18

FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias
Page 2: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: GRUPOS DE ESTUDOS – TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Autor ELSIRA TERESINHA CALGAROTTO RITTER

Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO- ENS.FUND/MÉDIO

Município da escola VERE

Núcleo Regional de Educação FRANCISCO BELTRÃO

Orientadora DANIELA DE MAMAN

Instituição de Ensino Superior UNIOESTE- CAMPUS – FCO. BELTRÃO

Disciplina/Área (entrada no PDE) PEDAGOGIA

Produção Didático-pedagógica UNIDADE DIDÁTICA

Relação Interdisciplinar -

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

PROFESSORES, DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGOGICA

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

COLEGIO ESTADUAL ARNALDO BUSATO- ENS.FUND/MEDIO

RUA: PIONEIRO ANTONIO FABIANE S/N - VERE

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman,tamanho 12 e espaçamento simples)

Palavras-chaves

A discussão sobre as implicações das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, partiu da necessidade de um estudo aprofundado sobre o uso dos recursos tecnológicos pelo professor como material didático. Nesta perspectiva qual é realmente as contribuições que os recursos desempenham para auxiliar o professor em suas atividades na sala de aula. Este estudo objetiva a investigar o potencial didático dos recursos tecnológicos na prática docente.Discutir a importância das tecnologias no contexto escolar, evidenciando a aproximação da escola com a realidade social atual. Incentivar os professores quanto à possibilidade de modificar sua metodologia. Faz parte dessa Unidade Didática, grupo de estudos para apresentar e discutir leituras bibliográficas com informações sobre o assunto pesquisado e alternativas metodológicas para cada área do conhecimento.

Professor, tecnologia, ensino e aprendizagem

Page 3: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Título: GRUPOS DE ESTUDOS – TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Professora PDE: Elsira Teresinha Calgarotto Ritter

Área PDE: Pedagogia

NRE: Francisco Beltrão

Professora Orientadora: Ms. Daniela De Maman

IES vinculada: UNIOESTE

Escola de Implementação: Colégio E. Arnaldo Busato – Ens.Fund/ e Méd – Verê, Paraná

Público Objeto da Implementação : Professores, Equipe Pedagógica e Direção

Época de Implementação: agosto a dezembro de 2011

Carga Horária: 24 horas

Page 4: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

2 JUSTIFICATIVA

A discussão sobre as implicações das tecnologias no processo de ensino e

aprendizagem na sala de aula partiu da necessidade de um estudo aprofundado

sobre o trabalho do professor no uso dos recursos como material didático

pedagógico. Vive-se em um período de mudança cultural, no qual a tecnologia está

presente em todos os segmentos da sociedade. Nesta perspectiva, realmente que

contribuições os recursos tecnológicos desempenham para auxiliar o professor em

suas atividades na sala de aula.

Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização

das tecnologias em relação aos conteúdos. A observação dos recursos utilizados

pelos professores em sala de aula realizou-se no primeiro semestre de 2011, no

Colégio Estadual Arnaldo Busato, de Verê, Paraná. Faz parte também do estudo a

Unidade Didática para discutir as questões observadas na 1ª, 2ª e 3ª séries, e

análise das leituras teóricas sobre o assunto.

Observou-se que trabalhar os conteúdos com imagens é diferente de

trabalhar com textos escritos, lousa, livros etc. No conteúdo visual, estão presentes

sons, palavras, cor, movimento, narração que possibilitam o aluno e ao professor

lidar com o processo de ensino e aprendizagem de maneira dinâmica e

contextualizada.

Page 5: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Investigar o potencial didático dos recursos tecnológicos na prática

docente.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar metodologias para a prática docente, objetivando fortalecer o

uso das tecnologias como recurso didático.

Discutir a importância das tecnologias no contexto escolar, evidenciando a

aproximação da escola com a realidade social atual.

Incentivar os docentes quanto à possibilidade de modificar sua

metodologia de transmissão dos conteúdos através do uso das tecnologias.

Page 6: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

4 PROPOSTA DE ATIVIDADES

1ª ETAPA:

ATIVIDADES:

Apresentação do Projeto de Implementação na Semana Pedagógica.

