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FICHA PARA CATÁLOGO - diaadiaeducacao.pr.gov.br · indagações parafraseando um ditado popular, ―Ninguém pode julgar aquilo que não conhece‖. ... direitos garantido e seus

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FICHA PARA CATÁLOGO

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Parceria entre a Escola Especial e a Escola Regular: Uma proposta consciente para a Inclusão do Aluno com Síndrome de Down no Estado do

Paraná.

Autor Daniel Golfieri de Oliveira

Escola de Atuação

Escola Especial Despertar

Município da escola

Ribeirão do Pinhal - Pr

Núcleo Regional de Educação

Jacarezinho

Orientador Prof.Ms. Marlizete Cristina Bonafini Steinle.

Instituição de Ensino Superior

UENP

Disciplina/Área (entrada no PDE)

Educação Especial

Produção Didático-

pedagógica

Unidade Didática Pedagógica

Relação Interdisciplinar

Público Alvo

Professores da Escola Especial Despertar.

Localização

Escola Especial Despertar

Rua Dr. Marcelino Nogueira, 143 Ribeirão do Pinhal - Pr

Apresentação Tem este projeto como um dos objetivos principais, aprofundar por meio de pesquisa e intervenção didático pedagógica, o conhecimento a respeito da Síndrome de Down construindo ações práticas que venham de encontro à preparação do ambiente escolar como um todo, quando da sua inclusão no ensino comum.

Palavras-chave Inclusão Responsável.

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GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

Daniel Golfieri de Oliveira

UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA

IES: Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

ORIENTADOR: PROF.Ms. Marlizete Cristina Bonafini Steinle.

ÁREA CURRICULAR: Educação Especial

JACAREZINHO

AGOSTO - 2011

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Daniel Golfieri de Oliveira

MATERIAL DIDÁTICO

Unidade Didática Pedagógica

apresentada ao Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE

Orientador: Prof. Ms. Marlizete Cristina

Bonafini Steinle.

JACAREZINHO

AGOSTO - 2011

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSOR - PDE: DANIEL GOLFIERI DE OLIVEIRA

ÁREA-PDE: EDUCAÇÃO ESPECIAL

NRE: Jacarezinho

PROFESSOR ORIENTADOR-IES: Ms. Marlizete Cristina Bonafini Steinle..

IES Vinculada: Universidade Estadual do Norte do Paraná – UENP

Escola de Implementação: Escola Especial Despertar.

Público objeto da intervenção: Professores

.

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

UNIDADE DIDÁTICA

DANIEL GOLFIERI DE OLIVEIRA

Parceria entre a Escola Especial e a

Escola Regular: Uma proposta

consciente para a Inclusão do Aluno

com Síndrome de Down no Estado do

Paraná.

______________________________________________________________________

Jacarezinho 2011

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INTRODUÇÃO

Para implementação do projeto proposto, uma das formas

encontradas foi à elaboração de uma unidade didática, com a sistematização

do tema através de textos para aprofundamento teórico, reflexões e

questionamentos sobre a Inclusão gradativa do aluno com deficiência, neste

caso específico o aluno com Síndrome de Down.

O ponto de partida para a escolha do tema foi à própria

realidade escolar, isto é, a prática cotidiana de professores e alunos, com

relação a inclusão. Considera-se assim, as dúvidas dos professores, dos

alunos, pais e as muitas situações hoje manifestadas nos diferentes modelos

de inclusão existentes no Brasil, ou seja, a inclusão parcial (defendida nessa

pesquisa) e a inclusão total que acontece na maior parte do Brasil e é

defendida pelo MEC. Enfim, às apreensões resultantes dos atuais modelos de

inclusão, que deveria ser contínua e favorecer o processo de ensino e de

aprendizagem. No entanto, tem causado mais entraves do que benefícios,

chegando a trazer transtornos.

É preciso compreender a inclusão, retomando-a

historicamente, também é importante analisar e refletir sobre as práticas

pedagógicas através do aprofundamento teórico. É necessário propor uma

ação de intervenção que avance na direção de uma escola que dê conta do

seu papel de ensinar respeitando as individualidades.

O desafio está posto!

Espero contribuir com a sua forma de pensar e de agir sobre o

processo de inclusão do aluno Síndrome de Down realizado nas Escolas

Públicas do Estado do Paraná.

No entanto, para que as nossas reflexões sejam coerentes

torna-se necessário inicialmente respondermos a seguintes indagações:

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Quem é o aluno Síndrome de Down?

