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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: ALIMENTANDO-SE PARA APRENDER, SE APRENDE A COMER

Autor Jane Cristina Reichardt Elias

Disciplina/Área (ingresso PDE) Ciências

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual Ana Schelbauer Bras de Oliveira

Município da escola Rio Negro

Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul

Professor Orientador Maria de Fátima Ribeiro Raia

Instituição de Ensino Superior Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Relação Interdisciplinar Matemática, Geografia, Educação Física

Resumo

Na adolescência os hábitos alimentares já estão

incutidos no processo alimentar, instalados desde as

primeiras refeições ocorridas no ambiente familiar.

Este costume pode interferir diretamente no processo

e rendimento de aprendizado de um individuo, pois

uma boa alimentação é fundamental para o

funcionamento do cérebro e corpo. Devido a esse

fato, questiona-se a alimentação nutricional dos

adolescentes, entre 10 e 15 anos, alunos do ensino

fundamental de 6º ao 9º ano do turno matutino.

Assim, este estudo considera a existência da relação

entre a alimentação e a aprendizagem, apresentada

nas referências contemporâneas. Para tal, pretende-

se elaborar um cardápio balanceado, acompanhado

de um profissional especialista e posteriormente sua

efetiva inserção na merenda escolar cotidiana desses

adolescentes, de maneira a oferecer-lhes uma

alimentação equilibrada, saudável e enriquecida de

nutrientes imprescindíveis. Também, considera-se

que o bom desenvolvimento e manutenção das

funções cerebrais se condiciona à ingestão de

determinados nutrientes, como as proteínas,

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vitaminas e sais minerais, pois a falta deles ou de

alguns deles pode levar à perda de memória e

dificuldades de aprendizagem. Espera-se que este

condicionamento seja o elo entre a prática e a teoria

de uma alimentação saudável e repercuta na

melhoria da qualidade de vida desses adolescentes.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Hábitos alimentares saudáveis; Adolescentes;

Processo educacional; Merenda escolar; Horta

escolar.

Formato do Material Didático Unidade temática

Público Alvo Alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental

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ALIMENTANDO-SE PARA APRENDER,

SE APRENDE A COMER

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APRESENTAÇÃO

Uma das melhores formas de promover a saúde, com hábitos alimentares

saudáveis, é através da escola. É nela que estudantes e professores permanecem a

maior parte do tempo, e de suas vidas; também é lá que convivem, trabalham e

aprendem. Então, nesse espaço social e facilitador medidas e ações preventivas de

educação e saúde têm maior repercussão e adesão, proporcionando melhoria na

qualidade de vida. Ressalta-se o papel fundamental da escola na tarefa de educar pelo

ensino/aprendizagem a respeito da alimentação, seus nutrientes e a sua importância no

desenvolvimento cerebral e cognitivo intelectual dos adolescentes.

Como a promoção da saúde versa em atividades dirigidas à transformação dos

comportamentos dos indivíduos, cabe então a escola, a educação em si, educar e

cientificar quanto aos hábitos alimentares saudáveis, sendo necessário conhecer de que

modo vem sendo feita a alimentação pelos adolescentes de 10 a 15 anos. Esse suporte

servirá para que se façam as devidas correções por meio de estratégias de intervenção

dentro e fora do âmbito escolar. Para tanto um dos recursos pertinentes nesse processo,

é a alimentação escolar ou merenda escolar, a qual encontra-se inclusa no processo

educativo de maneira a influenciar positivamente no rendimento do aprendizado, por meio

da implementação de um programa de alimentação escolar com melhoria da ingestão

nutricional buscando obter benefícios consideráveis na aprendizagem e desempenho

cognitivo.

Sabe-se que quando um aluno chega à escola em jejum, ele pode ficar sonolento

na sala e não consegue prestar a atenção nas aulas, consequentemente isso prejudicará

seu desempenho. Por isso, é importante que todos os alunos estejam bem alimentados

durante sua permanência na escola. Sendo assim a alimentação é fundamental para uma

educação de qualidade e para o sucesso de cada estudante.

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Helión Povoa (2005) afirma que, uma boa alimentação é fundamental para o bom

funcionamento do cérebro, pois, um estudante bem nutrido é capaz de aprender melhor.

Portanto, a promoção da educação nutricional é mais dinâmica e mais duradoura, quando

esta mostra às crianças e aos adolescentes que atividade física, alimentação, saúde e

aprendizagem estão intrinsecamente associadas para a construção de um bem estar

comum, ou seja, a formação de cidadãos conscientes de seus espaços como indivíduos

sociais de hábitos saudáveis, próprios de mente sã e corpo são.

JUSTIFICATIVA

Como o desempenho escolar está associado à alimentação, devido ao papel

indiscutível que ela determina no desenvolvimento cerebral e cognitivo, afetando fatores

da inteligência, da aprendizagem, da memória, da concentração e da saúde mental, é

preciso detectar quanto mais cedo estas interferências geradas a partir de insuficiências

alimentares de determinados nutrientes. Seus efeitos podem ocasionar sérias

consequências ao aprendizado e ao desenvolvimento educacional dos adolescentes em

questão; daí a necessidade de realizar-se as adequadas intervenções em tempo hábil.

Objetiva-se discutir sobre alimentação saudável, nutrição cerebral,

desenvolvimento cognitivo, adolescência e suas relações, bem como informar sobre a

importância dos alimentos e seus respectivos nutrientes que desempenham determinadas

funções, em especial as vinculadas ao aprendizado e desenvolvimento educacional.

Espera-se adequar o hábito da alimentação escolar, ou merenda ao currículo e à rotina

escolar dos adolescentes, constituindo assim uma atividade pedagógica interdisciplinar,

pois a mesma prevê uma ação conjunta entre alunos, professores e especialistas em

nutrição na elaboração de um cardápio balanceado e enriquecido de nutrientes que

auxiliem no bom desempenho cerebral.

Uma boa alimentação pode potencializar o rendimento nos estudos. Por isso, a

merenda escolar deverá ser enriquecida com alimentos que contenham nutrientes

indispensáveis ao bom desenvolvimento e rendimento cerebral e cognitivo dos

estudantes, dentre eles pode-se citar: ovo, peixe, alface, laranja, maracujá, maçã, frutas

vermelhas em geral, brócolis e cereais integrais.

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Assim espera-se com que os estudantes adotem hábitos alimentares adequados,

pela oferta de nutrientes necessários para um cérebro mais saudável e que fazem

diferença nos processos mentais, pelos benefícios causados no desenvolvimento

intelectual.

O cardápio elaborado pela nutricionista do município, estado ou Distrito Federal

deverá fornecer no mínimo 30% das necessidades nutricionais desses estudantes.

Enquanto o cardápio elaborado para os estudantes do ensino regular deverá fornecer, no

mínimo 15%. Além de atender às necessidades de todos os estudantes matriculados, pelo

princípio de que todos são iguais, devendo ser observada as necessidades especiais de

cada um. A alimentação servida na escola deve atender a todos, sem promover

discriminação, lembrando algumas características alimentares que diferem daqueles que

moram na cidade dos que moram em zonas rurais, ou seja, são distintas, os quais

refletem na forma de se alimentarem.

