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FICHA CATALOGRÁFICA Sistema de Bibliotecas da UNEB

Biblioteca Edivaldo Machado Boaventura

Semana em Defesa do SUS (2.. : 2017: Salvador, BA) Anais [da] / II Mostra de saúde do distrito sanitário Cabula-

Beiru. Salvador de 21 a 23 de novembro de 2017. -Salvador: Departamento de Ciências da Vida: NUPE, 2017.

112p. Organizadora: Laira Renata Lemos Santos 1. Saúde Pública - SUS. 2. Politica de saúde – Brasil. 3. Pesquisa - Bahia - Congressos. I. Vasconcelos, Fabíola Rios. II. Camelier, Fernanda Warken Rosa. III. Universidade do Estado da Bahia - Congressos.

CDD: 614.120981

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

REITORIA

JOSÉ BITES DE CARVALHO

VICE-REITORIA

CARLA LIANE NASCIMENTO DOS SANTOS

CHEFIA DE GABINETE (CHEGAB)

DAYSE LAGO DE MIRANDA

PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO (PROEX)

MARIA CELESTE DE SOUZA CASTRO

PRÓ-REITORIA DE INFRAESTRUTURA (PROINFRA)

FAUSTO FERREIRA COSTA GUIMARÃES

UNIDADE DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL (UDO)

BENJAMIN RAMOS FILHO

GERÊNCIA DE INFORMÁTICA (GERINF)

BRUNO CÉSAR PEREIRA LEITE

BIBLIOTECA CAMPUS I - SALVADOR

ROBERTO GONÇALVES FREITAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA (DCV)

MARCO ANTÔNIO ARAÚJO SILVANY

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NÚCLEO DE PESQUISA E EXTENSÃO (NUPE-DCV)

ALANA SANTOS RIBEIRO DA SILVA

FABÍOLA RIOS VASCONCELOS

FILIPE MESSIAS NASCIMENTO DOS SANTOS

FERNANDA WARKEN ROSA CAMELIER

LAIRA RENATA LEMOS SANTOS

COORDENAÇÃO DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA – BEIRU (DSCB)

LORENA SENA

COORDENAÇÃO DA II MOSTRA DE SAÚDE DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA –

BEIRU (DSCB)

ROSICLEIDE ARAÚJO FREITAS MACHADO

COORDENAÇÃO DA II SEMANA EM DEFESA DO SUS

MAGNO CONCEIÇÃO DAS MERCÊS

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COMISSÃO ORGANIZADORA

CINARA CÍCERA SALGADO NUNES (DSCB / SMS / PMS)

DANIEL DEIVSON ALVES PORTELLA (DCV / UNEB)

FABÍOLA RIOS VASCONCELOS (DCV / UNEB)

FERNANDA WARKEN ROSA CAMELIER (DCV / UNEB)

GIRLANE BARBOSA FONTES (DCV / UNEB)

HALINE SOUZA ANTUNES (DSCB / SMS / PMS)

LAIRA RENATA LEMOS SANTOS (DCV / UNEB)

MAGNO CONCEIÇÃO DAS MERCÊS (DCV / UNEB)

MÁRCIA CRISTINA GRAÇA MARINHO (DCV / UNEB)

MÁRCIO COSTA DE SOUZA (DCV / UNEB)

MAYARA NOVAIS PEREIRA (DSCB / SMS / PMS)

ROBERTO RODRIGUES BANDEIRA TOSTA MACIEL (DCV / UNEB)

ROSICLEIDE ARAÚJO FREITAS MACHADO (DSCB / SMS / PMS)

SÓSTENES CONCEIÇÃO DOS SANTOS (DCV / UNEB)

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MEMBROS AVALIADORES DE TRABALHOS CIENTÍFICOS / RELATOS DE

EXPERIÊNCIA

ALINA MENDES DE FARIAS LINS (DCV / UNEB)

ANA LUCENA (DSCB / SMS / PMS)

ANDRÉIA ARAÚJO (DSCB / SMS / PMS)

ANDREIA BATISTA (DSCB / SMS / PMS)

AUGUSTO CESAR COSTA CARDOSO (DCV / UNEB)

CAMILA PORTO PESSOA (DSCB / SMS / PMS)

CARLA FONTES (DSCB / SMS / PMS)

CARLA MARIA LIMA SANTOS (DCV / UNEB)

CINARA CÍCERA SALGADO NUNES (DSCB / SMS / PMS)

DAMÁSIA FERNANDES (DSCB / SMS / PMS)

DANIEL DEIVSON ALVES PORTELLA (DCV / UNEB)

ERICA VELASCO (DSCB / SMS / PMS)

FÁBIO RODRIGO SANTANA DOS SANTOS (DCV / UNEB)

GLAUCIA DULTRA (DSCB / SMS / PMS)

HALINE SOUZA ANTUNES (DSCB / SMS / PMS)

IGOR BRASIL DE ARAUJO (DCV / UNEB)

JANINE BARRETO SANTOS RAMOS (DSCB / SMS / PMS)

JEAN FERREIRA (DSCB / SMS / PMS)

JÉSSICA TATIANA PONCE (DSCB / SMS / PMS)

LUCIANA RAMOS SOUZA (DSCB / SMS / PMS)

MAGNO CONCEIÇÃO DAS MERCÊS (DCV / UNEB)

MÁRCIA CRISTINA GRAÇA MARINHO (DCV / UNEB)

MÁRCIO COSTA DE SOUZA (DCV / UNEB)

MARIA TELES (DSCB / SMS / PMS)

MAYARA NOVAIS PEREIRA (DSCB / SMS / PMS)

MIGUEL ANDINO DEPALLENS (DSCB / SMS / PMS)

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MÔNICA BELTRAME (DCV / UNEB)

RENATA SUELLEN NOGUEIRA SANTOS (DSCB / SMS / PMS)

ROBERTO RODRIGUES BANDEIRA TOSTA MACIEL (DCV / UNEB)

ROSICLEIDE ARAÚJO FREITAS MACHADO (DSCB / SMS / PMS)

SHEILA REGINA REIS LOPES SANTOS (DSCB / SMS / PMS)

SILVANA LIMA VIEIRA (DCV / UNEB)

SÓSTENES CONCEIÇÃO DOS SANTOS (DCV / UNEB)

SUELEM MARIA SANTANA PINHEIRO FERREIRA (DCV / UNEB)

SUIANE COSTA FERREIRA (DCV / UNEB)

THADEU BORGES SOUZA SANTOS (DCV / UNEB)

WELDER PINHEIRO (DSCB / SMS / PMS)

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COMISSÃO DE APOIO – ESTUDANTES MONITORES VOLUNTÁRIOS

ADEMÁRIA SILVA ROCHA FIGUEREDO

ALINE MOTA DE SOUZA

AMANDA LESSA DOS SANTOS CERQUEIRA

ANA GABRIELA NASCIMENTO BARBOSA

ANDERSON GONÇALVES FERNANDES

ANDREA DE ASSIS OLIVEIRA

ANDRÉIA DE ARAÚJO GUIMARÃES

BÁRBARA SUELEM SANTANA GONÇALVES SOARES

CAMILA SANTOS OLIVEIRA

CAROLINA SACRAMENTO DE SANTANA

DAIANE DIAS DE JESUS

DRIELEN RAMAIANE MATTOS OLIVEIRA

EMILLY HURBATH DE ALMEIDA

GISELLE DOS SANTOS DE ALMEIDA

GLÍCIA OLIVEIRA SANTOS SILVA

IZABELE MARIA DE BARROS LOBO

JACINÃ SERRA DE FIGUEIREDO CONCEIÇÃO

JAQUELINE ARAÚJO DA SILVA

JULIANA LIMA DE MELO

JULIANA RIBEIRO MAC ALLISTER VIANA

LAIANE PINTO DA SILVA

LARA DE FREITAS CRUZ GUIMARÃES

LEANDRA CARIBÉ NASCIMENTO

LORENA LAÍS SANTOS PEREIRA

LUANA SOUZA SANTOS

MONICA SANTOS DE JESUS

SAMARA OLIVEIRA CARDOSO

TAINARA LOPES TEIXEIRA

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TANNYSE ARIMATEA VIEIRA FIGUEIREDO

VANESSA SILVA SANTOS

VICTÓRIA COSTA FONSECA

VITÓRIA VALÉRIA CRISTO SANTOS

YASMIN PITANGA RODE ROCHA

Universidade do Estado da Bahia (UNEB) Departamento de Ciências da Vida (DCV) Núcleo de Pesquisa e Extensão (NUPE) Distrito Sanitário Cabula – Beiru (DSCB)

ANAIS DA II MOSTRA DE SAÚDE DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA – BEIRU / II SEMANA EM DEFESA DO SUS

Realização:

Apoio:

Universidade do Estado da Bahia - Campus I

Rua Silveira Martins, 2555

Cabula CEP: 41.150-000

Salvador, Bahia

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SUMÁRIO

Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................... 15

G01. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS INTERNAMENTOS POR ACIDENTES DE TRANSPORTE DE UM

HOSPITAL PÚBLICO BAIANO....................................................................................................................... 17

G04. PLANO DE INTEGRAÇÃO ENTRE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NO

DISTRITO SANITÁRIO CABULA/BEIRÚ ........................................................................................................ 18

G05. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE DE 2016, DO DISTRITO SANITÁRIO

CABULA/BEIRÚ: DA BUROCRACIA AO COMPARTILHAMENTO .................................................................. 19

G07. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE RELAÇÃO USUÁRIO-SERVIÇO:

UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA ...................................................... 21

G08. FORMAÇÃO DE UM CONSELHO LOCAL DE SAÚDE: VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM

NO DISTRITO SANITÁRIO CABULA-BEIRÚ/SALVADOR-BA .......................................................................... 23

G09. GERENCIAMENTO DE MATERIAIS E INSUMOS ODONTOLÓGICOS PARA OTIMIZAÇÃO DO CUIDADO

PRESTADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................................................ 24

EIXO TEMÁTICO: ......................................................................................................................................... 25

INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO ............................................................................................................... 25

IES01. CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ACADEMIA, SERVIÇO E COMUNIDADE PARA A

FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA ÁREA DA SAÚDE ..................................................................................... 26

IES 02. MAPEAMENTO TERRITORIAL DO CENTRO DE SAÚDE ARENOSO ................................................... 27

IES 03. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PACIENTES ATENDIDOS NA

ATENÇÃO BÁSICA SOBRE A DOENÇA E SEU TRATAMENTO ................................................................... 28

IES04. APRENDENDO E PROMOVENDO SAÚDE DA CRIANÇA .................................................................... 29

IES05. GRUPO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DA BAHIANA NA UNIDADE BASICA

ANISIO TEIXEIRA - UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR ......................................................................... 30

IES06. SESSÃO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA .................................................. 31

IES07. A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO EM ATIVIDADES EDUCATIVAS COM AGENTES COMUNITÁRIAS

DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .................................................................................................. 32

IES08. ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL .................................................................................. 33

IES09. AÇÕES DE SAÚDE AO ADOLESCENTE NA CASA DE ACOLHIMENTO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO

.................................................................................................................................................................... 34

IES10. OFICINA SOBRE O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE:

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................................................... 35

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IES11. MARGINALIZAÇÃO SOCIAL, ESTIGMA E IDENTIDADE: A EDUCAÇÃO POPULAR COMO ESTRATÉGIA

PARA RESSIGNIFICAÇÃO DE UMA COMUNIDADE PERIFÉRICA .................................................................. 36

IES12. A EXPERIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÇÃO DA ........................................................... 37

TV DO ARÊ .................................................................................................................................................. 37

IES13. RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET GRADUASUS DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE

PÚBLICA EBMSP/SMS SALVADOR .............................................................................................................. 38

IES14. ABORDAGEM NUTRICIONAL NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA: UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM

SAÚDE ........................................................................................................................................................ 39

IES15. “PODE ENTRAR QUE A CASA É SUA”: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SEMANA DO ADOLESCENTE NA

USF ARENOSO EM SALVADOR/BA .............................................................................................................. 40

IES16. PROMOÇÃO DA SAÚDE NO COMBATE À ESQUISTOSSOMOSE NUMA COMUNIDADE DE

SALVADOR- BAHIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................... 41

IES17. EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES: EXPERIÊNCIA NO USO DE METODOLOGIA ATIVA .. 43

IES18. UTILIZAÇÃO DE DINÂMICA LÚDICO-PEDAGÓGICA EM ATIVIDADES COM ADOLESCENTES: UM

RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................ 44

IES19. SAÚDE LGBT NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PROFESSOR GUILHERME RODRIGUES DA SILVA:

DESAFIOS PARA A INTEGRALIDADE ............................................................................................................ 45

IES20. DIALOGANDO SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

COM UM GRUPO DE ADOLESCENTES......................................................................................................... 46

IES21. ATIVIDADE LÚDICA COMO PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA ....... 47

IES22. “QUE MATA ESCURA É ESSA?”: SOBRE A RESSIGNIFICAÇÃO DO BAIRRO DE MATA ESCURA EM

SALVADOR-BAHIA, ATRAVÉS DE VIDEO DOCUMENTÁRIO ......................................................................... 49

IES24. VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DURANTE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM UMA

UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA ............................................................................................................... 50

IES25. GRUPO DE GESTANTES COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................. 52

IES28. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA POPULAÇÃO IDOSA POR GRADUANDOS EM SAÚDE COMO

ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........................................................................ 53

IES30. AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA MULHER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................... 55

IES31. UM OUTRO LUGAR NA CIDADE E O REFLETIR PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ........ 56

IES32. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

.................................................................................................................................................................... 57

IES33. A FORMAÇÃO DE ADOLESCENTES COMO MULTIPLICADORES DE SAÚDE NO PSE: UMA

EXPERIÊNCIA INTEGRADA ENTRE ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE ...................................................... 58

IES35. VIVÊNCIA NO SERVIÇO DE SAÚDE OFERICIDO PELO HEMOBA PARA PESSOAS COM DOENÇA

FALCIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................................................................................... 60

IES37. ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PARA A ADESÃO FARMACOTERAPÊUTICA EM IDOSOS

COM POLIFARMÁCIA .................................................................................................................................. 62

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IES38. RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET GRADUASUS DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE

PÚBLICA EBMSP/SMS SALVADOR .............................................................................................................. 64

IES39. CURSO DE EXTENSÃO PARA FORMAÇÃO DE DENTISTAS PRECEPTORES NO SUS: RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................. 65

IES40. AS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE IDENTIFICADAS NO MAPA DO DISTRITO CABULA BEIRÚ ............ 67

EIXO TEMÁTICO: ......................................................................................................................................... 68

PRÁTICAS EM SAÚDE.................................................................................................................................. 68

PS03. AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS DA DPOC AVALIADOS PELO

QUESTIONÁRIO COPD ASSESSMENT TEST (CAT) ....................................................................................... 69

PS04. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE SALVADOR – BA, NO PERÍODO

DE 2007 A 2016 .......................................................................................................................................... 70

PS06. OFICINAS DE PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO POPULAR E CIENTÍFICO ALIADOS PARA O

USO RACIONAL E SEGURO ......................................................................................................................... 72

PS07. A PRODUÇÃO DO CUIDADO E A FONOAUDIOLOGIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UM ESTUDO

NA REDE PRÓPRIA DO MUNICÍPIO DE SALVADOR ..................................................................................... 74

PS08. OFICINA DO DIA DAS CRIANÇAS NA CASA DE ACOLHIMENTO INFANTIL DO COMPLEXO

PENITENCIÁRIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA .......................................................................................... 76

PS09. RODA DE DIÁLOGO NASF/ACS: PENSANDO JUNTOS O CUIDADO NO TERRITÓRIO ......................... 77

PS10. GRUPO BRINCAÊ: PORQUE BRINCAR É COISA SÉRIA ....................................................................... 78

PS11. SABER ENVELHECER: UMA EXPERIÊNCIA LÚDICA E ARTISTICA NA ATENÇÃO BÁSICA PARA

PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO ............................................................................................... 79

PS14. A VULNERABILIDADE FEMININA EM UM CENTRO OBSTÉTRICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............ 80

PS15. GRUPO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA PACIENTES OBESOS: FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E

PROMOÇÃO DA SAÚDE .............................................................................................................................. 81

PS17. VIVÊNCIA DE DISCENTES EM UMA FEIRA DE SAÚDE DO HOMEM: PATERNIDADE CUIDADORA E

PRÉ-NATAL DO PARCEIRO .......................................................................................................................... 83

PS18. IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO PACIENTE EM SALA DE VACINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

.................................................................................................................................................................... 84

PS19. JOGO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE SEXUALIDADE PARA

ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA ................................................................................................ 85

PS21. RISCO EM REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE EM UNIDADES BÁSICAS DE

SALVADOR, BAHIA ...................................................................................................................................... 86

PS22 - LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE COLETIVA: UM DISPOSITIVO PARA A PRODUÇÃO DO

CONHECIMENTO EM SAÚDE COLETIVA ..................................................................................................... 87

PS23. PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL INFANTIL NA ATENÇÃO BÁSICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA ........ 88

PS24. O TRABALHO DOS AGENTES DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................. 89

PS27. PLANEJAMENTO DA ABORDAGEM E MANEJO DE UM GRUPO DE ENFRENTAMENTO AO

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TABAGISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................... 90

PS29. ENSAIO FOTOGRÁFICO COMO ESTRATÉGIA DE ADESÃO AO GRUPO DE GESTANTES: RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................. 91

PS31. EXTENSÃO ARTE E VIDA E IDOSOS DA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA .............................................................................................................................................. 92

PS34. RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATENDIMENTO NUTRICIONAL COMO ESTRATÉGIA NO TRATAMENTO DA

SÍNDROME METABÓLICA ........................................................................................................................... 94

PS37. OFICINA “RECONHECIMENTO DO CORPO” COMO ESTRATÉGIA PARA TRABALHAR A SEXUALIDADE

DE ADOLESCENTES ..................................................................................................................................... 95

PS38. ESTRATEGIAS EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA DISCENTE .............................................................................................................................. 96

PS39. GRUPO DE TABAGISMO COMO ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO:

RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................ 97

PA40. IMPLANTAÇÃO DE GRUPO DE EMPODERAMENTO FEMININO POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA

FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ............................................................................................................ 98

PS41. Alimentação saudável na terceira idade: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ......................................... 99

PS45. CAMPANHA NACIONAL PELO USO CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

DO MOVIMENTO ESTUDANTIL ................................................................................................................. 100

PS46. COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NO ATENDIMENTO DE HIPERTENSOS E ADESÃO AO TRATAMENTO

MEDICAMENTOSO ................................................................................................................................... 101

PS47. PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS DE JOVENS NEGROS NA PERSPECTIVA DAS TECNOLOGIAS LEVES:

UMA REVISÃO SISTEMÁTICA .................................................................................................................... 102

PS48. GRUPO DE IDOSOS NOVA VIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA............................................................ 103

PS49. ABORDAGEM GRUPAL MULTIDISCIPLINAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADES NO

CUIDADO COM GESTANTES ..................................................................................................................... 104

PS50. INTERAÇÃO FÁRMACOS E NUTRIENTES ......................................................................................... 105

PS51. GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ABORDAGEM

MULTIPROFISSIONAL ............................................................................................................................... 106

PS52. FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM HIPERTENSOS

USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE UM DISTRITO SANITÁRIO DE SALVADOR, BAHIA ....... 107

PS53. BAHIANESCER, A ARTE EM FAZER SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ..................................... 108

PS54. AVALIAÇÃO DE UM GRUPO TERAPÊUTICO COM PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: RELATO DE

EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................ 109

PS55. DISCUTINDO A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO GRUPO DE COMBATE AO TABAGISMO ................ 110

P56. ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL A PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: EXPERIÊNCIA DE

PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA FAMÍLIA ................................................................................................... 111

PS58. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO NA ESF: RELATO DE

EXPERIÊNCIA ............................................................................................................................................ 112

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PS59. ATIVIDADE FÍSICA FUNCIONAL E AUTOCUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO

SAÚDE & ALEGRIA .................................................................................................................................... 113

PS60. CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS COM ALERGIA A

PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) ASSISTIDAS EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE ................................ 114

PS61. O ADOECIMENTO COMO FORMA DE RESSIGNIFICAR A VIDA: UM ESTUDO DE CASO .................. 115

PS62. EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

.................................................................................................................................................................. 116

PS63. A AVALIAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO COMO ESTRATÉGIA PARA ESTIMULAR ADESÃO DE USUÁRIOS À

CONSULTA DE ENFERMAGEM .................................................................................................................. 118

PS64. COENZIMA Q10 E SEUS EFEITOS EM USUÁRIOS DE ESTATINAS .................................................... 119

PS65. AS ATIVIDADES EM GRUPO COMO ESTRATÉGIA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA . 120

PS66. MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COM PROBIÓTICOS E SEUS EFEITOS NA OBESIDADE 121

PS67. NÚCLEO DE ATENDIMENTO VIRTUAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE: UMA POSSIBILIDADE DE

INTERVENÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR .................................................................................................. 122

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APRESENTAÇÃO

A Pró-reitoria de Extensão (PROEX) e o Departamento de Ciências da Vida

(DCV) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em parceria com a Coordenação

do Distrito Sanitário Cabula-Beiru (DSCB) / Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de

Salvador realizaram a II Mostra de Saúde do DSCB e a II Semana em Defesa do SUS,

entre os dias 21 e 23 de novembro de 2017, no Campus I - Salvador da UNEB.

Participaram desse evento, trabalhadores e gestores de saúde do DSCB,

usuários da rede, docentes, discentes e técnico-administrativos do DCV e de outros

Campi e demais Instituições de Ensino (IES) que realizam práticas no DSCB.

O objetivo deste evento foi socializar as experiências do cotidiano dos serviços

e da integração com as atividades e ações de ensino, bem como consolidar o

processo de aprendizagem e ensino com base nas diretrizes preconizadas pelo

Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo um grande espaço de discussão sobre

os processos de trabalho e aprendizagem dentro do sistema de saúde pública.

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16

EIXO TEMÁTICO: GESTÃO

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G01. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS INTERNAMENTOS POR ACIDENTES DE TRANSPORTE DE UM HOSPITAL PÚBLICO BAIANO

Douglas de Souza e Silva, Adriana Ribeiro Oliveira, Daniela Fagundes de Oliveira, Marcela Messeder,

Jéssica Oliveira Lobo e Magno Conceição das Mercês

Palavras-chave: Acidente de trânsito; Hospitalização; Epidemiologia

INTRODUÇÃO

As causas externas de morbimortalidade vêm ocupando lugar de destaques na lista de causa de óbitos no mundo. Há destaques para os acidentes de trânsito que representam uma grande parcela dos casos.

OBJETIVO

Descrever o perfil epidemiológico dos internamentos por acidentes de transporte no Hospital Geral do Estado (HGE), localizado em Salvador, Bahia, no ano de 2016.

METODOLOGIA Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponibilizados eletronicamente no portal eletrônico do Departamento de Informática do SUS. Foram incluídos os internamentos segundo a Classificação Internacional de Doenças, com o grupo de causas compreendidas com o código V01 a V99. Utilizaram-se as variáveis para análise: sexo, faixa etária, raça/cor e óbitos. Os dados foram tabulados e analisados com o Microsoft Office Excel, com cálculos das frequências absolutas e relativas. Por se tratar de um estudo de dados secundários e domínio público, dispensa-se a apreciação do Comitê de Ética.

RESULTADOS

No período analisado ocorreram 2.103 internações decorrentes de acidentes de transporte. Destes, 86,1% foram do sexo masculino e 13,9% do feminino.

Verificou-se que a maior concentração de internamentos foi de adultos jovens de 20 a 49 anos, correspondendo a 70,8%. 99,5% dos dados referentes à raça/cor foram ignorados, o que impossibilita levantamentos de hipóteses. Em relação aos grupos de causas, 26% dos internamentos acometeram pedestres, 9,3% foram de ocupantes de automóvel e 64,6% motociclistas. 2,6% dos casos evoluíram para óbito, destes 51,8% envolveram motociclistas, 37,5% pedestres e 10,7% ocupantes de automóvel.

CONCLUSÃO

Nota-se que o perfil analisado foi constituído em sua maioria por homens, adultos jovens, e acidentes envolvendo motociclistas, sendo esta causa com a maior mortalidade. Salienta-se que medidas preventivas e de promoção da saúde poderiam ajudar na redução dos índices de morbimortalidade, uma vez que iniciativas nesse aspecto proporcionariam gastos menores para o setor público. Sabe-se que esses acidentes causam vários problemas sociais e econômicos sendo os responsáveis por muitas mortes e traumas de toda natureza, fragilizando e incapacitando pessoas, salientando a sobrecarga nos atendimentos do Sistema único de Saúde.

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G04. PLANO DE INTEGRAÇÃO ENTRE VIGILÂNCIA EM SAÚDE E ATENÇÃO BÁSICA: EXPERIÊNCIA NO DISTRITO SANITÁRIO CABULA/BEIRÚ

Maria Gabriele de Almeida Dantas, Juliete Sales Martins, Raísa Santos de

Sousa, Liliana Santos

Palavras-chave: Atenção básica; Vigilância em saúde; Gestão em saúde

INTRODUÇÃO

A integração das ações de Vigilância

em Saúde e da Atenção Básica se

configura como um desafio para

Saúde Coletiva. Tendo em vista que

as ações desenvolvidas pelas áreas

se assemelham, com relação ao

controle e vigilância das doenças

transmissíveis e não transmissíveis, é

relevante entender que ambas podem

trabalhar no mesmo território,

incorporando essa prática no cotidiano

dos serviços de saúde.

OBJETIVO

A atividade teve como objetivo

implantar o Plano de Integração entre

a Vigilância em Saúde e Atenção

Básica no Distrito Sanitário

Cabula/Beirú, Salvador- BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O cenário da experiência das

residentes em Saúde Coletiva, com

ênfase em Planejamento e Gestão

em Saúde (ISC/UFBA) foi o Distrito

Sanitário Cabula/Beirú, no período de

maio a dezembro de 2016. Optou-se

assim, por construir um processo

participativo, envolvendo a equipe

distrital e os profissionais das

unidades de saúde. Foram realizadas

quatro oficinas ampliadas e visitas as

unidades de saúde, para viabilizar a

implantação do Plano de Integração

entre a Vigilância em Saúde e

Atenção Básica, utilizando

ferramentas de planejamento e

gestão, como a Árvore de Problemas

e Matriz de Priorização de Problema

de Saúde. Nas três primeiras oficinas

ocorreu a discussão do conceito de

vigilância em saúde e atenção básica;

definição de diretrizes para o plano e

eleição do problema de saúde do

território, respectivamente. Para a

escolha do problema utilizou-se a

Matriz de Priorização de Problema de

Saúde, sendo eleita a sífilis. Após

escolha da temática a ser trabalhada,

foram realizadas visitas a 18 unidades

de saúde do território. Na quarta

oficina ocorreu avaliação de todo

processo e socialização das ações

planejadas, expondo o andamento de

cada atividade, bem como as

facilidades e dificuldades.

Construção da árvore de problema,

identificando as causas e

consequências da sífilis,

planejamento das ações para

enfrentamento integrando Vigilância

em Saúde e Atenção Básica nas

unidades de saúde visitadas e

possibilitar integração entre as

equipes de saúde do distrito.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Desenhar possibilidades para

integração entre Vigilância em Saúde

e Atenção Básica no distrito sanitário

foi bastante desafiador e gratificante.

A construção a partir das demandas

dos profissionais, fez com que eles se

reconhecessem como parte do

planejamento e valorizados, não

apenas como executores, tornando o

processo trabalho menos burocrático.

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G05. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE SAÚDE DE 2016, DO DISTRITO SANITÁRIO CABULA/BEIRÚ: DA BUROCRACIA AO COMPARTILHAMENTO

Juliete Sales Martins, Maria Gabriele de Almeida Dantas, Raísa Santos de

Sousa, Liliana Santos

Palavras-chave: Avaliação em saúde; Planejamento em saúde; Gestão em saúde

INTRODUÇÃO

A avaliação se caracteriza pelo

julgamento sobre uma intervenção,

auxiliando a tomada de decisão. No

campo da saúde avaliar tem sido um

processo constante e relevante para

o estabelecimento de políticas e

programas sociais.

OBJETIVO

Promover momento de avaliação das

ações de saúde, desenvolvidas em

2016, no Distrito Sanitário

Cabula/Beirú; identificar as ações

de saúde priorizadas em 2016;

subsidiar o planejamento das ações

de saúde do distrito sanitário para

2017.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Para o processo de avaliação foram

realizadas oficinas, buscando a

contribuição de vários atores para

tornar o resultado da avaliação

condizente com a realidade. Utilizou-

se o Plano Operativo Anual 2016 e

os Relatórios Quadrimestrais,

ferramentas de gestão importantes

no planejamento e monitoramento

das atividades. Foram realizadas três

oficinas. Na primeira, reuniu-se três

distritos sanitários, o próprio

Cabula/Beirú, Liberdade e Pau da

Lima, onde foi estabelecida, com

base na troca de ideias, a

metodologia de avaliação mais

adequada e que contemplasse todos

os atores envolvidos. Nas seguintes,

o público alvo foram os gerentes das

unidades de saúde, bem como a

equipe distrital do Cabula/Beirú.

Houve esclarecimento sobre as

principais ferramentas de gestão,

além da apresentação do novo

Relatório Quadrimestral. Já na

última, com o público alvo anterior

somado aos profissionais de saúde

das unidades, ocorreu a avaliação,

propriamente dita, das ações de

saúde contidas no Plano Operativo

Anual, com a verificação das

atividades priorizadas e das

facilidades e dificuldades

enfrentadas.

No geral as atividades priorizadas

pelas unidades de saúde foram as

mesmas. Houveram semelhanças

também, nas facilidades e

dificuldades enfrentadas, muito

relacionadas à infraestrutura,

recursos humanos e processo de

trabalho. Além de avaliar o ano de

2016, o processo subsidiou a

programação de

2017, tornando as atividades de

planejamento e gestão mais

condizentes com a realidade do

distrito sanitário.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A identificação das atividades

priorizadas apontou para a

necessidade de se analisar

profundamente o motivo de tantas

outras não serem e também as

saídas para potencializar as

facilidades e minimizar as

dificuldades. Foi muito gratificante e

importante para a formação das

residentes em planejamento

contribuir para um processo de

avaliação menos burocrático e com a

participação dos profissionais, que

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verdadeiramente desenvolvem as

ações no território.

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G07. TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA DE RELAÇÃO USUÁRIO-SERVIÇO: UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO NA UNIDADE DE

SAÚDE DA FAMÍLIA

George da Silva Pereira, Alice Mayra Santiago Amaral, Greice Almeida Conceição dos Santos, Isabele dos Santos Dantas, Juliana Barbosa dos Santos, Marinalva Silva Souza Moura, Welder

Pinheiro Araújo, Thadeu Borges Souza Santos

Palavras-chave: Gestão em saúde; Atenção primária à saúde; Projetos de tecnologias de informação e comunicação

INTRODUÇÃO

A comunicação em saúde tem se constituído como relevante nas interações entre profissionais e usuários, com peculiar problematização quando se analisa a relação usuário-serviço. Na gestão das Unidades de Saúde da Família (USF), um dos aspectos que podem ser considerados são os agendamentos de consultas e atividades da equipe de multidisciplinar, pois podem sofrer desprogramações das agendas típicas. De certo modo, as Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde (TICS) podem ser importantes ferramenta de relação entre os usuário-serviço por manterem um canal ativo de comunicação efetiva e fortalecimento do vínculo entre usuários e USF. Desse modo, objetiva-se apresentar de implementação da estratégia de TICS em USF do Distrito Sanitário Cabula-Beirú de Salvador-Bahia.

