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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2012

Título: DIFICULDADE DE APRENDIZADO: Práticas Inclusivas da Avaliação

Autor MARLI TEREZINHA STADIKOSKI

Disciplina/Área (ingresso no PDE) EDUCAÇÃO ESPECIAL

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

COLÉGIO ESTADUL JOÃO XXIII – ENSINO

FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

Município da escola IRATI

Núcleo Regional de Educação IRATI

Professor Orientador ANIZIA COSTA ZYCH

Instituição de Ensino Superior UNICENTRO

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes

disciplinas compreendidas no

trabalho)

Resumo

(descrever a justificativa, objetivos

e metodologia utilizada. A

informação deverá conter no

máximo 1300 caracteres, ou 200

palavras, fonte Arial ou Times

New Roman, tamanho 12 e

espaçamento simples)

Neste Caderno Pedagógico, encontraremos

subsídios para melhor ampliar o conhecimento da

política da inclusão na rede pública para, posteriormente,

melhor atender os alunos com necessidades especiais,

inseridos no contexto escolar.

O atendimento à equipe escolar será

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desenvolvido por meio de um Curso de Extensão,

composto por 08 (oito) módulos destinados à Direção,

Equipe Técnico-Pedagógica, Professores, Funcionários e

Pais e/ou Responsáveis do Colégio Estadual João XXIII

– Ensino Fundamental, Médio e Profissional, situado em

Irati – Estado do Paraná.

Cada módulo apresenta um objetivo determinado

e atividades relacionadas com a temática estudada.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras)

Inclusão; Dificuldade de Aprendizagem; Avaliação;

Adaptação Curricular

Formato do Material Didático

CADERNO PEDAGÓGICO

Público Alvo

(indicar o grupo para o qual o

material didático foi desenvolvido:

professores, alunos,

comunidade...)

DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA, PROFESSORES,

FUNCIONÁRIOS E PAIS E/OU RESPONSÁVEIS

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APRESENTAÇÃO.................................................................................................06

UNIDADE I.............................................................................................................08

Questionário referente à inclusão..........................................................................09

UNIDADE II ...........................................................................................................10

Vamos assistir o Vídeo: Na minha escola todo mundo é igual...............................11

Filme: Meu Nome é Rádio.....................................................................................11

Atividades de Refexão...........................................................................................12

UNIDADE III..........................................................................................................14

Atividade: As coisas que nos ajudam...................................................................15

O Deficiente na História: Conceitos e Preconceitos.............................................16

Entendendo a Educação Especial........................................................................19

Entendendo o que é uma Escola Inclusiva...........................................................20

Adaptações Curriculares.......................................................................................21

Tipos de Adaptações Curriculares........................................................................23

Quem é o aluno atendido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I.............25

Quem é o aluno atendido na APAE......................................................................27

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UNIDADE IV..........................................................................................................28

Atividade: Leitura do texto: Refletindo sobre a Diversidade que constitui nosso

alunado..................................................................................................................29

Discussão e análise do texto.................................................................................32

Entendendo as Diferentes Nomenclaturas............................................................33

Identificando os alunos..........................................................................................39

UNIDADE V ..........................................................................................................41

Atividade dirigida...................................................................................................42

As Políticas Públicas da Inclusão Escolar – Legislação........................................42

UNIDADE VI .........................................................................................................59

Atividade: Perguntas e Respostas.........................................................................60

Falando sobre as Deficiências...............................................................................61

Atividade: Dinâmica: De Olhos vendados..............................................................61

Entendendo as Diferenças.....................................................................................63

UNIDADE VII ........................................................................................................72

Atividade: Vamos assistir o Filme: Meu Pé Esquerdo............................................73

A Abordagem Familiar frente à Inclusão................................................................75

Atividade de Reflexão: O quê a escola pode fazer?..............................................77

UNIDADE VIII .......................................................................................................78

Atividade: Simulação.............................................................................................79

Avaliação e Adaptação Curricular: Conceitos e Procedimentos...........................99

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Avaliação dos Alunos..........................................................................................100

Base Legal..........................................................................................................102

Atividade: Leitura do texto..................................................................................103

E agora: Como proceder a Avaliação diferenciada para os Alunos com

Necessidades Especiais?..................................................................................104

Avaliação Psicoeducacional no Contexto Escolar..............................................106

MENSAGEM FINAL...........................................................................................110

CONCLUINDO....................................................................................................111

REFERÊNCIAS..................................................................................................112

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A Secretaria de Educação do Estado do Paraná vem trabalhando em prol

de uma educação básica de qualidade, numa visão política de inclusão de direito,

transformadora, onde se inclui um sujeito que atue na sociedade, mesmo essa

sendo tão diversa de classes sociais, econômicas, políticas e étnicas, uma

postura de formação e do sujeito com necessidade especial.

Com a proposta do PDE, a comunidade escolar, tem um ganho significativo

e histórico, onde se consolida oportunidades de estudos, numa postura de revisão

da prática educacional inclusiva banindo as práticas excludentes, pois só levam

ao desestímulo e ao fracasso.

Dentro desse contexto, acredita-se que a intervenção pedagógica

subsidiará a prática do professor, abrindo-se a um leque de entendimento na

prática no que se refere a novas tendências pedagógicas.

Diferenciando dificuldades, distúrbios e defasagens educacionais, e ainda,

tendo claro uma maneira, um método, o professor estará cumprindo o seu papel

de transformador social, incluindo, de fato e de direito, o aluno com necessidades

especiais.

É preciso que se retomem estudos de uma prática pedagógica inclusiva,

reflexiva e que se defina o verdadeiro papel do professor neste momento histórico

de inclusão da pessoa com necessidades especiais de fato, no momento de

avaliar, seja de acordo com as especificidades necessárias e o professor tenha

em mente que esse momento é também um instrumento de flexibilização e

replanejamento de suas atividades com vistas no sucesso de seu trabalho.

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Neste Caderno Pedagógico, encontraremos subsídios para melhor ampliar

o conhecimento da política da inclusão na rede pública para, posteriormente,

melhor atender os alunos com necessidades especiais, inseridos no contexto

escolar.

O atendimento à equipe escolar será desenvolvido por meio de um Curso

de Extensão, composto por 08 (oito) módulos destinados à Direção, Equipe

Técnico-Pedagógica, Professores, Funcionários e Pais e/ou Responsáveis do

Colégio Estadual João XXIII – Ensino Fundamental, Médio e Profissional, situado

em Irati – Estado do Paraná.

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MÓDULO I

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Este encontro acontecerá na modalidade à distância, onde os participantes

no ato da inscrição receberão um questionário relativo à inclusão que deverá ser

respondido, contendo 04 (quatro) questões a serem entregues no 1° Encontro

Presencial.

1 O que significa uma escola inclusiva?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

2 O que é deficiência e o que é ser ‘deficiente’?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

3 - Quem na sua escola tem necessidades educacionais especiais?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

4 Que dificuldades você encontra no seu dia a dia para trabalhar com os alunos com

necessidades educacionais especiais?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

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MÓDULO 02

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Neste Encontro, os participantes deverão fazer uma reflexão acerca da exclusão

social das pessoas com deficiências e da inclusão escolar.

ATIVIDADE 1 : Vamos assistir o vídeo:

Abertura:

Na minha escola todo mundo é igual http://www.youtube.com/watch?v=aSwdAWkLGmM&feature=related

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Ramos e Priscila Sanson.

ATIVIDADE 2 : Vamos assistir ao filme :

Meu Nome é Radio

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Sinopse e detalhes

Anderson, Carolina do Sul, 1976, na escola secundária T. L. Hanna. Harold Jones (Ed Harris) é o treinador

local de futebol americano, que fica tão envolvido em preparar o time que raramente passa algum tempo com

sua filha, Mary Helen (Sarah Drew), ou sua esposa, Linda (Debra Winger). Jones conhece um jovem "lento",

James Robert Kennedy (Cuba Gooding Jr.), mas Jones nem ninguém sabia o nome dele, pois ele não falava e

só perambulava em volta do campo de treinamento. Jones se preocupa com o jovem quando alguns dos

jogadores da equipe fazem uma "brincadeira" de péssimo gosto, que deixou James apavorado. Tentando

compensar o que tinham feito com o jovem, Jones o coloca sob sua proteção, além de lhe dar uma ocupação.

Como ainda não sabia o nome dele e pelo fato dele gostar de rádios, passou a se chamá-lo de Radio. Mas

ninguém sabia que, pelo menos em parte, a razão da preocupação de Jones é que tentava não repetir uma

omissão que cometera, quando era um garoto.

ATIVIDADE 3: Dividir a turma em duplas. Cada dupla deverá apresentar uma

questão para Reflexão:

• Como sua escola tem discutido a Inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais e como tem sido o desenvolvimento de práticas pedagógicas frente a esses

alunos?

• Como a escola tem acompanhado o trabalho desenvolvido pelos serviços especializados

(professor intérprete) referentes ao planejamento e encaminhamento das atividades aos

alunos?

• Como a escola acompanha e estabelece a articulação entre os professores dos serviços

especializados e os professores da sala comum?

• Como a escola acompanha e estabelece diálogo com as famílias dos alunos da Sala de

Recursos, sobre a frequência e o desenvolvimento acadêmico, entre outros?

• A escola relaciona o desempenho dos alunos com atendimento especializado nas Salas

de Recursos Multifuncionais com o rendimento desses alunos nas disciplinas do Ensino

Regular.

• Os resultados de aprovação, reprovação e aprovação por Conselho de Classe são

analisados pela escola levando em conta a participação desses alunos nos serviços

especializados, suas dificuldades de aprendizagem e seu desenvolvimento durante o ano

letivo?

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• Qual o envolvimento da escola com a comunidade e a rede de apoio?

• O procedimento realizado está de acordo com o que está no PPP?

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MÓDULO 03

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Definir, diferenciar, o termo deficiente requer uma retomada da história da

pessoa com necessidade especial, precisamos conhecer e reconhecer essa

pessoa com um olhar humanizado e sensibilizado, mas lembrando sempre que

esse ser tão inferiorizado pela história no mundo, é um cidadão, que recebeu

várias nomenclaturas como: deficiente mental, retardado mental, idiota,

excepcional, enfim, estamos vivendo um momento de se buscar a superação

caridosa dos preconceitos.

ATIVIDADE: AS COISAS QUE NOS AJUDAM1

Coloque numa caixa de papelão diversos objetos que usamos em nossas

atividades e tarefas do dia-a-dia, como por exemplo, um par de escova de dentes,

um par de óculos, uma chuteira, equipamentos de mergulho, uma régua, um

capacete, talheres, etc. Inclua também alguns equipamentos usados por pessoas

com deficiência: um aparelho auditivo, um livro em Braille, uma bengala longa,

uma muleta, um aparelho ortopédico, etc. Reúna um pequeno grupo de alunos e

peça a cada um deles que selecione e retire um objeto da caixa. Você pode

incentivar uma discussão sobre como aqueles objetos podem ser úteis. Essa idéia

é adequada principalmente para crianças pequenas, e tem por objetivo ajudá-las

a perceber as limitações sob uma ótica mais positiva, por meio da familiarização

com equipamentos de apoio usados por pessoas com deficiência.

Quando os objetos usados pelas pessoas com deficiência são intercalados

com os objetos usados pelas pessoas sem deficiência, as crianças aprendem

1 Atividade retirada da Apostila n°03 - Aranha, Maria Salete Fábio - Projeto Escola Viva : garantindo o acesso

e permanência de todos os alunos na escola : necessidades educacionais especiais dos Secretaria de Educação Especial, 2005.5 v. : il. color. Publicado em 5 v.: Iniciando nossa conversa; v. 1 - Visão histórica; v.2: Deficiência no

contexto escolar; v.3: Sensibilização e convivência; v. 4: Construindo a escola inclusiva.

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que, da mesma forma que elas usam a escova de dentes para fazer a tarefa de

realizar a higiene bucal, as pessoas com deficiência visual usam o alfabeto Braille

para ler e a bengala longa para se locomover; as pessoas surdas usam o

aparelho para ouvir; as pessoas com deficiência física usam muletas para se

locomover, etc.

Essa atividade pode ser complementada com uma outra, durante a qual as

crianças escolhem um objeto usado por pessoas com deficiência e fazem um

desenho de alguém que o esteja utilizando.

Geralmente, quando as crianças travam um primeiro contato com uma

pessoa que usa um equipamento diferente, elas se sentem tão curiosas e

atraídas por esse objeto estranho.

- Proporcione uma oportunidade para que os alunos conheçam cadeiras de rodas,

próteses de membros, bengalas, muletas, botas, aparelhos ortopédicos e de

surdez, bengalas para cegos, livros em Braille, regletes (objetos para escrever em

Braille.)

- Você pode pedir emprestados esses equipamentos a entidades e instituições de

sua cidade e aos educadores especiais, os quais poderão ajudar você a conhecer

mais sobre seu uso, assim como lhe dar noções da língua de sinais, etc.

O DEFICIENTE NA HISTÓRIA: CONCEITOS E PRECONCEITOS

As Pessoas com Deficiência - São aquelas que apresentam “significativas

diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou

adquiridos, de caráter temporário ou permanente”, (Política Nacional de Educação

Especial, 2001).

No decorrer da história da humanidade, pode-se observar que as concepções sobre a deficiência foram evoluindo “conforme as crenças,

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valores culturais,concepção de homem e transformações sociais que ocorreram nos diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001d, p.25).

A história do deficiente ou da pessoa com deficiência foi se transformando

no decorrer dos tempos. Vejamos um breve histórico:

NA ANTIGUIDADE

A deficiência, nessa época, inexistia enquanto problema, sendo que as crianças portadoras de deficiências

2 imediatamente detectáveis, onde a

atitude adotada era da “exposição”, ou seja, ao abandono, ao relento, até a morte. (ARANHA, 1979; PESSOTI; 1984).

Os surdos, os cegos, os deficientes mentais, os deficientes físicos, órfãos,

doentes, idosos, as chamadas “pessoas diferentes” eram todos abandonados.

Na Bíblia, encontramos relatos referentes aos leprosos, aos mancos, às

pessoas cegas que tornavam-se “pedintes” e ficavam à mercê da própria sorte.

A pessoa com alguma deficiência não era considerada ser humano.

Podemos usar como exemplificação o Filme: A Era do Gelo, onde os

animais feridos, doentes eram abandonados.

NA IDADE MÉDIA

A custódia e o cuidado destas crianças ou até mesmo de adultos

deficientes, pessoas doentes, defeituosas e/ou mentalmente afetadas (deficientes

físicos, sensoriais e mentais) passam a ser assumidas pela família e pela igreja,

2 O termo Portador de deficiência aparece aqui por causa da citação no texto, mas hoje em dia é correto falar pessoas com deficiência.

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apesar de tais instituições não terem nenhuma organização na provisão do

acolhimento, proteção, treinamento e ou tratamento destas pessoas.

Dependiam da caridade e generosidade de outras pessoas. Normalmente,

tornavam-se o foco de diversão, como por exemplo: o bobo da corte.

Surgem as instituições para abrigar deficientes, porém estes, ainda são

motivos de perseguição, caça e extermínio de seus dissidentes, sob o argumento

de que eram hereges, ou “endemoninhados”. (Inquisição Católica e a Reforma

Protestante). Temos aqui o exemplo do Quasímodo do livro O Corcunda de Notre

Dame, de Victor Hugo, que vivia isolado na torre da catedral de Paris.

SÉCULO XVI

Neste período as deficiências passaram a ser tratadas pela alquimia, magia

e astrologia.

SÉCULO XVII

As pessoas com deficiências físicas e mentais, eram retirada do seio

familiar, isoladas da sociedade, passando a ser atendidas em asilos, conventos e

albergues. Surge o primeiro hospital psiquiátrico na Europa, mas todas as

instituições dessa época não passam de prisões, sem tratamento especializado.

Segundo Silva (1987, p. 273),

[...] da mesma forma que na Europa, “também no Brasil a pessoa deficiente foi considerada por vários séculos dentro da categoria mais ampla dos ‘miseráveis’, talvez o mais pobre dos pobres... Os mais afortunados que haviam nascido em ‘berço de ouro’ ou pelo menos remediado, certamente passaram o resto de seus dias atrás dos portões e das cercas vivas das suas grandes mansões, ou então, escondidos, voluntária ou involuntariamente, nas casas de campo ou nas fazendas de suas famílias. Essas pessoas deficientes menos pobres acabaram não significando nada em temos de vida social ou política do Brasil, permanecendo como um ‘peso’ para suas respectivas famílias”.

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SÉCULO XX

Este período é marcado pela reflexão e crítica. É criado o conceito de

integração: a pessoa com deficiência deveria assemelhar-se aos demais

cidadãos, para então ser inserida na sociedade.

Dessa forma, as pessoas com necessidades especiais deveriam ter acesso

a serviços e recursos necessários para que tivessem condições de se tornarem o

mais “normal” possível.

A este processo que garante à pessoa com necessidade educacional

especial o acesso a todo e qualquer recurso da comunidade, à vida em sociedade

é denominado: Inclusão Social.

ENTENDENDO O QUE É A EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Educação Especial surge no momento em que as escolas públicas

regulares recusam o ingresso dos alunos que apresentavam alguma deficiência.

Os pais destas, se organizaram e constituíram outra forma de educação: o

sistema de educação especial.

