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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: ORIGAMI COMO RECURSO PEDAGÓGICO.
Autor MARIA ELISABET PILLARECK.
Escola de Atuação
JOSÉ DE ANCHIETA – EFM.
Município da escola QUEDAS DO IGUAÇU.
Núcleo Regional de Educação LARANJEIRAS DO SUL.
Orientador PROF. Ms. MELISSA R. DA SILVA.
Instituição de Ensino Superior UNICENTRO.
Disciplina/Área (entrada no PDE) PEDAGOGIA.
Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA.
Relação Interdisciplinar
Público Alvo PROFESSORES DAS 5ª SÉRIES.
Localização SALA DE INFORMÁTICA DA ESCOLA.
Apresentação:
Origami é uma arte japonesa de dobrar o papel. A origem da
palavra advém do japonês ori (dobrar) gami (papel).
Nosso objeto de estudo é o Origami, como recurso pedagógico
e sua influência no processo de construção de atitudes do
educando, buscando compreender e sugerir atividades em que o
educador passe a utilizar estes recursos em sua ação docente.
Pretendemos apresentar sugestões metodologias que podem ser
incorporadas no cotidiano da sala de aula, para facilitar a
construção do conhecimento, mudança de comportamento dos
alunos e possibilitando mudanças na prática pedagógica.
O uso das mãos e dedos é considerado por estudiosos, ser de
grande importância para o desenvolvimento das percepções
cerebrais, porque estimula e realiza novas conexões entre os
neurônios, traçando novos caminhos. Aprende-se muito com o tato
e a sua coordenação com a visão e os outros sentidos.
O Origami é um rico recurso pedagógico, muito importante na
construção do conhecimento e na mudança do comportamento.
Palavras - chave (3 a 5 palavras) ORIGAMI – DOBRADURAS – RECURSO PEDAGÓGICO.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS – DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Av. Água Verde, 2140 – CEP 80240-900 – Curitiba - Paraná
IDENTIFICAÇÃO
PROFESSOR PDE: MARIA ELISABET PILLARECK
e-mail: [email protected]
PROFESSOR ORIENTADOR DA IES: MELISSA RODRIGUES DA SILVA
TRABALHO: UNIDADE DIDÁTICA
TÍTULO: USO DO ORIGAMI COMO RECURSO PEDAGÓGICO.
ÁREA: PEDAGOGIA
NÍVEL DE ENSINO: ENSINO FUNDAMENTAL.
NRE DE LARANJEIRAS DO SUL - MUNICÍPIO DE QUEDAS DO IGUAÇU
IES VINCULADA: UNICENTRO
ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESCOLA ESTADUAL JOSÉ DE ANCHIETA.
PÚBLICO ALVO: PROFESSORES DAS QUINTAS SÉRIES.
APRESENTAÇÃO
Atualmente, observa-se que os alunos das 5ª séries são os menos
concentrados e inquietos na sala de aula e muitos educadores encontram
dificuldades para ministrarem suas aulas.
Pensando nisso, ao estudar o Origami, como recurso pedagógico e sua
influência no processo de construção de atitudes do educando e buscando
compreender, sugerindo atividades ao educador talvez ele se torne um grande
recurso para a sua ação docente.
O uso das mãos e dedos é considerado por estudiosos, pode ser de
grande importância para o desenvolvimento das percepções cerebrais, porque
estimula e realiza novas conexões entre os neurônios, traçando novos
caminhos e aprende-se muito com o tato e a sua coordenação com a visão e
os outros sentidos.
O Origami é um rico recurso pedagógico, muito importante na
construção do conhecimento e na mudança do comportamento é um integrador
de vários campos das disciplinas, pois estimula a concentração, a participação
e a memória. Além de despertar a criatividade, desenvolver a auto-estima e a
socialização.
Trabalha também a psicomotricidade e a afetividade e é um excelente
auxiliar da transdisciplinaridade. O trabalho com Origami contribui e muito para
o desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem de qualquer conteúdo
curricular.