SAÚDE CEREBRAL

Trabalhos recentes em neurociências esboçam receita para a saúde cerebral, em

reportagem apresentada pela Revista CiênciaHoje (v.19, 2012) com o título “Cérebro:

jovem para sempre”, mostraram um aumento da aprendizagem, da saúde mental e da

concentração no período imediatamente seguinte à atividade física. Pois a atividade física

melhora a circulação e aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro e os níveis de norepinefrina

e endorfina, decorrência essa que pode reduzir o stress e melhorar o desempenho

escolar. Para manter o cérebro ativo, a atividade física é fundamental, exercitar-se gera

neurônios. A partir dos 30 anos, os seres humanos perdem cerca de 2% por ano do

volume do hipocampo, região do cérebro correspondente à memória e ao aprendizado. A

decorrência dos exercícios físicos na cognição parecem se generalizar por todos os

campos cognitivos, a atividade física reforça a função executiva; memória de curto e longo

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prazo, o aprendizado espacial, o processo de aprendizado associativo, dentre outros.

Dados neurobiológicos nesse aspecto implicam que os novos neurônios criados com a

atividade física são largamente angariados por diferentes tarefas que abrangem o

hipocampo, já os motivados em resposta, produzidos num episódio de aprendizagem são

recrutados de maneira especial, em proporção a experiência.

Para manter e aprimorar a memória, Nanci Azevedo Cavaco (2011) sugere

pequenas orientações importantes:

dieta balanceada, com legumes, frutas e verduras;

consumo de vitamina A, C, E e selênio e suplementos nutricionais de

fosfolipídeos;

falta de vitamina B1 pode levar à perda de memória;

faça exercícios cardiovasculares. São excelentes para promover a oxigenação do

cérebro; quanto menos oxigênio, menor funcionamento cerebral;

invista nos sucos de tomate e cenoura, ingira geleia real rica em substancias

neurotransmissoras como o ácido glutâmico e outros 150 componentes ativos. A

geleia está envolvida diretamente no desenvolvimento do cérebro e da memória e

no aumento do fluxo sanguíneo.

Para melhorar o desempenho mental, o ideal é ingerir:

ferro: encontrado no milho, fígado de boi, beterraba, espinafre, alface, cereja, pêra,

uva, maçã, lentilha, amendoim, gema de ovo;

silício: encontrado no arroz integral, aveia, cevada, cenoura, espinafre;

fósforo: encontrado no grão de bico, caju, avelã, leite, amendoim, mel de abelha,

castanha de caju;

complexo vitamínico do tipo B (B12, B2, B1): encontrado nas hortaliças, frutas,

leguminosas;

vitamina C: encontrada na acerola, goiaba, abacaxi, agrião, tomate, repolho, frutas

cítricas;

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vitamina A: na cenoura;

proteínas: na gelatina, soja e peixes;

ômega 3: um precioso ácido lipídico que promove a saúde cardíaca, podendo

ajudar o cérebro. Os recursos primários dessas gorduras promotoras de saúde são

peixes de água doce, incluindo salmão, e de águas frias, anchovas, sardinhas e

outros peixes. É recomendável comer peixe no mínimo três vezes por semana.

Óleo de oliva e de semente de linhaça são bons recursos de plantas com ácidos

graxos também ricos em ômega 3;

é importante ingerir bastante água, evitando fazê-lo durante as refeições;

evitar substituir as refeições por sanduíches ou salgadinhos. Se não for possível

almoçar por qualquer razão, coma frutas e troque os refrigerantes por sucos ou

vitaminas.

Ao propor novas atitudes e hábitos alimentares nutricionalmente adequados

dentro e fora do espaço escolar; acredita-se gerar práticas alimentares saudáveis que

visem à melhoria na qualidade de vida e saúde pela educação alimentar e nutricional;

agregando ao final consequências benéficas no desempenho cognitivo, para tanto, várias

atividades podem subsidiar essa mudança, uma delas consiste na construção e

manutenção de uma horta escolar, assim garante-se a continuidade e disseminação do

processo por meio de concepções e práticas saudáveis.

Esta proposta visa a possibilidade de um trabalho transdisciplinar, que diz respeito

àquilo que está, ao mesmo tempo, entre e por meio das diferentes disciplinas. Pela visão

transdisciplinar, pode-se compreender melhor os fenômenos da realidade em sua

complexidade, já que ela não é uma ciência, nem propriedade de uma determinada

disciplina. Provavelmente, a busca por caminhos transdisciplinares seja uma alternativa

para a geração de melhor desempenho dos educandos, por meio de efetivas

aprendizagens. Vários professores da escola poderão se organizar e trabalhar

conjuntamente em função dessa temática tão relevante para os educandos. Desse modo,

torna-se possível transpor os muros das disciplinas e permitir que a realidade e os

conhecimentos sobre ela produzidos sejam percebidos na sua integralidade.

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MATERIAL DIDÁTICO

O material pedagógico é uma estratégia metodológica que expressa a prática

pedagógica. Ele articula atividades a serem desenvolvidas e incorporadas às escolas

públicas paranaenses. Para tanto este material apresenta uma forma específica, ou seja,

constitui uma Unidade Temática, sendo um instrumento de apoio teórico e metodológico.

Nesse material poderão ser encontrados subsídios necessários para um bom

trabalho pedagógico, tendo por referência os temas alimentação saudável e meio

ambiente e, por estratégia metodológica, a horta escolar. Contendo atividades simples de

serem desenvolvidas por professores atuantes em todos os campos do conhecimento e

que podem ser utilizadas em qualquer nível de ensino ou série, desde que adaptadas às

possibilidades das turmas.

A ESCOLA COMO PROMOVEDORA DE HÁBITOS

ALIMENTARES SAUDÁVEIS

Para a criança, a escola serve de modelo, é onde acontece a expansão da

consciência, do desenvolvimento mental e físico. São modelos e hábitos que estão sendo

inseridos e formados e que os acompanharão pela vida inteira, inclusive a alimentação,

destaca Silvia Carneiro da Escola Amigos do Verde, de Porto Alegre - RS (PÁTIO, 2009,

p.57).

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Outra colaboração agregada à escola, além da promoção de hábitos alimentares

saudáveis e a prevenção da obesidade e sobrepeso infantil, diz questão ao refeitório onde

é servida a merenda escolar, ali é um espaço fundamental do processo educativo pela

socialização e interação de crianças e adolescentes; segundo Barbara Guidalli,

pesquisadora do Observatório da Alimentação na Universidade de Barcelona - Espanha e

colaboradora da Fundação Alícia (PÁTIO, 2009, p.59).

A nutrição além de afetar a arquitetura cerebral, pode influenciar o seu

funcionamento de um momento para outro. Pois o cérebro precisa sempre de glicose e

vários nutrientes que intervém nos processos metabólicos, coloca-se então a questão de

como a natureza da alimentação e o padrão de refeição pode influenciar no

funcionamento cerebral já nas horas seguintes a ingestão, pela implicação sutil dos

nutrientes. Assim, escolas que implementaram programas de alimentação escolar, com a

melhoria da ingestão nutricional das crianças, parecem ter resultados em benefícios

bastante significativos no comportamento, como menciona Helga Teixeira (2009).

Segundo Ana Beatriz Oliveira, o alimento fornecido na escola colabora na

formação do hábito alimentar. A preocupação com a alimentação saudável ganha mais

força a cada ano, e a escola tem papel essencial no desenvolvimento de hábitos

alimentares, promovendo ações e projetos pedagógicos nessa direção. A alimentação

escolar deve estar inserida no processo educativo por meio das diferentes disciplinas, em

ações educativas como a construção colaborativa de um cardápio equilibrado que atenda

às necessidades nutricionais daqueles que dela vão compartilhar (PÁTIO, 2009, p.57).