Este sistema se diferenciava da educação regular, pois, na época,

entendia-se que as crianças deficientes precisavam ter um atendimento

especializado, com a adoção de práticas adaptativas como: novo currículo e

ensino, número menor de alunos por turma, professores especializados,

organização pedagógica diferenciada.

Com o movimento da inclusão escolar, o interesse pelo assunto é

consagrado na nova Constituição, promulgada em 1988, em seu Capítulo III,

Seção I, Artigo 208, Inciso III, garante atendimento educacional especializado às

pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.

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Houve uma intensa reflexão sobre o acesso e terminalidade das pessoas

com necessidades especiais e o movimento da inclusão, a partir dos anos 90,

com a promulgação de novas leis.

Com isso, as instituições escolares precisaram adequar-se, bem como

repensar suas práticas, para então, receber essa nova clientela. Esse novo

paradigma exigia uma nova escola que aceitasse e respeitasse as diferenças

numa escola inclusiva.

ENTENDENDO O QUE É UMA ESCOLA INCLUSIVA:

A Declaração de Salamanca preconiza em seu:

Art. 3º - O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Aquelas deveriam incluir crianças deficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham, crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos desavantajados ou marginalizados. Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios aos sistemas escolares. No contexto desta Estrutura, o termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam dificuldades de aprendizagem e portanto possuem necessidades educacionais especiais em algum ponto durante a sua escolarização. Escolas devem buscar formas de educar tais crianças bem-sucedidamente, incluindo aquelas que possuam desvantagens severas. Existe um consenso emergente de que crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devam ser incluídas em arranjos educacionais feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio que confronta a escola inclusiva é no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuam desvantagens severa. O mérito de tais escolas não reside somente no fato de que elas sejam capazes de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças: o estabelecimento de tais escolas é um passo crucial no sentido de modificar atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras e de desenvolver uma sociedade inclusiva.

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“As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando um sistema

educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as

necessidades de qualquer dos alunos” (CARVALHO, 2004, p. 26).

Antes de tudo, a escola precisa se adequar às novas exigências para

então, efetivar a inclusão. Sabemos que a inserção dos alunos com deficiências

nas escolas de ensino regular é irreversível e esta operacionalização da inclusão

escolar torna-se para os profissionais da educação um grande desafio.

A meta da inclusão é, desde o início, não deixar ninguém fora do sistema

escolar, que deverá adaptar-se às particularidades de todos os alunos

(...) à medida que as práticas educacionais excludentes do passado vão

dando espaço e oportunidade à unificação das modalidades de

Educação Especial educação, regular e especial, em um sistema único

de ensino, caminha-se em direção a uma reforma educacional mais

ampla, em que todos os alunos começam a ter suas necessidades

educacionais satisfeitas dentro da educação regular (MANTOAN, 2002,

s/p).

Para isso é necessário que a escola esteja preparada para a

inserção destes alunos através da organização das:

ADAPTAÇÕES CURRICULARES

São respostas educativas que devem ser dadas pela escola para atender,

as necessidades educativas de um aluno ou grupo de alunos, dentro da sala de

aula comum, na medida em que o que se faz ou deve-se fazer são ajustes,

adequações do currículo existente às necessidades do aluno.

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As Adaptações Curriculares3 estão garantidas pela Lei de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional Nº 9.394/96 e pelas Diretrizes nacionais para a

educação especial na educação básica (BRASIL, 2001), que orientam adaptações

em três níveis:

• no projeto político-pedagógico da escola elaborado pela comunidade escolar;

• no currículo (objetivos, conteúdos, atividades, avaliação, metodologia) com a

participação de todos os envolvidos;

• no nível individual, com a participação da família na elaboração do plano

educacional individual.

Portanto, as adaptações curriculares, na visão de estudiosos são definidas

como:

“Devem ser destinadas aos que necessitam de serviços e/ou situações especiais de educação, realizando, preferencialmente no ambiente menos restritivo possível e pelo menor período de tempo (...) As necessidades especiais revelam que tipos de ajuda (suporte), diferentes das usuais, são requeridas, de modo a cumprir as finalidades da educação. As respostas a essas necessidades devem estar previstas e respaldadas no projeto pedagógico da escola, não por meio de um currículo novo, mas da adaptação progressiva do regular, buscando garantir que os alunos com necessidades especiais participem de uma programação tão normal quanto possível, mas considere as especificidades que as suas necessidades possam requerer.” (Brasil, 1999, p. 34).

E ainda, podemos definir as adaptações curriculares como:

Modificações que são necessárias realizar em diversos elementos do currículo básico para adequar as diferentes situações, grupos e pessoas para as quais se aplica. As adaptações curriculares são intrínsecas ao

3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Brasília 2006 Educação Infantil Dificuldades acentuadas de aprendizagem Deficiência Múltipla - Saberes e práticas da inclusão.

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novo conceito de currículo. De fato, um currículo inclusivo deve contar com adaptações para atender à diversidade das salas de aula, dos alunos. (GARRIDO LANDÌVAR, 1999, p. 53.).

O Plano de Ensino para esse aluno deverá considerar isso tudo, além de

assegurar que sua escolaridade se dê, no máximo das possibilidades, na escola

comum, em classe regular, já que a própria convivência na diversidade tem

favorecido o desenvolvimento e o crescimento pessoal e social.

Partindo dessa premissa, evidencia-se que a avaliação deverá ser

dinâmica, interativa, preventiva, e tendo uma análise crítica como função

permanente no processo ensino-aprendizagem, deixando de punir e excluir o

aluno com dificuldade de aprendizagem. Este não mais carregará a culpa de seu

fracasso acadêmico e fará parte atuante, com seus devidos direitos, mesmo que

tenham que ser garantidos por lei, em muitos casos.

TIPOS DE ADAPTAÇÕES CURRICULARES4

De acordo com o MEC/SEESP (BRASIL, 2000, p. 10), são denominadas

adaptações curriculares de grande porte aquelas que se referem às ações cuja

implementação dependem de decisões técnico-político-administrativas, que extrapolam a área

de ação específica do professor, e que são da competência formal de órgãos superiores

da Administração Educacional Pública.

4 Texto retirado do Caderno 1 - Bolsanello, Maria Augusta Educação especial e avaliação de aprendizagem na escola regular : caderno 1 / Maria Augusta Bolsanello, Paulo Ricardo Ross; colaboradores: Dinéia Urbanek... [et all.]; Universidade Federal do Paraná, Pró-Reitoria de Graduação e Ensino Profissionalizante, Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores; Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. - Curitiba : Ed. da UFPR, 2005. 78p. : il., Retrs. - (Avaliação da aprendizagem; 7)

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Muitas são as modalidades de adaptações curriculares de grande porte.

Exemplos:

- a aquisição de equipamentos específicos para alunos cegos, que favorecerão a

sua comunicação escrita e sua participação nas diversas atividades escolares;

- construção de rampas, barras de apoio, banheiros adaptados para o aluno com

deficiência física;

- aquisição de computadores, softwares específicos, para o aluno superdotado;

- provisão do ensino da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para professores e

alunos, que contribuirá para a comunicação com o aluno surdo;

adequações nos objetivos, conteúdos, metodologia e organização didática,

avaliação e temporalidade no nível do projeto pedagógico (currículo escolar).

As adaptações curriculares de pequeno porte dizem respeito às ações sob

a responsabilidade do professor, nos componentes curriculares desenvolvidos em sala de

aula. As adaptações de pequeno porte são modificações promovidas no

currículo, pelo professor, a fim de que seus alunos com necessidades

especiais participem produtivamente do processo ensino-aprendizagem, na

escola regular, junto aos demais colegas de turma.

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São chamadas de pequeno porte, porque sua implementação decorre

da responsabilidade e ação exclusivas do professor, independendo de

autorização ou ação de qualquer outra instância superior.

Você pode implementar adaptações curriculares de pequeno porte em

várias áreas e em vários momentos de sua atuação:

- na promoção do acesso ao currículo;

- nos objetivos de ensino - É a adaptação que o professor pode fazer nos

objetivos - pedagógicos constantes no seu plano de ensino, abrangendo as

áreas afetiva, motora, cognitiva e social e também objetivos que visem a

aquisição de valores, normas e atitudes.

- no conteúdo ensinado - O conteúdo a ser trabalhado deve favorecer a

autonomia no processo ensino-aprendizagem permitem ao professor dedicar um

tempo maior ao aluno com NEE.

- no método de ensino - A metodologia deve atender as características e

necessidades de cada aluno, podendo o professor modificar seus procedimentos

de ensino quando se fizer necessário;

- na temporalidade - precisamos entender os alunos não desenvolvem suas

atividades ao mesmo tempo.Podemos aumentar ou diminuir o tempo previsto

para o trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos.

QUEM É O ALUNO ATENDIDO NA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL

– TIPO I?

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A Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na Educação Básica deverá

atender os alunos matriculados da escola onde está autorizada, assim como

alunos de outras escolas públicas da região.

Serão atendidos alunos matriculados na rede pública de ensino com:

- Deficiência intelectual: Em conformidade com a Associação Americana de

Retardo Mental, alunos com deficiência intelectual são aqueles que possuem

incapacidade caracterizada por limitações significativas no funcionamento

intelectual comportamento adaptativo e está expresso nas habilidades práticas,

sociais e conceituais, originando-se antes dos dezoito anos de idade.

- Deficiência física neuromotora: aquele que apresenta comprometimento motor

acentuado, decorrente de sequelas neurológicas que causam alterações

funcionais nos movimentos, na coordenação motora e na fala, requerendo a

organização do contexto escolar no reconhecimento das diferentes formas de

linguagem que utiliza para se comunicar ou para comunicação.

- Transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam um quadro de

alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações

sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa definição

alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno

desintegrativo da infância (psicose) e transtornos invasivos sem outra

especificação.

- Transtornos funcionais específicos: Refere-se a funcionalidade específica

(intrínsecas) do sujeito, sem o comprometimento intelectual do mesmo. Diz

respeito a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por dificuldades

significativas: na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou

habilidades matemáticas, na atenção e concentração.

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QUEM É O ALUNO ATENDIDO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA NA

MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL/APAE?

Dessa forma, a denominação da Escola de Educação Básica na modalidade de Educação Especial é assim definida pelo DEEIN/PR: A escola de Educação Básica na modalidade de Educação Especial é uma instituição destinada a prestar serviço especializado de natureza educacional a alunos com necessidades educacionais especiais, decorrentes da deficiência intelectual e múltiplas deficiências, de transtornos globais do desenvolvimento, de condições de comunicação ou sinalização diferenciadas, que requerem atenção individualizada nas atividades da vida autônoma e social, recursos, ajudas e apoios intensos e contínuos, bem como adaptações curriculares tão significativas, que muitas vezes a escola comum não consegue prover. Os alunos necessitam também de atendimentos complementares/terapêuticos dos serviços da área da saúde, trabalho e assistência social. O ingresso dos alunos nesta instituição escolar deve ocorrer após a conclusão do processo de avaliação, realizado por equipe multiprofissional, com o objetivo de investigar as áreas do desenvolvimento cognitivo, motor afetivo e social. (PARANÁ, DIAADIA, SEMANA PEDAGÓGICA – ANEXO 1, 2012, p.8)

A equipe do DEEIN/PR em conjunto com representantes das instituições

filantrópicas, elaboram a organização pedagógica da escola de Educação Básica

na modalidade da Educação Especial, conforme elencado abaixo:

- Educação Infantil: Estimulação Essencial de zero a três anos e onze meses;

- Pré- escolar: a partir de quatro anos a cinco anos e onze meses.

- Ensino Fundamental: anos iniciais, a partir de seis anos a dezesseis anos e

onze meses;

- Sistema de avaliação processual;

- EJA, a partir dos dezessete anos.

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MÓDULO Nº 04

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Neste módulo você vai diferenciar os termos empregados para o deficiente,

ao longo do tempo.

ATIVIDADE: Leitura do Texto:

REFLETINDO SOBRE A DIVERSIDADE QUE CONSTITUI NOSSO ALUNADO Aranha, M.S.F. (2002). Refletindo sobre a diversidade que constitui nosso

alunado. Bauru: UNESP-Bauru

Quando assumimos uma classe, aparentemente ela se constitui de um

grupo de alunos que, embora apresente diferenças na aparência e no

comportamento, mesclam-se em um grande grupo, ao qual nos referimos como

.meus alunos... Sem que o percebamos, o grande grupo vai gradativamente

constituindo, em nosso pensar, uma unidade. Cabe-nos fazer com que este grupo

aprenda um conjunto de informações constantes de nosso programa de ensino.

Há que se atentar, entretanto, para o fato de embora a eles nos referimos

como uma unidade (minha classe, minha turma), na realidade esse grupo não é

uma unidade, já que existe um sem número de variáveis ali presentes, que faz de

cada aluno uma pessoa singular. Cada um tem, certamente, uma história de vida

peculiar, com características culturais diferenciadas, com realidades de vida

familiar, social, econômica bastante diferenciadas, com características funcionais

de aprendizagem também diversificada, além de diferirem em um sem número de

variáveis (qualidade de vida, etnia, religião, saúde, repertório de convivência

grupal, habilidade de gerenciamento de relações interpessoais,

instrumentalização para a convivência com pares e autoridades, etc.) que faz de

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cada aluno um sujeito de aprendizagem único, que necessita ser profundamente

conhecido e reconhecido, se quisermos ser bem sucedidos em nosso processo

de ensino.

Há também que se lembrar que, geralmente, o programa de ensino com o

qual iniciamos nosso ano de trabalho é elaborado antes sequer de termos sido

apresentados a esses alunos, o que desvela a pressuposição de que é possível

ensinar a todos, como se todos fossem um só.

Ignorar a individualidade e argumentar que o grande número de alunos em

cada sala de aula não permite a atenção individualizada a cada aluno, tem sido

uma das principais causas do fracasso escolar, quando olhado do lado da ação

do professor.

Nossa experiência docente nos tem mostrado que se encontram na mesma

sala de aula alunos que vivem na miséria, alunos que enfrentam violência familiar,

alunos que cheiram cola, alunos que cresceram brincando com computador,

alunos de classe média, alunos de classe alta, alunos de populações distantes ou

nômades, alunos que trabalham para sustentar família, alunos que são moradores

de rua, alunos que pertencem a minorias linguísticas, étnicas ou culturais, enfim,

individualidades totalmente diferenciadas umas das outras, que constituem uma

ampla dimensão de características.

Cada uma dessas individualidades, por sua vez, tem uma história e um

padrão diferenciado de relação com a realidade e com o processo de

aprendizagem. Todos têm um conhecimento da realidade, que foi construído em

sua história de vida e que não pode ser ignorado no processo do ensinar.

Há os que aprendem melhor através da experiência concreta. Há os que

aprendem melhor através da via auditiva. Há os que aprendem melhor, se

utilizarmos a via escrita. Há os que aprendem melhor, se puderem escrever sobre

o assunto que está sendo abordado.

Cada um tem necessidades educacionais específicas, às quais o professor

tem que responder pedagogicamente, caso queira cumprir com seu papel

primordial de garantir o acesso, a todos, ao conhecimento historicamente

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produzido pela humanidade, e ao seu uso na relação com a realidade social na

qual nos encontramos inseridos, e que nos cabe transformar.

Considerando essa diversidade toda, não podemos ainda nos esquecer

dos alunos que apresentam uma deficiência física, mental, visual, auditiva,

múltipla, comportamentos típicos e mesmo aos que apresentam altas habilidades.

Entretanto, todo e qualquer aluno pode apresentar necessidades

educacionais especiais, ocasional ou permanentemente.

Ao se falar em necessidades educacionais especiais, tratamos das

dificuldades específicas dos alunos, no sentido de focalizar primordialmente não o

aluno em si, mas que respostas a escola pode oferecer a cada um, para promover

a aprendizagem pretendida.

Tradicionalmente, e ainda em nossos dias, há uma tendência de se atribuir

o fracasso escolar do aluno, exclusivamente a ele. Desse modo, a escola fica

isenta da responsabilidade pela sua aprendizagem ou não aprendizagem,

cabendo a profissionais diversos, a identificação de problemas a serem

encaminhados e solucionados fora da escola. O fracasso da criança passa a ser

explicado por diversas denominações e causas, como distúrbios, disfunções,

problemas, dificuldades, carência, desnutrição, família desestruturada, dentre

outras, situadas mais próximas das patologias e de causalidade social do que de

situações escolares contextuais.

Não se pode negar os condicionantes orgânicos, sócio-culturais e

psíquicos, que estão associados a vários tipos de deficiências ou a influência que

esses fatores podem exercer no sucesso ou insucesso escolar do educando, mas

não se pode advogar sua hegemonia como determinantes na causalidade do

fracasso escolar, ou como modo de justificar uma ação escolar pouco eficaz.

Neste quadro, é necessário um novo olhar sobre a identificação de alunos com

necessidades especiais, bem como sobre as necessidades especiais que alguns

alunos possam apresentar. Igualmente, um novo olhar em considerar o papel da

escola na produção do fracasso escolar, e no encaminhamento de alunos para

atendimentos especializados, dentre outras medidas comumente adotadas na

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prática pedagógica. Um exemplo preocupante do desvio dessas práticas é o

encaminhamento indevido e a permanência de alunos em classes especiais,

como resultado da ineficiência escolar.