INTRODUÇÃO
Nosso objeto de estudo é o Origami como recurso pedagógico e sua
influência no processo de construção de atitudes do educando, buscando
compreender e sugerir atividades em que o educador passe a utilizar estes
recursos em sua ação docente.
Encontro I – 3 horas
Slides – ( O nosso poder vem de dentro ).
Levar os professores das 5ª séries a conhecerem:
Breve histórico do Origami;
Breve histórico do Origami no Brasil;
Benefícios do origami para a educação.
Texto
Breve histórico do Origami
O termo origami apresenta origem japonesa sendo formada por radicais,
ori e Kami.
Neste sentido, Kami tornou-se gami, quando conjugado com ori. Ori
expressa a palavra dobrar, e Kami constitui ao mesmo tempo papel e Deus,
considerando-se uma indicação do valor do papel para os japoneses. (TEX,
2008)
Sendo o Japão berço do origami, diz-se ainda que ele pode ter
aparecido na China, onde o histórico do papel é antigo.
Assim, na China o invento do papel foi dado a T’sai Lao, administrador
no palácio chinês, que principiou a misturar cascas de árvores e redes de
pesca tentando substituir a seda que se empregava para escrever.
Apenas no século VI D.C. o papel chega ao Japão. Atualmente o papel é
ainda utilizado amplamente na cultura daquele país e tem uma enorme
importância no cotidiano dos japoneses. (TEX, 2008)
Não somente para composição do origami, mas ainda em biombos,
esteiras, bolsas e sombrinhas.
No começo, o origami era empregado apenas pelas classes nobres e em
cerimônias religiosas xintoistas, na forma de ornamentos. Sendo que entre os
origamis mais empregados nas cerimônias tem-se borboletas ou mariposas,
que até atualmente ornamentam certas garrafas de saquê representando a
união.
No chamado período Muromachi (1338-1573), o papel transformou em
um produto mais acessível, surgindo adornos com distintos significados que
revelavam a classe social do portador.
“Através do origami podia-se diferenciar um guerreiro samurai de um agricultor bastando analisar as dobraduras que eles portavam.” ( Akisato Rito,1797).
Conforme Tex (2008) a popularização do origami aconteceu no período
Tokugawa entre os anos de 1603 e 1867. Sendo que daí surgiu à dobradura
original do tsuru (chamada cegonha), sem dúvida considerada a mais popular
no Japão.
Neste cenário, dois livros fornecem as instruções primárias dos
diagramas empregados no origami:
primeiro o livro Como dobrar mil pássaros de Rito(1797)
segundo lugar a obra Janela aberta e a estação de inverno de Kazuyuki
(1845)
Neste último livro surge pela primeira vez a base da rã, outra dobradura
muito empregada.
Os árabes encontraram as dobraduras no séc. VIII, contudo estas
técnicas só atingiram a Espanha no século XII através das invasões
mulçumanas.
Mesmo após os árabes deixarem a Espanha o origami continuou
popular, sendo o pássaro na figura da “pajarita”, uma peça conhecida, parte da
popular cultura espanhola desde o séc. XVII.
Destaca-se que um divulgador do origami na Espanha foi o artista
Miguel de Unamuno, que em uma exposição mundial na inauguração da Torre
Eiffel (1889), conheceu a arte do origami no salão do Japão, incentivando-o a
instituir uma escola de origami na Espanha.
Na ebulição dos anos de 1950 e 1960, os norte-americanos foram os
primeiros a incitar uma explosão "origâmica" no ocidente, de maneira especial
Oppenheimer, considerada fundadora do The Origami Center New York no
ano de 1958.
Destaca-se conforme Tex (2008) que o patriarca do origami
contemporâneo é Yoshizawa criando as regras para uma representação gráfica
de dobras no sistema Yoshizawa-Randlett no ano de 1956, diferenciando, as
dobras chamadas vale e a dobra montanha.
Destaca-se que as dobras utilizadas como matrizes para produzir
figuras são denominadas bases.
Tem-se que a sistematização das dobras e de bases ampliou a
criatividade dos autores, que criam não somente peças finais, mas ainda novas
bases e a difusão internacional das distintas criações.