Quais são as experiências já existentes sobre o processo de

inclusão do Síndrome de Down nas escolas regulares?

Quais foram seus resultados?

O que é necessário para que a inclusão no Estado do

Paraná aconteça?

Justificamos a necessidades de obtermos respostas para estas

indagações parafraseando um ditado popular,

―Ninguém pode julgar aquilo que não conhece‖.

Trocando Experiências

Desde o início da década de 1990, o Brasil trouxe a tona uma

discussão nacional a cerca do processo de inclusão de alunos com

necessidades educativas especiais nas escolas de ensino regulares. Esta

discussão surgiu devido à proposta de Educação para Todos, na medida em

que a educação brasileira passou a defender que a escola contemporânea é

que deve se adaptar as necessidades de todos os alunos, favorecendo desta

forma, o processo de ensino e aprendizagem. Assim, não era mais

responsabilidade do aluno adequar-se as exigências de uma escola única e

padrão.

Diante deste contexto, a escola especial em que eu trabalho

vem conscientemente incluindo seus alunos no ensino regular. No entanto,

acreditamos que este processo precisa ampliar-se qualitativamente para que o

aluno incluso seja beneficiado por esta inclusão.

Sabemos que, a inclusão ainda é um processo muito recente

em nosso País e que estamos engatinhando, principalmente no que diz

respeito a vencer paradigmas conceituais e atitudinais que ainda enraízam

preconceito humano.

Deste modo, contribuir com a consolidação de escolas

regulares inclusivas de qualidade tornou-se o nosso desafio que, será iniciado

com as reflexões desta unidade didática.

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1 Quem é o aluno Síndrome de Down?

O aluno com Síndrome de Down é um aluno como qualquer

outro aluno que esta inserido dentro do espaço escolar, por essa razão, deve

ser tratado da mesma maneira que o aluno considerado comum, tendo seus

direitos garantido e seus deveres cobrados. Porém o que o Professor deve

sempre ter em mente é que o aluno com a Síndrome tem características

peculiares principalmente no que diz respeito ao seu processo cognitivo, fato

que exigir do professor a compreensão de que este aluno é mais lento

cognitivamente em relação aos demais alunos da sala.

Diante desta realidade, e com o objetivo de garantir ao aluno

com Síndrome de Down uma aprendizagem de qualidade que promova o seu

sucesso acadêmico e garanta a sua permanência no ensino regular, existe a

necessidade do professor fazer alterações e adaptações curriculares de acordo

com cada aluno, para que estas diferenças sejam respeitadas e minimizadas e o

aluno com Síndrome de Down consiga extrair o melhor possível do conteúdo

trabalhado.

Sabemos que cumprir com o proposto exige que o professor

conheça inicialmente quem é o seu aluno. Assim, vale esclarecer a seguinte

questão:

O que é Síndrome de Down?

A Síndrome de Down é uma condição genética apresentada

nos seres humanos que se caracteriza pela presença de um Cromossomo a

mais em uma de suas células, por isso ela também é denominada

cientificamente de Trissomia do Cromossomo 21.

Vale dizer que a Trissomia do Cromossomo 21 é um acidente

genético que ocorre geralmente ao acaso. Este acidente genético ocorre

durante a divisão celular do embrião, quando ao se formar o par vinte e um,

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acidentalmente ele se constitui em trio e não uma par. Sua causa é até o

momento desconhecida, no entanto, qualquer casal pode ter um filho com

Síndrome de Down, não importando sua raça ou condição social.

No Brasil estima-se que a incidência da Trissomia do

Cromossomo 21, seja de uma criança com Síndrome de Down a cada 600 /

700 nascimentos. A criança com a Síndrome de Down é acometida de um

atraso global no seu desenvolvimento motor e mental. Mas, pesquisas

demonstram que a criança com a Síndrome de Down quando bem estimulada,

pode alcançar bons níveis de desenvolvimento no diz respeito a sua tonicidade,

sua coordenação motora, a constituição da fala, a aprendizagem da escrita e

um bom níveis de desenvolvimento social.

É importante destacar que as pessoas com Síndrome de Down

possuem uma série de características físicas, tais como: hipotonia muscular,

língua protrusa, prega palmar única, olho amendoado com prega epicântica,

etc., que fazem com que as crianças se assemelhem entre si, além de

favorecer o diagnóstico precoce.