Outro aspecto a ser considerado é o papel desempenhado pelo professor

na sala de aula. Não se pode substituir a sua competência pela ação de apoio

exercida pelo professor especializado, ou pelo trabalho de equipes

interdisciplinares, quando se trata da educação dos alunos. Reconhecer a

possibilidade de recorrer, eventualmente, e quando necessário, ao apoio de

professores especializados e de outros profissionais (psicólogo, fonoaudiólogo,

fisioterapeuta, etc..) não significa abdicar e transferir para eles a responsabilidade

do professor regente, de buscar ações educativas alternativas, calcadas em um

processo de avaliação ampla e compreensiva, como condutor da ação docente.

(Brasil, 1999, excertos das p. 23 -29).

DISCUSSÃO

A síntese do conteúdo discutido pelo grupo sobre as duas primeiras

questões deverá ser apresentada em plenária, com mediação do coordenador.

ANÁLISE

Sugere-se que nesta etapa, o coordenador solicite que os participantes se

dividam em grupo de até 5 pessoas. Cada grupo deverá:

- escolher um caso, da realidade de algum dos membros, e descrevê-lo, nas

variáveis que o caracterizam: caracterização pessoal do aluno, caracterização

sócio-cultural, especificidades do aluno, caracterização de seu processo de

aprendizagem, necessidades educacionais especiais que possa ter, dificuldades

que o professor tem enfrentado no processo de ensinar, providências já adotadas.

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- o grupo deverá discutir sobre o caso, procurando ressaltar as peculiaridades

desse aluno, e buscando vias alternativas de solucionar o(s) problema(s) do

processo de ensino e aprendizagem.

- o grupo deverá produzir uma representação teatral do caso escolhido, bem

como da análise feita sobre ele e das alternativas pensadas pelo grupo.

ENTENDENDO AS DIFERENTES NOMENCLATURAS

No decorrer da história do deficiente, muitos termos já foram utilizados5:

Os inválidos

No começo da história, durante séculos.

O termo significava "indivíduos sem valor". Em pleno século 20, ainda se

utilizava este termo, embora já sem nenhum sentido pejorativo.

Os incapacitados

No Século 20 até por volta de 1960. O termo significava, de início,

"indivíduos sem capacidade" e, mais tarde, evoluiu e passou a significar

"indivíduos com capacidade residual". Durante várias décadas, era comum o uso

deste termo para designar pessoas com deficiência de qualquer idade. Uma

variação foi o termo "os incapazes", que significava "indivíduos que não são

capazes" de fazer algumas coisas por causa da deficiência que tinham.

Os defeituosos / os deficientes / os excepcionais

5 A primeira versão desta matéria foi publicada no livreto de Romeu Sassaki: Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR, 2003, p. 12-16.

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Por volta de 1960 até cerca de 1980. "Os defeituosos" significava

"indivíduos com deformidade" (principalmente física). "Os deficientes", "indivíduos

com deficiência" física, intelectual, auditiva, visual ou múltipla, que os levava a

executar as funções básicas de vida (andar, sentar-se, correr, escrever, tomar

banho etc.) de uma forma diferente daquela como as pessoas sem deficiência

faziam. E isto começou a ser aceito pela sociedade. "Os excepcionais" significava

"indivíduos com deficiência intelectual".

Na década de 50 surgiram as primeiras unidades da Associação de Pais e

Amigos dos Excepcionais - APAE.

Pessoas deficientes

De 1981 até cerca de 1987. Pela primeira vez em todo o mundo, o

substantivo "deficientes" (como em "os deficientes") passou a ser utilizado como

adjetivo, sendo-lhe acrescentado o substantivo "pessoas". A partir de 1981, nunca

mais se utilizou a palavra "indivíduos" para se referir às pessoas com deficiência.

Pessoas portadoras de deficiência

Por volta de 1988 até cerca de 1993. Alguns líderes de organizações de

pessoas com deficiência contestaram o termo "pessoa deficiente" alegando que

ele sinaliza que a pessoa inteira é deficiente, o que era inaceitável para eles.

O "portar uma deficiência" passou a ser um valor agregado à pessoa. A

deficiência passou a ser um detalhe da pessoa. O termo foi adotado nas

Constituições federal e estaduais e em todas as leis e políticas pertinentes ao

campo das deficiências. Conselhos, coordenadorias e associações passaram a

incluir o termo em seus nomes oficiais.

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Pessoas com necessidades especiais - pessoas portadoras de

necessidades especiais

Por volta de 1990 até hoje. O termo surgiu primeiramente para substituir

"deficiência" por "necessidades especiais". Daí a expressão "portadores de

necessidades especiais". Depois, esse termo passou a ter significado próprio sem

substituir o nome "pessoas com deficiência". O art. 5º da Resolução CNE/CEB nº

2, de 11/9/01, explica que as necessidades especiais decorrem de três situações,

uma das quais envolvendo dificuldades vinculadas a deficiências e dificuldades

não-vinculadas a uma causa orgânica.

Pessoas especiais

Por volta de 1990 até hoje. O termo apareceu como uma forma reduzida da

expressão "pessoas com necessidades especiais", constituindo um eufemismo

dificilmente aceitável para designar um segmento populacional.

O adjetivo "especiais" permanece como uma simples palavra, sem agregar

valor diferenciado às pessoas com deficiência. O "especial" não é qualificativo

exclusivo das pessoas que têm deficiência, pois ele se aplica a qualquer pessoa.

Exemplos: Surgiram expressões como "crianças especiais", "alunos especiais",

"pacientes especiais" e assim por diante numa tentativa de amenizar a

contundência da palavra "deficientes".

Pessoas com deficiência

A partir de junho de 1994. "Pessoas com deficiência" e pessoas sem

deficiência, quando tiverem necessidades educacionais especiais e se

encontrarem segregadas, têm o direito de fazer parte das escolas inclusivas e da

sociedade inclusiva.

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O valor agregado às pessoas é o de elas fazerem parte do grande

segmento dos excluídos que, com o seu poder pessoal, exigem sua inclusão em

todos os aspectos da vida da sociedade. Trata-se do empoderamento.

Exemplos: A Declaração de Salamanca preconiza a educação inclusiva para

todos, tenham ou não uma deficiência.

Portadores de direitos especiais

Maio de 2002. O termo e a sigla PODE (Portadores de direitos especiais)

apresentam problemas que inviabilizam a sua adoção em substituição a qualquer

outro termo para designar pessoas que têm deficiência. O termo "portadores" já

vem sendo questionado por sua alusão a "carregadores", pessoas que "portam"

(levam) uma deficiência. O termo "direitos especiais" é contraditório porque as

pessoas com deficiência exigem equiparação de direitos e não direitos especiais.

E mesmo que defendessem direitos especiais, o nome "portadores de direitos

especiais" não poderia ser exclusivo das pessoas com deficiência, pois qualquer

outro grupo vulnerável pode reivindicar direitos especiais.

Não há valor a ser agregado com a adoção deste termo, por motivos

expostos na coluna ao lado e nesta. A sigla PODE (Portadores de direitos

especiais), apesar de lembrar "capacidade", apresenta problemas de uso:

1) Imaginem a mídia e outros autores escrevendo ou falando assim: "Os PODES

(Portadores de direitos especiais) de Osasco terão audiência com o Prefeito...", "A

PODE (Portadores de direitos especiais) Maria de Souza manifestou-se a favor

...", "A sugestão de José Maurício, que é um PODE (Portadores de direitos

especiais), pode ser aprovada hoje ..."

2) Pelas normas brasileiras de ortografia, a sigla PODE precisa ser grafada

"Pode". Norma: Toda sigla com mais de 3 letras, pronunciada como uma palavra,

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deve ser grafada em caixa baixa com exceção da letra inicial.

Exemplos: O Frei Betto escreveu no jornal O Estado de S.Paulo um artigo em que

propõe o termo "portadores de direitos especiais” e a sigla PODE.

Alega o proponente que o substantivo "deficientes" e o adjetivo

"deficientes" encerram o significado de falha ou imperfeição enquanto que a sigla

PODE exprime capacidade. O artigo, ou parte dele, foi reproduzido em revistas

especializadas em assuntos de deficiência

Pessoas com deficiência

Por volta de 1990 até hoje e além. A década de 90 e a primeira década do

século 21 e do Terceiro Milênio estão sendo marcadas por eventos mundiais,

liderados por organizações de pessoas com deficiência. A relação de documentos

produzidos nesses eventos pode ser vista no final deste artigo. "Pessoas com

deficiência" passa a ser o termo preferido por um número cada vez maior de

adeptos, boa parte dos quais é constituída por pessoas com deficiência que, no

maior evento ("Encontrão") das organizações de pessoas com deficiência,

realizado no Recife em 2000, conclamaram o público a adotar este termo. Elas

esclareceram que não são "portadoras de deficiência" e que não querem ser

chamadas com tal nome.

Os valores agregados às pessoas com deficiência são:

1) o do empoderamento (uso do poder pessoal para fazer escolhas, tomar

decisões e assumir o controle da situação de cada um),

2) o da responsabilidade de contribuir com seus talentos para mudar a sociedade

rumo à inclusão de todas as pessoas, com ou sem deficiência.

Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do

Brasil, estão debatendo o nome pelo qual elas desejam ser chamadas.

Mundialmente, já fecharam a questão: querem ser chamadas de "pessoas com

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deficiência" em todos os idiomas. E esse termo faz parte do texto da Convenção

Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas

com Deficiência, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2003 e

promulgada, posteriormente através de lei nacional de todos os Países-Membros.

Eis os princípios básicos para eles chegarem a esse nome:

1. Não esconder ou camuflar a deficiência;

2. Não aceitar o consolo da falsa ideia de que todo mundo tem deficiência;

3. Mostrar com dignidade a realidade da deficiência;

4. Valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência;

5. Combater neologismos que tentam diluir as diferenças, tais como "pessoas

com capacidades especiais", "pessoas com eficiências diferentes", "pessoas com

habilidades diferenciadas", "pessoas deficientes", "pessoas especiais", "é

desnecessário discutir a questão das deficiências porque todos nós somos

imperfeitos", "não se preocupem, agiremos como avestruzes com a cabeça dentro

da areia" (i.é, "aceitaremos vocês sem olhar para as suas deficiências");

6. Defender a igualdade entre as pessoas com deficiência e as demais pessoas

em termos de direitos e dignidade, o que exige a equiparação de oportunidades

para pessoas com deficiência atendendo às diferenças individuais e necessidades

especiais, que não devem ser ignoradas;

7. Identificar nas diferenças todos os direitos que lhes são pertinentes e a partir

daí encontrar medidas específicas para o Estado e a sociedade diminuírem ou

eliminarem as "restrições de participação" (dificuldades ou incapacidades

causadas pelos ambientes humano e físico contra as pessoas com deficiência).

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A tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever a palavra

"portadora" (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência

faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma

deficiência. Tanto o verbo "portar" como o substantivo ou o adjetivo "portadora"

não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Por

exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma certa pessoa porta olhos

verdes ou pele morena.

Uma pessoa só porta algo que ela possa não portar, deliberada ou

casualmente. Por exemplo, uma pessoa pode portar um guarda-chuva se houver

necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim decidir.

Não se pode fazer isto com uma deficiência, é claro.

A quase totalidade dos documentos, a seguir mencionados, foi escrita e

aprovada por organizações de pessoas com deficiência que, no atual debate

sobre a Convenção da ONU, aprovada em 2003, estão chegando ao consenso

quanto a adotar a expressão "pessoas com deficiência" em todas as suas

manifestações orais ou escritas.

IDENTIFICANDO OS ALUNOS

E o aluno com necessidades educacionais especiais ?

De acordo com a Declaração de Salamanca, os alunos com necessidades

educacionais especiais são aqueles que:

- apresentam deficiências;

- apresentam condutas típicas;

- são superdotadas;

- vivem nas ruas;

- são trabalhadoras;

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- são imigrantes ou de população nômade;

- são pertencentes a minorias linguísticas, étnicas ou culturais;

- são pertencentes a grupos desfavorecidos e/ou marginalizados.

E os alunos com deficiência?

São considerados alunos com deficiência aqueles que têm impedimento de

longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que em interação

com diversas barreiras podem ser restringidas a participação plena e efetiva na

escola e na sociedade, que são:

1 – Deficiência Intelectual (DI)

2 – Deficiência Física Neuromotora (DFN)

3 – Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) - Autismo, Síndrome de

Asperger, Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose

infantil) e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento

4 – Transtornos Funcionais Específicos (TFE) – são as dificuldades de

aprendizagem: dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia e transtornos de

atenção e hiperatividade.

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MÓDULO 05

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Aqui você entenderá os caminhos da inclusão no mundo e no Brasil, em

um breve estudo da legislação.

ATIVIDADE: Assistir o vídeo: coletânealivretee.blogspot.com.br/p/inclusao-das-

pessoas-com-deficiencia.html

AS POLÍTICAS PÚBLICAS DA INCLUSÃO ESCOLAR - LEGISLAÇÃO

DOCUMENTOS ORIENTADORES NO ÂMBITO INTERNACIONAL6

A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários

documentos norteadores para o desenvolvimento de políticas públicas de seus

países membros. O Brasil, enquanto país membro da ONU e signatário desses

documentos, reconhece seus conteúdos e os tem respeitado, na elaboração das

políticas públicas internas.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948)

A Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1948, proclamou a Declaração

Universal dos Direitos Humanos, na qual reconhece que "Todos os seres

humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos...(Art. 1°.), ...sem

distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião,

de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de

nascimento ou de qualquer outra situação" (Art. 2°.). Em seu Artigo 7°., proclama

6 Texto retirado da Apostila nº 1 do programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade – Secretaria de Educação Especial – MEC – Brasília, 2004.

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que "todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção

da lei..." .No Artigo 26°, proclama, no item 1, que "toda a pessoa tem direito à

educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino

elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório.

O ensino técnico e profissional deve ser generalizado.."; no item 2,

estabelece que "educação deve visar à plena expansão da personalidade humana

e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve

favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos

os grupos raciais ou religiosos..." O Artigo 27° proclama, no item 1, que "toda a

pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de

usufruir as artes e de participar no progresso científico e nos benefícios que deste

resultam".

De maneira geral, esta Declaração assegura às pessoas com deficiência

os mesmos direitos à liberdade, a uma vida digna, à educação fundamental, ao

desenvolvimento pessoal e social e à livre participação na vida da comunidade.

DECLARAÇÃO DE JOMTIEN (1990)

Em março de 1990, o Brasil participou da Conferência Mundial sobre

Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia, na qual foi proclamada a

Declaração de Jomtien. Nesta Declaração, os países relembram que "a educação

é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, de todas as idades, no

mundo inteiro".

Declararam, também, entender que a educação é de fundamental importância

para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades, sendo um elemento que

"pode contribuir para conquistar um mundo mais seguro, mais sadio, mais

próspero e ambientalmente mais puro, e que, ao mesmo tempo, favoreça o

progresso social, econômico e cultural, a tolerância e a cooperação internacional".

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Tendo isso em vista, ao assinar a Declaração de Jomtien, o Brasil assumiu,

perante a comunidade internacional, o compromisso de erradicar o analfabetismo

e universalizar o ensino fundamental no país. Para cumprir com este

compromisso, o Brasil tem criado instrumentos norteadores para a ação

educacional e documentos legais para apoiar a construção de sistemas

educacionais inclusivos, nas diferentes esferas públicas: municipal, estadual e

federal.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994)

A Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso

e Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), em junho de

1994, teve, como objeto específico de discussão, a atenção educacional aos

alunos com necessidades educacionais especiais.

Nela, os países signatários, dos quais o Brasil faz parte, declararam:

• Todas as crianças, de ambos os sexos, têm direito fundamental à educação e

que a elas deve ser dada a oportunidade de obter e manter um nível aceitável de

conhecimentos;

• Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de

aprendizagem que lhe são próprios;

• Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de

modo que tenham em vista toda a gama dessas diferentes características e

necessidades;

• As pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às

escolas comuns, que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na

criança, capaz de atender a essas necessidades;

• As escolas comuns, com essa orientação integradora, representam o meio mais

eficaz de combater atitudes discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras,

construir uma sociedade integradora e dar educação para todos;

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A Declaração se dirige a todos os governos, incitando-os a:

• Dar a mais alta prioridade política e orçamentária à melhoria de seus sistemas

educativos, para que possam abranger todas as crianças, independentemente de

suas diferenças ou dificuldades individuais;

• Adotar, com força de lei ou como política, o princípio da educação integrada, que

permita a matrícula de todas as crianças em escolas comuns, a menos que haja

razões convincentes para o contrário;

• Criar mecanismos descentralizados e participativos, de planejamento,

supervisão e avaliação do ensino de crianças e adultos com necessidades

educacionais especiais;

• Promover e facilitar a participação de pais, comunidades e organizações de

pessoas com deficiência, no planejamento e no processo de tomada de decisões,

para atender a alunos e alunas com necessidades educacionais especiais;

• Assegurar que, num contexto de mudança sistemática, os programas de

formação do professorado, tanto inicial como contínua, estejam voltados para

atender às necessidades educacionais especiais, nas escolas integradoras.

A Assembléia Geral das Nações Unidas sobre a Criança, analisou a

situação mundial da criança e estabeleceu metas a serem alcançadas.