Encontro para a apresentação da produção didática pedagógica –Unidade

Didática e definição de ações.

Nesta mesma ocasião realizar um levantamento para definir número de

participantes, dias dos grupos de estudo e horários.

Análise da observação.

2ª ETAPA:

ATIVIDADES:

Grupo de Estudos -1º, 2º, 3º e 4º encontros.

Estratégia de Ação:

Utilizando a pesquisa bibliográfica discutir a inserção das tecnologias na

organização do trabalho pedagógico.

3ª ETAPA:

ATIVIDADES:

Encontro para apresentação e análise dos estudos sobre as implicações

dos recursos tecnológicos em sala de aula e avaliação final.

Estratégia de Ação:

Apresentação das possibilidades didático - pedagógicos utilizando os

recursos tecnológicos.

Page 7: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

6

Utilizando a metodologia levantamento de dados, buscar junto a

Secretaria da Escola resultados avaliativos das turmas pesquisadas que usam os

recursos para analisar o rendimento escolar.

Definir possíveis encaminhamentos a serem implementados ao Projeto

Político Pedagógico e ao Plano de Ação da Escola referente à utilização das

tecnologias.

Page 8: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

5 AVALIAÇÃO

A avaliação tem por objetivo, analisar o uso dos recursos tecnológicos na

prática docente em sala de aula, e a partir dessa reflexão, sugerir ações para o uso

desses recursos na organização metodológica.

CRITÉRIOS:

Participação durante a realização dos encontros.

O público-alvo sabe lidar com os recursos tecnológicos em suas

atividades.

Após o estudo realizado qual a opinião do grupo sobre as tecnologias.

INSTRUMENTOS:

ORAIS:

Apresentação com slides da Intervenção.

Leitura de textos da pesquisa do referencial teórico sobre os recursos

tecnológicos e suas contribuições.

Debate sobre o tema.

ESCRITO:

Trabalho em grupo.

Page 9: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

Grupos de Estudos - Tecnologias Educacionais Texto nº 01 – Idéias elaboradas a partir dos pressupostos de Pocho (2003) Professora PDE: Elsira T. C. Ritter

COMEÇO DE CONVERSA

A introdução de forma sistematizada da temática sobre tecnologias na escola brasileira, iniciada a partir dos anos 1960, pode ajudar a explicar porque se iniciou sobre esse tema, discursos preconceituosos no meio educacional. A proposta de levar no que se refere a sua utilização como recurso didático para a sala de aula “qualquer” novo equipamento tecnológico que a sociedade industrial vinha produzindo de modo cada vez mais acelerado foi, no Brasil, que derivou de um contexto político- econômico, cujos, objetivos eram de inserir o país no mercado econômico mundial como produtor e consumidor de bens, em uma perspectiva de um desenvolvimento associado ao capital estrangeiro. Com o crescimento de um pensamento educacional mais critico a partir dos anos 1980, a tecnologia educacional passou a ser compreendida, não como algo intruso no meio educacional mas sim como opção de se proporcionar ao processo de ensino com as questões sociais e suas contradições, visando um desenvolvimento integral do homem e sua inserção crítica no mundo em que vive, apontando que não basta utilizar tecnologia, é necessário inovar em termos de prática pedagógica. A questão para o sistema educacional é a construção de um projeto pedagógico que permita a formação de cidadãos com conhecimentos e esse Projeto Pedagógico precisa ter por meta inserir instrumentos tecnológicos de forma adequada ao ensino para então proporcionar aos professores e alunos uma relação qualitativa sobre o que se espera do instrumento tecnológico para desenvolver o conteúdo. Acreditamos que ao trabalhar com os recursos tecnológicos, o professor estará criando condições para que o aluno, em contato com as tecnologias da/na escola, consiga lidar com esses recursos, e apropriando-se deles e também será facilitado na medida em que o professor dominar as tecnologias ou seja , para que e por que utilizá-las, como utilizá-las de acordo com suas características e como integrá-las ao processo educativo. Pocho (2003) propõe a utilização das tecnologias na sala de aula por ser fruto da produção humana, parte da sociedade e, como tal, como todas as tecnologias criadas pelo homem, como a escrita, por exemplo, devem ter acesso democratizado, sendo desmistificadas. Os alunos devem ser educados para o domínio do manuseio da criação e interpretação de novas linguagens e formas de expressão e comunicação, para irem se constituindo em sujeitos responsáveis pela produção do conhecimento visto como não estático dado ou acabado, mas sim provisório, histórico, socialmente marcado, em construção constante e, tal como a realidade, dinâmico, diverso e mutável. O uso das tecnologias não objetiva em si mesma mas, um recurso no processo de ensinar e aprender para alcançar os fins planejados. Vivenciar novas formas de ensinar e aprender incorporando as tecnologias requer cuidado com a formação inicial e continuada do professor. Considerando que as tecnologias merecem estar presente no cotidiano, primeiramente porque estão presentes na vida dos alunos e professores e, além disso, de acordo com Pocho (2003,p.15) estão para: Diversificar as formas de