Mas, a verdade é que cada criança é um ser único que

responderá às oportunidades que colocarmos diante dela. Nosso papel como

pais, profissionais e sociedade como um todo, é fazer com que estas

oportunidades sejam as melhores possíveis, para que a criança com Síndrome

de Down possa aproveitar estas oportunidades e dar o melhor de si.

2 Quais são as experiências de inclusão de alunos com

Síndrome de Down no Estado do Paraná?

No Estado do Paraná, existem associações que prestam

serviço as pessoas portadoras da Síndrome de Down, dando a elas suporte

pedagógico, apoio e incentivo aos pais, além de orientações e cursos aos

professores. Tudo isso com o objetivo de oferecer um atendimento educacional

de qualidade para os alunos com a Síndrome de Down.

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A seguir apresentaremos o trabalho de algumas instituições

que alavancaram o processo de inclusão do aluno com Síndrome de Down

para o Ensino Regular.

São elas:

a) APS DOWN - A Associação de Pais e Amigos de Portadores de

Síndrome de Down.

Fundada na cidade de Londrina – Paraná, em 27 de novembro

de 1993. A APS DOWN tem por objetivos:

Promover o desenvolvimento individual e social das

pessoas com Síndrome de Down, incluindo-os na escola,

no trabalho e na sociedade; bem como, prestar apoio e

orientação aos pais, por ocasião do nascimento de

pessoas com Síndrome de Down e do seu

desenvolvimento.

Estimular estudos e pesquisas, promover cursos, sendo

agente de informação e referência sobre a Síndrome de

Down.

Manter o centro de atendimento às pessoas com Síndrome

de Down, nas áreas terapêuticas e educacionais e

programas que visem à promoção de atividades físicas e

esportivas em diversas modalidades.

Criar e manter programas que visam promover a cultura em

todos os seus segmentos como: artes plásticas, artes

cênicas, música, dança e literatura, informática.

Defender os direitos das pessoas com Síndrome de Down,

lutando para que possam exercer a cidadania junto à

sociedade.

Apoiar e subsidiar através do Centro de Educação Especial

Crescer a inclusão das pessoas com Síndrome de Down

no Ensino Regular.

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B) ASSOCIAÇÃO REVIVER DOWN.

A associação REVIVER DOWN foi fundado em 22 de maio de

1993 com o nome "Reviver Programa Down", vinculado à Associação

Metodista de Ação Social_ AMAS. A constituição desta associação foi fruto do

desejo de um pastor que havia perdido um filho com Síndrome de Down,

juntamente com a mãe de um garoto com a mesma síndrome.

Em 30 de Abril de 1996, pais e colaboradores, fortificados e

dispostos, reuniram-se e fundaram a ASSOCIAÇÃO REVIVER DOWN,

autônoma e com estatuto social próprio. Atualmente, a Reviver ocupa, em

regime de comodato, uma sala na CELC- Comunidade Evangélica Luterana de

Curitiba.

Mas, qual é a sua missão?

A sua missão é ser elo de ligação entre a família e a sociedade

para a integração e o reconhecimento da cidadania da pessoa com Síndrome

de Down.

Quais são os objetivos da associação - REVIVER DOWN?

1. INCLUSÃO: Acreditar que todos têm direitos iguais,

trabalham no sentido de buscar e garantir o direito do

Síndrome de Down de ser incluído e integrado na escola,

no trabalho, em todos os contextos de sua vida.

2. CADASTRAMENTO: Buscar o cadastramento das

pessoas com Síndrome de Down e profissionais ligados

ao seu desenvolvimento.

3. DIVULGAÇÃO: Propor a divulgação conscientizadora

a respeito da Síndrome de Down na comunidade, através

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de palestras, seminários, congressos, publicações,

documentários em vídeo, programas de TV, etc., visando

aumentar o conhecimento da sociedade sobre a

Síndrome e, conseqüentemente, diminuir o preconceito

em relação a ela.

4. PONTO DE REFERÊNCIA: Tornar-se um ponto de

referência para obtenção de informações sobre a

Síndrome de Down, bem como, ponto de orientações e

encaminhamentos a profissionais, além de propiciar troca

de experiências entre pessoas com Síndrome de Down e

entre seus pais.