Entendendo que a educação é um direito humano e um fator fundamental para

reduzir a pobreza e o trabalho infantil e promover a democracia, a paz, a

tolerância e o desenvolvimento, deu alta prioridade à tarefa de garantir que, até o

ano de 2015, todas as crianças tenham acesso a um ensino primário de boa

qualidade, gratuito e obrigatório e que terminem seus estudos. Ao assinar esta

Declaração, o Brasil comprometeu-se com o alcance dos objetivos propostos, que

visam a transformação dos sistemas de educação em sistemas educacionais

inclusivos.

CONVENÇÃO DA GUATEMALA (1999)

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A partir da Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as

Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadores de Deficiência os

Estados reafirmaram que "as pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos

direitos humanos e liberdades fundamentais que outras pessoas e que estes

direitos, inclusive o de não ser submetido a discriminação com base na

deficiência, emanam da dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser

humano".

No seu artigo I, a Convenção define que o termo deficiência "significa uma

restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que

limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária

causada ou agravada pelo ambiente econômico e social".

Para os efeitos desta Convenção, o termo discriminação contra as pessoas

com deficiência "significa toda a diferenciação, exclusão ou restrição baseada em

deficiência (...) que tenham efeito ou propósito de impedir ou anular o

reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de

deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais".

Também define que não constitui discriminação "a diferenciação ou

preferência adotada pelo Estado Parte para promover a integração social ou

desenvolvimento pessoal dos portadores de deficiência desde que a diferenciação

ou preferência não limite em si mesmo o direito a igualdade dessas pessoas e

que elas não sejam obrigadas a aceitar tal diferenciação".

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA - MARCOS LEGAIS

A sociedade brasileira tem elaborado dispositivos legais que, tanto

explicitam sua opção política pela construção de uma sociedade para todos,

como orientam as políticas públicas e sua prática social.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (1988)

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A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 assumiu,

formalmente, os mesmos princípios postos na Declaração Universal dos Direitos

Humanos. Além disso, introduziu, no país, uma nova prática administrativa,

representada pela descentralização do poder.

A partir da promulgação desta Constituição, os municípios foram

contemplados com autonomia política para tomar as decisões e implantar os

recursos e processos necessários para garantir a melhor qualidade de vida para

os cidadãos que neles residem. Cabe ao município, mapear as necessidades de

seus cidadãos, planejar e implementar os recursos e serviços que se revelam

necessários para atender ao conjunto de suas necessidades, em todas as áreas

da atenção pública.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (1990)

O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n° 8.069, promulgada em 13

de julho de 1990, dispõe, em seu Art. 3°, que "a criança e o adolescente gozam

de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da

proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes por lei, todas as

oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico,

mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade."

Afirma, também, que "é dever da família, da comunidade, da sociedade em

geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos

direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao

lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à

convivência familiar e comunitária." (Art.4°).

No que se refere à educação, o ECA estabelece, em seu Art. 53, que "a

criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e

qualificação para o trabalho", assegurando:

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I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. Direito de ser respeitado por seus educadores;

III. Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência.

O Art. 54 diz que "é dever do Estado assegurar à criança e ao

adolescente":

I. ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não

tiveram acesso na idade própria;

II. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

preferencialmente na rede regular de ensino;

III. atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

IV. atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de

material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Em seu Art. 55 dispõe que "os pais ou responsável têm a obrigação de

matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.”

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (1996)

Os municípios brasileiros receberam, a partir da Lei de Diretrizes e Bases

Nacionais, Lei no. 9.394, de 20.12.1996, a responsabilidade da universalização do

ensino para os cidadãos de 0 a 14 anos de idade, ou seja, da oferta de Educação

Infantil e Fundamental para todas as crianças e jovens que neles residem.

Assim, passou a ser responsabilidade do município formalizar a decisão

política e desenvolver os passos necessários para implementar, em sua realidade

sociogeográfica, a educação inclusiva, no âmbito da Educação Infantil e

Fundamental.

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POLÍTICA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA

DE DEFICIÊNCIA - DECRETO N° 3.298 (1999)

A política nacional para a integração da pessoa portadora de deficiência

prevista no Decreto 3298/99 adota os seguintes princípios:

I. Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a

assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto

socioeconômico e cultural;

II. Estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que

assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus

direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-

estar pessoal, social e econômico;

III. Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade

de oportunidades na sociedade, por reconhecimento dos direitos que lhes são

assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

No que se refere especificamente à educação, o Decreto estabelece a

matrícula compulsória de pessoas com deficiência, em cursos regulares, a

consideração da educação especial como modalidade de educação escolar que

permeia transversalmente todos os níveis e modalidades de ensino, a oferta

obrigatória e gratuita da educação especial em estabelecimentos públicos de

ensino, dentre outras medidas (Art. 24, I, II, IV).

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (2001)

A Lei n° 10.172/01,aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras

providências.

O Plano Nacional de Educação estabelece objetivos e metas para a

educação das pessoas com necessidades educacionais especiais, que dentre

eles, destacam-se os que tratam:

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• do desenvolvimento de programas educacionais em todos os municípios, e em

parceria com as áreas de saúde e assistência social, visando à ampliação da

oferta de atendimento da educação infantil;

• dos padrões mínimos de infra-estrutura das escolas para atendimento de alunos

com necessidades educacionais especiais;

• da formação inicial e continuada dos professores para atendimento às

necessidades dos alunos;

• da disponibilização de recursos didáticos especializados de apoio à

aprendizagem nas áreas visual e auditiva;

• da articulação das ações de educação especial com a política de educação para

o trabalho;

• do incentivo à realização de estudos e pesquisas nas diversas áreas

relacionadas com as necessidades educacionais dos alunos;

• do sistema de informações sobre a população a ser atendida pela educação

especial.

CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA ELIMINAÇÃO DE TODAS

AS FORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS COM

DEFICIÊNCIA (2001)

Em 08 de outubro de 2001, o Brasil através do Decreto 3.956, promulgou a

Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de

Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.

Ao instituir esse Decreto, o Brasil comprometeu-se a:

1. Tomar as medidas de caráter legislativo, social, educacional, trabalhista ou de

qualquer outra natureza, que sejam necessárias para eliminar a discriminação

contra as pessoas portadoras de deficiência e proporcionar a sua plena

integração à sociedade (...):

a) medidas das autoridades governamentais e/ou entidades privadas para

eliminar progressivamente a discriminação e promover a integração na prestação

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ou fornecimento de bens, serviços, instalações, programas e atividades, tais como

o emprego, o transporte, as comunicações, a habitação, o lazer, a educação, o

esporte, o acesso à justiça e aos serviços policiais e às atividades políticas e de

administração;

2. Trabalhar prioritariamente nas seguintes áreas:

a) prevenção de todas as formas de deficiência;

b) detecção e intervenção precoce, tratamento, reabilitação, educação, formação

ocupacional e prestação de serviços completos para garantir o melhor nível de

independência e qualidade de vida para as pessoas portadoras de deficiência;

c) sensibilização da população, por meio de campanhas de educação, destinadas

a eliminar preconceitos, estereótipos e outras atitudes que atentam contra o

direito das pessoas a serem iguais, permitindo desta forma o respeito e a

convivência com as pessoas portadoras de deficiência.

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA

EDUCAÇÃO BÁSICA (2001)

A Resolução CNE/CEB n° 02/2001, instituiu as Diretrizes Nacionais para a

Educação Especial na Educação Básica, que manifesta o compromisso do país

com "o desafio de construir coletivamente as condições para atender bem à

diversidade de seus alunos".

Esta Resolução representa um avanço na perspectiva da universalização

do ensino e um marco da atenção à diversidade, na educação brasileira, quando

ratifica a obrigatoriedade da matrícula de todos os alunos e assim declara:

"Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às

escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades

educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma

educação de qualidade para todos."

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52

Dessa forma, não é o aluno que tem que se adaptar à escola, mas é ela

que, consciente da sua função, coloca-se à disposição do aluno, tornando-se um

espaço inclusivo. A educação especial é concebida para possibilitar que o aluno

com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos propostos para sua

educação.

A proposição da política expressa nas Diretrizes, traduz o conceito de

escola inclusiva, pois centra seu foco na discussão sobre a função social da

escola e no seu projeto pedagógico.

DOCUMENTOS NORTEADORES DA PRÁTICA

EDUCACIONAL PARA ALUNOS COM NECESSIDADES

EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Em consonância com os instrumentos legais acima mencionados, o Brasil

elaborou documentos norteadores para a prática educacional, visando

especialmente superar a tradição segregatória da atenção ao segmento

populacional constituído de crianças, jovens e adultos com necessidades

educacionais especiais.

SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO

O documento "Saberes e Práticas da Inclusão na Educação Infantil",

publicado em 2003, aponta para a necessidade de apoiar as creches e as escolas

de educação infantil, a fim de garantir, a essa população, condições de

acessibilidade física e de acessibilidade a recursos materiais e técnicos

apropriados para responder a suas necessidades educacionais especiais.

Para tanto, o documento se refere à necessidade de "disponibilizar

recursos humanos capacitados em educação especial/ educação infantil para dar

suporte e apoio ao docente das creches e pré-escolas, ou centros de educação

infantil, assim como possibilitar sua capacitação e educação continuada, por

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intermédio da oferta de cursos ou estágios em instituições comprometidas com o

movimento da inclusão";

Orienta, ainda, sobre a necessidade de divulgação "da visão de educação

infantil, na perspectiva da inclusão", para as famílias, a comunidade escolar e a

sociedade em geral, bem como do estabelecimento de parcerias com a área da

Saúde e da Assistência Social, de forma que "possam constituir-se em recursos

de apoio, cooperação e suporte", no processo de desenvolvimento da criança.

O documento “Saberes e Práticas da Inclusão no Ensino Fundamental”

publicado em 2003 reconhece que:

• Toda pessoa tem direito à educação, independentemente de gênero, etnia,

deficiência, idade, classe social ou qualquer outra condição;

• O acesso à escola extrapola o ato da matrícula, implicando na apropriação do

saber, da aprendizagem e na formação do cidadão crítico e participativo;

• A população escolar é constituída de grande diversidade e a ação educativa

deve atender às maneiras peculiares dos alunos aprenderem.

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

O documento “Educação Profissional - Indicações para a ação: a interface

educação profissional/educação especial” visa estimular o desenvolvimento de

ações educacionais que permitam alcançar a qualidade na gestão das escolas,

removendo barreiras atitudinais, arquitetônicas e educacionais para a

aprendizagem, assegurando uma melhor formação inicial e continuada aos

professores, com a finalidade de lhes propiciar uma ligação indispensável entre

teoria e prática.

Destaca ainda, a importância da articulação e parceria entre as instituições

de ensino, trabalho e setores empresariais para o desenvolvimento do Programa

de Educação Profissional. O documento enfatiza as seguintes temáticas:

• A relação educação e trabalho no Brasil e a emergência da nova legislação da

Educação Profissional;

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• Balizamentos e marcos normativos da Educação Profissional;

• Educação Profissional/Educação Especial: faces e formas;

• Desdobramentos possíveis no âmbito de uma agenda de capacitação docente;

• Desafios para implementação de uma política de Educação Profissional para o

aluno da Educação Especial.

DIREITO À EDUCAÇÃO

O documento “Direito à Educação - Subsídios para a Gestão do Sistema

Educacional Inclusivo, apresenta um conjunto de textos que tratam da política

educacional no âmbito da Educação Especial - subsídios legais que devem

embasar a construção de sistemas educacionais inclusivos.

O documento é constituído de duas partes:

Orientações Gerais

• A política educacional no âmbito da Educação Especial;

• Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica - Parecer

17/2001;

• Fontes de Recursos e Mecanismos de Financiamentos da Educação Especial;

• Evolução Estatística da Educação Especial.

Marcos Legais

Trata do Ordenamento Jurídico, contendo as leis que regem a educação

nacional e os direitos das pessoas com deficiência, constituindo importantes

subsídios para embasamento legal a gestão dos sistemas de ensino.

Inclui a seguinte legislação:

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• Constituição da República Federativa do Brasil /88

• Lei 7853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua

integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa

Portadora de Deficiência - CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses

coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público,

define crimes e dá outra providências.(Alterada pela Lei 8.028/90);

• Lei 8069/90 - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras

providências - ECA

• Lei 8859/94 - Modifica dispositivos da Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977,

estendendo aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades

de estágio.

• Lei 9394/96 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN.

• Lei 9424/96 - Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do

Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF.

• Lei 10098/00 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da

acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade

reduzida, e dá outras providências.

• Lei 10172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras

providências.

• Lei 10216/2001 - Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras

de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

• Lei 10436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras

providências.

• Lei 10845/2004 - Institui o Programa de Complementação ao Atendimento

Educacional Especializado às pessoas portadoras de deficiência, e dá outras

providências - PAED.

Decretos

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• Decreto 2.264/97 - Regulamenta a Lei 9424/96 - FUNDEF, no âmbito federal, e

determina outras providências.

• Decreto 3.298/99 - Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, que

dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de

Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências.

• Decreto 3030/99 - Dá nova redação ao art.2º do Decreto 1.680/95 que dispõe

sobre a competência, a composição e o funcionamento do Conselho Consultivo

da Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

(CORDE)

• Decreto 3076/99 - Cria no âmbito do Ministério da Justiça o Conselho Nacional

dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência.(CONADE).

• Decreto 3631/00 - Regulamenta a Lei 8899/94, que dispõe sobre o transporte de

pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.

• Decreto 3.952/01 - Dispõe sobre o Conselho Nacional de Combate à

Discriminação (CNCD).

• Decreto 3956/01 -Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de

Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.

(Convenção da Guatemala)

Portarias – MEC

• Portaria 1793/94 -Recomenda a inclusão da disciplina Aspectos Ético - Político -

Educacionais na normalização e integração da pessoa portadora de necessidades

especiais, prioritariamente, nos cursos de Pedagogia, Psicologia e em todas as

Licenciaturas.

• Portaria 319/99 - Institui no Ministério da Educação, vinculada à Secretaria de

Educação Especial/SEESP a Comissão Brasileira do Braille, de caráter

permanente.

• Portaria 554/00 - Aprova o Regulamento Interno da Comissão Brasileira do

Braille

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• Portaria 3.284/03 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas

portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de

reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições.

• Portaria do Ministério do Planejamento 08/2001 - Atualiza e consolida os

procedimentos operacionais adotados pelas unidades de recursos humanos para

a aceitação, como estagiários, de alunos regularmente matriculados e que

venham frequentando, efetivamente, cursos de educação superior, de ensino

médio, de educação profissional de nível médio ou de educação especial,

vinculados à estrutura do ensino público e particular.

Resoluções

• Resolução 09/78 - Conselho Federal de Educação - Autoriza, excepcionalmente,

a matrícula do aluno classificado como superdotado nos cursos superiores sem

que tenha concluído o curso de 2º grau.

• Resolução 02/81 - Conselho Federal de Educação - Autoriza a concessão de

dilatação de prazo de conclusão do curso de graduação aos alunos portadores de

deficiência física, afecções congênitas ou adquiridas.

• Resolução 02/01 - Conselho Nacional de Educação - Institui Diretrizes Nacionais

para a Educação Especial na Educação Básica.

• Resolução 01 e 02/02 - Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Nacionais

para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior,

graduação plena.

• Resolução 01/04 - Conselho Nacional de Educação - Estabelece Diretrizes

Nacionais para organização e realização de Estágio de alunos do Ensino

Profissionalizante e Ensino Médio, inclusive nas modalidades de Ensino Especial

e Educação de Jovens e Adultos.

Aviso Circular

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• Aviso Circular nº 277/ 96 - Dirigido aos Reitores das IES solicitando a execução

adequada de uma política educacional dirigida aos portadores de necessidades

especiais.

Parecer

• Parecer Nº 17/01 DO CNE / Câmara de Educação Básica – Diretrizes Nacionais

para Educação Especial na Educação Básica.

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MÓDULO 06

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Neste módulo, o professor terá acesso e entenderá as diferenças entre:

Deficiências, Distúrbios, Transtornos.

ATIVIDADE: DINÂMICAS DAS PERGUNTAS E RESPOSTAS (adaptação minha)

A Professora distribuirá as perguntas às duplas que deverão analisá-las e,

em seguida escolher outra dupla, e direcionar a pergunta recebida.

Considerar as resposta dadas pelos participantes no Módulo I.

A dupla escolhida deverá responder a questão formulada, em plenário.

Após, a 1ª dupla responsável pela questão, deverá ler a resposta.

1 O que significa uma escola inclusiva?

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

2 O que é deficiência e o que é ser ‘deficiente’?

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_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

3 - Quem na sua escola tem necessidades educacionais especiais?

_______________________________________________________________________________

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4 - Que dificuldades você encontra no seu dia a dia para trabalhar com os alunos com necessidades

educacionais especiais?

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_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

FALANDO SOBRE AS DEFICIÊNCIAS7

- Você conhece alguém com deficiência? Quem é essa pessoa?

- Como você se relaciona com ela?

- Qual é seu parecer em relação à pessoa com deficiência?

DINÂMICA: De olhos vendados... COMO É SER UM DEFICIENTE VISUAL?

Objetivo - Ajudar os cursistas a perceberem como é precisar de ajuda e como

oferecer e dar ajuda a uma pessoa com deficiência visual.

Material - Vendas pretas para todo o grupo.

Procedimento - Divida o grupo em pares, sendo que enquanto uma participante

representará a pessoa cega, o outro será o acompanhante. Após um certo tempo,

a dupla deverá inverter os papéis, de forma que aquele que representou a pessoa

cega, será agora o acompanhante, enquanto que aquele que foi o

acompanhante, será agora a pessoa cega.

