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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Confabulando no Século XXI

Autor Magnez Heckmann Casado

Escola de Atuação Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro EFMP

Município da escola Paranavaí

Núcleo Regional de Educação

Paranavaí

Orientador Ms Carlos da Silva

Instituição de Ensino Superior

UNESPAR – Campus Paranavaí

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Produção Didático-pedagógica

Unidade didática

Relação Interdisciplinar Arte e História

Público Alvo Alunos do Ensino Fundamental: Sexta Série

Localização Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro - EFMP

Rua Luiz Durigan, nº 191, Jardim Iguaçu, Paranavaí

Apresentação: A temática deste Material Didático é Leitura e Escrita: um grande desafio na atualidade.

Assim sendo, visa a um estudo do gênero textual fábula, que tem por objetivo incentivar o

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gosto pela leitura, compreendê-la além da decodificação das palavras, contribuir com a aprendizagem e oportunizar o conhecimento dos elementos composicionais do gênero, a fim de propiciar a oportunidade do confronto entre textos de épocas diferentes.

Espera-se que esse gênero textual possa mediar o ensino da língua agregando ainda o desenvolvimento linguístico-discursivo, ampliando discussões que envolvam valores éticos e morais, com a finalidade de uma possível mudança de atitudes nos alunos, possibilitando que se tornem cidadãos críticos e sujeitos participativos.

Para isso, pretende-se desenvolver atividades organizadas em forma de Sequência Didática, planejadas para ensinar uma prática social de referência, com o propósito de oferecer as fábulas para análise crítica.

O trabalho será realizado através de leituras, análises, discussões, reflexões, comparações e produções do gênero textual fábulas, com o apoio de materiais variados, inclusive com o uso da Internet.

Considerando-se que as fábulas podem ser estímulo para mobilizar a aprendizagem dos estudantes, tanto na condição de leitores quanto na de produtores de textos, pretende-se que o trabalho com leitura e compreensão desse gênero textual contribua para desenvolver nos estudantes a oralidade, a leitura e a escrita.

Palavras-chave Leitura; gêneros discursivos; fábulas.

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1. IDENTIFICAÇÃO

Área PDE: Língua Portuguesa

Professora PDE: Magnez Heckmann Casado

Tema de Estudo: Leitura e Escrita: um grande desafio na atualidade

Título: Confabulando no Século XXI

IES: UNESPAR - Campus de Paranavaí

NRE: Paranavaí

Orientador: Prof. Ms. Carlos da Silva

2. APRESENTAÇÃO

Professor (a):

Esta Unidade Didática é uma produção didático-metodológica do Projeto de

Intervenção Pedagógica do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, da

Secretaria de Estado da Educação – SEED – PR. A temática deste Material Didático

é Leitura e Escrita: um grande desafio na atualidade, o qual foi elaborado para ser

implementado na sétima série do Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro – EFMP,

no ano de dois mil e onze.

As Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa

– DCE (2008) baseiam-se na corrente sociológica e nas teorias do Círculo de

Bakhtin, cuja concepção de linguagem é a interacionista, que concebe a língua

como discurso enquanto prática social. Enfatiza a língua viva, dialógica, reflexiva e

produtiva, numa construção histórica e cultural em constante transformação, não se

limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico, ela constrói

significados e não apenas os transmite. De acordo com as DCE, a língua deve ser

ensinada/aprendida através dos gêneros textuais, que são considerados

“megainstrumentos” para as práticas sociais, presentes na vida social, organizam a

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL - PDE

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ação pedagógica e oportunizam o trabalho com textos concretos, pois estão

presentes nas relações interpessoais.

Assim, a língua passa a ser estudada de forma específica às situações de

comunicação, pois o aluno, inteirando-se com diferentes textos, construirá seu

conhecimento de forma real e eficaz.

Assim sendo, a presente proposta visa a um estudo do gênero textual fábulas, que

tem por objetivo incentivar o gosto pela leitura, contribuir com a aprendizagem,

oportunizar o conhecimento dos elementos composicionais da fábula, propiciar

reflexão sobre as intenções implícitas nas atitudes e ações das personagens,

estabelecer confronto entre textos de épocas diferentes, com o propósito de

compreender as possíveis alterações de sentido em fábulas antigas e

contemporâneas, intensificar a prática de leitura e compreensão destas narrativas

que tanto enriquecem nossa cultura, uma vez que elas agradam, sensibilizam,

estimulam a imaginação, divertem e transmitem ensinamentos.

Espera-se que esse gênero textual possa mediar o ensino da língua

agregando ainda o desenvolvimento linguístico-discursivo, ampliando discussões

que envolvam valores éticos e morais, com a finalidade de uma possível mudança

de atitudes nos alunos, possibilitando que se tornem cidadãos críticos e sujeitos

participativos.

Para isso, pretende-se desenvolver atividades organizadas em forma de

Sequência Didática, proposta por Dolz e Scheneuwly.

Entende-se por Sequência Didática um conjunto de atividades ligadas

entre si, planejadas para ensinar uma prática social de referência, no caso o gênero

fábula, etapa por etapa, através de variadas atividades propostas aos alunos, com o

intuito de que o gênero discursivo possa fazer sentido para eles.

A Sequência Didática está organizada em 4 blocos:

1º Bloco: Apresentação da Situação:

- Apresentação da proposta e do gênero aos alunos.

2º Bloco: Produção Inicial:

- Levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos;

- Solicitação de uma produção inicial.

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3º Bloco: Módulos:

- Ampliação do repertório dos alunos;

- Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero;

- Produção Coletiva.

4º Bloco: Produção Final:

- Retomada da produção inicial;

- Revisão e reescrita;

- Divulgação da produção final dos alunos.

