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Ficha para CatálogoProdução Didático Pedagógica
Título Relações entre Trabalho E Educação Física na Educação de Jovens e Adultos
Autor Eliete de Almeida Cezar
Escola de Atuação CEEBJA – Manoel Rodrigues da Silva
Município da Escola Maringá
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Rogério Massarotto de Oliveira
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Área do Conhecimento/Disciplina Educação Física
Relação Interdisciplinar
Público Alvo Alunos
Localização CEEBJA - Manoel Rodrigues da SilvaRua Paranaguá, 430
Resumo: Uma das grandes dificuldades para os professores de Educação Física, que atuam na Educação de Jovens e Adultos é encontrar material de apoio didático pedagógico voltado para esta parcela de educandos que frequentam esta modalidade de ensino, ou seja, a grande maioria dos educandos do CEEBJA encontra-se inseridos no mudo do trabalho e é importante e necessário que o trabalho pedagógico dos conteúdos nas aulas de Educação Física seja coerente com tais condições, que atendam suas expectativas, pois estes além da busca pelo conhecimento estão também à procura de algo que possam motivá-los a continuar sua incessante caminhada para ter condições melhores de vida, nesta sociedade excludente e capitalista.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Trabalho - Educação Física - Educação de Jovens e Adultos.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROFESSORA PDE: ELIETE DE ALMEIDA CEZAR
PROFESSOR ORIENTADOR IES
PROF. Ms. ROGERIO MASSAROTTO DE OLIVEIRA
ÁREA/DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO
PDE 2010
UNIDADE DIDÁTICA
Escola de Aplicação: CEEBJA – Professor Manoel Rodrigues da Silva
Ensino Fundamental e Médio
Público Objeto de Intervenção: Ensino Médio da EJA
Unidade Didática:RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO FÍSICA
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Introdução
Uma das grandes dificuldades para os professores de Educação Física,
que atuam na Educação de Jovens e Adultos é encontrar material de apoio
didático pedagógico voltado para esta parcela de educandos que frequentam
esta modalidade de ensino, ou seja, a grande maioria dos educandos do
CEEBJA encontra-se inseridos no mudo do trabalho e é importante e
necessário que o trabalho pedagógico dos conteúdos nas aulas de Educação
Física seja coerente com tais condições, que atendam suas expectativas, pois
estes além da busca pelo conhecimento estão também a procura de algo que
possam motivá-los a continuar sua incessante caminhada para ter condições
melhores de vida, nesta sociedade excludente e capitalista.
Quem ministra ou ministrou aulas numa turma da EJA, tem
conhecimento acerca das dificuldades para manter o interesse dos alunos que
chegam do trabalho (já exaustos), assim como, das limitações que existem ao
planejar aulas que não sejam voltadas a um ensino de competências e
habilidades como as que tenho observado no ensino regular.
Nesse quadro real, a EJA no Brasil é o resultado das precárias
condições de vida de grande parte de nossa população, assim como de um
ensino regular público insuficiente que além de não atender a todos, mantém
uma organização inadequada às necessidades das classes
dominada/trabalhadora. Com essa necessidade, a EJA pode se posicionar
como uma possibilidade para uma educação trabalhadora, ou seja, para
municiar a classe dominada com conhecimento crítico, histórico e político e que
tem sido excluída das riquezas que ela mesma produz.
Portanto, sendo a EJA a modalidade que escolhi para intensa pesquisa
no PDE e não satisfeita com o quadro na qual se encontra, resolvi produzir
uma unidade temática que possa instrumentalizar e conscientizar professores e
educandos da necessidade de uma proposta pedagógica coerente com a
realidade posta.
Este material didático pedagógico produzido será aplicado na modalidade
de ensino EJA – Educação de Jovens e Adultos no CEEBJA Manoel Rodrigues
da Silva de Maringá na turma de ensino médio diurno, no mês de outubro de
2011. Para tanto disponibilizarei um total de 12h/a sendo distribuídos em três
dias de 4h/a por período. Serão ofertadas oficinas para a inscrição de alunos
que tenham interesse de aumentar sua carga horária (que poderão ser levados
para qualquer disciplina que este estiver cursando).