Page 10: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

9

produzir e apropriar-se do conhecimento; Serem estudadas, como objeto e como meio de se chegar ao conhecimento; Permitir aos alunos, através da utilização da diversidade de meios, familiarizar-se com a gama de recursos existentes; Serem desmistificadas e democratizadas; Dinamizar o trabalho pedagógico; Desenvolver a leitura crítica; Ser parte integrante do processo que permite a expressão e troca dos diferentes saberes. Para tanto o professor deve ter clareza do papel que as tecnologias desempenham como instrumentos que ajudam a construir a maneira do aluno pensar, encarar o mundo e aprender a lidar com elas como ferramentas de trabalho. A escola tem um papel fundamental de garantir que a cultura, a ciência e a técnica não seja propriedade exclusiva das classes dominantes, desmistificando a linguagem tecnológica e iniciando com seus alunos no domínio de seu manuseio, interpretação, criação e recriação desta linguagem. Assim surge o questionamento que substitui o preconceito de décadas anteriores: O que a educação tem a ver com a tecnologia? [...] julgamos que a educação tem a ver com a tecnologia justamente porque o avanço tecnológico ainda não chegou para todos, não tendo uma grande parte das pessoas ainda acesso do conhecimento sobre ele. Logo, cabendo a escola agir com e sobre as tecnologias. Pocho (2003, p.16). Sabemos que os seres humanos aprendem a interpretar o mundo a partir da lógica que possuem, construída através de suas experiências, do que aprendem a perceber observar, conviver. Uma vez que os meios de comunicação e as tecnologias em geral influenciam os modos dos grupos se relacionarem com o conhecimento e até a sua forma de ver, ler e sentir, a escola os professores e todos os que fazem parte da educação, desempenham um papel que deve contribuir para que os alunos tenham uma visão do mundo como um todo. E essa interação pode ser compreendida através dos recursos tecnológicos. Referência: POCHO, Claúdia Lopes. Tecnologia Educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Ligia Silvia Leite (coord.) Petrópolis. RJ: Vozes, 2003

Page 11: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

10

Grupos de Estudos - Tecnologias Educacionais

Texto nº02 – Idéias Elaboradas a partir dos pressupostos de PERRENOUD (2002).

Professora PDE: Elsira T. C. Ritter

DA REFLEXÃO NA ESSÊNCIA DA AÇÃO A UMA PRÁTICA REFLEXIVA

Partindo do pressuposto de que refletir sobre a prática pedagógica é um

exercício fundamental da ação docente Perrenoud (2002) diz que não há ação

complexa sem a reflexão durante o processo. A prática reflexiva pode ser entendida,

no sentido mais comum da palavra, como a reflexão acerca da situação, dos

objetivos, dos meios, do lugar, das operações envolvidas, dos resultados provisórios,

da evolução previsível do sistema de ação.Refletir durante a ação é se perguntar o

que está acontecendo, ou que vai acontecer, o que podemos fazer, qual a melhor

tática,que desvios e precauções temos a questionar, que riscos corremos etc.

