Ficha de Identificaçãobdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/2033/1/Diogo Guimarães... · Ficha de Identificação Aluno ... Contacto e adaptação ao processo de trabalho da Suricata

i

i

Relatório de estágio curricular

Design de Equipamento

Diogo Guimarães

Ficha de Identificação

Aluno

Nome: Diogo Miguel Rodrigues Guimarães

Número: 1008792

Curso: Design de Equipamento

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda, Escola Superior de Tecnologia e

Gestão

Orientador de estágio: Mestre Miguel Lourenço

Empresa

Entidade Promotora de Estágio: Suricata Design Studio

Morada: Rua das Flores, n.º 57, 3º andar, 4050-265 Porto

Telefone\Fax: +351 220925829

Email do Estúdio: [email protected]

Site: www.suricatastudio.com

Supervisor do estagio: Designer Tiago Matos

Duração do Estagio

Inicio: 02 de abril de 2012

Conclusão: 31 de maio de 2012

Duração: 299 horas

mailto:[email protected]

http://www.suricatastudio.com/

ii



Diogo Guimarães

Agradecimentos

A colaboração de várias pessoas foi indispensável para a execução deste trabalho e

como tal não poderia prosseguir sem as mencionar e prestar o meu agradecimento.

Assim sendo quero agradecer ao professor Miguel Lourenço, que foi meu orientador

de estágio, pelos ensinamentos, pela motivação e ajuda prestada, pelo tempo e paciência

disponibilizada na realização deste trabalho.

Agradeço à Suricata Design Studio que me acolheu e me proporcionou uma

experiência enriquecedora a todos os níveis. Agradeço a oportunidade de aprender novos

ensinamentos e de pôr em prática alguns conhecimentos adquiridos durante o meu percurso

académico. Um obrigado a todos os que trabalharam comigo diariamente, Tiago Matos, Tiago

Cruz e Célia Santos pelo apoio e hospitalidade demonstrada ao longo do estágio.

Gostaria de deixar um agradecimento aos meus pais pelo apoio dado durante toda a

minha vida académica.

Para findar, um grande obrigado a todos os meus amigos que me apoiaram e

incentivaram quando foi mais preciso.

iii



Diogo Guimarães

Plano de Estágio

O plano de estágio contempla os seguintes pontos:

Contacto e adaptação ao processo de trabalho da Suricata Design Studio

Auxílio ao desenvolvimento do produto:

o Criação de uma metodologia;

o Discussão de ideias;

o Construção de maquetas;

o Desenho técnico.

iv



Diogo Guimarães

Objetivos

Neste estágio procura-se o desenvolvimento prático de conhecimentos teóricos

adquiridos no percurso de formação académica e adquirir experiência profissional

através da vivência diária no meio de trabalho.

Como objetivos específicos pretende-se a criação de um contacto com o mercado de

trabalho, a aprendizagem de novos conceitos sobre design e a possibilidade de crescer

enquanto designer.

v



Diogo Guimarães

Resumo

Este relatório caracteriza sumariamente a empresa acolhedora, Suricata Design

Studio, e descreve de uma forma resumida as atividades desenvolvidas durante o período de

estágio curricular.

Neste estágio foi desenvolvido um projeto de design de mobiliário infantil em que o

objetivo era incorporar neste o artesanato e o design, criando um elo entre estas duas áreas.

O projeto foi desenvolvido em equipa recorrendo à metodologia projetual para

garantir um avanço gradual, sustentado e seguro em todas as suas fases.