O origami tem conhecido uma explosão de criatividade nas últimas
décadas devido a uma comunicação maior entre os origamistas e o incremento
de técnicas novas que tornam possíveis desempenhar figuras mais complexas.
“O crescimento do origami criativo no Ocidente iniciou-se na década de 50, embora fosse uma tradição espanhola sem importância e praticada pela criatividade individual ocasionalmente antes daquela época. Curiosamente, desde aquela década, esta arte também passou por uma evolução criativa no Japão, tanto que há hoje várias centenas de livros impressos na língua japonesa, a maioria contendo trabalhos criativos sobre origamis. Uma grande quantidade de novos trabalhos também esta vindo do Ocidente, toda sorte de estilos dispondo da encantadora simplicidade à espantosa complexidade e da expressividade à geometria. Não é difícil compreender porque o origami é uma arte popular, pois, é barato, e pode ser feita em qualquer lugar a qualquer tempo e não requer nenhum equipamento ou instalações além de uma folha de papel e uma superfície firme para trabalhar. No entanto, a transformação de um simples pedaço de papel em um agradável modelo de origami é um tipo de alquimia, talvez muito mais nos dias de hoje com o crescimento da cultura de apertar botões, controlada pelos computadores”. (FAGUNDES E PRIEBE 2011, p. 01)
Conforme Engel, origamista norte-americano, na década de 80 fundou-
se no origami correntes diversas: a corrente japonesa e a ocidental.
Sendo que na escola japonesa, o origami é exercitado por artistas
como filosofia/arte, e não como sendo uma ciência.
Neste caso, a filosofia incide em expressar, captar a essência do que
se quer conceber com o mínimo de dobras, a figura que resulta deste processo
não precisa ser perfeita anatomicamente.
Já do outro lado, na escola chamada ocidental, o origami é cometido
por matemáticos, físicos e arquitetos. Onde se persegue a exatidão anatômica,
com patas, com antenas, com asas dos animais sendo representadas em
formas, em proporções e em exatos números variados processos matemáticos,
técnicas geométricas e muitos recursos computacionais.
Breve histórico do Origami no Brasil
Segundo os estudos de Tex (2008) no Brasil o origami foi introduzido
de duas formas diversas, primeiro através da cultura argentina, que tem
influência da cultura espanhola e em segundo lugar através da imigração
japonesa no ano de 1908.
Destaca-se que através da Argentina, pode-se evidenciar que o origami
foi uma das heranças culturais trazidas pelos espanhóis influenciados por
Unamuno, na época reitor da Universidade de Salamanca.
Décadas mais tarde europeus emigraram para a Argentina onde
Sagredo e Lareo publicaram livros sobre o assunto sendo que esses
conhecimentos se espalharam por países da América do Sul.
Mas, por outro lado, no período que a imigração japonesa se deu no
Brasil este trazia consigo costumes japoneses, entre eles, o Origami. Destaca-
se que um desses imigrantes, Kamikawa, costumava aos domingos agrupar as
crianças na cidade de Bauru e com porções de jornais ajuntava e cortava em
quadrados, entretendo a criançada com figuras de origami.
Kamikawa trouxe consigo do Japão, um livro denominado
Konreikagami" onde surge o modo de dobrar determinadas figuras como noshi
e demais ornamentos feitos de papel empregados na cerimônia. Kamikawa
costumava fazer estes enfeites para decorar festas diversas.
Já nos anos 60, Koda, começou a treinar origami através da Aliança
Cultural Brasil-Japão e com a contribuição do Consulado Geral do Japão na
cidade de São Paulo, em muitas das capitais do Brasil.
Koda fez exposições e participou de vários programas de TV
propagando o origami, sendo que entre os anos de 1982 e 1983 o origami
tornou-se muito popular até mesmo em escolas. (TEX, 2008)
Benefícios do origami para a educação
A utilização do origami como sendo uma contribuição ao aprendizado
traz diferentes benefícios nas áreas de artes, ciências, estudos sociais e meio
ambiente.
