável;
procure posições confortáveis quando for permanecer sentado por mito
tempo;
mantenha um programa regular de exercícios físicos; considere a
possibilidade de buscar ajuda psicológica.
De acordo com a filosofia da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) o corpo
humano é considerado igual ao Universo, em virtude do homem viver entre o céu e a terra,
possuindo dentro de si um universo em miniatura. Desta forma, quando o ser humano é
acometido de alguma patologia é por estar em desequilíbrio consigo e com o universo, ou
melhor, o desequilíbrio das forças energéticas chamadas de Yin e Yang. Através das
observações feitas sobre o material do qual são feitas às coisas vivas, possibilitou a origem
do Yin, ou fêmea, passivo, aspecto que retrocede da natureza e por outro lado, examinando
a vida funcional das coisas vivas, a medicina chinesa denominou-a de Yang, ou masculino,
ativo, aspecto avançando. Sendo assim, as funções dos seres vivos são motivadas por estes
dois elementos: Yin que pode ser representado pela escuridão, pelo negativo ou resfriado e
o Yang que representa a luz do sol, o positivo ou quente. Por isso, a medicina chinesa tem
um sistema único de categorizar enfermidades que são extensamente divergentes de sua
contraparte ocidental (MACIOCIA, 1996).
Esta ênfase sobre o Yin e o Yang deve ter partido da observação sobre a alternância
cíclica do dia e da noite, havendo uma dualidade que se repetia em todos os fenômenos
naturais, e que a existência de um fenômeno dependia da existência do outro, além de
perceber, também, algumas características típicas da noite como ser fria, conduzir ao
recolhimento, ser escura e outras; e as características do dia como ter calor do sol, o sair, a
expansão, o movimento, o trabalho, dentre outras. Entretanto, outros dois fenômenos
15
naturais para a sobrevivência do homem, foram observados, tais como: a água que com
suas propriedades de ser fria e parada foi classificada como Yin e o fogo por ser quente e
elevar suas chamas foi denominado como Yang. Todos os fenômenos que apresentam as
características do sol e do fogo foram agrupados como Yang: o movimento; o ascender; o
calor; o dia; a atividade; o homem; dentre outros (SUSSMAN, 1984).
Os outros que apresentassem as características semelhantes à noite e a água foram
agrupados como Yin: o repouso; o frio; a noite; a lua; a mulher; e outros. Entretanto, ao
observar mais profundamente os sinais dos fenômenos do Yin e do Yang, nota-se cinco
propriedades básicas, a saber: a oposição de Yin e Yang (dia e noite, frio e quente); a
interdependência de Yin e Yang; a infinita divisibilidade de Yin e Yang; a relação de
intertransformação e a relação de suporte e consumo mútuo (Ibidem, 1984).
Baffa (2004) considera como órgãos Yin os que produzem, transformam, regulam e
armazenam as substâncias fundamentais, tais como: Chi, Sangue, Jing, Shen e Fluidos que
são: o coração, os pulmões, o fígado, os rins e o baço. Sendo que o pericárdio, saco fibroso
que envolve o coração, também pode ser considerado um órgão Yin. Estes órgãos são
conhecidos como Yin por terem uma função receptiva; interna; quieta; e também por se
relacionarem com a parte mais interna do corpo, em relação a isto, eles são considerados
mais importantes que os órgãos Yang, com os quais funcionam em dupla ao estabelecer um
equilíbrio interior-exterior.
Para o mesmo autor, os órgãos Yang são os que recebem, processam e absorvem da
comida aquilo que vai se transformar em substâncias fundamentais, e depois transportam e
eliminam o que não serviu: o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso, a vesícula
biliar, a bexiga e o triploaquecedor. Eles são considerados órgãos Yang por terem como
16
função o movimento, e também por estarem mais relacionados com a parte exterior do
corpo.
Segundo Sussman (1984), a teoria do Yin e Yang é à base de toda a filosofia
chinesa que é interligada com a medicina, com a poesia, com as artes, com os oráculos,
com as estratégias de guerra e com o governo; ao contrário das definições simplificadoras
tipo Yin e Yang que são forças opostas e complementares, o estudo da tradição chinesa
mostra que Yin e Yang são apenas fases alternadas de um movimento contínuo.
Carvalho (2002) explica que a oposição de Yin e Yang origina-se do fato de que
todo objeto existente no universo possui dois lados, que apesar de se restringirem, se
interagem mutuamente, resultando numa interdependência para existirem e coexistirem em
um único ser. Esta relação mútua de consumo e aumento do Yin e do Yang, sendo
deficiente é que proporcionam as patologias, podendo estar inclusive associadas à
resistência corporal e os fatores antipatogênicos conhecidos como ZHENG Qi, todavia
quando eles se mantêm equilibrados não há o surgimento de doenças.