Palavras chave: projeto; metodologia; artesanato; equipa; design.

vi



Diogo Guimarães

Índice

Índice de Figuras .................................................................................................................................. vii

Índice de Anexos ............................................................................................................................... viii

Abreviaturas ........................................................................................................................................... ix

Resumo ..................................................................................................................................................... x

1. A Empresa ................................................................................................................................. - 1 -

1.1 Enquadramento geográfico (região do Porto) ........................................................... - 2 -

1.2 Localização da empresa .................................................................................................................. - 4 -

1.4 História da empresa......................................................................................................................... - 5 -

1.5 Equipa ................................................................................................................................................... - 5 -

1.6 Instalações ........................................................................................................................................... - 6 -

1.7 Lista de projetos mais relevantes ................................................................................................. - 6 -

1.8 Principais clientes ............................................................................................................................. - 6 -

2. Estágio ............................................................................................................................................. - 7 -

2.1 Introdução ............................................................................................................................... - 8 -

2.2 Definir o projeto .................................................................................................................... - 9 -

2.3 Criação de uma metodologia ............................................................................................. - 9 -

2.3.1 Entender ............................................................................................................................ - 10 -

2.3.1.1 Vime ............................................................................................................................... - 10 -

2.3.1.2 O que se entende por Artesanato? .......................................................................... - 10 -

2.3.1.3 O que as crianças e adultos pretendem num cavalinho de balanço .............. - 11 -

2.3.2 Observar ............................................................................................................................ - 12 -

2.3.3 Idealizar ........................................................................................................................... - 12 -

2.3.4 Protótipar (maquetas de estudo) ................................................................................. - 14 -

2.3.5 Idealizar parte 2 .............................................................................................................. - 15 -

2.3.6 Protótipar (maqueta final) ............................................................................................ - 16 -

2.3.7 Concretizar ....................................................................................................................... - 17 -

Conclusão ......................................................................................................................................... - 18 -

Bibliografia ...................................................................................................................................... - 19 -

Webgrafia ......................................................................................................................................... - 20 -

Anexos .............................................................................................................................................. - 22 -

vii



Diogo Guimarães

Índice de Figuras Fig. 1: mapa das freguesias do Porto......................................................................2

Fig. 2: mapa dos distritos de Portugal.....................................................................3

Fig. 3: símbolo da freguesia da Vitória...................................................................4

Fig. 4: painel de inspiração....................................................................................12

Fig. 5: exemplo do coelho e do gato......................................................................13

Fig. 6: maqueta de estudo de medidas...................................................................14

Fig. 7: maqueta de estudo estética.........................................................................14

Fig. 8: “renders” do equipamento..........................................................................15

Fig. 9: protótipo rápido..........................................................................................16

Fig. 10: painel demonstrativo……………………………………………….……17

viii



Diogo Guimarãe

Índice de Anexos

Anexo 1 - Enquadramento cultural e turístico...............................................................23

Anexo 2 - Estudos de traçado de vime..........................................................................24

Anexo 3 - Tipologias de cavalinhos de balanço, pesquisa............................................25

Anexo 4 - Esboços da procura da forma.......................................................................26

Anexo 5 - Esboços de estudo de maneiras possíveis de agarrar...................................29

Anexo 6 - Esboços para possibilidades de metodo de balanço....................................30

Anexo 7 - Esboços da primeira solução.......................................................................31

Anexo 8 - Estudo de proporção.....................................................................................34

Anexo 9 - Estudo Ergonómico......................................................................................35

Anexo 10 - Maquetas de estudo....................................................................................40

Anexo 11 - Esboços finais.............................................................................................42

Anexo 12- “Renders” do cavalinho de balanço.............................................................45

Anexo 13- Protótipo.......................................................................................................47

Anexo 14 - Desenho técnico do cavalinho.....................................................................49

Anexo 15- Painel ilustrativo...........................................................................................51

ix



Diogo Guimarães

Abreviaturas

Km.....................................................................Quilómetros

ESAD.................................................................Escola Superior de Artes e Design

Head designer....................................................Designer principal

A.C………………………………………….....Antes de Cristo

Concepts…………………………………….....Conceitos

ESTG.................................................................Escola Superior de Tecnologia e Gestão

IPG.................................................................... Instituto Politécnico da Guarda

3D...................................................................... Três dimensões

CAD...................................................................Desenho Assistido por Computador

x



Diogo Guimarães

Resumo

O presente relatório descreve as principais atividades efetuadas durante o estágio curricular e

encerra o processo que leva à conclusão da licenciatura do curso de Design de Equipamento

do Instituto Politécnico da Guarda.

