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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Ensinando Matemática na 5ª série por meio da Literatura

Autora Olivia Genozilda de Quadros

Escola de Atuação Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira

Município da escola Irati

Núcleo Regional de Educação Irati

Orientadora Leoni Malinoski Fillos

Instituição de Ensino Superior Unicentro

Disciplina/Área Matemática

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Público Alvo Alunos da 5ª série do Ensino Fundamental

Localização

Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira - Ensino

Fundamental Médio e Normal.

Rua Nossa Senhora de Fátima, 815

Apresentação:

Diante dos diversos problemas relacionados ao ensino e à aprendizagem da Matemática, na atualidade, especialmente na 5ª série, é função do professor buscar e desenvolver diversificadas abordagens pedagógicas que proporcionem aos alunos uma aprendizagem efetiva dos conteúdos relativos a essa disciplina. Esse material didático tem por objetivos subsidiar reflexões teóricas acerca da importância da inserção de textos literários nas aulas de Matemática, oferecer sugestões de atividades didáticas aos professores e auxiliar as ações da professora/autora no processo de implementação do Projeto de Intervenção Pedagógica. Para tanto, é realizada neste texto primeiramente uma discussão teórica a respeito dos fundamentos da Educação Matemática e da importância da leitura e da literatura nas aulas de Matemática, especialmente da literatura infantil e, em seguida, são apresentadas atividades relacionadas à literatura infantil, respectivamente, envolvendo a fábula “A Formiga e a Pomba”, a lenda “O Negrinho do Pastoreio” e o conto “O Gigante Egoísta”.

Palavras-chave Educação Matemática, Leitura, Literatura Infantil.

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INTRODUÇÃO

A presente unidade didática é uma produção didático-pedagógica

desenvolvida durante a 4ª edição do Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE/2010. Faz parte de um projeto de pesquisa mais amplo, cujo objetivo é

investigar os limites e as potencialidades da utilização de textos literários no ensino

e aprendizagem da Matemática, na 5ª série do ensino fundamental.

O material foi elaborado com as seguintes finalidades: (i) subsidiar reflexões

teóricas acerca da importância da inserção de textos literários nas aulas de

Matemática; (ii) oferecer sugestões de atividades didáticas aos professores; e (iii)

auxiliar as ações da professora/autora no processo de implementação do Projeto de

Intervenção Pedagógica.

Dirige-se, portanto, a professores da Educação Básica, especialmente da 5ª

série do Ensino Fundamental (público objeto da intervenção), e a todos os

profissionais da educação e pesquisadores que buscam diferenciadas metodologias

para o ensino da Matemática e visualizam possibilidades de contribuir para uma

educação mais efetiva e dinâmica.

Segundo D’Ambrósio (2001, p.15), “o grande desafio que nós, educadores

matemáticos, encontramos é tornar a matemática interessante, isto é, atrativa,

relevante, isto é, útil, e atual, isto é, integrada no mundo de hoje”.

De acordo com Smole e Diniz (2001), dentre as diversas metas da

escolarização básica, deve merecer atenção especial a possibilidade dos alunos

aprenderem progressivamente a utilizar a leitura para buscar informação e para

aprender, podendo exprimir sua opinião própria sobre o que leram.

Para Passos e Oliveira (2004, p.1) “o texto nas aulas de matemática

contribui para a formação de alunos leitores, possibilitando a autonomia de

pensamento e também o estabelecimento de relações e inferências”.

Entende-se, portanto, que a leitura no ensino da matemática tem a

capacidade de fazer com que o aluno se aproprie dos conhecimentos e sistematize

as informações de forma mais organizada, interiorizando seus direitos e deveres de

cidadãos e, assim, provocando transformações sociais ao longo de sua vida.

Este material está organizado da seguinte forma: primeiramente é realizada

uma discussão teórica a respeito dos fundamentos da Educação Matemática e da

importância da leitura e da literatura nas aulas de Matemática, especialmente da

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literatura infantil e, em seguida, são apresentadas atividades relacionadas à

literatura infantil, respectivamente envolvendo a fábula “A Formiga e a Pomba”, a

lenda “O Negrinho do Pastoreio” e o conto “O Gigante Egoísta”.

1. EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: ALGUMAS REFLEXÕES

A Matemática foi construída pelo ser humano ao longo do tempo a partir de

erros, acertos, da intuição e de muita persistência. Foram muitos os desafios que

matemáticos enfrentaram e hoje ainda enfrentam para o desenvolvimento de

conceitos, teoremas, demonstrações e teorias. Por isso, conforme enfatiza Fiorentini

(1995, p. 31), esta ciência está em processo permanente de evolução, não podendo

ser entendida

[...] como um saber pronto e acabado, mas, ao contrário, como um saber vivo, dinâmico e que, historicamente, vem sendo construído, atendendo a estímulos externos (necessidades sociais) e internos (necessidades teóricas da ampliação dos conceitos). Esse processo de construção foi tortuoso. É obra de várias culturas e de mulheres e de homens que, movidos pelas necessidades concretas, construíram coletivamente a Matemática que conhecemos hoje.

Para Buriasco (1999), o conhecimento matemático possibilita enxergar e

compreender o lugar que a Matemática ocupa no mundo e, principalmente, que esta

ciência “lida com elementos muitas vezes contrastantes tais como: o formal e o

informal, o contínuo e o discreto, o infinito e o finito, o particular e o geral, a

conjectura e a certeza, o acerto e o erro” (p. 30).

Em um mundo em constante transformação, devido ao rápido

desenvolvimento científico e tecnológico, a Matemática é considerada como uma

das mais importantes ferramentas dessa sociedade moderna. Pela Matemática o

indivíduo tem uma leitura mais adequada de mundo, compreende melhor a realidade

em que está inserido e desenvolve a capacidade de interpretação e resolução de

problemas práticos do cotidiano e de outras áreas do conhecimento.