METODOLOGIA

Trata-se de um relato de experiência sobre intervenção de estratégia de Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS), afim de favorecimento da relação usuário-serviço. Inicialmente, realizou-se levantamento de problemas, priorização e desenvolvimento de estratégia de fortalecimento da relação usuário-serviço e implementação de TICS USF Dr. Xxxx.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O PPLS se iniciou com estratégia de levantamento de problemas de gestão junto aos profissionais de saúde e usuários da USF Professor Humberto Castro Lima, entre agosto e setembro de 2017. Dentre os problemas diagnosticados, o que apresentou maior sinalização de relevância foi a falha na comunicação unidade-usuário, principalmente quanto aos agendamentos, cancelamentos e necessidade de remarcações na agenda típica das equipes. A situação se justificava pelo fato da USF não possuir canal de comunicação com o usuário além de pessoalmente através do Serviço de Atendimento Médico e Estatístico (SAME). Fato que prejudicava o conhecimento das atividades desenvolvidas pela USF e fragilizava a relação usuário-serviço. Dessa forma, planejou-se estratégia de adoção de aplicativo gratuito de mensagens instantâneas denominado Telegram, analisada condições de viabilidade com a disponibilidade de tecnologia necessária, responsabilização de profissional da equipe do SAME para alimentação dos comunicados institucionais e sensibilização dos profissionais de saúde das quatro equipes da USF. Assim foram realizadas reuniões com todos os profissionais da USF, oficinas práticas para o uso do aplicativo, bem como sala de espera com o usuário para adoção do aplicativo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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A estratégia de implementação de TICS correspondeu as expectativas iniciais do PPLS, pois encontrou condições de viabilidade tecnológica, responsabilização do SAME na comunicação institucional e acolhimento da equipe de profissionais da USF. Aponta-se que o processo de implantação da ferramenta foi bem sucedida. A facilidade de implementação dessa estratégia permite que os benefícios provenientes desse recurso tecnológico sejam facilmente

adequados e reproduzidos dentro de outras USF que tenham um diagnóstico situacional de saúde semelhante. E é imprescindível envolvimento de toda a equipe de saúde da família. Todavia, exige-se maiores esforços para sensibilização de usuários. Eles são os principais beneficiários da estratégia e muitos já possuem smatphones compatíveis com o aplicativo. Todavia, culturalmente, apresentam certa resistência à interface virtual de relação com a USF.

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G08. FORMAÇÃO DE UM CONSELHO LOCAL DE SAÚDE: VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO DISTRITO SANITÁRIO CABULA-

BEIRÚ/SALVADOR-BA

Romeu Santana Borges, Anaíra de Jesus Affe, Flávia Fernanda Santana Nascimento, Cleidiane dos Anjos Novaes, Jórdan Santos de Jesus, Helen Cristina da Silva Paes, Carolina Pedroza de

Carvalho Garcia, Laio Magno Santos de Sousa

Palavras-chave: Conselhos de saúde; Gestão em saúde; Políticas de controle social

INTRODUÇÃO

Os Conselhos Locais de Saúde (CLS) são órgãos colegiados deliberativos de caráter permanente, têm como funções: formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução das políticas de saúde, incluindo os aspectos financeiros inerentes a estas. Possuem, ainda, papel fundamental na busca por constantes melhorias (sociais, educacionais, culturais, etc) para a comunidade. Os CLS são componentes estratégicos da gestão participativa, têm o poder de aproximar a comunidade da dinâmica dos serviços da Unidade de Saúde da Família (USF) por meio da interação desta com as organizações sociais do bairro. Nesta integração, descentraliza-se a gestão das ações de saúde, consolidando um dos pilares do Sistema Único de Saúde (SUS), o controle social.

OBJETIVO

Relatar as vivências de acadêmicos de enfermagem no processo de formação de um CLS.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Em agosto de 2017 iniciaram as atividades da componente curricular Estágio Supervisionado na Atenção Básica do curso de Enfermagem da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). O estágio acontece em uma USF, em atividade há 11 anos, no Distrito Sanitário Cabula-Beirú, e prestadora dos serviços de promoção, prevenção, recuperação da saúde e redução de agravos conforme a Política Nacional de

Atenção Básica. Dentre nossas atividades estava a de elaborar um Planejamento e Programação Local em Saúde (PPLS). Na análise situacional do PPLS, identificamos a ausência do CLS no território. A partir desta constatação, iniciou-se um processo de mobilização de representantes da comunidade e da população local para a formação desse conselho. O maior desafio foi a exigência burocrática de documentação das entidades representativas da comunidade (CNPJ, ata da última eleição da diretoria, ata da última reunião com indicação do representante da entidade e cópias de projetos executados na comunidade). Avaliamos esta exigência como uma barreira imposta à criação de novos CLS. Apesar disso, foi possível mobilizar e reunir cinco entidades do bairro para eleição do CLS, juntamente com representantes dos profissionais de saúde e da gestão do território.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação do CLS tem ganhado força com a adesão das entidades representativas e melhor compreensão (sensibilização) da importância que têm a participação popular na gestão em saúde, tanto pelos potenciais conselheiros, como por membros da comunidade, e também pela gestão e profissionais da unidade, assim como para nós estudantes de enfermagem da UNEB.

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G09. GERENCIAMENTO DE MATERIAIS E INSUMOS ODONTOLÓGICOS PARA OTIMIZAÇÃO DO CUIDADO PRESTADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Talita Ramires Henriques, Suelí de Santana, Ana Caroline de Marino, Mário Antônio Valença Bove, Cinara Cícera Salgado Nunes, Valnice Machado Menezes, Joana Angélica dos Santos

Lourido, Daiani Reis

Palavras-chave: Gerenciamento; Saúde bucal; Educação permanente

INTRODUÇÃO

Em uma Unidade de Saúde a gestão de materiais em estoque tem um papel estratégico para o bom funcionamento e organização dos serviços e faz parte das atribuições dos profissionais de saúde realiza-lo. Estoques constituem todos os bens e materiais que ficam mantidos para suprir demandas futuras, de modo que, gerir de forma eficiente pode gerar resultados significativos, otimizando a redução de custos e disponibilidade dos produtos. O controle inadequado de entrada e saída de materiais no almoxarifado poderá causar insuficiência de recursos para o serviço, o que irá refletir na diminuição do atendimento aos usuários. Utilizando a estratégia da Educação Permanente, foi proposto fazer discussões e buscar caminhos para melhoria do controle de insumos e reorganização da logística de trabalho.

OBJETIVO Esse trabalho objetiva relatar a reestruturação do gerenciamento de insumos odontológicos em estoque no almoxarifado e nos consultórios de uma Unidade de Saúde da Família (USF).

RELATO DE EXPERIÊNCIA A organização dos insumos odontológicos foi sugerida pelos cirurgiões-dentistas e pessoal técnico auxiliar da Unidade para a cirurgiã-dentista da Residência Multi-

profissional da Universidade Estadual da Bahia, em uma USF no Distrito Sanitário Cabula-Beirú em Salvador/BA. Foi realizada sessão temática com a Equipe de Saúde Bucal (ESB) para sensibilização sobre a importância de gerir materiais em estoques, e um plano de ação foi traçado: criação do banco de dados dos insumos com suas respectivas datas de vencimento e lote, fluxograma de entrada e saída de materiais, e tabela com divisão de equipe responsável por alimentar o banco de dados e solicitar novos materiais mensalmente. Há cerca de um mês as ações foram colocadas em prática, necessitando de um maior tempo para avaliação da sua efetividade. Porém, já é possível visualizar melhoria na organização dos insumos, como o controle da validade e da quantidade de materiais odontológicos disponíveis no almoxarifado e nos consultórios. Com o monitoramento mais efetivo dos recursos odontológicos da Unidade, espera-se garantir o correto aproveitamento dos materiais de forma que impacte na redução de custos e otimização do serviço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O envolvimento dos profissionais na administração de insumos contribui, com a melhoria da qualidade assistencial, reforçando a importância do cumprimento desta atribuição.

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EIXO TEMÁTICO:

INTEGRAÇÃO ENSINO E SERVIÇO

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IES01. CONTRIBUIÇÃO DO PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO ACADEMIA, SERVIÇO E COMUNIDADE PARA A FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA ÁREA DA SAÚDE

Marcelo Peixoto Souza, Marcio Costa de Souza, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta Maciel Palavras-chave: Relações interprofissionais; Saúde; Ensino; Competência profissional

INTRODUÇÃO A implantação do componente curricular Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade (PIASC) nos cursos de saúde do Departamento Ciências da Vida (DCV) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) concorre para atender as dimensões da saúde preconizadas pelo SUS. De caráter transversal, interdisciplinar e interprofissional, o PIASC dialoga com o princípio da Integralidade entre os campos da Saúde e da Educação, preconizado pelo SUS, para promover uma formação mais humanizada dos profissionais de saúde.

OBJETIVO O objetivo desta pesquisa é investigar a contribuição do PIASC na formação profissional e desenvolvimento pessoal dos estudantes da área de saúde.

METODOLOGIA Para tanto, a pesquisa qualitativa se revelou como abordagem mais apropriada, tendo na técnica da entrevista do tipo semiestruturada seu principal delineamento metodológico. Participaram voluntariamente cinco professores do componente curricular PIASC. Os dados obtidos por meio da entrevista foram tratados por meio da análise de conteúdo do tipo temática. O projeto obteve aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UNEB, sob o protocolo 1.332.879, nº CAAE: 44813115.7.0000.0057. Os resultados revelaram que o PIASC contribui para o desenvolvimento

pessoal e da consciência social dos estudantes, bem como na formação de competências, atitudes e valores. As competências mais valorizadas para a formação profissional foram as que estão envolvidas com a humanização e a ética do trabalho em saúde, especialmente no que concerne ao diálogo, ao cuidado, ao respeito ao outro e à solidariedade; a interprofissionalidade como aspecto fundamental que orienta os distintos profissionais através da integração de saberes e da colaboração; e a Educação Permanente em Saúde.

CONCLUSÃO A conclusão aponta que o PIASC é um espaço fundamental para a formação dos futuros profissionais de saúde por possibilitar a inserção dos estudantes dos cursos de saúde na realidade social e em contato com os problemas e desafios do sistema público de saúde nos semestres iniciais dos cursos, oportunizando aos estudantes atribuírem sentido aos pressupostos da Saúde Coletiva e do SUS. Esta ação contribui para a constituição, desde o início do curso, de aspectos importantes da identidade do profissional da área de saúde, quais sejam o compromisso social, a postura humanista e sensível frente às condições dos usuários do Sistema Único de Saúde, e sua implicação com a busca de soluções para os problemas trazidos.

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IES 02. MAPEAMENTO TERRITORIAL DO CENTRO DE SAÚDE ARENOSO

Fábio Simões Hafner Nascimento, Clara Dominguez da Silva, Rayanderson Nunes da Gama,

William de Oliveira Silva Cerqueira, Elza Souza Pereira Conceição, Maria Célia Santos da Silva, Silvia Regina Silva Reis, Miguel Andino Depallens

Palavras-chave: Atenção primária à saúde; Medicina de família e Comunidade; Mapeamento

geográfico

INTRODUÇÃO

Em um contexto de mudança de

modelo de atenção, a Unidade

Básica de Saúde (UBS) do Arenoso

passará a funcionar como uma

Unidade de Saúde da Família após

a reforma iminente. A população da

área adscrita representa

aproximadamente treze a quinze

mil habitantes e durante os últimos

anos, a UBS funcionou sempre

com uma equipe restrita onde se

agregaram recentemente três

agentes comunitárias de saúde

(ACS). Neste processo de

transição, as reuniões de equipe

evidenciaram a ausência de um

mapa preciso do território adscrito à

instituição, dificultando o processo

de trabalho das ACS, bem como do

resto da equipe. Os internos da

Universidade do Estado da Bahia

(UNEB) escolheram junto com a

equipe de realizar o mapeamento

da área como projeto de

intervenção durante o estágio em

medicina de família e comunidade.

OBJETIVO

Mapear o território adscrito da UBS

Arenoso, identificando travessas

não registradas, locais- chave para

comunidade e lideranças

comunitárias

RELATO DE EXPERIÊNCIA Foram realizadas visitas

domiciliares em todo território

adscrito à UBS por internos do

curso de medicina da UNEB

acompanhados pelas ACS da

equipe durante os meses de

fevereiro e março de 2017. O

aplicativo Google Maps® foi

utilizado como base para desenhar

o esboço do mapa. Creches,

escolas, estabelecimentos

comerciais e religiosos, ruas e

outras construções inexistentes no

banco de dados foram

acrescentados, nomeados com a

ajuda dos moradores da

comunidade e destacados no

mapa.

O material resultante dos dados

coletados foi impresso em grande

formato (100x100cm) e doado à

UBS para ajudar a equipe no seu

processo de territorialização e

planejamento das ações.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No âmbito do estágio em medicina

de família e comunidade, o projeto

de intervenção facilitou a

integração dos internos na equipe

de saúde. Além disso, o

mapeamento demonstrou ser uma

ferramenta importante no

reconhecimento do território e

tornou possível a identificação de

locais-chave e de lideranças

comunitárias comprometidas com

o estado de saúde dos moradores.

Espera-se que o trabalho

contribua para a realização de

ações de promoção e prevenção

à saúde na comunidade.

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IES 03. HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PACIENTES ATENDIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA SOBRE A DOENÇA E SEU

TRATAMENTO

Sabrina Nogueira Brito, Helena Maria Silveira Fraga-Maia

Palavras-chave: Hipertensão; Estratégia Saúde da Família; Atenção primária à saúde; Rede

social

INTRODUÇÃO

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível tida como o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e é considerada um problema de grande relevância para a saúde pública. Fatores como conhecimento dos hipertensos acerca da sua condição, concepções de saúde-doença e redes sociais, a exemplo do vínculo com a família e a equipe de saúde, influenciam diretamente na adesão ao tratamento, que é de suma importância devido à cronicidade da doença. As Representações Sociais (RS) têm sido abordadas em estudos que buscam entender a relação do aspecto cultural e psicossocial com o modo de enfrentamento de portadores de HAS, justificando e orientando suas atitudes e expectativas frente a sua condição.

OBJETIVO

Conhecer RS de pacientes com HAS acerca do tratamento, da adesão terapêutica e dos fatores de risco para agravos decorrentes desta patologia.

METODOLOGIA

Realizou-se uma pesquisa qualitativa com hipertensos que estivessem frequentando ou buscando atendimento em uma Unidade de Saúde da Família na cidade de Salvador-BA. Foram incluídos aqueles que se encontravam nas unidades no período da coleta de dados e que se disponibilizaram a participar e assinar o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido. Foram excluídos os que interromperam a entrevista e não prosseguiram na pesquisa. As entrevistas foram guiadas por um roteiro semiestruturado no período de agosto a novembro de 2013 e foram gravadas em um dispositivo e transcritas ipsis litteris. Para a análise optou-se pela perspectiva de Minayo que envolve a organização dos dados em três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final, possibilitando a determinação de categorias priori e êmicas. O projeto de pesquisa foi aprovado pela Plataforma Brasil/ CEP UNEB (Parecer n 241.434/2013) e financiado pelo PRO Saúde/PET-Saúde 2012.

RESULTADOS

Participaram do estudo 18 informantes-chave com idades variando de 32 a 72 anos. Estes relataram dificuldades diante da necessidade da ingestão diária de medicamentos e da adoção de hábitos de vida saudáveis, sugerindo divergências entre o senso comum e o conhecimento técnico. Perceberam-se também as múltiplas influências das crenças individuais e das redes sociais na adesão ao tratamento.

CONCLUSÃO As RS dos hipertensos interferem diretamente em sua percepção sobre a doença, guiando-os em suas condutas de saúde. Conhecer as RS de hipertenso contribui para a integralidade do cuidado para esta população.

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IES04. APRENDENDO E PROMOVENDO SAÚDE DA CRIANÇA

Hermila Tavares Vilar Guedes, Edazima Ferrari Bulhões, Taís Coutinho dos Santos

Palavras-chave: Puericultura; Pediatria; Educação médica

INTRODUÇÃO

A área de Pediatria do Curso de Medicina da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) encontrou dificuldades para levar os estudantes às Unidades Básicas de Saúde existentes. Foi então necessário criar um espaço, no campus universitário, onde as atividades docente-assistenciais nesta especialidade pudessem desenvolver-se.

OBJETIVO

Apresentar a experiência do Ambulatório Docente-Assistencial de Pediatria do Curso de Medicina do Departamento de Ciências da Vida - UNEB, o qual visa oferecer à comunidade atendimento e acompanhamento de qualidade em Pediatria e Puericultura, proporcionando, aos estudantes, a oportunidade de vivenciar a promoção da saúde, a prevenção e o tratamento de agravos na faixa etária pediátrica, buscando conhecer a realidade de saúde dos pequenos cidadãos e suas famílias e colaborando para incrementar sua qualidade de vida.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Nesses seis meses de atuação, iniciamos atendendo no Serviço Médico-UNEB, enquanto o espaço físico próprio era readequado. Em agosto passamos a atuar no novo espaço, com três salas e quatro áreas de atendimento, onde há todo o material necessário para realizar consulta pediátrica completa. Os

atendimentos ocorrem com agendamento telefônico, já que, para assegurar a qualidade do atendimento às crianças e o aprendizado adequado dos estudantes se faz necessário que a duração da consulta permita colher adequadamente a história, realizar exame físico completo, orientar e pactuar as condutas diagnóstica e terapêutica com o responsável (e, quando possível, com a criança), além de responder a possíveis dúvidas, tanto de familiares e crianças, quanto dos estudantes. Periodicamente, são desenvolvidas atividades práticas que envolvem as crianças, os pais, os estudantes e os docentes responsáveis; como oficinas (de culinária saudável para crianças; de massagem relaxante para bebês, etc). Até o momento, temos ouvido, informalmente, opiniões estimuladoras de responsáveis por nossas crianças, a respeito do serviço. Há uma turma preparando um instrumento para coletar a avaliação da comunidade, além de sugestões para temas de rodas de conversa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esperamos, com esse relato, divulgar nosso trabalho e incentivar a qualificação da assistência integral à saúde da criança em nosso Distrito Sanitário. Em médio prazo, estamos buscando ampliar nossos horários de atendimento e promover novas atividades educativas para a comunidade, intra e extra campus.

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IES05. GRUPO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES DA BAHIANA NA UNIDADE BASICA ANISIO TEIXEIRA - UMA EXPERIÊNCIA INTERDISCIPLINAR

Renata Rosegini

Palavras-chave: Medicina integrativa; Educação em saúde; Extensão universitária

INTRODUÇÃO

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPICS) traz como diretrizes a estruturação e fortalecimento da atenção em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) no SUS, mas também a divulgação e informação dos conhecimentos básicos das PICS para profissionais de saúde, gestores e usuários do SUS.

OBJETIVO Este trabalho visa relatar a experiência do Grupo de PICS da disciplina Prática Interprofissional em Saúde da BAHIANA, praticada desde agosto de 2016 na UBS Saboeiro, Salvador/BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As atividades incluem a divulgação das práticas incluídas na PNPICs para usuários, profissionais da UBS e estudantes. Tal componente de ensino e extensão e envolve professores e estudantes dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Odontologia e Psicologia da BAHIANA através de ações interdisciplinares de educação em saúde na comunidade. As atividades incluem encontros de integração entre os estudantes, visita ao campo para estudo do território e ações de educação em saúde na sala de espera da UBS. Através de oficinas, o grupo apresenta as Práticas Integrativas à população, resgatando os saberes das práticas tradicionais, trocam

ensinamentos sobre Medicina Tradicional Chinesa e Ayurveda, técnicas de respiração, meditação e relaxamento, fitoterapia, aromaterapia e termalismo, práticas corporais como o Qi Gong, Lian Gong e Yoga, bem como oficinas de massoterapia, automassagem e palestras sobre a Medicina Antroposófica e Homeopatia. Este trabalho desperta no estudante o interesse e o conhecimento para um novo modelo de cuidado, baseado em práticas tradicionais visando evidenciar o cuidado integral, contínuo e humanizado destas. No início, os estudantes mostram-se inseguros, principalmente pela falta de domínio do tema e de dificuldades em lidar com imprevistos, mas com o tempo aprendem a ser mais flexíveis e a resolver com mais facilidade os problemas. Tanto a população usuária da UBS quanto os profissionais de saúde mostram desconhecimento e surpresa diante das práticas apresentadas, aderem às atividades propostas e até retornam à UBS para continuar participando do grupo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É possível perceber que a implementação da PNPICs deve ser necessariamente acompanhada pela sensibilização

dos gestores, dos profissionais de saúde e dos usuários, bem como dos estudantes, futuros profissionais de saúde, desde o início da sua formação.

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IES06. SESSÃO INTERDISCIPLINAR EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lana Correia Gomes, Alizangela de Jesus Santos, Ana Maria Cruz Santos, Carolina Dias da Silva, Cristiane Lopes Santos, Haline Antunes, Raphael Santos Sande

Palavras-chave: Comunicação interdisciplinar; Assistência à saúde; Integração docente-

assistencial

INTRODUÇÃO A interdisciplinaridade é uma relação entre duas ou mais disciplinas que promove aprendizagem, mudança e interdependência. O saber interdisciplinar propicia ao profissional de saúde condições de analisar o indivíduo de forma integral e não limitada às especificidades.

OBJETIVO Relatar a experiência vivenciada pelos discentes dos cursos de enfermagem e odontologia em sessão interdisciplinar.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A sessão interdisciplinar ocorreu em uma Unidade de Atenção Primária com Estratégia de Saúde da Família do Distrito Cabula/Beiru em 19 de setembro de 2017. Participaram dessa vivência discentes da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, docente de enfermagem, odontóloga, auxiliar de saúde bucal e médica do serviço. Essa experiência proporcionou ao grupo troca de saberes inerentes a odontologia a partir do embasamento científico, permitindo assim, discussão de temas que por vezes passam despercebidos entre as categorias de enfermagem e medicina. A discussão foi sobre a relação entre a saúde bucal e os agravos mais prevalentes (hipertensão e diabetes) e sobre a importância do cuidado em saúde bucal nos

diferentes ciclos de vida. A sessão permitiu a reflexão dos discentes quanto às suas práticas no cotidiano da assistência com olhar ampliado ao usuário e fortalecimento da integração entre os diferentes atores envolvidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Participar de atividades interdisciplinares possibilita a troca de conhecimento e o compartilhamento de vivências enriquecedoras, sendo fundamental para o estreitamento de laços entre a equipe multiprofissional e os discentes de diversos cursos no âmbito da saúde, promovendo assim, discussões a respeito de novas práticas em prol de melhor qualidade no atendimento prestado aos usuários que buscam os serviços. Cabe ressaltar a importância da implementação de ações que promovam a interdisciplinaridade ainda na academia contribuindo de forma positiva para formação dos futuros profissionais.

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IES07. A INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO EM ATIVIDADES EDUCATIVAS COM AGENTES COMUNITÁRIAS DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Theresa Cristina Pinheiro Santos, Deise Mota Batista, Erica Simões Aguiar, Jéssica Rodrigues Batista, Marilda Bispo da Conceição dos Anjos, Mirele Lemos Cafezeiro de

Carvalho, Mariana Nossa Aragão

Palavras-chave: Agentes comunitários de saúde; Educação em saúde; Atenção primária à saúde

INTRODUÇÃO

Pensando na integração ensino-serviço como uma relação de simbiose entre as instituições de ensino superior e os campos de prática, o vínculo articulado e integrado entre os discentes e os trabalhadores do serviço se mostra como importante fator para a melhoria da qualidade na atenção prestada, do crescimento profissional e aperfeiçoamento das competências na formação acadêmica. Diante disso, percebeu-se a necessidade de aprimoramento do conhecimento acerca de temas de relevância para a saúde pública no cotidiano de trabalho das Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), compreendendo a importância do papel desses profissionais na realização de atividades que promovem saúde e previnem doenças/agravos. Aliado a isso, identificou-se a necessidade da realização de ações educativas que tornam-se prioritárias na sua atuação profissional.

OBJETIVO Relatar a vivência de acadêmicas de enfermagem na realização de rodas de conversa com as ACS de uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Salvador-Ba.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As discentes do Curso de Enfermagem da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública planejaram e realizaram rodas de conversa – de 27 de Setembro a 22 de Novembro de 2017 - com as ACS da USF Prof. Dr. Carlos

Santana – Doron, a partir dos temas elencados por elas como prioritários. Utilizou-se metodologias ativas de ensino-aprendizagem a exemplo de cartazes interativos, cine-viagem e jogos educativos. A escolha destes métodos se deu pelo seu modo problematizador, tendo o profissional como sujeito ativo do processo de aprendizagem. A partir de uma ficha de avaliação qualitativa, estimou-se o grau de satisfação acerca das atividades realizadas e os resultados encontrados mostraram grande adesão e satisfação dos profissionais com a metodologia e conteúdos abordados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS As rodas de conversa constituem um importante fator de integração entre as estudantes com as ACS favorecendo a quebra da dicotomia entre teoria e prática, além de proporcionar um momento de troca de saberes. Uma das atribuições das Enfermeiras na Atenção Básica é a realização de atividades de educação permanente com a equipe de saúde. Desta forma, as atividades educativas realizadas objetivaram um melhor entendimento acerca dos temas necessários a sua práxis, tornando-as profissionais cada vez mais integradas, capacitadas e comprometidas com a promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos na comunidade.

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IES08. ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL

Lenina Damasceno Costa, Bruna Santos de Oliveira, Helena Pataro, Jessica Tatiana Ponce,

Patrícia Sodré Araújo

Palavras-chave: Atenção básica; Assistência farmacêutica; Atenção farmacêutica

INTRODUÇÃO

A Assistência Farmacêutica no Brasil é considerada por muitos setores como apenas um sistema logístico ou de apoio, e não como integrante do conjunto de ações e de serviços do SUS. No entanto a atuação do farmacêutico na Atenção Básica (AB), especialmente no Núcleo de Apoio da Saúde da Família, envolve ações de apoio matricial: clínico-assistencial e a técnico-pedagógica. O trabalho farmacêutico na AB inclui também ações clínicas relacionadas ao cuidado farmacêutico e também ações que atendem, mais diretamente, às necessidades das equipes, por meio de educação permanente e outras ações coletivas, visando o cuidado integral dos usuários e tratamentos farmacológicos mais seguros e eficazes.

OBJETIVO Relatar as atividades desenvolvidas pelas farmacêuticas residentes em Saúde da Família em Unidades de Saúde da Família (USF), para o uso racional e seguro de medicamentos e plantas medicinais.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As ações ocorrem em duas USF do Distrito Cabula-Beiru, em Salvador-BA, de março de 2017 até o momento. Realizaram-se ações para organização estrutural e modificações em processos de trabalho das farmácias; para o controle de estoque com o objetivo de reduzir perda de medicamentos por vencimento e

reduzir erros de dispensação; participação de atividades de educação em saúde para profissionais e usuários; atendimentos farmacêuticos clínicos domiciliares para identificar, resolver e prevenir problemas relacionados a medicamentos e realizar intervenções para melhorar a adesão à farmacoterapia dos pacientes e estimular o autocuidado. Observou-se que a atuação das residentes impactou positivamente na dinâmica das equipes de saúde e na forma como o cuidado farmacêutico se integra às práticas dos demais profissionais. Proporcionou um novo olhar sobre o trabalho farmacêutico e possibilitou ações de promoção do uso racional de medicamentos e plantas medicinais entre profissionais e usuários. As residentes propuseram a realização de uma capacitação para atendes de farmácia do Distrito visando a maior segurança dos usuários e visibilidade ao serviço farmacêutico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Sabe-se que o farmacêutico desenvolve ações fundamentais para a promoção e recuperação da saúde, atuando numa perspectiva de cuidado compartilhado e na resolubilidade de casos clínicos, no entanto ainda é necessário estruturar ações para a ampliação e o fortalecimento das ações de assistência farmacêutica, entre elas o cuidado farmacêutico na AB do município de Salvador.

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IES09. AÇÕES DE SAÚDE AO ADOLESCENTE NA CASA DE ACOLHIMENTO DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO

Denise Santana Silva dos Santos,Tânia Christiane Ferreira Bispo, Emile Janaina da Silva

Meneses, Climene Laura de Camargo, Iêda Maria dos Santos Medeiros

Palavras-chave: Adolescente; Educação em saúde; Prisão; Pesquisa

INTRODUÇÃO

O trilhar da formação acadêmica decorre de distintos saberes que vão além dos ministrados em aula. O que requer uma relação teórico-prática, tornando a práxis primordial à construção do saber científico. O artigo 207 da Constituição de 1988 dispõe que “as universidades obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”, desta forma, este tripé constitui o eixo fundamental da universidade brasileira e não pode ser compartimentado. Assim, foi criado um projeto vinculado ao Núcleo de Pesquisa Interface em Saúde (NUPEIS) da UNEB, o “Nascer e crescer atrás das grades: um olhar sobre a criança e o adolescente no contexto prisional”.

OBJETIVO Relatar a experiência de discentes e docentes do curso de Enfermagem no desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão na Casa de Acolhimento.

RELATO DE EXPERIÊNCIA É um estudo descritivo, com relato de experiência, tendo como lócus a Casa de Acolhimento do Complexo Penitenciário de Salvador-Ba. Participaram das Oficinas de Educação em Saúde 6 adolescentes de ambos os sexos, de março a dezembro/2016. Quanto aos discentes, integraram ao projeto cerca de 14 alunos de graduação em Enfermagem de

vários semestres. As oficinas ocorreram quinzenalmente. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa - CEP/UNEB sob o parecer 1.333.685 e está de acordo com a Resolução Nº 466/13. O NUPEIS desenvolveu atividades no tripé, ensino-pesquisa-extensão direcionado aos adolescentes. As que não se atêm ao currículo acadêmico são essenciais na ampliação do olhar do estudante nos elementos específicos de cada população. Portanto, a realização de oficinas foi importante na construção de interações sociais, mudança de rotinas e aproximação da cultura popular. Já as práticas educativas, ajudam no desenvolvimento, tentando atender as questões biológicas, psicológicas e sociais desses atores. As ações em saúde foram realizadas ludicamente numa relação entre o aprender e o aprender brincando, subsidiadas no conhecimento teórico e técnico aprendido na academia.

CONCLUSÃO A aproximação do discente de saúde com a realidade vivenciada por adolescentes na Casa de Acolhimento do sistema prisional proporcionou subsídio teórico no processo de capacitação profissional desses alunos minimizando problemas de saúde apresentados naqueles adolescentes em situação de vulnerabilidade, refletindo na sua qualidade de vida.

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IES10. OFICINA SOBRE O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Amanda Maria Villas Bôas Ribeiro, Anna Ariane Alves Silva Varjão, Bruna Santos de Oliveira, Dhuliane Mâcedo Damascena, Gabriela Madureira, Narla Fernandes, Sarah Senna dos Santos

Cardoso, Mariana Andrade da Costa

Palavras-chave: Atenção primária a saúde; Educação permanente; Planejamento em saúde

INTRODUÇÃO O processo de territorialização é uma ação política e técnica para definir territórios de atuação dos serviços de saúde. O território apresenta dimensões complexas e dinâmicas fundamentais para compreensão dos fenômenos da vida, organização dos processos de trabalho e práticas de saúde, caracterização da população e de seus problemas, e planejamento das ações em saúde.