Refletir sobre a ação já é algo diferente. Tomemos nossa própria ação como objeto

de reflexão,seja para compará-la como um módulo prescritivo, o que poderíamos ou

deveríamos ter feito, o que outro profissional teria feito, seja para explicá-la ou

criticá-la. [...] Portanto reflexão não se limita a uma evocação, mas passa por uma

crítica, por uma análise, por uma relação com as regras, teorias ou outras ações,

imaginadas ou realizadas em uma situação análoga (p. 31-32).

Partimos do pressuposto de que a idéia de reflexão na ação e sobre a ação

está ligada à nossa experiência do mundo. Entretanto, nem sempre o sentido

dessas expressões é transparente para nós. É evidente que o ser humano pense

constantemente no que faz, antes, durante e depois de suas ações. No entanto será

que isso o transforma em um profissional reflexivo? E de forma mais detalha sobre

as diferentes características da reflexão Perrenoud (2002) aponta diferentes sentidos

sobre a reflexão necessária ao profissional reflexivo e seu envolvimento pessoal e

com a realidade numa prática reflexiva na, para e sobre a ação, ou seja a ação

pausada antes,durante e depois de sua concretização.

Deste modo podemos afirmar que a reflexão na ação é fundamental por parte

do profissional, porque proporciona a retomada de uma prática verdadeira e eficaz,

capaz de alcançar as metas propostas. Entretanto para que essa prática reflexiva

Page 12: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

11

possa acontecer é necessário que bom senso seja cotidiano e oriente ação de

refletir e agir do professor que está pretendendo rever e refazer seu exercício

constante de transmitir ou orientar conhecimentos para seus alunos. Para Perrenoud

(2002), a capacidade de teorizar a própria prática tem relação em primeiro lugar,

com a capacidade de atuar e perceber as próprias disfunções.

É ainda reflexão na ação que ocorrem as interações com a experiência cotidiana

do professor, ou seja, onde a teoria é relacionada a sua experiência prática sobre o

processo de ensino..Ao afastar a teoria da prática ou a prática da teoria, o

profissional é isolado de sua capacidade de atuar de forma consciente, é

impossibilitado de compreender as condições que o determina é evitado da

possibilidade de reconstruir suas atividades inserido na realidade, ou seja de pensar

sobre a ação pedagógica, de compreender a estrutura da escola.

Mas para além da caracterização anterior Perrenoud (2002) aponta para outro tipo

de reflexão, reflexão sobre a ação, apresenta-se com sentido retrospectivo, uma vez

que provoca no professor, uma análise de sua ação desenvolvida procurando

despertar em si próprio a fim de que caso a ação se repita o professor já tem

consciência de que será necessário fazer, ou como agir. A reflexão sobre ação

provoca no professor questionamentos onde permeiam a ação que ele desenvolveu

onde ele busca conhecer os resultados que sua ação proporcionou comparando-os

com os resultados esperados, compreendendo assim, os significados que sua ação

tem ou que ela deveria ter. “A reflexão sobre os sistemas de ação interroga os

fundamentos racionais da ação onde, inclui informações disponíveis, seu tratamento,

os saberes e os métodos nos quais ela se baseia”, e bem como os pontos fracos e

inconscientes da ação que retrata“ conhecimentos ultrapassados, insuficientes ou

indisponíveis na memória do trabalho, informações incompletas ou tendenciosas”

((Perrenoud, 2002, p.37).Contudo a reflexão do professor tem que ser vista não

apenas de numa perspectiva isolada, mas inserida em sistemas sociais e na relação

com os outros, pois a reflexão isolada “ torna-se cada vez mais difícil devido a

fragilidade de uma parte de habitus aos olhos do ator, bem como a suas

ambivalências, diante da tomada de consciência.(Perrenoud, 2002 p.40).

Pode-se sustentar a concepção de que a reflexão aponta para uma atividade feita

pelo sujeito, mas inserida num contexto coletivo e atendendo as próprias relações

interpessoais. Por outro lado, a reflexão deverá ser de forma sistemática se

Page 13: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

12

pretendemos a tomada de consciência e as mudanças de práticas nas atividades. O

mesmo autor faz referência, sobre a formação continuada ,pois ela deve apostar “

claramente uma prática reflexiva em vez de limitar-se a ser uma atualização dos

saberes disciplinares, didáticos ou tecnológicos.Para ele a prática reflexiva deve ser

transversal no processo formativo, independentemente de uma formação em outra

área em questão

Considera essencial que esse processo sejas iniciado no âmbito de formação

inicial e que ao nível da formação continuada se possa recorrer a “formação

totalmente dedicadas à análise de práticas e ao procedimento clínico de formação”.

