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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: O ENSINO DA ORTOGRAFIA NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE INTERVENÇÕES SIGNIFICATIVAS

Autor WILZA HASS ZANONI

Disciplina/Área (ingresso no PDE)

LÍNGUA PORTUGUESA

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO, SITO NA RUA CORONEL LUSTOSA, NÚMERO 2.041, GUARAPUAVA, PR.

Município da escola

GUARAPUAVA

Núcleo Regional de Educação

GUARAPUAVA

Professor Orientador

CRISTIANE MALINOSKI PIANARO ANGELO

Instituição de Ensino Superior

UNICENTRO

Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).

TODAS AS DISCIPLINAS PODEM/DEVEM INCENTIVAR A REFLEXÃO ORTOGRÁFICA DOS APRENDIZES.

Resumo (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples).

O aprendizado da ortografia é um processo que caracteriza a modalidade escrita da língua. Sustentando-se em teorias mais recentes, que priorizam formar o aluno como sujeito que interage com o conhecimento, foram sugeridas nesta unidade didática atividades que visam a alicerçar a prática do professor em sala de aula no trabalho com ortografia. Propõem-se que os encaminhamentos para o trabalho com as convenções ortográficas levem em conta casos de regularidades (diretas, contextuais e morfológico-gramaticais) e irregularidades de nossa norma ortográfica, conforme propõe Morais (2001). O trabalho didático-pedagógico será direcionado para que o aluno perceba a importância da escrita ideal, conforme as situações a serem enfrentadas na sociedade. Para tanto, toma-se o gênero discursivo carta do leitor, a partir do qual será apresentada uma sequência didática, incluindo-se, nessa, atividades reflexivas sobre ortografia.

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Palavras-chave (3 a 5 palavras)

AQUISIÇÃO DA ESCRITA; ORTOGRAFIA; 6º ANO;

Formato do Material Didático

UNIDADE DIDÁTICA

Público Alvo (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...).

Alunos do 6º ano do ensino fundamental. As atividades propostas serão direcionadas aos discentes com recomendações aos docentes em como desenvolver o conteúdo sobre ortografia em sua prática.

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APRESENTAÇÃO

CARO PROFESSOR, CARA PROFESSORA.

Penso que as atuais dúvidas sobre como tratar a ortografia são o reflexo dos avanços que temos vivido na área de língua portuguesa e que nos têm levado a priorizar, no trabalho escolar, a formação de alunos que possam ler e produzir textos significativos. Vivemos um momento histórico de renovação: pouco a pouco, vamos conseguindo que a língua ensinada na escola tenha propósitos e características semelhantes aos que adotamos quando lemos e escrevemos fora do ambiente escolar (MORAIS, p. 17, 2001).

A dúvida em como desenvolver o trabalho pedagógico significativo com a

ortografia em sala de aula foi o motivo de buscar o estudo sobre esse tema.

Sabe-se que as atribuições do professor de língua portuguesa são várias:

ensinar a ler, interpretar e a escrever, em busca do letramento do aluno. Como

parte do processo de aquisição e aperfeiçoamento da escrita, é preciso que o

professor prepare atividades também voltadas à apropriação da escrita

padronizada, exigida em alguns gêneros discursivos mais formais.

A ortografia é um processo que caracteriza a modalidade escrita. Portanto,

precisa ser trabalhada em sala de aula. Nesta unidade didática estão sugestões de

material didático-pedagógico ao docente de língua portuguesa, para serem

aplicadas mais especificamente para alunos do 6º ano, mas que podem ser

adaptadas a outras séries.

A abordagem foi conduzida conforme os apontamentos teóricos das

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008), que defendem o

desenvolvimento de um sujeito-aprendiz autônomo diante da apropriação do

conhecimento. Um sujeito que, ao se deparar com dificuldades relacionadas às

particularidades da língua, como as ortográficas, tenha condições de refletir sobre

o processo de formação linguístico, e conseguir escrever de maneira apropriada.

É no período de formação escolar que o aluno deve obter esses

conhecimentos linguísticos, pois muitas vezes espera-se que o discente represente

a língua escrita conforme os padrões convencionados, deduz-se que domine o

processo linguístico da língua materna, sem, no entanto, que se tenha abordado

atividades direcionadas para sanar as dificuldades que enfrenta em representar a

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escrita. Por ser falante nativo, subentende-se que domine certas particularidades

do registro das palavras, porém esse processo de representar a língua falada para

a escrita é complexo, devido às variações de regras que a Língua Portuguesa

apresenta.

Por esse motivo, é preciso que a prática docente esteja voltada a

desenvolver atividades a sanar as dificuldades ortográficas dos aprendizes, de

maneira mais reflexiva, levando em consideração, a língua como se apresenta no

meio social, com o uso formal e informal dos gêneros discursivos.

Como lembra Morais (2001, p. 18) os erros de ortografia “funcionam como

uma fonte de censura e de discriminação, tanto na escola como fora dela”, ficando

evidente que o aluno precisa se apropriar desses conhecimentos da língua, para

saber o momento propício de usá-la ou manifestar-se livremente como achar

conveniente.

As atividades, desta unidade didática, estão direcionadas aos discentes,

com apontamentos e sugestões de trabalho aos professores.

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UNIDADE DIDÁTICA

REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM

A LÍNGUA EM USO

- Imagine uma situação de comunicação, entre um grupo de jovens, em

várias situações do cotidiano:

a) ao celular com o irmão;

b) na diretoria do colégio, com o gestor escolar;

c) no facebook, com os colegas;

d) no banco financeiro, com o gerente.

- Em trio, com seus colegas de classe, represente através de diálogos essas

situações do uso da fala.

- Após a leitura dos diálogos, converse com os colegas sobre as diferentes

maneiras de falar de acordo com a situação em que a pessoa está. Reflita: o modo

de falar, ao celular com o irmão; na diretoria, com o gestor escolar; no facebook e

ao banco financeiro, com o gerente é o mesmo?

- Assista ao vídeo

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=9553

e discuta sobre a variação linguística apresentada.

- O que você e seus colegas acham que seja: variação linguística?

PROFESSOR

A citação sobre variação linguística de Cagliari (2009) apresenta

algumas considerações que são importantes de serem comentadas com os

alunos.