OBJETIVO Relatar a experiência de profissionais residentes em Saúde da Família da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) na realização de uma oficina sobre o processo de territorialização com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Salvador-BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se do relato de experiência de uma oficina realizada no mês de Abril/2017 com 16 ACS, objetivando a compreensão dos fundamentos teóricos e práticos para a territorialização, discussão dos conceitos de território, território-microárea, território-área, e análise de sua importância para o trabalho em saúde. Inicialmente foram apresentados os objetivos da oficina e a execução da dinâmica em grupo. Os participantes foram dispostos em três equipes para debate acerca dos conceitos propostos a partir de suas vivências e do texto de apoio. Posteriormente, foi realizada

discussão coletiva, em que cada grupo expôs suas reflexões e ao final construiu-se um mapa conceitual da temática. A realização da oficina proporcionou compartilhamento de conhecimentos e vivências relacionados aos conceitos propostos. Observou-se a importância da discussão sobre territorialização para planejamento das ações em saúde, além de consolidar o vínculo das residentes com os ACS para fortalecimento deste processo na área de abrangência da USF. No debate sobre os conceitos foram evidenciadas as dificuldades e acilidades vivenciadas no trabalho atrelado ao processo de territorialização. Entre as facilidades apontadas destacaram-se: integração entre equipe, ser morador da área adscrita, e um componente subjetivo, a capacidade de superação. Quanto às dificuldades: violência, intensas migrações na área de abrangência e deficiências na gestão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização da oficina proporcionou conhecimento teórico e troca de saberes com aqueles que vivem diariamente experiências em suas micro áreas, podendo compreender o território como um espaço vivo de atuação das equipes, capaz de revelar iniquidades em saúde, estabelecendo estratégias de acordo com necessidades reveladas, a fim de superá-las.

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IES11. MARGINALIZAÇÃO SOCIAL, ESTIGMA E IDENTIDADE: A EDUCAÇÃO POPULAR COMO ESTRATÉGIA PARA RESSIGNIFICAÇÃO DE UMA COMUNIDADE

PERIFÉRICA

Airton Viniccius Oliveira Moreira, Suélem Maria Santana Pinheiro Ferreira, Carla Maria Lima Santos, Polliana Alves de Oliveira, Carla Santos Almeida, Rafaela Silva Santos, Juliana

Costa dos Santos Borges

Palavras-chave: Marginalização social; Estigma social; Educação em saúde

INTRODUÇÃO

O estigma representa um julgamento inadequado que atribui preconceitos, discriminação e distanciamento social. As comunidades periféricas são comumente associadas ao estereótipo de violência, que produz baixa autoestima, exclusão social, invisibilidade, marginalização e perda da identidade. Ações de educação popular promovem a reflexão crítica do indivíduo da sua realidade e sua ressignificação.

OBJETIVO Descrever uma intervenção comunitária voltada para superação do estigma e fortalecimento da identidade social, com jovens do Colégio Estadual Márcia Meccia, no bairro de Mata Escura, Salvador, Bahia.

DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE A intervenção foi desenvolvida pelos discentes do Programa de Integração Academia-Serviço-Comunidade da UNEB, foi dividida em dois momentos: o primeiro no dia 20/04 e segundo dia 11/05. Foi precedida de Planejamento Estratégico e Situacional. A gincana envolveu 137 alunos do Ensino Fundamental II. No primeiro momento, os jovens foram divididos em nove grupos, escolheram um animal “feroz” para dar nome à equipe, criaram um “grito de guerra” e elaboraram, com recortes de revistas, um mural sobre a visão que tinham da localidade. Cada equipe foi orientada a criar uma página no Facebook com o

nome da equipe, o título da gincana e uma capa que revelasse a identidade do grupo, fazerem fotos que traduzissem a visão sobre o bairro, textos, poemas, além de mobilizar a comunidade para curtir as postagens. No segundo momento, foram discutidas as páginas feitas, e trabalhou-se num novo mural sobre a visão da comunidade. Por fim, exibiu-se um curta-metragem sobre as suas potencialidades.

RESULTADOS No primeiro momento de exposição dos murais, a maior parte dos alunos enfatizou a violência como uma marca do bairro. No segundo momento houve uma ressignificação da visão anterior quando os jovens destacaram a cultura arte, e serviços como a sua identidade maior, não mais a violência. Nas páginas da internet, a Unidade Básica de Saúde e o teatro da Associação das Comunidades Paroquiais foram registrados, revelando que, para os jovens, Mata Escura é maior que o estigma da violência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A intervenção estimulou a reflexão dos alunos sobre a identidade estigmatizada de Mata Escura e a necessidade de desconstrução da mesma. Os jovens passaram a reconhecer a comunidade para além da violência, com projetos sociais, cultura, serviços e, sobretudo, identidade social singular.

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IES12. A EXPERIÊNCIA DA CONSTRUÇÃO E IMPLEMENTAÇÇÃO DA TV DO ARÊ

Jônatha Munduruca Botêlho, Gisele Maria de Brito Lima, Carolina Pedroza de Carvalho Garcia, Laio Magno Santos de Sousa, Manuela Maciel, Vanessa Lima, Cinara Cícera Salgado Nunes

Palavras-chave: Educação em saúde; Mídia audiovisual; Acolhimento

INTRODUÇÃO O acesso à informação é direito de todo cidadão. As práticas de educação em saúde são estratégias utilizadas fundamentalmente para difundir conhecimento e promover saúde entre os usuários dos serviços de saúde. Através das mídias audiovisuais é possível que essa disseminação de conhecimento atinja um maior número de usuários e populações específicas, pois se caracteriza como uma estratégia de ampliação da compreensão desse público ao permitir o acesso ao conhecimento de forma atrativa e de fácil entendimento. Nesse sentido, as salas de espera das Unidades de Saúde da Família (USF) tornam-se espaços potenciais para a promoção de saúde através das mídias audiovisuais, pois possui grande e diversificado público.

OBJETIVO Relatar a experiência de planejamento e implementação da “TV do Arê”, por integrantes do Projeto PET/GRADUASUS na USF Arenoso, no distrito sanitário Cabula-Beiru, na cidade de Salvador-BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A “TV do ARÊ” é um sistema de TV interna foi concebido a partir da reunião de publicações audiovisuais produzidos por organizações governamentais e privadas disponíveis na internet e de acesso irrestrito. Tais mídias foram organizadas para serem reproduzidas durante todos os

turnos de trabalho da unidade de saúde. Os conteúdos foram selecionados de acordo as necessidades emergentes do processo de educação em saúde e a partir das demandas e rotinas do serviço de saúde. Foi observado que este sistema possibilitou aos usuários o acesso à informação de qualidade na sala de espera, proporcionando um ambiente acolhedor, diminuindo a sensação de espera. Tal dispositivo possibilitou aos usuários o esclarecimento de duvidas, favorecendo a proximidade com os usuários do serviço e o empoderamento da população para o autocuidado e para ações que levam ao adoecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Os usuários relataram que os vídeos ajudavam no entendimento da sua própria saúde e fazendo-os levar duvidas para as consultas partir do que assistiam. Dessa forma, pode-se considerar que a “TV do ARÊ” está de acordo aos preceitos da educação em saúde, levando informações e conteúdo de qualidade, fazendo com que os usuários participem ativamente do seu cuidado. Além disso, foi possível perceber a redução da angustia do tempo de espera, fator estressor que pode levar a avaliações negativas do serviço. Nota-se assim, que o processo de educação em saúde, estabelecido através do sistema de TV criado, contribuiu para os usuários e para a dinâmica do serviço.

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IES13. RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET GRADUASUS DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA EBMSP/SMS SALVADOR

Moisés Vila Flor Santos Neto, Mayara Cíntia de Jesus Silva, Cristiane Lopes, Rosângela Fontes

Santos, Ticiane Teixeira de Mendonça, Patrícia Suguri Cristino, Rosicleide Araújo Freitas Machado, Miriam Pinillos Marambaia

Palavras-chave: Serviços de saúde; Instituições acadêmicas; Desenvolvimento de pessoal.

INTRODUÇÃO O PET GraduaSUS é um programa do Ministério da Saúde, em articulação com o Ministério da Educação, que busca a qualificação do ensino na área da saúde a partir do fortalecimento da interface entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições de ensino superior (IES). O projeto da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) foi concebido em torno dos eixos: mudanças curriculares e integração ensino-serviço-comunidade. Envolve grupos tutoriais dos cursos de Odontologia (ODO), Enfermagem (ENF) e Medicina (MED), sob a coordenação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador-BA.

OBJETIVO Esse trabalho tem como objetivo apresentar o relato de experiência do PET GraduaSUS EBMSP/SMS Salvador-BA, no período entre maio de 2016 até o momento atual.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Destacam-se como ações do ano 1 desse projeto: a sondagem de temas para Educação Permanente em 4 Unidades de Saúde da Família (USFs), sendo duas do Distrito Sanitário do Cabula (Pernambuezinho e Cabula VI); oficinas de Acolhimento Pedagógico nessas em USFs; o Curso de Preceptores para Cirurgiões-Dentistas dos distritos Cabula, Brotas e Pau da Lima (presencial e à distância).

Quanto aos resultados, no eixo Mudanças Curriculares destacam-se: 1. Fortalecimento do Núcleo Comum da EBMSP, através de oficinas pedagógicas e rodas de conversa com todos os docentes dos componentes curriculares que o compõem; 2. Análise de planos de ensino (ODO) a partir de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs); 3. Revisão de instrumentos de avaliação de estágio (ODO/ENF), 4. Ampliação de carga horária do internato (MED) na Atenção Primária à Saúde (APS). No eixo Integração Ensino- Serviço-Comunidade destacam-se: 1. A inserção do internato de Medicina na APS no 11º semestre; 2. A garantia de 100% de vagas de Estágio na APS (ODO); 3. A revisão do Manual de Estágio (ENF), com a participação de preceptores da SMS e fortalecimento da parceria já existente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o ano 2 serão incluídos estudantes de outros cursos da EBMSP e o foco será a implantação/implementação do acolhimento em 4 USFs, visando qualificar esses cenários de prática, bem como viabilizar a participação futura de estudantes no acolhimento, em atividades curriculares, contribuindo assim para a sustentabilidade da integração ensino-serviço-comunidade.

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IES14. ABORDAGEM NUTRICIONAL NO CLIMATÉRIO E MENOPAUSA: UMA AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Jocimária da Conceição Soares, Isabelle Maia

Palavras-chave: Menopausa; Climatério; Nutrição

INTRODUÇÃO

O climatério é uma fase biológica e natural da vida caracterizado pela a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher, é uma fase marcada pela menopausa, a qual corresponde ao último ciclo menstrual, que somente é reconhecida depois de passado 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade.

OBJETIVO A atividade teve por objetivo fornecer orientações nutricionais importantes para diminuição dos sintomas do climatério e para melhora da qualidade de vida das mulheres.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência de uma atividade desenvolvida no Estagio Supervisionado de Nutrição Social sobre Climatério e Menopausa, em uma Feira de Saúde realizada na Unidade de saúde da Família no bairro do Arenoso em comemoração ao mês de rastreamento e prevenção ao câncer de mama. O tema foi abordado a partir de uma dinâmica denominada de "Jogando o dado". Foi construído um dado e um painel com envelopes, estes, foram enumerados de 1 a 6, os envelopes continham perguntas gerais e

relacionadas à alimentação/nutrição. Durante o jogo os participantes jogavam o dado, o número dado correspondia ao número do envelope, a pergunta era retirada, o participante respondia de acordo com seus conhecimentos, diante da resposta foram feitos esclarecimentos e dadas as orientações a cerca do tema. Com a realização dessa atividade foi observado que grande parte das participantes relatava sentir as manifestações sintomáticas frequentes no climatério como, por exemplo, a insônia, fogacho, cefaleia, sudorese intensa. E outras que relatavam ser assintomáticas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS É importante que nessa fase da vida a mulher possa ter um acompanhamento sistemático que vise à promoção da saúde a prevenção e tratamento de agravos advindos das complicações peculiar dessa fase e é fundamental que o serviço de saúde esteja preparado para dar as orientações importantes e esclarecedoras, incentivar a adoção de bons hábitos de vida e escolhas alimentares saudáveis para que se tenha uma melhor qualidade da vida e que essa fase passe como sendo realmente a melhor idade.

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IES15. “PODE ENTRAR QUE A CASA É SUA”: RELATO DE EXPERIÊNCIA DA SEMANA DO ADOLESCENTE NA USF ARENOSO EM SALVADOR/BA

Sara de Menezes de Santana; Rafaela Santos do Espírito Santo; Rejane Reis dos Santos;

Tatiane Bacelar; Helen Paes; Gisele Brito; Cinara Cícera Salgado Nunes; Laio Magno Santos de Sousa

Palavras-chave: Saúde do adolescente; Atenção primária à saúde; Educação em saúde

INTRODUÇÃO

Geralmente, observamos utilização do espaço das Unidades de Saúde da Família (USF) por vários públicos, porém a utilização dos serviços por adolescentes ainda é escassa. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde lançou a campanha “Pode Entrar que a Casa é Sua”, em setembro de 2017, mês que se comemora a Semana do Adolescente, com o intuito de incentivar a participação dos adolescentes na USF, aproximando este público da Atenção Básica à Saúde.

OBJETIVO Tem-se por objetivo relatar a experiência das atividades realizadas na campanha “Pode Entrar que a Casa é Sua” na Unidade de Saúde da Família de Arenoso do distrito Cabula/Beiru,Salvador-BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A atividade foi planejada e promovida numa parceria entre profissionais de saúde, residentes de saúde da família, estudantes do estágio supervisionado I e do Projeto de Extensão “Juventude e Sexualidade: Papo Reto na Escola”. Foi promovida uma visita à USF Arenoso para adolescentes de uma escola pública do território de abrangência, buscando aproximar os jovens da rotina dos serviços da Unidade. Percebemos que muitos

deles não tinham aproximação com o espaço físico da USF, nem mesmo sabiam sobre os serviços que eram oferecidos. Durante a visita foi apresentada a estrutura física e atuação dos profissionais da unidade. Foram feitas abordagens dinâmicas, como por exemplo, a utilização de paródia musical. Além disso, aproveitamos o momento para uma atividade de educação em saúde, através da encenação de situações relacionadas à gravidez não planejada e à prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, nas quais era dado aos adolescentes o poder de decisão final em relação ao desfecho dos personagens na peça. Desse modo, foram estimuladas reflexões sobre os temas expostos. Houve também a distribuição de métodos contraceptivos, além de conversas com o intuito de convidá-los para uma maior utilização dos serviços de saúde oferecidos na USF.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A experiência vivenciada proporcionou uma maior interação dos adolescentes com a USF e seus profissionais, possibilitando elucidação de dúvidas sobre o trabalho dos profissionais de saúde, rotina e serviços da unidade, bem como estreitamento de vínculos.

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IES16. PROMOÇÃO DA SAÚDE NO COMBATE À ESQUISTOSSOMOSE NUMA COMUNIDADE DE SALVADOR- BAHIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Edinete Santos de Jesus, Natali Silva dos Santos, Tainá Carvalho de Jesus, Caroline Santos de Jesus, Joelma Zélia de Sá Torres, Silvana Lima Guimarães França

Palavras-chave: Esquistossomose; Schistosoma mansoni; Promoção da saúde; Agente comunitário de saúde

INTRODUÇÃO No Brasil, a esquistossomose é causada pelo parasito Schistosoma mansoni. Popularmente a doença é conhecida como “Xistose, Barriga d’água ou Mal do caramujo”. Em diversas regiões pessoas vivem em áreas sob o risco de contrair a doença. Os estados das regiões Nordeste e Sudeste são os mais afetados. Assim, o alerta à população se faz necessário para minimizar a incidência nos moradores e trabalhadores; ressaltando a importância dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) capacitados e dotados de conhecimentos para que possam atuar junto à comunidade reduzindo os índices.

OBJETIVO Este relato de experiência descreve ações desenvolvidas por estudantes de saúde com os ACS e moradores da comunidade de Saramandaia (Salvador, BA); realizadas no contexto do componente curricular, Programa de Integração Academia Serviço Comunidade III (PIASC III) utilizando dados coletados em PIASC II. O objetivo foi promover novos conhecimentos sobre a esquistossomose, estimulando a discussão sobre saberes e experiências em relação ao tema.

METODOLOGIA Dentre as ferramentas utilizadas para o desenvolvimento do trabalho, utilizou-se o Método do Arco para a observação da

realidade, identificando pontos chave sobre quais problemas deveriam ser abordados com os ACS e moradores da comunidade, desenvolvendo atividades aplicadas à realidade em questão.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As intervenções foram realizadas em

duas sessões, com 12 ACS e moradores que aguardavam atendimento na Unidade de Saúde da Família do bairro, entre outubro e novembro de 2016. A problematização ocorreu através de exposição interativa e lúdica, decodificando os termos técnicos para linguagem popular.

Observou-se que os ACS e a população dispõem de conhecimentos empíricos sobre a forma de prevenção, desenvolvidos através de experiências cotidianas. Através dessa intervenção foi possível uma efetiva troca de saberes científicos e populares, entre os discentes, ACS e moradores; o que gerou um grande avanço no desenvolvimento de conhecimentos e construção de vínculos de confiança e parceria. Foi possível identificar lacunas de conhecimentos acerca do tema.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim, valorizou-se a iniciativa de

fornecer ferramentas aos ACS e comunidade para buscar conhecimentos acerca da esquistossomose; revelando para os discentes a importância e o impacto que pode gerar a promoção da saúde, de forma a empoderar o sujeito para que medidas preventivas

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possam ser efetivadas ao longo do tempo, fazendo com que cada indivíduo participante se torne

multiplicador de saberes e ações em saúde.

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IES17. EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM ADOLESCENTES: EXPERIÊNCIA NO USO DE METODOLOGIA ATIVA

Amanda Maria Villas Bôas Ribeiro, Galliana Brito de Moraes, Isabelle Vasconcelos Maia, Ângela

Cristina Fagundes Góes

Palavras-chave: Adolescente; Educação em saúde; Metodologia

INTRODUÇÃO

A Educação em Saúde com adolescentes, enquanto conjunto de saberes e práticas para prevenção de doenças e promoção de saúde. perpassa por práticas educativas (PE) para produzir reflexões acerca de comportamentos de saúde vivenciados por essa população, com vistas a promover mudanças comportamentais nas práticas de autocuidado e o empoderamento dos adolescentes. O uso de metodologias ativas nas PE, dentre elas, o grupo operativo, possibilita, com mais eficiência, uma aprendizagem com caráter dialético, portanto ativa e significativa.

OBJETIVO Relatar a experiência vivenciada por profissionais de saúde com um grupo operativo de adolescentes.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Relato de experiência envolvendo um grupo operativo de adolescentes, profissionais da equipe mínima, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e uma residente em Saúde da Família da Universidade do Estado da Bahia, ocorrida em uma Unidade de Saúde da Família (USF) em Salvador-BA. As atividades foram planejadas e realizadas na USF de maneira participativa, entre os meses de março a outubro de 2017. As estratégias utilizadas durante os encontros de grupo foram dinâmicas lúdico-pedagógicas (jogos variados, como, passa ou repassa e roleta

russa), atividades com colagem, desenhos, com o propósito de abordar temas que perpassassem pela discussão de identidade pessoal, direitos da criança e adolescente, violência, sexualidade, uso de redes sociais e internet, relações de gênero e suas desigualdades, entre outros. O uso de metodologia ativa, nesse relato, o grupo operativo, em atividades de educação em saúde com adolescentes proporcionou maior integração e reflexão crítica, estabelecendo trocas de saberes e experiências do cotidiano relacionados às temáticas abordadas, tornando os encontros mais dinâmicos e significativos, por ter correlação prática com as vivências dos adolescentes em seus contextos culturais, familiares, na escola e outros espaços de convivência. Além disso, a utilização dessa metodologia auxiliou na maior vinculação entre os profissionais e os adolescentes, no fortalecimento do sentimento de pertencimento durante o processo de manejo grupal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A utilização de grupos operativos em atividades com adolescentes mostrou-se eficiente para despertar maior interesse em participação, possibilitando a construção conjunta do conhecimento e reflexão dos sujeitos, potencializando suas capacidades, pois aprender em grupo possibilita uma leitura crítica da realidade.

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IES18. UTILIZAÇÃO DE DINÂMICA LÚDICO-PEDAGÓGICA EM ATIVIDADES COM ADOLESCENTES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Isabele dos Santos Dantas, Amanda Maria Villas Bôas Ribeiro, Galliana Brito de Moraes, Ângela

Cristina Fagundes Góes

Palavras-chave: Saúde da Família; Conhecimento; Adolescente; Dinâmica lúdico-pedagógica

INTRODUÇÃO

Os jogos são excelentes oportunidades de mediação entre o prazer e o conhecimento. Ajudam a criar um entusiasmo sobre o conteúdo a ser trabalhado a fim de considerar os interesses e as motivações dos participantes em expressar-se, agir e interagir nas atividades lúdicas, fundamentais para o trabalho com adolescentes.

OBJETIVO Relatar uma experiência de atividade educativa com adolescentes em uma Unidade de Saúde da Família do município de Salvador – BA utilizando uma dinâmica lúdico-pedagógicas.

RELATO DE EXPERIÊNCIA O relato apresenta a experiência da aplicação de um instrumento educativo, no caso a “roleta da saúde”, com um grupo de adolescentes. Os temas tratados foram: sexualidade, cuidados com a saúde, projeto de vida, rede sociais e violência. Inicialmente foi apresentado para os adolescentes a atividade e seu objetivo. A cada rodada girava-se a roleta, a seta indicava o tema correspondente, devendo, em seguida, o participante escolher uma carta sobre a mesa para ser lida a questão a ser

perguntada/problematizada e discutida com todos os presentes. Esta atividade favoreceu o processo ensino-aprendizagem de forma estimulante, facilitando o esclarecimento de dúvidas, contribuindo na troca de informações e conhecimentos sobre as temáticas. Durante a aplicação, foram observados o alto grau de interesse e empolgação dos adolescentes, reforçando a concepção de que atividades lúdico-pedagógicas são muito eficientes no trabalho educativo com adolescentes tendo como consequência aprendizado e aproximação com USF.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A metodologia utilizada permitiu unir a criatividade ao processo de ensino-aprendizagem de maneira descontraída, tornando as discussões dos temas mais leve e educativa. Desta forma, percebeu-se que a utilização de jogos didáticos tem influência significativa na aprendizagem, sendo possível ensinar de forma criativa, dinâmica e inclusiva, com intuito de obter resultados positivos, contribuindo assim, para a formação de sujeitos autônomos, participativos, cada vez mais críticos e reflexivos.

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IES19. SAÚDE LGBT NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PROFESSOR GUILHERME RODRIGUES DA SILVA: DESAFIOS PARA A INTEGRALIDADE

Gabriel da Cruz Santos, Jade Souza de Santana Santos, Jaqueline Sales de Oliveira, Luana

Souza Santos, Paula de Oliveira Libório, Ricardo Loreno Souza da Silva.

Palavras-chave: Integralidade em saúde; Minorias sexuais; Atenção primária à saúde

INTRODUÇÃO

A sexualidade é componente indissociável do ser humano e reflete aspectos importantes do desenvolvimento biológico e social dos indivíduos. Nesse sentido, identidade de gênero e a diversidade sexual da população têm ganhado espaços de discussão em rompimento a padrões sociais e culturais impostos, inclusive nas ações em saúde no sentido de alcançar a integralidade.

OBJETIVO Mensurar o nível de conhecimento de trabalhadores de uma Unidade de Saúde da Família; identificar limitações no atendimento da população LGBT; e construir um instrumento que orientasse a implementação de ações visando a integralidade do cuidado.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Após aplicação de questionários, percebeu- se que as atividades desenvolvidas estavam relacionadas ao tratamento e controle das doenças crônicas não transmissíveis e ações de educação em saúde em detrimento de aspectos pertinentes da individualidade humana, incluindo sexualidade. Com isso, foi traçado um plano de ação sugerindo intervenções e a implementação da assistência à saúde LGBT conforme legislação específica que orienta desde o acolhimento até o desenvolvimento de ações terapêuticas e educativas.

Houve dificuldade na identificação do perfil dos LGBT na área de abrangência da Unidade e no reconhecimento das demandas específicas LGBT nos serviços de saúde. Em salto positivo, 77,8% dos trabalhadores relataram interesse em conhecer a legislação específica. Foi levantada também a necessidade de articulação entre secretarias, através de ações intersetoriais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O pouco conhecimento dos trabalhadores acerca da temática LGBT reflete uma realidade nacional e constitui-se barreira para a consolidação de uma assistência equânime e integral à saúde. Por tais razões, reforça-se a necessidade de mais discussões entre trabalhadores dos serviços de saúde sobre a população LGBT, suas demandas e particularidades.

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IES20. DIALOGANDO SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM UM GRUPO DE ADOLESCENTES

Amanda Maria Villas Bôas Ribeiro, Jesica Tatiana Ponce, Galliana Brito de Moraes, Ângela

Cristina Fagundes Góes, Isabele dos Santos Dantas

Palavras-chave: Adolescente; Educação em saúde; Defesa da criança e do adolescente

INTRODUÇÃO

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) representa um marco no reconhecimento da cidadania e garantias individuais, políticas, sociais e coletivas desse grupo populacional. O ECA estabelece que toda criança e adolescente deve ser protegida de ações que possam prejudicar seu desenvolvimento. Contudo, é necessário iniciativas para melhor conhecimento sobre o ECA a fim de garantir a sua efetivação.

OBJETIVO Relatar a experiência de discussão do ECA com um grupo de adolescentes em uma Unidade de Saúde da Família.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência com um grupo de trabalho com adolescentes em uma Unidade de Saúde da Família pertencente ao Distrito Sanitário Cabula-Beiru, no município de Salvador, com a participação de membros da equipe mínima, Núcleo de Apoio à Saúde da Família e uma profissional residente em Saúde da Família da Universidade do Estado da Bahia. Foi realizado um encontro com onze adolescentes com o propósito de discutir o ECA de maneira interativa e lúdica, a partir da utilização do jogo “passa ou repassa. Inicialmente, realizou-se um breve diálogo para identificar

os conhecimentos prévios dos adolescentes e contextualizar a aplicação do ECA no cotidiano dos mesmos. Em seguida os adolescentes foram organizados em dois grupos, tendo início o jogo. As perguntas eram lançadas, buscando-se a resposta seguida por discussão e esclarecimento de dúvidas. Ao final da atividade todos os participantes receberam uma cópia impressa do ECA. A realização desta atividade proporcionou compartilhamento de saberes e articulação prática do conteúdo do ECA com o cotidiano que os adolescentes vivenciam na escola, redes sociais, mídia, na comunidade e no contexto familiar, sendo fomentado conhecimentos para percepção de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos que podem e devem exercer a sua cidadania, prevenindo possíveis violações de seus direitos ou até mesmo denunciando quando os mesmos forem desrespeitados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS É essencial proporcionar espaços de discussão sobre os direitos das crianças e adolescentes, e mobilizá-los no sentido de garantir o amplo alcance dos mesmos, buscando assegurar crescimento e desenvolvimento saudável, integral, e empoderado dessa população, vista como o futuro do país.

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IES21. ATIVIDADE LÚDICA COMO PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Talita Ramires Henriques, Mário Antônio Valença Bove, Ana Caroline de Marino, Cinara Cícera Salgado Nunes, Valnice Machado Menezes, Joana Angélica dos Santos Lourido, Daiani Reis

Palavras-chave: Saúde bucal; Educação em saúde; Atenção primária à saúde

INTRODUÇÃO

A Estratégia de Saúde da Família (ESF), principal porta de entrada para o SUS se constitui um modelo em expansão na Atenção Primária. A Equipe de Saúde Bucal (ESB), enquanto parte da ESF, tem entre suas funções a realização de ações educativas que promova um bem-estar biopsicossocial à população adstrita. Diante do grande número de agravos bucais, essas ações são de extrema importância para melhorar os indicadores de saúde bucal na comunidade assistida. São utilizados estratégias variadas, como atividades lúdicas de educação em saúde, utilizando-se espaços e equipamentos sociais. Atividade lúdica é uma atividade de entretenimento, que dá prazer e diverte as pessoas envolvidas e seus conteúdos são de fácil assimilação no processo de aprendizagem. Enquanto ferramenta de baixo custo e alto impacto social, consegue permear os mais diversos grupos sociais e faixas etárias.

OBJETIVO Demonstrar aos profissionais de saúde e gestores que a informação e o cuidado na assistência em saúde podem ser alcançados através das ferramentas lúdicas.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Experiência da ESB e residente em uma Unidade de Saúde da Família em Salvador/BA, em 2017. As atividades lúdicas são realizadas nos equipamentos sociais como: creches, escolas, igrejas e espaços públicos como praças e biblioteca. O público alvo é a comunidade,

com maior participação de mulheres e crianças. As atividades são planejadas de acordo com a faixa etária, local, número de participantes e recursos audiovisuais. São desenvolvidas ações em campanhas de vacinação, sábado do homem, medidas educativas e preventivas impactaram positivamente na fase de formação de hábitos, na melhora da técnica de escovação e aumento da frequência. Foi estimulado o autocuidado e a prevenção de agravos através da escovação supervisionada e aplicação de flúor.

Foram realizadas 15 atividades: 7 atividades com pré-escolar e escolar, com estimativa de 244 participantes; 4 com público adolescente, com média de 100 participantes; e 4 com o público adulto, na qual não foi possível quantificar, pois foram de livre demanda. As medidas educativas e preventivas impactaram positivamente na fase de formação de hábitos, na melhora da técnica de escovação e aumento da frequência. Foi estimulado o autocuidado e a prevenção de agravos através da escovação supervisionada e aplicação de flúor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atividade lúdica como importante plano de ação educativa é capaz de alcançar a atenção do usuário, possibilitar um aprendizado efetivo e colaborar na promoção da saúde. Vale ressaltar que a adequação à faixa etária do público alvo é essencial para se obter o resultado

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esperado.

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IES22. “QUE MATA ESCURA É ESSA?”: SOBRE A RESSIGNIFICAÇÃO DO BAIRRO DE MATA ESCURA EM SALVADOR-BAHIA, ATRAVÉS DE VIDEO DOCUMENTÁRIO

Rafaela Silva Santos, Juliana Costa dos Santos Borges, Airton Viniccius Oliveira Moreira, Mara

Costa Conceição, Carla Santos Almeida, Polliana Alves de Oliveira, Suélem Maria Santana Pinheiro Ferreira, Carla Maria Lima Santos

Palavras-chave: Marginalização social; Violência; Estigma social

INTRODUÇÃO O bairro de Mata Escura, em Salvador-BA, é constantemente desvalorizado através dos veículos midiáticos, que produzem um estigma decorrente da violência local e característica periférica. Essa (des)caracterização chega a população externa, fazendo-a reproduzir o discurso alienador proposto pela mídia. Por conseguinte, na comunidade local o estigma se internaliza e produz o desafio de superar a manipulação da identidade para reconhecer e utilizar suas potencialidades.