Como disciplina escolar, é inegável a importância da Matemática para a

ampliação da capacidade de raciocínio, de análise e de visualização dos alunos,

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sendo uma bagagem de conhecimentos indispensável para o desenvolvimento da

autonomia, da capacidade de enfrentamento de desafios e da formação cidadã.

Por isso, conforme aponta Ruiz e Gomes (1998, p. 31),

[...] faz-se necessário que a Educação Matemática não seja interpretada como sinônimo de ensino de matemática, mas como uma área de conhecimentos, em que o educador e educando se apresentam numa relação de cumplicidade, de parceria de troca; entendida como uma forma de pensamento, como uma “ferramenta” cognitiva, como instrumento para a leitura do mundo e que, muitas vezes, depende de outras áreas do conhecimento, que o processo de aquisição de conhecimentos não implicasse numa relação de dominação, mas numa base constante de novos desafios, com base na pesquisa, na reconstrução e, principalmente, na compreensão.

A Educação Matemática, segundo Fiorentini e Lorenzato (2006, p. 5), “é uma

área de conhecimento das ciências sociais ou humanas, que estuda o ensino e a

aprendizagem da matemática” e resulta das relações que estabelecem entre o

conteúdo específico e os processos pedagógicos num contexto de transmissão e

assimilação do saber matemático.

Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do aluno. (PARANÁ, 2008, p. 48)

Pela Educação Matemática almeja-se, portanto, um ensino que possibilite a

criação de situações que motivem os alunos a buscarem as informações a partir da

leitura, da pesquisa, de questionamentos e de discussões coletivas, apropriando-se

dos conceitos de forma crítica e reflexiva. Conforme apontam as Diretrizes

Curriculares da Educação Básica (2008), a Educação Matemática prevê a formação

de um aluno crítico, que analise, conjecture, discuta, formule ideias e se aproprie

dos conhecimentos, sendo capaz de ser autônomo em suas relações sociais.

O papel do professor, nessa perspectiva, ganha novas dimensões na

organização do processo ensino e aprendizagem, sendo ele o responsável por criar

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estratégias para que o aluno se aproprie dos conhecimentos. É importante que ele

crie um ambiente agradável que favoreça o aluno a desenvolver suas capacidades

de ler e escrever e de atribuir significado ao que aprendeu.

O objetivo dos professores deveria ser o de ajudar as pessoas a entenderem Matemática e encorajá-las a acreditar que é natural e bom poder continuar a usar e aprender Matemática sempre que necessário. É essencial que se ensine de modo que os alunos possam ver a Matemática como algo natural e agradável em seu ambiente. (ONUCHIC e ALLEVATO, 2005, p. 229).

Ao acolher os pressupostos teórico-metodológicos da Educação Matemática,

as DCEs indicam que o processo educativo da Matemática nas escolas deve

contribuir para que o estudante “tenha condições de constatar regularidades,

generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar

fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento” (PARANÁ, 2008, p.

49). Para tanto, as Diretrizes recomendam que o currículo esteja organizado em

disciplinas, porém numa concepção de contextualização e interdisciplinaridade, ou

seja, propondo uma articulação dos conteúdos que vá além dos limites cognitivos

próprios das disciplinas escolares.

Segundo Ramos (apud PARANÁ, 2008, p. 28),

[...] a contextualização, na pedagogia, é compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em uma realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os significados se originam, ou seja, na trama de relações em que a realidade é tecida.

Para Dante (2006), a contextualização ajuda a desenvolver no aluno a

capacidade de relacionar o apreendido com o observado e a teoria com suas

consequências e aplicações práticas. Por isso, “tratar os conteúdos de ensino de

forma contextualizada significa aproveitar ao máximo as relações existentes entre

esses conteúdos e o contexto pessoal ou social do aluno, de modo a dar significado

ao que está sendo aprendido” (p. 08).

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Já a interdisciplinaridade tem sido entendida como uma forma de concretizar

a articulação de duas ou mais disciplinas na abordagem de um determinado

conteúdo, visando discussão e entendimento sob os pontos de vista de cada uma

das disciplinas envolvidas nos diversos contextos. Pela interdisciplinaridade

entende-se que as disciplinas escolares não são fechadas em si, mas “chamam

umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos de modo que

se busque, cada vez mais, a totalidade” (PARANÁ, 2008, p. 27)

Desse modo, privilegiar no ensino da Matemática práticas contextualizadas e

interdisciplinares oportuniza ao professor criar estratégias que desenvolvam em

seus alunos a capacidade de matematizar situações reais, identificar informações e

resolver problemas práticos do cotidiano.

Uma das formas do professor de Matemática possibilitar tais práticas é por

meio da incorporação às aulas de textos literários diversos como fábulas, contos e

lendas que representam recursos pedagógico férteis para a produção de

experiências e aprendizagens na disciplina de Matemática.

2. LEITURA E LITERATURA NAS AULAS DE MATEMÁTICA

O ser humano, logo ao nascer, sente a necessidade de se comunicar com o

novo ambiente. O choro, o gesto, o som, o olhar, a fala são meios usados para se

relacionar com o mundo em que vive.

Segundo Kato (2005, p.11), as ideias são representadas por meio da fala e

da fala resulta o letramento. O processo de alfabetização vem sendo substituído,

atualmente, pela palavra letramento. O educador, então, é responsável em

alfabetizar e letrar o aluno.

Para Fonseca (2009, p. 48)

O termo letramento surge para que se possa distinguir, no discurso: de um lado, quando se quer focalizar a tecnologia de aquisição do código de registro escrito da língua – ocasião para a qual se passa a reservar o termo alfabetização; e do outro, quando se quer caracterizar a leitura e a escrita como práticas sociais, que se constituem nos processos de apropriação não só de um código, mas de uma cultura escrita – situação em que se fala em letramento.

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Ler é uma atividade que possibilita ao indivíduo uma relação com o universo

e a compreensão de outras realidades, diferentes das que estão ao seu redor. A

leitura apresenta sentido amplo e variado, pois o leitor pode, diante de um texto, ter

um momento de lazer, ampliar seus conhecimentos, receber novas informações,

adquirir capacidades para conhecer melhor o mundo e fortalecer sua cultura.