Para que os objetivos propostos nesta Sequência Didática sejam atingidos,

é necessário que os blocos sejam todos trabalhados.

Professor (a), sua intervenção é muito importante para que o processo

educativo possa alcançar seus objetivos.

Muito sucesso em seu trabalho!!!!

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3. CONFABULANDO NO SÉCULO XXI

Professor (a):

No primeiro contato com os alunos, objetivando divulgar a proposta, bem

como estimular participação, pretende-se ir às salas de 7ª série e contar a fábula “O

Cavalo e o Potro”, do livro “Fábulas do Mundo Inteiro”, Clássicos da Infância do

Círculo do livro, p.127-8. Após, questionar os estudantes se alguém vivenciou ou

tem conhecimento da situação vivida pelas personagens. Ouvir os relatos dos

educandos e dizer a eles que poderão ouvir e ler muitas outras histórias

semelhantes, convidando-os a estar presentes durante a realização do projeto.

1º Bloco: Para que servem as fábulas?

Alguns questionamentos poderão ser feitos aos alunos para iniciar a conversa.

Estas questões devem ser adaptadas conforme o nível de conhecimento de seus

alunos:

Vocês sabem o que é uma fábula?

Vocês já leram ou ouviram alguma? Qual?

Quais eram as personagens?

Vocês se lembram quem era o autor?

Vocês conhecem algum fabulista brasileiro? Quem?

Em que lugar as fábulas são veiculadas, isto é, onde elas são divulgadas?

Como vocês acham que esses textos foram produzidos?

Professor (a):

Para este momento de apresentação da proposta que tem como tema Leitura e Escrita: um

grande desafio na atualidade, cujo enfoque será a leitura do gênero textual fábula e sua função

social, é importante que você leve algumas fábulas e apresente-as aos alunos. Use a TV

multimídia ou datashow. Inicie o trabalho fazendo algumas questões e já apresente algumas

informações sobre o gênero em questão. A sugestão é de que seja uma atividade oral e que

incentive a participação de todos.

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Quem lê esse tipo de texto?

2º Bloco: Produção

Atividades em grupo:

Que tal conhecer a fábula “O lobo e o cordeiro”, que foi escrita por La

Fontaine? Vamos a ela?

Agora, vejamos sua versão por Millôr Fernandes:

Leia com atenção e responda as questões propostas. Após a realização da

atividade, socialize seu trabalho para os colegas da classe.

1. Quem são as personagens?

2. Quais as características de cada uma delas?

3. Qual a situação apresentada?

4. Qual o sentido representado pelas personagens?

O Lobo e o Cordeiro: La Fontaine

Um cordeiro estava bebendo água num riacho. O terreno era inclinado e por isso havia uma correnteza forte. Quando ele levantou a cabeça, avistou um lobo, também bebendo da água.- Como é que você tem a coragem de sujar...MORAL: A razão do mais forte é sempre a melhor.

Estava o cordeirinho bebendo água, quando viu refletida no rio a sombra do lobo. Estremeceu, ao mesmo tempo que ouvia a voz cavernosa: "Vais pagar com a vida o teu miserável crime". "Que crime?" - perguntou o cordeirinho tentando ganhar tempo, pois já sabia que com o lobo não adianta argumentar. "O crime de sujar ...

MORAL: QUANDO O LOBO TEM FOME NÃO DEVE SE METER EM FILOSOFIA.

Professor (a):

A atividade seguinte servirá como levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero fábula. Sugere-se:Levar para a sala de aula alguns livros de fábulas para os alunos manusearem.Entregar a fábula “O lobo e o cordeiro”, de La Fontaine e a versão de Millôr Fernandes.Recolher as atividades realizadas pelos alunos.

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5. Vocês já presenciaram alguma cena parecida com a vivenciada pelas

personagens? Onde foi? Com quem foi?

6. Com base no texto lido, escreva 3 características que definam o caráter das

personagens:

a) O lobo é:

b) O cordeiro é:

7. O encontro do lobo e do cordeiro ocorre “nas águas limpas de um regato”. É

possível determinar exatamente o cenário onde se dá a ação? Justifique sua

resposta:

8. Na frase “foi que falaste mal de mim no ano passado”, a expressão em

destaque permite situar a ação no tempo? Explique sua resposta:

9. Mencione os argumentos usados pelo lobo para justificar o castigo ao

cordeiro:

10. A fábula apresenta um ensinamento ao leitor. Que ensinamento é este e

quem o transmite?

11. Com suas palavras, complete a frase: Infelizmente, a razão do mais forte é a

que sempre prevalece, pois _______________________________________

Em relação aos textos vistos, existem algumas versões do ponto de vista da

ovelha, do lobo e do homem. Que tal conhecê-las?

Professor (a):

Solicite que os alunos se agrupem em 4, conversem sobre a fábula vista e sua moral “Infelizmente, a razão do mais forte é a que sempre prevalece”.

Após a atividade, sugere-se que se inicie uma conversa com os alunos perguntando: em nossos dias, quem seria o lobo e quem seria o cordeiro? (provavelmente apontarão para a classe dominante e dominada, o lobo, o mundo lá fora, o cordeiro como aquele que não tem vez nem voz) Questione quem seriam essas pessoas, como poderiam reagir, que outra postura poderiam ter, se conhecem/convivem com algum lobo ou cordeiro. Mostre aos alunos que eles devem estar sempre atentos aos argumentos que são apresentados pelas pessoas no dia a dia, para que não sejam ingênuos como um cordeiro. Apresente em slides, figuras de alguns animais.A cada imagem, pergunte aos alunos sobre as características que possuem os animais, pedindo que façam anotações no caderno. Ao final da apresentação, solicite que alguns alunos leiam o que escreveram. Após, questione sobre o que mencionaram e pergunte se conhecem alguém com tais características e o porquê de relacionarem essas pessoas aos animais:

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Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?

cid=6&letter=P&min=20&orderby=titleA&show=10 acesso em 22 jun. 2011.