OBJETIVO Descrever a experiência de construção de vídeo documentário acerca das potencialidades de Mata Escura, de modo a enfrentar o estigma de violência a partir da reconstrução da identidade social.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A construção do vídeo documentário compôs as atividades do Programa de Integração Academia-Serviço- Comunidade (PIASC) da UNEB entre novembro de 2016 e junho de 2017, e partiu de um planejamento estratégico situacional. Após compreensão do estigma internalizado na comunidade, escolheu-se como intervenção a produção de um documentário que revelasse as potencialidades da comunidade ignoradas pela mídia. Realizou-se entrevista com historiador para compreender a identidade de Mata Escura desde sua origem. Foram

retratadas seis entidades locais no documentário – Terreiro do Bate Folha, Adolescer com Arte, Fanfarra BAMIB, Engenho da Dança, ACOPAMEC, Cooperativa de catadores de lixo – que desenvolvem projetos de inclusão social para os moradores, utilizam a arte para ressignificar a identidade local, e divulgam a cultura popular. O documentário foi apresentado numa escola do bairro de Mata Escura, para as turmas do Ensino Fundamental II, Agentes Comunitários de Saúde e membros da comunidade. A apresentação teve impacto positivo sobre os espectadores, pois trouxe uma perspectiva de Mata Escura diferente do que é habitualmente divulgado pela mídia. Foi uma oportunidade de conhecer potencialidades do bairro que sobrevivem no anonimato por não receberem a valorização merecida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O estigma de violência associado a Mata Escura contribui para a desvalorização da luta desta comunidade, assim o documentário trouxe a percepção de que, apesar dos estereótipos midiáticos, esta consegue proporcionar cultura, oportunidade e progresso. Por fim, esta experiência despertou nos discentes a capacidade de lançar outro olhar sobre a vida e a saúde de populações periféricas, ressaltando a importância da inclusão e resgate da identidade social, na promoção da saúde.

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IES24. VIVÊNCIAS DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DURANTE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA

Cleidiane dos Anjos Novaes, Anaíra de Jesus Affe, Flávia Fernanda Santana Nascimento, Romeu Santana Borges, Helen Cristina da Silva Paes, Jordan Santos de Jesus, Carolina

Pedroza de Carvalho Garcia, Laio Magno Santos de Sousa

Palavras-chave: Atenção primária a saúde; Educação em enfermagem; Aprendizagem

INTRODUÇÃO

O curso de enfermagem da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) possui no seu 9° semestre o componente curricular “Estágio Curricular Supervisionado I”, que tem por objetivo inserir o aluno na prática da Atenção Primária a Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) em concordância com as Diretrizes Curriculares Nacional (DCNs) para o curso. Para tanto, a UNEB conta com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador - BA e do Distrito Sanitário Cabula-Beirú para inserção dos alunos na rotina das Unidades de Saúde da Família (USF).

OBJETIVO Relatar as experiências vivenciadas por estagiários de enfermagem inseridos em uma Unidade de Saúde da Família.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

No mês de agosto de 2017 fomos direcionados para uma USF localizada no bairro do Arenoso, em funcionamento desde o ano de 2006, e, que conta com três equipes multiprofissionais, cada uma composta por Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Enfermeira, Médico, Cirurgião Dentista, Técnicas em Enfermagem e Técnicas em Saúde Bucal que são responsáveis por uma área de abrangência do bairro, cada uma. Além das equipes fixas a unidade conta com o apoio de uma equipe multiprofissional (Nutricionista,

Fisioterapeuta, Psicóloga, Educador Físico, Assistente Social e Terapeutas Ocupacionais) que constituem o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF). Acolhidos pelas equipes e inseridos em suas rotinas podemos desenvolver em conjunto consultas de pré-natal, acompanhamento e desenvolvimento da criança, planejamento familiar, visitas domiciliares, Programa Nacional de Imunizações e de Controle dos Cânceres do Colo do Útero e das Mamas, controle da tuberculose, hanseníase, Programa Saúde na Escola (PSE), Bolsa Família e desenvolver atividades direcionadas para grupos de perfis específicos (Sábado do Homem, Saber Envelhecer, Rodas de Gestantes e Ensaio Fotográfico para Gestantes, Roda Sobre Tabagismo, Feiras de Saúde da Mulher etc.). Por se tratar de um estágio de longo período, fomos gradualmente inseridos no movimento das atividades, desenvolvendo ações educacionais para a comunidade desde o planejamento até a avaliação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio supervisionado na atenção básica constitui-se num período durante a graduação ao qual o discente é imerso por completo no exercício da enfermagem, sendo fundamental para formação de futuros profissionais, questionadores, participativos e políticos, os quais

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terão uma atuação generalista no serviço da atenção primária.

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IES25. GRUPO DE GESTANTES COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Sarah Senna dos Santos Cardoso, Dhuliane Mâcedo Damascena, Mariana Andrade da Costa,

Hermínia Maria Oliveira Neta, Ivana Ferreira de Santana, Ângela Cristina Fagundes Góes

Palavras-chave: Atenção básica; Saúde da mulher; Gestantes

INTRODUÇÃO Na prática obstétrica a equipe de saúde exerce um papel importante no que se refere ao planejamento de estratégias para o cuidado de gestantes, cujo contexto do atendimento, na Atenção Básica, é permeado por ações de cuidado individual e coletivo. No âmbito coletivo, utiliza-se o trabalho em grupos como ferramenta de cuidado, uma vez que são reconhecidos como espaços de interação, discussão, estabelecimento de vínculos e compartilhamento de medos, dúvidas e mitos, que por vezes não são expressos durante um atendimento individual.

OBJETIVO Relatar a experiência do manejo de um grupo de gestantes como estratégia de cuidado na Atenção Básica.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência vivenciado por profissionais residentes em Saúde da Família da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em uma Unidade de Saúde da Família (USF) do Distrito Sanitário Cabula-Beiru. Os encontros do grupo de gestantes ocorrem mensalmente, no auditório da USF, com participação média de oito mulheres, havendo certa rotatividade. As temáticas a serem abordadas foram definidas a partir das necessidades manifestadas pelas gestantes e, posteriormente discutidas no grupo de trabalho

composto por uma equipe multiprofissional. Na implementação das atividades planejadas foram utilizadas metodologias participativas como dinâmicas de grupo, jogos, músicas e vídeos. Os conteúdos abordados versaram sobre: mitos e verdades relacionados ao parto, gestação e puerpério, desenvolvimento da gestação, modificações corporais e emocionais, alimentação na gestação, amamentação, preparo e orientações para o parto normal, direito das gestantes e valorização da autoestima. Pode-se observar que o grupo tem alcançado resultados positivos visto que exerce um papel de suporte social à medida que funciona como um complemento às consultas individuais estimulando a aproximação das gestantes com a USF. A participação ativa das gestantes com exposição de suas percepções, saberes e sentimentos proporciona uma relação de confiança que fortalece o vínculo, fundamental na detecção de problemas obstétricos em tempo hábil, além de promover maior adesão ao pré-natal e melhor qualidade da assistência prestada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O reconhecimento das potencialidades de um grupo de gestantes, como uma estratégia de cuidado, possibilita a troca de saberes a fim de contribuir para que estas vivenciem o período gestacional de forma segura e informada.

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IES28. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DE UMA POPULAÇÃO IDOSA POR GRADUANDOS EM SAÚDE COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA: UM RELATO DE

EXPERIÊNCIA

Juliana Lima de Melo, Carla Santos Almeida, Bárbara Suelem Santana Gonçalves Soares, Carla

Maria Lima Santos, Suélem Maria Santana Pinheiro Ferreira

Palavras-chave: Avaliação; Planejamento em saúde; Ensino

INTRODUÇÃO

O Diagnóstico Situacional (DS) configura-se como uma ferramenta fundamental para o planejamento estratégico em saúde, uma vez que possibilita compreender as condições de vida e saúde de determinada população e seus determinantes sociais. Enquanto estratégia pedagógica na graduação em saúde, a realização do diagnóstico sob orientação docente possibilita a inserção do graduando no cerne da epidemiologia e maior compreensão do processo saúde-doença.

OBJETIVO Descrever a experiência de realização de diagnóstico situacional da população idosa integrante do Projeto Saber Envelhecer em Arenoso, Salvador, Bahia, por graduandos do Programa de Integração Ensino, Serviço e Comunidade II (PIASC II) da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O Projeto Saber Envelhecer visa atuar com a população idosa da comunidade usando estratégias de educação em saúde. A realização de diagnóstico situacional é uma das propostas pedagógicas do componente PIASC II, aliando o ensino de graduação ao conhecimento epidemiológico. Os estudantes inicialmente discutiram as condições de vida e saúde da população, o processo de transição

demográfica e epidemiológica e os métodos de produção de dados em saúde. Posteriormente, iniciou-se o processo de DS, através da aproximação com a equipe de saúde da USF responsável pelo projeto, que pontuou a necessidade de conhecer a percepção dos idosos acerca do projeto. O instrumento de coleta foi construído pelos diferentes atores envolvidos com o projeto: equipe profissional da USF e NASF; discentes e docentes da UNEB. O formulário semiestruturado contou com três blocos: dados sociodemográficos; clínicos/estilo de vida; e questões direcionadas ao projeto. A aplicação foi conduzida nas visitas domiciliares aos idosos. A descrição dos perfis de morbimortalidade da população do DS foi adquirida após análise dos dados coletados pelos estudantes de saúde, matriculados em PIASC II, semestre 2016.1.

O diagnóstico situacional foi apresentado para a equipe de saúde e atuou como base para: avaliação das ações pela equipe da USF; entendimento sobre o perfil de morbimortalidade da população estudada; planejamento estratégico situacional e realização de intervenções comunitárias com os idosos no semestre seguinte.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depreende-se a importância da integração ensino- serviço-comunidade na formação profissional em saúde e a

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aplicabilidade da epidemiologia nas práticas de ensino e nos processos

de trabalho em saúde.

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IES30. AÇÕES DE PROMOÇÃO À SAÚDE DA MULHER: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Anna Ariane Alves Silva Varjão, Dhuliane Mâcedo Damascena, Gabriella de Carvalho

Madureira, Sarah Senna dos Santos Cardoso, Mariana Andrade da Costa

Palavras-chave: Saúde da mulher; Saúde da família; Promoção da saúde

INTRODUÇÃO A promoção da saúde se refere às ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde, a fim de gerar impactos positivos na qualidade de vida. No escopo da mulher usuária de saúde, essas atividades devem extrapolar as ações ambulatoriais que visam apenas à saúde sexual e reprodutiva, ou seja, é essencial trabalhar na perspectiva do empoderamento feminino, arte, cultura, lazer, estética, bem-estar e os direitos das mulheres.

OBJETIVO Relatar a experiência de atividades de promoção da saúde a mulheres usuárias de uma Unidade de Saúde da Família em alusão ao Outubro Rosa.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência de ações desenvolvidas em uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário Cabula Beiru do município de Salvador, Bahia. A intervenção foi planejada a partir da necessidade de sensibilizar as mulheres acerca do seu papel na família e na sociedade, por meio de uma abordagem multiprofissional. No primeiro momento, a atividade contou com 42 mulheres, e foi realizada uma mesa redonda composta por uma enfermeira, uma assistente social e

uma radialista, onde se discutiu questões relacionadas a representatividade da mulher na atualidade, a violência feminina, além do compartilhamento de experiências de vida. Posteriormente, esse público foi convidado a usufruir de atividades como design de sobrancelhas, maquiagem, e para assistir à apresentação cultural de uma banda afro feminina. Durante a atividade, as organizadoras perceberam a satisfação das usuárias em se trabalhar essas temáticas bem como sua participação ativa na discussão. As convidadas comentavam sentirem-se satisfeitas por uma atividade diferente e prazerosa, percebendo que é relevante se discutir o papel da mulher na atualidade, a luta por maior reconhecimento e também pela prática de seus direitos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A atividade obteve êxito, no sentido de que é possível promover a saúde através de ações que repercutam positivamente na vida dos participantes como discussão de questões políticas e sociais e oferta de bem- estar através de serviços de beleza. O conjunto dessas ações proporcionou maior senso crítico e empoderamento dessas usuárias no cenário social atual.

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IES31. UM OUTRO LUGAR NA CIDADE E O REFLETIR PROFISSIONAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ana Caroline Rocha dos Reis, Barbara Jailza da Costa Silva de Oliveira; Dara Araújo de Menezes, Thaís Freitas Andrade, Maria Antônia Moura da Silva Araújo, Macelly Santana;

Raquel Viana Menezes, Marcio Costa de Souza

Palavras-chave: Atenção primária à saúde; Capacitação profissional; Educação continuada

INTRODUÇÃO

Para a formação de um profissional humanizado e que tenha como princípio fundamental o cuidado integral, um dos pilares fundamentais é que este conheça a realidade de vida e do viver das pessoas que o mesmo atende, assim, experiências na Universidade que permitam estes encontros podem estimular uma reflexão na prática deste futuro profissional.

OBJETIVO

Descrever sobre a importância do conhecer a realidade de vida e viver na comunidade e os impactos no futuro profissional.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Esta experiência foi possível no componente curricular PIASC (Programa de Integração Academia, Serviço e Comunidade) no semestre de 2017.1 da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) na Unidade de Saúde da Estrada das Barreiras, no qual faz parte da matriz curricular de todos os cursos da área de saúde (Fisioterapia, Enfermagem, Farmácia, Fonoaudiologia, Medicina e Nutrição) do Departamento de Ciências da Vida na Cidade de Salvador-Bahia. Este componente ocorreu no primeiro semestre, que tem como finalidade o reconhecimento da comunidade e da Unidade de Saúde da Família; vale destacar que, os estudantes utilizam como ferramenta a construção do diário de campo e

que as suas reflexões foram base para este relato.

É importante ressaltar as surpresas ao constatarmos uma cidade dentro da cidade; muito mais ruas, becos, casas se desvelam com esta experiência e, portanto, muito mais famílias do que percebemos ao olhar de fora da comunidade ao passar pela rua principal do bairro. Outra realidade vivenciada é a construção irregular das moradias, que se assemelha a construção cultural e ideológica desenvolvida nas comunidades, discriminada ou até mesmo ignorados pelos que vivem na cidade que envolve ‘’as novas cidades’’ que se tornam esses aglomerados de pessoas, sonhos e histórias, marginalizadas pelos que não estão inseridos naquela realidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se destacar que a parte empírica do curso de saúde nos traz uma bagagem e uma experiência muito mais consolidada para o exercício da profissão no futuro. O conhecimento ao território, à comunidade, foi fundamental para o início de uma discussão e reflexão em nossas vidas. Tornando relevante não só para o nosso crescimento como pessoa, mas também como futuros profissionais de saúde, pois além de nos importarmos em realizar nossa função técnica devemos entender e buscar ainda mais sobre a vida do “paciente“ à nossa frente.

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IES32. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alice Mayra Santiago Amaral, Greice Almeida Conceição dos Santos, Welder

Pinheiro Araujo, Ednilton

Palavras-chave: Integralidade em saúde; Saúde da família; Visita domiciliar

INTRODUÇÃO O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de condutas terapêuticas planejadas juntamente com a equipe multidisciplinar e a família, com o objetivo de promover cuidado baseado na clínica ampliada. É construído a partir dos problemas levantados pela família, que aborda não somente o plano biológico, mas o plano social, mental e cultural.

OBJETIVO Relatar a experiência de discentes de enfermagem na construção do PTS a partir da “adoção” de uma família assistida por uma Unidade de saúde da Família (USF) de Salvador.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A construção do PTS iniciou em setembro/2017 a novembro/2017. Buscou-se conhecer a usuária por meio da visita domiciliar, com o intuito de estabelecer vínculo, para que a mesma pudesse se sentir à vontade expondo seus sentimentos, experiências e dúvidas. Dessa maneira, procurou-se construir o acolhimento, aproximação ao sujeito e conhecimento da dinâmica familiar como um todo. A família aceitou participar, porém realizou questionamentos sobre as ações que são propostas, por seu caráter pontual, sem continuidade. Durante toda a visita se mostrou receptiva, e conseguimos colher informações sobre a família, história de vida e o que poderíamos realizar para promover saúde e melhorar a

qualidade de vida. Também foi articulado com a residente de odontologia da USF para fazer avaliação de um dos problemas que a paciente relatou e fazer um encaminhamento para o local que ela conseguiria resolvê-lo. Feito isso foram estruturadas as intervenções e possíveis articulações com os profissionais da unidade. O PTS tem possibilitado as discentes o estabelecimento de vínculo com uma família, ampliação dos conceitos de cuidado e visão integral da mesma. As discussões do caso após as visitas proporcionaram uma ampla visão sobre a forma como podemos atuar significativamente com base nas necessidades de cada componente da família. Além disso, é possível perceber a importância do apoio da equipe multiprofissional para que seja uma experiência exitosa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS O PTS é um instrumento que permite o cuidado integral das famílias. A construção conjunta do PTS proporciona um envolvimento de todas as categorias de profissionais de saúde da USF e do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) na transformação da realidade e promoção da saúde. Dessa forma, acredita-se

que as atividades de promoção à saúde vão gerar benefícios para a família e uma experiência de aprendizado as discentes.

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IES33. A FORMAÇÃO DE ADOLESCENTES COMO MULTIPLICADORES DE SAÚDE NO PSE: UMA EXPERIÊNCIA INTEGRADA ENTRE ENSINO, SERVIÇO E

COMUNIDADE

Andreia Gonçalves Batista Lima, Cristiane Alves Ferreira, Diego Marques de Santana, Itana

Bezerra dos Santos, Tiago Silva de Britto

Palavras-chave: Adolescente; Educação; Saúde

INTRODUÇÃO

A deficiência de políticas públicas efetivas, o despreparo dos profissionais e instituições sociais para lidar com adolescentes, tem suscitado questionamentos de educadores e profissionais de saúde sobre as ações relacionadas à integralidade da assistência a este público. O Programa Saúde na Escola (PSE) visa à integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

OBJETIVO Relatar as experiências vivenciadas do PSE, numa Escola de Ensino Fundamental em parceria com o 11º Centro de Saúde do DSCB (Distrito Sanitário Cabula-Beirú) e a Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP),no município de Salvador-BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência desenvolvido em 2017.2 pelos 4 discentes do curso de Enfermagem da EBMSP, no estágio supervisionado em Saúde Coletiva, em parceria com o 11º Centro de Saúde e uma Escola Estadual de ensino fundamental. Inicialmente os discentes fizeram um levantamento junto ao grupo de alunos e coordenação da escola, sobre as temáticas de maior interesse por parte destes, a fim de que fossem discutidas nas oficinas de educação em saúde. O segundo momento foi trabalhado o Papiloma Vírus Humano (HPV) conforme

solicitação da UBS para administração do imunobiológico e roda de conversa. No último encontro, atendendo a uma solicitação dos multiplicadores, foram trabalhados os temas gênero e transgênero pelos acadêmicos. Através de metodologias ativas, que facilitaram a aprendizagem individual e coletiva, buscando desenvolver a autonomia do sujeito e sua capacidade de autoreflexão no cuidado de si e do outro. Nota-se que o impacto inicial percebido em relação aos multiplicadores ainda é sucinto, frente ao tempo, faixa etária, imaturidade e a dimensão do trabalho para a formação. Porém o interesse em participar dos encontros e a disseminação de informações entre seus pares, estimula e encoraja os acadêmicos e profissionais de saúde a darem continuidade ao trabalho. Em tempo, ainda não foi possível mensurar os resultados significativos de forma mais concreta no rendimento escolar dos multiplicadores de saúde junto aos seus componentes curriculares. Mas deslumbra-se um interesse em alinhar os conteúdos programáticos juntos as temáticas trabalhadas por parte da escola, academia e serviço de saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Contudo espera-se ter: Sensibilização, empoderamento e responsabilização dos adolescentes da escola do ensino fundamental junto ao papel do multiplicador em saúde;

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Crescimento das equipes de ensino, serviço e comunidade para

com as interfaces do cuidado ao adolescente inseridos no PSE.

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IES35. VIVÊNCIA NO SERVIÇO DE SAÚDE OFERICIDO PELO HEMOBA PARA PESSOAS COM DOENÇA FALCIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Lourdes Mila Almeida Brito, Ana Carolina Barreiros Machado, Joyce Conceição de Souza

Nascimento, Lara de Freitas Cruz Guimarães, Mayanna Evelin Oliveira Macêdo, Maria Gabriella Brito Pires de França, Carlos André Gomes Silva Mamede, Roberto Rodrigues Bandeira Tosta

Maciel

Palavras-chave: Anemia falciforme; HEMOBA; Doença falciforme

INTRODUÇÃO

A Doença Falciforme (DF) é uma das doenças hereditárias mais prevalentes no Brasil, especialmente no Nordeste, de etiologia genética, com implicações na condição de saúde e qualidade de vida. Desta forma, entende-se a grande demanda desta população no Sistema único de Saúde (SUS), visto seu caráter crônico e de tratamento continuado.

OBJETIVO Relatar a experiência de estudantes do curso de Fisioterapia durante o Projeto Interdisciplinar, ofertado no 4º semestre, que pauta as discussões sobre políticas públicas para esta população.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A vivência aconteceu no dia 08 de Junho de 2017, momento este em que o grupo teve maior contato com o HEMOBA, possibilitando observar seus aspectos espaciais, a dinâmica social, as limitações, composição étnica, etária, profissional e educacional da população vigente, bem como a relação dos pacientes com os profissionais de saúde. O ambulatório do HEMOBA, localizado em Brotas, tem atendimento por demanda espontânea, e comporta até 4000 pacientes cadastrados, incluindo pacientes com DF, sendo que para estes é disponibilizado o serviço de fisioterapia, o qual ocorre duas vezes por semana, com duração

de aproximadamente 45 min. Em geral, o perfil dos indivíduos é de baixa renda, residentes em Salvador e do interior do Estado da Bahia, que são beneficiados por uma equipe multiprofissional. Foi-nos relatada que a principal demanda desse serviço é a resolução das crises álgicas; contudo, o espaço físico e a quantidade de profissionais não suprem esta procura. É notável que existam políticas públicas voltadas para esta população; no entanto, devido à concentração do serviço na capital, considerando ainda a quantidade de centros de atendimento para pessoas com DF e a quantidade de profissionais nestes centros, não se consegue suprir as necessidades da mesma, principalmente dos residentes do interior do Estado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A vivência no HEMOBA tornou possível uma observação ativa do papel do SUS na assistência à pessoa com doença falciforme, uma vez que o sistema dispõe de Políticas Públicas, incluindo um número considerável de portarias que assistem essa população visando uma melhor qualidade de vida e investindo em tratamentos adequados para esta população. No entanto, a quantidade de centros de atendimento, a dimensão demográfica do mesmo, bem como a quantidade de profissionais de saúde disponíveis para atendimento ao paciente com DF carece de novas condutas e

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investimentos.

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IES37. ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PARA A ADESÃO FARMACOTERAPÊUTICA EM IDOSOS COM POLIFARMÁCIA

Bruna Santos de Oliveira, Amanda Maria Villas Boas Ribeiro, Lenina Damasceno Costa Helena Pataro, Jesica Tatiana Ponce, Galliana Britto de Moraes, Patricia Sodré Araújo

Palavras-Chave: Terapia medicamentosa; Atenção básica; Atenção farmacêutica

INTRODUÇÃO O aumento da expectativa de vida da população brasileira e o surgimento de doenças crônicas em idosos contribuem para a polifarmácia, que é definida como o uso de 5 ou mais medicamentos simultaneamente. O envelhecimento traz algumas mudanças fisiológicas que alteram as propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas dos medicamentos acarretando aumento de problemas relacionados a medicamentos. A adesão ao tratamento nesses pacientes se faz de maneira compartilhada, com atento aos fatores que cercam o individuo que influenciam na adesão ao tratamento.

OBJETIVO Relatar a experiência na atuação multiprofissional de residentes de Farmácia e Enfermagem sob supervisão da Terapia ocupacional a idosos com polifarmácia e dificuldade de adesão a farmacoterapia de uma Unidade de Saúde da Família (USF) do município de Salvador.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato de experiência da atuação da equipe Saúde da Família, Núcleo Saúde da Família e residentes junto a idosos com polifarmácia e dificuldade de adesão ao tratamento no período de Agosto a Novembro de 2017. Os idosos foram identificados pelos Agentes Comunitários de Saúde das equipes que compõem a USF.

Posteriormente, foi feita análise dos prontuários e selecionados os casos mais urgentes para a intervenção. Em seguida, planejamento e efetuação de visitas domiciliares, em que foram levantados os problemas da dificuldade de adesão a partir da avaliação farmacêutica e avaliação de enfermagem, além disso, foi realizado analise do contexto socioeconômico e familiar e avaliação cognitiva. Percebe-se que em alguns casos há uma possível interferência do declínio cognitivo e letramento funcional na dificuldade de adesão ao tratamento. Houve um envolvimento ativo dos profissionais de saúde e usuários, proporcionando um fortalecimento do vínculo dos pacientes com a equipe de saúde, ponto decisivo para a produção do cuidado e sua continuidade, aumentando a resolubilidade dos problemas de saúde através da atuação multiprofissional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A adesão da terapia medicamentosa por idosos é dificultada por diversos fatores, que muitas vezes passam despercebidos por profissionais que aderem à medicalização excessiva a esses usuários. A atuação multiprofissional é um instrumento de grande valia na atenção básica, pois proporciona um olhar ampliado ao sujeito e resolução de diversas questões relacionadas à saúde, diminuindo os encaminhamentos desnecessários a atenção

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secundária e otimizando o fluxo de trabalho dos profissionais de saúde.

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IES38. RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET GRADUASUS DA ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA EBMSP/SMS SALVADOR

Moisés Vila Flor Santos Neto, Mayara Cíntia de Jesus Silva, Cristiane Lopes, Rosângela Fontes

Santos, Ticiane Teixeira de Mendonça, Patrícia Suguri Cristino, Rosicleide Araújo Freitas Machado, Miriam Pinillos Marambaia

Palavras-chave: Serviços de saúde; Instituições acadêmicas; Desenvolvimento de pessoal

INTRODUÇÃO O PET GraduaSUS é um programa do Ministério da Saúde, em articulação com o Ministério da Educação, que busca a qualificação do ensino na área da saúde a partir do fortalecimento da interface entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições de ensino superior (IES). O projeto da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) foi concebido em torno dos eixos: mudanças curriculares e integração ensino-serviço-comunidade. Envolve grupos tutoriais dos cursos de Odontologia (ODO), Enfermagem (ENF) e Medicina (MED), sob a coordenação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador-BA.

OBJETIVO Esse trabalho tem como objetivo apresentar o relato de experiência do PET GraduaSUS EBMSP/SMS Salvador-BA, no período entre maio de 2016 até o momento atual. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Destacam-se como ações do ano 1 desse projeto: a sondagem de temas para Educação Permanente em 4 Unidades de Saúde da Família (USFs), sendo duas do Distrito Sanitário do Cabula (Pernambuezinho e Cabula VI); oficinas de Acolhimento Pedagógico nessas em USFs; o Curso de Preceptores para Cirurgiões-Dentistas dos distritos Cabula, Brotas e Pau da Lima (presencial e à distância).

RELATO DE EXPERIÊNCIA Quanto aos resultados, no eixo Mudanças Curriculares destacam-se: 1. Fortalecimento do Núcleo Comum da EBMSP, através de oficinas pedagógicas e rodas de conversa com todos os docentes dos componentes curriculares que o compõem; 2. Análise de planos de ensino (ODO) a partir de novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs); 3. Revisão de instrumentos de avaliação de estágio (ODO/ENF), 4. Ampliação de carga horária do internato (MED) na Atenção Primária à Saúde (APS). No eixo Integração Ensino- Serviço-Comunidade destacam-se: 1. A inserção do internato de Medicina na APS no 11º semestre; 2. A garantia de 100% de vagas de Estágio na APS (ODO); 3. A revisão do Manual de Estágio (ENF), com a participação de preceptores da SMS e fortalecimento da parceria já existente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Para o ano 2 serão incluídos estudantes de outros cursos da EBMSP e o foco será a implantação/implementação do acolhimento em 4 USFs, visando qualificar esses cenários de prática, bem como viabilizar a participação futura de estudantes no acolhimento, em atividades curriculares contribuindo assim para a sustentabilidade da integração ensino-serviço-comunidade.

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IES39. CURSO DE EXTENSÃO PARA FORMAÇÃO DE DENTISTAS PRECEPTORES NO SUS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Catarina Ribeiro Abreu, Patricia Suguri Cristino, Mônica Moura da Costa e Silva, Tatiana Frederico, Ticiane Mendonça, Haline Antunes, Raphael Santos Sande

Palavras-chave: Educação em Odontologia; Educação Permanente; Integração Docente-Assistencial

INTRODUÇÃO Antes mesmo da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) já se reconhecia a necessidade de mudança no modelo de atenção e de formação em saúde. Algumas estratégias interministeriais foram traçadas, tais como as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) em 2002, o Programa Nacional de Reorientação Profissional em Saúde (PRO SAÚDE) em 2005 e o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET Saúde) em 2008. No ano de 2015 foi lançado edital do PET Saúde GraduaSUS, a versão mais recente do PET Saúde, com foco nas mudanças curriculares, integração ensino-serviço-comunidade e formação de preceptores para o SUS. A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP) foi contemplada com o edital do PET Saúde GraduaSUS e trabalha, desde maio de 2016, com grupos tutoriais de Odontologia, Medicina e Enfermagem. No eixo de atuação “Integração ensino-serviço”, a equipe de Odontologia da EBMSP do PETGraduaSUS planejou um “Curso de Extensão para formação de preceptores no SUS”.

OBJETIVO Apresentar a experiência do Curso de Extensão para formação de dentistas preceptores no SUS e discutir sobre a

sua importância para integração ensino-serviço-comunidade e educação permanente em saúde.

RELATO DE EXPERIÊNCIA O curso foi estruturado na forma de encontros presenciais, constituídos por Oficinas e Rodas de Conversas mensais e três módulos de Educação à Distância (EAD) construídos na plataforma moodle da EBMSP, cujos temas trabalhados foram escolhidos pelos preceptores. O público-alvo foi formado por cirurgiões-dentistas que atuam como preceptores em USF’s e UBS de Salvador-BA dos alunos do 10º semestre do curso de Odontologia da EBMSP no componente curricular de Estágio em Saúde Coletiva V. Como principais resultados podemos destacar a além da ampliação dos locais de práticas e de preceptores do SUS, a oportunidade dos estudantes de vivenciarem o cotidiano dos profissionais atuantes na saúde da família. Também é importante destacar a formação de vínculo entre a Instituição de ensino e preceptores e a desmistificação de um SUS ineficiente para os estudantes de Odontologia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A EBMSP e o PETGraduaSUS reconhecem a importância desta formação dos dentistas para atuarem como preceptores da graduação em Odontologia no serviço público, uma vez que o ensino exige o desenvolvimento de competências e habilidades que nem todos os profissionais desenvolvem ao longo de sua carreira. Além disso, as “Rodas de Conversa” permitem a criação de novos caminhos para o

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estabelecimento de uma comunicação verdadeiramente dialógica e democrática entre uma instituição de ensino e de serviço de saúde.

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IES40. AS REDES DE ATENÇÃO Á SAÚDE IDENTIFICADAS NO MAPA DO DISTRITO CABULA BEIRÚ

Telma Bárbara Almeida de Jesus, Haline Souza Antunes

Palavras-chave: Rede de atenção à saúde; Distritos sanitários; Cartografia

INTRODUÇÃO

As Redes de Atenção à Saúde (RAS) são arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que buscam garantir uma atenção à saúde de forma contínua, integral, humanizada, de qualidade e responsável conforme preconiza os princípios e as diretrizes do Sistema Único de Saúde. O distrito sanitário (DS)’ compreende áreas de abrangência, bairros e munícipios que comporta uma população com características epidemiológicas e sociais e com suas necessidades e os recursos de saúde para atendê-la. A identificação da localização das RAS possibilita que o trabalhador oriente melhor os usuários sobre os locais de referência; e esse empoderamento dos usuários poderá facilitar sua acessibilidade.

