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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica · celular e formação dos gametas. Para que ocorra a compreensão do tema, propõem-se além da abordagem teórica,

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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica

Título O ESTUDO DA MEIOSE E SUAS IMPLICAÇÕES NAS ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS EM Homo sapiens

Autora Nilce Mariko Matsuda

Disciplina Biologia

Escola de Implementação do projeto e sua localização

Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos-Ensino fundamental e médio

Município da escola São Miguel do Iguaçu-PR

Núcleo Regional da Educação Foz do Iguaçu-PR

Professor Orientador Professora Ms.Jocicléia Thums Konerat

Instituição de Ensino Superior Unioeste - Cascavel

Resumo

O ciclo celular das células germinativas no ensino médio, geralmente, possui uma abordagem teórica, estimulando apenas a memorização. Desta forma, o presente estudo que será realizado no Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos- E.F. M. em São Miguel do Iguaçu-PR, permeando o ensino e aprendizagem da biologia aos alunos da terceira série do ensino médio, no primeiro semestre de 2013 tem como objetivo demonstrar a origem das cromossomopatias, relacionando à divisão celular e formação dos gametas. Para que ocorra a compreensão do tema, propõem-se além da abordagem teórica, atividades práticas e diferenciadas, com destaque a simulação de um protocolo para a obtenção de células metafásicas. Na sequência será realizada a visualização das mesmas ao microscópio, seguida da

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montagem de um cariótipo normal, posteriormente um cariótipo alterado. Sob essa ótica, estudar a citogenética aproximando à realidade do aluno contribui para a formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade da espécie Homo sapiens.

Palavras-chave Ciclo celular, meiose, cariótipo, cromossomopatias.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos da terceira série do ensino médio.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE : Nilce Mariko Matsuda

Área PDE : Biologia

NRE: Foz do Iguaçu

Professora Orientadora da IES : Ms.Jocicléia T. Konerat

Escola de Implementação : Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos-Ensino

Fundamental e Médio

Publico objeto da Intervenção : Alunos da terceira série ensino médio

Período : Primeiro semestre do ano de 2013

Carga-horária : 32 horas

TEMA DE ESTUDO:

As Ciências Biológicas e suas Implicações para o Ensino de Biologia

TITULO

O estudo da meiose e sua relação com as alterações cromossômicas numéricas em

Homo sapiens.

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INTRODUÇÃO

Com muita frequência, temas como o ciclo celular das células germinativas

permeiam no ensino médio, numa abordagem teórica, estimulando apenas a

memorização.

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica a formação do

sujeito crítico, reflexivo e analítico, consolida-se por meio de um trabalho em que o

professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores,

ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de

saberes científico a favor da compreensão do fenômeno VIDA (DCE 2008, p.54).

Neste sentido, a presente unidade didática apresenta dois focos a serem

considerados: um dos focos a ser estudado nesta unidade didática “estudo da

meiose e sua relação com as alterações cromossômicas numéricas em Homo

sapiens” terá uma abordagem teórica complementada por atividades práticas; o

outro enfatiza o papel da aula prática, sua relevância frente ao conteúdo proposto,

vinculado à realidade.

Desta forma, é desafiador entender um dos temas imprescindível para a

compreensão do fenômeno vida.

Em relação à divisão celular, muitos erros podem ocorrer. A relevância médica

da meiose está em erros de um ou outro mecanismo de divisão celular, levando à

formação de uma pessoa ou uma linhagem celular com número anormal de

cromossomos (Thompson &Thompson, 2002).

Apropriar-se desses conhecimentos e compreender que em varias espécies,

inclusive na nossa, há possibilidade de nascer indivíduos com alterações numéricas

cromossômicas decorrentes de erros no processo de divisão celular nem sempre é

fácil. Sob essa ótica, buscamos as melhores maneiras de trabalhar o tema, de modo

a levar os alunos mais próximos da teoria e prática bem como, o entendimento da

relação divisão celular meiose com as cromossomopatias que fundamentam e

justificam a presente unidade didática.