(…) as línguas evoluem com o tempo, se transformam e vão adquirindo peculiaridades próprias em função do seu uso por comunidades específicas. (...) O que as diferencia são os valores

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sociais que seus membros têm na sociedade. Desse modo, um baiano falará como baiano, não como o gaúcho, uma pessoa de classe alta não falará como uma pessoa de classe baixa, e assim por diante (CAGLIARI, p. 70, 2009).

Comentar com o aprendiz sobre a relevância que a sociedade atribui

àquele que se expressa segundo o dialeto padrão da língua, o que não

ocorre com outro que não se manifesta da mesma forma. Cagliari constata

que:

Uma pessoa que deseja trabalhar como operário que lida em silêncio com uma máquina pode consegui-lo mesmo se falar um dialeto estigmatizado pela sociedade (aliás, se falar “bonito”, vai chocar as pessoas). Porém, se alguém aspira a um emprego em que se lide com o público, sobretudo envolvendo as classes sociais mais altas, só o obterá se for falante do dialeto dessas mesmas classes. Se uma pessoa deseja frequentar os mesmos lugares que pessoas de determinada classe social considerada de prestígio, ou ocupar cargos de poder, deverá saber falar como as pessoas desse grupo, ou satisfazer as expectativas linguísticas que a sociedade tem a respeito da fala de seus dirigentes. (p. 72, 2009)

Ao manifestar-se por escrito, é possível ser de modo informal, conforme seu

estilo de variação linguística. Isso é permitido em alguns gêneros discursivos, como

em bilhetes, cartas para familiares, mensagens e outros, quando o destinatário tem

um relacionamento mais íntimo com o remetente. No modo formal da escrita os

gêneros seguem a forma padrão, como: em documentos, pesquisas, notícias e

outros. Hintze e Antonio (p.115, 2010) vêm ao encontro dessa ideia ao defenderem

que a escola deve respeitar o modelo linguístico do aluno e ensinar a ele o modelo

que possa ser utilizado em situações de uso formal da língua.

PROFESSOR

Oportunizar reflexão nesse momento para que o aluno perceba a

importância de se apropriar da forma padronizada da língua. Porém, é

imprescindível ressaltar que as variações linguísticas, próprias de cada um,

não são consideradas erradas, ficando a critério do falante decidir os

momentos adequados de expressar-se livremente, conforme a situação

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social em que se encontra.

A escrita formal deve seguir as normas preestabelecidas da ortografia.

- Vejamos o que diz Morais (2001) sobre ortografia. Leia, analise, pesquise

outras fontes e, com suas palavras, conclua o que é ortografia.

Segundo Morais (p. 18, 2001): a ortografia: é uma convenção social cuja

finalidade é ajudar a comunicação escrita.

Defende também, que:

A ortografia funciona como um recurso capaz de “cristalizar” na escrita as diferentes maneiras de falar dos usuários de uma mesma língua. Escrevendo de uma forma unificada, podemos nos comunicar mais facilmente. E cada um continua tendo a liberdade de pronunciar o mesmo texto à sua maneira quando, por exemplo lê em voz alta (MORAIS, p. 19, 2001)

Sendo a ortografia uma convenção, é preciso que, ao produzirmos textos de

diferentes gêneros discursivos, adotemos as regras ortográficas.

Nessa unidade, vamos refletir a respeito da ortografia a partir do gênero

carta do leitor.

Vejamos como é uma carta do leitor, onde é publicada, quem a escreve,

quem a lê.

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A LINGUAGEM EM GÊNEROS DO DISCURSO

GÊNERO EM DISCUSSÃO:

CARTA DO LEITOR

Disponibilizar vários suportes em que circule o gênero, carta do leitor,

para que o aluno possa compreender em qual situação de interlocução ela

ocorre: revistas, jornais, sites e outros.

- Para apreender algumas características da carta do leitor, leia alguns

exemplares desse gênero:

Carta 1:

Li e adorei!!

Olá pessoal de CHC. Tenho onze anos e curso a quinta série. Conheci a CHC

neste ano por meio de uma amiga da minha mãe. Quando eu li a revista,

adorei e pedi para meu pai fazer a assinatura. Eu adoro a seção Galeria dos

Bichos Ameaçados de Extinção e a seção Quando crescer vou ser... Minha

edição favorita até agora foi a CHC 169. Eu gostaria que vocês publicassem

meu endereço para que outros leitores possam se corresponder comigo.

Abraço para o Zíper, para a Dina e para o Rex.

Álvaro Jader Lima Dantas. Rua Silenio Lopes, 425, ap. 101, 58039-190. João

Pessoa/PB.

Que bom que você leu e gostou da CHC, Álvaro. Abraços de toda a turma.

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Carta 2:

Louco por ciência

Querida CHC quero dizer que adoro suas matérias, pois sou louco por

animais e pela ciência. Gostei muito do artigo Os microvilões, publicado na

CHC 130. Quero pedir que publiquem meu endereço na revista. Estou a fim

de fazer amizade com pessoas novas. Paulo Izidório da Conceição Luz.

Rua Pedro da Silva Oliveira 165, Centro, 4849000, Inhambuque/BA

Esperamos que você faça muitos amigos, Paulo. Abraços.

Carta 3:

Recado verde

Oi, CHC! Amo esta revista interessante. Adorei a matéria sobre o peixe-boi,

publicada na CHC 107. Quem gosta de poesia, música, desenho e natureza é

só me escrever. Espero responder todas as cartas. Gostaria de mandar um

recado para quem destrói a natureza: Vamos ficar sem o nosso verde!

Marisol Xavier.

Rua Açucena 375, Jardim da Paz, 39314000, Chapada Gaúcha/MG.

Valeu o recado, Marisol. Beijos!

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ATIVIDADES: GÊNERO CARTA DO LEITOR

- Após ter lido essas três cartas de leitores, você observou que há algumas

características em comum entre elas e outras diferentes. Vamos identificá-las,

seguindo o que pede no quadro a seguir. Complete-o:

destinatário cumprimento assunto principal despedida resposta da CHC

Carta 1

Carta 2

Carta 3

- Agora, reflita e responda:

1- Observe o título de cada carta, e responda: quem o colocou: o remetente

ou os próprios editores da revista? Justifique sua resposta.

2- Que ideia cada título revela do texto?

3- O que há de diferente entre uma carta e outra?