“A dobradura consiste em um recurso para a promoção de uma interdisciplinaridade, por meio dela outras atividades podem ser
estimuladas, como, por exemplo: desenhos, pinturas, dramatizações, contos e criações de estórias, associações das personagens com canções e histórias da literatura. O que une simbolicamente todos os conteúdos presentes na escola que possam representá-los através da dobradura”. (SILVA ET ALL 2010, p.03)
A ciência de culturas novas pode infundir a curiosidade dos alunos pela
cultura oriental, música, sua língua, sua história e tradições.
Pode ainda se estimulado devidamente, agenciar o intercâmbio cultural
com estudantes de diversas nações, por exemplo, trocando-se assim muitas
técnicas e diversas dobraduras entre eles.
Drumond (2006) revela que certas pesquisas mostram que ao usar o
Origami, no ensino em níveis diferentes, é apreendido o desenvolvimento de
habilidades como:
Comportamental – por meio de movimentos repetitivos, o aprendiz observa e ouvi
com atenção instruções do facilitador, e executando-se com qualidade e carinho, entende que
o sucesso do trabalho depende do executor, divulgando a importância do autocontrole no
trabalho, aumentando o pensamento intuitivo.
Trabalho em Equipe – dobrar um quadrado ou ainda um retângulo de papel, fazendo
dele em uma figura tridimensional é um importante exercício para mover o raciocínio espacial
obtendo a simetria.
Assim, a observação do trabalho do outro e o auxilio ao colega nas
dobras se torna uma das vantagens do uso do origami nas salas de aula,
mostrando a importância do trabalho em equipe.
A dobradura de papel também estimula um senso estético quando da
criação de ornamentos de papel.
Objetos como caixas, figuras, esculturas pequenas são conseqüência da
experimentação e pesquisa.
“O maior encanto pessoal com a arte do origami é o seu poder de transformação - com materiais simples e baratos. Além disso, pode-se criar e inovar produzindo objetos encantadores, ao mesmo tempo, em que se desenvolve a comunicação nas relações e a motivação criativa, que surgem da compreensão da possibilidade de gerar novas ideias e da crença no potencial
criativo do ser humano.” (SILVA ET ALL 2010, p.03)
Assim, na educação e aprendizado o experimentar de diferentes
texturas de papel, gera o estímulo de criatividade e dinâmicas, onde a criação
individual e coletiva pode ser considerada benefícios conseguidos através do
uso do origami em grupos de alunos.
Encontra-se material farto no uso do origami quando da contribuição
para narração de histórias e para a produções de teatro através do apóio de
figuras do origami.
“O convite para entrar nesse mundo mágico do origami é levar cada pessoa que se dedica ao trabalho a se expressar de maneira cada vez com maior exatidão, com concentração e paciência, buscando sempre aprimorar a qualidade e sua criatividade. Aprende-se muito com o tato e a sua coordenação com a visão e os outros sentidos, estimula a estética, a habilidade social, a criatividade, por ser uma atividade rica em possibilidades inovadoras”. (SILVA ET ALL 2010, p.03)
A ciência o origami desperta a preocupação ecológica e uma discussão
acerca do meio ambiente, com instrumentos como a reciclagem de revistas, de
jornais, de papéis de embrulho como sendo matéria prima para as dobraduras.
Assim, a criação de animais, de pássaros, de insetos e de plantas com
material reciclado, prejudicial originalmente à natureza parece um paradoxo
interessante.
“O Origami pode representar para o processo de ensino/aprendizagem de Matemática um importante recurso metodológico, através do qual os alunos ampliarão os seus conhecimentos geométricos formais, adquiridos inicialmente de maneira informal por meio da observação do mundo, de objetos e formas que o cercam. Com uma atividade manual que integra, dentre outros campos do conhecimento, Geometria e Arte..” (REGO, REGO E GAUDÊNCIO 2003, p. 18)
Destaca-se conforme Tex (2008) que o trabalho manual em dobraduras
estimula ainda as habilidades motoras com destaque no desenvolvimento da
aprendizagem, na preparação de sequências de atividades, na memorização
de diversos passos e ainda na coordenação motora fina dos alunos.