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Para a próxima aula, pesquisem sobre as características atribuídas aos

animais mencionados na lista abaixo:

L

Leão

L

Lebre

L

Lobo

M

Macaco

M

Mosca

O

Ovelha

P

Pavão

P

Pomba

R

RaposaT

Tartaruga

T

Tubarão

U

Urubu

V

Veado

Á

Águia

B

Boi

B

Burro

C

Cabrito

C

CãoC

Castor

C

Cavalo

C

Cobra

C

Coelho

C

Cordeiro

F

Formiga

G

Galo

G

Gato

G

Gavião

Observem se é comum o uso de provérbios no dia a dia de sua família.

Após, conversem com os pais e vizinhos e perguntem se conhecem outros. Copiar

três para serem lidos aos colegas:

1. Em grupo de 4, observem as paródias de Jô Soares. Em seguida, escrevam

a que provérbios se referem:

a) A cavalo dado não se olha o dente nem se cheira o hálito.

_________________________________________________________________

b) Em casa de carpinteiro o espeto é de ferro.

_________________________________________________________________

c) Quem semeia o vento não colhe coisa nenhuma.

_________________________________________________________________

d) Não há nada como um dia depois da noite.

_________________________________________________________________

e) Nunca deixe para amanhã o que pode fazer depois de amanhã.

Professor (a):

Comente com os alunos que a moral, no final de cada fábula, na maioria das vezes, representa um provérbio que também é resultado da tradição oral, isto é, presente na linguagem popular. Colete oralmente os resultados da pesquisa sobre os provérbios e as características dos animais e inicie uma conversa a respeito. Diga a eles que a paródia é a imitação cômica de uma composição literária, (Ferreira, Aurélio Buarque de Holanda, Minidicionário da língua portuguesa), que se pode fazer paródia dos gêneros textuais e que o humorista Jô Soares parodiou alguns provérbios.

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2. Respondam: Qual a mensagem existente nos provérbios abaixo? Quando

terminarem a atividade, leiam para os colegas de sala:

a) Antes só do que mal acompanhado.

b) A cavalo dado não se olham os dentes.

c) Antes prevenir do que remediar.

d) A fome é o melhor tempero.

e) Amor com amor se paga.

f) Cada um por si e Deus por todos..

g) Nunca diga: desta água não beberei.

h) Quem não tem cão caça com gato.

i) Cão que ladra não morde.

j) Nem tudo que reluz é ouro.

k) Antes tarde do que nunca.

l) Após a tempestade vem a bonança.

3. Cada grupo deverá escolher um provérbio, e depois deverá fazer a ilustração

e colocar no varal na sala de aula.

4. A partir de uma conversa no grupo, aponte valores que são recomendados e

não recomendados pela sociedade:

Professor (a):

Distribua duas fábulas para cada grupo, sendo as seguintes: “O rato, o gato e o galo”, “O pescador e o peixe”, “A tartaruga e a lebre”, “A raposa e as uvas”, “A assembleia dos ratos”, “O javali e a raposa”, “A rã e o boi”, “A coruja e a águia”.Conceda aos alunos 15 minutos para as duas leituras e alguns registros, peça que troquem os textos entre os grupos e repita a ação, até que tenham lido todas as fábulas. A atividade tem o propósito de ampliar o repertório dos educandos, bem como familiarizá-los com a linguagem e a forma do gênero proposto.Solicite que os estudantes, oralmente, apontem características comuns aos textos lidos elaborando questionamentos que despertem atenção para a presença de personagens animais com comportamentos, semelhantes aos dos seres humanos, que as histórias são breves, falta de precisão no tempo e no espaço, a presença da moral e mensagem, isto é, instigue-os a perceber as particularidades que constituem o gênero textual fábula.

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a) Valores recomendados: ex: fidelidade:

______________________________________________________________

b) Valores não recomendados: ex: traição:

___________________________________________________________________

Comparando versões de uma mesma fábula:

1. Compare as fábulas dos três fabulistas observando o que muda e o que

permanece quanto aos seguintes aspectos:

a) Caracterização das personagens;

b) Indicações de tempo/espaço/apresentação de cenários;

c) Linguagem (vocabulário, presença de diálogos);

O leão e o ratinho: EsopoUm leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado debaixo da sombra boa de uma árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou. Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu debaixo da pata...Moral: Uma boa ação ganha outra.

Professor (a):

Diga que a fábula “O leão e o rato” foi contada por três autores diferentes, isto é, por Esopo, na Grécia antiga, por volta do século IV a.C, por La Fontaine, no século XVII e por Monteiro Lobato, no início do século XX. Em seguida, entregue uma folha com os textos e peça que façam uma leitura silenciosa. Depois, peça que três alunos façam a leitura dos textos.

O leão e o ratinho: La Fontaine

Certo dia, estava um Leão a dormir a sesta quando um ratinho começou a correr por cima dele. O Leão acordou, pôs-lhe a pata em cima, abriu a bocarra e preparou-se para o engolir.- Perdoa-me! - gritou o ratinho - Perdoa-me desta vez e eu nunca...Moral da história: Não devemos subestimar os outros.

O LEÃO E O RATINHO (Monteiro Lobato)

Ao sair do buraco viu-se o ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum...Moral: Mais vale paciência pequenina do que arrancos de leão. Monteiro Lobato. Fábulas, 1994.

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d) Moral.

Como você observou, nas fábulas, algumas características são repetidas com

uma certa frequência, caracterizando assim sua organização e o estilo, próprios

desse gênero.