4- Toda carta do leitor, representa a intenção do leitor em escrevê-la. Qual

foi a intenção de cada um, nas cartas mencionadas anteriormente? (Opinar,

elogiar, indignar, criticar, agradecer, reclamar, solicitar, outra).

5- CHC é uma sigla da Revista Ciência Hoje das Crianças. Os leitores em

geral são crianças e jovens, percebe-se que a linguagem representa seus

escritores, por manifestar uma certa informalidade no modo de escrever.

Em outros veículos de comunicação, como revista Veja, Isto é, Revista

Época; Jornais: Gazeta do Povo, Folha de São Paulo, jornais locais e outros, onde

os leitores são adultos, observe como a linguagem se manifesta:

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Senhor Editor:

Dirigimo-nos a essa prestigiada revista para estranhar a ausência dos artigos

do Prof. Olavo de Carvalho, ultimamente, em suas páginas.

Motivados pelo costume e pela necessidade de ler as lúcidas e precisas

colocações do Professor, solicitamos que sua publicação não volte a ser

interrompida, o que traria um enorme vácuo ao ambiente intelecto-cultural do

país, já insuportavelmente árido, medíocre e monocórdio

Atenciosamente

Ademar Pereira Zorek (nome fictício)

- Comparando as cartas dos leitores da revista Ciências Hoje das Crianças,

com essa carta do leitor Ademar, responda: Elas seguem a mesma estrutura? E a

linguagem também é a mesma?

6 - Na carta do Ademar, há palavras que você não utiliza no dia-a-dia? Quais

são?

7 - Juntamente com o seu professor e seus colegas, conclua o que é carta

do leitor:

Professor, através da observação dos modelos de carta do leitor

apresentados nessa sequência didática e de outros que poderão ser

apresentados aos alunos em suporte próprio em que veiculam, podem-se

discutir as particularidades das cartas, para que os alunos percebam as

características em comum que apresentam para serem consideradas: carta

do leitor.

Faz-se necessário comentar com o aluno, os três tipos de carta: carta

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familiar, carta do leitor e carta ao leitor.

Carta ao leitor: direcionadas aos leitores da revista, os editores

apresentam alguns conteúdos mais interessantes que a revista traz naquela

edição. Proporcionar exemplos em suportes próprios.

8 - As cartas que você leu seguem as convenções ortográficas?

9 - Se na primeira carta, o produtor estivesse escrito: “peçoal”, “quimta”,

“asinatura”, “publicasem”, você acha que a carta seria publicada? Discuta essa

questão.

10 - Leia o texto de divulgação científica “Fauna”, com bastante atenção e

em dupla encontre com seu colega, qual é a ideia principal do texto:

Fauna

No Brasil existe uma enorme variedade de animais. Todas as espécies

têm significado para o equilíbrio da natureza. Além de importância científica,

social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a

sustentabilidade dos ecossistemas.

Elza Fiuza/ABr Pesquisadores da USP descobriram na Floresta

Nacional de Carajás um refúgio de araras-azuis.

Entre os mais famosos animais brasileiros estão o tamanduá-bandeira,

a onça-pintada, o peixe-boi, o boto-rosa e a arara-azul-de-lear. Algumas

espécies não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.

Somos o País da América do Sul com a maior diversidade de aves e

também o que abriga o maior número de primatas, animais vertebrados e

anfíbios da Terra. Estima-se que existam no Brasil mais de 11 mil espécies de

mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes no país, 30 milhões de espécies

de insetos e cerca de 30 mil espécies de outros invertebrados.

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As espécies de peixe de água doce somam 3 mil, um total três vezes

maior que o de qualquer outro país. Na lista de espécies nativas brasileiras

estão pelo menos 17% das aves e 10% dos anfíbios e mamíferos

encontrados em todo o planeta.

Apesar de toda esta riqueza, a fauna silvestre está sendo ameaçada

por uma verdadeira exploração predatória. O desmatamento das florestas, a

poluição das águas, o comércio ilegal de animais e a caça predatória são

fatores que vêm exterminando muitos animais e diminuindo a riqueza da

fauna.

Novas espécies estão sendo descobertas e imediatamente

consideradas ameaçadas de extinção. O mico-leão-caissara, o bicudinho-do-

brejo e a ararinha-azul são exemplos de animais que em breve poderão

deixar de existir.

Para incentivar a conservação da biodiversidade brasileira, o Ministério

do Meio Ambiente encomendou para centenas de especialistas um criterioso

trabalho científico que resultou no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Animais

Ameaçados de Extinção que colabora para a divulgação do problema e a

tomada de decisões para iniciativas de proteção. A lista, atualizada em 2008,

aponta 627 espécies de animais brasileiros que correm risco de sumir da

natureza, sendo 394 espécies terrestres e 233 espécies aquáticas.

Tráfico de animais

O comércio ilegal de animais silvestres é um dos grandes problemas

enfrentados na conservação da fauna brasileira. Milhões de bichos são

mortos pela ganância de quem vende e pela desinformação de pessoas que

criam bichos selvagens como se fossem animais domésticos.

Calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire, anualmente, cerca

de 12 milhões de animais de nossas matas. Outras estatísticas estimam que

o número real esteja em torno de 38 milhões.

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Fontes:

Ministério do Meio Ambiente

IBAMA

EMBRATUR

IBGE

Eco Desenvolvimento

11 - Agora, chegou a sua vez de produzir uma carta de leitor, comente a

respeito do texto: “Fauna”, escolha com que intenção escreverá: elogiar, criticar,

manifestar indignação, solicitar algo, apoiar, agradecer ou outra. A sua carta será

enviada para o site http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/ecossistema, de

onde o texto foi retirado.

PROFESSOR

Posteriormente a leitura do texto e debate do tema abordado, o aluno

poderá escolher, com que finalidade escreverá e qual será o seu

destinatário.

Após essa primeira produção do aluno, serão diagnosticadas as

dificuldades relacionadas às dúvidas sobre o gênero carta do leitor, também

como as dificuldades ortográficas. As dúvidas sobre a estrutura e demais

especificidades do gênero: carta do leitor, serão sanadas através de

sequência didática.

Para um ensino produtivo da ortografia, torna-se fundamental

verificar, como ponto de partida, que tipos de erros ortográficos os alunos

cometem em seus textos. As dificuldades ortográficas serão trabalhadas

coletivamente, as que forem dúvidas da maioria e, particularmente, as

demais.