Explique claramente que todos os alunos terão a oportunidade de

vivenciarem os dois papéis: o da pessoa cega e o de acompanhante.

Explique que o papel do acompanhante é estar ao lado do cego para

oferecer ajuda e dar essa ajuda quando for solicitada, ou aceita.

7 Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial - Saberes e Práticas da Inclusão -

Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais - Brasília – 2003.

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Explique que é importante perguntar se ele precisa de ajuda e de que

forma essa ajuda pode ser dada.

Os pares serão orientados a realizar diversas atividades, tais como: ler um

material escrito na biblioteca da escola, tomar água no bebedouro, pedir uma

informação na secretaria, dar um passeio no pátio da escola, utilizar o banheiro,

etc.

Discussão - Em pequenos grupos formados pelos pares originais, discuta as

seguintes questões:

1._Como você se sentiu simulando uma pessoa com deficiência?

2._Você acha que ficou mais atenta para perceber os sons e sentir os objetos?

3._Como você se sentiu simulando o acompanhante?

4._Como acompanhante, quais as coisas que você fez para ajudar seu colega

cego?

5._Seu colega cego concorda com você?

6._Você sentiu mudança na sua atitude quando estava vivenciando ser cego e

quando estava sendo acompanhante?

7._Qual a melhor forma que você e seu companheiro cego encontraram para

fazer as atividades juntos?

8._Foi mais difícil passar por cego ou ser o acompanhante do cego? Por quê?

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Explique aos alunos que a simulação de caminhada que acabaram de fazer

é parecida com a atividade de orientação e mobilidade, que os alunos cegos têm

com educadores especiais, para aprenderem a se locomover com segurança e

confiança.

ENTENDENDO AS DIFERENÇAS

A atual Política Nacional de Educação Especial aponta para uma definição

de prioridades no que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na

escola para quem dele necessitar. Nessa perspectiva, define como aluno portador

de necessidades especiais aquele que .... por apresentar necessidades próprias e

diferentes dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares

correspondentes à sua idade, requer recursos pedagógicos e metodologias

educacionais específicas. A classificação desses alunos, para efeito de prioridade

no atendimento educacional especializado (preferencialmente na rede regular de

ensino), consta da referida Política e dá ênfase alunos com:

• deficiência mental, visual, auditiva, física e múltipla;

• condutas típicas (problemas de conduta);

• superdotação.

AS DEFICIÊNCIAS

Segundo a Organização Mundial de Saúde, deficiência é o substantivo

atribuído a toda a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica,

fisiológica ou anatômica. Refere-se, portanto, à biologia do ser humano.

CARACTERÍSTICAS REFERENTES ÀS NECESSIDADES ESPECIAIS DOS

ALUNOS

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Objetivando a uniformização terminológica e conceitual, a Secretaria de

Educação Especial do Ministério da Educação e do Desporto propõe as seguintes

características referentes às necessidades especiais dos alunos, que serão

descritas a seguir:

DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de

compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se como:

- surdez leve / moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não

impede o indivíduo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz

humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo;

- surdez severa / profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o

indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como

de adquirir, naturalmente, o código da língua oral. Tal fato faz com que a maioria

dos surdos optem pela língua de sinais.

DEFICIÊNCIA FÍSICA

Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos

de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de

lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de malformações

congênitas ou adquiridas.

DEFICIÊNCIA MENTAL

Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral

significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento,

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concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta

adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às

demandas da sociedade, nos seguintes aspectos:

- comunicação;

- cuidados pessoais;

- habilidades sociais;

- desempenho na família e comunidade;

- independência na locomoção;

- saúde e segurança;

- desempenho escolar;

- lazer e trabalho.

DEFICIÊNCIA VISUAL

É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após

a melhor correção ótica. Manifesta-se como:

- cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, de menos de 0,1 no melhor olho

após correção, ou um campo visual não excedente a 20 graus, no maior

meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lentes de correção.

Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o

resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a necessitar do método Braille como

meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos

especiais para a sua educação;

- visão reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após

correção máxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que

permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem recursos

didáticos e equipamentos especiais.

DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

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É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências

primárias (mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam

atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.

As classificações costumam ser adotadas para dar dinamicidade aos

procedimentos e facilitar o trabalho educacional, conquanto isso não atenue os

efeitos negativos do seu uso. É importante enfatizar, primeiramente, as

necessidades de aprendizagem e as respostas educacionais requeridas pelos

alunos na interação dinâmica do processo de ensino-aprendizagem.

CONDUTAS TÍPICAS

Manifestações de comportamento típicas de portadores de síndromes e

quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no

desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira

atendimento educacional especializado.

SUPERDOTAÇÃO

Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes

aspectos isolados ou combinados:

- capacidade intelectual geral;

- aptidão acadêmica específica;

- pensamento criativo ou produtivo;

- capacidade de liderança;

- talento especial para artes;

- capacidade psicomotora.

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OS DISTÚRBIOS/DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Também denominado de transtorno, dificuldade e/ou problema de

aprendizagem “compreendem uma inabilidade específica, como leitura, escrita ou

matemática, em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo

do esperado para o seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade

intelectual”.8

Dificuldade de aprendizagem específica significa uma perturbação num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou na utilização da linguagem falada ou escrita que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos. O tema inclui como problemas perspectivos, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba crianças que tem problemas de aprendizagem resultante de deficiências, visuais, auditivas, ou motoras, de deficiência mental, de perturbação emocional, ou de3 desenvolvimento ambientais, culturais ou econômicos, (CORREIA, 1991).

Principais distúrbios de aprendizagem:

Dislexia

Refere-se à falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita

durante o desenvolvimento, é um atraso no desenvolvimento ou a diminuição em

traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito. São

de três tipos: visual, mediada pelo lóbulo occipital fonológica, mediada pelo lóbulo

temporal; e mista, com mediação das áreas frontal, occipital, temporal e pré-

frontal.

Disgrafia

8 AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 4ª

edição. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

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É uma deficiência na linguagem escrita , mais precisamente na qualidade

do traçado gráfico , sem comprometimento neurológico e/ou intelectual.

Nas disgrafias, também encontramos níveis de inteligência acima da

média, mas por vários motivos ,apresentam escrita ilegível ou lenta.

A ‘letra feia’ (disgrafia) está ligada à dificuldades para recordar a grafia

correta para representar um determinado som ouvido, ou elaborado mentalmente.

A criança ,escreve devagar, retocando as letras, e realizando de forma

inadequada as uniões entre as mesmas.

Normalmente as amontoa, com o objetivo de esconder os erros

ortográficos.

Assim como a dislexia, a disgrafia também está relacionada à má

organização de espaço temporal, fazendo com que uma organização de caderno,

por exemplo, seja ‘inexistente’ (usa espaços inadequados entre as palavras,

margens inexistentes, letras deformadas, escrita ascendente ou descendente etc).

Discalculia

A discalculia, é a dificuldade ou a incapacidade de realizar atividades

aritméticas básicas, tais como quantificação, numeração ou cálculo.

A discalculia é causada por disfunção de áreas têmporo–parietais, muito

compatível com o exame clínico do TDAH.

Vale lembrar que alguns indivíduos têm menos aptidão para matemática do

que outros, e nem por isso pode-se diagnosticá-los como se tivessem discalculia.

A discalculia está quase sempre associada à quadros de dislexia e do

TDAH. (onde se encontram indivíduos com QI acima da média.).

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Afasia

Resultado de uma lesão cerebral uma ou mais partes do uso da linguagem

pararem de funcionar apropriadamente, isto é chamado afasia. Afasia – A (=não)

fasia (=falar) significa por este motivo que uma pessoa não é mais capaz de falar

o que ele ou ela gostaria. Ele ou ela não pode mais fazer uso da linguagem.

Disfasia

São caracterizadas por dificuldade no falar, dificuldades de coordenação e

capacidade para ordenar as palavras, por consequência de uma lesão no centro

nervoso. As disfasias geram distúrbios graves que afetam a aquisição da

linguagem em tempo normal e desvios duradouros que podem persistir ao longo

da vida.

Conforme a definição do Dicionário de Linguística, “Na criança, a disfasia é

uma perturbação da realização da língua, cuja compreensão foi pouco atingida, e

que se deve a um retardamento na aquisição e no desenvolvimento das diversas

operações que garantem o funcionamento da língua”.(DUBOIS, 1991).

Disortografia

A disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas

com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os

mecanismos da leitura e da escrita.

Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros.

Entre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita desse tipo,

destacamos os seguintes:

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Alterações na linguagem: um atraso na aquisição e/ou no desenvolvimento e

utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de

vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita.

Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão

baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para

discriminar qualitativamente os fonemas.

Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite a fixação dos

grafemas ou dos fonemas corretamente.

Uma aprendizagem incorreta da leitura e da escrita, especialmente na fase de

iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente insegurança para

escrever. Igualmente, numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas

gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se

não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua.

TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção - Com Hiperatividade

O TDAH9 - Déficit de Atenção é uma condição de base orgânica, que tem

por principais características dificuldades em manter o foco da atenção, controle da

impulsividade e a agitação - que é a hiperatividade. É também chamado de DDA,

THDA, TDAHI, entre outras siglas.

AS SÍNDROMES

Segundo o Dicionário online de Português, Síndrome (do grego

"syndromé", cujo significado é "reunião") é um termo bastante utilizado em

9 http://site.psicopedagogia-sp.com/distúrbio-ou-transtorno.html

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Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que

definem uma determinada patologia ou doença.

Síndrome é o nome que se dá a uma série de sinais e sintomas que,

juntos, evidenciam uma condição particular.

Para o diagnóstico correto de uma síndrome, é necessária a pesquisa

com consultas e exames complementares. Somente assim o tratamento correto

poderá ser iniciado.

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MÓDULO 07

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

ATIVIDADE: Vamos assistir o filme:

Meu Pé Esquerdo

Christy Brown nasceu em 5 de junho de 1932 e faleceu em 7 de setembro de 1981. De

nacionalidade irlandesa, foi escritor, artista plástico e poeta, autor do livro que se chama My

Left Foot (Meu Pé Esquerdo) e que deu origem ao filme de mesmo nome. Casou-se com sua

enfermeira, Mary Car, em 5 de outubro de 1972.

O filme relata as dificuldades vividas por Christy. Ele que nasceu com deficiência física e

paralisia cerebral, o que lhe impedia de movimentar praticamente todo o seu corpo, exceto

seu pé esquerdo. Ele conseguiu superar diversos obstáculos como o preconceito, o

desrespeito, o descrédito social, além dos problemas familiares como um pai extremamente

autoritário e incompreensível (Sr. Paddy), que o julgava como estorvo, uma dificuldade a mais

em sua existência. Sua mãe era carinhosa (Sra. Bridget) e, com muito amor e esperança, lhe

ensinou o alfabeto e motivou na busca pela superação de seus limites. Esforçou-se na

economia para a compra de uma cadeira de rodas, chegando a fazer a família passar frio por

falta de carvão no inverno e a se alimentar precariamente para cumprir esse objetivo. Ela

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confiava que ele poderia encontrar soluções pessoais para as suas eventuais dificuldades. Ao

lado de seus 13 irmãos buscava incluí-lo nas atividades de recreação, tanto quanto possível.

Mesmo com a atrofia de um dos membros e da paralisia cerebral, Christy, usando seu pé

esquerdo, fez os seus primeiros rabiscos num pequeno quadro negro que tinha no chão de

sua casa.

Sua mãe conheceu a Dra. Eileen Cole, que era especialista em paralisia cerebral. Ela

convidou Christy a freqüentar sua clinica na cidade de Dublin. Ele não se adaptou por ser

tratado como criança. Mas resolveu aceitar a ajuda da médica que, com uso de técnica da

logopedia, fez com que ele pronuncie melhor as palavras (até então só sua mãe o entedia).

Com todos esses avanços ele alcançou o reconhecimento de sua família e notáveis

realizações na arte e na literatura. Percorreu uma fascinante trajetória de vida, conseguindo

vencer vários obstáculos com a ajuda de sua mãe e irmãos. Foi capaz de se auto-sustentar e

sustentar sua família.

A história de Christy é um convite à reflexão e conscientização, pois nos ajuda a compreender

as dificuldades e as necessidades de quem tem algum tipo de deficiência, nos convidando ao

respeito e alteridade dos deficientes.

Fonte: O Meu Pé esquerdo

http://pt.wikipedia.org/wiki/My_Left_Foot/ http://en.wikipedia.org/wiki/Christy_Brown.

O filme foi exibido pela primeira vez no ano de 1989, do gênero drama biográfico dirigido pelo

irlandês Jim Sheridan e com roteiro baseado na autobiografia de Christy Brown, sendo ganhador do Oscar

em 1990, vencendo nas categorias de Melhor Ator Principal (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante

(Brenda Fricker). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. BAFTA

1990 (Reino Unido), venceu nas categorias de Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Ator Coadjuvante (Ray

McAnally). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Maquiagem e Melhor Roteiro Adaptado. Prêmio

David di Donatello 1990 (Itália), Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Globo de Ouro 1990

(EUA), indicado nas categorias de Melhor Ator - Cinema (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante -

Cinema (Brenda Fricker). Independent Spirit Awards 1990 (EUA) e venceu na categoria de Melhor Filme.

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A ABORDAGEM FAMILIAR FRENTE À INCLUSÃO

A partir da promulgação da Constituição Federal (CF) da República

Federativa do Brasil de 198810, a responsabilidade pela educação é repartida

entre o poder público e a família que em seu Artigo 205, ressalta:

Art. 205 – “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/9611 em

seu artigo 2º determina:

Art. 2º - “A educação dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

O Estatuto da Criança e do Adolescente12, em seu artigo 4º consagra:

Art. 4º - “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, á saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e á convivência familiar e comunitária”.

10

A atual Constituição Federal do Brasil, chamada de "Constituição Cidadã", foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. A Constituição é a lei maior, a Carta Magna, que organiza o Estado brasileiro. Na Constituição Federal do Brasil, são definidos os direitos dos cidadãos, sejam eles individuais, coletivos, sociais ou políticos; e são estabelecidos limites para o poder dos governantes. 11

A Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96) - LDB - é a lei orgânica e geral da educação brasileira. Como o próprio nome diz, dita as diretrizes e as bases da organização do sistema educacional. 12

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 atribui à criança e ao adolescente, prioridade absoluta no atendimento aos seus direitos como cidadãos brasileiros. A aprovação desta Lei representa um esforço coletivo dos mais diversos setores da sociedade organizada. Revela ainda um projeto de sociedade marcado pela igualdade de direitos e de condições que devem ser construídas, para assegurar acesso a esses direitos.

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E, ainda em seu artigo 55, o mesmo Estatuto da Criança e do Adolescente

define que é dever dos pais ou responsáveis matricular seus filhos e pupilos na

escola e acompanhar sua frequência e aproveitamento.

“A participação da família é de suma importância no movimento da inclusão. Seja de forma individualizada ou por meio de suas organizações, é imprescindível a sua participação para que a continuidade da luta por sociedades mais justas para seus filhos seja garantida. É importante sua participação, pois assim a família irá exercer sua cidadania e funcionará como um veículo por meio do qual seus filhos possam aprender a ser.” (SANTOS, 1999, p. 78).

A Declaração de Salamanca em seus artigo 57, 58 e 59 determina a

parceria entre família e escola:

Artigo 57 - A educação de crianças com necessidades educacionais especiais é uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais. Uma atitude positiva da parte dos pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com necessidades especiais. O papel das famílias e dos pais deveria ser aprimorado através da provisão de informação necessária em linguagem clara e simples; ou enfoque na urgência de informação e de treinamento em habilidades paternas constitui uma tarefa importante em culturas aonde a tradição de escolarização seja pouca.

Artigo 58 - Pais constituem parceiros privilegiados no que concerne as necessidades especiais de suas crianças, e desta maneira eles deveriam, o máximo possível, ter a chance de poder escolher o tipo de provisão educacional que eles desejam para suas crianças.

Artigo 59 - Uma parceria cooperativa e de apoio entre administradores escolares, professores e pais deveria ser desenvolvida e pais deveriam ser considerados enquanto parceiros ativos nos processos de tomada de decisão. Pais deveriam ser encorajados a participar em atividades educacionais em casa e na escola (aonde eles poderiam observar técnicas efetivas e aprender como organizar atividades extra-curriculares), bem como na supervisão e apoio à aprendizagem de suas crianças.

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Quando a família não aceita a diferença de seu filho, dificilmente irá

conseguir que outras pessoas aceitem, uma vez que:

[...] conceber um ser especial é muito complicado e a aceitação é muito difícil. A estrutura da família começa a ruir comprometendo totalmente a sua dinâmica, fazendo com que o portador de necessidade especial não encontre seu caminho nem seu espaço. Entre a negação e a aceitação da deficiência há um longo caminho a ser percorrido. O que se tem que ser trabalhado de imediato é o vinculo afetivo que a família deverá ter com ele. De uma certa forma facilita quando a família se sente como pessoas capazes de entender a situação e que existem profissionais adequados e capazes, para fazer diminuir bloqueios e ansiedades (ALVES apud PEREIRA, 2008, p. 33).