2. Agora, para demonstrar seus conhecimentos, das afirmações abaixo, assinale

as que correspondam às características do gênero textual fábulas:

a) Iniciam-se sempre com era uma vez;

b) São pequenas histórias em que predominam os animais como

personagens;

c) Propõem a solução de enigmas, crimes ou mistérios;

d) Os animais agem como se fossem pessoas: falam, cometem erros, são

sábios ou tolos, bons ou maus;

e) Iniciam-se com um local, data, vocativo e finalizam-se com saudação

de despedida;

f) O herói ou heroína sempre se sai bem no final;

g) É comum aparecer diálogos entre animais;

h) Presença de seres ou objetos mágicos;

i) Essas histórias terminam com uma moral, um ensinamento;

j) São oferecidas pistas que podem ajudar a solucionar um enigma;

k) Há uma comparação nas fábulas entre animais e qualidades ou

defeitos próprios dos seres humanos. Exemplo: raposa/esperteza,

formiga/trabalho, leão/sabedoria.

l) As histórias se passam em castelos, com príncipes, bruxas e fadas.

m) São narrativas curtas que tratam de certas atitudes humanas como a

disputa entre fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganância e a

bondade, a gratidão e a avareza;

Professor (a):

Através das atividades abaixo, será possível analisar se houve aprendizagem quanto às características do gênero textual fábula.

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n) Podem ser vistas como um excelente exercício de reflexão do

comportamento humano e não com formas de transmitirem “verdades”

imutáveis.

Atividade:

Depois de ter lido algumas fábulas e realizado algumas atividades, está na hora do

próximo passo: a produção de uma fábula. Para isso, lembre-se das principais

características do referido gênero textual: as personagens, o espaço, o tempo e a

moral.

Você sabe como surgiram as Fábulas?

As fábulas não são textos que nasceram por acaso, sem nenhuma

intenção, são criações muito antigas, contadas às pessoas para transmitir-lhes

ensinamentos, orientando-as como pensar e se comportar melhor na época e na

sociedade em que viviam.

Há referências a elas em textos sumérios de 2000 a.C. e consta que

eram conhecidas pelos hindus e muito apreciadas pelos gregos. É grego o primeiro

fabulista de renome: Esopo, escravo que teria vivido em meados do século VI a. C.

Quem conta ou escreve uma fábula tem alguma intenção, seja de ensinar,

aconselhar, convencer, divertir, seja de criticar e, às vezes, até fazer alguém desistir

de um propósito ruim ou que não lhe era favorável.

As fábulas são narrativas curtas, se utilizam de animais como

personagens, os quais assumem características humanas representando certas

atitudes e comportamentos próprios dos homens, com o objetivo de passar uma

lição de vida.

Professor (a):

Está na hora da primeira produção. Peça aos alunos que, com base nos textos lidos, produzam uma fábula. Esta proposta de produção inicial será recolhida e servirá de diagnóstico para os Módulos do 3º Bloco.

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O prestígio das fábulas nunca decaiu. No passado constituíam a literatura

oral de muitos povos (eram transmitidas, a princípio, de boca a boca, carregadas

como o vento de um lado para outro de geração em geração; em locais públicos,

como praças, festas populares ou salões de baile da época; só bem depois foram

registradas por escrito). Provém do latim fabula = contar.

No século XVII, escritores como La Fontaine, criaram novas fábulas ou

recontaram antigas, em versos ou em pequenos contos em prosa.

Monteiro Lobato, nos anos trinta, reescreveu muitas fábulas por meio da

turma do Sítio do pica-pau-amarelo. Recentemente, inúmeros escritores se

ocuparam da arte de atualizar essas histórias para deleite de todos.

(In: Sete faces da fábula. Org. Márcia Kupstas, ed. São Paulo, Moderna, 1992).

3º Bloco: Elementos que compõem o Gênero Fábula

Módulo 01:

Atividades:

Reúnam-se em grupo de 4 para identificar os elementos do contexto de

produção conversando com os colegas a respeito das seguintes questões:

a) Atualmente, se quisermos ler fábulas, em que tipo de material elas circulam?

Onde podem ser encontradas?

b) Para quem elas são direcionadas?

c) Com que finalidade?

d) Que marcas presentes no texto indicam o possível leitor?

e) Ainda hoje, as fábulas encantam e divertem. Você acha que elas estão

ultrapassadas ou têm algo a dizer nos dias atuais? O quê? A quem?

Professor (a):

Este bloco será dividido em três módulos. Serão analisados os elementos que compõem o gênero textual fábula: conteúdo temático e forma composicional.No módulo 1, o gênero fábula será analisado a partir do seu contexto de produção e circulação, bem como o conteúdo temático.

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Lendo e Comparando:

TEXTO 1

Conhecendo um pouco de Esopo:

Era um escravo que viveu na Grécia há uns 3000 anos.

Tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada uma delas com

um sentido, um ensinamento e que mostram como proceder com inteligência.

As fábulas são textos muito antigos que foram sendo contados de boca a boca,

reescritas e lidas por muita gente. Seus temas também sobrevivem ao tempo,

porque tratam indiretamente de problemas humanos da vida comum, que se

repetem de geração em geração.

Veremos, agora, que uma mesma fábula pode apresentar diferentes versões,

adaptadas de acordo com os ouvintes/leitores, a época em que são escritas e a

intenção que se quer com ela.

TEXTO 2

A cigarra e a formiga (Esopo)

No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma cigarra, faminta, lhes pediu algo para comer. As formigas...Esopo: fábulas completas. Tradução de Neide smolka. São Paulo, Moderna, 1994.