Nas palavras de Guerra:

Os cromossomos, com sua imensa variabilidade, acentuada pelas modernas técnicas de observação e coloração, exercem sobre o pesquisador o mesmo

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fascínio que a diversidade de formas e cores das borboletas, pássaros e orquídeas em relação aos colecionadores e estudiosos desses organismos. (GUERRA,1988)

Para que ocorra de fato o entendimento dessa relação, nossa sugestão é

iniciar o estudo com certo grau de detalhamento e com o processo biológico de

formação dos oócitos secundários e espermatozoides (gametogênese humana), já

que a meiose ocorre somente nas células da linhagem germinativa e apenas uma

vez numa geração.

Com vistas a ampliar a compreensão acerca da gametogênese, importante

lembrar que, as células germinativas primordiais humanas fora do embrião migram

para as cristas genitais indo se associar às células somáticas para formar as

gônadas primitivas que se diferenciam em testículos ou ovários.

Cumpre salientar que a gametogênese, ou a produção de gametas, ocorre

nas gônadas (Connor & Ferguson-Smith, et al.1993). Um aspecto importante a

discutir com os alunos é que a espermatogênese e a ovocitogenese, necessitam da

meiose, mas possuem diferenças importantes, nos detalhes e época dos eventos,

que podem ter consequências clínicas e genéticas para a progênie. (Thompson &

Thompson, 1993).

É oportuno mencionar que, como os testículos são mais acessíveis que os

ovários para a biopsia, a maioria das informações humanas é sobre a meiose

masculina (Connor & Ferguson-Smith, et al. 1993). De forma complementar, outro

aspecto que ganha destaque segundo os mesmos autores é que a maior parte da

prófase da meiose feminina é completada durante o desenvolvimento embrionário e

só pode ser estudada no feto.

A partir desses pressupostos, em uma abordagem diferenciada, com vistas a

elucidar o tema proposto, buscamos estabelecer uma unidade entre a teoria e a

prática.

Desse modo, na busca por literatura sobre a importância das atividades

experimentais, encontramos Krasilchik (2004) que enfatiza o valor das mesmas no

ensino de biologia, por permitirem que os alunos tenham contato direto com os

fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e observando organismos.

Ainda no que se refere aos recursos pedagógicos, é oportuno mencionar que

as DCE (2008) sustentam que estratégias de ensino como a aula dialogada, leitura,

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escrita, atividade experimental, estudo do meio bem como jogos didáticos, entre

tantas outras, devam favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas

percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a

produção/criação de novos significados.

Em um amplo contexto, é recorrente a ideia de incluirmos uma diversidade de

modalidades didáticas, pois essa variação poderá atrair e interessar os alunos,

complementando, extrapolando os limites na compreensão da temática abordada. É

o que buscamos com o “estudo da meiose e sua relação com as alterações

cromossômicas numéricas em Homo sapiens”.

Após abordagem teórica desse conteúdo que, compõe o currículo escolar,

propomos nessa unidade, alguns roteiros de aulas práticas, elaborados com o

objetivo de demonstrar de uma forma diferenciada a origem das cromossomopatias,

promovendo assim, a percepção de erros no processo de divisão celular dos tecidos

germinativos, investigados pela Citogenética clínica, bem como, uma aproximação

entre os conceitos teóricos e à prática, conferindo-lhes significado.

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UNIDADE 01

Atividade 01

Titulo: Identificando onde ocorre o ciclo celular e a divisão meiótica das

células germinativas

1. Introdução

Inicialmente, vale lembrar que o ser humano é um organismo multicelular

originado pela fecundação ou fertilização de duas células especiais - os gametas,

formando a célula ovo ou zigoto que, passa por divisões sucessivas.

A compreensão de que, a partir de uma única célula, é possível formar um

organismo multicelular, é fantástica! Para tanto, os conhecimentos básicos sobre a

anatomia e fisiologia do sistema genital feminino e masculino na espécie humana

são essenciais. E é estimulando a curiosidade dos estudantes que vamos

oportunizar informações sobre os principais órgãos que compõem os referidos

sistemas para que, com bastante clareza e segurança possam identificar as gônadas

- local de ocorrência da divisão meiose bem como, compreender o desenvolvimento

de um novo indivíduo.

Sabendo que cada sexo possui órgãos reprodutores produzindo e

transportando células germinativas (gametas) das gônadas para o local de

fecundação (tuba uterina), vamos então, conhecer os principais órgãos que

compõem o sistema genital masculino e feminino, sem perder de vista as gônadas -

local de ocorrência da meiose.