Inicialmente apresenta-se uma caracterização da cidade onde a empresa está inserida. Após

esta caracterização, apresenta-se a empresa, contendo dados como a sua localização,

organização interna e setor de atividade.

Apresenta-se de seguida as atividades desenroladas durante o estágio, valorizando o projeto

efetuado com todas as suas fases.

No final apresenta-se uma conclusão relativa ao estágio, avaliando todos os conhecimentos

adquiridos durante o mesmo e os conhecimentos adquiridos durante o percurso académico.

- 1 -



Diogo Guimarães

1. A Empresa

- 2 -

Relatório de estágio curricular Design de Equipamento

Diogo Guimarães

1.1 Enquadramento geográfico (região do Porto).

Porto é uma cidade portuguesa situada no noroeste da Península Ibérica que tem de área

total 1024 km² e tem aproximadamente1 400 000 habitantes, o que a torna a maior do

noroeste peninsular e a segunda maior de Portugal, depois de Lisboa.

Abrangendo um total de 15 freguesias, como demonstra a figura 1, este distrito tem como

limites a norte, o concelho de Matosinhos e o concelho da Maia, a este, o de Gondomar, a

oeste é banhado pelo oceano Atlântico e a sul é separado pelo rio Douro do concelho

de Vila Nova de Gaia.

A Suricata Design Studio situa-se na baixa do Porto na rua das Flores que pretence á

freguesia da Vitória.

Fig 1 - Mapa das freguesias do Porto

Fonte: http://www.portovivosru.pt/sub_menu_7_2. php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidade

http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Noroeste

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pen%C3%ADnsula_Ib%C3%A9rica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Lisboa

http://portugal.veraki.pt/concelhos/concelhos.php?idconc=314




- 3 -


Diogo Guimarães

A cidade do Porto é conhecida como a Cidade Invicta. É a cidade que deu o nome a

Portugal. Conhecida (mundialmente) pelo seu vinho esta cidade aproveitou os seus

recursos naturais de transporte para se impulsionar no comércio para esse facto o rio

Douro foi um grande impulsionador. Mais recentemente a cidade do Porto dispõe de

uma ótima acessibilidade que permite o desenvolvimento de trocas comerciais, com as

diferentes vias terrestres, aéreas e marítimas sendo as terrestres as autoestradas nº 1, 3,

4, 28, 41, a aéria o aeroporto Francisco Sá Carneiro e por via marítima o porto de

Leixões.

Fig. 2 – Mapa dos distritos de Portugal

Fonte: http://www.mapadeportugal.net/indicedistritos.asp

- 4 -


Diogo Guimarães

1.2 Localização da empresa

A Suricata design Studio está sediada no Porto, mais especificamente na freguesia da

Vitória na baixa do Porto, como já evidenciado no ponto

anterior.

Fig. 3 – símbolo da freguesia da Vitória

A freguesia da Vitória contém cerca de 4000 habitantes e confina com Miragaia, Santo

Ildefonso, Cedofeita, Sé e S. Nicolau. Em todo o ano, vislumbram-se turistas pelas ruas,

algumas delas bem estreitas uma característica comum a todas as zonas históricas e que

despertam bem o interesse dos visitantes de outros países.

Esta freguesia apresenta-se com uma população envelhecida, no entanto devido aos

setores comerciais e de ensino que esta contém, os frequentadores desta zona situam-se

numa faixa etária dos 18 aos 40.

A nível comercial pode-se encontrar para além de mais empresas de Design como A

Menina Design, botiques gráficas, papelarias, comércio turístico variado entre outras.

1.3 Escolha da empresa

O interesse pela Suricata Design Studio surgiu após pesquisa relativa a projetos

desenvolvidos por vários ateliers de Design. Passado algum tempo encontrei-me com

um colega de longa data, que por acaso era um dos fundadores desta mesma empresa e

de imediato me convidou para desenvolver o estágio curricular na Suricata.