A relevância de uma refeição reforçada em nutrientes, ofertada na hora da

merenda escolar, reflete no desempenho escolar. Observa-se que, com o declínio gradual

de insulina e de glicose, tende-se levar a uma resposta de stress que intervém em

diferentes aspectos da cognição, como a atenção e a memória, comprometendo o

desempenho cognitivo, resposta que poderá ser ativada por baixos níveis de ferro.

Para Santiago Cueto apud Helga Teixeira (2009), os efeitos dos programas para

uma refeição reforçada em nutrientes na vida escolar dos estudantes, têm indicado um

aumento gradativo do consumo da refeição ofertada, melhora do estado nutricional, da

concentração e do desempenho, aumentando, também, a assiduidade e a pontualidade.

Seu consumo regular, ainda, contribui expressivamente para a adequação nutricional da

alimentação em geral, com efeitos positivos no desempenho escolar por diminuir a

possibilidade de ocorrerem deficiências em nutrientes e os resultados negativos no

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desempenho escolar a estes pertinentes. As crianças que fazem refeições regulares e

que tem uma ingestão adequada de nutrientes parecem ter melhores resultados escolares

do que aquelas que pulam refeições e tem uma ingestão nutricional inadequada.

Acredita-se que as questões acerca da alimentação e do meio ambiente

perpassam todas as áreas do conhecimento e precisam ser discutidas de forma integral,

por meio da articulação entre as diversas disciplinas curriculares, a fim de estimular a

integralidade do ensino, a interdisciplinaridade e a promoção da educação para a saúde.

A construção e manutenção de uma pequena horta na escola, em especial numa

escola localizada na área rural e reconhecida como Escola do Campo, é essencialmente

importante e eficaz; com ela muitos conteúdos programáticos podem ser estudados, e

dela pode-se obter alimentos naturais, hortaliças, temperos, legumes e plantas

medicinais, para a preparação da merenda escolar com o objetivo de oferecer maior

quantidade, maior variedade e melhor qualidade dos alimentos.

O PAPEL DO NUTRICIONISTA NA ESCOLA

O nutricionista é aquele profissional que fez o curso de Nutrição, ou seja, trata-se

do profissional de saúde habilitado por lei para atuar em todas as situações nas quais

exista uma relação entre o homem e o alimento. O nutricionista também atua como

educador. Esse profissional pode promover a saúde na escola por meio de atividades

educativas e que auxilie no desenvolvimento da alimentação escolar, interagindo com os

demais profissionais que atuam na escola, como os professores e as(os)

merendeiras(os).

Segundo José Eduardo Dutra de Oliveira (1998) o nutricionista deverá programar,

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elaborar e avaliar os cardápios. Ao realizar esta atividade, deverá observar o seguinte: o

cardápio deverá estar de acordo com as necessidades dos escolares atendidos, depois

de feito a avaliação nutricional prévia. Portanto, poderá ser oferecida, de acordo com o

resultado da avaliação nutricional, uma quantidade superior a 15% das necessidades,

como, por exemplo, se os alunos estiverem o peso abaixo do normal, aí poderá ser

oferecido mais do que o percentual acima. Assim, o nutricionista deverá privilegiar a

cultura regional, valorizando suas diferenças, a história agrícola, a culinária local, pois,

assim, refletirá no fortalecimento e valorização do que é produzido no local,

principalmente na agricultura familiar.

A nutricionista Ana Paula Souza (2009), afirma que para que o funcionamento

cerebral seja completo, é imprescindível conservar uma alimentação equilibrada em

carboidratos (alimentos energéticos), proteínas (alimentos construtores de massa

muscular e tecido), fibras (reguladores intestinais, sobretudo porque a serotonina,

substância que causa prazer ao cérebro, é produzida no intestino) e lipídios essenciais

ricos em ômega 3 (eles melhoram a função imunológica, facilitam as comunicações entre

neurônios e evitam doenças neurológicas e cardiovasculares). A carência de carboidratos

tende a alterar a resistência física e alargar o gasto da gordura. A utilização da gordura

circulante para gerar energia no lugar dos carboidratos não é saudável, ocasionando

cetose (queima de gordura sem a presença de carboidratos) ao cérebro de maneira letal.

Já a falta de vitaminas e minerais pode causar várias doenças como anemias,

osteoporose, escorbuto, fadiga, resfriados frequentes e outras doenças.

Fonte: http://www.sitecurupira.com.br/aliment_saudavel/ana_paula/alimento_cerebro.htm.

Acessado em 05 de abril de 2012.

ATIVIDADE 1: CONVERSANDO COM O NUTRICIONISTA

Acredita-se que o nutricionista na escola apenas faz o planejamento e a produção

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de refeições. Entretanto, há muitas outras atividades que devem ser desenvolvidas, como

as práticas educativas com os pais, funcionários da escola e os alunos, fazendo uma

associação entre a educação, a saúde e a nutrição. Ao entrar em contato com o

nutricionista responsável pela escola, pretende-se elaborar em ação conjunta

alunos/professores/especialistas em nutrição, um cardápio balanceado e enriquecido de

nutrientes que auxiliem no bom desempenho cerebral cognitivo e intelectual dos alunos, e

sua inserção na alimentação cotidiana escolar e familiar.

Primeiramente é fundamental fazer uma avaliação nutricional dos alunos, a fim

de melhorar a alimentação servida na escola, por meio do conhecimento das reais

necessidades dos alunos.

ATIVIDADE 2: MURAL DO CARDÁPIO NA ESCOLA

É percebido que comemos com os olhos. Quando visualizamos uma foto ou um

desenho de algum alimento, chega a dar água na boca! Assim sugere-se construir um

mural para colocar o cardápio da alimentação escolar bem visível, com fotos ilustrativas

que deverão encher os olhos dos alunos. Será preciso adquirir os seguintes materiais:

- cartolina ou cortiça;

- papel crepom;

- fotos e figuras ilustrativas de preparações;

- adereços para enfeitar o mural que deverá ser colocado num espaço em frente à

cantina.

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PROCEDIMENTO

1º passo: selecionar o cardápio do mês que deverá ser elaborado em conjunto com o

nutricionista, professor e alunos;

2º passo: pedir para os professores que solicitem aos alunos que desenhem ou recortem

fotos e figuras das refeições que serão servidas;

3º passo: descrever um nutriente presente no alimento que será servido na preparação e

qual sua função no nosso organismo;

4º passo: depois de selecionados os materiais feitos pelos alunos, deverá ser montado o

mural com auxílio de uma tabela:

DIA DA SEMANA

CARDÁPIO

NUTRIENTE

ILUSTRAÇÃO

Segunda-feira

Arroz

Feijão

Frango assado

Salada de alface

Carboidrato, vitaminas

Proteínas, minerais

Proteína, lipídios

Vitaminas, minerais,

fibras

Terça-feira

Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Fonte: produzido pela autora

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ATIVIDADE 3: DISCUTINDO TAMBÉM SE APRENDE

A proposta é fomentar o debate a respeito das formas de produção de alimentos

no Brasil, valorizando a agroecologia e a agricultura familiar como caminhos para garantir

a segurança alimentar e promover o desenvolvimento sustentável. . A discussão fortalece

a implementação da Lei 11.947, que regulamenta o Programa Nacional de Alimentação

Escolar (PNAE) e estimula a agricultura familiar, preferencialmente orgânica

ou agroecológica.

Primeiramente a atividade consiste em discutir em grupos de 4 integrantes,

abordando, entre outras, as questões abaixo. Logo em seguida elaborar uma resenha

para ser apresentada ao grande grupo durante uma plenária, que será realizada após a

discussão em grupo. Se precisar o grupo poderá pesquisar temas relacionados à

qualidade dos alimentos consumidos atualmente.