No mesmo contexto, a formação do professor para o uso dos recursos tecnológicos

na educação, não deve envolver aspectos teóricos, práticos e metodológicos, bem

como ter por meta a qualidade do ensino e atualização profissional e pedagógica.

Assim cada sujeito, ou profissional de educação reflete de modo espontâneo

sobre a prática. Um professor “reflexivo” não pára de refletir a partir do momento em

que consegui sobreviver em uma sala de aula, no momento que consegue entender

melhor sua tarefa e em que sua angustia diminuiu. Ele continua progredindo,

conquistando métodos e ferramentas conceituais baseados em diversos saberes.

Essa reflexão constrói novos conhecimentos, os quais com certeza são revestidos

de ações.

Referência:

PERRENOUD, Philippe. A Prática Reflexiva no Ofício do Professor:

profissionalização e razão pedagógica. Trad. Claúdia Schiling. – Porto Alegre:

Artmed Editora, 2002.

Page 14: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

13

Grupos de Estudos - Tecnologias Educacionais TEXTO Nº 03- Idéias Elaboradas a partir dos pressupostos de SANCHO (2006) Professora PDE 2010: Elsira T.C. Ritter DE TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO A RECURSOS EDUCATIVOS.

Neste capítulo Sancho (2006) faz um resgate da sua vida profissional e a interação com os computadores e com as concepções atuais de ensino e aprendizagem. A autora apresenta e reflete sobre a necessidade de os professores, equipe pedagógica, diretores, especialistas em educação, reverem sua maneira de entender como se ensina e como se aprendem com os alunos do cotidiano escolar, pois isso é primordial para que se possa planejar e por em prática propostas educativas. Sabe-se que o uso das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, por si só sem a capacitação e qualificação dos profissionais é incapaz de melhorar a qualidade de ensino. Sancho (2006 sucinta também questionamentos que se fazem presentes na prática pedagógica mediante a aplicação de instrumentos tecnológicos na realidade de nossas escolas. 1 - Por que apesar da existência de formação específica no uso dos recursos tecnológicos nas aulas, na maioria dos países, sua presença costuma ser insuficiente? 2 – O que é necessário mudar na política educacional e nas escolas para que os professores e alunos possam se beneficiar com as tecnologias? Descreve ainda as etapas de um projeto de pesquisa europeu chamada dos 7 Axiomas para a prática de implementação das tecnologias propostas por (McClintock, 2002) que são:

.Infra-estrutura tecnológica adequada. Nossa escola conta com condições

mínimas necessárias para poder proporcionar um ambiente educativo que

fomente os processos de aprendizagem de todo os alunos. A escola precisa

contar com uma infra-estrutura que lhe permita converter as tecnologias em

uma potente ferramenta educativa;

Utilização dos novos meios nos processos de ensino e aprendizagem.

A escola deve integrar os novos meios para todos os alunos em todos os

aspectos do currículo. Se a idéia é considerar as tecnologias meios

privilegiados de ensino, é preciso revisar as visões sobre o currículo, assim

como nossas convicções sobre como propiciar os melhores processos de

ensino e aprendizagem;

Enfoque construtivista da gestão. O estabelecimento de um sistema efetivo

de tratamento e acesso a informação e à comunicação entre a direção, os

professores, os alunos e as famílias se configuram como um passo

Page 15: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

14

fundamental para que a comunidade educativa como um todo se beneficie

das tecnologias e as utilize paulatinamente nos processos de ensino e

aprendizagem;

Investimento na capacidade do aluno em adquiri sua própria educação.

As escolas devem planejar a utilização dos recursos tecnológicos como um

investimento na capacidade dos alunos de adquirir sua própria educação.