OBJETIVO

Relatar a construção do mapa do DS Cabula Beirú com a identificação da rede de referências. Relato de Experiência: A demanda da cartografia do DS com a identificação da RAS foi identificada pelos mediadores (alunos, preceptores e tutores do PET Gradua-SUS), durante as oficinas do acolhimento pedagógico com trabalhadores de algumas unidades de Saúde do referido DS. As bases de dados utilizadas foram o Geopólis/Conder, Google Maps e documentos do DS Cabula-Beirú

sobre a RAS, em outubro de 2017. RELATO DE EXPERIÊNCIA

Foi construído o mapa do território do DS com identificação da RAS. Esse instrumento será impresso e disponibilizado nas salas de espera dos serviços de Saúde do referido DS para que tanto trabalhadores, como usuários tenham acesso; e o mapa digital será compartilhado com os trabalhadores. O impacto dessas ações poderá ser avaliado após processo de implantação do instrumento. Para os alunos do PET a experiência proporcionou uma visão ampliada e contextual do que é a Estratégia de Saúde da Família e sobre os serviços de referência.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a construção do instrumento percebeu-se a necessidade do compartilhamento das informações sobre as bases de dados para que os trabalhadores dos serviços possam incorporar essa tecnologia aos seus processos de trabalho (ex.: para construção de mapas da área adscrita, identificação de equipamentos presentes no território, etc). A integração ensino-serviço possibilita que o aluno contribua para melhoria dos processos de trabalho em saúde e proporciona uma formação de trabalhadores mais qualificados para atuarem no SUS.

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EIXO TEMÁTICO:

PRÁTICAS EM SAÚDE

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PS03. AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DOS SINTOMAS DA DPOC AVALIADOS PELO QUESTIONÁRIO COPD ASSESSMENT TEST (CAT)

Ingredy Souza Oliveira

Palavras-chave: CAT; Classificação GOLD; DPOC.

INTRODUÇÃO

O teste de avaliação da doença obstrutiva crônica (DPOC) - CAT é um questionário incorporado como um dos principais instrumentos de avaliação da doença. Tem como objetivo, quantificar o impacto da DPOC na vida do paciente, as mudanças que ocorrem ao longo do tempo, assim como facilitar a comunicação entre os pacientes e profissionais da saúde.

OBJETIVO Descrever a pontuação dos sintomas avaliadas a partir do questionário CAT em pacientes portadores de DPOC, atendidos em ambulatórios de um hospital público na cidade de Salvador.

METODOLOGIA Trata-se de um estudo de corte transversal, descritivo, com de coleta de dados realizadas entre outubro de 2015 a Junho de 2016 e obtido a partir, da aplicação de questionários padronizados aos portadores de DPOC atendidos através do serviço público de saúde. O trabalho foi aprovado sem pendências pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE: 48561015.4.3001.5028).

RESULTADOS Participaram do estudo 33 pacientes (69,7% do sexo masculino), sendo 56,67% grau de

obstrução do fluxo aéreo considerado grave, 30,00% moderada e 13,33% com categoria muito grave. No CAT, 18,18% dos participantes pontuaram a tosse com grau 3, secreção pulmonar 48,48% dos pacientes relataram grau 0, entre os que relataram o sintoma 21,21% eram grau 5. Dispneia foi o sintoma de maior frequência e intensidade com 36,36% no grau 5 e 21,21% grau 4. Grau 0 foi relato pela maioria em relação a confiança (69,7%), limitações (57,58%), alterações no sono (60,61%) e pressão torácica (57,58%). Em relação a energia 21,21% relatou grau 3 e 5, cada. 63,5% da amostra obteve um CAT ≥10.

CONCLUSÃO O CAT mostrou ser um ótimo instrumento complementar de diagnóstico espirométrico, expondo os fenótipos variáveis dos pacientes, aumentando a confiabilidade do diagnóstico de DPOC. Dispneia foi o sintoma mais frequente, seguido de tosse e secreção pulmonar. A pontuação do CAT foi, na maioria dos pacientes, de médio a alto e mostrou correlação significativa com a carga tabágica, anos de fumo e tipo de cigarro utilizado.

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PS04. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE SALVADOR – BA, NO PERÍODO DE 2007 A 2016

José Milton Barros Neto, Gabriella Madureira

Palavras-chave: Hanseníase; Perfil de saúde; Epidemiologia

INTRODUÇÃO

A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa de grande importância para saúde pública e que está diretamente associada a desigualdades sociais, uma vez que, afeta principalmente as regiões mais carentes do mundo. A hanseníase ainda é considerada um problema de saúde pública no Brasil, o país apresenta a segunda maior taxa de incidência do mundo perdendo apenas para a Índia. Apesar de uma eficiente redução nos casos de Hanseníase, o Brasil não conseguiu cumprir a meta mundial para a eliminação da hanseníase, definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), esta meta previa a eliminação da doença até 2015, com ações que levassem a redução da prevalência para valores abaixo de 1 caso a cada 10.000 habitantes. O Município de Salvador apresentou uma taxa de incidência de 1,15 casos de hanseníase por 10.000 habitantes em 2016, considerada alta de acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde. Levando-se em conta esta taxa de incidência pretendeu-se com este estudo responder a seguinte questão central: quais as características dos casos de hanseníase no município de Salvador no período de 2007 a 2016.

OBJETIVO

Descrever os aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de Salvador/BA, no período de 2007 a 2016.

METODOLOGIA

Estudo descritivo, epidemiológico, utilizando o método quantitativo que utilizou os dados secundários de notificação de casos hanseníase no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-SINAN. Após a coleta, os dados foram informatizados e analisados estatisticamente, utilizando o software TABWIN.

RESULTADOS

Foram notificados 3.481 casos novos de hanseníase, com média anual de taxa de incidência de 1,22 casos/10.000 habitantes nos anos estudados, sendo 278 casos em <15anos, 52,2% dos casos foram no sexo feminino, havendo maior predomínio entre pardos (55,3%). A forma clínica prevalente foi a dimorfa (38,5%) e a classe operacional foi a multibacilar (53,7%). Foram avaliados quanto ao grau de incapacidade no momento do diagnostico 94,4% de todos os casos diagnosticados no período.

CONCLUSÃO

Salvador apresenta um alto grau de endemicidade na população geral, sugerindo uma existência oculta de prevalência da doença e um diagnóstico tardio, tendo em vista que a maioria dos casos notificados foi da forma multibacilares, e pelo elevado número de casos com tipo de incapacidade grau II. É um estudo de importância e relevância consideráveis na medida em que novas estratégias possam ser adotadas no intuito de reduzir a

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incidência da hanseníase no município.

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PS06. OFICINAS DE PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO POPULAR E CIENTÍFICO ALIADOS PARA O USO RACIONAL E SEGURO

Bruna Santos de Oliveira, Dhuliane Mâcedo Damascena, Lenina Damasceno Costa, Sarah

Senna dos Santos Cardoso, Helena Patáro de Oliveira Novaes, Jesica Tatiana Ponce,

Patricia Sodré Araújo

Palavras-Chave: Atenção primária a saúde; Terapias complementares; Plantas medicinais;

Educação em saúde

INTRODUÇÃO

O uso de plantas medicinais acompanha a humanidade nos mais primórdios tempos, porém, com o surgimento da indústria farmacêutica essa prática vem perdendo espaço para os medicamentos alopáticos. Com a publicação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foram preconizadas ações para a garantia do acesso seguro e uso racional de plantas medicinais aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), no qual a Estratégia Saúde da Família (ESF) possui um papel fundamental na criação de vínculo entre a comunidade e o serviço de saúde, sendo um espaço para estímulo das práticas integrativas e complementares, resgatando o conhecimento popular e incentivando o cultivo e uso seguro de plantas medicinais.

OBJETIVO

Relatar a experiência da realização de oficinas sobre o uso de plantas medicinais em uma Unidade de Saúde da Família (USF).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se de um relato de experiência de oficinas realizadas em uma USF de Salvador sobre o cultivo e uso de plantas medicinais no período de 14 de Agosto a 05 de Outubro de 2017. Cerca de 20 usuários participaram das quatro oficinas, dispostas nas seguintes temáticas: 1ª oficina: O uso racional e seguro de plantas medicinais –

seleção de plantas mais utilizadas; 2ª oficina: Indicações terapêuticas das plantas escolhidas: identificação, toxicidade, interação com medicamentos, contraindicação; 3ª oficina: Método de preparo das plantas, conservação e armazenamento; 4ª oficina – Cultivo das plantas através de sementeiras e mudas. A realização das oficinas proporcionou a interação entre a comunidade e a USF, resgatando o saber popular e incentivando o uso das plantas medicinas de modo racional e seguro através da educação em saúde prestada pelas residentes. Com o conhecimento e detenção das informações sobre o uso, modo de preparo e cultivo, as oficinas impulsionaram tanto os profissionais quanto a comunidade a ver as plantas medicinais e seus derivados como uma prática integrativa com potencial recurso terapêutico ampliando a terapia complementar para diversas doenças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência de execução das oficinas serviu para consolidar o vínculo entre comunidade e serviço de saúde, reforçando a USF como primeiro contato do usuário com o SUS, assegurando informações que possibilitam a reflexão do uso de práticas terapêuticas não convencionais, ampliando as ofertas de cuidado, redução da

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medicalização excessiva e fortalecendo o princípio da

integralidade em saúde.

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PS07. A PRODUÇÃO DO CUIDADO E A FONOAUDIOLOGIA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE: UM ESTUDO NA REDE PRÓPRIA DO MUNICÍPIO DE

SALVADOR

Kaline Lemos Silva, Márcio Costa Souza

Palavras-chave: Fonoaudiologia; Saúde pública; Atenção integral à saúde.

INTRODUÇÃO

A fonoaudiologia gradativamente tem conquistado seu espaço nos serviços de Saúde Pública. Suas práticas antes focadas na reabilitação foram ampliadas para atender diversos níveis de assistência á saúde, incluindo a Atenção Básica. Atualmente o fonoaudiólogo tem como objetivo de trabalho a prevenção, promoção, reabilitação e recuperação da saúde, na perspectiva da integralidade do cuidado. O cuidado é uma ferramenta fundamental para produzir saúde. Todos podem acolher, escutar, conversar com o usuário, conhecer a sua história e as suas necessidades a fim de identificar qual a melhor forma de proporcionar saúde para o sujeito.

OBJETIVO

Avaliar a produção do cuidado fonoaudiológico na Rede de Atenção à Saúde do município de Salvador-BA.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caráter qualitativo, descritivo exploratório, realizado por meio de entrevistas semiestruturadas no período de 2016/2017. Devido à verdadeira escassez de fonoaudiólogos no setor público de Salvador, o estudo contou apenas com os quatro fonoaudiólogos que atualmente compõem a Rede de Atenção à Saúde do município. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado da Bahia respeitando a Resolução Nº466 de 12 de

dezembro de 2012 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo, emergindo duas categorias: O fazer fonoaudiológico na (des)construção do cuidado e O trabalho e o cuidar do fonoaudiólogo no SUS.

RESULTADOS

Foi observado desconhecimento e incertezas por parte dos fonoaudiólogos em relação ao acolhimento e sua prática, bem como fragmentação do cuidado e encaminhamento de forma não efetiva. Dentre as dificuldades na oferta do cuidado está à deficiência de recurso humano frente à procura pelo atendimento desse profissional, além da falta de materiais, contudo, esta última não impede a produção do cuidado, visto que este é realizado predominantemente com a utilização de tecnologias leves, a destacar a escuta.

CONCLUSÃO

A produção do cuidado fonoaudiológico na Rede de Salvador envolve ações de acolhimento, encaminhamento, vínculo e trabalho em equipe. Diante a deficiência de fonoaudiólogos na Rede do município, torna-se necessário ampliar a oferta do cuidado fonoaudiológico para suprir as demandas da população, com vistas a facilitar o acesso e diminuir a lista de espera pelo atendimento. Ademais, é preciso investir na educação permanente desse profissional para que a sua atuação

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esteja o mais próxima das diretrizes e políticas do SUS, a exemplo da Política Nacional de Humanização, com o objetivo de aprimorar e

atualizar a capacidade do trabalhador e, assim, proporcionar saúde aos usuários.

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PS08. OFICINA DO DIA DAS CRIANÇAS NA CASA DE ACOLHIMENTO INFANTIL DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Denise Santana Silva dos Santos, Tânia Christiane Ferreira Bispo, Climene Laura de Camargo

Palavras-chave: Criança; Enfermagem; Prisão; Brincar.

INTRODUÇÃO

Atualmente as crianças são vistas como seres únicos com sua subjetividade preservada e com potencial de aprendizado cada vez mais sensível aos estímulos que recebem.

OBJETIVO

Relatar a experiência das atividades realizadas pelos discentes de enfermagem em comemoração ao dia das crianças desenvolvidas em uma casa de acolhimento de um complexo penitenciário localizado em Salvador-BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Para estimular o desenvolvimento infantil dentro da Casa de Acolhimento do complexo prisional que abriga filhos de mães em situação de prisão, foi realizada uma Oficina de comemoração ao dia das crianças promovida pelo Projeto de Extensão “O brincar e o desenvolvimento infantil na casa de acolhimento do complexo penitenciário” em Salvador-BA vinculado ao Núcleo de Pesquisa

Interface em Saúde (NUPEIS) da UNEB. Foi realizada uma gincana com atividades que exigiam habilidades cognitivas e motoras das crianças, além da cooperatividade entre elas, participaram da oficina 14 crianças e adolescentes. Durante o desenvolvimento das brincadeiras percebeu-se um déficit na habilidade da leitura: crianças com mais de dez anos tinham dificuldade para ler as pistas do caça tesouro, mas se esforçaram para conseguir entender e encontrar o tesouro, demonstrando o estímulo cognitivo que há por trás de uma brincadeira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A experiência de promover esses momentos entre crianças que vivenciam situações de vulnerabilidade devido a situação de cárcere de seus pais reafirma a importância desses momentos de estímulo à habilidade motora, cognitiva e a socialização, visto que o retorno obtido pelas crianças foi positivo.

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PS09. RODA DE DIÁLOGO NASF/ACS: PENSANDO JUNTOS O CUIDADO NO TERRITÓRIO

Alanda Ribeiro dos Santos Andrade, Ana Lucena de Sá, Carla César Fontes Leite, Danila Feitoza Carvalho, Mariana Viana

Palavras-chave: Estratégia saúde da família; Educação permanente; Agente comunitário de

saúde

INTRODUÇÃO

A Estratégia de Saúde da Família carrega em si uma enorme potência de cuidado, potência essa que depende de uma multiplicidade de fatores para se desenvolver plenamente. Visando o desenvolvimento da Atenção Básica, num sentido de ampliação do cuidado, surgem os Núcleos de Apoio à Saúde da Família, através da Portaria nº154, no ano de 2008. A formatação de trabalho do NASF pressupõe sua atuação em duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógico. Nessa perspectiva, o NASF Sussuarana vem construindo o seu trabalho de matriciamento com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Este núcleo existe desde 2016 e é composto por cinco profissionais de quatro especialidades, a saber: psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional e educação física. Apoiando 5 EqSF da USF Raimundo Agripino. Optou-se pela realização de Educação Permanente com os ACS em virtude da relevância da sua atividade profissional, principalmente no que tange à função que estes exercem de elo entre as USF e a comunidade.

OBJETIVO Trabalhar temas transversais em saúde, num sentido de ampliar o olhar dos ACS, intencionando alcançar um importante princípio do SUS: a integralidade do cuidado. Alguns objetivos específicos também são elencados:

estabelecer um canal de comunicação efetivo do processo de trabalho dos profissionais; fortalecer o vínculo entre os trabalhadores; ampliar a produção e troca de conhecimento entre as diversas especialidades, bem como valorizar a atividade profissional dos ACS.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As atividades ocorreram como forma de um encontro mensal no período de agosto de 2016 a março de 2017, totalizando 05 encontros. Foi realizada uma parceria com uma Escola Municipal do território, utilizando-se uma sala multimídia desta. A metodologia foi pensada para cada encontro possuir um tema e, a partir deste, abordagens expositivas e ativas foram desenvolvidas. Os temas escolhidos levaram em consideração as demandas trazidas pelos ACS no cotidiano de suas atividades: cuidados em saúde mental na AB; rede de atenção psicossocial; violência doméstica; álcool e outras drogas; projeto terapêutico singular.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho possibilitou acessar os sentidos e significados de variados temas em saúde desses trabalhadores e, ao mesmo tempo, realizar uma profícua troca de saberes. Dessa forma, a Roda de Diálogos NASF/ACS mostrou-se como uma rica alternativa de desenvolvimento de um trabalho na ESF.

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PS10. GRUPO BRINCAÊ: PORQUE BRINCAR É COISA SÉRIA

Alanda Ribeiro dos Santos Andrade, Ana Lucena de Sá, Carla César Fontes Leite, Danila Feitoza Carvalho, Mariana Viana de Moura

Palavras-chave: Desenvolvimento infantil; Núcleo de apoio à saúde da família; Atenção básica

INTRODUÇÃO O trabalho do NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) pressupõe sua atuação em duas dimensões: clínico-assistencial e técnico-pedagógico. Com foco na dimensão clinico - assistencial, o NASF Sussuarana realiza o “Grupo Brincaê” com crianças do território adscrito na perspectiva da promoção da saúde e do cuidado continuado de acordo suas diretrizes. O grupo acontece quinzenalmente com crianças de 7 a 10 anos que apresentam demandas com relação ao comportamento, desenvolvimento e interação em seus diversos contextos. O Brincaê, como um espaço para/com crianças, se faz sedutor pela possibilidade do Brincar em um espaço não muito comum (USF), num território marcado por questões sociais importantes e muitas vezes com limitações nas possibilidades de brincadeira.

OBJETIVO Promover um espaço lúdico para as crianças, através de brincadeiras estruturadas e construídas juntamente com elas, que propiciem um setting de intervenção e observação clínica, caracterizando este como um espaço terapêutico. Pretende, também, estimular experiências corporais, promover a socialização e a interação; matriciar as EqSF sobe a temática da infância.

RELATO DE EXPERIÊNCIA As brincadeiras são pensadas

juntamente com as crianças, respeitando idade adequada, cultura a qual elas pertencem, finalidade com a brincadeira e recursos necessários e disponíveis. Dentre estas, são realizadas atividades que proporcionam lazer como cinema, atividades de expressão corporal utilizando música/dança, atividades expressivas e sensoriais usando argila, tinta e massa de modelar, e ainda, datas comemorativas como forma de valorização cultural a exemplo do São João e Dia da Consciência Negra. Já é possível perceber avanços como uma melhor interação entre as crianças, o respeito às regras e limites, melhora na capacidade criativa, concentração e atenção e autonomia. É possível também perceber mudança na vinculação com das crianças e responsáveis com o NASF e o serviço; vinculação de outros profissionais; valorização do brincar por parte dos profissionais, dos responsáveis e das crianças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Sobretudo, o grupo possibilita uma maior aproximação com as crianças do território e com seus responsáveis, perceber o perfil que elas apresentam em relação ao seu desenvolvimento de uma forma geral, além de poder discutir com profissionais e responsáveis sobre a importância do brincar, do estímulo através da ludicidade, que reflete no desenvolvimento biopsicossocial enquanto sujeito.

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PS11. SABER ENVELHECER: UMA EXPERIÊNCIA LÚDICA E ARTISTICA NA ATENÇÃO BÁSICA PARA PROMOÇÃO DO ENVELHECIMENTO ATIVO

Valnice Machado Menezes; Cinara Cícera Salgado Nunes; Ana Caroline De Marino; Helena Patáro; Mário Antônio Valença Bove; Joana Angélica Lourido de Souza

Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento ativo; Lúdica

INTRODUÇÃO O aumento da longevidade fruto de melhorias sanitárias e diminuição das taxas de natalidade e fecundidade, traz consigo não apenas mudanças na estrutura etária da população, mas no perfil de morbimortalidade. Assim, os modos tradicionais de cuidados centrados no sintoma tornam-se ineficazes, solicitando ações mais ampliadas e coletivas. Neste contexto, a Equipe de Saúde Bucal da Estratégia da Saúde da Família, desenvolveu este projeto com a finalidade de reorganizar e facilitar o cuidado em saúde, com vistas à promoção do envelhecimento ativo e saudável bem como ofertar ações de manutenção da capacidade funcional. Estas ações estão em consonância com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.

OBJETIVO Descrever a experiência do Projeto Saber Envelhecer realizado na USF Arenoso.

RELATO DE EXPERIÊNCIA O Projeto Saber Envelhecer da unidade de saúde Professor Guilherme Rodrigues da Silva, no bairro Arenoso, foi implantado pela ESB. O projeto foi iniciado em julho de 2016 e acontece até a presente data. As atividades são organizadas em módulos que ocorrem quinzenalmente, com duração de 2h, no Colégio Estadual Antônio Sérgio Carneiro ou na USF. São realizadas ações educativas e terapêuticas, de forma horizontal, por meio de

atividades programadas, com os diversos profissionais da equipe de ESF e do NASF. As atividades programadas têm como foco a pessoa idosa como protagonista e estão voltadas para o estímulo e resgate de potencialidades de cada sujeito e estimulada a troca de experiências, de saberes e de sentimentos. São utilizadas atividades cognitivas onde é estimulada a memória, atividades manuais e de artesanato, dramatização, dança e atividade estéticas. Através do projeto foi possível a reflexão dos determinantes sociais e seus impactos nas condições de saúde dos idosos, utilizando seus saberes para desenvolver a autopercepção de sua qualidade de vida e ressignificação do processo de envelhecimento; além de promover o aumento da autoestima e melhora da socialização entre os participantes do grupo e comunidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS É possível perceber que as estratégias utilizadas para promoção de um envelhecimento ativo estão sendo eficazes, pois os idosos se mostram capazes de realizar suas atividades cotidianas de forma independente e autônoma. Dessa forma, é importante o fortalecimento e a ampliação do projeto para outras unidades, a fim de contribuir para melhoria da qualidade de vida desse grupo populacional.

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PS14. A VULNERABILIDADE FEMININA EM UM CENTRO OBSTÉTRICO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jéssica Gomes Mota, Danilo Alves Saback, Flávia Fernanda Santana Nascimento, George da

Silva Pereira, Mary Lúcia Souto Galvão

Palavras-Chave: Salas de parto; Parto humanizado; Vulnerabilidade em saúde

INTRODUÇÃO

As formas de nascer no Brasil sofreram inúmeras ressignificações ao longo dos últimos anos. A partir do século XX os cuidados ofertados a gestante e sua família foram modificados, dando lugar a assistência institucionalizada e ao parto hospitalar como predominante. Com este processo de hospitalização o parto ganha um novo significado e a mulher - agora submetida a intervenções desnecessárias - passa a ter seu corpo constantemente violado. Considerada como um problema complexo e multifatorial de saúde pública, a violência obstétrica vem ganhando notoriedade devido a sua repercussão sobre a saúde de mães e nascidos. Compreendendo este contexto, a presente narrativa trata-se de um relato de caráter descritivo e observacional, realizado por discentes durante aulas práticas da disciplina Enfermagem na Saúde da Mulher no Parto e Puerpério, em um Hospital Público do distrito sanitário Cabula-Beirú, no período de dois dias.

OBJETIVO

Relatar a experiência de estudantes de enfermagem em um centro obstétrico (CO).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Contrapondo-se às Boas Práticas de Atenção ao Parto e Nascimento, instituídas pela OMS, percebeu-se neste CO, elementos inadequados como: ambiência, iluminação, leitos sem garantia de privacidade e

ausência de locais de conforto para os acompanhantes. Dada à oportunidade de conduzir o trabalho de parto de uma mulher negra, secundigesta e em situação de vulnerabilidade social, o medo de sofrer violência obstétrica foi observado na expressão: “se eu gritar, vão me segurar aqui”. Permitindo que a gestante exercesse a sua autonomia, com livre escolha para trocar de posição, foram-lhe apresentados os métodos não invasivos de alívio da dor (deambulação, massagem lombossacral e cavalinho). Outra situação observada foi a abordagem agressiva a uma adolescente que, no corredor do CO, teve o corpo invadido e sua bolsa rompida por um médico. Em sequência, o parto ocorreu com a cruel medicalização do corpo feminino e retirada do seu protagonismo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em tempos aonde a humanização da assistência ao parto vem sendo amplamente discutida nas academias, a vivência neste centro obstétrico de um hospital escola foi fundamental para perceber como a mulher ainda encontra-se vulnerável a diversos tipos de violência, sobretudo a obstétrica; e como o modelo tecnocrático, mecanicista, está enraizado nas condutas profissionais, evidenciando a necessidade de ampliar as discussões sobre a temática.

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PS15. GRUPO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR PARA PACIENTES OBESOS: FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE

Lenina Damasceno Costa, Narla Denise Rodrigues Fernandes, Isabelle Vasconcelos Maia, Ticiana Mesquita Hupsel, Thiago Souza Santana, Patrícia Sodré Araújo,

Camilla Miranda de Oliveira

Palavras-chave: Obesidade; Educação em Saúde; Atenção Primária à Saúde

INTRODUÇÃO

A obesidade é um dos fatores de risco de maior impacto para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. É compreendida como um agravo de caráter multifatorial. A educação em saúde tem sido apontada por estudos como estratégia complementar para o enfrentamento dessa condição. A educação em saúde realizada utilizando metodologias que incluam grupos educativos na Atenção Primária à Saúde desempenha um papel fundamental por possibilitarem divulgar informações que podem contribuir para mudanças de hábitos de saúde e de estilo de vida.

OBJETIVO

Descrever as atividades realizadas em um grupo de educação em saúde para redução da obesidade e resultados obtidos pelos usuários em uma Unidade de Saúde da Família (USF).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se de relato de experiência desenvolvido na USF Prof. Guilherme Rodrigues Silva, no bairro Arenoso, em Salvador - BA. Foram realizadas entrevistas, conduzidas pela nutricionista do Núcleo de Apoio da Saúde da Família e pela farmacêutica residente, para a seleção de pacientes obesos da comunidade. Foram selecionados 12 pacientes, 10 mulheres e 02 homens com

IMC a partir de 30kg/m2 e, realizados encontros semanais, de 04 de julho a 29 de agosto de 2017, utilizando metodologias de rodas de conversa, dinâmicas e diários de registros. Durante os encontros foram abordados diversos temas: conceito de obesidade, autocuidado, mudança do estilo de vida, nutrientes e suas funções, dietas milagrosas, uso seguro e racional de medicamentos e plantas medicinais para emagrecimento, atividade física, aspectos emocionais, entre outros. A cada encontro foi entregue um diário alimentar para registro dos alimentos consumidos, para posterior discussão, orientações e ajustes, estimulando a auto percepção. Dos 12 selecionados, 06 mulheres aderiram ao grupo; dessas seis 04 apresentaram redução do peso corporal; notou-se razoável mudança de estilo de vida; observou-se satisfação em relação aos encontros; maior compreensão em relação ao emagrecimento saudável e aos dos efeitos nocivos das dietas milagrosas e uso indiscriminado de plantas medicinais e medicamentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após os 09 encontros o grupo entra em fase de manutenção, com realização de encontros mensais. Nessa fase um dos desafios é evitar a desistência dos participantes, bem como o retorno

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às antigas práticas alimentares. Outro desafio é encontrar estratégias para redução da evasão e maneiras para atrair o público masculino.

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PS17. VIVÊNCIA DE DISCENTES EM UMA FEIRA DE SAÚDE DO HOMEM: PATERNIDADE CUIDADORA E PRÉ-NATAL DO PARCEIRO

Carolina Andrade Costa, Danilo Alves Saback, Jéssica Gomes Mota, Bárbara Angélica Goméz

Pérez

Palavras-chave: Saúde do homem; Paternidade; Atenção primária à saúde

INTRODUÇÃO

A pouca presença do público masculino nos serviços de atenção primária à saúde pode estar associada à forma como a sua identidade é vista pela sociedade, relacionada à rasa preocupação com o seu bem-estar. Como forma de resgatar e sensibilizar este grupo, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem traz a perspectiva de valorizar o autocuidado da população masculina, promovendo o protagonismo sobre os seus direitos, incluindo a promoção da paternidade, processo esse que se inicia durante a gestação, com a presença do pai nas consultas de pré-natal. Tal envolvimento permite uma melhor compreensão a respeito da gravidez e das mudanças que o corpo da mulher experimenta; portanto, a paternidade deve ser construída e incentivada, cabendo à equipe multiprofissional orientar e conscientizar sobre a importância do parceiro neste momento.

OBJETIVO

Relatar a percepção dos discentes de Enfermagem em uma feira de saúde do homem, no distrito sanitário Cabula-Beiru, em Salvador-Ba.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

A feira de saúde do homem foi planejada pelos profissionais da Unidade da Saúde da Família (USF) e discentes de enfermagem. Utilizando de cartazes e folders informativos, a paternidade foi

abordada pelos estudantes que destacaram a importância da figura paterna nas consultas de pré-natal, aproveitando a oportunidade para orientar quanto ao planejamento familiar e enfatizando a relevância da participação conjunta do casal, seja na prevenção ou concepção de uma gravidez. Constatou-se que a atividade foi de grande importância para os ouvintes, pois tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e de presenciar os profissionais mais próximos da comunidade, extrapolando as barreiras do serviço de saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A feira de saúde nos permitiu compreender a evasão dos homens da atenção primária e evidenciou a carência de programas de educação, tal percepção se deu a partir da desinformação deles acerca dos temas, entre eles a importância do pré-natal do parceiro e da paternidade cuidadora. Percebendo o indivíduo, suas dificuldades e as determinações de gênero que lhe impedem de adentrar os serviços, a equipe multiprofissional deve promover medidas de acolhimento e permanência masculina nos serviços de atenção básica, começando através dessas feiras de saúde que se tornam instrumentos importantes durante o processo de acolhimento e indispensável para a formação profissional e pessoal dos discentes de enfermagem.

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PS18. IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO PACIENTE EM SALA DE VACINA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Danilo Alves Saback, Jéssica Gomes Mota, Denise Santana Silva dos Santos

Palavras-chave: Segurança do paciente; Imunização; Atenção primária a saúde

INTRODUÇÃO

A Segurança do Paciente (SP), caracterizada pela redução, a níveis aceitáveis, dos danos associados ao cuidado, não se faz presente somente em ambientes de média e alta complexidade, mas também é indispensável na atenção primária. A sala de vacinas precisa oferecer aos usuários uma assistência de qualidade e boas condições de trabalho aos profissionais, com base na cultura de segurança. Nesta perspectiva, esta narrativa trata-se de um relato descritivo e observacional realizado durante aulas práticas da disciplina Enfermagem na Atenção à Criança e ao Adolescente.