A cigarra e a formiga (versão de La Fontaine)

Depois de haver cantado durante todo o verão, quando se aproximava o inverno a cigarra se encontrou em extrema penúria, por falta de provisões. Como nada lhe restasse, nem um pequeno verme ou algum resto de mosca, e ...LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro: Matos Peixoto, 1965.

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TEXTO 3

Agora, conhecendo La Fontaine:

Jean de La Fontaine (1621 – 1695)

De origem francesa, publicou sua primeira coletânea de fábulas em 1668, sucedidas

de mais 11, lançadas até 1694. No prefácio dessa coletânea, deixa bem claro suas

intenções: “Sirvo-me de animais para instruir os homens”. Utilizava as fábulas para

denunciar as misérias e as injustiças da sociedade em que vivia. O autor não só

tornou mais atuais as fábulas de Esopo, como também criou suas próprias.

Que tal compreender melhor os textos? Vamos lá?

1. Compare os três textos e assinale a(s) alternativa(s) que melhor os defina(m).

(...) Tratam do mesmo conteúdo, ou seja, a história narrada é a mesma;

(...) Há mudanças com relação à atitude das personagens;

(...) A forma de organização de cada texto é diferente, embora tenham o mesmo

tema.

2. Qual a intenção dos autores ao narrarem as versões vistas? Assinale:

(...) Fazer com que as pessoas achassem um desperdício cantar e dançar;

(...) Levar as pessoas a se preocuparem com o trabalho, o sustento próprio, para

não se verem em apuros mais tarde;

(...) Promover a solidariedade entre os animais.

3. As principais modificações observadas nos três textos se devem:

( ) À necessidade de adequar-se a linguagem ao público para o qual era e ainda é

narrada a fábula;

( ) Ao fato de um autor achar mal escrito o texto do outro;

A cigarra e a formiga (versão adaptada por Ruth Rocha)

A cigarra passou todo o verão cantando, enquanto a formiga juntava grãos.Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa...ROCHA, Ruth (Adap.). Fábulas de Esopo. São Paulo: Melhoramentos

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( ) Às diferentes épocas em que foram escritos, representando a maneira própria de

falar de um momento da História.

4. Observamos que as diferenças apontadas nas três versões se referem

basicamente quanto à extensão do texto e quanto à escolha das palavras

empregadas. Portanto, responda:

a) Em qual dos textos o fabulista optou por uma forma mais simples e

resumida de escrever, mantendo o sentido original da fábula? Com que

propósito?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

b) Em qual versão a linguagem empregada se distancia mais do jeito de

falar atual? Dê exemplos de palavras e descubra um sinônimo para elas.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

c) Entre as versões 1 e 3, quais foram as principais alterações realizadas

na adaptação de Ruth Rocha nos itens:

Uso dos parágrafos:

Na linguagem:

No uso dos diálogos:

O poeta José Paulo Paes também escreveu uma versão para a fábula “A

cigarra e a formiga”. Sua opção não foi pelo modelo tradicional, isto é, em prosa.

Veja, então, como ficou:

TEXTO 4

Sem Barra (versão poética de José Paulo Paes)

Enquanto a formigaCarrega a comidaPara o formigueiro,A cigarra canta...PAES, José Paulo. Poemas para brincar. São Paulo: Ática, 1989.

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1. O autor reescreveu a fábula optando por um modelo diferente de contá-la.

Que tipo de texto ele produziu? Que características observadas no texto

justificam sua resposta?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

2. Ele alterou somente a forma ou o conteúdo da fábula também?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

3. O que você percebeu sobre a posição do poeta? Ele concorda com a fábula

“A cigarra e a formiga”? Explique.

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

4. No poema de José Paulo Paes, o canto da cigarra completa o trabalho da

formiga, enquanto que, nas versões tradicionais apresentadas, o canto da

cigarra é oposto ao trabalho da formiga.

Assim, observe e assinale a alternativa adequada:

a) A partir da comparação, podemos concluir que na versão do poeta:

( ) O trabalho do artista é menos importante que os demais trabalhos;

( ) O trabalho do artista é tão importante quanto qualquer outro trabalho.

b) Nas versões tradicionais:

( ) O trabalho do artista também é importante;

( ) Só o trabalho que produz bens materiais é importante.

TEXTO 5

“A cigarra e as formigas” de Monteiro Lobato.

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5. Em grupos de 04 alunos, conversem e comparem as duas fábulas de

Monteiro Lobato. Após, escrevam sobre as semelhanças e diferenças

encontradas:

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

6. Como foram caracterizadas as personagens nos dois textos?

Em “A formiga boa”:

a) A cigarra: ___________________________________________________

b) A formiga: ___________________________________________________

Em “A formiga má”:

a) A cigarra: ___________________________________________________

b) A formiga: ___________________________________________________

Pudemos constatar que as fábulas contadas por Esopo e por La Fontaine

são bem mais antigas do que as reescritas por Ruth Rocha e por José Paulo Paes.

Tanto Esopo quanto La Fontaine usavam suas fábulas como ensinamentos

para as pessoas de seu tempo. Utilizando-se de animais como personagens,

buscavam representar atitudes humanas e, assim, tentar aconselhar e até mesmo

convencer do que se deveria ou poderia fazer.

A Formiga Má

Já houve, entretanto, uma formiga má que não soube compreender a cigarra e com dureza a repeliu de sua porta.Foi isso na Europa, em pleno inverno, quando a neve recobria o mundo com seu cruel...Disponível em: http://textolivre.com.br/contos/9635-a-formiga-ma-fabulas-de-monteiro-lobato acesso em 10 jun. 2011.

A Formiga Boa

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé dum formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento então era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.Mas bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais...Disponível em: http://www.arazao.net/formiga-boa.html acesso em 10 jun. 2011.