"As deficiências não são fenômenos dos nossos dias. Sempre existiram e

existirão". (CARVALHO, 1997).

Reflexão:

O que a escola pode fazer?

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MÓDULO 08

O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE MÓDULO

Possibilidades para reflexão sobre as adequações organizativas, de

objetivos, de conteúdo, de método e organização didática, de avaliação e de

temporalidade necessárias para atender as necessidades educacionais especiais.

ATIVIDADE13: Sugestões de atividades de simulação, onde os participantes

poderão vivenciar uma deficiência. Essas experiências permitem que eles

percebam as dificuldades das pessoas com deficiência e como elas

eventualmente podem se sentir.

Dividir os participantes em grupos ou duplas, considerando o número de

participantes. Em seguida, dada grupo ou dupla fará a leitura da referida atividade

e deverá socializar com os demais.

PRANCHA DE COMUNICAÇÃO Objetivo - Permitir que os alunos vivenciem as formas de comunicação usadas

por pessoas com paralisia cerebral que têm dificuldades para falar.

Material - Pranchas de comunicação que poderão ser feitas em cartolina ou

madeira compensada.

Procedimento

1._Divida o grupo em pares e explique para os participantes que eles trabalharão

com uma prancha simulada.

13 Aranha, Maria Salete Fábio - Projeto Escola Viva : garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na

escola : necessidades educacionais especiais dos alunos / Maria Salete Fábio Aranha. - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. 5 v. : il. color. Publicado em 5 v.: Iniciando nossa conversa; v. 1 - Visão histórica; v.2: Deficiência no contexto escolar; v.3: Sensibilização e convivência; v. 4: Construindo a escola

inclusiva.

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2._Conte aos alunos que muitas pessoas com paralisia cerebral não podem falar,

mas, mesmo assim, têm pensamentos e idéias para compartilhar com as outras

pessoas.

As pranchas foram inventadas para que as pessoas com paralisia cerebral

possam se comunicar com os outros.

3._Usando as pranchas, peça aos alunos para, apontando as letras, soletrarem

uma mensagem aos seus pares. Eles devem se lembrar de que não podem falar

absolutamente nada.

4._Deixe os alunos formularem suas próprias mensagens ou entregue frases

datilografadas numa tira de papel para serem copiadas. Dê tempo suficiente para

que os alunos completem as mensagens, mesmo que isso demore um pouco

mais.

Discussão - Quando todos os alunos tiverem participado da atividade, faça as

seguintes perguntas:

1._Você gostou de se comunicar dessa forma?

2._Foi muito difícil?

3._O que poderia ser feito para facilitar essa tarefa?

Explique que algumas pessoas com paralisia cerebral usam instrumentos

eletrônicos, que se assemelham às pranchas, que elas acabaram de usar. Essas

pranchas têm uma luz que se desloca pelas letras e a pessoa faz a luz parar nas

letras escolhidas. Algumas pranchas têm mais de 100 frases já prontas.

Hoje em dia, também existem sintetizadores de voz computadorizados, que

fazem a mesma tarefa, isto é, permitem que as pessoas com paralisia cerebral

expressem seus desejos, suas necessidades, seus sentimentos, suas ideias, etc.

A propósito, você pode tentar o empréstimo de uma prancha dessas junto

à entidades de pessoas com deficiência ou à prestadoras de serviço a pessoas

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com deficiência de sua cidade. Isso tornaria a atividade ainda mais interessante.

Mas, o mais importante, é conversar com os alunos sobre como eles se sentiram

e como seria se eles tivessem de se comunicar dessa forma, o tempo todo.

Pergunte como eles se sentiriam se tivessem na classe um colega que

usasse uma prancha dessas e como eles fariam para integrá-lo nas conversas e

nas atividades.

ASSISTINDO TV - COMO É PARA UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

AUDITIVA

Objetivo - Favorecer às crianças a compreensão de que as dicas visuais são

essenciais para uma pessoa com deficiência auditiva, no processo de informação

social.

Material - Aparelho de TV. Papel e lápis para cada aluno.

Procedimento

1._Ligue o televisor para os alunos assistirem e tire o som completamente.

2._Enquanto os alunos assistem ao filme, observe suas reações - isto é,

distração, tensão, dispersão, etc.

3._Quando o filme terminar, divida a classe em grupos de quatro. Entregue as

perguntas seguintes e solicite aos alunos que escrevam as respostas em uma

folha de papel. Compartilhe as respostas com o grupo.

. Qual era o tema do filme?

. Como você sabe disso?

. O que você não conseguiu entender?

Discussão - Discutir no grande grupo:

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1._Como você se sentiu?

2._Quais foram as melhores dicas que ajudaram você a entender o filme?

3._Você acha que as pessoas com deficiência auditiva gostam de assistir à TV e

irem ao cinema?

4._Qual o programa que você conhece que seria bom às pessoas com deficiência

auditiva assistirem?

5._O que poderia ajudar uma pessoa com deficiência auditiva a entender melhor

um programa de televisão ou um filme?

6._Conte para os alunos que as pessoas com deficiência auditiva usam seus

olhos para integrar as coisas do mundo à sua volta. Elas observam

cuidadosamente para entender o que está acontecendo à sua volta.

7._Fale sobre a surdez como uma deficiência que pode isolar as pessoas e sobre

como deve ser difícil para uma pessoa surda se envolver em uma atividade com

um grupo de pessoas ouvintes.

8._Discuta o papel da televisão na vida de todos e o efeito que ela tem sobre uma

pessoa com deficiência auditiva.

O INTÉRPRETE DE LÍNGUA DE SINAIS

Material - Cópias do seguinte parágrafo: A mãe de Márcia pediu a ela e sua

amiga para irem fazer compras. As duas meninas deveriam comprar ovos, leite,

manteiga, frango, açúcar e pão. Elas também deveriam comprar balões de gás

para o aniversário de Patrícia.

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Procedimento .A.

1._Dividir a classe em grupos de 4 ou 5 alunos, os quais deverão sentar-se em

círculo.

2._Você poderá solicitar a presença de um professor que saiba a língua de sinais

ou de um intérprete, para que oriente a classe sobre as principais características

dessa língua .falada. por quase dois milhões de brasileiros.

3._Peça a um aluno que leia o texto enquanto o intérprete, que deve ficar à

esquerda do leitor, demonstra como interpretar a mensagem.

4._Peça à turma para observar que algumas palavras do português têm sinais

específicos para representá-las e outras, como conjunções e certas preposições,

não possuem um sinal específico.

5._Peça à turma para observar, ainda, que a ordem das palavras na mesma frase

pode não ser a mesma quando transmitida em português e na língua de sinais.

6._Dê oportunidade para que vários alunos possam transmitir o texto lido por

colegas, em português, para a língua de sinais.

Procedimento .B.

_O parágrafo acima contém algumas das palavras cujos sinais os alunos

aprenderam. Existem outras palavras que eles não podem sinalizar. Selecione um

aluno para ler e outro para servir como intérprete da língua de sinais.

2._Faça os alunos selecionados para a leitura lerem o parágrafo. O intérprete

ficará à esquerda e interpretará a história.

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3._Dê oportunidade para vários alunos fazerem o exercício.

Discussão - Faça as seguintes perguntas:

1._Como você se sentiu como intérprete?

2._Como você se sentiu como locutor?

3._Você achou difícil interpretar? Por quê e por que não?

4._Quais são as qualidades para um bom intérprete?

5._Discuta as habilidades de sinalização com os alunos que se apresentaram

como intérpretes. Mostre que não somente a técnica, mas também a velocidade é

essencial para um bom intérprete.

6._Discuta com os alunos as vantagens de um intérprete em salas pequenas. As

organizações de pessoas com necessidades educacionais especiais e as

instituições prestadoras de serviço a essas pessoas costumam ter material

impresso, como folhetos, para serem distribuídos.

Você pode conseguir esses folhetos e distribuir para os alunos que

poderão levá-los para casa e mostrá-los a seus familiares e amigos.

Os alunos devem discutir as situações seguintes, que podem ser usadas

como temas de redação e de dramatização:

Folhetos e materiais impressos

Temas para redação

1._Ronaldo está muito feliz porque inventaram o relógio e a escrita em Braille,

pois essas invenções o ajudam a fazer muitas coisas. Um dia, um grande inventor

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convidou Ronaldo para visitar seu laboratório. Ele queria descobrir alguma coisa

nova para ajudar as pessoas cegas.

Do que você precisa? perguntou o inventor.

O céu é o limite. Vamos descobrir a maior invenção do mundo!

Escreva sobre as coisas que Ronaldo pediria ao inventor e faça um

desenho dessas invenções.

2._Ronaldo e Patrícia estão indo para a escola. Dois meninos caminham atrás

deles. Ronaldo e Patrícia ouvem um deles dizer: - Lá está Patrícia com o quatro-

olhos. O outro menino responde: - O que você quer dizer com essa história de

.quatro-olhos? Ronaldo não enxerga nada!

Escreva sobre o que acontece depois. O que Patrícia e Ronaldo fazem?

3._Salete e Bete estão voltando da escola. Elas veem Marcos e Borges na frente.

Salete, que é nova na escola, pergunta quem é aquele menino na cadeira de

rodas. Bete fala sobre Marcos e um pouco sobre paralisia cerebral. As meninas

alcançam Marcos e Borges. Salete ouve Marcos falando e diz:

- Ei, você tem deficiência mental também? Eu não entendo o que você diz!.

4._Durante uma feira de animais, um veterinário foi fazer uma palestra na classe

de Marcos. Ele trouxe diversos slides e fotografias de bichos. Jane perguntou a

Marcos se ele gostaria de ser veterinário. Ele respondeu que seria muito divertido,

mas que isso seria muito difícil para ele. Jane pensou então:

- O que esse menino na cadeira de rodas vai ser quando crescer?.

5._Numa tarde, chovia muito na hora do recreio, e o professor Ricardo pediu que

as crianças escolhessem um jogo e não corressem, enquanto ele iria por alguns

minutos até a sala do diretor. Marcos achou que, já que o professor não tinha

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mencionado cadeira de rodas, seria divertido ter os colegas como plateia e

torcida. O professor ouviu a bagunça e voltou depressa.

Entrou na sala e disse: .Marcos, venha cá imediatamente.

6._Uma manhã, o carro da professora de Márcia enguiçou. Como ela morava

muito longe da escola e não havia ônibus que ela pudesse tomar, telefonou ao

diretor avisando que não iria, e uma professora substituta foi para seu lugar.

Quando o sinal tocou, a professora entrou imediatamente na sala. Ela

conversou com os alunos sobre as atividades do dia e começou a aula de

matemática. Tia Laura não sabia que Márcia era surda, e por isso ela também

não sabia que deveria estar de frente para Márcia na hora de falar. Ela deu

instrução para a atividade, enquanto escrevia no quadro.

Quando Patrícia ia avisá-la, ela voltou-se para Márcia e disse:

- Vamos logo. Não fique aí sonhando. Comece já!!.

7._A professora de Márcia, Tia Clara, está muito contente por tê-la em sua sala

de aula. Ela tem ensinado muito a seus alunos sobre deficiência auditiva e todos

os alunos aprenderam um pouco da língua de sinais, com muita facilidade!

Tia Clara está muito contente porque os alunos podem se comunicar com

Márcia usando a língua de sinais e Márcia tornou-se parte integrante do grupo.

Um dia, entrou um novo aluno na classe. Braz já está na escola há quatro dias e

as

crianças têm lhe ensinado alguns sinais. Mas, numa manhã antes da aula, Braz

disse a Patrícia e Marina:

- Eu não quero aprender essa coisa. Quem é que vai querer aprender

esses

sinais bobos? É uma perda de tempo e a gente deveria estar aprendendo outras

coisas mais importantes.

8._.Hoje está fazendo quase quarenta graus., diz Bárbara.

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As outras crianças, Patrícia, Márcia e Jane concordam que este é o dia

mais quente do ano. .Você tem um elástico ou uma fita para eu prender meu

cabelo?., perguntou Jane. Patrícia diz que felizmente ela tem os cabelos curtos e

assim não sente tanto calor. Jane prende o cabelo e Márcia faz sinais.

- Boa idéia, eu também vou prender os meus cabelos. Bárbara olha para

Márcia.

- Não, você não deve fazer isso! Ela diz.

- Por que não? pergunta Patrícia, Ela tem os cabelos compridos e hoje está

muito quente.

Bárbara sussurra no ouvido de Patrícia que Márcia deveria deixar os

cabelos soltos. Assim o aparelho de ouvido dela não aparece, se ela prender o

cabelo, como Jane fez, todo mundo vai ver o aparelho!!!., ela diz.

Os diálogos seguintes podem ser dramatizados pelos alunos ou podem ser

usados como temas de discussão em redações.

O ACAMPAMENTO

Personagens - Márcia, uma jovem com deficiência auditiva, Patrícia, Marina,

Roberto, Jorge e Davi, jovens que não possuem deficiência.

Dramatização criativa

Material - Aparelho de ouvido para Márcia (podem usar fones de ouvido ou caixas

de fósforo).

Cena - Os alunos estão reunidos, antes da aula começar, discutindo a ida ao

acampamento.

Jorge: Oba! Só faltam duas semanas!

Marina: É, só duas semanas pro acampamento. Eu nunca acampei antes.

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Davi: Eu também não! Não aguento esperar mais.

Márcia: (Sentada a uns poucos passos atrás de Patrícia, fazendo sinais) Eu

quero, eu quero (ninguém olha pra ela e todos continuam conversando).

Patrícia: Eu ainda estou pensando no que levar...

Roberto: Eu sei. Meu pai disse: .Não vá levar a casa inteira..

Marina: Bom, a gente tem que levar o saco de dormir.

Davi: Eu emprestei um do meu irmão.

Márcia: (Sinaliza, agora mais frenética) Eu tenho o meu!

Eu tenho o meu...

Jorge: Um dia a gente vai escalar as montanhas.

Patrícia: E fazer nossa comida... ô, Márcia, o que é?!!

(Márcia dá uns tapinhas em Patrícia e declara que eles a estão excluindo do

grupo).

Marina: Puxa, é verdade. A Márcia lê os lábios da gente.

Roberto: E ela tem que olhar pra gente, quando a gente tá falando! Puxa, Márcia,

desculpe!

Peça aos alunos para discutirem um fim apropriado para o diálogo e depois

que todos concordarem com a finalização, faça-os dramatizarem a cena para a

turma. Discuta a finalização de cada estória.

HISTÓRIAS DE GABRIELA COSTA - O QUE EU DIGO AGORA?

Personagens - Gabriela (uma jovem com deficiência mental), Patrícia, Marcos,

Sara e João (irmão mais novo de Gabriela).

Cena - João acabou de deixar Gabriela no lugar onde ela trabalha. Ele corre para

encontrar seus amigos.

João: Tchau, Gabriela!!

Gabriela: Tchau, João. Uma boa tarde para você!

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João: Obrigado, um bom dia de trabalho pra você!

(Gabriela entra na fábrica e João corre ao encontro de seus amigos.)

João: Ei, esperem por mim!!! Vocês também estão indo pro mercado?

Patrícia: Sim, nós estamos.

Marcos: Venha conosco.

Sara: Espere, Marcos!! Eu, bem, uhn...

Patrícia: Ei, Sara. O que aconteceu?

Sara: Nada, nada...

Marcos: Olhe, o João é nosso amigo. O que está acontecendo?

Sara: Olhe, João, você é o irmão de Gabriela, não é?

João: Claro que sou. Você sabe disso!

Sara: Ela tem deficiência mental, não é?

João: Sim, é.

Patrícia: Aonde você quer chegar?

Marcos: Sim, o que a Gabriela tem a ver com João?

Sara: Bem, se a Gabriela tem deficiência mental, então...

Patrícia: Sara, eu não acredito nisso!!!

Sara: Bom, todo mundo na sua família tem deficiência mental, João?

Faça cada grupo improvisar uma conclusão para este diálogo. Faça-os

apresentarem suas partes para a classe.

Discuta cada conclusão com relação aos sentimentos de João e Gabriela e

os sentimentos dos outros alunos (enriquecer com a nova concepção de

deficiência mental - déficit intelectual - de acordo com o Sistema 2002 - AAMR ).

O QUE OS ALUNOS DEVEM SABER SOBRE PARALISIA CEREBRAL - PC

Os alunos e mesmo alguns professores, por não terem familiaridade com

pessoas com paralisia cerebral, às vezes, ficam nervosos ou mesmo com medo

quando vêem alguém com PC.

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Geralmente ficam curiosos para ver a cadeira de rodas ou o jeito incomum

com que as pessoas com PC caminham; ou ainda ficam impressionados com os

mo A pessoa nasce com paralisia cerebral, quando o cérebro sofre um dano.

Mas, apesar do dano se localizar no cérebro, geralmente são os movimentos e a

fala da pessoa que são afetados. Assim, a pessoa com paralisia cerebral às

vezes não consegue andar ou falar, como as outras pessoas.

Outras conseguem caminhar bem, outras usam muletas, e outras ainda

usam cadeiras de rodas.

Algumas vezes a fala é alterada e a pessoa não controla a saliva porque os

músculos articulatórios da boca são afetados.

A fala vagarosa e difícil de algumas pessoas com PC, entretanto, não

significa que elas tenham deficiência mental.

A maioria pode fazer muitas coisas e aprender tão rápido como qualquer

outra pessoa.