A seguir, apresento a organização do material didático a ser aplicado que
serão na forma de uma apostila didática com dicas, reflexões, informações,
conhecimentos específicos, etc., que estarão distribuídos em três módulos: O
primeiro, composto de sugestões de filmes, trechos de filmes e sugestão de
livro e sugestão de atividade corporal; o segundo, de produção de texto e
atividades e o terceiro buscará apresentar possibilidades de reflexões críticas
a respeito do tema e conteúdos trabalhados, procurando fazer com que o
educando repense sobre sua ação social e busque entender a relação entre
sua história de vida com a história do modo de produção e reprodução do
capital e, assim, possa iniciar um movimento de pensamento acerca da
realidade posta e das possibilidades de tornar-se um sujeito social consciente e
transformador.
EDUCAÇÃO FÍSICA
TEMA: RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO FÍSICA
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MÓDULO I
Iniciarei o módulo I com questionamentos que darão subsídios para
reflexões na continuidade de todo o material didático pedagógico, ou seja, é o
ponto de partida para analisar e posicionar o educando dentro do contexto
social em que vive relacionando ao trabalho, realização profissional, salário,
educação e realização pessoal.
QUESTÕES INICIAIS PARA REFLETIR
Como você se sente em seu trabalho? Sente-se realizado
profissionalmente? Tem prazer em desenvolver suas atividades
profissionais e pessoais? Acha o que recebe pelo seu trabalho é suficiente
pelo tanto que trabalha?
Como você se sente ao chegar a escola, após um dia de trabalho? Tem
disposição em estudar ou sua vontade é de ficar sentado ou deitado em
frente da televisão?
Você tem tempo para o lazer? Desenvolve atividades para preencher
seu tempo livre? Ou somente sua preocupação é com o trabalho?
Após termos feita a reflexão acima, assistiremos ao filme “Eles Não
Usam Black – Tie, aqui considero importante relatar o porquê de se dar a
sequencia no módulo I pelo filme, por mostrar a realidade de exploração
existente entre patrões e empregados, embora o filme aconteça no final da
década de 1970, ele ainda se torna atual por considerar ser a realidade de
muitos educandos da EJA e por último por considerar o ponto de partida de
toda compreensão do material didático pedagógico.
RESUMO DO FILME:
Eles Não Usam Black-Tie “A riqueza desses porcos sai de nossas mãos”
O filme “Eles Não Usam Black - Tie”, de Leon Hirszman, produzido e
narrado no final da década de 1970, mostra a realidade dos operários
brasileiros nesse determinado contexto e tempo histórico.
Para Tião, o protagonista do filme que tem sua namorada grávida e
condições muito limitadas, por conta da exploração imposta pela fábrica onde
ele e sua família trabalham, greve é um conceito ultrapassado e que não mais
funciona diante de tanta miséria.
Entretanto, seu pai Otávio apresenta uma posição completamente
oposta, que procura sempre fomentar o movimento dos proletariados, afinal
teoricamente, esses possuem claros direitos na constituição.
Ambos sofrem com o salário quase insignificante que recebem, porém
Tião mostra-se cada vez mais desacreditado na força trabalhista: durante toda
sua vida, viu seu pai tentando em vão conseguir algum progresso e a ditadura
exterminando qualquer forma de expressão. Agora, que estava prestes a se
casar e ter um filho queria somente ter o seu emprego garantido.
Disponível em:
http://www.youtube.com/results?search_query=filme++Eles+n
%C3%A3o+usam+black+tie&aq=f
Após termos assistido ao filme, faremos uma análise a respeito dos
pontos mais relevantes e importantes para reflexão crítica sobre
relações de exploração existentes entre patrões e empregados.
Outra sugestão de filme que pode ser trabalhado relacionando-o ao
tema em questão é Germinal. Esse filme refere-se aos movimentos grevistas
dos trabalhadores das minas de carvão do século XIX na França em relação à
exploração de seus patrões, com os trabalhadores sendo roubados, esgotado,
trabalhando em condições totalmente impróprias, inseguro, sujeito a acidentes
que podem ceifar a vida ou discrepar um braço ou uma perna, assim nos é
mostrado o proletariado. Inserido na escuridão das minas de carvão, sujo,
cumprindo jornadas de 14, 15 ou 16 horas, recebendo salários baixíssimos e
tendo que ver sua família toda se encaminhar para o mesmo tipo de trabalho e
péssimas condições, pouco resta aos trabalhadores senão a luta contra
aqueles que os oprimem.