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Esses ensinamentos, chamados de moral da história, tinham, portanto a

intenção de apresentar os valores de uma época, ou seja, aquilo que as pessoas

acreditavam ser o melhor modo de agir para viver em sociedade.

Porém, conforme o tempo passa, a sociedade muda, e surgem novas formas

de pensar, novos valores nos quais acreditar. Não diríamos nem melhores, nem

piores, simplesmente diferentes.

Assim, vimos a versão em poema de José Paulo Paes e conheceremos

agora a versão mais moderna, atualmente circulando na internet, da fábula “A

cigarra e a formiga”.

TEXTO 6

Construindo os sentidos dos textos:

1. Nas versões estudadas antes, as personagens cigarra e formiga aparecem

escritas sempre com letra minúscula, assim acontece em todas as fábulas

tradicionais. Essa escolha tem uma intenção. Qual seria?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

A CIGARRA E A FORMIGA (versão com autor anônimo

Era uma vez uma Formiga e uma Cigarra que eram muito amigas... Durante todo o outono, a Formiga trabalhou sem parar, armazenando comida para o inverno. Não aproveitou o sol, a brisa suave do fim de tarde, nem de uma conversa com os amigos a tomar uma cervejinha...Moral da história:Aproveita a vida, trabalha e diverte-te em proporção, porque trabalhar em demasiado só traz benefícios nas fábulas de La Fontaine. Trabalhe, mas desfrute da vida, ela é única. Se não encontrares a tua metade da laranja, não desanimes, procura a metade do teu limão, põe-lhe açúcar, aguardente, gelo e seja feliz! Lembre-se: viver só para trabalhar faz muito bem... ao patrimônio do patrão!!

Professor (a):

É importante que seja discutido com a classe um texto de cada vez, esclarecendo a ideologia subentendida em cada um em relação ao trabalho e à vida em sociedade. Aborde sobre quem os animais representam, quem são as cigarras e as formigas atuais. Peça para que os alunos procurem no dicionário os termos desconhecidos.

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2. No entanto, nessa última versão, acontece o inverso: Cigarra e Formiga foram

escritas com letras maiúsculas. Que novo sentido essa mudança traz à

fábula?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3. Em todas as versões lidas, não se vê uma indicação precisa do tempo (sabe-

se que ocorre na passagem do outono para o inverno, porém, não se sabe

exatamente quando), isso é característico nas fábulas. Com qual intenção é

utilizado esse recurso nesse tipo de texto?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Consulte a primeira versão lida: a fábula de Esopo. Ela traz um final

característico, que a distingue de outros textos. Como é chamado?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Compare-o com o final do texto acima lido e conclua:

A partir desse ensinamento proposto na fábula “A cigarra e a formiga”, contada

por Esopo, é possível perceber uma maneira de encarar o mundo: deve-se

prever sempre o dia de amanhã, ou seja, o importante não é ser feliz hoje, é

trabalhar para o futuro.

a) Você concorda com essa forma de encarar a vida? Explique.

___________________________________________________________________

b) É possível conciliar as duas coisas, trabalho e lazer? Como?

___________________________________________________________________

c) Na fábula de Esopo, a música é considerada uma arte, isto é, um

trabalho? Por quê?

___________________________________________________________________

d) Você acredita que a arte, de uma maneira geral, deva ser considerada

um trabalho? Justifique sua opinião:

___________________________________________________________________

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A “moral da história” apresentada nas fábulas tem como objetivo levar o leitor a

formar uma opinião semelhante à visão do autor expressa no texto. Diante dessa

afirmação e das últimas versões lidas, assinale:

( ) A moral da fábula diz o que é certo e errado fazer e isso não deve ser

questionado;

( ) A moral da fábula abre a possibilidade de conhecermos como uma sociedade ou

um autor pensava em determinada época, permitindo estabelecer comparações,

reflexões, concordando ou discordando, construindo opiniões próprias sobre o

assunto.

6. Em grupos de 04 alunos, conversem e comparem as duas fábulas de

Monteiro Lobato. Depois disso, escrevam sobre as semelhanças e diferenças

encontradas:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7. Como foram caracterizadas as personagens nos dois textos?

Em “A formiga boa”:

a) A cigarra:

_________________________________________________________

b) A formiga:

_________________________________________________________

Em “A formiga má”:

a) A cigarra: ___________________________________________________

b) A formiga: ___________________________________________________

8. Com o que você já conhece sobre a fábula, reúna-se num grupo de 3 e

produza 1 fábula. Pode ser com o mesmo título/outro, personagens

diferentes, outra moral. Ao terminarem, entregue-a ao professor.

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Módulo 02:

Atividades:

1. Responda as questões abaixo com base no que você aprendeu sobre o gênero

textual fábula:

a) Você sabe algo sobre os fabulistas (autores) dos textos lidos?

b) Quando os textos foram produzidos? Para quem? Com que propósito?

c) Que temática foi explorada em cada texto?

d) Como eles circularam na época em que foram produzidos?

e) Qual é seu veículo de circulação hoje?

2. De acordo com seu conhecimento de mundo, relacione as idéias do texto:

a) Hoje, com quem você relacionaria a formiga?

No texto 1:

No texto 2:

No texto 3:

b) E a cigarra?

c) Em sua opinião, o trabalho da cigarra é importante?

d) Explique a moral da história de cada texto:

e) As formigas foram corretas ao negar ajuda à cigarra? Por quê?

3. Releia os textos e responda:

a) O que a cigarra pede à formiga no texto 2 e 3?

b) O que a formiga fazia no início do texto 1?

c) No texto 3, qual foi a pergunta feita pela rainha das formigas à cigarra

após observá-la da cabeça aos pés?

d) Em sua opinião, o canto da cigarra pode ser considerado uma forma de

trabalho? Por quê?