Por que as frutas que comemos hoje têm sabor diferente das de antigamente?

De onde vêm o que comemos?

Quem planta e como planta?

Existe apenas um jeito de plantar?

Existe um jeito certo de plantar?

A que se propõe cada tipo de agricultura?

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ATIVIDADE 4: IMPLANTANDO A SEMANA DE ALIMENTAÇÃO

ESCOLAR

Esta atividade será a da implementação da Semana de Alimentação Escolar na

escola com o objetivo de proporcionar um ambiente favorável à vivência de saberes e

sabores favorecendo a construção de uma relação saudável da criança com o alimento.

A Semana de Alimentação Escolar (SAE) foi instituída na rede pública de ensino

em 1959, por meio de decreto federal, como componente educativo da Campanha

Nacional de Merenda Escolar. Até recentemente, esta data era comemorada na última

semana do mês de março a cada ano. A SAE complementa as ações de promoção de

alimentação saudável desenvolvidas no cotidiano das escolas ao propor, a cada ano, para

toda a comunidade escolar, um tema em torno do qual são realizadas atividades

integradoras que envolvem diferentes disciplinas e séries em atividades lúdicas como

feiras, teatros, festivais, exposição de trabalhos, corais e que, muitas vezes, trazem a

família para a escola. O tema a ser trabalhado a cada ano é definido, em parceria com

outros órgãos da Prefeitura, pelo Instituto de Nutrição Annes Dias (INAD), da Secretaria

Municipal de Saúde, que divulga um material de orientação para a realização das

atividades com a comunidade escolar.

A Semana de Alimentação Escolar (SAE) destaca-se como estratégia para a

promoção da alimentação saudável na escola, é atualmente comemorada na terceira

semana do mês de maio, É um momento estratégico para mobilizar a comunidade escolar

a refletir e a discutir sobre alimentação saudável. Ela torna-se importante por intensificar

os cuidados necessários para se oferecer uma alimentação cada vez melhor aos alunos

e, ainda, conscientizá-los sobre a importância de uma alimentação saudável. Uma vez

que a Educação Nutricional é um processo contínuo, cujo objetivo vai além da simples

informação; este programa deve ser efetivo, incorporando métodos que, realmente,

provoquem mudanças no comportamento alimentar.

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Sugestão de atividade

Durante a semana, serão desenvolvidas atividades diversas,

elaboradas pela direção, professores e alunos da instituição, enfocando o

tema nutrição, de acordo com a faixa etária dos alunos. Também pode e

deve-se acontecer o acompanhamento da nutricionista como forma de

garantir a qualidade da merenda escolar. É através do acompanhamento

realizado, que a escola oferta às crianças alimentos de qualidade, os

quais fornecem nutricionalmente, níveis adequados para o

desenvolvimento físico do aluno. Além disso, através da merenda escolar,

incentivam-se as práticas alimentares e hábitos saudáveis.

Ao final da Semana de Alimentação Escolar, a direção da escola

prepara um relatório das atividades desenvolvidas no período, podendo

incluir fotos, vídeos e material produzido.

ATIVIDADE 5: ADOLESCENTES PROMOTORES DA SAÚDE

“Vamos comer?” é o nome sugestivo do vídeo produzido integralmente por jovens

da Rede de Adolescentes Promotores da Saúde (Rap da Saúde) no ano de 2012. Ele

serve de subsídio para sugerir o que pode ser produzido durante a Semana de

Alimentação Escolar (SAE). Reflete sobre a disponibilidade de alimentos no cotidiano da

vida urbana e do campo é o pano de fundo para que os jovens se expressem sobre

hábitos de alimentação e cultura.

O vídeo responde ao convite do Instituto de Nutrição Annes Dias, que

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tradicionalmente propõe temáticas abrangentes e transversais para mobilização da

comunidade escolar. A produção do vídeo pelos jovens tem como pressuposto o

protagonismo juvenil e tem sido uma estratégia educativa que permite aos jovens

expressarem suas visões de mundo, tendo como perspectiva a promoção da saúde. O

reconhecimento do valor das palavras dos jovens se materializou com a premiação

concedida a doze trabalhos em mais de mil apresentados no Congresso Mundial de

Nutrição em Saúde Coletiva (WNRio 2012), realizado em abril no Rio de Janeiro.

O uso do vídeo deve levar à reflexão e à discussão sobre alimentação saudável

com jovens podendo acontecer em outros momentos dentro ou fora da escola.

Assista ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=W81byVa5k3Q

Sugestões de atividades

1) Dividir os alunos em grupos e distribuir algumas frutas, legumes e

verduras para cada grupo. Solicitar que os alunos pesquisem sobre cada

um desses alimentos (como é plantado, em que época do ano e em que

região do Brasil é mais comum encontrá-los, benefícios do seu consumo

para a saúde, exemplos de receitas tradicionais com esses alimentos, etc.).

Montar uma feira de ciências dos alimentos para que eles possam

explicar para os outros alunos o que eles aprenderam sobre esses

alimentos.

2) Promover concursos de lanches saudáveis ( exemplo: sanduíches e

sucos), utilizando os critérios de valor nutricional, apresentação e

paladar. Os alunos poderão utilizar as receitas que constam nesse

material ou, apresentarão receitas utilizadas pelos familiares.

3) Trabalhar o nome científico de cada espécie cultivada na horta.

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O PAPEL DA HORTA NA ESCOLA

A horta pode ser um laboratório vivo para diferentes atividades didáticas,

pedagógicas e interdisciplinares, além de elencar a importância da educação ambiental.

As atividades contribuem para a modificação nos hábitos e atitudes dos alunos tanto do

ensino fundamental quanto do ensino médio, aguçando a percepção que eles possuem

da natureza. Contribui também para a formação da consciência de respeito e cuidado; da

necessidade de conservar o meio ambiente.

No trabalho com a horta, todas as pessoas que compõem a comunidade escolar

podem contribuir, são necessárias e desempenham uma importante função: merendeiras,

professores, corpo técnico-pedagógico, gestores públicos, educandos, agricultores

familiares e a comunidade externa da escola.

Outro fator agregador é a melhora na alimentação dos alunos, pois, passam a

aceitar melhor as frutas, verduras e legumes. Os trabalhos desenvolvidos na horta criam a

percepção da solidariedade, fundamental para se trabalhar em grupo. Edificam o senso

de responsabilidade, de valores mais humanizados e permeiam todo o processo

educativo estabelecendo desde cedo relações saudáveis com o meio ambiente e entre as

pessoas, formando cidadãos capazes de assumir novas atitudes na busca de soluções

para os problemas socioambientais. Enfim, estimula o cuidado na busca da melhoria da

qualidade de vida de humanos e de outras formas de vida.