A obra literária refere-se ao período que marca o surgimento da
Internacional Comunista, por isso, há menções a Marx e Engels e, também, ao
anarquismo (um dos personagens centrais da trama assume o discurso dos
pensadores que propuseram o anarquismo até as últimas consequências,
mesmo tendo em vista as desgraças que isso poderia causar naquele contexto
específico).
Disponível em: http://www.youtube.com/results?_query=germinal&aq=f
A seguir, sugiro dois trechos do filme Billy Elliot que representam bem à
temática: relações de produção, relações de trabalho, movimentos sociais.
• O filme conta a história do garoto Billy Elliot, menino de 11 anos que
deixa de lutar boxe para apreender ballet clássico. Billy vive com o pai, o irmão
- ambos mineradores - e com a avó. Morador de Durham, cidade industrial da
Inglaterra, a família sofre com o governo neoliberal da primeira-ministra
Margareth Tatcher, que não cede às pressões dos sindicatos ingleses. Nesse
trecho do filme, o personagem Tony, irmão do protagonista, foge da
perseguição policial durante a greve dos mineradores. Aqui, torna-se nítida a
relação de pouco diálogo do governo Tatcher com as lideranças sindicais. O
irmão acaba preso e Billy perde sua audiência para o Royal Ballet na cidade de
Newscastle.
Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=16152.
Nesse trecho do filme, o personagem Jackie Elliot, pai de Billy retorna ao
trabalha contrariando seu outro filho Tony. Jackie retorna ao trabalho numa
tentativa de levantar dinheiro para Billy comparecer a audiência do Royal Ballet
em Londres.
Disponível em:
http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/debaser/singlefile.php?id=16153
Sobre o filme citado acima, sugiro, também, a leitura do trabalho da
professora do PDE, Dirce Yoko Suzuki Kanawa, orientada pelo professor do
Departamento de Educação Física da UEM, Rogerio Massarotto de Oliveira.
Disponível em:
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/3012.pdf?
PHPSESSID=2009050408293629
No processo de ampliar a compreensão sobre o assunto, apresento,
também, a imagem da capa do livro: Sacralização do Corpo - A educação física
na formação da força de trabalho brasileira, de José Carlos Grando, publicado
em 1996 pela Editora da FURB - SC (capa de Rubens Cláudio Belli).
Nessa capa, observam-se corpos "brincantes" que se lançam no mundo
do trabalho capitalista e se transformam em corpos padronizados e robotizados
pela lógica da produtividade.
Além dessa capa, convido para assistirem ao videoclipe da música “The
Wall” do grupo Pink Floyd.
Imagem disponível em:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2006/ju324pag9a.html
Vivemos numa sociedade com valores capitalistas, onde o modo de
produção pertence à sociedade privada, onde o trabalhador enfrenta,
cotidianamente, o processo de alienação e exploração, pois sua única forma de
se manter vivo é submeter-se ao mercado de trabalho como coisa, como
mercadoria, afirmando sua negação enquanto ser humano. Portanto, os
princípios e valores morais não são respeitados prevalecendo a competição e o
individualismo. O que não se percebe é que nesta ideologia “neoliberal”, o
Estado cada vez mais deixa de intervir nas questões sociais, transfere os
serviços públicos para o capital privado, reduz o custo da força de trabalho
visando a acumulação do capital. Dessa forma, é o trabalhador quem mais sai
perdendo, pois direitos adquiridos foram tirados, dando margem à exclusão.
Esta ideologia esconde as reais intenções de exploração através da “mais
valia” onde o trabalhador é submetido à maior carga horária pelo mesmo
salário. Segundo Marx (1988), para o capitalista manter seu lucro é preciso tirar
do trabalhador o máximo de riqueza que ele produz, ou seja, aumentar o ritmo
do trabalho e com menor número de trabalhadores empregados.
Proponho a seguir atividades de expressão corporal que poderão dar
continuidade ao tema, pois, o corpo que produz é o mesmo que pensa,
sente, dança, brinca, joga, vive, existe, corre, pratica atividades de lazer.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE CORPORAL 1:
Alunos de olhos vendados, andar pela sala de aula lentamente, e
quando tocar em alguém, tentar adivinhar quem é, sugerindo que a
pessoa faça algum som.