Para uma melhor compreensão Carvalho (2002, p. 21) explica que em relação à
estrutura anatômica e histológica do corpo humano há uma conexão orgânica entre todos
os tecidos e estruturas, podendo ocorrer uma subdivisão oposta, isto é, “a porção acima da
cintura pertence ao Yang e a porção abaixo ao Yin; o exterior está associado ao Yang e o
interior ao Yin; a parte posterior é Yang e a parte anterior Yin; o aspecto lateral é Yang e o
medial Yin”. Esta oposição também ocorre em relação às funções ZANG FU por possuírem
os aspectos Yin e Yang. Por conseguinte, quando há uma desarmonia, ou melhor, um
desequilíbrio entre Yin e Yang surge uma patologia que também pode estar associada ao
ZHENG Qi que é a resistência corporal e fatores patogênicos e ao XIE Qi que são
17
considerados os fatores patogênicos e que são divididos em Yin e Yang e os ZHENG Qi
possuem a essência do Yin e do Yang.
Carvalho (2002) comenta, ainda, que o desequilíbrio decorrente da relação
consumo – aumento do Yin e do Yang pode ser classificado como: síndrome Yin e
síndrome Yang. O diagnóstico claro da patologia dependerá da visualização correta de uma
ou da outra síndrome.
A MTC explica que a fibromialgia surge quando os canais de energia tendino –
musculares que são os canais de energia secundários grandes e superficiais, de caráter
Yang, são afetados pela energia perversa oriunda dos agentes patogênicos, tais como: o
vento, o frio, a umidade, o fogo, a seca e a canícula que, inclusive, fazem parte das
modificações climáticas e, portanto originam, também, a freqüência dos sintomas da
patologia em questão. Esta relação se dá de forma contínua, que se altera com as horas, e
por vezes com maior incidência durante a manhã (YAMAMURA, 1993).
Segundo Yamamura (1993) estes canais de energia são classificados de acordo com
situação energética topográfica, isto é, do exterior para o interior. E são conhecidos como:
a)canais de energia tendino – musculares do pé;
b) canais de energia tendino – musculares da mão.
Ambos são subdivididos em seis canais que são respectivamente:
canal de energia tendino – muscular da bexiga (Tai Yang do pé);
canal de energia tendino – muscular da vesícula biliar (Shao Yang do pé);
canal de energia tendino – muscular do estômago (Yang Ming do pé);
canal de energia tendino – muscular do baço/pâncreas (Tai Yin do pé);
canal de energia tendino – muscular do fígado (Jue Yin do pé);
canal de energia tendino – muscular dos rins (Shao Yin do pé);
18
canal de energia tendino – muscular do intestino delgado (Tai Yang da
mão);
canal de energia tendino – muscular do triplo aquecedor (Shao Yang da
mão);
canal de energia tendino – muscular do intestino grosso (Yang Ming da
mão);
canal de energia tendino –muscular do pulmão (Tai Yin da mão);
canal de energia tendino – muscular da circulação – sexo (Jue Yin da mão);
canal de energia tendino – muscular do coração (Shao Yin da mão).
A relação que há entre os agentes patogênicos e os canais de energia tendino –
musculares (que se comunicam com a epiderme) pode ser explicado através das leis de
base dos “cinco movimentos”, e nos ciclos da energia “Rong”, da seguinte forma: existe
uma bio-energia que circula no organismo num ciclo. Esta energia “Defensiva ou Wei”
movimenta-se permanentemente num circuito próprio, sem suportes anatômicos, a que se
chamam meridianos. Num período de 24 horas a energia “Wei” completa, um total de 50
passagens que efetuam níveis de máximos energéticos em órgãos e vísceras, em horas
especificamente definidas e denominada fisiologia dos meridianos. A forma como estas
ações decorrem, alterando e interagindo, com inúmeros fatores, tais como: o dia; a noite; o
clima; as estações, a alimentação; etc., podem produzir em seu percurso alterações graves
ou afecções que atenta esta energia “Wei”. Sendo assim, o desequilíbrio que ocorre, reflete
no bem-estar de vários modos, ou melhor, surgem os sintomas (FELDMAN, 2001).
19
CAPÍTULO II – ACUPUNTURA & ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA
TRANSCUTÂNEA (TENS)
2.1 ACUPUNTURA
A evolução da MTC vem desde a Antigüidade, quando os ancestrais descobriram e
começaram a utilizar uma medicina primitiva durante suas lutas contra a natureza.
Perceberam que os alimentos que buscavam para sobreviver continham propriedades
específicas de aliviar ou eliminar certas doenças. Desta forma, surgiu uso de plantas
medicinais. Do mesmo modo ao aquecerem-se ao redor do fogo observaram que a maneira
como colocavam pedras quentes ou terra envolta em casca ou pele de animais, em locais
determinados do corpo, contribuíam para aliviar ou eliminar certos sintomas de doenças.