Jaime Luiz Zorzi (1998) apresenta algumas possibilidades de

incidência de dificuldades apresentadas pelos aprendizes e que podem

auxiliar o professor a levantar os tipos de erros cometidos pelos alunos:

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Alterações ou erros decorrentes da possibilidade de representações

múltiplas

Alterações ortográficas decorrentes de apoio na oralidade

Omissões de letras

Alterações caracterizadas por junção ou separação não convencional

das palavras

Alterações decorrentes de confusão entre as terminações AM e ÃO

Generalização de regras

Alterações caracterizadas por substituições envolvendo a grafia de

fonemas surdos e sonoros

Acréscimo de letras

Letras parecidas

Inversão de letras

Outras

REFLETINDO SOBRE A ORTOGRAFIA

Professor, as atividades que seguem deverão ser desenvolvidas com

os alunos conforme as dificuldades diagnosticadas, a partir da observação e

das produções de texto deles. Para os encaminhamentos, toma-se como

apoio as discussões propostas por Morais (2001), no livro “Ortografia:

ensinar e aprender”:

Segundo Morais (p.27–28, 2001), há palavras escritas que seguem

regras regulares e irregulares.

Nas regulares, a representação letra-som pode servir como base para

o registro escrito. Ocorre nessas palavras o “princípio gerativo”: uma regra

que se aplica a várias (ou todas) as palavras da língua nas quais aparece a

dificuldade em questão. É, por exemplo, o que ocorre com o emprego de R

ou RR em palavras como “honra” e “cachorro”.

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As regulares podem ser compreendidas pelos alunos, não é preciso

memorizá-las.

As irregulares não possuem uma maneira única de reprodução letra-

som, caso do fonema /Z/,em palavras, como: caso, exato, riqueza..., fonema

/S/: seguro, cidade, auxílio, cassino, piscina, cresça, giz, força, exceto...,

fonema /G/: girafa, jiló..., fonema: /X/: enxada, enchente..., mas envolvem,

ainda, por exemplo o emprego do H inicial: hora, harpa... a disputa entre E e

I, O e U em sílabas átonas, como: cigarro e seguro, bonito e tamborim..., a

disputa entre do L com o LH: Júlio e julho, família e toalha..., ditongos que

têm uma pronúncia “reduzida”: caixa, madeira, vassoura,etc.

Em todos esses casos das irregulares, não há regra que ajude o

aprendiz, é preciso consultar o dicionário ou outros a fins e memorizar.

Dessa forma, as palavras com escritas regulares, devem ser

compreendidas e as que apresentam dificuldades irregulares na escrita

devem ser memorizadas.

TRABALHANDO OS CASOS DE IRREGULARES

É importante salientar que nos casos das irregulares: não existe uma

regra que possa justificar a escrita. Resta ao aprendiz memorizá-la, ou seja,

conservar na mente a imagem visual da palavra. Portanto, se torna mais

conveniente que o professor elimine de sua prática os exercícios de

preenchimento de lacunas que se referem a casos de irregularidades (por

exemplo, complete com s, z ou x), pois tais exercícios reforçam a dúvida e o

medo de errar, já que não existe um princípio gerativo capaz de auxiliar o

aluno. O aluno precisa ser exposto à palavra, ver a palavra, para que

consiga fotografar a imagem da palavra em sua mente.

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1 - ATIVIDADE

- Reflitamos sobre a linguagem escrita: precisamos seguir as convenções da

escrita para que possamos nos entender mutuamente. Vamos brincar um pouco

com isso! Um estrangeiro que ainda não domina a escrita completamente e vai

escrever uma carta do leitor, redigiria baseado na oralidade. Como ficariam essas

palavras extraídas dos textos estudados anteriormente?

a) paz:

b) extinção:

c) ameaçados:

d) endereço:

e) luz:

f) Brasil:

g) faça:

h) criterioso:

i) existe:

j) vermelho:

PROFESSOR

Questionar os alunos por que o estrangeiro trocaria as letras das

palavras ao escrevê-las.

O estrangeiro, quando não domina a ortografia da língua, se apoia na

oralidade, para representar na escrita como pronuncia as palavras. É o que

acontece com algumas crianças, conforme Zorzi (p.36, 1998) explica, que as

alterações ortográficas decorrentes de apoio na oralidade são devidas a

preocupação do falante em representar o sistema alfabético, que caracteriza

a escrita, baseada nas correspondências entre sons e letras. Podemos

encontrar palavras que são escritas praticamente como são faladas,

dizemos: “pata” e escrevemos “pata”.

Porém, a escrita alfabética não significa a escrita fonética:

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frequentemente encontramos palavras que são pronunciadas de uma forma

e escritas de maneira diferente (quando há uma discrepância entre o falar e

o escrever). Exemplos: trabalhar - trabaliar; dormir - durmi; se importa -

sinporta...

Essa atividade (brincar de estrangeiro) é denominada por Morais de

transgressão intencional, é importante trabalhar com esse tipo de atividade

porque faz com que o aluno reflita e compreenda que muitos sons das

palavras são representadas graficamente por letras diferentes. E que em

Língua Portuguesa, cada falante e ou grupo de falantes têm suas

particularidades da fala. Porém, a representação gráfica deve ser única.

- Há palavras do texto: “Fauna”, que ao serem lidas apresentam o som

(fonema) de /z/, porém nem todas são representadas pela letra z. Você pode

encontrá-las no trecho a seguir?

No Brasil existe uma enorme variedade de animais. Todas as espécies

têm significado para o equilíbrio da natureza. Além de importância científica,

social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a

sustentabilidade dos ecossistemas.

Elza Fiuza/ABr Pesquisadores da USP descobriram na Floresta

Nacional de Carajás um refúgio de araras-azuis.

- Registre as palavras encontradas no fragmento do texto, em seu caderno e

pesquise outras, que também tem o som de /z/, porém são escritas com letras

diferentes.

Os casos em que a mesma letra pode ser representada por diferentes

sons: a letra c, pode representar o fonema /s/ e o fonema /k/. O fonema /s/,

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pelas letras: s, ss, c, ç, entre outras, como o fonema /z/, são chamadas de

correspondências múltiplas. (Zorzi, p. 34, 1998).