Numa horta escolar há possibilidade de se instigar muitas questões, dentre as

quais, os conceitos, princípios, o histórico da agricultura, a importância da educação

ambiental, a importância das hortaliças para a saúde. Além das aulas práticas onde se

trabalham as formas de plantio, o cultivo e o cuidado com as hortaliças. Na formação e no

início das atividades na horta escolar, todos podem e devem se envolver. Toda a

comunidade escolar pode colaborar de uma forma ou de outra, seja na limpeza do

terreno, na formação dos canteiros ou na aquisição das sementes, observando a

característica do solo, as influências climáticas, a facilidade de transplantio, a resistência

às pragas, enfim, aspectos que influenciam no desenvolvimento das plantas. A partir do

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número de canteiros, em sala de aula, calcula-se, junto com os alunos, a área de cada

canteiro e a distância entre eles; a distância entre as covas para colocar as sementes de

espécies de plantio definitivo, o número de covas, o número de sementes colocadas em

cada cova, o tempo de germinação, o período apropriado para colheita. Tal tarefa pode

ser acompanhada por um professor de matemática. Para as espécies de transplantio,

frente à inexistência ou impossibilidade de aquisição de sementeiras, pode-se utilizar

caixas de ovos vazias; posteriormente poderá ser adquirido duas sementeiras, o que

facilitará a produção das mudas de hortaliças de transplantio. O espaço destinado a

formação da horta deve possibilitar maior capacitação de sol e facilitar o bom

desenvolvimento dos legumes, verduras e das plantas ornamentais. Recomenda-se

deixar um dos canteiros para a formação de um minhocário. Sendo oportuna a aquisição

de uma boa quantidade de composto orgânico. Uma parte deste material pode ser

utilizada também na adubação dos canteiros e de jardins.

Fonte: www.turminha.mpf.gov.br/...o.../Manual-da-horta.pdf. Acessado em 27/09/2012.

COMO FAZER UMA HORTA?

A escolha das hortaliças deve ser de forma diversificada, garantindo uma grande

variedade de cores, formas e cheiros, resultando consequentemente em diferentes

nutrientes, importantes para a qualidade da alimentação saudável. Destaca-se que a

escolha das hortaliças e todo o processo de planejamento e execução da horta deve ser

feita com a participação direta dos estudantes. Diferentes turmas devem e podem ter

escalas de preparo, plantio e cuidados dos canteiros. Essa prática viabiliza o

envolvimento ativo nos trabalhos e auxilia a modificar hábitos alimentares, devido estarem

recebendo informações diversas e conduzindo com responsabilidade uma ação mediada

por eles mesmos, tornando-os assim sujeitos dessa ação.

ATIVIDADE 6: PASSOS PARA O PREPARO DA HORTA

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Vários são os objetivos pretendidos com esta atividade:

melhorar a nutrição dos estudantes, complementando os programas de merenda

escolar com alimentos frescos, ricos em nutrientes e sem contaminação por

agrotóxicos;

aumentar a produção de alimentos saudáveis, especialmente hortaliças, para

enriquecer a alimentação escolar buscando reeducar e estimular um estilo de

alimentação saudável;

integrar os diversos profissionais da escola por meio de temas relacionados com a

educação ambiental, alimentar e nutricional, oportunizando a participação da

comunidade e parcerias diversas nas atividades escolares;

interferir nos indicadores de desempenho dos educandos da escola, pelo

comprometimento com o ambiente;

o uso da horta escolar como parte do currículo escolar e do trabalho pedagógico

diário.

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

1º - Escolher um local apropriado para o cultivo das hortaliças, o terreno deve ser plano; e

precisa ter terra revolvida, boa luminosidade e voltada para o nascente, facilidade de água

para irrigação e sistema de drenagem, longe de sanitários, fossas sépticas e esgotos.

2º - Providenciar ferramentas para o preparo da terra e plantio das hortaliças; as principais

são:

enxada: é utilizada para capinar, abrir sulcos e misturar adubos;

regador: serve para irrigar a horta;

ancinho: é utilizado para remover torrões, pedaços de pedra e outros objetos;

carrinho-de-mão: é utilizado para transportar terra, adubos e ferramentas.

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3º - Para preparar os canteiros, deve-se primeiro limpar o terreno. Se houver necessidade

de correção, podem ser utilizadas cal hidratada ou serragem.

4º - Utilizar adubo natural, ou seja, resíduos vegetais e animais, tais como palhas, galhos,

restos de cultura, cascas e polpas de frutas, pó de café, folhas, esterco e outros, quando

acumulados, apodrecem e, com o tempo, transformam-se em adubo orgânico ou húmus.

5º - Preparar as covas; o espaçamento entre as covas varia de acordo com a hortaliça a

ser plantada. Elas podem ter as seguintes dimensões: 20x20cm ou 30x30cm de largura e

20 a 30 cm de profundidade.

6º - Cuidados com a horta: A horta deve ser regada uma vez ao dia. O solo não pode ficar

encharcado para evitar o aparecimento de fungos. A horta tem que ser mantida limpa, as

ervas daninhas e outras sujeiras devem ser retiradas diariamente com a mão. A cada

colheita, deve ser feita a reposição do adubo para garantir a qualidade da terra e das

hortaliças.

ATIVIDADE 7: CONFECÇÃO DE MINI-HORTAS COM

GARRAFAS PET

MATERIAIS NECESSÁRIOS: GARRAFAS PET, TESOURA, TERRA, MUDINHAS OU

SEMENTES.

PROCEDIMENTOS:

deitar a garrafa pet e cortar um dos lados da “barriga” da garrafa, sem atingir o

fundo nem a boca da garrafa;

fazer pequenos furinhos no fundo e colocar terra;

em seguida, plante as sementes ou as mudas e é só cultivar com cuidado;

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como suporte, pode-se usar caixas de ovos para que não fiquem diretamente no

chão e, de tempos em tempos, estes suportes poderão ser substituídos, pois

podem apodrecer com a umidade que escorre do excesso da água pelos furinhos

da garrafa.

Fonte: Projeto Apoema - Educação Ambiental. www.apoema.com.br. Acessado em 27/11/2012.

ATIVIDADE 8: PRODUZINDO HÚMUS

É necessário, antes de tudo, conceituar húmus como uma espécie de esterco da

minhoca; como um material orgânico bem decomposto transformado biologicamente e

neutro ou levemente alcalino. Aborde a composição do húmus, ressaltando que o

Nitrogênio (N), o Fósforo (P) e o Potássio (K) são os principais nutrientes encontrados e

defina suas funções.

TEXTO DE APOIO:

O minhocário - ou viveiro de minhocas - é feito de terra, folhas mortas e estercos

curtidos, colocados num recipiente transparente, para que se possa enxergar as

minhocas. As minhocas procuram os resíduos orgânicos para comer (plantas mortas) e os

transformam em composto orgânico. Isto é transformação. Elas puxam para o interior do

solo as folhas caídas na superfície. Ao ingerir a matéria orgânica, engolem junto partículas

de solo. Depois fazem a digestão e eliminam as fezes. Estes excrementos de minhoca, o

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composto orgânico, são ricos em nutrientes para as plantas. É isso que faz das minhocas

um dos animais mais importantes do Planeta.

Fonte: http://www.aipa.org.br/concurso_magisterio.htm#materiais. Acessado em 27/11/2012

CONFECÇÃO DE UM MINHOCÁRIO

MATERIAIS NECESSÁRIOS:

uma garrafa plástica (PET) grande

uma garrafa plástica (PET) mais estreita (opcional)

tesoura

água

folhas secas

capim

cascalho

terra vegetal

areia

um grande pedaço de plástico grosso e opaco (ex.: um saco preto de lixo).