Sendo assim, eles passaram a praticar e a melhorar este método, de forma repetida e
gradual, o que originou as terapias da compressa quente medicamentosa e moxabustão
(BARBOSA, 1990).
Os ancestrais começaram a usar complementos de pedra como ferramentas de
produção e perceberam que a dor numa parte do corpo era aliviada quando uma outra parte
era picada. Surgiu então o tratamento com Bian Shi (agulhas de pedra) e agulhas de osso.
20
Isso possibilitou e resultou no surgimento da terapia por acupuntura (ACP). Tempos depois
foi descoberta a terapia dos Canais (Ibidem, 1990).
ACP é considerada uma técnica que controla o fluxo de energia através dos canais
de energia e dos órgãos, removendo bloqueios e fortalecendo a energia que em desarmonia
origina as patologias (GOLDENBERG, 2005).
Goldenberg (2005) relata que os atuais estudos de neurofisiologia demonstram que
as áreas da pele correspondentes aos pontos de ACP apresentam uma maior concentração
de terminações de fibras nervosas livres e encapsuladas, principalmente A-delta e C, que
são os principais tipos de fibras relacionados com a condução do estímulo da agulha de
acupuntura. Entretanto, o efeito da agulha dependerá da sua inserção, pois a superficial
atingirá os receptores nervosos associados às fibras A-delta, que fazem a mediação das
dores agudas e termocepção, enquanto a inserção profunda estimulará as fibras nervosas do
fuso muscular e as fibras A-delta e C devem ser utilizadas nas doenças crônicas ou
profundas.
Jayasuriya (1995) explica o mecanismo neurológico da analgesia por acupuntura da
seguinte forma: o impulso álgico é transmitido da pele ao córtex cerebral, através das
fibras nervosas que são classificadas por seu diâmetro e pela origem cutânea ou muscular.
As fibras grossas e mielinizadas A beta (pele) ou as tipo I (músculo) transportam o impulso
tátil e a propriocepção. As fibras A delta (pele) ou as do tipo II e III (músculo) são finas e
também mielinizadas, transportam o impulso álgico. As fibras C (pele) e tipo IV (músculo)
são mais finas e amielinizadas transportam, também, o estímulo álgico. As dos tipos II; III;
IV e C levam, também, outras mensagens álgicas. Desta forma, a célula 1 faz sinapse com
a célula 2, no trato espinotalâmico na medula espinhal. O segundo neurônio, isto é, a célula
2, no trato espinotalâmico, projeta seu axônio até o tálamo onde faz sinapse com a célula 3
21
ou terceiro neurônio, o qual transmite o impulso para o córtex, ativando a quarta célula,
provavelmente no córtex somatossensorial primário (Anexo 1).
A agulha de acupuntura, quando inserida, estimula um receptor sensorial no interior
do músculo que transmite um impulso nervoso para a medula espinhal, através da célula 5
(tipos II e III dos nervos aferentes musculares que são finos e mielinizados). Entretanto, é
válido ressaltar que quando se usa a baixa freqüência e alta intensidade estimula-se os três
centros (medular, mesencefálico e hipotálamo-hipofisário), empregando todos os
mecanismos endorfínicos, sendo antagonizada pela naloxona (Anexo 2). Por outro lado, a
estimulação de alta freqüência e baixa intensidade atinge apenas dois centros: o
mesencéfalo e a medula. Em resumo a acupuntura ativa às fibras nervosas na musculatura,
as quais enviam impulsos à medula espinhal, para estimular os três centros. Sendo que o
medular usa encefalina, dinorfina e outras substâncias químicas para bloquear as
mensagens aferentes, quando estimulado com baixa freqüência e outros neurotransmissores
com alta freqüência. O mesencéfalo emprega encefalina para ativar o sistema descendente
da rafe, o qual inibe a transmissão do impulso álgico na medula, por um efeito sinérgico
das monoaminas. E o erceiro centro, o hipotálamo-hipofisário, a hipófise libera beta-
endorfina no sangue e no líquido cefalorraquidiano, para provocar analgesia à distância e o
hipotálamo envia axônios até o mesencéfalo e, via beta-endorfina, ativa o sistema
analgésico descendente (JAYASURIYA, 1995).
A inserção e manipulação das agulhas de acupuntura causam lesões celulares que
provocam, em nível local, o aparecimento de substâncias como a substância P,
leucotrienos, tromboxano e prostaglandinas E2 e D2. Essas substâncias algógenas
estimulam os quimiorreceptores, e a substância P ativa os mastócitos a liberarem
histamina, estimulando as fibras C e promovendo vasodilatação a nível capilar. Além da
22
histamina são liberados a bradicinina, serotonina, íons potássio e prostaglandinas que
também vão estimular os quimiorreceptores, diminuindo o limiar de excitabilidade.