- 5 -


Diogo Guimarães

O facto de esta se inserir no grande Porto também foi um fator importante para a

decisão, visto ser uma cidade com bastante população oriunda de vários pontos de

Portugal e do estrangeiro, cativou-me o facto de poder conhecer melhor este estilo de

vida cosmopolita.

1.4 História da empresa

A Suricata Design Studio surgiu de uma parceria entre três designers que eram colegas

na ESAD de Matosinhos no curso de Design de Produto e que posteriormente haviam

trabalhado na Maia numa empresa de Design automóvel.

Estes três colegas, Tiago Matos, Tiago Cruz e Afonso Cameira iniciaram esta empresa

em 2009 tendo como objetivo principal desenvolver trabalhos na área do design

industrial.

Atualmente apenas Tiago Matos e Tiago Cruz estão a dirigir a empresa visto Afonso

Cameira ter falecido, no entanto, a suricata tem conseguido vingar no mercado

fazendo diversas parcerias com empresas como a JP Sá Couto, Wewood, Busilis, entre

outras.

1.5 Equipa

A equipa na qual me inseri era formada pelos dois head designers Tiago Matos

(Designer de Produto) e Tiago Cruz (Designer de Porduto) e por uma terceira designer

Célia Santos (Designer Industrial) que estava a fazer um estágio profissional na

empresa.

- 6 -


Diogo Guimarães

1.6 Instalações

Como já referido a Suricata Design Studio tem como instalações um pequeno gabinete

na baixa do Porto.

O espaço divide-se em quatro áreas sendo o gabinete principal, sala de reuniões, lavabos

e uma pequena varanda com vista para a rua das Flores.

1.7 Lista de projetos mais relevantes

2012 – Somar (estante modular)

2012 – Aponte (mesa de jantar)

2012 – Touch (camiseiro)

2012 – Multibanqueta (banqueta modular)

2011 – MG 4 (portátil educacional)

2009 – Buddy (automóvel elétrico)

1.8 Principais clientes

Embora sendo uma empresa bastante recente a Suricata Design Studio tem já

alguns cientes de nome internacional e de forte presença no mercado.

Destaca-se:

JP Sá Couto

Araújo e Sobrinho

Wewood-portuguese joinery

Busilis

- 7 -


Diogo Guimarães

2. Estágio

- 8 -


Diogo Guimarães

2.1 Introdução

O primeiro contacto com a empresa foi antes de o estágio ter começado, visto na altura

a empresa se encontrar a meio de projetos, por acordo mútuo, decidimos adiar uma

semana o início do estágio, no entanto os designers Tiago Matos e Tiago Cruz

apresentaram-me a empresa e suas instalações.

Depois de toda a documentaçao tratada foi-me apresentado o projeto em que eu

participaria. Este projeto teria como fundamento principal a criação de um objeto com o

objetivo de complementar o método artesanal com o design tendo ainda como requisito

a utilização de vime.

Nos seguintes pontos segue-se a descrição de todo o processo para o desenvolvimento

deste projeto.

- 9 -


Diogo Guimarães

2.2 Definir o projeto

Inicialmente a escolha de um produto foi bastante difícil devido às condicionantes

impostas, como tal após algumas propostas de diferentes tipos foram selecionadas três

delas que pareciam ser as mais aliciantes. As três propostas foram o cavalinho de

balanço, um berço e uma bicicleta. Mais tarde foi decidido avançar apenas com o

cavalinho de balanço.

2.3 Criação de uma metodologia

A criação de uma metodogia é um processo lento, mas que após ser elaborada produz

resultados bastante bons e como nem todos se guiam pela mesma metodologia tive,

neste estágio, que criar a minha própria.

Após alguma pesquisa e troca de impressões com alguns colegas designers como

Isabel Burbon, Gonçalo Campos, Miguel Afonso e Janine Brown encontrei uma

metodologia adequada.

Esta metelogia consiste nos seguintes passos:

Entender

Observar

Definir

Idealizar

Protótipar

Concretizar

Seguidamente, caracterizar-se cada um destes passos de acordo com o projeto

desenvolvido.