Professor (a):

Neste módulo será abordada a forma (estrutura) composicional da fábula.

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e) Hoje, com relação à cigarra e à formiga, que profissão você considera

mais desvalorizada? Por quê?

f) Dentre as profissões que você conhece, qual delas é a mais valorizada

pela sociedade? Justifique sua resposta:

Atividades:

1. Como é considerada a formiga nos textos 1, 2 e 3:

a) Pelo narrador:

b) Pela cigarra:

c) Por ela própria:

2. Quais são as características atribuídas à formiga e à cigarra nas versões de La

Fontaine e Esopo nos textos 1, 2 e 3?

___________________________________________________________________

3. No texto 2, o autor usa o adjetivo “vagabunda”. Que imagem o leitor pode fazer

da cigarra a partir desse termo?

___________________________________________________________________

4. Procure no dicionário o significado dos adjetivos “usurária” e “estanguidinha”.

Após, reescreva a frase substituindo as referidas palavras pelos significados

encontrados. A frase mudou de sentido? Por quê?

___________________________________________________________________

5. Observe os parágrafos do texto 1:

Era verão, e a cigarra vagabundeava estendida numa folha, abanando-se

preguiçosamente.

Essas características são chamadas pela gramática normativa de adjetivos. O adjetivo é um modificador do substantivo.

Professor (a):

Sem se preocupar com a nomenclatura e sim com as relações de sentido estabelecidas pelos elementos presentes no texto, proporcione ao aluno reflexões a respeito do emprego de determinados elementos gramaticais.

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“Que vida boa!”, pensou a cigarra. “Está um belo dia, e me sinto realmente

feliz!” E olhava com pena as lagartas e as formigas que se cansavam ao sol.

- Pare de trabalhar-disse afinal a cigarra a uma formiga- e venha se divertir

comigo!

Mas a rainha das formigas disse à formiga operária para não ouvir os maus

conselhos da cigarra e continuar trabalhando com suas companheiras.

No trecho acima o autor usou o discurso direto, isto é, aparece a fala da

personagem, que é demonstrada através do uso do travessão e o pensamento com

o uso das aspas.

a) Que conclusões você pode tirar sobre o uso desses dois sinais de

pontuação?

___________________________________________________________________

b) Reescreva o trecho usando o discurso indireto, ou seja, somente o

narrador contando os fatos sem a fala da personagem:

___________________________________________________________________

c) Reescreva o parágrafo abaixo empregando o discurso direto fazendo

uso do travessão para indicar a fala da personagem:

Mas a rainha das formigas disse à formiga operária para não ouvir os maus

conselhos da cigarra e continuar trabalhando com suas companheiras. (texto 1)

d) Releia o parágrafo abaixo:

“As corajosas formigas socorreram a cigarra; tiraram-lhe as roupas molhadas e

lhe deram de comer”. A repetição de um nome foi evitada através do termo

sublinhado. Qual foi esse nome?

___________________________________________________________________

Quais são as características da Fábula?

Como você já pôde observar, a fábula é uma narrativa curta, sem muitas

descrições. A intenção do autor da fábula é fazer com que o leitor chegue

rapidamente à moral da história ou ao ensinamento. As personagens são poucas e

sem detalhes. Podem ser observadas atitudes humanas, tais como a disputa entre

fortes e fracos, a esperteza e a lerdeza, a ganância e a bondade, a gratidão e

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avareza, o bondoso e o ruim, o feio e o belo, o forte e o fraco, o esperto e o ingênuo,

etc. Os animais assumem características próprias conforme seu comportamento,

possibilitando comparação com atitudes humanas. A raposa é simbolizada pela

esperteza e astúcia, por esta razão alguns políticos são denominados ironicamente

de raposas. Entre os animais é comum o diálogo, o lugar onde ocorrem os fatos não

é muito detalhado, o tempo é sempre vago, impreciso, indeterminado (um dia, uma

vez, certa vez...), garantindo assim a esse gênero sua atualidade, isto é, ele é

atemporal, servindo de lição para qualquer época. O narrador é em 3ª pessoa, conta

como se tivesse visto a cena.

Os temas mais frequentes são os fortes dominam os fracos, a ingratidão traz

prejuízos, os tolos são enganados, a paciência vence obstáculos.

A atenção do leitor/ouvinte fica presa a um acontecimento central, vivido por

duas ou três personagens apenas.

Para que o texto fique mais elaborado, nas fábulas devem ser evitadas

repetições de palavras.

No final, aparece destacada uma frase que indica a Moral da História, com

provérbio ou não. Às vezes, essa moral está implícita nas últimas linhas do texto,

que pode servir de conselho, crítica ou gozação.

Módulo 03:

Atividades:

1.Hoje, nossas atividades iniciais serão no laboratório de informática.

Professor (a):

Neste módulo sugere-se que se dirija ao laboratório de informática para fazer análise de outras fábulas, disponíveis nos seguintes links:

http://textolivre.com.br/contos/9635-a-formiga-ma-fabulas-de-monteiro-lobato.html http://galaka.wordpress.com/category/fabulas/http://asfabulasdeesopo.blogspot.com http://www. metaforas.com.br/infantishttp://www.fabulasecontos.com.brhttp://www.metaforas.com.br/infantis/acigarraeasformigas.htmhttp://www.youtube.com/watch?v=qmCmfZh4D-chttp://sitededicas.uol.com.br/fabula30a.htmhttp://www.arazao.net/formiga-boa.html

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Sendo assim, sigam as orientações:

a) Vocês deverão entrar no Google e acessar o link

http://www.metaforas.com.br

b) Em duplas, escolham 2 das fábulas a seguir para posteriores

atividades:

“As árvores e o machado”, “A gralha vaidosa”, “A gansa dos ovos de ouro”, “A

reunião geral dos ratos”, “A raposa e o leão”, “A lebre a tartaruga”, “O burro

que vestiu a pele de um leão”, “A raposa e a cegonha”, “O leão e o ratinho”,

“O sapo e o boi”, “A formiga e a pomba”:

c) Escolhidas as fábulas, observem e conversem com seu par:

Quem são as personagens;

O tempo e o espaço;

A moral da história.