5. INCENTIVO: Incentivar à formação, capacitação e

atualização dos profissionais das áreas relacionadas à

Síndrome de Down;

6. PROMOÇÃO: Promover a melhoria da qualidade de

ensino para a pessoa com Síndrome de Down;

7. INCENTIVO À HABILITAÇÃO E ADEQUAÇÃO:

Preparar a pessoa Down para o mercado de trabalho;

8. FISCALIZAÇÃO: Fiscalizar as medidas legislativas

visando a adequação à realidade da sociedade atual e o

cumprimento das mesmas.

c) APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

As APAES fundadas no Brasil no inicia de 1960, por pais e

amigos das pessoas com deficiência mental, sempre se preocupou com o

desenvolvimento e a aprendizagem de seus alunos, podendo ser estas

aprendizagens ora referentes ao processo de escolarização, ora referentes às

habilidades pessoais e ora a sua inserção no mercado de trabalho.

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Diante destes propósitos, em nenhum momento as APAES

deixaram de reconhecer e de efetivar o processo de inclusão de seus alunos a

sociedade, sendo este processo tanto no sistema regular de ensino, como no

mercado de trabalho competitivo.

Vale destacar que os alunos das APAES são alunos que

possuem diagnóstico de deficiência intelectual, independente de ser ele

Síndrome de Down ou não.

Na tentativa de cumprir com o proposto as APAES possuem os

seguintes objetivos:

Promover a melhoria da qualidade de vida das

pessoas com deficiência, buscando assegurar-lhes o

pleno exercício da cidadania;

Coordenar e executar na sua área de jurisdição, os

objetivos, programas e a política da Federação das

APAEs do Estado e da Federação Nacional das APAEs,

promovendo, assegurando e defendendo o progresso, o

prestígio, a credibilidade e a unidade orgânica e filosófica

do movimento Apaeano;

Atuar na definição da política municipal, regional e

estadual de atendimento à pessoa com deficiência, em

consonância com a política adotada pela Federação

Nacional e pela Federação das APAEs do Estado,

coordenando e fiscalizando sua execução;

Articular, junto aos poderes públicos e entidades

privadas, políticas que assegurem o pleno exercício dos

direitos da pessoa com deficiência e com outras entidades

municipais, regionais e estaduais que defendam a causa

da pessoa portadora de deficiência em qualquer de seus

aspectos;

Encarregar-se, em âmbito municipal, regional e

estadual , da divulgação de informações sobre assuntos

referentes à pessoa com deficiência, incentivando a

publicação de trabalhos e de obras especializadas;

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Compilar e/ou divulgar as normas legais e

regulamentares federais, estaduais e municipais relativas

à pessoa com deficiência , promovendo a ação dos

órgãos competentes no sentido do cumprimento e

aperfeiçoamento da legislação;

Promover e/ou estimular a realização de estatística,

estudos e pesquisas em relação à causa da pessoa com

deficiência, propiciando o avanço científico e a

permanente formação e capacitação dos profissionais e

voluntários na APAE.

Promover e/ou estimular a realização de programas

de atendimento à pessoa com deficiência, desde os de

prevenção até os de amparo ao idoso;

Estimular, apoiar e defender o desenvolvimento

permanente dos serviços prestados pela APAE, impondo

– se a observância dos mais rígidos padrões de ética e de

eficiência, de acordo com o conceito do Movimento

Apaeano;

Divulgar no município as experiências apaeanas;

Prestar serviços gratuitos, permanentes e sem

qualquer discriminação de clientela, na área de deficiência

mental e outras, desde que contempladas na proposta

pedagógica da escola de educação especial, àqueles que

deles necessitarem;

Desenvolver política de autodefensores, garantindo a

sua participação efetiva em todos os eventos e níveis do

Movimento Apaeano.

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D) ESCOLA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL DESPERTAR.

HISTÓRICO:

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Ribeirão do Pinhal,

foi fundada em 22 de maio de 1.987, por um grupo de pessoas sob a

coordenação da Sr.ª Sueli Maria da Cruz Ribeiro, que, sentiu a necessidade de

atendimento específico ao Portador de Deficiência Mental, o que proporcionam,

o estímulo necessário ao desenvolvimento de suas potencialidades como

elemento de auto realização e qualificação para o trabalho, visando sua

integração à comunidade, independente de credo político, social e religioso.

A APAE, foi mantenedora do Centro de Recuperação e Orientação da

Criança Excepcional ―CROCE II‖ desde o dia 05 de outubro de 1.987, iniciando

nesta data o atendimento ao Deficiente Mental, em 2 salas cedidas pelo Posto

de Saúde do Município, atendendo nesta época 17 alunos.