Sistema Genital Masculino

Formado por pênis, canais ou ductos deferentes, testículos, epidídimo,

vesículas seminais, próstata, escroto, glândula bulbouretral e ducto ejaculatório.

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Testículos (gônadas masculinas): produzem espermatozoides (células

germinativas masculinas) e testosterona(hormônio sexual masculino), tem forma

ovoide, está situado numa bolsa denominada escroto.

Sistema Genital Feminino

Constituído por vagina, útero, tubas uterinas, ovários, vulva ou pudendo.

Ovários (gônadas femininas): produzem ovócitos e hormônios (estrogênio e

progesterona) responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais

secundárias e pela regulação da gestação;

2. Objetivos:

• Estabelecer relação entre os conhecimentos sobre os órgãos que compõem o

sistema genital masculino e feminino em especial as gônadas local de

ocorrência da divisão meiose.

• Promover a interação, socialização, participação e aperfeiçoar a habilidade de

comunicação do aluno e fornecer informações.

3. Materiais:

Figuras das regiões do sistema genital masculino e feminino, cola, lápis de cor,

tesoura, e.v.a., borracha, figura secção sagital esquemática das regiões pélvicas de

uma mulher e de um homem.

4. Metodologia:

Os alunos organizados em grupos vão representar os órgãos que compõem o

sistema genital masculino e feminino em especial as gônadas, na sequencia, irão

recortar cada órgão representado, identificando a posição dos mesmos com

destaque, as gônadas - local de ocorrência do ciclo celular e a divisão meiose das

células germinativas, colando em uma (figura) secção sagital esquemática das

regiões pélvicas de uma mulher e de um homem, para posterior apresentação aos

colegas.

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5. Resultados:

Os grupos fixarão as atividades em um ponto comum na sala de aula, onde farão

a apresentação aos colegas, momento esse em que, será feito a verificação da

aprendizagem.

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Atividade 02

Redescobrindo o laboratório II

1. Introdução

Em relação às atividades práticas, Krasilchik (2004) afirma que a

precariedade das instruções que os professores dão aos alunos é um dos maiores

fatores limitantes do sucesso da atividade.

Visto que nessa atividade o enfoque é “redescobrir o laboratório”, visando os

melhores resultados possíveis, torna-se fundamental que os alunos recebam

algumas instruções que antecedem e auxiliam na organização de trabalho no

laboratório.

Partindo desse ponto, cada aluno receberá o texto intitulado “Trabalhando

aulas práticas com segurança e evitando comportamentos inadequados”,

desenvolvido a partir de Krasilchick (2004 p.122 a 124) e, de posse do texto,

inicialmente será feita a leitura, em seguida, a atividade proposta conforme citado na

metodologia.

2. Objetivos:

• Promover a interação entre o texto e o aluno;

• Estabelecer regras de comportamento, validas para todo o trabalho de

laboratório;

• Conhecer os equipamentos mais usados no ensino de biologia.

3. Materiais:

Texto impresso, microscópio, lupa, balança, bico de Bunsen, termômetro,

béquer, tubo de ensaio, placa de Petri, funil, lamínula, lâmina, caneta, diagrama

impresso.

4. Metodologia:

Os alunos irão ao laboratório de biologia, onde farão a leitura do texto

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impresso (anexo I). Em seguida, receberão um diagrama e procurarão as palavras

em negrito do texto. Após encontrar todas as palavras, irão reconhecer os materiais,

que estarão dispostos sobre a bancada e representá-los no caderno de forma

esquemática. Acredita-se que tal atividade contribuirá na redescoberta do

laboratório!

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ANEXO I

Trabalhando aulas práticas com segurança e evitando comportamentos

inadequados

É considerável a necessidade de uma parte prática na disciplina de biologia,

além de ser uma importante estratégia de ensino, auxiliam os objetivos na formação

dos estudantes; estimulam o espírito de cooperação e aumentam a discussão entre

os estudantes sobre as atividades que estão sendo exercidas.