PASSO A PASSO

1. Preparar o viveiro: lavar a garrafa mais larga e corte seu topo, transformando-a

numa espécie de "grande copo". Caso tenha a segunda garrafa (mais estreita),

lave-a também e encha-a até a metade com água, colocando-a dentro da primeira

(que já está cortada). Isso ajuda a refrescar o viveiro e torna-o mais firme;

2. preparar o ninho das minhocas: colocar uma camada de cascalho no vão entre as

duas garrafas (caso não possua a garrafa menor, coloque simplesmente no fundo

da garrafa cortada). Depois, vá colocando alternadamente sobre o cascalho - em

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camadas de aproximadamente dois centímetros cada - a terra vegetal e a areia,

começando pela terra. Quando o viveiro estiver quase cheio, acrescentar uma

camada espessa de folhas mortas e capim;

3. preparação didática: reparar como as camadas de areia e terra vegetal formam um

claro-escuro. Numere estas camadas para, no final da experiência, observar o que

mudou. Faça um desenho do que vê;

4. minhocas: colocar algumas minhocas sobre a camada de folhas mortas. Esperar

que penetrem na terra. Lavar bem as mãos após a operação;

5. cubra o viveiro: as minhocas estão acostumadas a viver dentro da terra. Para imitar

o ambiente escuro, cobrir o viveiro com um pedaço de plástico preto ou tecido

grosso escuro, que não deixe passar luz;

6. manutenção: colocar o viveiro em local fresco e protegido. A terra deve ficar úmida,

mas não encharcada, pois as minhocas morreriam afogadas. Deixar o recipiente

assim, coberto e em local protegido, por duas semanas;

7. final: após as duas semanas, trazer o viveiro para dentro de casa (ou da classe) e

retirar o plástico que o envolve. Comparar o que estiver vendo, com o desenho que

feito antes de colocar as minhocas. A mudança mostrará como as minhocas

revolveram a terra. Mas não deixar o viveiro de minhocas dentro de casa por mais

de um ou dois dias. Devolver estes animais ao local onde os pegou.

Fonte: http://www.aipa.org.br/concurso_magisterio.htm#materiais. Acessado em 27/11/2012

Para finalizar esta atividade desenvolver uma discussão que permita que cada um

dos educandos destacar os elementos que julgaram interessantes. A partir dos

conhecimentos construídos, cada um deverá apresentar uma breve síntese escrita.

ATIVIDADE 9: APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES

ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS

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Aproveitando a construção da horta escolar, pode e deve-se trabalhar alguns

conceitos relacionados à alimentação e saúde, como os apresentados a seguir.

NUTRIENTES: os alimentos possuem substâncias que são essenciais para o

desempenho das atividades do dia-a-dia como andar, correr, trabalhar, estudar, etc. Essas

substâncias são chamadas de nutrientes. São 5 os nutrientes: carboidratos, proteínas,

lipídios, vitaminas e minerais. Saiba a função de cada um desses nutrientes.

CARBOIDRATOS: oferecem energia para o corpo sob a forma de açúcares

(presente nas frutas e hortaliças) e amido (milho, trigo). Eles são a primeira fonte

de energia para o desempenho das atividades diárias. Os carboidratos podem ser

encontrados nas frutas, hortaliças, pães, macarrão, arroz, mandioca, batata, milho,

entre outros.

PROTEÍNAS: são essenciais para construir e manter os músculos, cabelo e tecidos

do corpo, principalmente no crescimento durante a infância. Também são

importantes na constituição de células, anticorpos, das enzimas presentes no

organismo e hormônios. São encontradas nas carnes vermelhas, brancas, no leite

e derivados (queijo, requeijão, iogurte), ovos, e nas leguminosas como ervilha, soja

e feijão.

GORDURAS: são a fonte de energia que está armazenada no corpo e serve para

transportar algumas vitaminas como a vitamina A, fornecer compostos chamados

ácidos graxos essenciais que favorecem a manutenção da saúde. As fontes de

gordura são a margarina, toucinho, e os óleos vegetais (como de canola, milho,

soja) e animais como banha de porco.

VITAMINAS: ajudam na manutenção de todas as atividades diárias dos alunos.

Apesar de não serem fonte de energia, elas estão envolvidas no bom

funcionamento dos aparelhos circulatório, respiratório e digestivo e atuam,

juntamente com outros nutrientes, para formar enzimas e controlar a queima de

açúcares e proteínas dentro das células. As vitaminas estão presentes nas

hortaliças e frutas em geral e podem ser classificadas em lipossolúveis (A, D, E e

K) e hidrossolúveis (C e complexo B).

MINERAIS: são elementos obtidos na alimentação para ajudar na formação das

estruturas do corpo, como por exemplo, os ossos. A ausência de alguns minerais

na alimentação pode resultar doenças como anemia, osteoporose e bócio. Os

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minerais também não oferecem energia para o corpo e estão presentes nas

carnes, frutas, hortaliças e leite.

PIRÂMIDE ALIMENTAR BRASILEIRA

O próximo passo seria trabalhar a Pirâmide Alimentar Brasileira. Observando o

desenho da Pirâmide Alimentar Adaptada, pode-se perceber e identificar os nutrientes

estudados e que ela foi concebida com 4 níveis e 8 grupos:

Fonte: http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/615749/gd/1274728642/piramide-alimentar-

definicoes-foto-explicacao-da-piramide.gif

- Na base da pirâmide está o grupo 1 - Cereais (pães, arroz, batata, mandioca, milho,

etc.), alimentos que são fontes de energia e que devem ser consumidos em maior

quantidade - 5 a 9 porções por dia.

- No grupo 2, estão as hortaliças (4 a 5 porções por dia) e no grupo 3 as frutas (3 a 5

porções por dia), alimentos que existem em abundância no Brasil, ricos em vitaminas e

minerais e que, junto com os cereais, devem compor cerca de 55% do valor calórico total

da dieta alimentar.

- No grupo 4 aparecem o leite e produtos lácteos (3 porções por dia), grupo 5 as carnes e

ovos (1 a 2 porções por dia), e o grupo 6 das leguminosas, onde enquadra-se o feijão (1

porção por dia). Os alimentos de origem animal como os derivados do leite e as carnes

são ricos em proteínas, mas também contêm grande quantidade de gordura e devem ser

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consumidos com mais moderação, ofertando de 10 a 15% do valor calórico total da dieta.

O grupo das leguminosas foi criado especialmente para a Pirâmide Alimentar Adaptada, já

que faz parte do hábito alimentar do povo brasileiro, a ingestão diária de feijão

acompanhado de arroz, uma mistura nutricionalmente positiva e que contribui com uma

parte importante para o consumo de proteínas.

- No topo da pirâmide estão os grupos 7 e 8 dos óleos e gorduras, açúcares e doces. Por

serem considerados alimentos de alta densidade energética, ou simplesmente muito

calóricos, o consumo destes dois grupos alimentares deve ser evitado; ainda deve-se

lembrar que durante a preparação dos alimentos, produtos como o óleo de soja e o

açúcar são acrescentados, fazendo com que a ingestão de 1 a 2 porções por dia

(recomendado para cada um dos grupos) ocorra sem que se percebam.

Agora que já se conhece a Pirâmide Alimentar Adaptada ficará ainda mais fácil

escolher o que comer. Os cereais, as frutas e as hortaliças devem compor mais da

metade do total da dieta; carnes, ovos e derivados do leite devem ser consumidos com

moderação; óleos, gorduras, açúcares e doces devem ser evitados.

Sugestões de atividades

1. Pedir para os alunos formar grupos de 5 integrantes e exercitar o

aprendizado da pirâmide alimentar brasileira, construindo cardápios

diários do grupo, no qual será apresentado o alimento que mais gostam e

o mais saudável. Organizar uma exposição durante a semana da

alimentação escolar a ser desenvolvida na escola.

2. Solicitar que os alunos tragam figuras de alimentos. Dividir os alunos

em grupos e solicitar que construam um prato que represente uma

alimentação saudável. Conversar com os alunos sobre suas impressões em

relação à alimentação saudável, sabor, prazer etc.