Conduzidos por fibras aferentes somáticas, os efeitos analgésicos e anestésicos da ACP
são, atualmente, gerados a partir de pesquisas científicas, como um processo de excitação
que libera endorfinas em resposta a estímulos intensos e vigorosos sob a agulha inserida
nos pontos de ACP, que agem no nível das fibras A-delta, situadas em nível mais
superficial. As respostas corticais aos estímulos de ACP são projetadas através das vias
serotoninérgica e encefalinérgica; esta, na sua porção terminal no nível posterior da medula
espinal, libera encefalina, excitando o interneurônio inibitório da substância P no nível da
lâmina II de Rexed, bloqueando, assim, a condução do estímulo da dor e promovendo o
estado de analgesia a nível medular. O efeito analgésico da ACP anula os arcos reflexos
patológicos que proporcionam as contraturas musculares causadoras de alterações
dinâmicas intra e extras articulares, que constituem estímulos para um ciclo vicioso de
perpetuação da dor (GOLDENBERG, 2005).
Maciocia (1996) descreve que, a priori, as agulhas eram feitas de pedra, osso para
mais tarde serem de aço inoxidável, prata ou ouro. Sua inserção do topo para baixo
proporciona que o fluxo de Qi possa subir, pois este apresenta um movimento ascendente e
descendente nos meridianos, através dos canais de energia.
Carvalho (2002) comenta que há variações para a inserção de agulha, isto é, pode
ser inserida formando um ângulo de 90º à superfície da pele, passando a ser conhecida
como inserção perpendicular; num ângulo de 45º à superfície da pele, denominada de
inserção oblíqua e a inserção horizontal é quando realizada um ângulo de 15º com a
superfície da pele. A outra variável considerada está na profundidade da inserção e varia de
acordo com os pontos agulhados, podendo ser diminuída ou aumentada conforme a idade
23
do paciente, sua constituição física, intensidade de reação, nível de doença e a ligação
junto aos pontos selecionados.
Já a retirada das agulhas segue a direção do topo para a base, todavia pode ser
alterada em virtude da Plenitude ou Vazio. A Plenitude é caracterizada pelo movimento de
ascensão do Qi rebelde ou estagnação horizontal, neste caso as agulhas devem ser retiradas
do topo para a base. Já para o Vazio que tem características de afundamento de Qi, torna-se
mais eficaz a retirada das agulhas da base para o topo (MACIOCIA, 1996).
Para que o tratamento da acupuntura tenha êxito é necessário que algumas
informações sejam colhidas através de uma anamnese detalhada.
2.2 ESTIMULAÇÃO NERVOSA ELÉTRICA TRANSCUTÂNEA (TENS)
A TENS surgiu a partir do trabalho de Melzack e Wall que constituiu, conforme já
dito, na teoria da comporta que explica o controle e a modulação da dor. E sua utilização
proporciona o alívio da dor (FRAMPTON in: BAZIN et al, 1998).
Segundo Frampton (In: BAZIN et al, 1998, p. 276), as pesquisas científicas sobre
as “alterações patológicas em nervos em seguida a lesões levou à justificação científica
para a aplicação de impulsos elétricos a nervos lesionados, com a finalidade de modificar
suas respostas anormais”. Esta pesquisa e mais a teoria do controle da ponte proporcionam
a compreensão do mecanismo da dor, e dão o devido valor ao uso da TENS.
Para Guirro (2005, p. 1) a TENS pode ser conceituada da seguinte forma:
é o método de estimulação dos nervos periféricos através de eletrodos acoplados à pele com fins terapêuticos. É uma corrente analgésica, ela
24
atua nos sistemas modulares da dor, aumentando sua tolerância à dor causando uma analgesia. É um valioso recurso físico para o alívio somático da dor, seja ela proveniente de lesões agudas ou mesmo decorrentes de processos crônicos.
Os aparelhos de TENS utilizam uma amplitude ajustável entre zero a 50 mA
(miliampères) para uma impedância de eletrodos de 1KΏ (quiloohm). A onda que eles
produzem é uma onda quadrada balanceada, assimétrica, bifásica com um componente de
CD de rede igual a zero. Sendo que a área sob a onda positiva é igual à área sob a onda
negativa. Veja a figura abaixo que apresenta o tipo de onda explicada acima.
Fonte: BAZIN, Sarah e colaboradores. Eletroterapia de Clayton. São Paulo: Manole, 1998.
O estímulo adequado realizado por esta onda deve atingir uma intensidade, com
uma duração, numa velocidade mínima, para que produza o efeito desejado. Pois, a
membrana do nervo periférico possui um potencial de repouso que é negativo internamente
e externamente passa a ser positivo. Assim, ao ser aplicado um estímulo haverá uma
25
mudança no potencial desta membrana que responderá ao propósito do tratamento
(FRAMPTON in: BAZIN et al, 1998).