2. Respondam:

a) Quais os títulos das fábulas escolhidas?

b) Qual foi o suporte de circulação?

c) Qual foi seu objetivo?

d) Qual a temática?

e) Qual a intenção da Moral? Qual foi seu significado?

f) Vocês poderiam sugerir um outro título para as fábulas vistas?

3. Acessem o seguinte link: http://sitededicas.uol.com.br/fabula30a.htm

Façam a leitura e após as atividades abaixo:

a) Por que motivo a Raposa se deteve diante do pomar?b) Você é capaz de descrever o que ocorreu em seguida?c) Qual a intenção da Raposa ao fazer o comentário final?d) Com suas palavras, descreva o significado da Moral da Fábula:

4. Acessem o link: http://www.youtube.com/watch?v=qmCmfZh4D-c

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a) Assistam ao vídeo “A formiga e a cigarra – Fábula Moderna”

b) Com o que já conhecem sobre a fábula, reúnam-se num grupo de 3 e

produzam1 fábula.

Vocês poderão fazer uma produção escrita utilizando o mesmo título, as mesmas

personagens ou não, ou seja, poderão sugerir outro título e criar outras personagens

e moral.

Ao terminarem, entreguem a produção ao professor.

4º Bloco: Avaliação e Divulgação

Atividade:

Ao receber sua produção inicial, organizem-se em duplas e, a partir da ficha roteiro

de produção, avalie seus textos. Verifique se os itens citados na tabela estão

presentes em seu texto e assinale adequadamente.

ROTEIRO DE PRODUÇÃO/AVALIAÇÃO

Está

bom

Preciso

Melhorara) O título é adequado ao texto?

b) As personagens das histórias são típicas de uma

fábula?c) O tempo está indeterminado?

d) As falas das personagens aparecem sinalizadas

por parágrafos e travessão?

Professor (a):

Neste último bloco a produção inicial do aluno será retomada. Será o momento da revisão e reescrita dos textos para um processo de avaliação. Será utilizada, pelos educandos, uma ficha com critérios para a produção/avaliação do gênero fábula. Em seguida, se necessário, reveja com os alunos possíveis problemas quanto aos aspectos linguísticos. Sendo os textos considerados adequados, organize-os com os estudantes para formar um volume a ser divulgado nas demais salas e acervado na biblioteca do estabelecimento.

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e) As características das personagens são

apresentadas?f) As atitudes das personagens podem ser

comparadas com atitudes humanas?g) A resolução combina com sua intenção e moral da

história?h) O narrador conta como se estivesse na cena?

i) A moral da história está coerente com a fábula e

sua intenção?

Revisão e reescrita;

Divulgação da produção final dos alunos.

4. Avaliação:

Será contínua e diagnóstica, pois os alunos serão observados em suas

participações na sala de aula quando solicitados a fazerem leituras, trabalhar em

grupos ou emitirem opiniões quando solicitados, bem como ouvir e respeitar os

pontos de vista dos colegas. Quando dirigirem-se à biblioteca ou laboratório deverão

saber portar-se de acordo.

Deverão reconhecer o gênero textual fábula, como também suas

características, conhecer os principais fabulistas e conseguir produzir textos com

características de fábula.

Será confeccionado um volume com as produções dos alunos e

disponibilizado na biblioteca do estabelecimento, com o propósito de divulgar essas

produções aos colegas, pais e comunidade escolar em geral.

5. Referências:

Professor (a):

Nesta etapa, os alunos receberão seus textos iniciais, farão uma avaliação a partir de critérios de produção do gênero fábula. Com as indicações dos problemas apresentados, passarão à revisão e reescrita das suas fábulas. Você deve recolher o material fazer uma avaliação e, se necessário, fará retomada dos conteúdos não apropriados, e após, outra revisão efetuada pelos alunos.Quando concluída esta etapa, as produções poderão ser agrupadas em um volume que será divulgado aos colegas na escola e acervado na biblioteca.

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BAKHTIN, Mikhail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática. 7 ed. rev. e atualiz. São Paulo: Moderna, 2009. p. 287.

ESOPO, Texto Integral – Coleção “A Obra-Prima de Cada Autor” Martin Claret, São Paulo-SP, 1ª Reimpressão – 2009, p. 207.

LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. (Trad, De Milton Amado e Eugenia Amado) Belo Horizonte: Itatiaia, 1989 (Grandes obras da cultura universal, V.11)

LA FONTAINE, Jean de. Fábulas de La Fontaine. Rio de Janeiro: Matos Peixoto, 1965.

Livro, Círculo do, Fábulas do Mundo Inteiro – Clássicos da Infância, p. 127-8 MOREIRA, Maria Cristina Barbosa. As fábulas e a cooperação. In: Revista Direcional Educador. Ed. 60. Jan/2010. São Paulo: Exclusiva Publicações, 2010.

LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo, Brasiliense/Pallotti, 1994.

NOVA ESCOLA, Edição 239, Janeiro/Fevereiro 2011, com o título Uma ideia fabulosa Disponível em <http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/comparacao-reescrita-fabulas-generos-textuais-617888.shtml>. Acesso em: 21 jun.2011.

PAES, José Paulo, Poemas para Brincar. São Paulo: Ática, 1989.

ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo: Melhoramentos, 1986.

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