Quando uma pessoa com PC se locomove de uma maneira diferente é

porque ela não pode controlar os movimentos dos braços e das pernas, que

ocorrem involuntariamente, sempre que ela vai emitir um gesto voluntário. Isso

torna difícil, por exemplo, segurar um lápis ou uma colher e comer de maneira

elegante.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO SOBRE PARALISIA CEREBRAL

1._Por que, às vezes, temos dificuldade para entender o que uma pessoa com

paralisia cerebral diz?

2._Quais as coisas que uma pessoa com PC pode fazer sozinha?

3._Descreva como você imagina que é o banheiro na casa de uma pessoa com

PC?

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QUESTÕES PARA DISCUSSÃO SOBRE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Use as questões seguintes para estimular a discussão em pequenos

grupos de alunos sobre como é ter deficiência auditiva.

1._Será que é fácil esquecer que seu amigo é surdo? Por quê?

2._Por que é importante olharmos para uma pessoa com deficiência auditiva

quando estamos falando?

3._A voz da pessoa com deficiência auditiva é diferente da voz das outras

pessoas. Por quê?

4._É difícil entender o que uma pessoa surda diz? Diga o porquê.

5._Finja que você e seus amigos estão jogando. Nenhum de vocês pode falar,

mas vocês têm que dizer: .Eu tenho que ir para casa às cinco horas.. Como você

diria isto, sem falar? Mostre para a turma como você faria.

6._A língua de sinais é uma língua como o inglês ou o francês. No Brasil, a língua

de sinais é chamada de Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Você já ouviu

alguém

falando outra língua? Onde? Você já viu alguém usando a língua de sinais?

Onde? O que você acha que eles estavam dizendo?

7._Como uma pessoa com deficiência auditiva faz para dançar? Como você

dançaria com uma pessoa com deficiência auditiva? Que tipo de música você

gostaria de dançar com ela?

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8._Como seria ter deficiência visual e auditiva ao mesmo tempo, ou seja, ser

surdocego?

FILMES

Há um número cada vez maior de vídeos que podem ser exibidos na sua

escola, com personagens com deficiência.

Fique atento, pois muitos passam na televisão e você pode recomendar a

seus alunos que os assistam. Esses personagens podem ser objeto de uma

discussão em grupo. Relacionamos, abaixo, alguns desses filmes:

À Primeira Vista - Virgil, um homem que ficou cego após um acidente na

infância, é convencido por Amy, que por ele se apaixona, a fazer um novo

tratamento especial. Essa cirurgia é realizada com sucesso e ele recomeça tudo

de novo,

reaprendendo a enxergar à luz do dia e a conhecer a força do amor.

Além dos Meus Olhos - Após alguns anos de casados, James e Ethel, que são

cegos descobrem que não podem ter filhos. Quando decidem adotar uma criança,

eles têm que enfrentar uma série de barreiras legais - e provar que são capazes

de cuidar de alguém.

Amargo Regresso - Um retrato realista dos efeitos da guerra do Vietnã nas

famílias dos soldados americanos. Enquanto seu marido luta no Vietnã, mulher se

apaixona por um soldado paraplégico, amargurado pelas memórias traumáticas

da guerra.

Castelos de Gelo - Patinadora adolescente é descoberta por famosa treinadora,

que transforma a garota em campeã mundial. No auge da fama, ela sofre

acidente, que a deixa cega, tendo de recomeçar do zero, com a ajuda do

namorado.

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Dançando no Escuro - Uma imigrante tcheca leva uma vida cheia de

dificuldades trabalhando nos Estados Unidos, vivendo numa caravana, com seu

filho de doze anos. Ao descobrir que está perdendo a visão lentamente, tenta a

todo custo esconder o fato de todos, principalmente do seu filho, porque ela

descobre, também, que a doença é genética.

Eterno Amor - O filme é uma bela historia de amor adaptada do livro Um Long

Dimanche de Fíançaiiies, de Sébastien Japrisot, que tem como pano de fundo a

Primeira Guerra Mundial. Eterno Amor é do mesmo diretor de O Fabuloso Destino

Poulain e traz no elenco Audrey Tatou (também de Amélia Poulain) como

protagonista. Mathilde, a personagem de Tatou, tem deficiência física, em virtude

de poliomelite adquirida na infância. Mas a deficiência nunca foi obstáculo para

impedi-la de correr atrás de seu amor e não mediu esforços para conseguir o que

realmente desejava.

Feliz Ano Velho - Vencedor de seis prêmios no Festival de Gramado, inclusive o

de melhor roteiro, narra história de um universitário, que mesmo sendo

mergulhador, fica tetraplégico após um mergulho em um lago raso. Na cadeira de

rodas, recorda a sua adolescência.

Filhos do Silêncio - Oscar e Globo de Ouro de melhor atriz e Urso de Prata no

Festival de Berlim para direção. História de um professor de linguagem dos sinais

para surdos que apaixona-se por uma surda-muda que tem dificuldades de

relacionamento com as pessoas.

Forrest Gump: o Contador de Histórias - Oscar de melhor filme, ator, diretor,

roteiro, montagem e efeitos especiais. O filme mostra como um rapaz com QI

abaixo da média, consegue, por acaso, viver um período da história dos EUA. No

filme há participação de um amputado das pernas.

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Janela da Alma - Um documentário sobre a deficiência visual, no qual dezenove

pessoas com diferentes graus da miopia à cegueira total - falam como veem os

outros e como percebem e sentem o mundo. Personalidades como Marieta

Severo (atriz), Hermeto Pascoal (músico), Arnaldo Godoy (vereador), Evgen

Bvacar (fotógrafo e professor de estética da Surbone), José Saramago (prêmio

Nobel), Wim

Wenders (cineasta), Oliver Sachs (neurologista), e muitos outras fazem

surpreendentes e inesperadas revelações sobre a visão.

King Gimp - Vencedor do Oscar de documentário de curta-metragem, retrata a

condição de vida de um jovem com paralisia cerebral.

Lágrimas do Silêncio - Nessa história a personagem, surda, entrega a filha aos

cuidados da avó, até recuperar-se emocionalmente após a morte do marido.

Durante esse tempo, a avó apega-se de tal forma à neta, que requer sua

guarda em processo na justiça.

León e Olvido - O filme que nos ensina a conhecer a síndrome de Down - Olvido

é uma mulher de 21 anos. León, seu irmão, tem síndrome de Down. Faz 4 ou 5

anos que ficaram órfãos e, como única herança, eles têm a casa onde moram e

um carro velho. Entre eles começa desenvolver-se, de modo cada vez mais

desesperado, um conflito: Olvido quer que León aceite morar em um internato ou

que vá e volte sozinho da escola e se ocupe, pelo menos, de suas coisas e de

algumas tarefas domésticas; por sua vez, León faz todo o possível para que suas

atividades, responsabilidades e tarefas sejam mínimas e sua irmã cuide dele de

corpo e alma. O desespero de Olvido vai aumentando e a tenacidade de

León será continuamente posta à prova. Para ambos ocorrem situções muito

extremas, das quais será difícil que eles saiam ilesos.

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Meu Pé Esquerdo - Oscar de melhor ator e atriz coadjuvante. História real do

escritor e pintor irlandês Christy Brown, seqüelado de paralisia cerebral, desde

bebê, que conseguiu pintar e escrever usando para isto, apenas o seu pé

esquerdo.

Mr. Holland: Adorável Professor - Um homem que trabalha como professor

para sustentar a família, tem um desejo de compor uma sinfonia. Quando sua

esposa dá a luz ao filho do casal, ele descobre que a criança é surda. Esta

descoberta o faz sofrer muito e, então, ele decide organizar um concerto para

pessoas com deficiência auditiva.

Nell - Um médico e uma psicóloga que tentam integrar e adequar uma pessoa

criada sem qualquer contato com o mundo até os trinta anos, sem deixar que ela

perca sua individualidade. Essa pessoa é Nell, que durante sua vida, inclusive,

criou sua própria linguagem.

O Homem Elefante - A história de John Merrick (John Hurt), um desafortunado

cidadão da Inglaterra vitoriana, que era portador do caso mais grave de

neurofibromatose múltipla registrado, tendo noventa por cento do seu corpo

deformado. Essa situação o leva ser atração em circos de aberrações, vítima

dessa doença que o deforma, esse homem tenta a todo custo recuperar a sua

dignidade (história real).

O Oitavo Dia - Prêmio de melhores atores em Cannes. Ao vagar sem rumo pelas

estradas da França, um empresário estressado, por pouco atropela um jovem

com da Síndrome de Down. O empresário leva-o no seu carro e a partir daí nasce

uma profunda amizade entre os dois.

O Óleo de Lorenzo - O filme é baseado em fatos reais. Conta a história de

Lorenzo e da luta dos seus pais para salvá-lo de uma rara doença, recusando o

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prognóstico médico de uma doença incurável, com perspectiva de vida de dois

anos.

Perfume de Mulher - Um ex-capitão cego e amargurado e um jovem contratado

para acompanhá-lo em um tour pela Itália. Essa é a história do filme, que mostra

a amizade entre os dois. O ex-capitão descobre mulheres atrativas, usando seu

apurado olfato. O filme mostra variados cenários da Itália para ilustrar a condição

de um homem que está condenado à cegueira, mas pouco disposto a aceitar

suas limitações.

Prisioneiros do Silêncio - Uma mãe descobre as maneiras de comunicar-se com

seu filho autista, após levá-lo à uma instituição especializada.

Rain Man - Rapaz viaja a asilo a fim de aproximar-se do irmão autista e herdar

toda a fortuna paterna sozinho. Em sua viagem de volta, os dois redescobrem os

antigos sentimentos e passam a viver juntos e sem ressentimentos.

Sempre Amigos - O filme conta a história de dois meninos e da amizade entre

eles. Kewin sofre de distrofia muscular, e é superdotado. Max, com treze anos,

tem pouca inteligência, é muito arredio e não tem amigos, é forte e grande. Uma

grande amizade entre eles se inicia quando Kewin e sua mãe se tornam vizinhos

de Max.

Simples como amar - Mãe superprotetora que não aceita a recuperação da filha

jovem com leve problema mental, que volta de uma escola especial, dizendo que

arranjou um namorado. A mãe é contra esse relacionamento, mas o amor pode

falar mais alto.

Sonata de Outono - Esse filme narra a história de um pianista e sua relação com

as filhas, das quais, uma sofre de doença neurológica degenerativa.

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Testemunha do Silêncio - Um casal de irmãos assiste ao assassinato dos pais.

O menino tem nove anos e é autista. A polícia pede ajuda a Jake Rainer, um dos

melhores psicólogos especializados no tratamento de crianças autistas em todo o

mundo, para desvendar o crime.

Tudo pela Vida - A relação insuportável que uma artista de novela que sofre um

acidente, tem com as suas enfermeiras, que a acompanham no tratamento de

recuperação na casa dos pais. Então, começa uma amizade entre a atriz e uma

dessas enfermeiras.

Uma Lição de Amor - O filme acompanha a trajetória de Sam Dawson, um adulto

com a idade mental, a inocência e a sinceridade de uma criança de sete anos.

Um homem que o destino quis que se tornasse pai solteiro de Lucy. Embora

tivesse dificuldades, com a ajuda de amigos muito especiais, Sam conseguiu

fazer dos primeiros anos de vida de Lucy, uma infância repleta de amor e alegria.

Uma Mente Brilhante - Um gênio da matemática que, aos vinte e um anos,

formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou aclamado no meio

onde atuava. Mas aos poucos, o belo e arrogante John Nash se transforma em

um sofrido e atormentado homem, que chega até mesmo a ser diagnosticado

como esquizofrênico pelos médicos, que o tratam. Porém, após anos de luta para

se recuperar, ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com o

prêmio Nobel.

LIVROS

Cada vez mais estão sendo publicados livros com personagens com

deficiência, ou sobre essas pessoas e os diversos tipos de deficiências. Você

pode adquiri-los e formar uma pequena biblioteca sobre o assunto, mas é

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importante estar atento para recusar aqueles onde as pessoas com deficiência

são tratadas de forma estereotipada, isto é, com qualidades sobre-humanas ou

então como .coitadinhos dignos de pena.

VISITAS BEM-VINDAS

Acreditamos que depois de ter desenvolvido algumas dessas atividades,

seria uma boa ideia convidar pessoas adultas, com deficiência, para conversar

com a comunidade escolar sobre sua vivência, suas dificuldades e as soluções

que encontraram para problemas enfrentados na vida. Geralmente, os alunos

aproveitam muito bem essas oportunidades para fazer todo tipo de pergunta e

satisfazer sua curiosidade natural.

E as pessoas com deficiência, na sua maioria, têm muito prazer neste

contato e sentem-se gratificadas em participar dessas atividades e poder

conversar com a comunidade sobre suas necessidades especiais, bem como

sobre os suportes que lhes permitem viver na comunidade. Também as pessoas

sem deficiência se beneficiam desta convivência, aprendendo o quanto podemos

crescer num ambiente permeado pela diversidade humana.

ENVOLVENDO A COMUNIDADE

O próximo passo, depois da preparação da turma para receber colegas

com deficiência, é proporcionar uma reunião onde os pais e familiares dos seus

alunos possam também compartilhar desse novo conhecimento. Nessa reunião

com a família, os alunos poderão relatar as suas experiências, os adultos com

deficiência poderão falar sobre sua experiência de vida, bem como os alunos com

deficiência poderão falar sobre a mudança de atitude dos colegas de turma,

depois de passarem pelo programa anterior de sensibilização. Geralmente, as

eventuais resistências dos pais com relação ao ingresso de alunos com

deficiência na escola comum são eliminadas quando percebem que seus filhos

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estão compreendendo e convivendo de modo saudável e construtivamente com a

deficiência em seu cotidiano escolar.

AVALIAÇÃO E ADAPTAÇÃO CURRICULAR: CONCEITOS E

PROCEDIMENTOS

A Avaliação dos alunos com necessidades educacionais ainda representa

uma questão bastante angustiante para os nossos professores, uma vez que

encontramos em nossas escolas, professores inseguros frente a este desafio,

relatando suas dificuldades, muitas vezes, constestando a inclusão, ou ainda,

reforçando que não sabem trabalhar com os alunos deficientes e com as

dificuldades de aprendizagem apresentadas por eles.

“É comum ouvir-se depoimentos de professores que dizem ser “um

absurdo, além de seus 40 alunos, ter que dar conta de mais um com deficiência”;

outros alegam que não são obrigados a trabalhar com esse “tipo” de alunos, pois

não receberam preparo em seus cursos de formação”.14

Muitos se consideram despreparados...

Mas, antes de falarmos sobre a avaliação diferenciada e adaptação

curricular, precisamos entender o que é avaliação.

A denominação "avaliação da aprendizagem", aparece pela primeira vez

em 1930 nos escritos de Ralph Tyler15, a quem se atribui a paternidade do termo.

14

Diretrizes curriculares da Educação EspeciaL para a Construção de Currículos Inclusivos Curitiba- 2006 – SEED/PR. 15

Ralph Tyler é um educador norte-americano, que se dedicou à questão de um ensino que fosse eficiente. No Brasil, ele é conhecido pelo seu livro Princípios básicos do currículo e ensino, traduzido e publicado pela editora Globo, Porto Alegre, 1974.

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Tyler defendeu a ideia de que a avaliação poderia e deveria subsidiar um

modo eficaz de fazer o ensino.

AVALIAÇÃO DOS ALUNOS16

O QUE É?

A Avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual

o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes

valor.

Ficará a cargo de cada professor, e conforme sua disciplina, estabelecer

que instrumentos utilizará nas suas avaliações que poderão ser: provas (orais e

escritas), trabalhos (orais e escritos; individuais e em grupo), resenhas,

exposições, exercícios, seminários, debates, apresentações artísticas, etc.

Avaliar é analisar a prática pedagógica de todos os envolvidos, com o

objetivo de corrigir rumos e repensar situações para que a aprendizagem ocorra.

Ao avaliar a aprendizagem dos alunos está se avaliando a prática dos

professores, a gestão e o currículo escolar, bem como o próprio sistema de

ensino como um todo.

A AVALIAÇÃO NÃO SE REDUZ AOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO17

Os instrumentos de avaliação são os meios e recursos utilizados para se

alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e

16

Texto retirado do Projeto Político Pedagógico do Colégio estadual João XXIII – Ensino Fundamental, Médio e Profissional. 17 Texto retirado do Documento: EU ACOMPANHO A AVALIAÇÃO DO(A) MEU(A) FILHO(A). E

VOCÊ? SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - DIRETORIA DE

POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS.

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em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O importante é

destacar que este fim não é a aquisição pura e simples de conhecimento, mas o

seu processo de (re)elaboração e as ações a que conduz os alunos em relação a

uma prática social, tendo em vista a própria condição humana.

Não existem poucos instrumentos de avaliação (provas, seminários,

trabalhos, exposições orais e escritas, etc), o que existe talvez, seja a sua

inadequação quanto ao uso. Muitas vezes os professores utilizam metodologias

de ensino sem perceber que, ao mesmo tempo em que se dão os

encaminhamentos para efetivá-las, a avaliação já pode estar acontecendo sem

que seja preciso primeiro aplicar a técnica para ao seu final avaliá-la. Todo

processo de avaliação pressupõe clareza nos seus critérios.

OS INSTRUMENTOS SÃO A MESMA COISA QUE OS CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO?