A freqüência de pulso varia em todos os aparelhos e sua faixa de variação dos
parâmetros, também acompanha a variação que fica na média de um a 150 pulsos por
segundo, ou hertz (Hz). Diante disto, o paciente pode dizer que ao receber 10 pulsos por
segundo terá uma sensação de coceira, enquanto que ao receber uma freqüência mais
elevada sentirá uma vibração contínua (Ibidem, 1998).
Frampton (in: BAZIN et al, 1998) relata que houve várias pesquisas para investigar
os efeitos de diferentes parâmetros. Entretanto, os resultados não foram consistentes, em
virtude do sistema nervoso se adaptar a estímulos repetidos regulares.
A utilização do TENS pode ser iniciada tão logo os eletrodos tenham sido fixados à
pele do paciente. Em seguida é explicado como funciona esta técnica, para então ir
aumentando gradativamente até que o paciente perceba alguma sensação pulsante ou de
vibração. A aplicação do TENS deve obedecer aos seguintes princípios (FRAMPTON in:
BAZIN et al, 1998, p. 286):
um mínimo de 8 horas de estimulação contínua por dia; em casos de dor intensa, uma estimulação contínua deve ser
aplicada durante três semanas; em seguida, poderá ter início uma redução do tempo de tratamento;
se a estimulação por TENS foi reduzida para três horas por dia e a dor voltar a se manifestar, é essencial o retorno a um período maior de estimulação, por exemplo: quatro horas por dia durante mais de uma semana, antes que seja reiniciado o processo de redução;
o tempo de tratamento deve ser reduzido lentamente, até que não haja mais necessidade de continuar a estimulação;
idealmente, os aparelhos de TENS devem ficar na posse do paciente por mais um mês após o tratamento, antes de sua devolução, para o caso da dor retornar;
26
em alguns casos de dor intensa, pode estar indicada uma estimulação durante as 24 horas do dia;
em alguns casos de dor crônica, pode haver necessidade de um uso prolongado de TENS;
TENS pode ser utilizada somente à noite, por exemplo: nos casos de dor de membro fantasma, onde a dor é freqüentemente mais intensa à noite, quando o paciente está tentando dormir; também pode ser necessário que o paciente use uma prótese durante o dia, não só para que possa andar, mas também para que seja restaurada alguma estimulação aferente ao coto.
Caso haja algum desvio destes princípios à utilização da TENS apresentará
resultados insatisfatórios.
Bastos (1993) comenta que para se entender o funcionamento da TENS, deve-se ter
em mente que o estímulo físico proporciona efeito ou reação diversa: hiperemia produzida
por todos os estímulos físicos, em maior ou menor quantidade, segundo suas naturezas e
intensidades; destruição de elementos patológicos; formação de vitaminas e outros. Isto
acontece, em virtude do tipo de corrente utilizada. As correntes mais usadas em
eletroterapia são: a corrente contínua, também, conhecida como galvânica e a corrente
alternada ou oscilatória.
A corrente galvânica é um fluxo contínuo ou unidirecional de elétrons. Ela não
varia de intensidade e nem de direção. Quando entra no corpo humano acumula carga
positiva e na saída a carga é negativa, por isso que a colocação dos eletrodos deve ser
correta. Sua ação físico-química proporciona: a produção de calor; a dissociação
molecular; a iontoforese; a endosmose; a alteração do eletrotono e a eletrólise. Entretanto,
pode apresentar reações fisiológicas, tais como: hiperemia e vasodilatação; parestesia; ação
bactericida; ação antinflamatória; excitação espástica e outras. A corrente galvânica é
indicada para casos de tendinite; bursite do ombro; nevralgia facial; fibromialgia e outras
(BASTOS, 1993).
27
Já a corrente alternada de baixa freqüência utilizada, pode ser de dois tipos: a
farádica e a sinusoidal. A primeira apresenta efeitos fisiológicos, tais como: estimulação
dos nervos sensitivos; dos nervos motores; dos músculos desnervados e polaridade. A
segunda corrente é de baixa freqüência e se alterna uniformemente e apresenta efeitos
semelhantes ao da primeira corrente. Tanto uma como a outra corrente quando utilizadas
próximas ao coração podem provocar uma fibrilação cardíaca. Há, contra-indicações em
casos de paralisia infantil e esclerose da medula (Ibidem, 1993).
Frampton (In: BAZIN et al, 1998) comenta que quando a TENS é bem aplicada
atua aliviando a dor. Entretanto, esta técnica constituiu – se como parte do tratamento de
pacientes com dor crônica, alterando os movimentos e comportamentos anormais da lesão
nervosa.