Freire (2005, p.11) diz que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”,

ou seja, duas pessoas ao fazerem a mesma leitura o entendimento será distinto,

pois essas terão influência do meio em que vivem. Pode-se dizer que não apenas a

leitura da palavra é precedida pela leitura do mundo, mas de certa forma é a

maneira de escrevê-lo ou de reescrevê-lo para transformá-la por meio da prática

docente.

Acredita-se, assim, que a leitura estimula a criança a compreender melhor a

realidade e o mundo que o cerca, adaptando-se a mudanças, descobrindo novos

significados e enriquecendo o conhecimento.

Sabe-se também, que livros e oportunidades caminham juntos. É por meio

de boas leituras que as portas se abrem e os caminhos são trilhados, possibilitando

ao ser humano ir a lugares fantásticos com sua imaginação, viajar, sonhar, voar, e

que de outra forma jamais poderiam ser conhecidas.

Por isso,

Entre as diversas metas a serem perseguidas pela escola fundamental, deve merecer atenção especial que os alunos aprendam progressivamente a utilizar a leitura para buscar informação e para aprender, podendo exprimir sua opinião própria sobre o que leram. Ao final de ensino fundamental, é preciso que os alunos possam ler textos adequados para sua idade de maneira autônoma e aprender sobre diferentes áreas de conhecimento através da leitura, estabelecendo inferências, fazendo conjecturas, relendo o texto e conversando com outras pessoas sobre o que foi lido (SMOLE & DINIZ, 2001, p.69).

A leitura é uma atividade de natureza simbólica que exige paciência e

persistência por parte do leitor, de modo que possa permitir a compreensão do que o

texto tem a transmitir. Ensinar a ler e a escrever é responsabilidade de todas as

disciplinas escolares, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação

integral de um estudante. Conforme afirmam Fonseca e Cardoso (2005), todas as

áreas do conhecimento requerem o ato da leitura, inclusive a disciplina de

Matemática.

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A Matemática em si, possui especificidades próprias na leitura e na escrita,

pois há diversos conceitos e símbolos na linguagem desta disciplina. O leitor deve

conhecer e familiarizar-se com a linguagem, compreendendo o que leu e ainda

perceber de que forma a leitura se articula no conhecimento matemático.

Para Klüsener (2000, p. 177),

Aprender matemática é, em grande parte, aprender e utilizar suas diferentes linguagens – aritmética, geométrica, algébrica, gráfica, entre outras. Na atualidade, as linguagens matemáticas estão presentes em quase todas as áreas do conhecimento. Por isso, o fato de dominá-las passa a constituir-se um saber necessário considerando o contexto do dia-a-dia.

Nessa perspectiva, o professor ao levar a leitura para as aulas de

Matemática, possibilita ao aluno diversas formas de apropriação das diferentes

linguagens, tornando o aprendizado contextualizado, próximo da realidade do aluno,

e garantindo, portanto, o papel social da escola. Conforme Smole et. al., (1996, p.3)

Através da conexão entre literatura e matemática, o professor pode criar situações na sala de aula que encorajem os alunos a compreenderem e se familiarizarem mais com a linguagem matemática, estabelecendo ligações cognitivas entre a linguagem materna, conceitos da vida real e a linguagem formal.

Assim, faz-se necessário a elaboração e seleção de materiais didáticos,

textos e livros de literatura adequados, de modo que possam auxiliar a prática em

sala de aula, sendo um recurso motivador para o aluno. A integração de leituras

diversas às aulas constitui meios de facilitar e promover o desenvolvimento

intelectual, criativo, permitindo melhores interpretações na resolução de problemas.

3. LITERATURA INFANTIL E MATEMÁTICA

Segundo Zilberman (1981), a Literatura Infantil surgiu com a ascensão da

burguesia no século XVIII, devido às transformações ocorridas com o início do

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capitalismo e da industrialização. Nessa época, emerge um novo modelo de

concepção familiar, onde a criança passa a ser tratada diferente do adulto ocupando

um espaço com características próprias.

A educação, então, passou a ser entendida como preparação para a vida

adulta. Antes disso, a criança era vista como adulto em miniatura e não havia

histórias dirigidas para essa faixa etária, pois a infância era apenas um período de

desenvolvimento do ser humano.

Os educadores da época, assumindo a importância da literatura infantil e da

pedagogia, criam uma literatura para crianças e jovens, a literatura infanto-juvenil.

Cunha (1985) afirma que no Brasil a literatura infanto-juvenil teve início com

as obras pedagógicas. São nomes em destaque Carlos Jansen (contos seletos das

mil e uma noites), Figueiredo Pimentel (contos da Carochinha) e Coelho Neto e

Olavo Bilac (contos pátrios). Mas a verdadeira literatura infanto-juvenil brasileira,

segundo o autor, teve início com Monteiro Lobato, com sua obra diversificada e uma

literatura centralizada em seus personagens que unificam o universo ficcional.

Lobato escreveu livros adequados para desenvolver na criança o gosto e o

hábito de uma boa leitura, isto é, agradável, interessante, concebida como fonte de

prazer, enriquecimento do conhecimento e ampliação das condições de vivência

social e de interação.

Coelho (2000, p.27) afirma que “a Literatura Infantil é, antes de tudo,

literatura, ou melhor, é arte”. O autor refere-se às histórias inventadas para a criança

aprender ultrapassando fronteiras entre o imaginário e a realidade, possibilitando a

ampliação de seus conhecimentos em relação ao mundo em que vive,

desenvolvendo a lógica e o pensamento de forma diferente e acrescentando novos

valores.