Por questões de segurança, no laboratório de biologia, boa iluminação e

ventilação são imprescindíveis. Microscópio , lupa , balança de precisão, bico de

Bunsen , termômetro , béquer, placa de Petri, cápsula de porcelana , tubo de

ensaio , funis , pipetas , lâminas , lamínulas são alguns dos equipamentos e

vidrarias usadas para as praticas de biologia.

Para que as atividades deem o melhor resultado possível, é imprescindível o

conhecimento das regras de comportamento, válidas para todo o trabalho de

laboratório, entre elas:

O lixo não deve ficar espalhado pelo chão;

As soluções devem ser pipetadas com bulbo de sucção , nunca com a boca;

Não se deve ingerir alimentos ;

O agasalho do aluno não deve ficar espalhado. Seguindo essas instruções de forma

precisa, trabalharemos aulas práticas com segurança e evitaremos comportamentos

inadequados tornando as aulas de biologia tanto mais produtivas quanto melhores.

Caro Aluno:

“Redescobrindo o laboratório II” é a nossa próxima atividade. Após leitura,

para que você se familiarize com algumas expressões, materiais e vidrarias que

vamos utilizar nessa etapa da aula, bem como, conheça regras básicas de

comportamento no laboratório, elaboramos o caça-palavras educativo. Para tanto,

procure e marque no diagrama abaixo, as palavras que estão em negrito no texto.

Contamos com a sua participação!

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O R T T E B A L A N Ç A L A M S L A M I N A S

T E U M O T R O I J W M S T A F I G R U O T O

M U B W S R Ã M V X I Y H T C S U J I F I E I

A Q O Z E J B P Ç N O D E J P D F N L U P A R

N E D F Q P T L C A O P A D N E V A I R O T O

A B E X V I U A B B I O L O G I A O C S C T T

L A E U B I O C I P D R M O O A Ç C U S S V A

E Q N Z M E N A C A G S O T N E M I L A O K R

C Ç S A I R A R D I V E N T I L A Ç A O R Z O

R L A M I N U L A P N N E S N U B E D O C I B

O W I L Ç F D O R T E M O M R E T A X W I R A

P P O O H L A S A G A I L U M I N A E R M R L

O R T T E B A L A N Ç A L A M S L A M I N A S

T E U M O T R O I J W M S T A F I G R U O T O

M U B W S R Ã M V X I Y H T C S U J I F I E I

A Q O Z E J B P Ç N O D E J P D F N L U P A R

N E D F Q P T L C A O P A D N E V A I R O T O

A B E X V I U A B B I O L O G I A O C S C T T

L A E U B I O C I P D R M O O A Ç C U S S V A

E Q N Z M E N A C A G S O T N E M I L A O K R

C Ç S A I R A R D I V E N T I L A Ç A O R Z O

R L A M I N U L A P N N E S N U B E D O C I B

O W I L Ç F D O R T E C O M R E T A X W I R A

P P O O H L A S A G A I L U M I N A E R M R L

5. Resultados:

Após a execução do caça palavras educativo, os alunos identificarão os

materiais selecionados e dispostos sobre a bancada representando e nominando-os

no caderno.

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Atividade 03

Simulando um protocolo

1. Introdução:

No laboratório de biologia, inicialmente, será explicada, a técnica mais

utilizada para o estudo dos cromossomos (microtécnica ou microcultura), que é a

cultura de leucócitos. Evidenciando o tipo de célula que é utilizada e as substâncias

químicas necessárias para realizar o processo.

Conforme Beiguelman (1982), para a cultura de leucócitos são suficientes 10

a 15 gotas de sangue heparinizado, mantido em estufa a 37ºC durante 72h, visto

que é ao redor desse período que a taxa de mitoses em linfócitos atinge o seu

máximo. Após esse tempo, acrescenta-se a substância colchicina, que ali

permanece por mais duas horas, sendo depois centrifugado. Após desprezar todo o

sobrenadante, as células são submetidas à hipotonia. Isso é conseguido

acrescentando-se 3ml de solução de cloreto de potássio, que penetra nas células,

inchando-as e possibilitando uma dispersão maior dos cromossomos. As células

então são fixadas, com uma solução de metanol e acido acético. Este material é

distribuído sobre as lâminas e corado adequadamente, para posterior exame ao

microscópio. As metáfases melhores são fotografadas e ampliadas, possibilitando o

estudo do conjunto cromossômico do indivíduo, ou seja, do cariótipo.