Como a nossa escola está contribuindo para o desenvolvimento da

autonomia pessoal, emocional, e intelectual dos seus alunos;

Impossibilidade de prever os resultados de aprendizagem. Os

educadores devem abandonar suas conclusões de que se pode prever o que

terá aprendido um bom estudante como resultado de uma experiência

educativa. A tendência de se estabelecer metas de ensino como objetivos de

conduta e não como finalidades de processo, unidas aos sistemas de

avaliação baseados em provas de papel e caneta, em que se pede ao aluno

que repita dados conceitos e definições previamente memorizados ou

compreendidos, criou entre os professores e comunidade educativa a ilusão

que é possível prever o que deve ter aprendido um bom estudante como

resultado de uma experiência educativa;

Ampliação do conceito de interação docente. As salas de aula devem

tornar-se lugares em que os estudantes e professores se comunicam de

forma interativa entre si, e com especialistas e companheiros na localidade,

na cultura no globo. Ampliar a dimensão e o significado da interação docente

implica repensar os sistemas organizativos e simbólicos do ensino e criar e

colocar em prática ambiente diversificados de aprendizagem na escola;

Questionar o senso pedagógico comum. - É imprescindível uma profunda

revisão e o questionamento das convicções pedagógicas relativas ao que é e

não é “uma idéia apropriada” para aprender, quem pode realizar escolhas

pedagógicas válidas e como deve funcionar o controle do processo

educacional.

Assim dentre outras ações o de explorar essas questões decorrentes do processo de ensino mediante a utilização de recursos tecnológicos forma individual ou coletiva, pode possibilitar os professores especialistas em educação e todos os sujeitos envolvidos com a escola a situarem e entenderem as problemáticas

Page 16: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

15

educacionais relacionadas ao uso tecnologia e ainda construir elementos de análise para a tomada de decisões quanto às necessidades de formação, condições de trabalho e recursos necessários para uma integração com as tecnologias. Assim Sancho (2006) afirma que [...] o estudo, a experimentação e a exploração da informação, em qualquer área do currículo escolar, melhora imediatamente a motivação, o rendimento, as capacidades cognitivas dos alunos. No entanto à autora propõe que essas tecnologias sejam mediadas por uma metodologia adequada afim de que não se torne apenas uma maneira de continuar com as antigas práticas de ensino enraíza das na reprodução do ensino e encoberta pela tecnologia. Sancho propõe que cada escola desenvolva um conjunto de estratégias para promover as mudanças fundamentais nas perspectivas do seu currículo e dos professores sobre:

O que significa ensinar nos dias de hoje?

Qual a nossa visão sobre a infância e adolescência?

A integração com os docentes?

O papel dos professores e dos alunos no processo de ensino e

aprendizagem.

O que se entende por conhecimento escolar?

A melhor maneira de administrar o tempo e o espaço.

O papel das diferentes linguagens textual, visual, audiovisual, informática

etc., no ensino e aprendizagem e no acesso ao conhecimento.

Deste modo o desafio esta em fazer que os profissionais da educação possam estar mudando a sua maneira de conceber as novas metodologias e por em prática em suas atividades ao descobrir uma nova ferramenta, pois, as tecnologias não são neutras, estão sendo desenvolvidas e utilizadas em um mundo cheio de valores e interesse. Referência:

SANCHO, Juana Maria et al. Tecnologias para Transformar a Educação.

Tradução: Valério Campo. Porto Alegre:Artmed ,2006.

Page 17: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

16

Grupos de Estudos sobre Tecnologia Educacional Texto nº 04- Idéias elaboradas a partir dos Pressupostos de SANDHOLTZ, (1997) Professora PDE: Elsira T. C. Ritter.

A EVEOLUÇÃO DA INSTRUÇÃO EM SALA DE AULA RICAS EM TECNOLOGIA.