- 10 -


Diogo Guimarães

2.3.1 Entender

O primeiro processo será entender o que é o vime, o que se entende por artesanato e o

que as crianças e adultos pretendem num cavalinho de balanço.

2.3.1.1 Vime

Vime deriva de uma palavra do latim denominada de “vimen” e caracteriza a matéria-

prima de origem vegetal que possui varas moles com elevada tenacidade. Existem

várias espécies de plantas com estas características em Portugal a mais abundante é o

vimeiro. Esta matéria prima tem como data de primeira utilização no antigo Egipto e era

utilizada para a criação de cestaria. Hoje em dia já existem técnicas para produzir vime

artificialmente cujo nome do produto final é vime sintético.

Em Portugal o vime é utilizado com mais frequência em artesanato como a cestaria, mas

também em indústias de mobiliário devido às suas características. O vime apesar da sua

grande flexibilidde é um material bastante robusto e duradouro.

Existem várias tipologias na utilizaçao do vime após ter sido cortado do vimeiro, como

a miolo e a liaça. O miolo consiste na parte interior da vara de vime que tem como

características ser menos resistente, no entanto é mais leve. A liaça consiste na parte

exterior da vara de vime e tem como característica ser mais maleável. O vime inteiro e o

vime quebrado sao outras duas tipologias.

2.3.1.2 O que se entende por Artesanato?

O artesanato é o processo de criação manual de objetos.

Este processo é feito pelo denominado artesão, que por norma cria o objeto de raíz

desde a preparação da matéria-prima até ao acabamento final. O produto é normalmente

concebido na oficina do artesão podendo por vezes ter a ajuda de um aprendiz ou de

outro artesão.

Hoje em dia o artesão é classificado como aquele que produz objetos de cariz popular.

- 11 -


Diogo Guimarães

Desde há milhares de anos que o ser humano necessitou de criar utensílios para ajudar a

sua sobrevivência e por isso o primeiro objeto de artesanato é datado de cerca de 6000

A.C. no período neolítico.

Nas zonas Centro e Norte de Portugal (zonas onde este objeto de estudo foi mais

incidido) através do contacto com alguns artesãos em Barcelos, em Paredes e na Guarda

foi possível ver que o uso do vime está bastante enraizado na nossa cultura.

2.3.1.3 O que as crianças e adultos pretendem num cavalinho de balanço

Após uma pesquisa exaustiva sobre crianças e seu comportamento, fomos capazes de

deduzir alguns parâmetros que pretendíamos aplicar no projeto.

As crianças fartam-se cada vez mais rapidamente dos brinquedos que possuem, numa

era em que os videojogos e o computador estão cada vez mais presentes na vida destes é

complicado trazer algo de cativante num brinquedo com uma história bastante antiga.

No entanto foi um desafio que aceitamos de bom grado.

A versatilidade de um brinquedo é um factor que cativa bastante as crianças e como tal

foi um dos objetivos que tentamos induzir no projeto tal como o aspeto lúdico do

mesmo.

Através de um pequeno questionário realizado a cerca de 30 pais de crianças, a grande

maioria foi bastante clara na prioridade que um cavalinho de balanço deveria ter, sendo

essa prioridade a segurança.

- 12 -


Diogo Guimarães

2.3.2 Observar

A análise diacrónica e análise sincrónica, constituiu um processo bastante importante e

moroso. Nesta fase foi observado o que já existia no mercado no que diz respeito a

cavalinhos de balanço e “concepts”, ver anexo 3.

Nesta fase observamos para além dos cavalinhos como um todo também os sistemas de

balanço, pegas para a criança se agarrar, cores, texturas e materiais, ver anexos 5 e 6.

2.3.3 Idealizar

A fase de idealização foi iniciada com uma pesquisa de imagens e conceitos que

pretendíamos exprimir no equipamento, fig. 4.

Fig 4: painel de inspiraçao

- 13 -


Diogo Guimarães

A partir das afirmações ilustradas na figura 4 surgiram os primeiros esboços do

cavalinho, como demonstra o anexo 4, e após algumas tentativas conseguimos o esboço

inicial que pretendíamos.