3. Nas escolas onde existe horta/pomar, trabalhar com as crianças na

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plantação das hortaliças de rápido crescimento, mostrar seu uso na

alimentação diária, suas propriedades (de acordo com a faixa etária, vai

se aumentando o grau de informação) e identificar e confeccionar

receitas onde esses alimentos estão presentes.

4. Criação de galinhas poedeiras. O ovo é um alimento de alto valor

nutritivo e proteico, todavia, de baixo custo. Com esta atividade estará se

fazendo também a divulgação adequada das suas qualidades, em especial

o ovo é um dos alimentos indicado para o bom desenvolvimento cognitivo

cerebral, ou seja, para a aprendizagem, para o estudo, assim espera-se

aumentar o seu consumo, já que ele é um grande aliado à saúde.

ATIVIDADE 10: COZINHA EXPERIMENTAL - COMO

PREPARAR AS HORTALIÇAS?

Produzir refeições vai além do simples fato de cozinhar os alimentos. É uma

atividade que vai desde o planejamento de quais alimentos serão preparados, em função

daquilo que se dispõe ou se comprará; até o alimento ficar pronto para ser servido. Sendo

assim, sugere-se algumas dicas para um melhor aproveitamento de hortaliças. Ao final

nos anexos encontram-se várias receitas para serem executadas como atividade na

cozinha experimental com auxílio das merendeiras da escola.

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Os tubérculos e raízes têm muitos nutrientes. É necessário lavá-los muito bem

para retirar a sujeira da terra. Estes alimentos são ricos em carboidratos, vitaminas e sais

minerais. Dentre eles destacam-se:

batata: assada, cozida, frita;

cenoura: crua em saladas, pratos salgados e doces. As folhas são ricas em

vitamina A e podem ser usadas em bolinhos e salada;

mandioca: depois de cozida pode ser frita, ensopada, refogada;

mandioquinha: refogados, sopas e purês;

nabo: em saladas, conservas, refogados, sopas e purês. As folhas têm vitaminas A

e C, além de cálcio;

rabanete: cru, em saladas e conservas; refogado e ensopado. As folhas podem ser

usadas em saladas ou refogados;

batata-doce: assada, cozida, frita e doces. Aproveitar as folhas para saladas e

refogados;

beterraba: vitaminas, sucos, refogada, cozida, frita. Usar as folhas em ensopados,

refogados e saladas;

Já as folhas e talos devem ser muito bem lavados em água corrente, para eliminar

sujeiras e microorganismos. Deve-se deixar de molho numa mistura contendo 1 litro de

água e 1 colher de sopa de água sanitária, não alvejante, por 30 minutos. Estes alimentos

são ricos em vitaminas, sais minerais e fibras. Ao comprar escolha sempre folhas novas:

acelga: saladas e sucos, refogada, gratinada, suflês e bolinhos;

agrião: saladas e sucos. Usar os talos para fazer bolinhos, omeletes e sopas;

alface: saladas e sopas;

almeirão: cru em saladas. Servir com molho de alho refogado no óleo;

couve: refogada, cozida e sopa. Aproveitar os talos para sopas;

escarola: crua, em saladas e cozida, em recheios de tortas e sopas;

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espinafre: cru, em saladas e cozido, em recheios de tortas e sopas. Usar os talos

para fazer bolinhos, omeletes e sopas;

repolho: cru, em saladas e conservas. Cozido e refogado.

As flores:

alcachofra: crua, cozida, assada e refogada;

brócolis: cozida em água fervente ou no vapor;

couve-flor: cozida, em saladas, gratinadas e empanados.

Os vegetais com polpa e sementes podem ser preparados nos pratos de todo o

dia e até em doces:

abobrinha: saladas, refogados e suflês

abóbora: cozidos, sopas, purês, refogados e em doces. Aproveitar as sementes,

assar no forno e servir como aperitivo.

berinjela: frita, empanada, com molho e à parmegiana

chuchu: refogados, suflês, saladas, pudins e doces;

ervilha: ensopados, cozidos, saladas, risotos e com carnes;

jiló: refogados, frituras e ensopados;

milho-verde: cremes, sopas, refogados, saladas, tortas;

pepino: saladas, conservas e patês;

pimentão: refogados, cozidos, molhos, saladas e patês;

quiabo: refogados, frituras e saladas

tomate: saladas, molhos e refogados

vagem: cozida em saladas, refogados, gratinados e pudins.

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Sugestão de atividade

Organizar um livro de receitas que possuam como ingredientes

frutas, legumes e verduras. As mesmas serão coletadas pelos alunos junto a

seus familiares. Será um livro por turma e haverá apresentação deste na

semana da alimentação escolar. Objetiva-se assim estimular a

identificação de receitas mais saudáveis. Privilegiar aquelas que

utilizam temperos naturais, óleo e ingredientes “in natura”. Preferir

preparações cruas, cozidas, assadas, refogadas, ensopadas ou grelhadas.

AVALIAÇÃO

O processo avaliativo de cada uma das atividades pode se dar, sobretudo, pela

observação e registros de cada etapa, pela materialização dos resultados esperados e

dos momentos previstos. Aferir o nível de engajamento e de continuidade nos trabalhos

da horta escolar. É essencial manter os pais e responsáveis pelos alunos informados

sobre cada decisão da escola com relação à horta escolar. Periodicamente, procurar

realizar uma pesquisa com os familiares e responsáveis pelos educandos para coletar

informações, críticas, sugestões e atividades afins que facilitarão a sua vida em sala de

aula. Este procedimento é parte integrante da avaliação. Também é importante registrar

se ocorreu uma maior qualidade da participação, do interesse e do desempenho dos

educandos na sala de aula e nas atividades gerais.

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CRONOGRAMA DAS AÇÕES

ATIVIDADES

PERÍODO DE EXECUÇÃO

AULAS

PREVISTAS

1 CONVERSANDO COM O NUTRICIONISTA FEV/2013 6 HORAS/AULAS

2 MURAL DO CARDÁPIO NA ESCOLA MAR/2013 4 HORAS/AULAS

3 DISCUTINDO TAMBÉM SE APRENDE MAR/2013 2 HORAS/AULAS

4 IMPLANTANDO A SEMANA DE

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR

ABR/

MAI/2013

8 HORAS/AULAS

5 ADOLESCENTES PROMOTORES DA

SAÚDE

MAI/2013 2 HORAS/AULAS

6 PASSOS PARA O PREPARO DA HORTA FEV2013 8 HORAS/AULAS

7 CONFECÇÃO DE MINI-HORTAS COM

GARRAFAS PET

ABR/ 2013 2 HORAS/AULAS

8 PRODUZINDO HÚMUS MAR/2013 4 HORAS/AULAS

9 APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES

ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS

JUN/2013

4 HORAS/AULAS

10 COZINHA EXPERIMENTAL - COMO

PREPARAR AS HORTALIÇAS?

MAI/JUN/2013

2 HORAS/AULAS

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

As atividades propostas para a Intervenção Pedagógica PDE 2012, serão

desenvolvidas no Colégio Estadual Ana Schelbauer Braz de Oliveira, situado a 25 km do

centro da cidade Rio Negro - PR, no bairro Fazendinha. Um colégio da área rural do

município que conta com 188 alunos distribuídos em: 109 no ensino fundamental – 6º ao

9º ano matutino e 78 no ensino médio, turno noturno.

O ano letivo escolar inicia-se aos primeiros dias do mês de fevereiro, sendo assim

este projeto de intervenção será apresentado a comunidade escolar, durante a realização

da semana pedagógica do 1º semestre do ano de 2013.