Ainda de olhos vendados, ao comando do professor colocar as mãos em
diferentes partes do seu corpo (cabeça, joelhos, cotovelos...);
Em duplas, um de olhos vendados. Um conduz o outro, segurando pelo
antebraço, a tomar água, andar pela escola, em diferentes níveis e
degraus;
Em círculo, ainda de olhos vendados, passar objetos ao som da música,
quando esta parar, aquele que estiver com o objeto deverá falar seu
grande sonho;
Sem a venda nos olhos, João bobo ou Maria mole. Pode ser feita a
principio em trios e conforme adquirirem confiança aumentar o nº de
alunos por grupo. O aluno que ficar no meio deverá relaxar e deixar seu
corpo cair e os demais deverão impulsioná-lo de volta;
Massagem. Alunos em círculo, próximos uns dos outros. Um deverá
fazer massagem nas costas e ombros do outro, iniciando para o lado
direito. As técnicas utilizadas são as seguintes: amassar pão, tocar
piano, catar piolho e limpeza; Após realizar toda a série, mudar de lado;
• Todas as atividades poderão ser desenvolvidas com música, pois ela
favorece as condições de aprendizagem, além de quebrar o gelo entre
os participantes.
Finalizando; todos em círculo para dizerem quais foram a sensações
que tiveram ao desenvolver estas atividades? Procurar direcionar as
discussões para a importância do toque humano, o quanto é importante
de se expressarem de forma livre, relacionando necessidade da
socialização a organização coletiva.
SUGESTÃO DE ATIVIDADE CORPORAL 2:
Alunos dispersos pela sala, todos recebem um balão (bexiga) vazio,
deverão enchê-lo, ao som de uma música e ao sinal do professor
lançarão o balão para cima, tendo que tocar as partes do corpo
começando pelas mãos, após cotovelos, passando por todas as partes
do corpo e articulações sucessivamente. Em seguida em duplas
passarão os balões para o outro tocando as partes do corpo como a
atividade anterior, trios, em quádruplos, até que se forme grupos de 5
pessoas trocando balões todos ao mesmo tempo.
Variações: Poderão ser explorados varias formas de atividades de
expressões corporais que poderão ser relacionadas aos temas
propostos; trabalho; exploração da mão de obra assalariada entre outras
que considerarem pertinentes.
EDUCAÇÃO FÍSICA
TEMA: RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO FÍSICA
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MÓDULO II
O CORPO DO TRABALHADOR E SEUS SACRIFÍCIOS
Dentre todas as atividades humanas existentes a que melhor caracteriza
o homem é o trabalho. Ele pode construir, destruir e transformar o homem e
toda a sociedade. É por meio desse ato (trabalho) que a sociedade se
desenvolve e garante a existência de seus componentes. É ainda através dele
que a sociedade forma os mecanismos de dominação sobre o outro homem e
constrói os valores que geram preconceitos e discriminação.
O trecho abaixo, retiradas da produção científica do autor José Luiz
Garcia Vega (Ócio e Turismo, 1978), indica que foi a partir da Revolução
industrial que as máquinas começaram a fazer o papel de ator principal,
deixando para o homem o papel de coadjuvante. As condições das fábricas
eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados, sujos e
os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos. Chegava-se até a
empregar o trabalho infantil. Os empregados chegavam a trabalhar até 18
horas por dia.
Havia uma necessidade premente de adaptar o antigo artesão num novo
homem e as novas funções, procurando sempre minimizar custos e maximizar
produção, levando a um maior lucro. Ainda hoje o interesse da indústria
continua o mesmo, ou seja, o lucro.
Apesar das rápidas transformações por que passa o mundo, cada vez
mais para se conseguir emprego, é preciso ter conhecimento, decisão e
informação. As relações de trabalho também mudaram, aumentando o número
de pessoas que não tem registro ou buscam seu sustento de maneira
autônoma e independente. Os números de trabalhadores parciais, precários,
temporários, subcontratados, terceirizados se apresentam cada dia mais
comuns dentro de nossa sociedade que consagra o crescimento econômico em
detrimento das necessidades sociais.
Portanto, após essas considerações podemos constatar que a
tecnologia não trouxe apenas modernização e avanços, trouxe também fatores
que contribuem para o aumento do desemprego, por exemplo, em um banco,
uma máquina substitui o trabalho de dez ou mais pessoas, diminuindo em
menos da metade os postos de trabalho. Tudo é informatizado, as pessoas não
precisam do caixa humano, elas vão direto ao caixa eletrônico.
Nesse contexto, o trabalhador assolado pelo desemprego, procura, a
qualquer custo, a manutenção do seu emprego, mesmo tendo que conviver
com ameaças diárias à saúde: como o estresse, os distúrbios osteomusculares
(Dort), problemas cardíacos e gástricos, ocasionados ou agravados pelo
trabalho.