Para Costa (2007), a literatura infantil permite o tratamento de forma

inventada do real. Por isso, é importante colocar ao alcance da criança os livros

infantis, os contos de fadas, fábulas e lendas. O conto é uma narrativa curta que

contém uma única ação; a fábula, provavelmente a mais conhecida, é um texto curto

e os personagens são animais falantes; já a lenda tem uma base histórica, um

acontecimento pertencente a um fato, é criação de um povo como Negrinho do

Pastoreio, histórias de heróis e de santos. A lenda terá sempre o componente

histórico para lhe dar credibilidade.

A literatura infantil, juntamente com a Matemática permite a possibilidade de

integrar nas diversas áreas do conhecimento, estabelecendo um diálogo entre elas,

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o respeito e a autonomia de cada uma, visando garantir a construção e a produção

no processo ensino aprendizagem.

A conexão entre literatura infantil e matemática representa uma possibilidade

para romper a armadilha do desconhecimento matemático. Nessa perspectiva,

descreveremos a seguir o desenvolvimento das atividades.

4. ATIVIDADES

ATIVIDADE 1: FÁBULA

A FORMIGA E A POMBA

Objetivo: incentivar a leitura, por meio da fábula, de modo que os alunos sintam-

se motivados para resolver as atividades matemáticas envolvendo as operações

básicas.

Desenvolvimento:

- leitura individual

- leitura coletiva

- questionamento e reflexão

- resolução das atividades propostas

Recursos:

- cópia da fábula para cada aluno

A Formiga e a Pomba

Imagem 1 - Leodenir

A formiga foi à margem do rio para beber água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar. Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na correnteza perto dela. A formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a margem.

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Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore e se preparava para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo. A Formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha e, isso deu chance para que a pomba voasse para longe e salvo.

Moral da História: Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para mostrar sua gratidão.

1. Responda as questões:

a) O que a pomba fez para salvar a formiga? ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

b) Qual era a armadilha feita pelo caçador de pássaros?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

c) Quem percebeu que o caçador estava por baixo da árvore se preparando para caçar? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

d) De que forma a formiga retribuiu a sua gratidão?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

e) A pomba que estava na árvore sobre as águas conseguiu fugir do caçador?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

f) Você no seu dia-a-dia já ficou grato com alguém? Comente? .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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2..Quais destas distâncias devem ser medidas em metro, centímetro, quilômetro.

Marque com um x a resposta certa.

a) a altura da árvore ( ) m ( ) cm ( ) km b) o comprimento do rio ( ) m ( ) cm ( ) km c) a largura da folha da árvore ( ) m ( ) cm ( ) km d) o tamanho da formiga ( ) m ( ) cm ( ) km e) o comprimento da ponte ( ) m ( ) cm ( ) km f) o comprimento da estrada ( ) m ( ) cm ( ) km

3.Se dois passos de criança medem aproximadamente um metro. Quantos passos

dessa criança serão necessários para que ande meio quilômetro?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

............................................................................................................................. 4.Leia a informação do quadro abaixo e em seguida responda as questões:

A pomba-rola é um pássaro que se alimenta de sementes, às vezes come pequenos insetos. A fêmea costuma ter duas posturas a cada ano e choca de dois a três ovos brancos cada vez. A incubação é realizada por ambos os sexos e dura treze a quatorze dias.

a) Se oitenta pombas fêmeas chocarem dois ovos em cada postura, quantos filhotes a natureza ganhará? ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

b) Se a incubação durou 14 dias em cada postura e durante o ano houve duas

posturas, quantos dias foram? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

c) A resposta anterior é um número par, divisível por quatro?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

5. Leia com atenção a informação do quadro abaixo e responda o que se pede:

A pomba rola é um pássaro que costuma viver aos pares, mas é vista em bandos perto de lugares que possuem alimentação, pois seu principal alimento são as sementes. Por isso, os agricultores não gostam desse pássaro e, ainda são muito apreciadas pelos caçadores. Supondo que em um bando tenha 68 pombas, num certo dia o caçador consegue caçar uma dúzia e meia desse bando.

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a) Quantas pombas ficaram no bando? ..........................................................................................................................................................................................................................................................

b) Esse número representa quantas centenas?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

c) Represente o número da resposta anterior em romanos?

.............................................................................................................................

............................................................................................................................. 6.Leia o quadro abaixo e responda:

Há muitas espécies de formigas. Uma delas é a saúva, que é muito conhecida. Ela tem o corpo dividido em cabeça, tórax e abdômen e possui seis patas. A rainha coloca milhões de ovos, sendo impossível vê-los a olho nu. O tamanho de uma formiga para outra da mesma colônia são diferentes; a rainha pode medir 1,5cm e as operárias pode ter o tamanho de 0,8cm a 1,2cm. As formigas são muito organizadas em seu formigueiro.

a) Calcule as diferenças de tamanho que existe entre a rainha e as operárias.

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

b) Se pegarmos seis recipientes e colocarmos seis formigas em cada um, qual o total de patas? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

7.Leia com atenção o quadro e responda as questões:

As formigas são insetos. A saúva é uma espécie vegetariana. Na colônia cada operária tem sua função: cortadeira, jardineira, carregadeira e soldado. Elas cortam e carregam folhas para dentro do seu formigueiro e as transformam em fungos, que é o seu alimento. Uma saúva operária carregadeira anda aproximadamente um metro por minuto.

a) Supondo que uma saúva operária carregadeira trabalhe oito horas por dia,

quantos minutos ela trabalhou? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

b) Nesse dia, quantos metros a saúva operária percorreu?

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

.............................................................................................................................

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ATIVIDADE 2: LENDA

NEGRINHO DO PASTOREIO

Objetivo: possibilitar ao aluno um melhor entendimento dos acontecimentos em

nosso país por meio da leitura da lenda e motivá-lo para a interpretação e resolução

de situações-problemas.

Desenvolvimento:

- leitura individual

- leitura coletiva

- questionamentos

- resolução e interpretação de situações-problemas

Recursos:

- Texto impresso para cada aluno.

O Negrinho do Pastoreio

Imagem 2: Leodenir

O Negrinho do Pastoreio é uma lenda africana, meio cristã, muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil.

Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse

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pastorear cavalos e potros que acabara de comprar. No final da tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. ‘‘Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece’’, disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.

Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.

E depois disso, entre os andantes e posteiros, tropeiros, mascates e carreteiros da região, todos davam a notícia, de ter visto passar, como levada em pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, montado em um cavalo baio.

Então, muitos acenderam velas e rezaram um Padre-Nosso pela alma do judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse pela noite o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua madrinha, a Virgem Nossa Senhora, que o livrou do cativeiro e deu-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia sem ninguém ver.

Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado e risonho, cruza os campos. Ele anda sempre a procura dos objetos perdidos, pondo-os de jeito a serem achados pelos seus donos, quando estes acendem um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da santa que é sua madrinha.

Quem perder coisas no campo deve acender uma vela junto de algum mourão ou sob os ramos das árvores, para o Negrinho do pastoreio e vá lhe dizendo: "Foi por aí que eu perdi... Foi

por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi...". Se ele não achar, ninguém mais acha.

Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul. Alguns folcloristas afirmam que o Rio Grande do Sul tem uma única lenda sua, criada, às feições locais, que é a do Negrinho do Pastoreio. O Negrinho do Pastoreio é uma lenda cristã, divulgada com finalidades morais. O Negrinho é sem pecado, uma vítima. Perdendo duas vezes a tropilha que acha miraculosamente, o Negrinho, por associação natural, é padroeiro dessa atividade nos campos gaúchos. Trata-se de uma lenda puramente regional.

1. Comentários da professora sobre a lenda. Ouvir o que os alunos já conhecem

sobre o tema.

2. Leia as informações do quadro e responda as questões: No Brasil, a escravidão teve início em meados do século XVI com a produção dos engenhos de açúcar. Os negros eram trazidos pelos portugueses de suas colônias na África para serem utilizados como mão-de-obra escrava. Não tinham direito e conviviam com a violência e humilhação, o tratamento era o mais cruel que se possa imaginar. Sofriam muito, até chegar uma Lei que aboliu a escravidão no Brasil, que foi assinada pela Princesa Isabel, filha de D. Pedro II.

a) Como se chama a Lei que aboliu a escravidão no Brasil?

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b) Em que dia, mês e ano aconteceu a Abolição dos Escravos? ..........................................................................................................................................................................................................................................................

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c) Quantos anos já se passaram? Mais de um século? ..........................................................................................................................................................................................................................................................

d) Em nossos dias, será que não há mais trabalho escravo no Brasil?

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3) O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão. A escravidão deixou marcas na sociedade brasileira como a discriminação, o preconceito racial e social, os baixos salários, a não aceitação no trabalho, escolarização e saúde. Para pagar essa dívida histórica com a sociedade negra, pois foram séculos de sofrimento e escravidão, o Brasil tenta corrigir seus erros do passado criando cotas para as universidades, que destinam 20% das vagas para estudantes negros. Você acha certo? Será que paga e resgata a dignidade desse povo?

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4) Na lenda, o menino negro foi castigado e colocado nu em um formigueiro. Imagine quantas formigas! São milhares. Existem muitas espécies de formigas no mundo, aproximadamente dezoito mil, mas só dez mil dessas espécies já foram catalogadas pelos estudiosos. No Brasil existe por volta de duas mil espécies, sendo apenas 20 a 30 consideradas pragas. Você já observou que há uma espécie de formiga, em que as operárias formam uma corrente, uma fila indiana em busca do seu próprio alimento. Então pense, se uma formiga mede aproximadamente um centímetro de comprimento, quantas formigas serão necessárias para formar uma fila de:

Imagem 3 - Leodenir

a) meio metro de comprimento: .............................................................................................................................

b) um metro: .............................................................................................................................

c) um quilômetro: ............................................................................................................................

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5) As formigas são insetos sociais que vivem em comunidade e representam exemplos de organização. Elas habitam o nosso planeta há milhões de anos. São importantes, pois comem os parasitas das plantas, colaboram na decomposição de substâncias orgânicas acelerando o processo de reciclagem dos nutrientes do solo e ajudam a equilibrar o meio ambiente. Isto é possível porque vivem em sociedade. Um formigueiro pode hospedar até um milhão de formigas. Há uma espécie de formiga que constrói seu formigueiro para cima, montes de terra que podem chegar até 1,5 metros de altura. Observe as fotos.

Fotos da autora

Supondo que o primeiro formigueiro mede 1,0m, o segundo mede 1,2m e o

terceiro 1,5m, se colocarmos um formigueiro sobre o outro, quantos metros de

altura terá um novo formigueiro?

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ATIVIDADE 3: CONTO

O GIGANTE EGOÍSTA

Objetivo: proporcionar a leitura a partir do conto e a interpretação de situações-

problemas.

Desenvolvimento: - leitura;

- comentário dos alunos;

- discussões participativas dos alunos sobre o conto;

- atividades relacionadas ao tema.

Recursos:

- cópia do conto para cada aluno

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O GIGANTE EGOÍSTA

Imagem 4 - Leodenir Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam ir brincar no jardim do

Gigante. Era um jardim lindo e grande, com grama verde e suave. Aqui e ali, sobre a grama,

apareciam flores belas como estrelas, e havia doze pessegueiros que, na primavera, abriam-se em flores delicadas em tons de rosa e pérola, e davam ricos frutos no outono. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão docemente que as crianças costumavam parar de brincar só para ouvi-los.

- Como nos sentimos felizes aqui! - exclamavam elas. Certo dia o Gigante voltou. Ele tinha andado visitando seu amigo, o ogre da Cornualha, e

ficara sete anos com ele. Depois de sete anos ele já havia dito tudo o que tinha para dizer, já que sua conversa era limitada, e resolveu voltar para seu próprio castelo. Ao chegar, ele viu as crianças brincando no jardim.

- O que vocês estão fazendo aqui? - gritou ele com uma voz muito ríspida, e as crianças saíram correndo.