É válido ressaltar que esta técnica não deve ser utilizada em pacientes que possuam:
marcapasos; sofrem de cardiopatia ou disritmias; apresentam dor não diagnosticada; com
epilepsia e nos primeiros três meses de gravidez. Não devendo ser utilizada em
determinados locais, tais como: boca; seio carotídeo; pele com solução de continuidade;
pele anestésica; abdômen, durante a gestação e nas proximidades dos olhos (Ibidem, 1998).
28
CAPÍTULO III – A VISÃO DA ACP E TENS PARA O TRATAMENTO DA
FIBROMIALGIA
O tratamento para a fibromialgia tem como objetivo o alívio da dor. E sua
realização pode ser feita através da ACP ou do uso da TENS. Entretanto, alguns autores
comparam o uso das duas técnicas, individualmente.
Foi realizado, em 1998, um encontro de consenso do Instituto Nacional de Saúde
dos Estados Unidos da América que abrangia informações a respeito da utilização
apropriada, das conclusões, das recomendações e das identificações de áreas que
necessitavam estudos futuros em ACP. Concluiu-se que a ACP é amplamente usada nos
Estados Unidos e que apesar de haverem vários estudos sobre a sua empregabilidade, os
mesmos apresentaram resultados controvertidos devido à diferença na metodologia,
tamanho de amostras, utilização de controles apropriados, placebos e os grupos sham.
29
Porém a partir de sua utilização surgiram indicações promissoras em algumas situações,
tais como: cefaléia; tensão pré-menstrual; asma; epicondilite; fibromialgia; dor lombar
baixa; síndrome miofascial e síndrome do túnel do carpo onde a acupuntura pode ser
utilizada como tratamento principal ou como terapia coadjuvante.
Goldenberg e colaboradores (2002) realizaram um estudo para uma tese de
doutorado feito na UNIFESP – Escola Paulista de Medicina para avaliar a eficácia da
acupuntura no tratamento coadjuvante da fibromialgia. Foram randomizados 60 pacientes,
que preenchiam os critérios de classificação para fibromialgia do ACR, em três grupos:
acupuntura + amitriptilina, 20 pacientes (grupo A);
placebo – acupuntura + amitriptilina, 20 pacientes (grupo B);
amitripltilina, 20 pacientes (grupo C).
Todos os pacientes, independentemente do grupo, recebiam amitriptilina na dose
única de 25 mg/dia antes de deitar. Entretanto, os pacientes que pertenciam aos grupos A
ou B realizaram placebo – acupuntura, uma vez por semana por 16 semanas consecutivas.
A avaliação dos pacientes foi realizada no início e mensalmente por uma examinador cego
quanto ao grupo terapêutico por meio dos seguintes instrumentos: escala visual analógica
de dor (EVA), questionário SF – 36 de qualidade de vida e inventário de depressão de
Beck.
A análise estatística foi realizada por ANOVA. Os resultados mostraram que o
grupo tratado com acupuntura obteve uma melhora estatisticamente significante da dor
através do EVA quando comparados aos demais grupos, bem como uma melhora
estatisticamente significante da depressão avaliada através do inventário de Beck.
30
Outro estudo realizado sobre a eficácia da acupuntura para o tratamento da
fibromialgia foi realizado por Berman e colaboradores (1999) quando procuraram registros
sobre o assunto e verificaram que informações randomizadas ou quase – randomizados
pertencentes ao banco de dados Medline; Embase; da Universidade de Maryland; no
registro de Cochrane e nos demais institutos nacionais de saúde demonstravam um
resultado de alta qualidade sobre a eficácia da acupuntura para o alívio da dor, melhorando
avaliações globais e reduzindo a rigidez da manhã. Inclusive, admitindo que a acupuntura
verdadeira era superior a acupuntura sham (acupuntura realizada em pontos que não são de
acupuntura).
Sprott e colaboradores (1998) descreveram uma pesquisa, a qual a falta de
parâmetros torna difícil objetivar as medidas de dor e eficácia dos tratamentos para a
fibromialgia. Entretanto, estes autores estabeleceram uma combinação de métodos para
avaliar a dor antes e depois da terapia pela acupuntura. Selecionaram 29 pacientes com a
patologia em questão, sendo que nestes pacientes usaram uma escala análoga – visual de
zero a 100 mm e algiomêtro. Os níveis de serotonina e de substância P no soro e a
concentração de serotonina nas plaquetas foram avaliados criteriosamente. Durante a
terapia com acupuntura nenhum medicamento foi utilizado. Desta forma, os escores de
escala análogas – visuais caiu de 64+/-3,4 mm antes da própria terapia para 34,5+/-4,3 mm
depois do tratamento, o que resultou que o tratamento por acupuntura de pacientes com
fibromialgia foi associado com redução dos níveis de dor e redução do número de pontos
gatilhos, medidos pela escala, já citada, demonstrando uma eficácia nos parâmetros
utilizados para a fibromialgia.