A distância existente entre o trabalho executado e o que é necessário
para dar conta da produção é sentida pelos trabalhadores, que sofrem as
consequências em seu corpo, em seu psiquismo, na sua vida pessoal e
profissional.
O desgaste, definido como a perda da capacidade efetiva e/ou potencial
biológica e psíquica, é outro fator que atinge o trabalhador, podendo na maioria
das vezes ser percebido por meio de sintomas e sinais inespecíficos (que não
conseguimos identificar), dos anos de vida útil perdidos, do envelhecimento
acelerado e da morte prematura. Outras causas que levam ao desgaste do
trabalhador: esforço físico elevado, alta jornada de trabalho, alternância de
turnos, situação de tensão prolongada e impossibilidade de desenvolver ou
usar a criatividade.
Os trabalhadores são os mais indicados para falar sobre o processo e as
condições de trabalho vivenciadas, bem como sobre a articulação das cargas
de trabalho e o desgaste que provocam em seus corpos.
Abaixo seguem alguns depoimentos de trabalhadores da zona rural e
urbana1
Operário de uma montadora de carro- O trabalhador chega a certo tempo de trabalho: 6 horas. Quando é 20 minutos para as 6 horas, as pernas não obedecem mais, a cabeça fica suando, isto acontece com todo o trabalhador. A gente é igual a máquina mesmo, igual a um ventilador... você liga, chega a um certo tempo tem que desligar, ele esquenta demais e está sujeito a queimar... a mesma coisa, é a gente, motor humano. A gente tem que dar uma paradinha, lubrificar, botar água para dentro...
Ajudante de produção cerâmica - O trabalhador não tem direito dentro da empresa de se preservar dos riscos. Se um trabalhador for designado para prestar uma tarefa num determinado lugar e ele perceber que aquele lugar é prejudicial a vida dele ou a sua saúde e ele não for, isto será motivo para a rescisão do contrato de trabalho...mesmo que a recusa seja em função da sua própria segurança.
Um vendedor - No passado, o trabalhador sofria muito, não tinha praticamente nada, foi conquistando aos poucos. Com o tempo, conquistamos alguma coisa, mas, no geral, o sistema de trabalho é basicamente o mesmo: vemos o trabalhador se matando em hora extra; o operário ganhar pouco.
Uma jovem senhora cortadora de cana- Eu sei que sou explorada porque, quando faço amor com meu marido, meu corpo dói. Meu corpo dói quando lavo a roupa ou cozinho para minha família. Ele não dói quando estou cortando cana lá no canavial para a usina. Meu corpo já não é meu: ele é do canavial e do patrão (GARCIA, p.14, 2002)
Pedreiro - O que envolve melhores condições de trabalho é não termos tantos acidentes (...) a gente perde companheiros porque a administração da empresa não liga para a prevenção de acidentes...ela só entende que a obra deve ser feita. Eles alegam problemas financeiros e não colocam o material
11 A maioria destes depoimentos foi retirada de entrevistas com os (as) educandos (as) trabalhadores (as) que frequentam o CEEBJA Manoel Rodrigues da Silva, em minhas aulas de Educação Física. Apenas o depoimento da jovem senhora cortadora de cana que foi retirado do livro: O corpo fala dentro e fora da Escola de Regina Leite Garcia.
de segurança em dia: falta óculos, botas, roupas, luvas e até material de segurança...
Costureira- Nós costureiras passamos todo o tempo sentadas, eu sinto dores nas pernas, na “bunda,” nas costas, já que fico curvada sobre a máquina, sem falar de dores de cabeça, devido ao barulho produzido pelos motores e dores nas “vistas”, ficamos bastante tempo olhando para o mesmo lugar, os pontos das costuras. Quando soa o apito de saída é um alívio, pois sei que chegou a hora de levantar da máquina e sair.
O corpo do trabalhador é exigido de várias formas ao longo da jornada de
trabalho. Sentar é considerado um dos movimentos básicos do ser humano, e
é nessa posição que grande parte dos trabalhadores permanecem durante o
dia ou a noite, acarretando fadiga, distúrbios circulatórios, dores físicas. Alguns
trabalhadores permanecem em seus ofícios em pé, ocasionando varizes e
edemas nas pernas. Ambas as posições são prejudiciais à saúde, se
executadas por tempo superior à carga horária de trabalho considerada normal
(6 a 8 horas diárias).