OBJETIVO

Relatar a experiência discente em uma sala de vacina, numa Unidade Básica de Saúde do distrito sanitário Cabula-Beirú, articulando-a com a SP e suas contribuições para a formação em enfermagem.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ao observar o contexto das vacinações, notamos que apesar dos imunobiológicos e materiais estarem acondicionados de forma adequada, a unidade apresentava um subdimensionamento de pessoal, o que interferia na qualidade do serviço. Revezando entre a administração das vacinas, preenchimento das cadernetas e controle do sistema virtual, duas técnicas de enfermagem lidavam com a sobrecarga de trabalho rotineiramente. O ambiente frio,

com ausência de cores e sem atrativo para as crianças - era motivo de estranheza e temor por parte dos usuários. Vinculado a essa problemática, observamos a aplicação de uma antitetânica numa criança de 10 anos que, atemorizada e sob os cuidados da mãe, acabou sendo pressionada a aceitar a vacina. Neste sentido, a pouca informação quanto aos procedimentos e o despreparo dos profissionais diante do medo e/ou recusa por parte das crianças, tornou o processo de imunização um evento traumático e, potencialmente, danoso para todos os envolvidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo a imunização, no Brasil, atividade exclusiva da equipe de enfermagem, é fundamental que os profissionais estejam aptos para atuarem nestes espaços. Tratando-se de um setor que atende majoritariamente crianças e adolescentes, a equipe deve estar sensível às angústias e disposta a atendê-los de maneira humanizada. Neste sentindo, a Educação Permanente em Saúde, como uma forma de atualização profissional para os protocolos de assistência à saúde, configura-se uma importante ferramenta de promoção da Segurança do Paciente. Somado a isso, a gestão das salas de vacinas deve respeitar as demandas e os processos de trabalho dos profissionais, o que repercutirá na qualidade do serviço

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PS19. JOGO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO APRENDIZAGEM SOBRE SEXUALIDADE PARA ADOLESCENTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Rafaela Santos do Espírito Santo, Sara de Menezes de Santana, Rejane Reis dos Santos, Helen

Cristina da Silva Paes, Tatiane Cristina Bacelar Lobo, Cinara Cícera Salgado Nunes, Gisele Brito,

Liliam Marinho, Gabriel Cruz, Laio Magno

Palavras-chave: Saúde do Adolescente; Educação Sexual; Jogos

INTRODUÇÃO

A educação sexual no ambiente escolar, mesmo no século XXI, ainda gera várias discussões e hipóteses divergentes na sociedade brasileira. Dentro desse aspecto, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens traz em suas diretrizes a saúde sexual e reprodutiva, devendo ser abordada através de ações educativas na Atenção Básica. Há, porém, a prevalência de abordagens metodológicas verticalizadas e não efetivas dentro do ambiente escolar, sendo necessárias novas abordagens para maior interação e participação dos adolescentes na construção desse conhecimento.

OBJETIVO

Relatar a experiência do uso de um jogo como instrumento de ensino-aprendizagem na promoção de reflexões sobre sexualidades, identidades e gêneros com adolescentes.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Foi utilizado um jogo de tabuleiro como recurso metodológico de ensino-aprendizagem para a abordagem do tema da sexualidade com adolescentes de 13 a 15 anos de escolas públicas da comunidade de Arenoso, Salvador/BA. As oficinas fazem parte do projeto de extensão “Promoção da Saúde de adolescentes em um território do Distrito Sanitário Cabula-Beiru”, numa integração entre a universidade, a Unidade de Saúde da Família de Arenoso e duas

escolas locais. O jogo começou a ser pensando quando foi percebido que parte dos estudantes se encontravam dispersos e que a grande maioria deles tinha um maior desenvolvimento de suas habilidades quando estimulados de maneira lúdica. Assim, foram realizadas reuniões para discussão e planejamento, onde os monitores do projeto de extensão puderam, a partir das demandas levantadas durante as oficinas, incorporar os questionamentos e dúvidas dos adolescentes. O jogo que tem como cenário uma festa, mais conhecida pelos jovens como “rolê”, sendo por isso a intitulação de “Rolê de responsa”. Diante disso foram realizadas quatro oficinas utilizando o jogo como método de ensino, e após a realização das mesmas pode-se perceber que os adolescentes demonstravam-se mais comunicativos e participantes do processo de ensino além de entusiasmados e questionantes em relação às próximas oficinas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através do jogo pode-se perceber uma maior participação e aprendizagem dos alunos participantes e como métodos de ensino (além dos tradicionais) podem ser eficazes no processo da construção aprendizado, pois estimula ao pensamento crítico e a ligação dos assuntos dados em salas de aula com os temas abordados pelo jogo.

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PS21. RISCO EM REPROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA SAÚDE EM UNIDADES BÁSICAS DE SALVADOR, BAHIA

Isabele dos Santos Dantas, Quézia Nunes Fróis dos Santos, Eliana Auxiliadora

Magalhães Costa

Palavras-chave: Esterilização; Gestão de risco; Centros de saúde

INTRODUÇÃO

A prática de reprocessamento de produtos para saúde é tema de debates relacionados ao potencial de risco para transmissão de patógenos e problemas da integridade e desempenho dos produtos reusados. A maioria dos dados publicados acerca dessas práticas origina de serviços hospitalares e existe uma lacuna referente às práticas brasileiras de reprocessamento de produtos em serviços de atenção primária da saúde.

OBJETIVO

Analisar o reprocessamento de produtos para saúde em Unidades Básicas de Salvador, Ba.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa avaliativa, do tipo estudo descritivo de casos múltiplos holítisco. Participaram do estudo todas as UBS localizadas no distrito sanitário que possuíam Centro de Material e Esterilização (CME). As estratégias utilizadas para a busca de evidências empíricas foram entrevista por meio de um formulário com perguntas semi-estruturadas com profissionais dos CMEs estudados e observação “in loco”. As categorias analíticas utilizadas nesse estudo foram: gerenciamento das práticas de reprocessamento de produtos médicos; gerenciamento das práticas de reprocessamento de produtos; estrutura física dos CMEs; protocolos de reprocessamento de produtos; monitoramento dos processos de

desinfecção e esterilização e rastreabilidade de produtos após esterilização. A coleta de dados transcorreu durante o segundo semestre do ano de 2016.

RESULTADOS

Foram encontradas 13 UBS que possuem CME. Dessas 13 UBS, foram analisadas 11, totalizando 84,6% de UBS estudadas. Dos 11 casos analisadas, 7 (63,6%) centralizam todas as atividades de limpeza, desinfecção e esterilização nos seus CMEs e essas atividades são desempenhadas pelo auxiliar de saúde bucal em 9 casos (81,8%). A ausência de climatização em todos os CMEs é uma das inadequações identificadas na categoria relacionada à estrutura física dos casos estudados. Inexistem monitoramento físico e químico do processo de esterilização em todos os casos e o monitoramento biológico é realizado semanalmente em 5 CMEs (45,4%).

CONCLUSÃO

Observaram-se inadequações em todas as categorias utilizadas neste estudo para a avaliação das práticas de reprocessamento de produtos nas UBS estudadas. Conclui-se que as práticas ora identificadas configuram risco potencial para os usuários de produtos reprocessados nos serviços de atenção básica estudados e que urge um controle sanitário efetivo desses serviços a fim de prevenir danos relacionados com o reuso de produtos médicos.

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PS22 - LIGA ACADÊMICA DE SAÚDE COLETIVA: UM DISPOSITIVO PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SAÚDE COLETIVA

Jecica dos Santos Xavier, Allana Matos Passos, Carla Santos Almeida, Jaqueline Sales de Oliveira, Silane Lima Marques Prado Lima, Yasmin Brito Carvalho, Márcio Costa de Souza

Palavras-Chave: Saúde Coletiva; Sistema Único de Saúde; Formação Profissional

INTRODUÇÃO

A Liga Acadêmica de Saúde Coletiva (LASAC) consiste em um espaço interprofissional no qual integra graduandos de diferentes cursos de saúde (Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia e Medicina) e entrelaça ensino, pesquisa e extensão, fundamentada nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Como espaço de discussão de temáticas pertinentes aos interesses dos graduandos na área da Saúde Coletiva, a liga exerce papel importante no que se refere a transcender os limites das discussões acadêmicas.

OBJETIVO

Descrever a experiência da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva enquanto dispositivo potencializador na formação profissional para o Sistema Único de Saúde.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

A Liga Acadêmica de Saúde Coletiva foi criada na Universidade do Estado da Bahia em 2015. Seu funcionamento baseia-se em encontros semanais com duração de 2 horas, em que ocorrem reuniões de formação e administrativa; e sessões abertas orientadas por um docente da área da Saúde Coletiva. Cada formação/sessão aberta é baseada na escolha de uma temática, a qual é apresentada através de metodologia ativa/participativa, com disposição

teórica do tema como base para discussões no formato de roda de conversa. Além disso, realiza regularmente eventos que se estendem a acadêmicos não-ligantes e pessoas da comunidade. As reuniões administrativas são aquelas nas quais se resolvem questões técnicas de manutenção da Liga, atribuição de cada diretor e ligante, assim como tomadas de decisões.Em seus 2 anos de duração, a liga tem proporcionado espaços de compartilhamento de saberes, ampliação da visão interprofissional das necessidades de saúde da população, produção de conhecimentos em Saúde Coletiva sob a perspectiva do cuidado integral. Nesse ínterim, foram realizados 2 “Café com SUS”, uma sessão aberta de Redução de Danos, um evento sobre Saúde Mental do Estudante Universitário, entre outras atividades.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Enquanto espaço extracurricular de aprendizagem, a liga proporciona autonomia ao graduando e desperta a percepção crítica de seu papel enquanto usuário e futuro profissional do SUS. A horizontalidade das relações permite a troca de experiências e a solidificação de sua práxis concordante com as diretrizes do sistema de saúde.

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PS23. PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL INFANTIL NA ATENÇÃO BÁSICA - RELATO DE EXPERIÊNCIA

Narla Denise Rodrigues Fernandes, Ticiana Hupsel, Sandra Brasil, Helena Pataro

Palavras-Chave: Infância; Atenção Primária à Saúde; Saúde Mental

INTRODUÇÃO

A demanda por assistência em saúde mental para o público infantil é crescente. Estudos epidemiológicos mostram altas prevalências de problemas de saúde mental em crianças e apontam insuficiência na oferta de atenção. A articulação entre saúde mental e atenção básica é primordial, pois favorece o desenvolvimento integral da criança nos seus aspectos: emocional, cognitivo, psicomotor e social.

OBJETIVO

Relatar a experiência de um projeto de intervenção em saúde mental infantil, constituído por um espaço de interações lúdicas entre crianças, para a promoção do desenvolvimento e saúde mental infantil.

METODOLOGIA

Realizou-se um mapeamento no mês de maio do local em que ocorreria o projeto, posteriormente uma reunião na escola com a presença dos pais, direção e agente comunitário de saúde, para a apresentação da proposta, e uma entrevista inicial, no mês de agosto, com os pais para coletar informações sobre a história de vida das crianças, o projeto teve inicio no mês de Maio de 2017 e será finalizado no mês de dezembro de 2017. A escolha da escola se deu pelos seguintes critérios: escola de educação infantil localizada na aérea de abrangência da ESF, local adequado, inicialmente, para realizar a atividade proposta. As crianças atendidas são da faixa

etária de 02 a 04 anos e vinculadas a ESF. Os atendimentos acontecem às terças-feiras pela manhã, quinzenalmente, durante uma hora e meia, em um espaço constituído de materiais lúdicos e brinquedos, com a presença da psicóloga que interage, observa e pontua os comportamentos das crianças.

RESULTADOS

Até o presente momento, foram realizados 08 encontros, 05 crianças acompanhadas e uma média de 30 atendimentos. Nos atendimentos, foi possível perceber que algumas crianças trazem, na forma de desenhos, ou na brincadeira, conflitos intra-familares, questões relacionadas à violência, a ausência da figura materna e/ou paterna, bem como, dificuldade de interação com seus pares e agressividade.

CONCLUSÃO

O projeto proporciona um espaço onde às crianças podem se expressar livremente, de uma forma adequada para seu desenvolvimento cognitivo, ajudando a elaborar questões das suas vidas. O projeto tem uma relevância, que é de tentar responder a uma lacuna por serviços de saúde mental infantil. Devido ao baixo custo de sua implantação, e um número significativo de atendimentos, existe uma possibilidade de ampliação para outras escolas, na própria ESF, bem como, para outros espaços, como creches, bibliotecas, centros comunitários.

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PS24. O TRABALHO DOS AGENTES DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alana Santos Ribeiro da Silva, Lilian Fátima Barbosa Marinho

Palavras-chave: Promoção da saúde; Vigilância em saúde; Zoonoses

INTRODUÇÃO

Os Centros de Controle de Zoonoses (CCZ) são de fundamental importância para saúde pública, atuam na perspectiva da vigilância epidemiológica e sanitária. O trabalho de campo é desenvolvido pelos agentes de combate às endemias (ACE) atuam exercendo atividades de vigilância, prevenção e controle de doenças e promoção da saúde, relacionadas com fatores ambientais de risco biológicos e não biológicos.

OBJETIVO

Relatar a experiência de uma acadêmica em enfermagem ao acompanhar a rotina de trabalho dos agentes de combate às endemias do CCZ em uma das áreas de abrangência do Distrito Sanitário Cabula/Beirú em Salvador-Ba.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Este relato discorre acerca da vivência no campo de prática de um componente curricular do curso de Bacharelado em Enfermagem da UNEB, em 2016. Ao acompanhar um dia de trabalho de ACE, com enfoque nas arboviroses Dengue, Zika e Chikungunya, perceberam-se dificuldades e desafios enfrentados por esses profissionais, entre elas, a falta de materiais básicos como giz para fazer identificação das casas, larvicidas e inseticidas que são importantes para prevenir e controlar doenças. Os profissionais

não possuem local próprio para se reunir, ficando de favor em escolas e na USF como ponto de apoio. A exposição à violência por conta do tráfico de drogas na região faz com que esses profissionais tenham que criar estratégias, como por exemplo, fazer a visita nas residências em dupla e em horários que os moradores estejam acordados. Os ACE relatam a demora na entrega de materiais de trabalho; a má qualidade desses produtos, além de trabalharem expostos ao sol sem uso de proteção, fardamento e mochilas em condições precárias. Foram citados casos de rejeição e resistência da população em recebê-los e outros que disseram não precisar da visita alegando não armazenar água ou que a inspeção já foi realizada por outros agentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao acompanhar o trabalho dos agentes de endemias permitiu perceber a importância do papel desses profissionais para prevenção de doenças e promoção da saúde, bem como o esforço de superação das condições precárias de trabalho e a baixa remuneração. É necessário maior apoio e valorização desses profissionais, não somente pelos governantes, mas de toda população e profissionais de saúde, pois o trabalho dos agentes fortalece a atenção primária em saúde.

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PS27. PLANEJAMENTO DA ABORDAGEM E MANEJO DE UM GRUPO DE ENFRENTAMENTO AO TABAGISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jakson Braz Alves, Bruna de Jesus Reis, Filipe Celso Santos de Jesus, Gabriela Furlanetti

de Pelegrini Freitas dos Anjos, Jecica dos Santos Xavier, Silane Lima Marques Prado

Lima, Thadeu Borges Souza Santos

Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde; Educação em Saúde; Tabagismo; Planejamento

INTRODUÇÃO

O tabagismo, assim como o sedentarismo, alcoolismo e alimentação inadequada são fatores causais de problemas de saúde-doença. A Convenção- Quadro para Controle do Tabaco objetiva impedir a expansão do consumo do tabaco e, a Portaria MS/GM nº 571, norteia a Atenção Primária à Saúde como um espaço estratégico onde as ações para o tratamento dos fumantes devem ser priorizadas. O custo/benefício do investimento na prevenção é menos oneroso ao sistema de saúde comparando aos gastos na média e alta complexidade dos quadros resultantes desse ato.

OBJETIVO

Analisar a metodologia utilizada em um Grupo de Tabagismo bem como o seu manejo em uma Unidade de Saúde da Família (USF) de Salvador.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Foi realizado durante os dias de práticas da disciplina Planificação e Gestão em Saúde, do curso de enfermagem da UNEB, a territorialização da unidade e área de abrangência, análise situacional e visita de cunho observacional à sessão do Grupo de Tabagismo que estava sendo mediado por profissionais da equipe de saúde da família de uma USF de Salvador. Nossa observação foi pautada no modelo de Matus do Planejamento Estratégico Situacional, constituindo-se pelos

momentos: explicativo, normativo, estratégico e tático-operacional, onde nossa inclusão ficou delimitada ao momento Tático- Operacional. A equipe de Saúde da Família, responsável pela condução do grupo, seguia as orientações preconizadas pelo Caderno N° 40 da Atenção Básica, Ministério da Saúde, o qual propõe que sejam realizadas quatro sessões iniciais, porém a Unidade adaptou para cinco. Quanto aos recursos pedagógicos utilizados, observamos o uso de Cartilhas, recomendadas pelo Ministério da saúde, mas que poucos participantes leram ou responderam o que a cartilha propunha apresentação de slides, o que dispersou a atenção dos participantes para a exposição dos profissionais de saúde e rodas de conversas que foram realizadas como espaço interativo dos atores envolvidos e que propiciou uma melhor discussão, obtendo sucesso, uma vez que proporcionou uma vasta troca de vivências dos sujeitos envolvidos sobre a temática.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a vivência constatamos que o planejamento atrelado à realidade local é de suma importância para execução de uma ação, e o quanto ele pode impactar diretamente nas pessoas que fazem parte do processo, pois permite a articulação entre todos os atores envolvidos.

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PS29. ENSAIO FOTOGRÁFICO COMO ESTRATÉGIA DE ADESÃO AO GRUPO DE GESTANTES: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Manuela Maciel Souza Codeço, Gisele Maria de Brito Lima, Sueli de Santana, Vanessa de Carvalho

Almeida

Palavras- chave: Educação em Saúde; Pré-Natal; Promoção da Saúde

INTRODUÇÃO

Durante o pré-natal é necessário criar espaços de educação em saúde a fim de possibilitar o preparo da mulher para viver a gestação e o parto de forma positiva e integradora. Neste contexto, entende-se que o processo educativo é fundamental para aquisição de conhecimento sobre gerar e parir, mas também para seu fortalecimento como mulher. Diante disso, profissionais de uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Salvador/BA, estagiários da graduação de enfermagem/UNEB e da residência multiprofissional/UNEB desenvolvem atividade multidisciplinar no grupo de gestante.

OBJETIVO

Este estudo objetiva demonstrar como a estratégia do oferecimento do ensaio fotográfico contribuiu para adesão ao grupo de gestantes e ao pré-natal.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Ao vivenciar o esvaziamento nas atividades coletivas oferecidas para as gestantes foi necessário criar estratégias para tornar o grupo atrativo. O ensaio fotográfico foi elucubrado nesse momento, por acreditar que é algo desejado pelas gestantes, de difícil acesso e contribui para melhoria da autoimagem. O público alvo é gestantes acompanhadas pela Unidade que estejam realizando o pré-natal, inclusive o odontológico, de forma

regular e estejam participando do grupo de gestantes oferecido mensalmente pela unidade. Ao atingir esses critérios a gestante que já estiver no terceiro trimestre é convidada para participar do ensaio fotográfico. Após a realização dos primeiros ensaios fotográficos a participação no grupo aumentou consideravelmente. As gestantes participantes apresentaram melhoria significativa na adesão ao grupo de gestantes, na aceitação das orientações, na autoestima e principalmente no vínculo com a equipe de saúde. As fotos foram realizadas em um local da comunidade, próximo à USF, o que possibilitou fácil acesso, além de valorizar as potencialidades do território. Inicialmente, encontramos dificuldades com os custos operacionais, como revelação, adereços para composição das fotos e um profissional para realizar as fotos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização dos ensaios fotográficos percebemos o quanto essa atividade contribuiu na qualidade do pré-natal oferecido pela USF, pois observamos um maior vínculo com a gestação e autocuidado. Dessa forma a manutenção dessa atividade se faz necessária, pois implica na qualidade da assistência ofertada e se mostrou uma tecnologia de baixo custo.

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PS31. EXTENSÃO ARTE E VIDA E IDOSOS DA UNIVERSIDADE ABERTA À TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Carla Santos Almeida, Filipe Celso Santos de Jesus, Jecica dos Santos Xavier, Jaqueline Sales de

Oliveira, Gabriela Furlanetti de Pelegrini Freitas dos Anjos, Suele da Conceição Ribeiro, Carla Maria

Lima Santos, Suélem Maria Santana Pinheiro Ferreira

Palavras-chave: Saúde do Idoso; Educação em Saúde; Universidade Aberta Para a Terceira Idade

INTRODUÇÃO

O fenômeno do envelhecimento é permeado por aspectos biopsicossociais e apresenta desafios frente ao estigma construído acerca da pessoa idosa e formação profissional incipiente nos diferentes níveis de atenção para lidar com essa realidade. Na concepção social, o idoso é considerado um indivíduo em progressiva perda de sua capacidade funcional, o que pode afastar dos espaços sociais. A Universidade Aberta à Terceira Idade (UATI) e a extensão universitária surgem como potenciais facilitadores da ressignificação do processo de envelhecimento, autoestima e a construção de novos papéis sociais.

OBJETIVO

Descrever as práticas de graduandos em saúde do projeto Arte & Vida em atividades com idosos da Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Os extensionistas realizaram duas atividades com os idosos da UATI: a construção de um painel intitulado ‘Romero Brito’ e oficina de fotografia ‘Espelho da Felicidade’. Na primeira, os estudantes dispuseram imagens variadas e cada idoso escolheu aquela com que mais se identificou. Através da imagem, cada um trouxe sentimentos, expectativas, histórias

de vida e ajudaram a montar o painel com as fotos escolhidas. Na segunda, houve um miniestúdio fotográfico e foram disponibilizados acessórios de modo que os idosos os escolhessem para as fotos. Os extensionistas fotografaram os idosos com o objetivo de captar suas expressões e estimular a sua autoestima. Através das falas dos idosos, houve o compartilhamento de experiências, discussões de questões relacionadas à autoestima, família, envelhecimento ativo e envolvimento com a UATI, além da empatia entre os membros do grupo. Observou-se a importância do vínculo criado entre os idosos como incentivo à participação nas atividades da UATI, o impacto desta sobre a autopercepção do seu processo de envelhecimento. A percepção dos atores evidenciou a importância da interação intergeracional entre os participantes, os quais trouxeram a troca de saberes como momento de aprendizado e crescimento pessoal.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades realizadas com os idosos da UATI evidenciam a importância da utilização da arte como prática de promoção de saúde e bem-estar psicossocial. Demonstram também seu potencial transformador da realidade e de estímulo ao protagonismo dos idosos, inserindo-os nas trajetórias positivas de envelhecimento e

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empoderamento como sujeito ativo na sua saúde.

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PS34. RELATO DE EXPERIÊNCIA: ATENDIMENTO NUTRICIONAL COMO ESTRATÉGIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA

Joane Matos Silva; Caroline Ferraz Silva; Debora da Silva Meira; Edilene Maria Queiroz Araújo

Palavras-Chave: Síndrome metabólica; Atendimento nutricional; Promoção à saúde

INTRODUÇÃO

Em 2016, o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas (GENUT) localizado na Universidade do Estado da Bahia, Salvador, realizou atendimento nutricional ao público portador da síndrome metabólica (SM). A SM é definida pela presença da circunferência da cintura elevada acrescido de pelo menos dois fatores: dislipidemias, hiperglicemia ou hipertensão arterial. Sua presença está associada ao risco cardiovascular e de diabetes mellitus tipo 2. Uma dieta saudável, balanceada, com redução de açúcares simples, gorduras saturadas, rica em fibras e gorduras poliinsaturadas é a estratégia dietoterápica primordial no tratamento da SM, como preconizado pela Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS).

OBJETIVO

Verificar se os pacientes portadores de SM apresentam melhora do quadro através do atendimento nutricional como estratégia dietoterápica.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Os pacientes receberam atendimento nutricional ambulatorial, com avaliação nutricional completa e participavam de reuniões com a equipe de nutrição e psicologia. A equipe de psicologia aplicava a terapia

cognitiva comportamental. A equipe de nutrição utilizava o recordatório de 24 horas para avaliar a ingestão alimentar e realizava avaliação antropométrica com o auxílio de fitas inelásticas, balança mecânica e estadiômetro. A pressão arterial era aferida com esfigmomanômetro e estetoscópio. As reuniões em grupo permitiam o esclarecimento de dúvidas, dificuldades que apresentavam ao seguir a dieta, visto que a mudança dos hábitos alimentares impacta o indivíduo como um todo. A presença de todos se tornava essencial para o encorajamento no tratamento nutricional e permanência no projeto. O acompanhamento nutricional proporcionou mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares, com consequente saída de vários pacientes do quadro clínico de SM, com redução do peso e melhora dos exames bioquímicos, reduzindo, assim, o risco de doenças cardiovasculares.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Proporcionou-se maior expectativa de vida aos pacientes, através da acessibilidade a ações de educação nutricional, reduzindo os custos do SUS para tratar as complicações. As ações também foram de grande importância para a construção profissional das acadêmicas participantes.

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PS37. OFICINA “RECONHECIMENTO DO CORPO” COMO ESTRATÉGIA PARA TRABALHAR A SEXUALIDADE DE ADOLESCENTES

Tatiane Cristina Bacelar Lobo, Helen Silva Paes, Sara Menezes de Santana, Rafaela Santos

do Espírito Santo, Rejane Reis dos Santos, Gabriel da Cruz Santos, Lilian Fátima Barbosa

Marinho e Laio Magno

Palavras-chave: Adolescência; Sexualidade; Promoção da saúde

INTRODUÇÃO

A adolescência é um momento de busca do despertar da sexualidade e da descoberta da identidade sexual. Há o surgimento de dúvidas e incertezas, portanto espaços de discussão e reflexão da promoção de saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos são importantes com o objetivo de fomentar uma vida sexual com responsabilidade e autonomia. Nesse sentido, a atenção básica tem um papel importante de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e promoção da saúde sexual.

OBJETIVO

Este trabalho objetiva relatar a experiência vivenciada em uma oficina, intitulada “Reconhecimento do Corpo”, do projeto de extensão “Promoção da saúde de adolescentes de um território do Distrito Sanitário Cabula-Beirú”, desenvolvido por estudantes e professores da UNEB em parceria com profissionais de saúde de uma unidade de saúde da família do distrito, em duas escolas públicas da área de abrangência da unidade.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Primeiramente foi realizada uma dinâmica de apresentação e depois dividimos a sala em dois grupos. Foi solicitado a um adolescente para ser nosso modelo, deitando-se sobre um papel metro, enquanto os/as outros/as adolescentes traçavam o contorno do corpo com

pincel atômico. Foram motivadas/os a desenhar o corpo humano, desde órgãos a sentimentos e percepções associadas. Foi possível identificar a presença de tabus com relação à sexualidade, pelas dificuldades ao falarem do tema e pela resistência em concluir o contorno dos corpos na região dos órgãos sexuais. Foi percebido o questionamento “de qual sexo” o corpo seria, quando os adolescentes procuravam justificar suas respostas por características físicas desenhadas. Dessa forma, percebe-se a associação do ser feminino/masculino restrita à presença de órgãos genitais, mostrando que as identidades de gênero são construídas e normatizadas socialmente, limitando as diversas possibilidades das pessoas se verem como homem ou como mulher.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O momento da adolescência, por se caracterizar pela busca do pertencimento a um grupo e do autoconhecimento, pode trazer sofrimento ao indivíduo por não se reconhecer pertencente aos padrões sociais. Por isso, no âmbito da saúde, é importante refletir sobre essas questões e, principalmente, sobre os direitos sexuais e reprodutivos das/os adolescentes, pois o desrespeito a esses direitos pode ser um dos fatores de afastamento dessa população dos serviços de promoção e prevenção da saúde.

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PS38. ESTRATEGIAS EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE

Daniela Borges, Danilo Saback, Edivânia Silva, Geovana Chaves

Jéssica Mota

Palavras-chave: Educação em saúde; Diabetes, Hipertensão

INTRODUÇÃO

As condutas dos profissionais de saúde não devem ater-se meramente à assistência curativa; é preciso, sobretudo, analisar os fatores condicionantes e determinantes da saúde, para assim planejar e executar ações preventivas, tencionando a promoção do bem estar e, por conseguinte o enfrentamento das vulnerabilidades existentes no seu território de atuação.

OBJETIVO Este relato almeja evidenciar as ações de educação em saúde sobre hipertensão e diabetes, realizadas por estudantes de enfermagem, durante Estágio Curricular Supervisionado I, em uma Unidade de Saúde da Família (USF), do distrito sanitário Cabula-Beirú.

RELATO DE EXPERIÊNCIA A escolha das temáticas tornou-se imperativa após a observação de inúmeros casos de emergências hipertensivas e diabéticas amparadas rotineiramente na USF, além da fragilidade dos vínculos entre a comunidade e as equipes de saúde, ratificada na inexistência de grupos operativos. Buscamos minimizar agravos relacionados ao

descontrole dos índices glicêmicos e pressóricos através de atividades educativas, denominadas “rodas de conversas” por meio de: escuta qualificada, encenações, discussão de situação-problema, danças, dinâmicas e oferta de lanches saudáveis. Assim, oportunizamos aos integrantes das rodas, momentos de auto reflexão sobre os hábitos de vida e como estes influenciam no processo individual de saúde- doença.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Bem aceitas pelos usuários, as rodas tornaram-se ambiente próspero para a promoção da saúde, entretanto, supreendentemente, o entendimento dos profissionais - membros da USF - quanto relevância do desenvolvimento de novas estratégias para a educação em saúde, revelou-se como um desafio a ser superado. Deste modo, ponderamos a necessidade de um maior esforço na sensibilização/motivação dos profissionais da saúde, pois a formação de grupos operativos é comprovadamente uma eficiente estratégia para o fortalecimento dos vínculos entre usuários e sistema único de saúde.

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PS39. GRUPO DE TABAGISMO COMO ESTRATÉGIA DO PROGRAMA DE CONTROLE DO TABAGISMO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Jéssica Barreto Barduke, Vanessa de Carvalho Almeida, Cinara Cícera Salgado Nunes

Palavras-chave: Educação em Saúde; Tabagismo; Estratégia de Saúde da

Família; Atenção Primária

INTRODUÇÃO

O consumo do tabaco tornou-se, ao longo do tempo, um problema para o sistema nacional de saúde. O seu uso corrobora para o desenvolvimento de uma série de agravos a saúde, gerando prejuízos ao usuário e custos sociais e econômicos para a saúde pública. Muitas são as estratégias que surgiram para a regulamentação e controle do uso do tabaco, de forma a desestimular o consumo e buscar a cessação do uso. Frente a esse problema, o Ministério da Saúde pactua o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), tornando a Atenção Básica o principal local de cuidado a esses usuários. Atentas a esta realidade, as equipes da Estratégia de Saúde da Família desenvolvem grupos preconizados pelo PNCT, favorecendo o tratamento mediante uma abordagem cognitivo-comportamental em grupo e individual, tendo disponível, como apoio, o tratamento farmacológico.