Na sequência serão simuladas algumas das etapas do protocolo, para que

seja observada a célula metafásica, porém, apenas na lâmina da professora será

realizado o processo real.

2. Objetivos:

• Demonstrar aos alunos como é desenvolvido um protocolo em um laboratório;

• Relacionar os conteúdos teóricos aprendidos com a prática.

• Reconhecer na prática o número diplóide de Homo sapiens como 46

cromossomos.

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3. Materiais:

Lâmina, tubo tipo eppendorf, suporte para lâmina, água aquecida,

termômetro, corante, tetina (conta-gotas), ponteira cortada, álcool, microscópio,

suspensão celular armazenada em tubo tipo eppendorf.

4. Metodologia:

Com o auxílio de uma imagem de microtécnica ou microcultura, serão

explicadas quais as etapas necessárias para realizar um protocolo em laboratório.

Após a explicação, serão demonstradas algumas das etapas do protocolo, desde

seu armazenamento bem como é feita a transferência para a lâmina e coloração. A

transferência do material oriundo do tubo contendo a suspensão celular será

executada pela professora. Na sequência, os alunos realizarão essa mesma etapa,

mas com tubo contendo álcool, conforme descrito abaixo:

a.. Colocar previamente uma lâmina mergulhada em água com temperatura a 60 C;

b. Homogeneizar a suspensão celular contida no tubo tipo eppendorf, utilizando uma

ponteira adaptada a uma tetina.

c. Retirar a lâmina da água aquecida e pingar duas gotas em posições distintas

sobre a lâmina (esta deverá estar inclinada e posicionada a uma distância de

aproximadamente 50 cm);

d. Aguardar secar;

e. Corar com o corante Giemsa previamente preparado por 6 minutos; lavar a lâmina

aguardar secar.

f. A lâmina contendo o material será submetida à coloração. Posteriormente, a

mesma será posicionada no microscópio acoplado à televisão para ser observada

com aumento de 1000X, mostrando a célula metafásica. Alguns pontos serão

trabalhados:

a. Por que os cromossomos estão espalhados.

b. Número de cromossomos.

c. Tamanho dos cromossomos.

d. Cromossomos sexuais.

Após os alunos observarem o material no microscópio, receberão uma célula

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metafásica impressa e entregarão a atividade na forma de relatório (anexo)

5 Resultados e Discussão

Será realizado pelo desenvolvimento do relatório abaixo:

Colégio:______________________________________________________________________________-

Aluno:____________________________________________________-

Relatório

1.Observe a célula metafásica e responda:

Fonte: Célula Metafásica

Imagem cedida pela professora orientadora Ms. Jocicléia T. Konerat

1) Qual o número diplóide?

2) Circule o maior par de cromossomos.

3) Esse indivíduo é normal?

4) É possível identificar os cromossomos sexuais do indivíduo?

5) É possível identificar os grupos a que pertence cada cromossomo?

6) É possível identificar o centrômero dos cromossomo

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Atividade 04

Montando o cariótipo de Homo sapiens

1. Introdução:

De acordo com Robertis (2003), o que faz com que os cromossomos cheguem a

ser vistos como estruturas individuais na metáfase é o grau de compactação. Esse

grau de compactação permite que os cromossomos sejam fixados, fotografados,

podendo ser isolados e ordenados com relativa facilidade. O mesmo autor escreve

que o conjunto de tais cromossomos, dispostos sobre uma folha, de acordo com

uma ordem preestabelecida, recebe o nome de cariótipo.

Desse modo, vale a pena ressaltar que cada espécie tem um complemento

cromossômico característico em número e forma. Sob essa ótica, é oportuno lembrar

que, em condições normais, as células humanas somáticas possuem 46

cromossomos, isto é, 46 moléculas de DNA, divididos em 22 pares de autossomos

mais um par de cromossomos sexuais. Os dois membros do par sexual são

idênticos entre si na mulher, porem distintos no homem. E como entender o modo

pelo qual os cromossomos metafásicos das células somáticas humanas são

identificados? Nesse sentido, a aula prática tem um lugar insubstituível, conforme

ressalta Krasilchik (2004), pois somente nas aulas práticas os alunos enfrentam os

resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imaginação e raciocínio.