Para o controle da saúde do corpo dos trabalhadores e para torná-los
mais aptos ao trabalho nesta sociedade capitalista, onde a existência do lucro é
determinante e o processo de produção deve resultar em bens, uma série de
estratégias foram criadas com a intenção de melhorar as condições de saúde
dos trabalhadores. O que se deve pensar é se essa “onda” de estratégias
criadas e utilizadas, como por exemplo, as ginásticas de pausa e os mobiliários
apropriados, não se fazem cada vez mais presentes nos escritórios e fábricas
para camuflar o que realmente está por trás da real intenção dos donos de
empresas, que é a obtenção exclusiva do lucro. Contudo, não se pode negar a
importância destes avanços tecnológicos e científicos para a melhoria das
condições de trabalho tendo em vista alguns cuidados com a saúde dos
trabalhadores.
O trabalho tem sido considerado por muitos autores como fundamental no
desencadeamento e evolução das doenças. É necessário ressaltar que, para
identificar e analisar os problemas de saúde num dado processo de trabalho, é
preciso conhecer as situações de trabalho, compreender as condições e a
organização do mesmo, onde as cargas de trabalho provocam danos à saúde
dos trabalhadores. Nesse sentido a Ergonomia se apresenta como uma área
para atenuar esses efeitos.
No Brasil, estima-se que o aumento da dor lombar (dor nas costas)
durante o trabalho, deve-se à postura incorreta quando se fica sentado, vício
provavelmente criado por cadeiras bonitas, porém, inadequadas
ergonomicamente às finalidades a que se destinam.
A ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar as
atividades existentes às características, habilidades e limitações das pessoas
com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro, segundo a
Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO, 2000).
Nesse sentido a ergonomia prevê a melhoria das condições de trabalho
do homem a partir da otimização de diversos aspectos: máquinas,
equipamentos, ferramentas, ambientes físicos, as cores, qualidade e
localização da iluminação, operacionalização de tarefas e organização do
trabalho, para a manutenção da saúde física, saúde mental, dignidade e prazer
no trabalho.
Algumas atividades rotineiras dos agricultores acarretam danos que
afetam a coluna vertebral, como por exemplo, durante o plantio, ordenha,
colheita, poda, levantar e transportar cargas. Os três primeiros exemplos
retratam os danos à coluna vertebral, enquanto os demais citados promovem
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) 2 - nova
denominação das Lesões por Esforços Repetitivos (LER).
A Ergonomia é utilizada como prevenção do DORT. A identificação dos
riscos a que você está sendo submetido no trabalho ou fora dele, e as dores
sentidas após a jornada de trabalho, servem de alerta para que se possa
começar a tomar medidas, como as pausas durante a jornada de trabalho, para
que músculos e tendões descansem e diminua o estresse; o controle do ritmo
de trabalho que executa; a variação das tarefas; a definição do período da
jornada de trabalho; a adequação dos postos de trabalho para evitar a adoção
de posturas corporais incorretas; o mobiliário e máquinas ajustados às
características físicas individuais dos trabalhadores; usar a flexibilidade
22 Fonte: Cartilha do Ministério da Saúde. Brasília, 2001
postural (levante-se de tempos em tempos, ande um pouco, espreguice-se,
faça alongamentos e movimentos contrários ao da tarefa).
REFLEXÃO:
O que o trabalhador pode fazer se sentir dor? Parar de trabalhar? Descansar mais?
Pedir para o patrão dar uns dias de descanso? Lutar por melhores condições de trabalho?
Para que você fique em alerta, segue abaixo alguns dos sintomas comuns
que acometem o trabalhador:
• Sensação de dormência
• Formigamento
• Cansaço nos membros ou sensação de peso
• Choques
• Diminuição da força muscular
• Dificuldade de movimentação
• Desconforto
A saúde ocupacional3 surge
como um reflexo da importância da
medicina do trabalho para resolver os
problemas de saúde causados pelos
processos de produção. Todo o
movimento humano exige algum tipo
de esforço. O mesmo acontece com as
atividades profissionais, que de acordo
com suas características mobilizam
diferentes esforços físicos, mentais e
emocionais.
As condições de trabalho são determinantes na qualidade de vida.
Condições de trabalho significam segurança, oportunidade de crescimento
profissional, descanso, salários justos, saúde, desenvolvimento de suas
capacidades criativas.