- Oba, chegou a hora de brincar com o: Jogo da memória:

2 - JOGO DA MEMÓRIA

Essa atividade, com o jogo da memória, tem como objetivo mostrar ao

aluno que há palavras que apresentam casos com irregularidades letra-som

(um fonema representado graficamente por várias letras) e que não há uma

regra específica para defini-las. Precisam ser conhecidas e memorizadas.

Recomendo construir vários jogos da memória com dificuldades

diversas: com fonema /z/:zebra, casa, exame,...; com fonema /s/: exemplo:

seguro, cidade, auxílio, cassino, piscina, cresça, giz, força, exceto; palavras

com fonema /g/ girafa, jiboia,; com o fonema /x/: enxada, enchente,...;

palavras com a letra H inicial e outras.

Como confeccionar o jogo:

Em cartões, o professor escreverá as palavras com os casos de

irregularidades, formando vários jogos e uma tabela para cada participante.

Nessa tabela, estarão contidas algumas das palavras dos cartões, que

estarão repetidas nos tabelas dos outros participantes.

Como jogar: os cartões serão distribuídos na mesa para que todos

contemplem as palavras e prestem atenção na disposição que ocupam

sobre a mesa, depois serão virados, para que as palavras não sejam mais

vistas. Aquele que conseguir descobrir onde estão as palavras que

necessita para completar a sua tabela será o ganhador.

Os participantes podem jogar várias vezes o mesmo jogo ou podem

trocar de jogo com outro grupo.

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GIRAFA

JIBOIA

GIGANTE

GEMA

MAJESTADE

GENTE

MÁGICO

HOJE

CANJICA

GELATINA

Observe que há uma palavra que instiga conflito e pode ser explorada

pelo professor: GIGANTE, que apresenta os sons do G, /gi/ e /ga/.

- Brincou bastante? Agora reflita com a sua equipe e diga se há regra que

ajude na escrita dessas palavras.

Todos os alunos devem ter contato com as diferentes dificuldades

ortográficas dos jogos de memória.

Incentivar sempre a utilização do dicionário para verificação de

palavras que causem dúvidas.

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2 - CAÇA PALAVRAS

- Que tal “caçar” umas palavras nesse quadro, procure as seguintes

palavras:

Passeio, cabeça, calça, silêncio, dez, giz, felicidade, adolescente, excelente,

classe, fosforescente, piscina, máximo.

- Pronuncie as palavras encontradas e verifique que som elas têm em

comum. A que conclusão podemos chegar?

PROFESSOR

Despertar no aluno a percepção de que em nossa língua, há várias

palavras com o som/fonema /s/, porém as letras para representá-las podem

ser diferentes .

J B D T Y A B W B E N A S Z I G Ç E

S F O S F O R E S C E N T E E D S C

C M R G A J U I B O D A T D U T H H

L F A D E U J B M L Z F L U O L A U

A N E P U C A B E Ç A L O R A F S T

S A G N O L N O N O N E S T K O D A

S D V I T O L J I H A L D E U C E R

E B E B E S I L E N C I O R F T O E

F A V O F G G N I A F C A V N K P V

K P A S S E I O M O A O L U R I L G

T E A F O R A F S T Y D A I E J M L

J C C C O N L A G N R R P C X B R K

D H L A I O R I O C A D I O C A A I

A G O L T M E A D O L E S C E N T E

E V T Ç I Z O D G B N S C D L D D U

U E P A G R O S M O X T I N E N O T

V D E S I L E N E S I L N M N M R R

K O F H G N I A F S G N A R T R F S

N C G E Y U I Z E S X G E I E D B A

A O M I X A M F F I O A V N F M E Ç

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3 – DITADO: THE FLASH

O ditado é uma atividade que pode ser trabalhada em casos de

irregularidades, o professor, seleciona palavras, a fim de propiciar reflexão e

memorização ortográfica.

Como é o ditado - The Flash: o professor, faz cartões escrevendo

palavras com casos de irregularidades, mostra para os alunos, uma palavra

de cada vez ou para aumentar o grau de dificuldade, mostra duas, esconde a

escrita, pede para que escrevam a(as) palavra(s), depois mostra novamente

o (os) cartão (cartões), para verificação da escrita.

Nesse tipo de ditado é importante que o aluno visualize a palavra com

a dificuldade relacionada com uma irregularidade.

CASOS DE REGULARIDADES

PROFESSOR

Entre os casos de regularidades, podemos identificar três tipos:

regulares diretas, regulares contextuais e regulares morfológico-

gramaticais.

O caso das dificuldades regulares podem ser previstas pelo aluno por

terem um princípio gerativo, uma regra que se aplica a várias palavras da

língua, nas quais aparece a dificuldade em questão.

TRABALHO COM AS DIFICULDADES REGULARES DIRETAS

Nas regulares diretas, encontramos o grupo de relações entre letra-

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som, em que não se encontra outra letra concorrendo para grafar

determinado som. Incluem-se, nesse grupo, as grafias de P, B, T, D, F e V

em palavras como pato, bode... ( Zorzi (1998) chama de correspondência

biunívoca, quando uma letra corresponde a um determinado som).

Segundo Angelo; Penkal e Bettes (2011, p.06), os casos de regulares

diretas incluem :

“a grafia dos chamados ‘pares mínimos’: p/b, t/d e f/v, em que há uma só letra para cada som. Muitos aprendizes podem confundir na hora de registrar algumas palavras, escrevendo ‘parco’, por exemplo, ao invés de ‘barco’. Isso se deve ao fato de os sons em questão serem muito similares em sua realização no aparelho fonador, ou seja, são produzidos expelindo-se o ar do mesmo modo e lugar de articulação, diferenciando-se apenas porque um (por exemplo, o /b/) é vozeado – ocorre vibração nas cordas vocais – e o outro (/p/) é desvozeado – não ocorre vibração”.

Observação: caso os alunos não apresentem dúvidas com as

regulares diretas, não é necessário trabalhá-las em sala de aula.

1 - TRAVA-LÍNGUAS

- DESAFIO: Vamos nos divertir com os trava-línguas. Veja alguns exemplos:

1 - Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta

perfeitamente, portas, paredes e pias, por parco preço, patrão.

- Leia o trava-língua a seguir e depois resolva os exercícios:

2 - Bote a bota no bote e tire o pote do bote.

- Faça um desenho que represente esse trava-língua.

- O que acontece se, na palavra BOTE, trocarmos a letra T por D?