- O meu jardim é o meu jardim - disse o Gigante. - Qualquer um pode compreender isso. Eu não vou permitir que ninguém brinque nele, a não ser eu mesmo.

De modo que ele construiu um muro alto em torno do jardim e colocou um cartaz de aviso. OS INVASORES

SERÃO PROCESSADOS

Ele era um Gigante muito egoísta. As pobres crianças agora não tinham mais onde brincar. Elas tentaram brincar na estrada,

mas a estrada era muito poeirenta e cheia de pedras duras, e elas não gostavam. Começaram a passear em torno do muro depois das aulas, conversando sobre o lindo jardim que ficava lá dentro. “Como éramos felizes lá!”, diziam umas às outras.

Então chegou a Primavera, e por todo o país apareceram pequenas flores e pequenos pássaros. Só no jardim do Gigante Egoísta é que continuava a ser inverno. Os passarinhos não gostavam de cantar lá, porque não havia crianças, e as árvores se esqueceram de florescer. Uma vez uma flor bonita começou a brotar, mas ao ver o cartaz de aviso ficou com tanta pena das crianças que se enfiou de volta no chão e adormeceu. Os únicos que estavam contentes eram a Neve e o Gelo.

- A Primavera se esqueceu deste jardim - eles exclamaram - , de modo que podemos viver aqui o ano inteiro.

A Neve cobriu toda a grama com seu manto branco, e o Gelo pintou todas as árvores de prata. Eles convidaram o Vento do Norte para se hospedar com eles, e ele veio. Todo enrolado em peles, rugia o dia inteiro pelo jardim, derrubando as chaminés com seu sopro.

- Este lugar é ótimo - disse ele. - Nós precisamos convidar o Granizo para vir fazer uma visita.

E o Granizo apareceu. Todos os dias, durante três horas, ele matracava no telhado do

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castelo até quebrar quase todas as telhas, e depois corria, dando voltas no jardim o mais depressa que podia. Sempre vestido de cinza, soprava gelo para todo lado.

- Não entendo por que a Primavera está demorando tanto a chegar!- disse o Gigante Egoísta, sentado junto à janela e olhando para seu jardim frio e branco. - Espero que o tempo mude logo.

Mas a Primavera não apareceu, nem o Verão. O Outono trouxe frutos dourados para todos os jardins, mas nenhum para o do Gigante.

- Ele é muito egoísta - disse o Outono. De modo que ali ficou sendo sempre inverno, e o vento Norte e o Granizo, a Neve e o

Gelo dançavam em meio às árvores. Certa manhã, o Gigante estava deitado, acordado, na cama, quando ouviu uma música

linda. Soava com tal doçura em seus ouvidos que ele até pensou que deviam ser os músicos do rei que passavam. Na realidade era apenas um pequeno pintarroxo cantando do lado de fora de sua janela, mas já fazia tanto tempo que ele não ouvia um só passarinho em seu jardim que aquela parecia ser a música mais bonita do mundo. E então o Granizo parou de dançar sobre a cabeça dele, e o Vento do Norte parou de rugir, e um perfume delicioso chegou até ele, através da janela aberta.

- Acho que finalmente a Primavera chegou - disse o Gigante. - E, pulando da cama, olhou para fora.

O que ele viu? A visão mais bonita que se possa imaginar. Por um buraquinho do muro as crianças

haviam conseguido entrar, e estavam todas sentadas nos ramos das árvores. Em todas as árvores que ele conseguiu ver havia uma criança. E as árvores estavam tão contentes de terem as crianças de volta que se cobriam de flores, balançando delicadamente os galhos, por cima das cabeças da meninada. Os passarinhos voavam de um lado para outro, chilreando de prazer, e as flores espiavam e riam. Era uma cena linda, e só em um canto é que continuava a ser inverno. Era o canto mais distante do jardim, e nele estava de pé um menininho. Ele era tão pequeno que não conseguia alcançar os ramos das árvores, e ficou andando em volta dela, corando, muito sentido. A pobre árvore continuava coberta de neve e gelo, e Vento do Norte soprava e rugia acima dela.

- Sobe logo, menininho! - dizia a Árvore, curvando os ramos o mais que podia. Mas o menino era pequeno demais.

E o coração do Gigante se derreteu quando ele olhou lá para fora. - Como eu tenho sido egoísta! - disse ele. - Agora já sei por que a Primavera não

aparecia por aqui. Eu vou colocar aquele menininho em cima daquela árvore, depois vou derrubar o muro, e meu jardim será um lugar onde as crianças poderão brincar para sempre e sempre.

Ele estava realmente arrependido do que tinha feito. E assim, desceu as escadas, abriu a porta da frente com toda a delicadeza, e saiu para o jardim. Mas quando as crianças o viram ficaram tão assustadas que fugiram, e o inverno voltou ao jardim. Só o menininho pequeno é que não fugiu, porque seus olhos estavam marejados de lágrimas e não viu o Gigante chegar. E o Gigante aproximou-se de mansinho por detrás dele, pegou delicadamente em sua mão e o colocou em cima da árvore. A árvore imediatamente floresceu, e os passarinhos vieram cantar nela; o menininho esticou os braços, passou-os em torno do pescoço do Gigante e o beijou. Quando viram que o gigante não era mais mau, as outras crianças voltaram correndo, e com elas veio a Primavera.

- Agora o jardim é de vocês, crianças - disse o Gigante. E, pegando um imenso machado, derrubou o muro. Quando toda a gente começava a ir para o mercado, ao meio-dia, lá estava o Gigante brincando com as crianças no jardim mais bonito que todos já haviam visto.

Elas brincavam o dia inteiro, mas quando chegava a noite despediam-se do Gigante. - Mas onde está seu companheirinho? - perguntou ele. - O menino que eu botei em

cima da árvore. O Gigante gostava dele mais do que todos os outros, porque ele lhe havia dado um

beijo. - Nós não sabemos - responderam as crianças. - Ele foi embora. - Vocês têm de dizer a ele para não deixar de vir amanhã - disse o Gigante. Mas as crianças disseram que não sabiam onde ele morava, e que jamais o haviam

visto antes. O Gigante ficou muito triste. Todas as tardes, quando acabavam as aulas, as crianças iam brincar com o gigante.