Em 1.988, tivemos a sede própria, com o terreno e o prédio (contudo 4

salas de aula, 1 secretaria, 2 banheiros e 1 refeitório) doados pela Prefeitura

Municipal, cujo prefeito era o Sr. Ademar Gonçalves Corrêa, que muito

contribuiu, para estruturação da sede da APAE.

Em 1.989, com o crescente número de alunos, alugamos 2 casas para

prestar o atendimento necessário aos nossos alunos, sendo que na sede,

atendíamos o escolar e pré-escolar, na casa da rua Abel Amaral dos Santos,

os de Educação Precoce, Maternal e Fisioterapia e na Avenida Silveira Pinto,

os alunos do profissionalizante época em que, prefeito Sr. Jonas Carvalho Neto

e vereadores sensibilizados com as dificuldades, que enfrentávamos, fizeram a

doação de um terreno com 5.000m2, o qual permutamos com o Sr. Admir

Ribeiro por um outro mais plano, medindo 8.317,2 m2, sendo que a diferença

de preço entre os terrenos foi também doação do Sr. Admir Ribeiro. Em 1.990,

fizemos o lançamento da pedra fundamental. Em 1.991, iniciamos a construção

do prédio onde funciona hoje a escola mantida pela APAE, ou seja, o Centro de

Recuperação e Orientação da Criança Excepcional ―CROCE II‖.

Com o objetivo de adequar-se à nova Lei de Diretrizes e Base da

Educação Nacional (Lei 9.394/96) conforme resolução 3.120/98 e Deliberação

003/98 do Conselho Estadual de Educação, o nome da Escola mantida pela

APAE, deixou de ser CROCE II e, a partir de 2.000, passou a chamar-se

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―Escola de Educação Especial Despertar‖, nome escolhido por votação entre

todos os funcionários e alunos desta Entidade e aprovado em Assembléia

Geral.

Hoje a Escola conta com 104 educandos, de ambos os sexos, de 00 à

idade adulta.

Os objetivos propostos por esta escola são:

Desenvolver os sub-programas de forma integrada, sem a

prevalência de um sobre o outro, utilizando-se de todos os

meios e recursos disponíveis para o alcance das ações de

caráter sócio-educativo.

Resgatar a pessoa enquanto membro da sociedade,

preparando-a para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.

Proporcionar atendimento educacional e de reabilitação à

pessoa portadora de deficiência mental, com fins de

desenvolver suas potencialidades e tornar-se uma pessoa

produtiva e integrada ao seu meio familiar e social.

Proporcionar atenção integral à criança e ao adolescente,

através da construção de uma filosofia e linha-

metodológica interdisciplinar.

Orientar pais e outros familiares, a fim de que possam

integrar-se e colaborar ativamente no processo de

educação-reabilitação do indivíduo.

Informar e esclarecer a sociedade em geral, quanto às

questões inerentes às pessoas portadoras de deficiência

mental e à parcela que lhe coube no processo de

educação-reabilitação dessas pessoas.

Conceder estágios a estudantes e profissionais de áreas

afins a educação e reabilitação da pessoa portadora de

deficiência mental em conformidade com exposto no

Regulamento de Estágio da Escola de Educação Especial

―Despertar‖.

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Com relação ao setor clinico seus objetivos são:

Promover o bem-estar social e o ajustamento das

pessoas com deficiência mental através da ação

integrada de natureza bio-psico-social.

Prestar atendimento técnico, abrangendo as áreas

de Pedagogia, Psicologia, Serviço Social, Terapia

Ocupacional, Fonoaudióloga, Fisioterapia e

Medicina, às pessoas com deficiência mental e

outras.

Desenvolver atividades de estimulação sensorial e

psicomotora, realizada por equipe multiprofissional,

visando à reeducação das funções cognitivas e

sensoriais.

Realizar atendimentos clínicos, individuais ou em

grupo, para avaliação, estimulação e/ou orientação,

relacionadas ao desenvolvimento da pessoa com

deficiência.

Com relação aos projetos sociais a Escola de Educação

Especial Despertar possui as seguintes ações junto a sua comunidade:

Estabelecer ações visando orientações sócio-

educativas junto às pessoas com deficiência e seus

familiares, levando-os a conhecer, buscar seus

direitos e exercer sua cidadania.

Favorecer o fortalecimento das relações e vínculos

familiares e comunitários.

Identificar a problemática social da pessoa com

deficiência mental e efetuar os encaminhamentos

para a rede de serviços.

Formar multiplicadores junto à comunidade, de

elementos que promovam a inclusão social e a

defesa dos direitos da pessoa com deficiência.