- O que acontece se, na palavra BOTE, trocarmos a letra B por P?

- O que acontece se, na palavra POTE, trocarmos a letra T por D?

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- Descubra as letras que estão faltando e desvende os trava-línguas:

1- O CA...É ESTÁ ...RACO, ....RIO, COM ...ORMIGA NO ...UNDO,

....AZENDO ...O...OCA.

2 - A ...A...Á ...O...A ...E...EU O LEITE DO ...E...Ê.

3 - ...IA, ...IO A ...IO, ...INO ...IO, ...RIO A ...RIO.

4 - A A...E DA ...IÚ...A ...OOU NA ...IOLA DO ...O...Ô.

Respostas dos trava-línguas:

1 - O café está fraco, frio, com formiga no fundo, fazendo fofoca.

2 - A babá boba bebeu o leite do bebê.

3 - Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio.

4 – A ave da viúva voou na viola do vovô.

- Pesquise trava-línguas na internet do colégio, com as seguintes

características, que apresentem palavras com P e B, outras com as letras: T e D, F

e V – treinem bastante em casa e disputem em dupla, quem consegue falar os

trava-línguas sem se perder ao pronunciá-los.

- Escolha um dos trava-línguas que você achou mais interessante e dite-o

ao seu colega.

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- Que tal você criar trava-línguas, seguindo as letras indicadas pela

professora? Vai ser muito divertido!

2 – AMARELINHA

Pular amarelinha!!! Puxa que legal!!!

Como brincar de amarelinha (jogo adaptado):

Antes de sair da sala de aula para brincar com a amarelinha, solicitar

aos alunos que escrevam listas de palavras que comecem com as letras p,

b, f, v, t, d.

Desenhar uma amarelinha para cada quatro ou cinco participantes,

conforme modelo no quadro anterior; os alunos começam a pular a

amarelinha jogando uma pedrinha ou outro objeto na primeira casa, depois

da casa nominada “INFERNO”. Onde está a pedrinha, o participante não

pode pisar. Cada vez que a pedrinha cair em uma casa com letra, o aluno

ficará pulando com um pé só, na casa ao lado e terá que dizer uma palavra

que comece com aquela letra, onde se encontra a pedrinha (não pode ser

nenhuma palavra que já tenha sido dita pelos colegas, caso se engane e

repita uma palavra já mencionada voltará ao início do jogo). Serão

T D

INFERNO

V F

P B

CÉU

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vencedores, os jogadores que chegarem ao “CÉU” sem repetir as palavras e

sem pisar com os dois pés em campo proibido. Os primeiros vencedores

saem do jogo e a disputa continua com os demais.

Objetivo do jogo: Os alunos prestarão atenção na escrita e pronúncia

das palavras com casos de regulares diretas.

CASOS DE REGULARES CONTEXTUAIS

Segundo Morais(2001), regulares contextuais são casos em que a

posição, dentro da palavra, vai determinar a letra a ser usada. O caso do ‘r’ e

do ‘rr’ constitui um bom exemplo. O som /R/ aparece tanto no início da

palavra como no meio de vogais, mas em começo de palavras devemos usar

apenas um ‘r’, enquanto entre vogais, temos de usar ‘rr’, como “rato”,

“guerra” e outros usos: “honra”, “prato” e “barata”.

O uso do ‘z’ inicial é outro exemplo. Sabemos que o som /z/ pode ser

representado pelos grafemas ‘z’, ‘s’ e ‘x’, no entanto, no início de palavras,

sempre usamos ‘z’, como em “Zé”, “zinco”.

Nossa ortografia compreende vários outros casos de regularidades

contextuais que precisam ser trabalhados com os alunos. Por exemplo:

- a escrita das vogais e ditongos nasais, representados de cincos

maneiras (conforme exemplificado, mais adiante, na atividade da Palavra

Cruzada)

- O uso do G ou GU, como em “garoto” e “guerra”.

- Do C e do QU, notando o som /k/, como em “capeta” e “quilo”.

- O uso do J formando sílabas com o A, O e U, como em “jabuti”,

“jogada” e “caju”.

- O uso do S no início das palavras, formando sílabas co A,O, U:

“sapinho”, “sorte” e “sucesso”.

- O uso do O ou U no final das palavras que terminam “com o som de

U” (por exemplo, “bambo” , “bambu”).

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- E do uso do E ou I no final de palavras que terminam “com o som de

I” ( por exemplo, “perde”, “perdi”).

Neste tipo de relações letra-som, é o contexto, dentro da palavra, que

vai definir qual letra (ou dígrafo) deverá ser usada. O que leva a

compreensão dessas diferentes regras “contextuais” é despertar no aluno a

percepção para os diferentes aspectos das palavras, em alguns casos, ele

precisará apenas observar qual letra vem antes ou depois (por exemplo o

uso do M ou N). Em outros casos terá que atentar para a tonicidade (como

na disputa entre o O e U no final das palavras).

Em alguns casos as regras se aplicam em todas as palavras da língua

nas quais a letra aparece, independente se está no começo, meio ou final da

palavra ( como em G ou GU). Em outros, a regra só serve para certas

posições, como o “som do U” em posição final em palavras átonas se

escrevem com O; em outra posição precisamos memorizar a grafia das

palavras, como em “português” e “tamborim”.

Portanto, para que haja aprendizado de regras contextuais diferentes é

preciso raciocinar de modos distintos sobre as palavras. Isso precisa ser

considerado quando o professor pensa em estratégias de ensino que levem

a incorporação das regras de nossa ortografia.

1 - CARTA ENIGMÁTICA

Professor, atente para que os textos não sejam utilizados como

pretexto para o desenvolvimento de atividades ortográficas, portanto

primeiramente explore as especificidades do gênero e tema abordados, para

posteriormente partir para a análise ortográfica.

- Decifre o enigma dessa carta do leitor:

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Senhor João Henrique.

- Escreva as frases novamente, nas linhas em branco na própria carta.

* Imagens: Domínio público

- Foi fácil, não é?! Agora faça um levantamento das palavras da carta

enigmática que apresentam o som do “R forte”.

- Podemos notar que muitas palavras que apresentam o som do “R forte”,

são escritas com dois “rr”, como em terra, serra, morro e outras. Mas esse som de

“R forte”, também aparece em outras palavras que não estão escritas com “rr”.

Quais são elas?