O projeto teve como principal inspiração a silhueta do coelho e a silhueta do gato. O

grande objetivo é incorporar a dinâmica de um coelho a saltar e de um gato a

espreguiçar criando assim uma dualidade de movimentos e de maneiras de brincar para

a criança.

Fig 5: exemplo do coelhoe do gato

Após este processo foi altura de definirmos as dimensões do equipamento. Para o efeito

foi necessário pesquisar sobre antropometria de crianças (anexo 9 e Pheasant, Stephen.

body space.) e dimensões de brinquedos semelhantes disponíveis no mercado.

- 14 -


Diogo Guimarães

2.3.4 Protótipar (maquetas de estudo)

Nesta fase do projeto foram construídos dois primeiros protótipos ou maquetas de

estudo, figuras 6 e 7 e o anexo10. A primeira para definir as dimensões e a segunda para

definir a forma. Este processo permitiu-nos aperfeiçoar algumas medidas que estavam

estabelecidas e redesenhar alguns aspetos estéticos.

Fig 6: maqueta de estudo de medidas Fig 7: maqueta de estudo estético

Após ambas as maquetas construídas, seguiu-se a modelação virtual no Autodesk

Inventor Studio, no entanto devido à forma orgânica do equipamento, esta ferramenta

não seria a melhor escolha. Foi então que decidimos que seria melhor fazer a maqueta

virtual utilizando outra ferramenta de CAD, o Autodesk Alias Studio, desconhecida

para mim. Após ter aprendido os comandos básicos desta ferramenta deparámo-nos com

o problema do tempo, pois o estágio estava em vias de terminar e seria muito dificil de

conseguir obter o modelo virtual em tempo útil.

- 15 -


Diogo Guimarães

Por final decidimos que o melhor seria pedir ajuda ao orientador do estágio para a

modelação virtual. Foi solicitada a colaboração de um artesão no distrito da Guarda no

sentido de proceder à realização de um protótipo à escala real. Após analisar a maqueta

este afirmou que seria impossível realizar o projeto, pois uma estrutura completa em

vime com uma forma tão orgânica era impossível de concretizar.

De volta à Suricata Design Studio tivemos que voltar a trás no processo de metodologia

para redesenhar o equipamento.

2.3.5 Idealizar parte 2

Este processo de idealizar foi bastante mais rápido do que o primeiro graças a uma

metodologia bem pensada. Em algumas horas idealizámos uma nova estética para o

equipamento, como se demonstra através dos esboços finais (anexo 11). Seguindo-se a

modelação em CAD (figura 8 e anexo 13), dando lugar ao protótipo conseguido através

do equipamento de protótipagem rápida da ESTG do IPG.

Fig. 8 : “render” do equipamento

- 16 -


Diogo Guimarães

2.3.6 Protótipar (maqueta final)

Esta fase de protótipagem foi bastante mais rápida, visto estar já tudo praticamente

pronto para a impressão 3D.

Aproveitando também para construir a maqueta no equipamento de prototipagem

rápida, como demonstra a figura 9 e o anexo13.

Fig. 9: protótipo rápido

- 17 -


Diogo Guimarães

2.3.7 Concretizar

A fase de concretizar o projeto envolve apresentá-lo a empresas para o fabrico, para tal

foi feito um desenho técnico do mesmo e um painel de apresentação ( anexo 15 e 16).

Embora o projeto tenha sido apresentado já a empresas continuamos à espera de uma

resposta.

Fig. 10: painel demonstrativo

- 18 -


Diogo Guimarães

Conclusão

Durante este período de estágio tive oportunidade de experimentar um ambiente de

trabalho totalmente desconhecido até então, o espírito jovem e acolhedor da empresa

proporcionou-me uma aprendizagem enriquecedora, pois o apoio constante da equipa

foi bastante importante.

Poder pôr em prática os conhecimentos adquiridos, durante todo o meu percurso

académico e aprender novos, foi o grande objectivo do estágio.