OBJETIVO

Relatar a dinâmica de funcionamento de grupo de tabagismo, bem como a adesão dos participantes ao tratamento.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se da experiência de uma enfermeira residente em conjunto com duas profissionais de saúde (enfermeira e odontóloga) de uma equipe da USF do Distrito Sanitário Cabula-Beirú, Salvador/BA, entre os meses de maio a novembro de 2017. O público alvo são usuários

do tabaco que manifestaram o desejo de parar de fumar. Os encontros foram semanais no 1º mês, quinzenal no 2º e, mensal do 3º até o 12º mês. O seguimento no 1º mês é pré-estabelecido pelo PNCT, e são assumidos por categorias profissionais, variadas de acordo com a necessidade. As sessões subsequentes foram abordadas de forma dinâmica, respeitando a individualidade dos participantes, possibilitando o compartilhamento de experiências. Foram entrevistadas 14 pessoas, das quais, 11 iniciaram os encontros semanais. Ao final do primeiro mês restaram 6 pessoas, variando entre o status de fumante e não fumante. Decorridos 6 encontros da fase de manutenção houve um decréscimo de 6 para 2 participantes com o status de não fumante.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Existem aspectos estruturais do PCNT que inviabilizaram a permanência no grupo, como a inflexibilização do comparecimento às sessões mediante faltas justificadas e, a descontinuidade da distribuição de insumos pelo Programa. Peculiaridades do cotidiano dos participantes, também, impactam na adesão do tratamento. A expectativa é que a busca pela superação da dependência e o conhecimento adquirido contribuam para futuras mudanças nos hábitos de vida.

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PA40. IMPLANTAÇÃO DE GRUPO DE EMPODERAMENTO FEMININO POR UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Gisele Maria de Brito Lima; Joanna Paroli Mangabeira Campos; Manuela Maciel Sousa

Codeço; Jéssica Barreto Barduke; Edlene Borges Santos; Cinara Cícera Salgado Nunes; Sueli

de Santana; Lenina Damasceno Costa

Palavras-chave: Educação em Saúde; Feminismo; Gênero e Saúde

INTRODUÇÃO

As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde. No que concerne às políticas específicas para esse segmento, houve avanços significativos nas últimas décadas, com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – PNAISM e a Lei Maria da Penha. Todavia, o desafio de organizar uma assistência em saúde abrangente e sensível às demandas das mulheres está longe de ser superado. É fundamental organizar e empoderar as jovens mulheres, construindo novas trajetórias e projetos de vida. De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) é imprescindível empoderar meninas a partir dos 10 anos para que estas possam desenvolver todo seu potencial e promover um futuro com equidade de gênero.

OBJETIVO

Promover iniciativas de mobilização, discussão e autonomia entre adolescentes com a implantação do grupo de empoderamento feminino por uma Unidade de Saúde da Família.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se de relato de experiência desenvolvido numa Unidade de Saúde da Família (USF) do Distrito Sanitário Cabula-Beiru, em Salvador-BA. O grupo foi idealizado por profissionais da USF, discente do estágio supervisionado de

enfermagem/UNEB e da residência multiprofissional/UNEB. Do planejamento à implementação decorreram 6 meses. A divulgação foi realizada através de recurso audiovisual num Colégio próximo à unidade e durante consultas na USF para jovens de 12 a 19 anos. As interessadas preencheram a inscrição, termos de consentimento e assentimento. Os encontros foram quinzenais, com duração de 2 horas, foi utilizada a metodologia de Educação Popular. O grupo contou com a inscrição de 45 jovens, tendo uma média atual de participação de 50%. Dentre os temas abordados, houve temas sugeridos pelas jovens, o que contribuiu para a cidadania ativa das mesmas e favoreceu o sentimento de pertencimento ao grupo. Durante os 9 encontros realizados foi observada boa receptividade e participação das adolescentes.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto desenvolvido fortalece a PNAISM e demonstra a importância de consolidar as discussões de gênero como eixo estratégico na programação de ações de saúde na atenção primária. Portanto, torna-se imprescindível a sua continuidade, bem como, a expansão do mesmo no contexto local e em outras esferas. É preciso sensibilizar gestores, profissionais e comunidade para esta temática, rompendo com a invisibilidade histórica e desigualdade impostas às mulheres.

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PS41. Alimentação saudável na terceira idade: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Laís Rosa Portella; Iêda Alessandra Lima Gomes; Luciene Silva dos Santos Lima; Silvana

Guimarães

Palavras-chave: Alimentação Saudável; Estilos de vida; Nutrição Social

INTRODUÇÃO

A atividade “ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA TERCEIRA IDADE” foi realizada no dia 19 de junho de 2017, nas instalações da UATI – Universidade Aberta da Terceira Idade, cujo público-alvo seria os idosos participantes das atividades da mesma instituição. A atividade foi mediada pelos alunos do componente curricular Nutrição Social, do curso de Nutrição da UNEB – Universidade do Estado da Bahia, do semestre 2017.1, contando com a participação da docente e, também, da monitora da disciplina.

OBJETIVO

A finalidade desta atividade foi estimular os idosos da comunidade da UNEB a aperfeiçoar as práticas alimentares saudáveis.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Uma vez proposta a atividade e idealizado o público-alvo, foi escolhido o tema central (Alimentação saudável na terceira idade), por meio de votação entre os discentes, e sugeridos subtemas (1. Comida de verdade; 2. A importância da alimentação antes e depois da atividade física; 3. A importância da ingestão de água durante todo o dia: 4. Escolha de temperos menos industrializados; 5. Ingestão de fontes de cálcio; 6. Higienização e armazenamento de alimentos: como

organizar a geladeira), os quais foram apresentados aos idosos, que escolheram, entre esses quatro temas que seriam abordados na ação: 1. Comida de verdade; 2. A importância da alimentação antes e depois da atividade física; 3. A importância da ingestão de água durante todo o dia e; 4. Higienização e armazenamento de alimentos: como organizar a geladeira. Essa estratégia propiciou a participação dos envolvidos no processo de construção da ação, tornando-os corresponsáveis pelos resultados. A intervenção pode ser considerada excelente, em função do feedback fornecido pelos participantes, sendo importante ressaltar, a alta interatividade destes com os apresentadores e a capacidade de resposta das dúvidas, muitas vezes não relacionadas diretamente com o assunto, mas sendo satisfeitas de forma profissional e humana.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A interação final entre participantes, expositores, organizadores e avaliadores culminou numa grande e harmônica confraternização, ao som de música suave, relaxante e convidativa, e sons de agradecimentos. A dinâmica de encerramento “Corredor do Cuidado” pegou a todos de surpresa e nos trouxe um encerramento inesperado!

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PS45. CAMPANHA NACIONAL PELO USO CONSCIENTE DE MEDICAMENTOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL

Jamile Costa Cerqueira, Izabel Cristina Neves Ramos, Janai Silva Santos Costa, Jessica da

Silva Teixeira, Fernanda Ayalla dos Santos Silva

Palavras-chave: Educação em Farmácia; Promoção da Saúde; Relações Comunidade-Instituição

INTRODUÇÃO

A Campanha 5 de Maio: Pelo Uso Racional de Medicamentos, foi criada em 1999, pelos estudantes organizados na Executiva Nacional de Estudantes de Farmácia (ENEFAR).

OBJETIVO

Conscientizar a população sobre os riscos da automedicação desassistida e a importância da prática do uso seguro e racional dos medicamentos, sendo realizada anualmente em diversas cidades do Brasil. Hoje a campanha é mantida através da articulação entre os Diretórios Acadêmicos de Farmácia.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Neste dia, os estudantes de Farmácia vão à luta pela saúde, visando, principalmente, dar uma devolutiva à sociedade, trazendo informações relacionadas à saúde, a respeito do uso correto de medicamento e mostrar a importância do profissional Farmacêutico na promoção da saúde e prevenção de doenças. Numa perspectiva política, educativa e construtiva, o movimento estudantil de Farmácia (MEF), busca contribuir para promoção em saúde, através de suas experiências acadêmicas falando sobre o uso racional de medicamento e sensibilizando o público através do diálogo e explicações voltadas para um melhor cuidado e minimização de quadros de intoxicação medicamentosa. No dia 27 de maio

foi realizada a Campanha pelo Uso Racional de Medicamentos referente ao ano de 2017, na UNEB - Campus I, no espaço construído para ação, assim como nos anos anteriores, foram realizadas atividades como: aferição de pressão e medição de glicemia, entrega de panfletos sobre ISTS, HIV e AIDS, além da distribuição e orientação acerca dos preservativos. Por meios de atividades educativas e dinâmicas, abordamos sobre o uso racional e consciente de medicamentos, incluindo o armazenamento e descarte correto.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da experiência vivida, enxergamos o movimento estudantil como um ator importante na construção, fortalecimento e participação social. Percebemos o quão são importantes e necessárias medidas como essa, uma vez que, boa parte da população ainda não tem acesso à informação sobre o uso correto de medicamento, e outras atividades que contribuem para uma qualidade de vida, visto que, a informação correta e o acolhimento, sob um olhar do indivíduo como um todo, atende e beneficia de forma integral o ser no processo de saúde, que é um direito de todos. Por fim, consideramos que campanhas como esta fortalecem a integração ensino/serviço/comunidade e o tripé ensino/pesquisa/extensão, contribuindo para a transformação de todos os atores envolvidos.

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PS46. COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NO ATENDIMENTO DE HIPERTENSOS E ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Helena Fraga Maia, Luciana Limoeiro Ricarte Cavalcante, Larissa Santos Tosta

Palavras-chave: Educação em saúde; Atenção básica; Hipertensão

INTRODUÇÃO

A não adesão ao tratamento medicamentoso da Hipertensão Arterial Sistêmica tem sido reportada como uma condição de saúde prevalente não só em países em desenvolvimento, como também em países desenvolvidos. Trata-se de um fenômeno multideterminado em que estão envolvidos fatores relacionados ao nível socioeconômico, ao tratamento medicamentoso de longo curso e a insatisfação com o serviço de saúde.

OBJETIVO

Investigar a associação entre Comunicação em Saúde (CS) e Adesão Terapêutica (AT) em pacientes hipertensos.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo transversal com hipertensos acompanhados em unidades de atenção primária em um distrito sanitário na cidade do Salvador, Bahia no período de março a dezembro de 2015. A CS foi avaliada com a aplicação de dez questões sobre dificuldades no entendimento das informações prestadas pelo profissional e a permanência das dúvidas devido a dificuldades na comunicação. A inadequação na CS foi considerada se havia 70,0% ou mais das respostas do paciente indicando problemas na comunicação que afetava o entendimento das orientações

prestadas. Realizou-se análise estratificada e de regressão logística e estimaram-se as associações através da OR e as inferências estatísticas baseadas em intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto foi aprovado pelo CEP UNEB (241.434/2013).

RESULTADOS

Verificou-se que 18,8% dos pacientes mencionaram inadequação na comunicação dos profissionais de saúde durante o atendimento na atenção básica. Constatou-se ainda que a inadequação na CS se associou significativamente a baixa adesão ao tratamento medicamentoso nos pacientes com baixa escolaridade (OR=3,3; IC95%1,3- 8,5) e quando não praticavam atividade física (OR=14,5; IC95%1,1-187,2), e associação positiva e boderline para aqueles que referiram faltar consultas (OR=15,1; 95%IC: 1,00 – 239,1).

CONCLUSÃO

Dispor ou não de níveis adequados de comunicação em saúde irá influenciar no uso dos serviços de saúde e no comportamento de saúde adotado. Os achados do presente estudo reforçam a necessidade dos profissionais de saúde identificar o grau de compreensão dos pacientes durante as consultas, especialmente para os que apresentam baixa escolaridade.

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PS47. PREVENÇÃO DE HOMICÍDIOS DE JOVENS NEGROS NA PERSPECTIVA DAS TECNOLOGIAS LEVES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Kênia Barreto Fernandes; Daniel Deivson Alves Portella; Lorena das Mercês Santos

Palavras-Chaves: Homicídio; Jovens; Saúde pública; Tecnologia em saúde

INTRODUÇÃO

Os homicídios representam umas das maiores causas de morte precoce de jovens negros. Diante do impacto causado no perfil de morbimortalidade da população, instituiu-se um problema de saúde pública. A tecnologia leve surge como uma proposta de redução e prevenção dessas mortes, proporcionando aos envolvidos a criação de autonomia, acolhimento e vínculos; a partir da tecnologia leve podem ser desenvolvidas ações educativas como objetivo de capacitar um grupo de indivíduos a buscar uma melhoria em sua atual condição.

OBJETIVO

Sistematizar as propostas de prevenção de homicídios de jovens negros na perspectiva da tecnologia leve.

METODOLOGIA Foi realizada uma revisão sistemática utilizando a base de dados eletrônica PUBMED. Os critérios de inclusão foram: estudos com abordagem

quantitativa e qualitativa, estudos com delineamento experimental ou observacional, estudos realizados com jovens negros e estudos que utilizaram tecnologia leve como forma de intervenção.

RESULTADOS A pesquisa na base de dados resultou em 2709 títulos únicos de artigos. Destes, 2674 foram excluídos pela leitura do título, 35 foram selecionados para leitura do resumo, sendo 8 selecionados para leitura na íntegra, pois atendiam aos critérios de elegibilidade. Entretanto 3 artigos não estavam disponíveis para leitura, resultando na seleção final de 5 artigos.

CONCLUSÃO Apesar dos poucos achados, as formas de tecnologias leves mostram-se eficazes na prevenção de homicídios de jovens negros, proporcionando a criação de vínculos, principalmente na relação parental, e a construção da autonomia.

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PS48. GRUPO DE IDOSOS NOVA VIDA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Marilene Santos Moura, Mônica Santiago Sanches, Iracema Almeida de Lima Barreto, Karla

Ramos Melo Oliveira

Palavras-chave: Envelhecimento; Educação em Saúde, Qualidade de Vida

INTRODUÇÃO

Segundo a OMS nas próximas décadas a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos atuais 841 milhões para 2 bilhões até 2050, tornando as doenças crônicas e o bem-estar da população idosa novos desafios de saúde pública global. Tendo em vista que o envelhecimento ocasiona modificações biopsicossociais nos indivíduos, possivelmente associadas a novas fragilidades, decorrente de doenças crônicas que comprometem a qualidade de vida da pessoa idosa. É imprescindível garantir aos idosos não apenas maior longevidade, mas o envelhecer de forma ativa e saudável. A atividade grupal é de suma importância no resgate da identidade da pessoa idosa, quando possibilita a inserção social e o empoderamento nas decisões diárias e no lidar com a saúde.

OBJETIVO

Relatar a experiência da atividade educativa da equipe multiprofissional junto aos idosos (as) atendidos no Centro de Saúde CSU Pernambués.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Este projeto iniciou-se em julho de 2016 a partir da necessidade de vincular os idosos do CSU Pernambués de forma sistemática por meio de ações educativas em saúde ao Centro de Saúde. Para melhor atender essa população estabeleceu-se dois dias de atendimento médico e grupal. Os encontros são realizados,

quinzenalmente, às segundas feiras com 40 idosos, ativos, de 60 a 94 anos. Foi utilizada para o desenvolvimento dos encontros a observação, escuta qualificada e pesquisa documental. Até o presente momento participaram das abordagens grupais, aproximadamente, 875 idosos, com uma média de 35 participantes. Com a atividade está sendo possível promover a inclusão social dos idosos, empoderamento no lidar diário com os problemas, reconstrução da identidade, troca de experiências, resgate de vínculos com familiares e, também, promoção de educação em saúde com uma população susceptível a agravos de saúde. O trabalho em grupo evidenciou a ampliação do vínculo entre a equipe de saúde e a pessoa idosa, à medida que houve uma procura maior no atendimento dos profissionais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho permitiu constatar que a realização de atividades educativas para promoção e prevenção da saúde do idoso constitui-se numa experiência, gratificante e viável, uma vez que, permitiu o crescimento da equipe Multiprofissional, através do exercício da educação em saúde, assim como a articulação com outros profissionais para a realização do trabalho, bem como, possibilitou atenção humanizada com orientação e acompanhamento da pessoa idosa.

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PS49. ABORDAGEM GRUPAL MULTIDISCIPLINAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADES NO CUIDADO COM GESTANTES

Mônica Santiago Sanches, Iracema Almeida de Lima Barreto, Marilene Santos de Moura, Taysa Guimarães Santos Bispo

Palavras-Chave: Gestante; Humanização; Abordagem educativa

INTRODUÇÃO

A atenção ao pré-natal e ao período puerperal de qualidade e humanizada para a saúde materno-infantil é preconizada pelo Ministério da Saúde. Nesse cenário nacional, a estratégia da Rede Cegonha pretende assegurar às gestantes, puérperas e crianças assistência de promoção à saúde e prevenção de doenças, além da auto valorização da mulher. Assim, para contemplar os princípios da humanização é importante a implementação nas Unidades Básicas de Saúde de grupos de gestantes.

OBJETIVO

Descrever as atividades multidisciplinares educativas em grupo desenvolvidas no cuidado pré-natal de gestantes da Unidade de Saúde CSU Pernambués.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Este projeto foi criado a partir dos relatos das puérperas atendidas no Serviço Social (saúde reprodutiva) e de Nutrição da Unidade de Saúde CSU Pernambués em 2009. Durante esse período, a equipe identificou que a maioria das gestantes tinha problema de descontinuidade do pré-natal, pouco conhecimento sobre métodos contraceptivos, DST e aleitamento materno. Assim, foram elaboradas metodologias ativas com ação

educativa em grupos de gestantes. O trabalho com o grupo de Gestantes envolveu a equipe multidisciplinar e foram desenvolvidas atividades educativas semanais, a exemplo de relaxamento e yoga, roda de conversa, dinâmicas de grupo, oficinas culinárias sobre alimentação saudável e visitas a uma maternidade de Salvador. Desde 2009, participaram das atividades multidisciplinares em grupo 300 gestantes, com uma média de 20 mulheres por semestre. Na roda de conversa as gestantes relataram realizar o pré-natal frequentemente. A estratégia grupal multidisciplinar proporcionou espaço de expressividade e conhecimento permeado de descontração entre os participantes, maior acesso ao conhecimento; compartilhamento de experiências e esclarecimentos de dúvidas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação de grupos de gestantes é favorável ao processo educativo por promover interações entre os indivíduos de forma dinâmica e reflexiva, fortalecimento das potencialidades individuais e grupais, além de garantir abordagem integral e específica à assistência no período gestacional.

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PS50. INTERAÇÃO FÁRMACOS E NUTRIENTES

Ádila de Jesus Silva Santos, Janiele Barreto Magalhães

Palavras-chave: Interação; Droga; Nutriente

INTRODUÇÃO

A American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) define interação fármaco nutriente como um desequilíbrio nutricional por ação de um medicamento, ou quando um efeito farmacológico é alterado pela ingestão de nutrientes. Segundo Bushra et al (2011), as interações fármaco-nutriente que geram reações adversas desnecessárias têm como principais consequências o aumento da morbidade e do tempo de hospitalização.

OBJETIVO

Entender quais os nutrientes pode interagir com os fármacos, uma vez administrados, e interferir no processo de absorção deste.

METODOLOGIA

O trabalho foi realizado a partir de uma revisão de literatura, buscando artigos e dissertações publicados nas principais bases de dados como, Medline, Scielo, Lilacs e Periódicos Capes, com auxílio das palavras chaves: interação, droga, metabolismo e nutriente. O período da pesquisa compreendeu os anos de 2011 a 2017.

RESULTADOS Algumas interações fármaco- nutriente podem ocorrer por reações químicas de complexação ou precipitação, as quais frequentemente são responsáveis pela diminuição da biodisponibilidade de fármacos e falhas no tratamento. As interações fármacos – nutrientes mais frequentes são aquelas que afetam a taxa de absorção de fármacos, principalmente devido a proteínas, gorduras e fibras da dieta.

Os aminoácidos provenientes de uma dieta rica em proteínas podem inibir a absorção de fármacos, como os antiparkinsonianos levodopa e metildopa. O consumo excessivo de fibras pode reduzir a absorção de cardiotônico digoxina e antidepressivos em razão da adsorção do fármaco a fibra. Refeições hiperlipídicas podem aumentar a absorção de fármacos, como o anticonvulsivante carbamazepina (LOMBARDO, 2014). Agentes inibidores de enzimas de biotransformação presente em frutas como pomelo (Citrus maxima), laranja-azeda (Citrus aurantium), romã (Punica granatum) e carambola (Averrhoa carambola) podem elevar, de forma significativa, a concentração plasmática de fármacos e favorecer a potencialização de efeitos, reações adversas ou formação de metabólitos tóxicos.

CONCLUSÃO

A interação entre nutrientes e Fármacos é um tema cada vez mais discutido e cabe o engajamento de uma equipe multidisciplinar de saúde, para o tratamento de um paciente, já que os nutrientes são substâncias químicas diversificadas e constantemente disponíveis no organismo. A diminuição da biodisponibilidade de fármacos pode resultar em falhas no tratamento, assim como o aumento em sérios efeitos tóxicos, levando a possíveis problemas de saúde publica e gastos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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PS51. GRUPO DE CESSAÇÃO DO TABAGISMO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL

Mônica Santiago Sanhes, Eli Samuel de Santana Nascimento, Iracema Almeida de Lima Barreto, Magaly Vidal Lordelo Guimarães, Marilene Santos Moura, Susilane Borges Rocha

Costa, Taysa Guimarães Santos Bispo

Palavras-chave: Tabagismo; Equipe Multiprofissional; Nicotina

INTRODUÇÃO

O tabagismo é considerado pela Organização mundial de Saúde como a principal causa evitável de morte. Atualmente mais de um bilhão de pessoas são fumantes no mundo e na década de 2030 estima-se que esse total poderá chegar a dois bilhões. A maioria destes fumantes estará nos países em desenvolvimento. Apesar do incontestável sucesso da política de controle do tabagismo no país, as ações de prevenção devem considerar que as parcelas da população com piores condições socioeconômicas e com baixo nível educacional são as que apresentam taxas mais altas de prevalência de tabagismo. A abordagem do fumante para a cessação de fumar tem como eixo central, intervenções cognitivas e treinamento de habilidades comportamentais, visando à cessação e a prevenção de recaída.

OBJETIVO

Demonstrar as atividades antitabagistas desenvolvidas pelo grupo multiprofissional do Centro de Saúde CSU Pernambués.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Foram realizados três grupos de cessação do tabagismo com 12 participantes em média por grupo. A maior dificuldade foi relacionada ao alto grau de dependência física e psicológica causada pelo tabaco, alguns participantes abandonaram o grupo ou tiveram recaídas durante o andamento das sessões. A equipe

multiprofissional do Centro de Saúde realizou além das 4 sessões mínimas preconizadas pelo Ministério da Saúde, palestras técnicas e sessões de meditação como Prática Integrativa e Complementar(PIC). O primeiro grupo foi formado em julho de 2016. Incialmente havia a participação de poucos profissionais, porém na medida em que os resultados foram aparecendo, outros profissionais demonstraram interesse em participar. As reuniões técnicas eram realizadas uma vez por semana com o intuito de discutir os casos clínicos. Foram atendidos fumantes na faixa etária de 18 a 74 anos de ambos os sexos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que a política de controle do tabaco é de grande relevância no declínio das Doenças Crônicas não Transmissíveis no Brasil, a equipe multiprofissional do CSU Pernambués, aderiu a essa política devido a uma grande prevalência de usuários dependentes que demonstravam dificuldade em livrar-se da doença. Com base na compreensão de que a abordagem multiprofissional enriqueceria a proposta antitabagista, o grupo é formado por médico, nutricionista, psicólogo, farmacêutico, enfermeiro, dentista e assistentes sociais que vêm realizando com sucesso grupos de cessação do tabagismo para os fumantes da comunidade de Pernambués.

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PS52. FATORES ASSOCIADOS À OCORRÊNCIA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM HIPERTENSOS USUÁRIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE

UM DISTRITO SANITÁRIO DE SALVADOR, BAHIA

Fábio Simões Hafner Nascimento, Clara Dominguez da Silva, Luciana Limoeiro

Ricarte Cavalcante, André Sant´Anna Zarife, Helena Fraga Maia

Palavras-chave: Hipertensão; Infarto agudo do miocárdio; Atenção básica

INTRODUÇÃO

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo, sendo o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) a etiologia predominante. Além disso, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), um dos principais fatores de risco de mortalidade por DCV, perpetua-se como um dos mais importantes problemas de saúde pública do país. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, 2011-2022, instituído pelo governo brasileiro, busca enfrentar este desafio e um dos seus eixos prioritários é o cuidado integral em todos os níveis de atenção.

OBJETIVO

Investigar fatores associados à ocorrência de IAM em hipertensos atendidos em unidades de Atenção Primária à Saúde (APS).

METODOLOGIA

Realizou-se um estudo transversal com hipertensos assistidos em unidades de APS de um mesmo Distrito Sanitário na cidade de Salvador, Bahia, de maio a setembro de 2013. Dados primários foram coletados por entrevistadores treinados. A magnitude da associação entre as variáveis estudadas e a história de IAM foi estimada pelo cálculo da Odds Ratio, adotando-se o intervalo de confiança a 95%. Posteriormente, foram realizadas análises multivariadas no programa Stata (v.12) utilizando-se regressão logística. O projeto foi aprovado pelo CEP/UNEB (241.434/2013) e

financiado pelo PRO/PET-Saúde 2012.

RESULTADOS Foram incluídos 297 hipertensos e, dentre estes, 243 (81,3%) eram do sexo feminino e tinham idade média de 56 anos (± 11,54). Observou-se que 35 (11,8%) relataram ter sofrido um IAM. Os fatores de risco associados à ocorrência de IAM foram Diabetes Mellitus concomitante (OR=2,19; IC95% 1,03 – 4,68) e não estar ciente da existência de grupos de educação em saúde (OR=5,31; IC95% 1,39 – 20,20); enquanto que os fatores de proteção foram circunferência abdominal inferior à considerada de risco (OR=0,43; IC95% 0,20 – 0,95), participação em grupos de acompanhamento para hipertensos em unidades de APS (OR=0,19; IC95% 0,05 – 0,73) e ter realizado eletrocardiograma nos últimos 06 meses (OR= 0,37; IC95% 0,15 – 0,92).

CONCLUSÃO

Estratégias populacionais de promoção de saúde como a inclusão de grupos de educação em saúde e acompanhamento ambulatorial em unidades de APS podem ser consideradas como ações efetivas para redução da ocorrência de IAM em indivíduos hipertensos que são atendidos em larga escala por essas unidades.

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PS53. BAHIANESCER, A ARTE EM FAZER SAÚDE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Mariane Marques Santos Novaes, Aidê Nunes da Silva, Ana Maria Cruz Santos, Andreia

Gonçalves Batista Lima, Giovanna Santana Fernandes, João Franco Lima, Rosicleide Araújo

Freitas Machado

Palavras-chave: Adolescente; Comunicação Interdisciplinar; Relações Comunidade-Instituição

INTRODUÇÃO

O programa BAHIANESCER é uma parceria da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública - EBMSP com o coletivo social Adolescer com Arte, formado por um agente comunitário de saúde e adolescentes multiplicadores em saúde, residentes na Mata Escura. O trabalho visa a vivência interprofissional entre os cursos da EBMSP, possibilitando aos discentes a inserção em um programa de extensão que suscita a reflexão sobre o conceito ampliado de saúde e o protagonismo juvenil.

OBJETIVO

Relatar a experiência vivenciada pelos discentes em uma das oficinas do programa Bahianescer.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O planejamento e as oficinas ocorrem intercaladas, quinzenalmente, baseados em temas previamente pactuados com os adolescentes. Os temas discutidos e trabalhados por meio de estratégias lúdicas foram: gênero, trabalho em grupo e Universidade que temos e a que queremos. Em 23 de outubro de 2017 foi discutido o tema transgeneralidade. Neste encontro foi possível contar com a

presença de uma ativista transexual, mestre e doutoranda em gênero e diversidade para uma roda de conversa. Ao final os adolescentes apresentaram o feedback reflexivo sobre a temática através de poesias e encenações. As vivências proporcionaram ao grupo troca de saberes e compartilhamento de ideias promovendo aproximação com o conceito ampliado de saúde.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das reflexões geradas a cada oficina, o grupo constrói e ressignifica conceitos fundamentados que serão multiplicados na comunidade através de peça teatral itinerante em instituições como escolas, universidades e centros comunitários. O Bahianescer tem proporcionado experiências para vida pessoal, acadêmica e futuro profissional, onde aprendemos o verdadeiro significado de trabalho em equipe. Ressaltamos a importância da implementação de ações que possibilitem aos discentes vivenciarem o conceito ampliado de saúde refletindo a Política Nacional de Atenção Integral a Jovens e Adolescentes.

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PS54. AVALIAÇÃO DE UM GRUPO TERAPÊUTICO COM PRÁTICAS DE PROMOÇÃO DA SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Anna Ariane Alves Silva Varjão, Dhuliane Mâcedo Damascena, Gabriela de Carvalho

Madureira, Greice Almeida Conceição dos Santos, Mariana Andrade da Costa, Sarah Senna

dos Santos Cardoso, Thiago Conceição da Silva Santana, Welder Pinheiro de Araújo

Palavras-Chave: Avaliação em Saúde; Promoção da Saúde; Saúde da Família

INTRODUÇÃO

Grupos terapêuticos consistem em ferramenta utilizada com o objetivo de promover saúde e estimular o autocuidado, assim como incentivar as relações interpessoais. Para efetividade das práticas de grupo, é essencial realizar o processo de avaliação, que requer o reconhecimento de problemas, redirecionamento de práticas e serviços bem como a definição dos resultados obtidos a partir das atividades propostas.

OBJETIVO

Relatar a experiência de uma equipe multiprofissional na avaliação de adultos, com ou sem doenças crônicas não transmissíveis, participantes de um grupo terapêutico vinculado a uma Unidade de Saúde da Família do distrito Cabula-Beirú (DCB), no município de Salvador, Bahia.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras residentes em Saúde da Família pela Universidade Estadual da Bahia, profissionais da equipe mínima e Núcleo do Apoio à Saúde da Família, os quais atuam na avaliação de um grupo terapêutico, que realiza atividades físicas duas vezes na semana, num bairro do DCB. Inicialmente, foram apresentados aos 57 participantes os objetivos do grupo, funcionamento das atividades, a importância da realização de exames e práticas de exercícios físicos,

metodologia de avaliação e questões sobre o impacto destas condutas na qualidade de vida. Em seguida, a equipe multiprofissional verificou os dados antropométricos (peso, altura e circunferência abdominal), pressão arterial e cálculo de Índice de Massa Corpórea dos integrantes. Posteriormente, os usuários foram encaminhados para consultórios, onde médicos e enfermeiros realizavam avaliação do estado de saúde (anamnese, avaliação e/ou requisição de exames e análise dos dados obtidos pela equipe multiprofissional) e por fim, incentivavam a continuidade no grupo, considerando relatos na melhoria da qualidade de vida nos aspectos biológicos, psicológicos, cognitivos e sociais. Os profissionais puderam perceber que todos os participantes mostraram-se satisfeitos com as atividades realizadas no grupo, mesmo aqueles que não conseguiram reduzir medidas antropométricas, mas relataram melhora na autoestima, condicionamento físico, socialização e diminuição dos riscos de depressão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nessa premissa, os profissionais entendem que a permanência de um grupo terapêutico é fundamental, uma vez que gera impactos positivos na promoção da saúde, prevenção de doenças, melhoria na qualidade de vida e aumento do vínculo com a Unidade de Saúde da Família.

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PS55. DISCUTINDO A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NO GRUPO DE COMBATE AO TABAGISMO

Gabriella de Carvalho Madureira, Camila Porto Pessoa, José Milton Barros

Neto, Mariana Andrade da Costa

Palavras-chave: Tabagismo; Programa Nacional de Controle do Tabagismo; Abandono do Uso de Tabaco

INTRODUÇÃO

O fumo é um hábito disseminado socialmente, que apresenta impacto na saúde pública. Como forma de combate ao tabagismo e o incentivo à promoção da saúde, o Ministério da Saúde criou o Grupo de Combate ao Tabagismo.