- Nas atividades anteriores, levando em conta o som do “R forte”, conclua:

- rros + ros editores da Revista: Terra – Cultivo - ios + to:

Tenho a - rário + nra de escrever-lhes, pelas dicas úteis sobre lavoura que nos passam

aproveitamos muito em minha propriedade, principalmente sobre os conteúdos das seguintes matérias: cultivo do

no da serra; sobre a - res + ita da vagem na época adequada, para que fique tenra e

também sobre a - nte + rvação da +ta - ite + s morros.

Continuem escrevendo sobre a problemática da terra.

Agradecido

João Henrique Ferreira

Município de Terra Roxa, K 45, Paraná

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em que situações usamos “rr”? Em que situações usamos “r”? Para responder,

observe o contexto da palavra, ou seja, a letra que vem depois do “r” ou “rr”.

Aproveite e conclua com os alunos, sobre a representação letra-som

do R, para conceituar o seu uso. Pode ser comentado com eles que devido

à semelhança de se pronunciar tal fonema é que, muitos aprendizes se

equivocam ao escrever: honra, tenro, genro, Henrique, e outras, pois

apresentam o mesmo som forte do R que em serra, morro, correto e outras,

porém a representação gráfica se difere, e é constante nos dois casos:

exemplo, genro e em outros casos o N sempre antecede o R.

2 - O EMPREGO DO “M” E DO “N”

Que dúvida cruel! Quando devo usar o M? Quando devo usar o N? Será que

é “canto” ou “camto”? Como saber?

- Observe as letras posteriores ao N e M nas palavras retiradas do texto:

Fauna, depois elabore uma regra para usá-la sempre que ocorrer esse tipo de

caso:

Tamanduá-bandeira

onça-pintada

insetos

anfíbios

desmatamento

REGRA:

Usamos N antes de …...............

Templo

ambientes

campo

pomba

campestre

REGRA:

Usamos M antes de …................

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- Com seus colegas, elabore um cartaz, expondo as regras para o uso do M

e do N antes de consoantes. Após, fixe-o no mural da sua sala de aula.

- Pesquise mais palavras que contemplem as duas regras que você acabou

de elaborar.

Nessa atividade, o aluno é instigado a refletir e a descobrir a regra

ortográfica que justifica o uso do M antes do P e B e do N diante das outras

consoantes. Como as demais correspondências fonográficas regulares

contextuais, devem ser abordadas com os aprendizes de modo que eles

reflitam e construam conceitos sobre a ortografia das palavras.

3 - PALAVRAS CRUZADAS

As palavras dessa atividade: PALAVRAS CRUZADAS, não partiram

especificamente de textos trabalhados nessa unidade didática; as questões

ortográficas relacionadas com os casos regulares podem ser trabalhadas

com palavras isoladas, visto que é o contexto, dentro da palavra, que define

a letra ou dígrafo a ser usado em cada palavra.

Morais (2001) afirma que, os alunos apresentam dificuldades na

escrita das vogais e ditongos nasais, porque na escrita do português

existem cinco modos de “marcar” a nasalidade, porém seguem uma

regularidade de uso, que o aluno pode compreender. Como:

- usando o M em posição final de sílaba (“campo”);

- usando o N em posição final de sílaba (“vento”);

- usando o til (“romã”)

- usando o dígrafo NH (“ninho”);

- e há ainda, casos em que a nasalização ocorre “por contiguidade”,

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pois a sílaba seguinte começa com uma consoante nasal, como em “cama”

e “cana”.

Siga as dicas e complete a cruzadinha:

1 – Local onde se respira ar puro.

2 – 1ª fase da vida do ser humano.

3 – O melhor amigo do homem.

4 – Fruta envenenada pela Bruxa, a qual a Branca de Neve mordeu.

5 – Local onde alguns animais vivem e ou chocam seus ovos.

6 – Fruta suculenta, verde por fora, vermelha por dentro.

7 – Espécie de ave doméstica criada com a finalidade proporcionar alimento

ao ser humano.

8 – Fruta com muitas sementes, muito consumida em final de ano, por

acreditar-se que traz sorte.

9 – Objeto que emite som de alerta.

10 – Brisa forte.

6

2 M O

I 10 V E N T O P

N L A 4 M O

F A 9 C A M P A I N H A

7 G A L I N H A 3 A C N

N C Ç 1 I

C I 8 R O M A N

I A 5

A

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- Ao ler essas palavras da cruzadinha, você pronunciou vários sons nasais

de nossa língua. Eles são representados por letras diferentes. Quais são elas?

Os sons nasais abordados nessa palavra cruzada, são representados

pelas letras: M, N, NH, ÃO e Ã.

CASOS DE REGULARES MORFOLÓGICO-GRAMATICAIS

Regulares morfológico-gramaticais são casos em que é a categoria

gramatical da palavra que estabelece a regra.

Morais (2001) apresenta diversos casos de regularidades morfológico

gramaticais presentes em substantivos e adjetivos:

- “portuguesa”, “francesa” e demais adjetivos que indicam o lugar de

origem se escrevem com ESA no final;

- “beleza”, “pobreza” e demais substantivos derivados de adjetivos e

que terminam com o segmento sonoro /eza/ se escreve com EZA;

- “português”, “francês” e demais adjetivos que indicam o lugar de

origem se escrevem com ÊS no final;

- “milharal”, “canavial”, “cafezal” e outros coletivos semelhantes

terminam com L;

- “famoso”, “carinhoso”, “gostoso” e outros adjetivos semelhantes se

escrevem sempre com S;

- “doidice”, “chatice”, “meninice” e outros substantivos terminados

com o sufixo ICE se escrevem sempre com C;

- substantivos derivados que terminam com os sufixos ÊNCIA, ANÇA

e ÂNCIA também se escrevem com C ou Ç ao final (por exemplo, “ciência”,

“esperança” e “importância”).

As regras morfológico-gramaticais se aplicam ainda a vários casos de

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flexões dos verbos que causam dificuldades para os aprendizes. Eis alguns

exemplos:

- “cantou”, “bebeu”, “partiu” e todas as outras formas da terceira

pessoa do singular do passado (perfeito do indicativo) se escrevem com U

final;- “cantarão”, “beberão”, “partirão” e todas as formas da terceira

pessoa do plural do futuro se escrevem com ÃO, enquanto todas as outras

formas da terceira pessoa do plural de todos os tempos verbais se

escrevem com M final (por exemplo, “cantam”, “cantavam”, “bebam”,

“beberam”);

- “cantasse”, “bebesse”, “dormisse” e todas as flexões do imperfeito

do subjuntivo terminam com SS;

- todos os infinitivos terminam com R (“cantar”, “beber”, “partir”),

embora esse R não seja pronunciado em muitas regiões de nosso país.