A implementação acontecerá primordialmente com os alunos do Ensino

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Fundamental, do 6º ao 9º ano, no turno matutino, sendo uma turma de cada ano, num

total aproximado de 42 horas/aulas. As atividades serão distribuídas nas 4 turmas que

compõem o ensino fundamental da referida escola, conforme o nível cognitivo da turma e

como mostra a tabela abaixo:

ATIVIDADES TURMA(S)

1 CONHECENDO O NUTRICIONISTA 7º ANO

2 MURAL DO CARDÁPIO NA ESCOLA 8º ANO

3 DISCUTINDO TAMBÉM SE APRENDE 9º ANO

4 IMPLANTANDO A SEMANA DE ALIMENTAÇÃO

ESCOLAR

TODAS

5 ADOLESCENTES PROMOTORES DA SAÚDE 9º ANO

6 PASSOS PARA O PREPARO DA HORTA TODAS

7 CONFECÇÃO DE MINI-HORTAS COM

GARRAFAS PET PRODUZINDO HÚMUS

6º ANO

8 PRODUZINDO HÚMUS 6º ANO

9 APRENDENDO SOBRE OS NUTRIENTES

ENCONTRADOS NOS ALIMENTOS

8º ANO

10 COZINHA EXPERIMENTAL – COMO PREPARAR

AS HORTALIÇAS?

7º ANO

Serão realizadas pesquisas com utilização de materiais (jornais, revistas,

computadores, livros, entre outros) levantando informações na literatura contemporânea,

que considera a existência incontestável da alimentação e o forte impacto no

desempenho escolar, será exposto e elucidado aos adolescentes tal importância muitas

vezes comentada, mas não levada a sério por falta de demonstrações e comprovações da

real influência da alimentação no aprendizado.

A pesquisa caracteriza um estudo, visto que o problema levantado da alimentação

e seus nutrientes que auxiliam no bom desempenho educacional dentro do processo

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ensino/aprendizagem pode ser resolvido ou melhorado por meio de descrições, análises e

observações diretas e objetivas.

As técnicas utilizadas para a obtenção de informações contarão com um

levantamento de dados sobre a prática alimentar dos adolescentes pesquisados, em

discussões e questionamentos decorrentes da apresentação do projeto de implementação

aplicado aos alunos da referida escola em sala de aula. É importante que se faça uma

análise completa desse levantamento com a finalidade de observar, registrar e analisar

para então elaborar as estratégias de intervenção, ou seja, a elaboração de um cardápio

balanceado e enriquecido de nutrientes que auxiliam no bom desempenho cerebral.

A concretização acontecerá com a inserção do cardápio elaborado no currículo

escolar, no preparo da alimentação escolar, merenda, composta com os nutrientes

pesquisados e declarados que ajudam no desenvolvimento educacional.

Concomitante estará ocorrendo a criação e cultivo constante de uma pequena

horta escolar, para que dela se retirem hortaliças, legumes, temperos e até plantas

medicinais para consumo e utilização no preparo da merenda ofertada aos alunos.

Visando que essas novas atitudes e hábitos alimentares saudáveis, como por exemplo o

consumo de hortaliças, aconteçam também no ambiente familiar, fazendo com que o

processo seja contínuo e disseminado a um número cada vez maior de pessoas,

agregando melhoria na qualidade de vida e saúde pela educação alimentar e nutricional,

e ainda, trazendo consequências benéficas no desempenho cognitivo.

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REFERÊNCIAS

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CALLEGARO, Juarez. Mente Criativa: A Aventura do Cérebro Bem Nutrido. São Paulo. Vozes. 2006.

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CAVACO, Nanci Azevedo. Turbine seu cérebro: contribuições da neurociência. 4ed. rev e atual. São Paulo, Método, 2011.

CiênciaHoje. Revista de Divulgação Científica da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Número 293. Volume 49. p 16-17. Junho 2012. Rio de Janeiro.

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LUZ, Valdemar Pereira. Técnicas Agrícolas. 9ª edição. Volume 1. Editora ática. 1998.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Programa Nacional de Saúde Escolar. Despacho nº 12.045/2006. Diário da República. II série; 110.

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TEIXEIRA, Helga. Monografia Alimentação e Desempenho Escolar. Faculdade de Ciencias da Nutrição e Alimentação – Universidade do Porto. 2009. 42 páginas.

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Sites pesquisados:

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ANEXOS

COMO APROVEITAR OS ALIMENTOS DA HORTA NA ESCOLA

E/OU EM CASA?

São apresentadas algumas receitas que podem ser feitas com as hortaliças

plantadas na escola ou em casa, aproveitando ao máximo as folhas e talos das mesmas:

BOLINHO DE ABÓBORA OU DE BATATA DOCE

Ingredientes

1 xícara de chá de abóbora cozida e amassada

2 colheres de sopa de farinha de trigo

1 colher de sobremesa de fermento

Sal a gosto

Cheiro verde picado a gosto

Técnica de preparo

1.Juntar os ingredientes

2.Aquecer o óleo

3.Fazer os bolinhos com o auxílio de colher. Caso necessite de mais farinha para fritar

às colheradas, acrescentar até dar ponto.

4.Fritar em óleo quente.

Sugestão: Caso queira bolinho doce trocar o sal por açúcar, não acrescentar cheiro

verde e polvilhar com açúcar e canela.

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BOLINHO DE MANDIOCA (MACAXEIRA OU AIPIM)

Ingredientes

3 xícaras de chá mandioca cozida e moída

3 xícaras de chá polvilho

3 xícaras de chá queijo ralado (opcional)

1 xícara de chá farinha de trigo

3 colheres de sopa óleo

Sal a gosto

Técnica de preparo

1.Juntar os ingredientes

2.Misturar até obter uma massa homogênea.

3.Acrescentar leite, até o ponto de enrolar com a mão.

4.Fritar em óleo quente ou assar em temperatura média

SUCO DE BETERRABA

Ingredientes

1 beterraba média crua sem casca ralada

suco de um limão pequeno

1 litro de água de água

5 colheres de sopa de açúcar, melado ou rapadura ralada

Técnica de preparo

1.Bater primeiro a beterraba e coar. O resíduo pode ser utilizado na salada.

2.Bater o restante dos ingredientes com o suco já extraído da beterraba, coá-lo.

SUCO DE ABÓBORA (MANDIOCA, BATATA-DOCE OU PUPUNHA)

Ingredientes

1 copo de abóbora cozida amassada

3 copos médio leite ou água

Açúcar a gosto

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Técnica de preparo

1.Bater tudo no liquidificador e tomar gelado. A gosto pode-se acrescentar folhas de

Hortelã.

FANTA

Ingredientes

1 1/2 litro de água

2 cenouras grandes

1 limão cravo (capeta, rosa ou galego) com casca

Suco de 2 limões comuns

Açúcar a gosto

Técnica de preparo

1.Liquidificar a água com as cenouras e coar;

2.Acrescentar o limão cravo e o suco de limão;

3.Liquidificar novamente.

PUDIM DE MANDIOCA

Ingredientes

1/2 quilo de mandioca cozida e amassada

3 colheres de sopa de farinha de trigo

1/2 litro de leite

1 colher de sobremesa de fermento

1 colher de sopa de óleo vegetal

2 xícaras de açúcar

1 pitada de sal

1 colher de sopa de erva-doce

2 ovos batidos

Técnica de preparo

1. Misture tudo e coloque em forma de pudim caramelizada com açúcar.

2. Levar a geladeira para gelar por 4 horas.

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FONTE: http://www.turminha.mpf.gov.br/para-o-professor/para-o-professor/publicacoes/Manual-

da-horta.pdf. Acessado em 27/09/2012.