A partir da introdução das tecnologias nas Escolas Americanas, Sandholtz,

descreve uma experiência na qual denomina de “Salas de aula Ricas em

Tecnologias” O Projeto ACOT tinha como objetivo geral “ criar diferentes formas de

ensino e aprendizagem com ajuda dos recursos tecnológicos, e não fazer com que a

tecnologia determinasse o que deveria ser aprendido ou deveria ensinar. "

Sandholtz (1997) narra um processo de transição através de passos graduais,

baseados em treinamentos, atividades e apoio necessários para ajudar os

professores na adoção e experiência e conforme Sandholtz (1997) durante a

experiência os professores vivem os “estágios da preocupação e gerenciamento da

sala de aula.” Tais estágios podem ser resumidos da seguinte maneira: 1.1 -

Exposição – nesse estágio os professores estão preocupados com as máquinas e

centrados em si próprios a familiarização. Eles gastam grande parcela do tempo,

reagindo aos problemas em vez de antecipá-los e evitá-los; 1.2 - Adaptação - é

durante esse estágio que professores revelam o domínio das tecnologias em sua

prática de ensino sobre os alunos e colocam ênfase nos recursos de modo

vantajoso para administrar a sala de aula; 1.3 - Apropriação e 1.4 - Inovação –

nestes dois últimos estágios, as preocupações dos professores,em coordenar

diminui e na medida em que são introduzidas novas práticas pedagógicas criando

ambientes tranqüilos de aprendizagem. Nas duas primeiras etapas a autora

considera que os professores estão mais preocupados com as tecnologias, para

tanto o treinamento técnico é nesta ocasião o ingrediente necessário para a redução

do estresse e aumento da confiança. As etapas narradas, estão baseadas na visão

de que tais mudanças ocorrerão se existir uma troca simultânea nas crenças dos

professores sobre a sua prática. Partindo da concepção de que “a tecnologia e um

catalisador para a mudança nos processos de sala de aula, porque propicia um rumo

diferente uma mudança no contexto que surge formas alternativas de operação. Ela

pode impulsionar uma mudança de uma abordagem instrucional tradicional para um

conjunto mais eclético de atividades de aprendizagem que inclui situações de

construção do conhecimento para os alunos. (Sandholtz, 1997.p.58)

Procurou- se pesquisar a aplicabilidade, efeitos e os benefícios em que os

recursos tecnológicos podem oferecer no contexto educacional, considerando-se

que algumas tecnologias como: retroprojetor, vídeo, livros, mapas, dentre outras, já

estão presentes há algum tempo no dia a dia da escola e encontram-se assimiladas

pelos professores como ferramenta de ensinar e a aprender.

Cada professor pode usar o tipo de recurso que pensa ser importante para

sua aula. Eles precisam trazer resultados satisfatórios, que modifique as

metodologias e introduzam novas práticas pedagógicas e isso só ocorrerá quando o

professor estiver familiarizado com a questão tecnológica, e estará capacitado a

Page 18: FICHA PARA CATÁLOGO - Operação de migração para o ......suas atividades na sala de aula. Pautando-se nessa preocupação, este estudo objetiva analisar a utilização das tecnologias

17

explorar a informática com a interação dos conteúdos de ensino a partir de seu

plano de aula, propondo possibilidades oferecidas pelos recursos tecnológicos.

Em suma, a mudança instrucional pode avançar somente com uma mudança

correspondente nas crenças sobre a instrução e a aprendizagem. As crenças dos

professores só podem ser modificadas quando estes estiverem em meio às

dificuldades da mudança – arriscando-se enfrentando a incerteza. Trazer uma

mudança significativa à forma como realizamos o ensino é uma preposição

complexa repleta de alternativas.

Desta maneira a experiência do Projeto ACOT demonstra o valor de se tomar uma

perspectiva a longo prazo sobre a mudança e de se assumir os comprometimentos

pessoais e organizacionais necessários para fazer que esta mudança ocorra. Para o

observador que espera evidências rápidas da eficácia das inovações, dos

computadores, ou seja, do que for, o processo só pode ser frustrante e inconclusivo.

Para aqueles que se dedicaram o suficiente para assumirem o compromisso, o

processo pode ser recompensador.

Referência: SANDHOLTZ, Judith Haymore et al. Ensinando com as Tecnologias:criando

salas centradas nos alunos.Trad.Marcos Antonio Guirado Domingues.Porto

Alegre:Artes Médicas, 1997