Outro estudo de Sprott e colaboradores (2000) demonstraram que além da dor,
existem alterações funcionais e vegetativas nos portadores da síndrome de fibromialgia.
31
Sendo que estas mudanças, também, estão relacionadas a micro – circulação, que podem
causar dor. Um estudo preliminar apontou uma redução no fluxo sangüíneo nos pontos de
gatilho. Estes autores selecionaram 20 pacientes de acordo com os critérios do Colégio
Americano de Reumatologia (ACR) e de Muller/Lautenschlager. Aplicaram acupuntura de
acordo com as necessidades dos pacientes e observaram que houve um aumento no fluxo
sangüíneo em todos os pontos gatilhos, como também, a temperatura da pele elevou em
10/12 pontos em média de 0,45 graus Celsius. O número de pontos gatilhos foi reduzido de
16,1 para 13,8 depois da terapia. O limiar da dor aumentou em 10/12 pontos. Sendo assim,
estes autores constataram o uso eficaz da acupuntura para melhorar a micro – circulação
nos pontos de gatilhos.
Targino e colaboradores (2002) realizaram um estudo sobre a utilização da
acupuntura para o tratamento da patologia em questão. Esta pesquisa incluiu uma revisão
sobre a literatura de acupuntura como apoio ou exclusiva para os pacientes portadores de
fibromialgia e compararam a experiência clínica das realizadas em clínicas do hospital da
cidade de São Paulo. Sendo assim, os resultados encontrados demonstraram que a
utilização da acupuntura tradicional apresentava taxas positivas na escala análoga visual,
no índice miálgico, no número de pontos gatilhos e na melhoria da qualidade de vida
baseada no questionário Sf – 36.
Para Stux e colaboradores (2005) que fizeram uma recente revisão sistemática da
acupuntura para o tratamento da fibromialgia, incluíram os RCTs e estudos de corte e
constataram que os RCTs de alta qualidade demonstraram que a acupuntura verdadeira é
mais eficaz do que a acupuntura sham para o alívio da dor, aumentando o limiar da dor e
melhorando os resultados globais. Estes autores indicam para o tratamento a utilização do
32
RCT de alta qualidade combinando freqüências elétricas baixas (2 – 4 Hz) e altas (50 – 100
Hz).
Deluze e colaboradores (1992) relatam que o estudo realizado sobre a eficácia da
eletroacupuntura em pacientes com fibromialgia, apresentou um resultado benéfico de
longo prazo, pois neste estudo, no qual foram randomizados 36 pacientes para a
eletroacupuntura e 34 para a acupuntura sham, tendo diferenças significativas nos
resultados, puderam constatar que a eletroacupuntura proporcionou uma melhora na
rigidez matinal (29%); melhora na qualidade do sono (45%); melhora na avaliação do
médico (34%); melhora nas dores (39%); dentre outras.
Gashu e colaboradores (2001) realizaram um estudo para verificar a eficácia da
TENS e de exercícios de alongamento na diminuição da dor, na sensibilidade dolorosa dos
tender points, como também, na melhora de qualidade de vida. Foram selecionados 15
pacientes, com faixa etária entre os 11 anos aos 52 anos. A TENS foi aplicada nos quatro
tender points dos músculos trapézio e supra-espinhal bilaterais, em oito sessões. O
resultado obtido provou que a TENS, os exercícios de alongamento e mais as informações
sobre a doença e o reconhecimento do próprio corpo permitiram a melhora da dor, da
rigidez e da inflexibilidade ao nível físico e psíquico. Levando os pacientes a reverem seus
modos de vida e a realizarem uma atividade física.
Frampton (In: BAZIN et al, 1998, p. 281) comenta que durante estes últimos 25
anos, nos quais a TENS tem sido utilizada, constituiu uma “técnica barata e não invasiva
como modalidade aceita para o alívio da dor. Contudo, com freqüência os experimentos
clínicos são mal – controlados e não têm os benefícios de um acompanhamento em longo
prazo”. Entretanto, o autor cita que os efeitos analgésicos por diferentes padrões de pulso
de TENS, pesquisados por Johnson e colaboradores (1991) concluíram que freqüências de
33
20 a 80 Hz produziam maior analgesia, e a maior confiabilidade estatística foi observada a
80 Hz.
Sobre o trabalho de Eriksson e colaboradores (1979), Frampton (In: BAZIN et al,
1998) comenta que quando se usa a baixa freqüência, conhecida como “TENS do tipo
acupuntura”, o alívio da dor é mais efetiva do que quando se usa um pulso contínuo.