Para finalizar faremos mais uma reflexão sobre o corpo. Quando se fala
de corpo, não se fala somente de ossos e músculos, mas de um corpo que tem
uma história, que traz marcas sociais. Você pode perceber como todas essas
passagens tratadas nesse texto se relacionam com o corpo e com a Educação
Física? Pois bem. O corpo que executa as funções no mundo do trabalho é o
mesmo corpo que brinca, que joga, que dança, que pratica esportes. Assim, se
torna importante conhecermos melhor o corpo que trabalha, entendendo que
nossas práticas profissionais são, antes de qualquer outra coisa, atividades
físicas.
CURIOSIDADES
33 Disponível em: http://www.unoestesaude.br/saudeocupacional/oquee.asp
SUGESTÃO DE ATIVIDADES
1. Com base nas informações abaixo responda as questões que seguem:
Pereira da Costa (1991)4, elaborou uma síntese de pesquisas com dados da Fundação HUDES com empresas que realizavam ginástica de pausa, e obteve, em média, os resultados abaixo:
1º- aumento de 2 a 5 % na produtividade; 2º- diminuição de 20 a 25% nos acidentes; 3º- diminuição de 10 a 15% da rotatividade; (turnos; revezamento)4º- diminuição de 15 a 20% no absenteísmo (número de faltas)
a) Segundo estes dados, em muitas empresas, o índice de acidentes,
faltas e atestados estão diminuindo com a implantação de profissionais
que estão realizando com funcionários atividades, que minimizem o
desgaste físico e psíquicos dos trabalhadores, você
b) Na sua opinião, qual o real interesse dos proprietários de empresas
quando oferecem ginástica de pausa aos seus funcionários?
c) Você acredita que pelo fato de realizar pausas durante o expediente de
trabalho o índice de acidentes na empresa diminuem? Por quê?
d) E quanto a rotatividade de funcionários? Existe relação entre ginástica
de pausa e a permanência na empresa? Por quê?
2. Leia atentamente a frase abaixo, interpretando-a, redija um texto com sua
análise.
Não é ao acaso que a Henry Ford tenha sido atribuída a declaração de
que "o corpo médico é a seção de minha fábrica que me dá mais lucro"5.
44 Disponível em: http://bemstar.globo.com/index.php?modulo=corporate_mat
55 Fonte: OLIVEIRA, J.A.A. & TEIXEIRA, S.M.F. (In) Previdência Social; 60 anos de história da previdência no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1986.
3. Observe o exemplo de algumas profissões:
• Conforme os exemplos acima, podemos observar que diferentes
esforços foram realizados no cumprimento de suas tarefas. Descreva o
esforço despendido que cada uma das profissões citadas pode acarretar
no corpo do trabalhador?
4. Nosso corpo é um trabalhador incansável.
Diante dessa afirmação, faça um relato do trabalho que seu corpo
executa durante um dia normal de trabalho, buscando refletir sobre quais
seriam as possibilidades de atitudes tanto individuais quanto coletivas, para
atenuar os sacrifícios a que seu corpo é submetido no dia a dia.
5. Leia o enunciado abaixo e responda as questões.
Na mitologia grega existe uma lenda segundo a qual Sísifo foi obrigado a realizar um trabalho que consistia em carregar uma pedra até o alto de uma montanha, de onde ela rolava sucessivamente, tornando interminável sua
tarefa, ou seja, foi condenado a realizar um trabalho que, sem objetivo e sem sentido, se constitui em pesado castigo6.
66 TITTONI, J., Subjetividade e Trabalho. Porto Alegre: Ortiz, 1994.
a) O trabalho que você executa te satisfaz? Justifique sua resposta.
b) Você já se sentiu como Sísifo? Justifique sua resposta.
6. Observe o diálogo que ocorreu em uma empresa qualquer, e em seguida reflita e relate como você se sentiria se seu pratão lhe fizesse esse questionamento?
- Está na época de seu exame de sangue.
- Não tomo drogas.
- O teste é para ver se você está roubando o tempo da companhia.
- Tempo? Como podem descobrir isso?
“Testamos sua saúde geral. Se for boa, você não está trabalhando horas suficientes. Seu ladrão!”