O projeto desenvolvido no âmbito do estágio curricular foi um grande impulso para

perceber realmente o que pretendo fazer, a possibilidade de conhecer o mundo de

trabalho como designer, foi deveras enriquecedora. Todo o contacto com outros

designers e clientes foi um verdadeiro privilégio.

- 19 -


Diogo Guimarães

Bibliografia

Faud-Luke, Alastair. The Eco-Design Handbook. London: Thames & Hudson, 2009.

Helle, Eva. A Psicologia das Cores. Barcelona: Gustavo Gili, SL, 2007.

Lourenço, M. Dossier da disciplina de Ergonomia, Curso de Design de

Equipamento, ESTG, 2009/2010.

Panero, Julios, Zelmik, Martin. dimensionamento para espaços interiores. Barcelona:

Gustavo Gili, SL, 2008.

Pheasant, Stephen. Anthropometry, Ergonomics And The Design Of Work. Taylor and

Francis. UK: 2002

http://www.bertrand.pt/autores/autor?id=59474

- 20 -


Diogo Guimarães

Webgrafia

http://helderpacheco.wordpress.com/freguesia-da-vitoria/ visto em 4-10-2012

http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto visto em 04-10-2012

http://www.suricatastudio.com/ visto em 01-06-2012

http://criancas.hsw.uol.com.br/como-fazer-brinquedos6.htm visto em 05-06-2012

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/artesanato/ visto em 20- 06-2012

http://www.dedon.de/en/ 20-06-2012

http://www.atc-craft.com/?gclid=CPKVwZXu27QCFaTKtAodlDkA-g visto em 05-

06-2012

http://www.cm-porto.pt/users/0/56/II_Parte_5a06a31e96736b732ca26c4ad9af780c.pdf

visto em 12-10-2012

http://en.wikipedia.org/wiki/Wicker visto em 15-06-2012

http://www.penhaartesanatos.com.br/materia-prima visto em 20-06-2012

http://www.tokstok.com.br/app?page=MostraJeito&service=page&ps=4,41,53943,5396

0 visto em 04-07-2012

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcd0AE/que-vime visto em 16-06-2012

http://bebe.sapo.pt/os-brinquedos-certos-para-cada-idade 06-06-2012

http://consumidormoderno.uol.com.br/consumo/boneca-carrinho-nada-criancas-querem-

smartphone-de-presente 06-06-2012

http://helderpacheco.wordpress.com/freguesia-da-vitoria/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Porto

http://www.suricatastudio.com/

http://criancas.hsw.uol.com.br/como-fazer-brinquedos6.htm

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/artesanato/

http://www.dedon.de/en/

http://www.atc-craft.com/?gclid=CPKVwZXu27QCFaTKtAodlDkA-g

http://www.cm-porto.pt/users/0/56/II_Parte_5a06a31e96736b732ca26c4ad9af780c.pdf

http://en.wikipedia.org/wiki/Wicker

http://www.penhaartesanatos.com.br/materia-prima



http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAcd0AE/que-vime

http://bebe.sapo.pt/os-brinquedos-certos-para-cada-idade

http://consumidormoderno.uol.com.br/consumo/boneca-carrinho-nada-criancas-querem-smartphone-de-presente

http://consumidormoderno.uol.com.br/consumo/boneca-carrinho-nada-criancas-querem-smartphone-de-presente

- 21 -


Diogo Guimarães

http://www.youtube.com/watch?v=JsUNA38pHSs visto em 17-06-2012

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=OQGcF3vW8Z4&feature=endscreen visto

em 17-06-2012

http://www.youtube.com/watch?v=LRS5J2g4VZY

http://www.youtube.com/watch?v=JsUNA38pHSs

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=OQGcF3vW8Z4&feature=endscreen

- 22 -


Diogo Guimarães

Anexos

- 23 -


Diogo Guimarães

Anexo 1 - Enquadramento cultural e turístico

Ponte D. Luis I Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp? id_news=585555