Frampton (In: BAZIN et al, 1998,286-7) explica que dentre as pesquisas mais
recentes, a Johnson e colaboradores (1991) revendo 179 pacientes que foram submetidos a
TENS por longos períodos, chegaram as seguintes conclusões:
47% dos pacientes comunicaram que sua dor foi reduzida pela metade, ou mais; 13,7% comunicaram não ter obtido alívio da dor; 15% comunicaram um alívio total da dor; dois terços dos pacientes que comunicaram um fracasso completo, continuaram, apesar disto, a usar TENS diariamente; 25% dos pacientes usavam estimulação direta; o início do alívio da dor ocorreu dentro de meia hora em 75% dos pacientes, e dentro de 1 hora em mais de 95%; 30% dos pacientes ganharam 1 hora de analgesia após a aplicação de TENS; 51% dos pacientes tiveram menos de 30 minutos de analgesia após a aplicação da TENS.
Sendo assim, nada foi relatado sobre diferenças significativas para o alívio da dor
ou para o período de alívio da dor após a utilização da TENS, entre o modo de estimulação
em rajadas ou modo contínuo.
Whutl (2002) indica para os pacientes que apresentam uma hipersensibilidade às
agulhas, uma acupuntura que utilize o lado contralateral, porém, à medida que os
resultados fossem aparecendo poder-se-á, gradualmente, inserir as agulhas, apenas quatro,
nos pontos:
IG – 4; IG – 11;
E – 36;
34
Bp – 6;
R – 3.
Neste caso, a acupuntura deverá ser suave com uma mínima estimulação.
Whutl (2002, p. 449) acrescenta, ainda, que a acupuntura é eficaz para uma série de
condições musculoesqueléticas. No entanto, chama atenção e diz que:
não evita a deteriorização da condição global, nem trata a artrite de forma sistêmica. Nunca deve ser usada como tratamento exclusivo para qualquer condição que não seja a dor musculoesquelética reversível e localizada. É de vital importância que todos os outros tratamentos sejam investigados, que a resposta de forma geral à acupuntura seja estimada em cada paciente, que os exercícios físicos se mantenham constantes e que a assistência, aparelhos e avaliações diárias sejam providenciados quando necessários.
Por outro lado, a utilização da TENS para a fibromialgia é vista, também como uma
terapia que proporciona o alívio da dor, pois esta não será eliminada. Sendo assim, as
expectativas do paciente deverão ser racionalizadas para que o tratamento tenha resultado
satisfatório. Desta forma, os eletrodos (veja a figura abaixo) serão colocados no paciente e
a TENS passará a ser monitorada. Esta deverá ser sempre vista como uma modalidade de
um programa de reabilitação completo para o tratamento da patologia em questão
(FRAMPTON in: BAZIN et al, 1998).
35
Fonte: BAZIN, Sarah et al. Eletroterapia de Clayton. São Paulo: Manole, 1998.
36
CONCLUSÃO
Os portadores da síndrome de fibromialgia apresentam alterações nos níveis de
substâncias que auxiliam na redução da dor, acarretando uma irritação e até mesmo o
afastamento do indivíduo da sua rotina diária, levando – o a procurar um tratamento que
contribua para o alívio da mesma. Desta forma, o portador pode fazer uso de duas técnicas,
que são: a acupuntura e a TENS.
A acupuntura, sendo considerada uma técnica milenar da Medicina Tradicional
Chinesa permite o controle do fluxo de energia dos canais, removendo a desarmonia
proporcionada pelos agentes patogênicos, tais como: o vento, o frio, a umidade, o fogo, a
seca e a canícula que, inclusive, fazem parte das modificações climáticas, causando
diversas patologias, inclusive a patologia em questão.
Já a TENS, que surgiu a partir do trabalho de Melzack e Wall que constituiu,
conforme já dito, na teoria da comporta que explica o controle e a modulação da dor. A
TENS quando utilizada proporciona o alívio sintomático da dor através de uma corrente
analgésica que estimula os nervos periféricos.
Entretanto, vimos no capítulo anterior, que vários artigos falam sobre a utilização
da acupuntura, e da TENS. Mas, em nenhum destes estudos foi realizado uma comparação
entre ambas, ou melhor, nenhum autor selecionou um grupo de pacientes para acupuntura e
outro para TENS para que ao final do período experimental pudesse comparar os
resultados e afirmar qual das duas técnicas de terapia reduz com mais eficácia a dor, que é
o principal sintoma da síndrome da fibromialgia.
37
A ausência desta comparação permite dizer que não há uma discussão entre os
autores apresentados. Sendo assim, as duas técnicas, tanto a acupuntura como a TENS, são
igualmente eficazes para o alívio da dor.
Portanto, a conclusão deste trabalho de pesquisa que era a comparação entre ambas
às técnicas fica em aberto para um posterior estudo.
38
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40
ANEXO 1
A figura abaixo apresenta o mecanismo neurológico da analgesia por acupuntura.
41
ANEXO 2
A Figura abaixo apresenta a inserção da agulha de acupuntura proporcionando um
impulso nervoso.
42