Certas atividades em grupo beneficiam a cooperação, e a paciência e a
socialização.
Oliveira (2004) enfatiza que o
“...trabalho manual das dobraduras estimula também as habilidades motoras com uma ênfase no desenvolvimento da organização, na elaboração de seqüências de atividades, na memorização de passos e coordenação motora fina do aluno.”(OLIVEIRA, 2004, p.6)
A dobradura nas salas de aula pode ser empregada para trabalhar
conceitos de geometria, servindo para ilustrar histórias contadas, criando
trabalhos escolares em Artes e Ciências, fazendo máscaras entre outras
atividades.
No entanto, o origami pode principalmente gerar para o aluno uma
vivência através de um momento de interiorização, instante de criação, de
expressão de emoções, motivando um contato consigo mesmo, incentivando a
riqueza de conteúdos internos que às vezes são solicitados no momento da
execução.
Assim, Solange (2008) afirma:
“Para conquistarmos bons resultados pedagógicos através do origami, é indispensável à criatividade do educador, e para isso, estar sempre experimentando a arte de dobrar papel a outras artes, a outros fazeres, a outras atividades e métodos só enriquece a empreitada, tornando-a ainda mais atrativa aos alunos”. (SOLANGE, 2008.15)
O trabalho com dobraduras nas salas de aula é considerado um
trabalho enriquecedor, no que se refere ainda, às possibilidades inúmeras que
ele oferece nos ramos diversos da Matemática.
Destaca-se que além de toda uma exploração geométrica que é
admissível fazer com o Origami, noções de proporcionalidade, de frações, de
aritmética e funções são evidenciadas fortemente nesta prática.
Segundo Barreto et all,
“O origami é uma arte de baixo custo que pode funcionar como um grande aliado no ensino de Geometria Espacial. Para se conseguir fazer um determinado origami, é necessário realizar uma sequência de dobras e isso auxilia também a memória e a concentração.” (BARRETO ET ALL, 2010, P.01)
Ainda salienta-se que o aluno tem significativas preferências por este
tipo de abordagem, isso porque envolve o lúdico, a manipulação e também o
prazer de aprender.
WIEISS (1989) diz que manusear objetos é importante para o processo
ensino-aprendizagem desde os iniciais anos de vida. A criança principia a sua
aprendizagem, experimentando os objetos com suas mãos em sua boca.
Neste ponto entende-se que o lúdico através do origami quando bem
aplicado pode contribuir para a melhoria do ensino, sendo que esse tipo de
educação ajuda na formação crítica do aluno melhorando a qualidade das
relações sociais.
Destaca-se também que a educação precisa oferecer oportunidades de
manifestação e expressão do espírito dos alunos, permitindo o
desenvolvimento da criatividade em disciplinas diversas, sendo que todos os
indivíduos têm possibilidades criativas.
Santos diz que:
"A educação pela via da ludicidade propõe-se a uma nova postura existencial, cujo paradigma é um novo sistema de aprender brincando inspirado numa concepção de educação para além da instrução". (SANTOS, 2001, p. 53)
Assim, o origami processo ensino-aprendizagem apenas tem validade se
usado na hora certa, e essa hora é determinada pelo seu caráter desafiador,
pelo interesse do educando e pelo objetivo proposto. Nunca deve ser
introduzido antes que o educando revele maturidade para superar um desafio,
e jamais quando o educando revelar cansaço pela atividade ou revelar tédio
por seus resultados.