Mas o menininho de quem o Gigante gostava nunca mais apareceu. O gigante era muito bondoso com todas as crianças, mas sentia saudades de seu primeiro amiguinho, e muitas vezes falavam nele.

- Como eu gostaria de vê-lo! - costumava dizer. Os anos se passaram, e o gigante ficou mais velho e fraco. Ele já não conseguia brincar direito, e então ficava sentado em uma poltrona enorme, olhando as crianças que brincavam e admirando seu jardim.

- Tenho tantas flores lindas - dizia ele, mas as crianças são as flores mais bonitas de

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todas. Certa manhã de inverno, ele olhou pela janela enquanto se vestia. Agora já não odiava

o inverno, pois sabia que este era apenas a Primavera enquanto dormia, e que as flores estavam descansando.

De repente ele esfregou os olhos, espantado, e olhou, e olhou, e olhou. Era por certo uma visão maravilhosa. No cantinho mais distante do jardim havia uma árvore toda coberta de flores brancas. Seus ramos eram dourados, carregados de frutos de prata, e debaixo deles estava o menininho que ele amava.

O gigante correu pelas escadas, com maior alegria, e saiu para o jardim. Cruzou depressa o gramado e chegou perto do menino. E quando chegou bem perto, seu rosto ficou rubro de raiva, e ele disse:

- Quem ousou te ferir? Nas palmas das mãos da criança estavam as marcas de dois pregos, como havia

marcas de dois pregos em seus pezinhos. - Quem ousou te ferir? - gritou o Gigante. - Dize-me, para que eu possa tomar de minha

grande espada para matá-lo. - Não - respondeu o menino -, pois essas são as feridas do Amor. - Quem és? - perguntou o Gigante, e quando o temos apossou-se dele, ajoelhou-se

diante da criança. A criança sorriu para o Gigante e lhe disse: - Você me deixou, certa vez, brincar em seu jardim, e hoje você irá comigo para o meu

jardim que é o Paraíso. Naquela tarde, quando as crianças chegaram correndo encontraram o Gigante morto,

deitado debaixo da árvore, todo coberto por flores brancas.

1) Agora que você conhece a história do Gigante Egoísta, vamos refletir sobre as suas atitudes e ouvir os comentários da professora e dos colegas.

a) No texto aparecem várias vezes as estações do ano. Você lembra o nome

delas? ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

b) Por que o Gigante vivia sozinho, não tinha amigos?

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c) E você tem amigos? ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

d) O que acha de dividir com os colegas o que você tem de bom. Dê exemplos: ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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e) Por que só no jardim do Gigante continuava a ser inverno, era tudo congelado? ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

f) O que fez com que a primavera voltasse ao jardim do Gigante?

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g) O que o Gigante ganhou de ter deixado as crianças brincarem em seu jardim? ............................................................................................................................. ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

2) O Jardim do Gigante Egoísta criou vida, as crianças voltaram a brincar os

passarinhos a cantar e as belas árvores ficaram repletas de flores e frutos. Os doze pessegueiros floresceram e cada árvore produziu doze dúzias de frutas. Certo dia o vento do norte soprou muito forte e derrubou a metade dos frutos de cada pessegueiro, pergunta-se:

a) Quantos pêssegos havia em cada árvore?

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b) Após o vento forte quantos pêssegos restaram em cada árvore? ............................................................................................................................. .............................................................................................................................

c) Quantas frutas restaram nas árvores?

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d) Você já sabe que uma dúzia é igual a 12 unidades. Então vamos embalar em caixas com 12 frutas cada uma. Quantas caixas são necessárias para embalar 864 pêssegos? ..............................................................................................................................................

Imagem 5 - Leodenir

e) O total de frutas que restou é um número ímpar ou par? Por quê?

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. f) Esse número é divisível por quatro, por quê?

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3) O Gigante ficou sete anos andando e visitando seu amigo, e quando voltou encontrou as crianças brincando em seu belo jardim e as expulsou dizendo que o jardim era só dele.

a) Quantos dias o Gigante ficou fora de seu castelo? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

b) Quantos meses?

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c) O Gigante ficou quantas horas fora do seu castelo? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

4) Numere as medidas de tempo, ordenando-as da menor para a maior (ordem crescente).

( ) ano ( )um quinquênio (ou lustro ) ( ) minuto ( ) segundo

( ) século ( ) dia ( ) um biênio ( ) milênio

( ) semana ( ) mês ( ) hora ( ) década

5) Agora que você já numerou, coloque-as em ordem na cruzadinha.

Foto da autora

6) Leia as informações do quadro:

Você sabe que a Terra leva um ano para dar a volta em torno do Sol (translação), isto é, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46,7 segundos. Se arredondar esse número para 365 dias e 6 horas, acontece que a cada quatro anos temos um dia a mais, ou seja, um ano de 366 dias,

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que chamamos de ano bissexto. Esse dia a mais está no mês de fevereiro. Os anos bissextos ocorrem de quatro em quatro anos. Para saber se o ano é bissexto, basta verificar se ele é divisível por quatro, e quando terminar em 00, só serão bissextos os que forem divisíveis por 400.