Ao remetermo-nos aos critérios de avaliação estes são compreendidos

como um referencial que gera parâmetros que devem ser previamente

estabelecidos e descritos na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de

Trabalho Docente. Estes devem ser conhecidos pelos alunos, favorecendo a

transparência, a orientação do trabalho discente e a co-responsabilidade do aluno

no processo de aprendizagem. Portanto, remete-nos a compreender que os

critérios, instrumentos, forma e conteúdo caminham numa mesma perspectiva.

Sendo assim, os critérios de avaliação devem revelar na sua prática a

relação coerente com as Diretrizes Curriculares, o Projeto Pólítico Pedagógico -

PPP e o estabelecido no Plano de Trabalho Docente. Os critérios de avaliação

devem ser previamente elaborados pelo professor a partir dos conteúdos

estruturantes e específicos, propostos no Plano de Trabalho Docente,

apresentados aos discentes, e, se necessário adequá-los às necessidades

educativas apresentadas no decorrer do processo.

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QUEM DEFINE COMO AVALIAR?

A avaliação dentro do Plano de Trabalho Docente deve estar em

consonância com o Sistema de Avaliação definido pelo coletivo da escola. Uma

vez expresso na Proposta Pedagógica deve ser regimentada.

O professor, portanto, ao elaborar o seu Plano de Trabalho Docente deve

considerar a avaliação como parte inerente ao processo de ensino e

aprendizagem. A mesma deve ser realizada em função dos conteúdos e ser

coerente com os pressupostos e metodologias da disciplina.

BASE LEGAL

- Lei de diretrizes e Bases da Educação n º 9394/96:

Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:

(...)

III - zelar pela aprendizagem dos alunos;

IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar

integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao

desenvolvimento profissional;

(...)

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de

acordo com as seguintes regras comuns:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais;

(...)

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ATIVIDADE: Leitura do texto elaborado pelo Professor Doutor Paulo Ricardo

Ross, do Setor de Educação, da Universidade Federal do Paraná, pesquisador na

área da inclusão18.

“Você tem altas expectativas sobre a capacidade de aprender dos

alunos, admitindo que possam ter certas limitações, como todo ser

humano?

Se a resposta é afirmativa, provavelmente você não se utiliza da avaliação

para rotular os alunos de ignorantes ou de superiores. Você não toma a

avaliação como ameaça ou subterfúgio para exercício de sua autoridade ou

poder. Você não a realiza pontualmente, porque a considera secundária, nem a

toma como exame, isto é, um registro quantitativo do desempenho do aluno.

Se você acredita na capacidade de aprender de cada um dos alunos,

você avalia continuadamente e globalmente a manifestação da aprendizagem

do aluno, suas dificuldades, seus avanços, o que faz com ajuda e o que já faz

sozinho, os apoios ainda necessários, bem como as mudanças a serem

propostas em termos de conteúdo, linguagem, temporalidade, procedimentos e

outras formas adaptações.

Portanto, você considera a avaliação como um ato amoroso de

acolhimento das conquistas e da própria individualidade do aluno. Na verdade, a

avaliação é um momento de olhar o próprio trabalho, suas angústias, seu

planejamento, sua organização, suas falhas e suas necessidades de aprender e

de mudar!

18 Bolsanello, Maria Augusta Educação especial e avaliação de aprendizagem na escola regular : caderno 1 / Maria Augusta Bolsanello, Paulo Ricardo Ross; colaboradores: Dinéia Urbanek... [et all.]; Universidade Federal do Paraná, Pró-Reitoria de Graduação e Ensino Profissionalizante, Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores; Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. - Curitiba : Ed. da UFPR, 2005. 78p. : il., Retrs. - (Avaliação da aprendizagem; 7).

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As necessidades especiais, as deficiências sensoriais, intelectuais e físico-

motoras podem provocar em você reações de defesa, como negação, fuga,

justificação e racionalização. Você pode alegar a falta de preparo ou a ausência

de experiência anterior.

Talvez, venha evocar argumentações relacionadas ao mérito, à fatalidade

das desigualdades, recusando-se a contribuir ou abraçar a necessidade de

modificação das condições educacionais das pessoas com deficiências ou

outra necessidade especial.

Essas pessoas não podem ser culpabilizadas nem pagar o ônus por

apresentarem necessidades. Se o professor é aquele que organiza a prática

pedagógica com o conhecimento, afeto e experiência, então, a avaliação é o

momento de o aluno manifestar suas aprendizagens, suas ajudas e suas

conquistas.

E AGORA: COMO PROCEDER A AVALIAÇÃO DIFERENCIADA PARA

OS ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS?19

As Adaptações no processo de avaliação também se fazem necessários.

Os ajustes e flexibilizações na prática pedagógica, seja por meio de

modificação de técnicas, como dos instrumentos utilizados devem ser realizados.

O documento do MEC/SEESP (2000, p. 28) nos apresenta alguns

exemplos de ajustes possíveis e necessários, tais como:

• utilizar diferentes procedimentos de avaliação, adaptando-os aos diferentes

estilos e possibilidades de expressão dos alunos;

19 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Brasil. Secretaria de Educação Básica UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Pró-Reitoria de Graduação e Ensino Profissionalizante Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores – Caderno 2.

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• possibilitar que o aluno com severo comprometimento dos movimentos de

braços e mãos se utilize do livro de signos para se comunicar, em vez de exigir

dele que escreva com lápis, ou caneta, em papel;

• possibilitar que o aluno cego realize suas avaliações na escrita braile, lendo-as

então, oralmente, ao professor;

• nas provas escritas do aluno surdo, levar em consideração o momento do

percurso em que ele se encontra, no processo de aquisição de uma 2ª língua, no

caso, a língua portuguesa. (p. 28 e 29).

O aluno que estamos avaliando pode ter características de aprendizagem

diferentes das quais o professor está acostumado a lidar, o que vai lhe requerer

atenção especial, mas isso não significa que a sua estrutura mental e a

qualidade de sua aprendizagem sejam necessariamente deficitárias em relação

aos outros alunos, Significa, sim, que temos que definir critérios claros e

específicos para esta avaliação e não que tenhamos que praticá-la de maneira

paternalista.

A formação de educadores20 para uma escola inclusiva não se restringe a

cursos de capacitação, reciclagem, aperfeiçoamento e outros que são oferecidos

em diferentes instâncias educacionais. À reflexão individual sobre a prática em

sala de aula deve se somar ao conhecimento científico já existente sobre

estratégias de ensino mais dinâmicas e inovadoras.

20 Windyz B. Ferreira 1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA: Será que sou a favor ou contra uma escola de qualidade para todos???

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ASSIM, É IMPORTANTE:

- Que o professor esteja constantemente atento para identificar que

conhecimento o aluno já dispõe (relacionados com o tema de cada unidade de

conteúdo) e que necessidades especiais apresenta.

- Que o professor, baseando-se em sua experiência cotidiana, crie formas

alternativas de ensinar, que respondam às necessidades identificadas, sem

sair de sua rotina com o grupo.

- Que o professor se utilize continuamente da avaliação para identificar o que

precisa ser ajustado no processo de ensinar.

“Alguns alunos com necessidades especiais revelam não conseguir atingir os objetivos, conteúdos e componentes propostos no currículo regular ou alcançar os níveis mais elementares da escolarização. Essa situação pode decorrer de características orgânicas associadas a déficits permanentes e, muitas vezes, degenerativos, que comprometem o funcionamento cognitivo, psíquico e sensorial, vindo a constituir deficiências múltiplas graves.” (p. 53).

AVALIAÇÃO PSICOEDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR21

A avaliação para identificação das necessidades educacionais especiais é

realizada no contexto escolar contando com a participação do professor e da

equipe técnico-pedagógica da escola, de modo processual e contínuo, com o

21 SEED - A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO PARANÁ:Subsídios para a construção das Diretrizes Pedagógicas da Educação Especial na Educação Básica - http://www.feneis.org.br/arquivos/Educacao_Especial_Parana.pdf

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objetivo de avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidades, as

possibilidades, assim como as necessidades que comprometem o processo de

aquisição de aprendizagem.

Esse processo avaliativo ajuda o professor a investigar e acompanhar o

desenvolvimento, tanto do processo de ensino quanto de aprendizagem,

refletindo sobre sua prática pedagógica e reformulando-a quando necessário. Ele

também aponta os tipos de recursos educacionais que a escola terá que

disponibilizar quando forem requisitados.

- O contexto sociocultural em que se encontra inserido este aluno;

- As estratégias utilizadas pelo aluno para a aprendizagem;

- A metodologia utilizada pelo professor na realização das intervenções no dia a

dia;

- O desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo, emocional e social deste aluno;

- O que o aluno aprendeu? Como aprendeu? Que tipo de apoio necessitou? Que

materiais utilizou?

Envolvidos no processo:

- Pedagogos (coordenando todo o processo de avaliação no contexto escolar);

- Professores;

- Família;

- Outros profissionais: médicos e fonoaudiólogos (na identificação dos transtornos

funcionais específicos, por exemplo);

- Psicólogo

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Como avaliar?

- Identificar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula

(conhecimentos prévios, dificuldades/necessidades individuais);

- Realizar entrevistas (professor, equipe técnico-pedagógica, família, aluno);

- Observar o aluno no coletivo e no individual;

- Analisar a produção do aluno (material escolar);

- Observar o ritmo do desenvolvimento, estilo e a progressão da aprendizagem do

aluno;

- Investigar as áreas do desenvolvimento (cognitivo, motor, afetivo, social) e as

áreas do conhecimento (saberes e práticas escolares);

- Utilizar instrumentos informais (observações, jogos, avaliação dos conteúdos

pedagógicos e outros);

- Prevalecer os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A inclusão educacional dos alunos com deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades/superdotação para efetivar-se necessita do

suporte da Educação Especial, incluindo a implantação e/ou implementação de

uma rede de apoio.

No Paraná, essa inclusão educacional é um projeto gradativo, dinâmico e

em transformação e em sua fase de transição exige do Poder Público, o absoluto

respeito e reconhecimento às diferenças individuais dos alunos e a

responsabilidade quanto à oferta e manutenção de uma Rede de Apoio composta

por serviços apropriados ao seu atendimento, tais como, Sala de Recursos de 5ª

a 8ª séries na área da deficiência intelectual e transtornos funcionais do

desenvolvimento, sala de recursos na área das Altas habilidades/superdotação

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para enriquecimento curricular, sala de recursos para alunos com transtornos

globais do desenvolvimento, professor de apoio de sala para alunos com

transtornos globais do desenvolvimento, tradutores e intérpretes para educandos

surdos com domínio da língua de sinais/LIBRAS, professor de apoio à

comunicação alternativa para a alunos com acentuado comprometimento físico /

neuromotor e de fala e centros de atendimentos para alunos das áreas da

deficiência visual, da deficiência física neuromotora e da surdez.

Os serviços e apoios especializados se destinam ao atendimento de alunos

com necessidades educacionais especiais decorrentes:

– das deficiências mental, visual, física neuromotora e surdez;

– das condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psicológicos graves

e psiquiátricos;

– das altas habilidades / superdotação.

Os serviços de apoio pedagógico especializado se realizam no contexto da

sala de aula, ou em contraturno, por meio da oferta de recursos humanos,

técnicos, tecnológicos, físicos e materiais e têm por objetivo possibilitar o acesso

e a complementação do currículo comum ao aluno.

Quando realizados em classes especiais, ou em instituições especializadas

da rede pública ou conveniada, são denominados serviços especializados,

conforme previsto na legislação (Resolução CNE/CEB n. 01/02 e Del. CEE

02/03).

Destacam-se alguns serviços de apoio pedagógico especializados

ofertados pela SEED/DEE, no contexto regular de ensino para os alunos com

necessidades educacionais especiais a serem atendidos na escola regular:

– Profissional intérprete de libras/língua portuguesa para surdos.

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– Instrutor surdo de libras.

– Professor de apoio permanente para alunos com deficiência física neuromotora,

com graves comprometimentos na comunicação e locomoção.

– Sala de Recursos para alunos com deficiência mental, distúrbios de

aprendizagem e altas habilidades e superdotação, matriculados no Ensino

Fundamental.22

– Centro de Atendimento Especializado (CAE), nas áreas da surdez e deficiência

visual.

– Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência

visual (CAP).

– Classes de educação bilíngue para surdos, matriculados nas série iniciais,

denominadas Programa de escolaridade regular com atendimento especializado

(Perae).

– Classe especial para alunos com deficiência mental e condutas típicas.

– Escolas Especiais.

– Classes hospitalares.

– Atendimento domiciliar

MENSAGEM FINAL:

Atividade: Vamos assistir ao vídeo:

http://reflexoesemeducacaoinclusiva.blogspot.com.br/2010/06/inclusao-atraves-da-musica.html

22 Hoje, atendidos na sala de Recursos Multifuncional do Tipo I

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CONCLUINDO:

Após tantas reflexões, podemos afirmar que:

- não existe uma fórmula pronta para se trabalhar e realizar a avaliação dos

alunos com necessidades educacionais especiais;

- a responsabilidade do professor é grande;

- o professor precisa estar atento ao comportamento e dificuldade de todos os

alunos, indistintamente;

- é preciso que haja a sensibilização do professor, uma vez que, estamos

trabalhando com seres humanos e não podemos simplesmente “passar uma

borracha” para apagar o erro.

- quando dectetar alguma falha ou dificuldade na aprendizagem, deve ficar alerta

e encaminhar o educando para que seja realizada a avaliação no contexto, o mais

rápido possível.

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REFERÊNCIAS

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CARVALHO, Rosita Edler. Educação inclusiva: com os pingos nos is. Porto

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DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (1948)

DECLARAÇÃO DE JOMTIEN (1990) - Documento elaborado na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada na cidade de Jomtien, na Tailândia, em 1990, também conhecida como Conferência de Jomtien.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA (1994) – documento elaborado que relata os Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais.

DECRETO N° 3.298 - Regulamenta a Lei no

7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

DECRETO N° 6.253 de 13/11/2007 – Dispõe sobre o Fundo Fundo de manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, regumenta a Lei no n° 11.494, de 20 de junho de 2007.

DECRETO 6.571/ 2008 – Dispõe sobre o atendimento educacional especializado.

DECRETO 6.253 de 13/11/2007 – dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

Educação - FUNDEB, regulamenta a Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, e dá

outras providências.

Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva.

LEI 7853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes e dá outra providências.(Alterada pela Lei 8.028/90).

LEI 8859/94 - Modifica dispositivos da Lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, estendendo aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades de estágio.

LEI 9424/96 - Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério - FUNDEF.

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LEI 10098/00 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

LEI 10172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências.

LEI 10216/2001 - Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

LEI 10436/02 - Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

LEI 10845/2004 - Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às pessoas portadoras de deficiência, e dá outras providências - PAED.

LEI n° 11.494 de 20/06/2007 - Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei n° 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis n°s 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências.

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GLAT, R. (Org.). Educação inclusiva: cultura e cotidiano escolar. 1 ed. Rio de

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HOFFMANN, Jussara.Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola

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Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/deein/arquivos/File/dce_ed_especial.pdf

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PORTARIA 1793/94 - Recomenda a inclusão da disciplina Aspectos Ético - Político - Educacionais na normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais, prioritariamente, nos cursos de Pedagogia, Psicologia e em todas as Licenciaturas.

PORTARIA 319/99 - Institui no Ministério da Educação, vinculada à Secretaria de Educação Especial/SEESP a Comissão Brasileira do Braille, de caráter permanente.

PORTARIA 554/00 - Aprova o Regulamento Interno da Comissão Brasileira do Braille.

PORTARIA 3.284/03 - Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos e de credenciamento de instituições.

PORTARIA do Ministério do Planejamento 08/2001 - Atualiza e consolida os procedimentos operacionais adotados pelas unidades de recursos humanos para a aceitação, como estagiários, de alunos regularmente matriculados e que venham frequentando, efetivamente, cursos de educação superior, de ensino

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médio, de educação profissional de nível médio ou de educação especial, vinculados à estrutura do ensino público e particular.

Secretaria de Estado da Educação - Dia a Dia Educação. Parceria com mantenedoras de escolas de educação especial será permanente. Disponível http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br. Acesso em: 12 de outubro de 2012.

RESOLUÇÃO CNE/CEB n° 02/2001 – Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

RESOLUÇÃO 09/78 - Conselho Federal de Educação - Autoriza, excepcionalmente, a matrícula do aluno classificado como superdotado nos cursos superiores sem que tenha concluído o curso de 2º grau.

RESOLUÇÃO 02/81 - Conselho Federal de Educação - Autoriza a concessão de dilatação de prazo de conclusão do curso de graduação aos alunos portadores de deficiência física, afecções congênitas ou adquiridas.

RESOLUÇÃO 02/01 - Conselho Nacional de Educação - Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

RESOLUÇÃO 01 e 02/02 - Conselho Nacional de Educação - Diretrizes Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, graduação plena.

RESOLUÇÃO 01/04 - Conselho Nacional de Educação - Estabelece Diretrizes Nacionais para organização e realização de Estágio de alunos do Ensino Profissionalizante e Ensino Médio, inclusive nas modalidades de Ensino Especial e Educação de Jovens e Adultos.

SANT’ANA, I. M. Educação Inclusiva: concepções de professores e diretores.Psicologia em Estudo, Maringá, v.10, n. 2, p. 227 -234, mai./ago. 2005.

Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v10n2a09.pdf>. Acesso em 29/10/2012.

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