(Scott Adams Dilbert)
Vamos lembrar os filmes sugeridos e indicados:
Tempos Modernos
Billy Elliot
Eles não usam black tie
Germinal
SUGESTÕES DE ATIVIDADES CORPORAIS:
Jogos de estafeta: Bola ao túnel, com variações de planos.
Análise:
Ao término do jogo, faremos uma comparação entre as atividades
desenvolvidas:
Qual você gostou mais de fazer?
A primeira que se realizou com expressão corporal livre, em grupo, onde
as relações humanas foram importantes para o sucesso da atividade?
Ou a segunda onde o importante era que se executasse a tarefa
individualmente sem objetivo proposto além de vencer passando pelos
obstáculos preocupados em cumpri-la em detrimento do outro?
EDUCAÇÃO FÍSICA
TEMA: RELAÇÕES ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO FÍSICA
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
MÓDULO III
Esse módulo final busca analisar todas as questões apresentadas nos
módulos anteriores para refletir, discutir, opinar, etc. sobre as condições de
vida do trabalhador, do tempo livre e da educação por meio de debates,
discussões em grupo e outras dinâmicas.
DINÂMICA:
Sugestão de dinâmica para conclusão e fechamento dos módulos:
Várias questões serão criadas pelo professor e colocadas em uma
caixa, os alunos colocados em círculo e sentados, passarão a caixa de
mão em mão ao som de uma música, quando esta parar o aluno irá tirar
uma questão para responderem sobre quais as conclusões que tiraram
a respeito do conteúdo trabalhado.
• O que podemos concluir a respeito da jornada de trabalho e a
exploração assalariado dos educandos da EJA na sociedade capitalista?
• Quais as possíveis relações entre trabalho degenerativo x exploração da
mão de obra assalariada?
• Como está o movimento sindical na sociedade capitalista?
• Por que nesta sociedade capitalista o ter e mais importante que o ser?
• Acha possível que a sociedade como está posta, que exclui que explora,
onde muito está nas mãos de tão poucos possa mudar? Como isso é
possível?
• Como se vê nesta sociedade de consumo, onde a competição e o
individualismo fazem das pessoas seres muitas vezes sem valores
morais e éticos?
• É possível ter valores morais e éticos numa sociedade onde a corrupção
e uma constância no meio político?
SUGESTÃO DE ATIVIDADE CORPORAL:
Ginástica laboral
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Este material deve ser utilizado como sugestão de atividades, para
auxiliar e atender as dificuldades de se conseguir material de apoio didático
pedagógico na área da Educação Física para jovens e adultos, não deve ser
usado como fim em si mesmo, mas como um meio de se adquirir mais um
instrumento pedagógico na qual, professor e educando possam juntos
descobrir, refletir e analisar a sociedade como um todo com a ajuda dos
conteúdos da Educação Física. Assim, esse material didático pedagógico
busca, especialmente, o aprofundamento que pensamos ser necessário para
que o aluno trabalhador compreenda e relacione os conteúdos da Educação
Física com a realidade social em que vive de forma a estimulá-lo a
compreender as diversas formas de exploração e dominação social na
sociedade capitalista. Além disso, busca-se ampliar a compreensão sobre a
ideologia dominante contida no processo educacional que tem preparado o
educando para ser um trabalhador produtivo. Com a discussão e análise dessa
e outras questões, esperamos possibilitar várias reflexões sobre o processo de
exploração que o corpo do educando trabalhador sofre no âmbito do trabalho
para atender as necessidades do modelo de produção capitalista.
Nesse sentido, pretendo ampliar as compreensões destes sobre os
interesses que as empresas possuem acerca da ginástica laboral
(compensatória) e dos jogos recreativos (gincanas, caça ao tesouro, eventos
esportivos, festas, etc.) que servem para repor os desgastes físicos e psíquicos
de seus empregados. Assim, por meio das atividades propostas aqui, refletir-
se-á sobre a preocupação da classe patronal com a saúde dos trabalhadores e
sobre as possibilidades das atividades acima mencionadas servirem para
ampliar a produção e, ao mesmo tempo, suportar a intensa jornada de trabalho.
Com essas garantias, a classe dominante pode diminuir a incidência de
atestados médicos e afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho.
Finalmente, minha preocupação se refere às expectativas e à ansiedade que
são geradas pelo desinteresse, falta de perspectiva, desmotivação na qual esta
parcela de educandos estão inseridos e, assim, pretendo apresentar saberes
que contribuam com o educando trabalhador na busca de uma consciência
crítica da realidade em que vive.
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