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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DA QUINTA DO CONDE EBI DA QUINTA DO CONDE
CURSO EFA – NÍVEL SECUNDÁRIO
Uma floresta virgem é o produto dos muitos milhões de anos que passaram desde a
origem do nosso planeta.
Se for abatida, pode crescer uma nova floresta, mas a continuidade é interrompida.
A ruptura nos ciclos da vida natural das plantas e animais significa que a floresta
nunca voltará a ser aquilo que teria sido se não fosse cortada.Os ganhos obtidos com
o abate da floresta emprego, lucros das empresas, ganhos em exportação e papel e
cartão de embalagens mais baratos são benefícios a curto prazo. Mesmo que a
floresta não seja abatida, mas inundada para se construir uma barragem
hidroeléctrica, é provável que os benefícios durem apenas uma geração ou duas; após
esse período, as novas tecnologias tornarão obsoletos esses métodos de gerar
energia. No entanto, a partir do momento em que a floresta é abatida ou inundada, a
ligação com o passado perde-se para sempre. Trata-se de um custo que será
suportado por todas as gerações que nos sucederem sobre o planeta. É por essa
razão que os ambientalistas têm razão quando falam no meio natural com um legado
mundial. É algo que herdámos dos nossos antepassados e que temos que preservar
para os nossos descendentes, se não os quisermos privar desse bem.
P. Singer,Ética Prática
1. Indique o tema.
2. Identifique a tese defendida pelo autor.
3. Apresente os argumentos que a justificam.
4.Tem consciência das repercussões positivas e negativas dos seus atos quotidianos
sobre o ambiente?
Preocupa-se com ambiente? De que modo e por que razão? Aprendeu algo de novo
acerca deste tema durante as sessões? Que conselhos daria aos demais para cuidar
do planeta? Responda a estas e outras questões relacionadas com o tema e com a
sua experiência.
A formadora
Rute Gomes
Respostas:
1.
A importância da preservação e proteção da floresta virgem.
2. O autor, P. Singer, defende a preservação da floresta virgem, enquanto património
natural da humanidade, sendo uma tarefa a partilhar por todas as gerações. Nesse
sentido, defende que a humanidade não colhe benefícios duradouros do abate de
florestas, antes perpétua um dano irreparável, considerando que depois de cortada,
mesmo que se auto-regenere, a floresta jamais recuperará o seu esplendor original e a
vitalidade do seu habitat.
3.
O autor refere os seguintes argumentos:
O corte de uma floresta virgem significa a interrupção do ciclo de um habitat natural
com milhões de anos e cuja recuperação é impossível de acontecer;
Os benefícios económicos decorrentes do abate de florestas, têm curta duração,
mesmo aqueles que, fruto de investimentos estruturais (deu como exemplo a
construção de barragens) podem parecer benefícios, mas não alcançam mais do que
duas gerações, euqnquanto que os prejuizos são irreversersíveis;
As florestas são um bem, uma herança natural a transmitir de geração em geração,
por isso, a responsabilidade pela sua preservação é igualmente de todos, para que se
garanta o usufruto pelas gerações futuras.
4.
Considero que tenho consciência das repercussões dos meus atos sobre o ambiente,
facto que advém dos valores e conhecimentos adquiridos ao longo da vida, desde
aqueles que me foram transmitidos pelos meus pais, como a simples indicação de não
deitar lixo no chão, ou a mais complexa interiorização do que significa ser comunidade
ou família humana, aos ensinamentos proporcionados pela escola propriamente dita e
pela “escola da vida”, campo da maioria das experimentações.
Todavia, foi um processo evolutivo. Atualmente, tenho mais consciência da minha
responsabilidade individual sobre o bem-estar de todos, nesse sentido, o trabalho
desenvolvido nestas sessões foi um bom contributo. Além do conhecimento sobre a
evolução da relação do homem com a natureza, reforçou um conceito que considero
muito importante para a defesa do ambiente porque depende exclusivamente de mim
– reduzir o consumo ao estritamente necessário.
Considero-me previligiada por ter acesso ao conhecimento e por este me ter orientado
no sentido de integrar nas minhas atitudes o imperativo respeito pela natureza.
Compreendo e subscrevo a opinião do autor do texto desta proposta de trabalho: A
natureza é o “tudo”, o passado, o presente e a oportunidade de futuro. Cada árvore
que se abate, cada espécie que se estingue, cada homem que morre não se repete,
fica a memória, muitas vezes perecível.
No domínio familiar, as gerações futuras, são os meus filhos, os meus sobrinhos e em
breve os meus netos, procuro naturalmente transmitir-lhes os valores, para que se
encontrem disponíveis a aprender a amar e respeitar a natureza.
Em passeio à Beira Alta, terra dos meus pais, lugar onde passei parte da minha
infância, os meus filhos percebem, porque lhes conto, que a serra agora despida, foi
outrora uma floresta virgem, nem foi preciso uma geração para a destruição se dar,
bastou uma faísca e a serra ardeu. Eu tenho esperança que os meus filhos percebam
e que chamem a si o tempo presente, em defesa do futuro.