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Estimular a participação de familiares ou

responsáveis em cursos de capacitação.

Diante do exposto anteriormente, e possível verificar que o processo de

inclusão já e uma bandeira levantada há muito tempo pelas escolas especiais e

pelas associações que atendem as pessoas com necessidades educativas

especiais. A legislação regulamentada na década de 1990, só fez com que a

sociedade voltasse seu olhar para este fato.

Deste modo, considera-se urgente a integração entre as escolas

especiais e as escolas regulares, para que possam ajustar cada vez mais o

processo de inclusão tornando-o uma ação viável para o aluno incluso.

3 Como a inclusão vem acontecendo no Estado do Paraná?

Vale destacar que atualmente a educação brasileira caminha

rapidamente para a consolidação de uma escola inclusiva total, mas, como

vivemos em um momento de transição, ao mesmo tempo em que se aposta na

inclusão total, encontramos práticas pedagógicas que muitas vezes levam ao

isolamento e a marginalização da pessoa com deficiência.

Sabe-se que este dualismo de sentimentos e intenções se

justifica por diversas causas, sendo elas em função da falta de preparo

profissional, falta de recursos financeiros necessários as adaptações físicas e

de materiais nas escolas; planejamento educacional, etc.

No entanto, entendemos que ficar enumerando as dificuldades

existentes para a consolidação da inclusão não é a solução. É claro que

reconhecemos que identificá-las é um dos caminhos necessários. Diante deste

fato, o Estado do Paraná vem buscando a efetivação de uma Inclusão com

responsabilidade, onde primasse pelo respeito e reconhecimento dias

diferenças individuais dos alunos, portanto, uma inclusão real.

Deste modo, reconhece a necessidade da oferta e manutenção

de uma ―Rede de Apoio” para o processo de inclusão escolar, sendo esta

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composta por serviços apropriados, a fim de garantir que a inclusão seja

possível a todas as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência.

Mas você sabe o que é rede de Apoio?

A rede de apoio constitui um conjunto de serviços, ofertados

pela escola e comunidade em geral, para dar respostas educativas às

dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos com necessidades

educacionais especiais.

Os Serviços e apoios especializados se destinam ao

atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes

de:

Deficiência mental, visual, física neuromotora e surdez.

Condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos,

psicológicos graves e psiquiátricos.

Altas habilidades / superdotação.

Os serviços de apoio pedagógico especializado se realizam no

contexto da sala de aula, ou em contra turno, por meio da oferta de recursos

humanos, técnicos, tecnológicos, físicos e materiais e têm por objetivo

possibilitar o acesso e a complementação do currículo comum ao aluno.

A seguir destacaremos alguns serviços de apoio pedagógico

especializado ofertado pela SEED/DEE, no contexto regular de ensino.

Profissional intérprete de libras/língua portuguesa para

surdos.

Instrutor surdo de libras.

Professor de apoio permanente para alunos com

deficiência física neuromotora, com graves

comprometimentos na comunicação e locomoção.

Sala de Recursos para alunos com deficiência mental,

distúrbios de aprendizagem e altas habilidades e

superdotação, matriculados no Ensino Fundamental.55

Educação Especial

Centro de Atendimento Especializado (CAE), nas áreas

da surdez e deficiência visual.

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Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às

pessoas com deficiência visual (CAP).

Classes de educação bilíngüe para surdos, matriculados

nas séries iniciais, denominadas Programa de

escolaridade regular com atendimento especializado

(Perae).

Classe especial para alunos com deficiência mental e

condutas típicas.

Escolas Especiais.

Classes hospitalares.

Atendimento domiciliar.

Diante do exposto ate agora acreditamos que a inclusão do

aluno com necessidades educativas especiais seja um sonho sonhado por

muitos, no entanto, executado por poucos. Acreditamos que este sonho se

torna um desafio maior a ser conquistado principalmente quando nos

reportamos ao aluno com deficiência intelectual, que no caso desta produção

didática tem o seu foco para o Síndrome de Down.

Acreditamos que o primeiro passa para amenizar as

dificuldades e as impossibilidades deste caminho, e a escola e sua equipe

escolar compreender que o Síndrome de Down, como qualquer outro aluno

com deficiência intelectual aprende, porém, aprende do seu jeito e no seu

tempo.

A escola contemporânea precisa rever seus paradigmas, tanto

de quem aprende, como de quem ensina.

O desafio esta posto!

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