Torre dos Clérigos

Fonte: http://acidadedoporto.blogspot.pt /2011/05/cidade-do-porto.html

Elétrico do Porto Fonte: http://diariodotripulante.blogspot.pt /2011/08/off-topic-imagens-de-uma-cidade-porto.html

Avenida dos Aliados Fonte: http://www.visit.pt/gallery/porto-avenida-dos-aliados-2/

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp

http://acidadedoporto.blogspot.pt/

http://diariodotripulante.blogspot.pt/

- 24 -


Diogo Guimarães

Anexo 2 – Estudos de traçado de vime

Ponta de vimeiro traçado em grupo

Fonte: http://pt.dreamstime.com/

fotos-de-stock-fundo-de-vime-de-

prata-image5465453 Taçado mais utilizado em Portugal

Fonte: http://baudevime.wordpress.com/about/

Traçado Inglês com miolo de vime Fonte: http://www.canstockphoto.com.br/vime-6208806.html

http://pt.dreamstime.com/

http://baudevime.wordpress.com/about/

- 25 -


Diogo Guimarães

Anexo 3 – Tipologias de cavalinhos de balanço, pesquisa.

Cavalinho de balanço

Fonte: http://www.clasf.com.br/q/cavalinho-

balan%C3%A7o/ Cavalinho de balanço

Fonte: http://blogdebrinquedo.com.br

/2009/05/07/cavalo-de-balanco-com-design-pininfarina/

Red ball rocking horse


/tag/design/page/2/

Walking elephant


/category/madeira/page/6/

http://blogdebrinquedo.com.br/



- 26 -


Diogo Guimarães

Billy rocker

Fonte: http://blog-

debrinquedo.blogspot.pt

/2009/12/colher-aviao-e-babador-

aeroporto-com.html


Fonte: http://blog.orangotangoloja.com.br

/?p=2263


Fonte: http://www.facebook.com/pages/

Daniel-Barioni-Design-M%C3%B3veis

-Objetos-Interiores/453440638007705

http://blog-debrinquedo.blogspot.pt/

http://blog-debrinquedo.blogspot.pt/

http://blog.orangotangoloja.com.br/

http://www.facebook.com/pages/

- 27 -


Diogo Guimarães

Anexo 4 – Esboços da procura da forma

- 28 -


Diogo Guimarães

- 29 -


Diogo Guimarães

Anexo 5 – Esboços de estudo de maneiras possíveis de agarrar

- 30 -


Diogo Guimarães

Anexo 6 - Esboços para possibilidades de balanço

- 31 -


Diogo Guimarães

Anexo 7 - Esboços da primeira solução

- 32 -


Diogo Guimarães

- 33 -


Diogo Guimarães

- 34 -


Diogo Guimarães

Anexo 8 – Estudo de proporção

- 35 -


Diogo Guimarães

Anexo 9 – Estudo Ergonómico

Fonte: Panero,Julius;Zelmik, Martin. dimensionamento humano para espaços interiores.

Barcelona: Gustavo Gili, SL, 2008.

- 36 -


Diogo Guimarães



- 37 -


Diogo Guimarães



- 38 -


Diogo Guimarães



- 39 -


Diogo Guimarães



- 40 -


Diogo Guimarães

Anexo 10 – Maquetas de estudo

- 41 -


Diogo Guimarães

- 42 -


Diogo Guimarães

Anexo 11 – Esboços finais

- 43 -


Diogo Guimarães

- 44 -


Diogo Guimarães

- 45 -


Diogo Guimarães

Anexo 12- “Renders” do cavalinho de balanço

- 46 -


Diogo Guimarães

- 47 -


Diogo Guimarães

Anexo 13- Protótipo

- 48 -


Diogo Guimarães

- 49 -


Diogo Guimarães

Anexo 14 – Desenho técnico do cavalinho

- 1 -

- 51 -


Diogo Guimarães

Anexo 15- Painel ilustrativo

- 52 -

Documents

Ficha de Identificaçãobdigital.ipg.pt/dspace/bitstream/10314/2033/1/Diogo Guimarães... · Ficha de Identificação Aluno ... Contacto e adaptação ao processo de trabalho da Suricata