Importante ressaltar que não são apenas nessas palavras que

ocorrem o princípio gerativo. Há outras em nossa língua. O conhecimento

das regras morfológico-gramaticais permite ao aluno compreender e usar os

princípios gerativos, que lhe possibilitarão resolver uma série de problemas

na escrita, sem precisar armazenar formas ortográficas na memória.

1 - CARTA DO LEITOR: LUÍS

Luís é uma criança muito preocupada com os acontecimentos de seu bairro.

Ele escreveu uma carta à Revista Criança Feliz para denunciar os danos que sua

escola sofreu recentemente. No entanto, na hora de escrever ele cometeu alguns

erros. Você é capaz de identificá-los?

Prezados editores da Revista Criança Feliz

Tenho uma denúncia a fazer. Algumas pessoas invadirão o meu bairro e

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numa noite dessas fizerão coisas terríveis na minha escola. Elas picharão o

muro, quebrarão as janelas, arrombarão a porta, roubarão o computador e

ainda sujarão os livros que usamos todos os dias e agora, como faremos

nossos deveres? Eu gostaria que essas pessoas não fizecem mais isso, que

focem mais educadas, que paracem de fazer estragos. Peço para quem tiver

alguma pista, favor denunciar na delegacia.

Obrigado ao apoio da revista.

Luís Tomazino Silva

Rua: Pernambuco, s/n, Paraná.

- Quais foram os erros que Luís cometeu?

- Por que ele está cometendo esses erros? O que está faltando ele saber?

- Quando usamos os verbos terminados em ão? Quando usamos os verbos

terminados em am?

- Por que “fizecem”, “focem” e “paracem” estão com a grafia errada?

- Para que Luís não tenha dificuldades, formule uma regra para o uso do ão

e am nos verbos da nossa língua.

- Formule a regra para o uso do SS em verbos, como esses.

Agora reflita, um pouco mais e responda:

- Você já leu várias cartas de leitores. Em alguma delas, você notou erro

ortográfico? Será que os editores das revistas só publicam as cartas que não há

erros? Mas se chega à redação da revista uma carta muito interessante, porém

contendo alguns enganos, como essa do Luís, o que será que os editores fazem?

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- Você será o editor da revista e irá publicar a carta do Luís. É preciso

reescrevê-la conforme as normas ortográficas. Então, reescreva-a .

- Continuando em seu papel de editor da revista, responda a carta para o

Luís.

- Após, revise o texto, observando as questões ortográficas. Se surgir

alguma dúvida, verifique se há uma regra que ajude a resolvê-la. Se não houver

regras, consulte um dicionário.

2 – JOGO DAS CARTAS: “UMA ESTRANHA NO NINHO”

calabresa

(estranha)

marquesa

freguesa

mesa

(estranha)

libanês

francês

inglesa

mês

(estranha)

princesa

irlandês

três

(estranha)

polonês

inglês

framboesa

(estranha)

rês

(estranha)

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Observação: Outras palavras podem ser incluídas nos cartões, esse é

apenas um modelo, como: Burguês, camponês, camponesa, marquês,

português, japonês, tailandesa, portuguesa, polonesa, francesa e outras.

“Estranhas no ninho”: Teresa, defesa, Inês, indefesa e outras.

CONCEITO:

Os sufixos “ês” ou “esa” são empregados na formação de nomes que

designam profissão, títulos honoríficos de posição social, assim como em

palavras que indicam origem, nacionalidade.

Professor: Os alunos ao receber essa regra, poderão procurar no

dicionário o significado de “honoríficos”.

Como jogar:

A turma será dividida em quartetos. Cada grupo receberá suas cartas

e o conceito da regra, em questão. As cartas serão dispostas umas sobre

as outras, viradas com a escrita para baixo. Os participantes cada um em

sua vez, comprarão suas cartas, sem mostrá-las aos jogadores

adversários, após cada compra irão verificando se adquiriram o estranho

no ninho. Ao terminar todas as cartas, os participantes mostrarão suas

cartas e farão a contagem de pontos.

Valores das cartas: para cartas contemplando a regra, somam 10

pontos; as cartas, com as estranhas no ninho: diminuem 10 pontos. O

jogador ganhador será aquele que somar mais pontos.

Objetivo do jogo:

Com essa atividade o aluno refletirá sobre o conceito da regra das

palavras em questão.

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O professor pode aproveitar esse jogo para trabalhar outros casos

de regularidades morfológico-gramaticais.

Professor, após a produção do aluno de carta do leitor, verifique a

necessidade de trabalhar mais as características do gênero, com outros

exemplos, até que compreendam como é, e qual função social desempenha,

só então solicite outras produções e finalmente a produção para ser

destinada a publicação.

- Nesse momento, que você já percebeu como é uma carta do leitor,

produza um texto desse gênero, solicitando alguma benfeitoria para seu bairro ou

reclamação, crítica ou agradecimento.

- Após a correção da professora, refaça a sua redação, seguindo as

orientações sugeridas:

- Observe se o tema escolhido por você em sua carta do leitor, está

compreensível para quem lê-la.

- Para escrever sua carta seguiu as características específicas do gênero

carta do leitor, verifique.

- Quanto aos verbos, verifique que você usou AM (para o pretérito) e ÃO

para o futuro.

- E se você utilizou M antes de p e b, e N antes de outras consoantes.

- Veja se há mais alguma irregularidade na ortografia e realize as

adequações de acordo com o que estudamos até aqui.

- Fez as correções? Agora leia para ver como ficou e a envie para a editora

do jornal local. Esperamos que seja publicada. Boa sorte!

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AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá durante todo o processo de abordagem do

gênero: carta do leitor, com:

- interpretações;

- produções;

- e atividades relacionadas à ortografia.

Quando diagnosticada as dificuldades dos alunos relacionadas ao

conteúdo trabalhado, será realizado novo direcionamento de abordagem,

para sanar as dúvidas detectadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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