Segundo Teixeira (1995) várias são as razões que levam os educadores
a recorrer às atividades lúdicas e a utilizá-las como um recurso no processo de
ensino-aprendizagem:
“As atividades lúdicas correspondem a um impulso natural da criança, e neste sentido, satisfazem uma necessidade interior, pois o ser humano apresenta uma tendência lúdica; O lúdico apresenta dois elementos que o caracterizam: o prazer e o esforço espontâneo. Ele é considerado prazeroso, devido a sua capacidade de absorver o indivíduo de forma intensa e total,
criando um clima de entusiasmo. É este aspecto de envolvimento emocional que o torna uma atividade com forte teor motivacional, capaz de gerar um estado de vibração e euforia. Em virtude desta atmosfera de prazer dentro da qual se desenrola, a ludicidade é portadora de um interesse intrínseco, canalizando as energias no sentido de um esforço total para obtenção de seu objetivo. Portanto, as atividades lúdicas são excitantes, mas também requerem um esforço voluntário; As situações lúdicas mobilizam esquemas mentais. Sendo uma atividade física e mental, a ludicidade aciona e ativa as funções psico-neurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento; “As atividades lúdicas integram as várias dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva. Como atividade física e mental que mobiliza as funções e operações, a ludicidade aciona as esferas motora e cognitiva, e à medida que gera envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. Assim sendo, vê-se que a atividade lúdica se assemelha à atividade artística, como um elemento integrador dos vários aspectos da personalidade. O ser que brinca e joga é, também, o ser que age, sente, pensa, aprende e se desenvolve.”. (TEIXEIRA, 1995, p. 23)
Assim, o resultado das dobraduras na aprendizagem e na educação,
além de um apoio à realização pessoal e também a valorização da auto-estima,
é um especial motivo para brindar pais e colegas criando uma conexão
saudável escola/casa.
Reflexão:
1. O que é Origami?
2. Como o origami é visto como recurso pedagógico na sala de aula?
3. Quais origamis você já conhece e dobra?
4. Dobrar as peças já conhecidas e demonstrar para os colegas.
Encontro II – 3 horas
Dinâmica de socialização: Cada um dobra uma lembrancinha e entrega
em sinal de gratidão a alguém do grupo. Ao entregar faz suspense e
dirige algumas palavras esclarecedoras da homenagem.
Fazer uma demonstração de slides sobre origamis:
Apresentar sites de origami, citando fontes de pesquisa. Como:
Adachi. Kan-No Mado. Século XIX. Disponível em:
http://www.ousaan.com/k/history/kan.html. Acesso em: maio de 2011.
BARRETO, Mylane dos Santos. SILVA, Tieli Caetano Paes Silva. O uso
de Origami no ensino e aprendizagem de Geometria: enfoque na
construção de sólidos geométricos. Disponível em:
http://www.essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/outraspub/article viewFile/
369/330. Acesso em maio de 2011.
DRUMOND, Regina C. A arte do origami dobrando e desdobrando
talentos. [2006] Disponível em:
http://www.ferrazorigami.com.br/?q=node/11. Acesso em: maio de 2011.
FAGUNDES, Gislaine Duarte, PRIEBE, Eliezer Soares. Construindo
conceitos matemáticos e geométricos através de origamis.
Disponível em
http://www.ufpel.tche.br/cic/2009/cd/pdf/CE/CE_01619.pdf. Acesso em
maio de 2011.
RITO, Akisato. Sembazuru Orikata. [1797] Disponível em:
http://www.ousaan.com/k/history/kan.html. Acesso em: maio de 2011.
SANTOS, Santa Marli Pires. A ludicidade como ciência. Petrópolis:
Vozes,2001.
Iniciar o processo inicial de dobragem, utilizando peças simples como:
barquinho, cata-vento, caixas, tulipa e tsuru.
Motivação para treinar a dobragem.
Encontro III– 3 horas
Dinâmica motivadora. ( Acordando o artista que dorme em mim).
Organizar pequenos grupos para pesquisa de origamis por classificação
como: animais, objetos, modulares, 3D, lembrancinhas, móbiles, flores e
maquetes.
Despertar a troca de idéias para organizar uma exposição dos
trabalhos.
Pesquisa e treino das dobragens..
Encontro IV– 3 horas
Vídeo de motivação: ( A aula ).
Despertar o interesse em criar mini aula, utilizando o origami como
recurso pedagógico.
Cada grupo apresentará uma mini aula, utilizando o origami na sua ação
docente.
Despertar a criatividade na montagem da exposição.
Encontro V– 3 horas
Montagem da exposição.