Assim sendo, que tal enfrentarmos resultados não previstos e aprendermos com

o cariótipo Homo sapiens?

2. Objetivos:

• Conhecer o número normal de cromossomos da espécie humana;

• Reconhecer o cariótipo como instrumento para estudo de cromossomos;

3. Materiais:

Foto contendo um cariótipo parcialmente montado contendo 46

cromossomos; tesoura; cola; folha contendo as normas para montagem do cariótipo;

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folha devidamente identificada para a montagem preliminar, fita crepe.

3. Metodologia:

Os alunos serão organizados em grupos de no máximo três integrantes. Os

mesmos receberão os materiais descritos para realizar a atividade, conforme

descrito abaixo:

Montagem da prancha:

1) Retirar o preenchimento dos retângulos pertencentes a cada grupo

cromossômico;

2) Colar fita crepe, sendo que a parte colante deve ficar voltada para frente;

Recorte dos cromossomos:

1) Na parte superior da foto já estão organizados dentro de cada grupo um de

cada cromossomo homólogo. Os mesmos deverão ser recortados e colados

na respectiva posição.

2) Após ter concluído esta etapa, na parte inferior da foto estão distribuídos os

homólogos de cada um dos cromossomos recortados. Estes deverão ser

recortados e pareados (devendo ser observado tamanho, posição do

centrômero e as bandas).

3) Após conferência da professora, os pares de cada cromossomo homólogo

serão transferidos e colados para a folha definitiva;

4) Abaixo deverá ser preenchido o número diplóide.

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Atividade 05

Identificando as alterações numéricas e relacionand o as síndromes em Homo

sapiens

1. Introdução

Segundo Robertis (2003), o funcionamento normal do sistema genético se

mantém pela constância do material hereditário presente nos cromossomos.

Acidentalmente, podem ser produzidas alterações no cariótipo que têm diversas

consequências genéticas. Neste contexto, Almeida et al.,(1994) ressalta que, os

indivíduos com cromossomos a mais ou a menos são originados por meioses

defeituosas, como, por exemplo, através da não separação de um par de

cromossomos homólogos (não-disjunção). Em outras palavras, ocorrem erros na

meiose e estes geram as cromossomopatias, investigadas pela Citogenética Clínica.

Diante disso, como demonstrar aos alunos a importância desse conteúdo vinculando

a realidade? Consta nas Diretrizes Curriculares que a aula deve introduzir momentos

de reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação

com possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas

das teóricas (DCE, 2008).

2. Objetivos:

• Reconhecer a importância dos estudos cromossômicos para a prevenção e

diagnóstico de síndromes cromossômicas;

• Reconhecer o cariótipo como um instrumento no estudo de cromossomos bem

como sua aplicação no diagnóstico de anormalidades numéricas;

• Diferenciar as aberrações cromossômicas numéricas e caracteriza-las.

3. Materiais:

Cariótipo do individuo normal montado na aula anterior

Um cromossomo autossomo previamente recortado: 21,13,18

Um cromossomo sexual previamente recortado: X

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4. Metodologia:

Para cada grupo serão distribuídos cromossomos extras, sendo um de cada

vez. Esses cromossomos extras estarão colados em uma imagem que representa

um ovócito e espermatozoide. De posse de cada cromossomo extra, os alunos

deverão comparar no cariótipo que montaram e reconhecer a que grupo pertence.

Na sequência, será denominada a síndrome e apresentadas as anormalidades

cromossômicas mais comuns para cada síndrome. Assim, Síndrome de Down ou

trissomia do cromossomo 21 é a alteração cromossômica mais conhecida

decorrente da não-disjunção na meiose materna; Síndrome de Edwards ou trissomia

do cromossomo 18, devido a uma não-disjunção parental; Trissomia do cromossomo

13 ou síndrome de Patau, devido a uma não-disjunção na primeira ou na segunda

divisão meiótica em qualquer um dos genitores; Monossomia do cromossomo X ou

síndrome de Turner, pode surgir de não-disjunção em qualquer um dos genitores;

Síndrome de Klinefelter origina-se através de erros por não-disjunção na meiose

materna.

5. Resultados:

Os alunos identificarão o cromossomo recebido, de qual progenitor,

denominarão a síndrome e suas principais características.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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