Verifique se você entendeu e ligue os respectivos anos:

1600 2012 1996 foram bissextos 2008 serão bissextos 1500 não foram bissextos 2016 2000 1978

7) Leia com atenção e encontre as respostas no caça palavra:

meio dia M E C C D U E O I T E N T A Z I A O T A S O sete mais cinco B E S E A T F A C I R P I P A T I A G E S A vinte e oito divididos por quatro A R E M S E U D O Z E H O R A S P U L O uma centena C A T R I M E S T R E D I A S A R A L A N cem centímetros A U E F I G O A D I Ç Ã O S O M A O L G O dez vezes oito T A R E F A Q U I L O L A D O O M E T R O três meses

8) Lembra das enchentes no Rio de Janeiro e no litoral do Paraná no mês de

janeiro de 2011? Foram muitas pessoas mortas e desaparecidas, famílias desabrigadas, sem casa para morar. Essas famílias perderam tudo o que tinham e foram abrigadas em igrejas, colégios e vizinhos. É certo o que as pessoas fizeram, arrecadando donativos como: alimentos, água, roupas e mandando para eles? Comente: ......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

9) Leia as informações no quadro abaixo:

O que é medir? Como surgiu o metro?

A necessidade de medir é tão antiga quanto a de contar. Quando o homem

começou a construir as suas habitações e a desenvolver a agricultura, precisou criar meios de efetuar medições. Para medir comprimentos, o homem tomava o seu próprio corpo como referência. Usava como padrões determinadas partes de seu corpo. Foi assim que surgiram: a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça, o passo. Alguns desses padrões continuam a ser usados até hoje. O cúbito é à distância do cotovelo à ponta do dedo médio. Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando as maiores confusões nos resultados das medidas. Os egípcios resolveram então fixar um padrão único: em lugar de partes do corpo eles resolveram usar nas suas medidas barras de pedras com o mesmo tamanho. Foi assim que surgiu o cúbito – padrão. Como a civilização egípcia se desenvolveu nas margens férteis do Rio Nilo, cultivadas por agricultores que pegavam anualmente um imposto ao faraó, estas terras precisavam de ser medidas, pois o imposto era cobrado de acordo com a extensão da terra. Como não era possível medir

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grandes extensões usando bastões de comprimento igual a um cúbito, os agrimensores do faraó usavam cordas. Elas continham nós igualmente espaçados. O intervalo entre dois nós podia corresponder, por exemplo, a 5 cúbitos. Esticando essas cordas, era possível medir facilmente grandes distâncias. Foi durante a Revolução Francesa que se tomou a iniciativa de unificar, a nível mundial, os padrões de medida. Nessa época havia uma grande confusão entre os vários padrões de medida empregados. Assim, em 1790, a Academia de Ciências de Paris criou uma comissão, que incluía matemáticos, pra resolver o problema. Dos trabalhos dessa comissão resultou o metro, um padrão único para medir comprimentos, o qual passou a ser utilizado universalmente.

Fonte: http://cantinhodamatematica.googlepages.com

10) Lemos na história que o Gigante Egoísta derrubou com o machado o muro

do seu lindo jardim, para que as crianças pudessem entrar e brincar e ainda disse: agora o jardim é de vocês. O Gigante não é mais egoísta e ficou amigo das crianças, então ele resolveu colocar uma cerca em torno do seu jardim para substituir o muro que ele mesmo derrubou. O jardim tem a forma retangular e mede 40 metros de comprimento e sua largura é 1/2 da medida do comprimento.

Imagem 6 - Leodenir

Pergunta-se:

a) Qual é o perímetro do jardim? ............................................................................................................................................................................................................................................................

b) Qual é a área desse jardim?

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c) Se uma das crianças resolve dar três voltas completas em torno do jardim, quantos metros essa criança vai andar? ............................................................................................................................................................................................................................................................

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Imagem 7 - Leodenir

d) Se dois passos de criança medem aproximadamente um metro. Quantos passos dessa criança serão necessários para que ande meio quilômetro? ............................................................................................................................................................................................................................................................

11) A professora de Matemática tem uma carga horária de 40 aulas por semana.

Ela mora há 0,750 km do Colégio Estadual Antonio Xavier da Silveira.

Supondo que trabalhe no período da manhã e da noite. Quantos metros a

professora anda, diariamente, contando a ida e a volta?

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12) O Gigante estava muito feliz e resolveu ir a uma loja perto da escola onde as crianças estudavam e comprou uma TV de LCD (tela de cristal líquido). Na caixa estava escrita a medida de sua diagonal: 42 polegadas. O Gigante quer saber: quanto mede em centímetros a sua TV? (lembre-se que uma polegada é igual a 2,54cm). ........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

Foto da autora

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13) No belo jardim do Gigante que era Egoísta tem um espaço onde pode ser construído um campo oficial de futebol. Ele conhece as medidas de comprimento e sabe que uma jarda mede 91,44cm e que a marca do pênalti encontra-se a onze jardas do gol. Então calcule essa distância em centímetros e em metros? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

14) Uma das crianças não pode brincar depois do horário de aula no Jardim do

Gigante, pois a casa onde mora com seus pais fica aproximadamente a 2,5 km do colégio que estuda. 85% desse trajeto ela faz de ônibus escolar e os 15% restante faz a pé. O ônibus não pode sair da estrada principal. Quantos metros essa criança caminha para chegar até a sua casa? .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

5. REFERÊNCIAS

BURIASCO, Regina Luzia Corio de. Avaliação em Matemática: um estudo das respostas de alunos e professores. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, 238 p. , 1999. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria-análise-didática. São Paulo: Ática. 1997. COSTA, Marta Morais da. Metodologia do ensino da literatura infantil. Curitiba: Ibpex, 2007. CUNHA. M.A.A. Literatura Infantil: teoria prática. 4ª edição. São Paulo: Ática, 1985. D’ AMBROSIO, U. Desafios da educação matemática no novo milênio. Educação Matemática em Revista, São Paulo, Ano 8, n.11, dez. 2001. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática: ensino fundamental. São Paulo: Ática, 2005. FIORENTINI, D’ Ambrosio. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil, Zeteteké, Campinas, ano 3, n.4. 1995. FIORENTINI, Dario. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos/Dario Fiorentini, Sergio Lorenzato. – Campinas, SP: Autores Associados, 2006. – (Coleção formação de professores) FONSECA, Maria C. F. R.; CARDOSO, Cleusa de A. Educação matemática e letramento: textos para ensinar matemática, matemática para ler texto. In

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Referencias dos sites

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