OBJETIVO

Relatar a experiência da participação no Grupo de Tabagismo de uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário Cabula Beirú no município de Salvador, Bahia.

RELATO DE EXPERIÊNCIA

Esse trabalho relata a experiência com um grupo que aconteceu entre março e junho de 2017. Houve a participação de profissionais da enfermagem, medicina, psicologia, odontologia, nutrição, educação física e fisioterapia. As atividades aconteceram no auditório da unidade, e se utilizou o data show para explanar os tópicos de discussão. Inicialmente ocorreram cinco encontros consecutivos, uma vez na semana, à tarde. Encerrada essa primeira etapa, seguiu-se para encontros quinzenais no mesmo turno. A cada encontro, um profissional discutia sobre o combate ao tabagismo conforme sua formação, e em todas as sessões os participantes estavam livres para expor seus sentimentos, dificuldades, trocar experiências, bem como esclarecer dúvidas. Para efetivamente combater o hábito, cada participante foi estimulado a escolher uma data a parar de fumar, ou tentar reduzir gradualmente a

quantidade de cigarros fumados por dia, até ficar sem fumar nenhum. Simultaneamente a essa escolha, os participantes foram avaliados pela médica para ter o adesivo de nicotina liberado assim que parassem de fumar. O grupo prosseguiu discutindo sobre a importância de se manter fiel a parada, e também discutiu estratégias de combate aos sintomas de abstinência. Esse grupo se iniciou com cinco pessoas, e finalizou com uma participante. Notou-se, com a reflexão da literatura, que essa taxa de abandono é comum. Embora tenha ocorrido desistência, houve progresso no trabalho, pois os participantes foram sensibilizados sobre a importância de combater esse hábito, além de serem apoiados pela equipe no sentido de buscar estratégias para melhoria da qualidade de vida, executando assim, ações de promoção da saúde.

CONCLUSÃO

Essa vivência revelou que o trabalho em grupo é um momento de compartilhar experiências, e compreender as diferentes motivações que levam ao tabagismo. Notou-se que o grupo representa diferentes realidades unidas por um ponto em comum, e nessa variedade de contextos, descobre-se as motivações que desencadeiam o tabagismo. Essa diversidade representa um desafio para os profissionais, pois requer a habilidade de conversar sobre o mesmo assunto de formas diferentes.

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P56. ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL A PESSOAS COM DIABETES MELLITUS: EXPERIÊNCIA DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA FAMÍLIA

Hermínia Maria de Oliveira Neta, Dhuliane Macêdo Damascena, Sarah Senna dos Santos

Cardoso, Mariana Andrade da Costa, Bruna Santos de Oliveira, Ângela Cristina Fagundes Góes

Palavras-chave: Atenção básica; Doença crônica; Equipe multiprofissional

INTRODUÇÃO O diabetes mellitus é uma doença crônica que demanda atenção contínua principalmente pelo seu caráter inicialmente assintomático e complicações crônicas e agudas. Nesse sentido, a abordagem multiprofissional na Estratégia de Saúde da Família (ESF) é necessária a fim de atender as diversas demandas dos usuários acometidos por esta morbidade.

OBJETIVO Relatar a experiência da abordagem multiprofissional às pessoas com diabetes mellitus acompanhadas por uma Equipe de Saúde da Família do Distrito Sanitário Cabula-Beiru, Salvador -BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA Trata-se de um relato acerca do planejamento e implementação de ações de cuidado às pessoas com diagnóstico de diabetes mellitus. O planejamento das atividades se deu a partir do levantamento de casos trazidos pelos agentes comunitários de saúde na reunião de equipe. Com base nas informações e no elevado quantitativo de usuários com descompensação da doença e insulinodependentes, foi realizado o matriciamento pelos profissionais da equipe de saúde, abordando os aspectos clínicos da doença, o papel de cada profissional frente às situações identificadas, bem como sensibilização da equipe sobre a proposta do cuidado multiprofissional. O plano de intervenção para esses usuários

apoiou-se em cuidados compartilhados entre os profissionais atuantes na ESF: enfermeiro, dentista, farmacêutico, médico, agente comunitário de saúde. Inicialmente foram realizadas consultas e visitas domiciliares compartilhadas a fim de compreender o contexto de vida dos usuários para traçar cuidados dentro das possibilidades identificadas, seguido de atendimento clínico farmacológico, exame clínico dos pés, educação em saúde com enfoque em hábitos de vida saudáveis e manejo com o pé diabético. Além disso, utilizou-se como instrumento de acompanhamento e avaliação planilhas personalizadas para monitoramento dos níveis pressóricos e glicêmicos, distribuição do cartão de avaliação dos pés. Houve satisfatória adesão da proposta por parte dos participantes e da equipe de saúde, aumentando o vínculo dos usuários com a Unidade de Saúde da Família o que contribui com a melhora da resolubilidade da Atenção Básica. Constatou-se melhora no que diz respeito a estabilidade dos níveis glicêmicos e melhor adesão ao plano terapêutico.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A abordagem multiprofissional no cuidado de pessoas com diabetes mellitus tem impacto positivo sobre os comportamentos de saúde dessa população, abordada na perspectiva da integralidade.

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PS58. PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO NA ESF: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Joanna Paroli Mangabeira Campos, Narla Denise Fernandes, Jéssica Barreto Barduke, Suelí de Santana, Gisele Maria Brito Lima, Lenina Damasceno Costa

Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família; Atenção à Saúde; Humanização da Assistência

INTRODUÇÃO Projeto Terapêutico Singular (PTS) é o conjunto de ações terapêuticas, resultantes de discussão e construção coletiva de uma equipe multidisciplinar. Oriundo dos esforços pela humanização da saúde e do reconhecimento das demandas objetivas e subjetivas dos usuários deve ser amplamente utilizado na Atenção Primária, inclusive na Estratégia Saúde da Família. O PTS promove mudanças no processo de trabalho por meio da clínica ampliada, incorporando novos saberes e garantindo a integralidade do cuidado.

OBJETIVO Descrever a construção de um PTS e seus efeitos sobre o processo de trabalho de equipes de uma Unidade de Saúde da Família (USF).

RELATO DE EXPERIÊNCIA O adoecimento de uma família, disparado pelo problema biopsicossocial de um de seus membros – diagnóstico de esquizofrenia, com recusa do tratamento – moradora em área de abrangência de uma USF no Distrito Sanitário Cabula-Beiru, foi alvo de constantes discussões. Assistida por duas equipes da unidade, a questão familiar foi abordada nas suas respectivas reuniões, tendo sido o PTS a ferramenta pactuada para intervenção neste cenário. Reuniram-se os profissionais da equipe mínima das duas áreas, enfermeiras e psicóloga residentes em Saúde da Família pela Universidade do Estado da Bahia, trabalhadores do Núcleo de Apoio à

Saúde da Família (NASF) e de um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). Foram percorridas as etapas preconizadas para a construção do PTS, a saber: diagnóstico; definição de metas; divisão de tarefas; avaliação, em andamento. O PTS promoveu fortalecimento do vínculo entre a família e o serviço, tendo sido observado crescente diálogo e acolhimento das orientações. Segundo a família, a comunidade mostra-se mais solidária e compreensiva. O PTS propiciou interação entre profissionais e Redes de Apoio, bem como maior valorização do trabalho em equipe. Houve dificuldade na execução de tarefas que exigiam parcerias e no cumprimento de alguns prazos estabelecidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A construção do PTS impacta positivamente a relação entre a tríade trabalhadores, usuários e gestão, garantindo uma prática mais resolutiva na ESF, devendo ser estimulada. Contudo, o fluxo de tarefas das equipes e o conhecimento incipiente desta ferramenta torna seu uso esporádico. É imprescindível consolidar e ampliar a rede de apoio matricial e institucional, fundamentais para expandir competências e auxiliar na gestão de problemas clínicos e sanitários.

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PS59. ATIVIDADE FÍSICA FUNCIONAL E AUTOCUIDADO NA ATENÇÃO BÁSICA: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO SAÚDE & ALEGRIA

Danila Feitoza Carvalho; Mariana Viana; Ana Lucena Sá, Carla Fontes; Alanda Andrade

Palavras-chave: Autocuidado; Atividade física; Grupos

INTRODUÇÃO

A realidade complexa das necessidades atuais de saúde aponta que a Atenção Básica (AB) precisa avançar na definição de formatos e de dinâmicas de funcionamento mais efetivas. Isso inclui a otimização das ações em educação para a saúde e o fortalecimento de estratégias do cuidado. O cuidado na AB pode ser pensado por duas vertentes: a que envolve fazer pelo outro, ou seja, assumir pelo outro, e o cuidado autêntico, que ocorre quando o fornecedor do cuidado estimula e favorece a potencialidade do outro para cuidar de seu próprio ser. O NASF SUSSUARANA como apoio as práticas das equipes de Saúde da família, viabiliza o grupo SAÚDE & ALEGRIA.

OBJETIVO Promover e estimular práticas de autocuidado para usuários do território assistido pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) no bairro Sussuarana.

RELATO DE EXPERIÊNCIA O Grupo acontece desde agosto de 2016, no formato de grupo misto, acolhendo adultos jovens e idosos de ambos os sexos, indicados pelas equipes ou encaminhados pela necessidade do cuidado na demanda da área clinica assistencial do NASF. Realiza atividades semanais (segundas e sextas) na Unidade de Saúde Raimundo Agripino. Atualmente possui o total de 39 inscritos e 23 participantes assíduos. Como elemento atrativo para adesão utiliza o exercício físico orientado, através de circuito de ginástica funcional, adaptado para necessidade individualizada de cada participante.

Entretanto, se configura como um espaço para convivência e orientação de boas práticas de saúde. Dentre elas: cuidados e reconhecimento do corpo; importância de autoconhecer, orientação sobre adesão a terapêutica medicamentosa correta; informações sobre como prevenir e cuidar de doenças crônicas. Os temas são discutidos sob forma de conversa informal, durante o momento da ginástica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Após um ano em atuação o grupo já soma resultados positivos relatados pelos participantes: manutenção de índices glicêmicos e níveis pressóricos controlados devido adesão da medicação e melhoras dos hábitos alimentares, abstenção ao vício de fumar, redução da queixa de dor (articular e mialgia) e como o nome sugere alegria em se cuidar. No grupo Saúde & Alegria foi priorizado o cuidado autêntico³ por acreditar que, neste, o cuidado é estimulado de acordo com o estilo de cada um, levando-se em consideração as particularidades e necessidades de cada pessoa que está sob a responsabilidade daquele que fornece o cuidado. Tal prática tem se mostrado efetiva em otimização da educação para saúde.

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PS60. CRIAÇÃO DE PROTOCOLO DE ATENDIMENTO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS COM ALERGIA A PROTEÍNA DO LEITE DE VACA (APLV) ASSISTIDAS EM UNIDADE

BÁSICA DE SAÚDE

Joyse Mota dos Santos Conceição, Alessandra Mariane Borborema Custódio, Fábio Rodrigo Santana dos Santos

Palavras-chave: Alergia; Atendimento; Protocolo

INTRODUÇÃO

Este trabalho descreve a experiência de elaborar um protocolo para consultas nutricional de pacientes com alergia a proteína do leite de vaca (APLV) atendidos em Unidade básica de saúde, em Salvador- BA.

OBJETIVO Fornecer subsídios para uma melhor assistência e padronização do atendimento nutricional.

METODOLOGIA Pacientes diagnosticados, por laudo médio, com APLV, são acompanhados em unidade básica de Salvador para o recebimento de fórmula infantil. O desenvolvimento do protocolo foi dividido em duas etapas: a primeira consistiu na pesquisa eletrônica da literatura. A partir destes resultados, procedeu-se à segunda etapa: o desenvolvimento da proposta de protocolo de consulta de paciente com alergia ao leite de vaca (APLV) e/ou em uso de fórmulas infantis e o estabelecimento de um fluxograma de atendimento.

RESULTADOS

Na criação de um protocolo de

atendimento, foram abordadas por meio de revisão de literatura as principais correlação e intercorrências desenvolvidas por um alérgico ao leite de vaca, visando contemplar uma cuidadosa investigação sobre o paciente e suas necessidades, desde a primeira consulta e os retornos mensais de acompanhamento nutricional.

CONCLUSÃO A utilização de um protocolo de atendimento proporcionará a padronização dos procedimentos e monitorização do desenvolvimento nutricional e da distribuição de fórmulas infantil das crianças assistidas em uma unidade básica de saúde em Salvador, permitindo uma intervenção nutricional mais efetiva. No entanto, cabe ressaltar que o fato de direcionar o processo de cuidado nutricional não isenta o uso do protocolo em caráter de flexibilidade, o qual garante ao nutricionista o exercício do bom senso sempre que se deparar com situação que fuja à sua rotina.

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PS61. O ADOECIMENTO COMO FORMA DE RESSIGNIFICAR A VIDA: UM ESTUDO DE CASO

Maria Cilêda dos Santos da Paixão, Pedro Andrade das Virgens, Aline Luquini Santos

Palavras-chave: Psicoterapia; Assistência; Saúde

INTRODUÇÃO A compreensão do adoecimento é fundamental na construção de um sentido e na interpretação da situação vivenciada em decorrência da doença. Diante disso, a atuação do psicólogo hospitalar deve estar pautada na escuta psicológica, a qual possibilita se aproximar da demanda psíquica do paciente, de modo a auxiliá-lo na ressignificação do adoecimento.

OBJETIVO Descrever caso clínico acompanhado por residentes, durante atuação em hospital geral de Salvador-Ba.

RELATO DE EXPERIÊNCIA M.S, 52 anos, sexo feminino, foi admitida na Unidade de Clínica Médica, com suspeita de Insuficiência Renal Aguda (IRA), causada por picada de cobra. Apresentou necrose tecidual na lesão, cursando com dor abdominal, parestesia local e edema. Foi submetida a sessões de hemodiálise. Durante acompanhamento, foi identificado humor deprimido e falta de apetite, o que motivou pedido de avaliação psicológica. A paciente evoluiu com piora do quadro. Após 9 dias de internamento, recebeu alta, indo a óbito no domicílio. Durante os atendimentos, foi possível identificar as demandas psicológicas da

paciente, que justificavam seu quadro psicoemocional. Evidenciou-se que algumas questões, tais como: relacionamento com os pais, responsabilidade precoce, excesso de dedicação às pessoas e o trauma devido ao acidente passam a ser figura para a paciente, enquanto que o quadro clínico e as sessões de hemodiálise apresentavam-se como fundo no seu estado emocional. De acordo com Ribeiro (1985), a figura não é uma parte isolada do fundo, ela existe no fundo. Assim, quando uma vivência é resolvida, passa a ser fundo na experiência da pessoa e permite que outra se transforme em figura (YOUNTEF, 1998). De posse de tal entendimento, foi possível construir o plano psicoterapêutico de M.S, o qual apresentou como imagem-objetivo a ressignificação das situações vivenciadas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se que caso despertou reflexões acerca do cuidado psicológico, que possibilita auxiliar o sujeito no processo de ressignificação do sofrimento. Cabe salientar que a escuta constitui-se como um dispositivo relevante para o cuidado, por possibilitar aos profissionais se aproximarem das demandas psicoemocionais do paciente.

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PS62. EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Juliana Barbosa dos Santos, Ângela Cristina Fagundes Góes, Geovana lima Chaves, Marinalva Silva Souza Moura

Palavras-chave: Educação em Saúde, Educação em Enfermagem e Aprendizagem

INTRODUÇÃO A educação popular em saúde surgiu no ano de 1950, inspirada no humanismo cristão e no socialismo, tendo se inserido em um contexto de luta social e resistência. Pautada na prática educativa e no trabalho social emancipatórios, a educação popular é uma perspectiva teórica que busca fomentar a consciência crítica dos indivíduos formando cidadãos críticos e promovendo a sua autonomia. Tudo isso com vista à superação das desigualdades sociais (BRASIL, 2012). No campo da saúde, a Educação popular traduz-se na integração entre o saber popular e os conhecimentos técnico-científicos, exercício da cidadania por meio da participação social, e criticidade em relação à base de assistência em saúde na qual o indivíduo está inserido (GOMES, MERHY, 2011; NERY I., NERY V., NERY W., 2012). Esses aspectos condizem com os princípios básicos do Sistema único de saúde e com as suas diretrizes, com destaque ao âmbito do controle social (NERY I., NERY V., NERY W., 2012). Desta forma, para o sucesso do Sistema único de saúde é substancial a formação de profissionais de saúde com conhecimento em relação à Educação popular em saúde.

OBJETIVO Relatar a experiência com o planejamento e execução de atividades na perspectiva teórica da educação popular em saúde para profissionais de higienização por estudantes de enfermagem de uma universidade pública no estado da Bahia.

METODOLOGIA Trata-se de um relato de experiência com planejamento e execução de atividades na perspectiva teórica da educação popular em saúde para profissionais de higienização por estudantes de enfermagem de uma universidade pública no estado da Bahia. Houve dois momentos de encontro com os agentes de limpeza da Universidade. O primeiro momento foi o da aproximação, no qual foi realizada uma roda de conversa com os trabalhadores e os estudantes. Após esse momento de aproximação realizamos uma dinâmica para apresentação individual e escuta de quais temas eles tinham interesse para serem abordados no segundo momento. No segundo encontro, a turma dividida em duplas e trios trouxeram os temas que foram sugeridos no primeiro encontro pelos trabalhadores da higienização: direitos dos trabalhadores, teste rápido para IST´s, uso de contraceptivos, direito da mulher na assistência ao parto e ergonomia.

RESULTADOS Para os estudantes, esta ação permitiu um maior contato, bem como nos ensinou muito sobre como lidar com as metodologias participativas vistas em sala de aulas através das obras de Paulo Freire. A experiência contribuiu para reafirmar a educação em saúde como importante instrumento de trabalho para o enfrentamento dos problemas de saúde da população. Observou-se que promover esse tipo de metodologia não exige custos altos e nem tecnologia dura.

CONCLUSÃO

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Discutir a educação popular em saúde durante a formação de enfermeiros (as) é fundamental para alcançar o atual perfil preconizado pelas diretrizes curriculares do Conselho Nacional de Educação. Ao adotar uma abordagem metodológica humanista, com a

valorização do saber de todos os sujeitos envolvidos na construção do conhecimento, a Educação popular em saúde sustenta os princípios e diretrizes do SUS que garantem o acesso de todos à assistência a Saúde.

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PS63. A AVALIAÇÃO DO PÉ DIABÉTICO COMO ESTRATÉGIA PARA ESTIMULAR ADESÃO DE USUÁRIOS À CONSULTA DE ENFERMAGEM

Erica Velasco Dias Gomes

Palavras-chaves: Diabetes mellitus; Pé diabético; Autocuidado; Consulta de enfermagem

INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus (DM) é um problema de saúde pública que vem aumentando no Brasil e tem como principal complicação o pé diabético, cujas consequências podem variar de ulcerações a amputação de extremidades. Segundo o Ministério da Saúde, 85% das amputações de membros inferiores em pessoas com DM são precedidas de úlceras causadas por neuropatia periférica, deformidades nos pés ou traumatismos, condições que podem ser evitáveis. O exame periódico do pé propicia a detecção precoce de alterações e o tratamento oportuno, possibilitando a prevenção de complicações.

OBJETIVO Relatar a estratégia adotada para estimular a adesão dos usuários diabéticos à consulta de enfermagem em uma Unidade de Saúde da Família no Distrito Sanitário Cabula Beiru, Salvador/BA.

RELATO DE EXPERIÊNCIA No dia 27/09/2017 foi realizada uma atividade em grupo com usuários portadores de hipertensão e/ou diabetes, a qual resultou no agendamento de seis consultas de enfermagem de Hiperdia para avaliação do pé. No dia 29/09/2017 os usuários agendados foram reunidos no consultório e orientados coletivamente sobre o que é o pé diabético, a forma como seria

realizada a avaliação e receberam orientações escritas e verbais sobre o autocuidado com os pés. Na consulta individual foi realizada anamnese, exame físico e avaliação neurológica. Dos seis examinados, dois apresentavam dermatofitoses e foram encaminhados no mesmo dia para consulta médica e tratamento. Cinco deles informaram que seus pés nunca tinham sido avaliados anteriormente, que não sabiam da importância de examiná-los rotineiramente tampouco noções sobre o autocuidado com os mesmos. Foi muito gratificante a participação de todos na consulta, pois se mostraram interessados e dispostos a melhorar os cuidados com a saúde, além do que permitiu o tratamento oportuno de dois usuários. A estratégia de avaliação do pé contribuiu para a adesão dos usuários às consultas de enfermagem do Hiperdia e para a divulgação das mesmas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS Faz-se necessário o desenvolvimento desta e de outras estratégias pela equipe de saúde para atrair mais usuários às consultas de enfermagem de Hiperdia e dessa forma fortalecer as ações de prevenção de complicações do DM e incentivo a mudança de comportamento e ao autocuidado.

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PS64. COENZIMA Q10 E SEUS EFEITOS EM USUÁRIOS DE ESTATINAS

Thaíssa Augusto da Silva, Vitória Fernandes Freire de Melo, Maiara Moeme

Alvim Guimarães

Palavras-chave: Ubiquinona; Agentes anticolesterolêmicos; Colesterol

INTRODUÇÃO

As estatinas representam uma das drogas mais prescritas para prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, a maior causa de morte no mundo. Contudo, tem se constatado que cardiopatas, em uso desses fármacos, têm a produção endógena da CoQ10 reduzida, podendo apresentar outros agravos à saúde, o que resulta em um problema de saúde pública. A ubiquinona ou coenzima Q10 (CoQ10) é um componente indispensável da cadeia respiratória mitocondrial e atua nos processos de geração de energia, além de ser um potente antioxidante. A suplementação de CoQ10 vem sendo recomendada para combater a redução desse composto provocada pela terapia medicamentosa.

OBJETIVO Descrever os efeitos da suplementação de CoQ10 na função cardíaca de cardiopatas em uso de estatinas.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed (MEDLINE), com os seguintes descritores: “ubiquinone”, “Anticholesteremic Agents” e “cholesterol”. Dessa busca selecionou-se 11 documentos que contemplavam o tema, e através desses, coletou-se mais 9 arquivos contidos nas suas referências, totalizando 20 fontes consultadas para a revisão bibliográfica. Foram

incluídos arquivos das duas últimas décadas.

RESULTADOS Morrison & cols., (2016) concluíram que vinte e quatro semanas sob tratamento de 10mg de rosuvastatina diária diminuem a concentração de CoQ10 e aumentam a relação CoQ10/LDL em pacientes infectados pelo HIV em terapia antiretroviral. Fisar et al., (2016) observaram um efeito inibitório da sinvastatina na respiração mitocondrial ligada ao complexo I, ao passo que, a CoQ10 induziu um aumento da respiração ligada à este complexo. Prajapati & cols., (2017) verificaram que o tratamento com Atorvastatina (ATV) + Q10 conseguiu estabilizar o potencial de membrana mitocondrial e manter sua integridade. Além disso, teve significativa atividade antioxidante alterando a indução de estresse oxidativo. Rosenfeldt et al.(2007), concluíram que a coenzima Q10 tem potencial para baixar a pressão arterial sistólica e diastólica de pacientes hipertensos em até 17mm Hg e até 10mm Hg, respectivamente.

CONCLUSÃO A relação entre redução de CoQ10 plasmática e uso de estatinas, foi confirmada. Há resultados promissores para essa suplementação e a redução dos efeitos colaterais das estatinas, porém nem todos os efeitos colaterais foram atenuados, mais estudos se fazem necessário para comprovar a eficácia dessa suplementação.

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PS65. AS ATIVIDADES EM GRUPO COMO ESTRATÉGIA DA PROMOÇÃO DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA

Maria Salete da Silva

INTRODUÇÃO

Os desafios trazidos pelo envelhecimento da população têm diversas dimensões e dificuldades, mas nada é mais justo do que garantir a pessoa idosa a sua integração na comunidade. O envelhecimento da população influencia o consumo, a transferência de capital e propriedades, impostos, pensões, o mercado de trabalho, a saúde e assistência médica, a composição e organização da família. É um processo normal, social, inevitável, irreversível e não uma doença. Portanto, não deve ser tratado apenas com soluções médicas, mas também por intervenções sociais, econômicas e ambientais. Frente a esta realidade, a população idosa teve importantes conquistas nos últimos anos com destaque para as Políticas de Saúde voltadas ao processo de envelhecer, como o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003), a Política do Envelhecimento Ativo (WHO, 2005) e a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa - PNSI (BRASIL, 2006). A partir das tendências das políticas destinadas aos idosos, acreditamos que a atividade grupal se constitui em uma valiosa ferramenta no processo de promoção da saúde desse grupo etário, como também dar a possibilidade dos mesmos se enxergarem como sujeitos de direitos.

Entendendo que a pessoa idosa é portadora de dignidade e cidadania, tendo anseios, necessidades e

projetos de vida que devem e merecem ser contemplados é que o Centro de Saúde da Mata Escura desenvolve ações voltadas para saúde da pessoa idosa.

OBJETIVO Despertar e desenvolver habilidades que os tornem úteis a si, a comunidade, a família e a sociedade;

RELATO DE EXPERIÊNCIA

O trabalho é realizado por uma equipe multiprofissional, visando atingir pessoas de todos os sexos, de qualquer nível cultural, social e religioso, residente no bairro da Mata Escura e adjacências, cuja faixa etária seja igual ou superior a 60 anos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades desenvolvidas foram: Atendimento individual com Serviço Social, Enfermagem, Nutrição, Médico Clínico e Odontologia. O atendimento é prioritário com reserva de vagas. Estudo de caso: Serviço Social, Enfermagem e Médico Clínico; Disponibilização da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa; Encaminhamentos externos, visando facilitar o acesso da pessoa idosa a recursos institucionais; Reuniões mensais com a utilização de diversos recursos pedagógicos: palestras educativas, técnicas de dinâmica de grupo, trabalhos individuais e em grupo utilizando diferentes tipos de linguagem (textos, músicas, exibição de vídeo, colagens e etc.), tendo a participação da equipe da Unidade e convidados. Participação em eventos relacionados a temática do Envelhecimento e outros; Atividades de Lazer.

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PS66. MODULAÇÃO DA MICROBIOTA INTESTINAL COM PROBIÓTICOS E SEUS EFEITOS NA OBESIDADE

Vitória Fernandes Freire de Melo, Thaíssa Augusto da Silva, Maiara Moeme Alvim Guimarães

Palavras-chave: Probióticos; Microbiota intestinal; Obesidade; Emagrecimento

INTRODUÇÃO A obesidade é uma doença que tem crescido substancialmente nas últimas décadas e traz com ela diversas doenças crônicas associadas. Sabe-se que está altamente relacionada com o estado inflamatório do organismo e ao longo dos últimos anos diversos tratamentos foram propostos, nesse sentido tem-se analisado a microbiota intestinal como interrelacionada a obesidade e também os probióticos como alternativa para o emagrecimento.

OBJETIVO Compreender os possíveis efeitos da modulação intestinal com o uso de probióticos na obesidade.

METODOLOGIA Foi realizada uma pesquisa na base de dados Pubmed (MEDLINE) com as palavras chaves probióticos e obesidade. Foram encontrados 651 resultados, filtrando-se pelos últimos 5 anos obteve-se 487 estudos encontrados. Incluindo apenas ensaios clínicos havia 35 artigos, sendo que se selecionou para esta revisão os 12 primeiros, considerados de maior relevância.

RESULTADOS Pesquisadores encontraram redução significativa do IMC, colesterol total e LDL com a utilização de probióticos Bifidum lactis por 45 dias em um estudo randomizado, placebo controlado. Em outro estudo foi demonstrado redução da circunferência da cintura e índice de conicidade com o uso de probíóticos da série Lactobacillus e Bifidum em mulheres com excesso de peso ou obesidade por 8 semanas. Há pesquisas que foi observada também a redução do peso corporal

e melhora da saciedade em mulheres que utilizaram formulação probiótica comparado ao grupo placebo. Alguns mecanismos têm sido propostos para a microbiota influenciar na adiposidade corporal, um deles é Fasting Induced Adipose Factor um inibidor da lipase de lipoproteína, que quando suprimido pela ação da microbiota aumenta o acúmulo de triglicerídeos nos adipócitos. O segundo mecanismo envolve a inibição da via da 5’- monofosfato-adenosina proteína quinase (AMP-Q), enzia que regula o metabolismo energético celular. Quando inibida, ativa processos anabólicos e bloqueia catabólicos. Há evidências de que a AMP-Q desempenhe importante papel na regulação do metabolismo de ácidos graxos e da glicose, assim como na regulação do apetite.

CONCLUSÃO É notória a importância da promoção de uma microbiota saudável para controle da obesidade, inflamação crônica e outras doenças metabólicas associadas. Portanto, a utilização de probióticos para o emagrecimento deve ser uma estratégia utilizada para colonizar o intestino com bactérias benéficas e propiciar melhores resultados.

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PS67. NÚCLEO DE ATENDIMENTO VIRTUAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE: UMA POSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Tatiana dos Santos Moreira, Maria Luiza Figueiredo Heine

Palavras-Chave: Adolescentes; Educação; Saúde; Núcleo de Saúde

INTRODUÇÃO A escola é um importante espaço para o desenvolvimento de um programa de educação para a saúde dos adolescentes, principalmente por exercer papel na formação do cidadão crítico, estimular a autonomia e o exercício de direitos e deveres, bem como controle das condições de saúde e qualidade de vida com opção por atitudes mais saudáveis.

OBJETIVO Sensibilizar o adolescente sobre os cuidados com a saúde e informar sobre o tipo de serviço a eles destinado no Sistema Único de Saúde. A questão norteadora desta pesquisa centra-se em: como a implantação do núcleo virtual de atendimento a saúde para o adolescente se constitui como possibilidade de intervenção no ambiente escolar? Os objetivos específicos foram: identificar as principais necessidades relacionadas à promoção e prevenção da saúde do adolescente dentro da escola, criar ambiente virtual para difusão de práticas educativas voltadas para a prevenção e promoção da saúde do adolescente dentro do ambiente escolar e firmar parcerias com profissionais capacitados para atender essa clientela.

METODOLOGIA O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, protocolo

CAAE: 59767316.9.0000.0057. A proposta de intervenção foi aplicada no Colégio de grande porte do interior da Bahia, a partir de pesquisa exploratória de abordagem qualitativa de caráter aplicada. Foi utilizada a pesquisa-ação, para coleta dos dados Grupo Focal e análise dos dados à sistemática de conteúdo de Bardin.

RESULTADOS Um ambiente virtual, utilizado de forma sistematizada sob a orientação e supervisão de profissionais capacitados e elaborado conforme a necessidade dos adolescentes pode motivar e contribuir para a promoção de ações educativas e preventivas de maneira eficaz. Ambiente Virtual de Aprendizagem consiste em mídias que são utilizadas dentro do ciberespaço para difundir conhecimento/conteúdo entre as pessoas. O Núcleo de Saúde Virtual oferece vários recursos, disponibilizando material diversificado contendo vídeos, palestras, textos informativos, depoimentos, facilitando a comunicação entre os pares, viabilizando novas formas de ensino-aprendizagem.

CONCLUSÃO Dentre as potencialidades desta pesquisa, dá-se especial ênfase à promoção dos resultados obtidos junto aos adolescentes e os seus pares.