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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO A PRODUÇÃO DIDÁTICO- · ( ) A formação do Planeta Terra se deu há cerca de 4,5 bilhões de anos. ( ) Os fósseis são indícios de espécies que viveram

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO A PRODUÇÃO DIDÁTICO-

PEDAGÓGICA – TURMA 2016

Título: Religião e Ciência: uma abordagem sobre o conteúdo da Evolução Biológica

no Ensino Fundamental

Autora: Adriane Maria Hanzen Boaro

Disciplina/Área: (ingresso no PDE):

Ciências

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Pato Bragado - Ensino Fundamental e Médio

Município da Escola: Pato Bragado – PR

Núcleo Regional de Educação:

Toledo

Professora Orientadora: Dra. Lourdes Aparecida Della Justina

Instituição de Ensino Superior:

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Relação Interdisciplinar: Ciências; Educação Física; Matemática; Informática; Geografia.

Resumo: Esta Unidade Didática tem como objetivo apresentar as atividades para a aprendizagem sobre Evolução Biológica durante a intervenção junto aos alunos participantes da pesquisa. Partindo da concepção de que a ampliação do conhecimento, assimilação de informações, conceitos ou novas proposições sobre um determinado assunto, estabelecem significados para o aluno mediante uma espécie de ancoragem em aspectos relevantes da estrutura cognitiva preexistente no indivíduo. Os novos significados tornam-se mais abrangentes pela interação entre os conhecimentos já existentes e novas informações introduzidas que desencadeiam o processo de aprender significativamente, permitindo que o aluno tenha uma visão mais ampla sobre o assunto. Em se tratando da temática da Evolução Biológica, a expansão e incremento da abordagem sobre a temática, pode tornar significativa a aprendizagem sobre os conteúdos da disciplina de Ciências. Assim, neste apanhado apresentam-se as atividades realizadas durante a intervenção junto aos alunos visando à aprendizagem significativa da Evolução Biológica e assuntos relacionados.

Palavras Chave: Evolução Biológica. Aprendizagem Significativa. Educação em Ciências.

Formato do Material Didático: Unidade Didática

Público: Alunos do 7 º ano do Ensino Fundamental

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1 INTRODUÇÃO

Nesta Produção Didático-Pedagógica são apresentadas as estratégias de

ação compreendidas no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE),

mediante a elaboração de uma Unidade Didática constituída de atividades básicas,

próprias do programa, que serão utilizadas como ferramenta de auxílio na

implementação da abordagem do assunto Evolução Biológica na disciplina de

Ciências.

As atividades planejadas nesta Unidade Didática serão desenvolvidas junto

aos alunos da 7ª Série do Colégio Estadual Pato Bragado - Ensino Fundamental e

Médio, da sede do município de Pato Bragado – Pr., estimulando os alunos para a

aprendizagem pela contextualização do conhecimento científico, facilitando a

assimilação de novos conhecimentos de forma significativa.

A assimilação de novos conhecimentos referentes à Evolução Biológica com

significância para o aluno deriva de um contexto interdisciplinar. Por este motivo,

optou-se pela metodologia de ensino interdisciplinar, proposta por Gerard Fourez,

conhecida como Ilha de Racionalidade, com o intuito de destacar pontos importantes

que podem auxiliar no desenvolvimento das atividades para atingir os objetivos

propostos. (ALVES FILHO; SOUZA, 2000)

As Ilhas Interdisciplinares de Racionalidade (IIR), estabelecem a realização

de etapas, onde atividades e competência de questionar são fundamentais para o

êxito da tarefa. Para construir a Ilha de Racionalidade, Fourez et al. (1994) propõem

algumas etapas que são flexíveis e abertas. Podendo ser suprimidas e/ou

revisitadas, com tempo adaptável a cada uma delas, de acordo com os objetivos,

disponibilidades e necessidades. (FOUREZ et al., 1994 apud ALVES FILHO;

SOUZA, 2000). As etapas para a construção da Ilha de Racionalidade são:

Etapa 1 – Fazer um clichê da situação – para Alves Filho e Souza (2000,

p. 5), o Clichê é um ―conjunto de questões, abertas ou fechadas, que expressam as

concepções e as dúvidas iniciais que o grupo tem a respeito da situação. É o ponto

de partida da atividade‖. Nesta etapa os alunos expressam o que eles entendem

espontaneamente sobre o assunto. Milaré (2014) aponta que esta etapa trata-se de

uma ―tempestade de ideias‖ que ocorre após a apresentação da situação-problema.

Etapa 2 – Elaborar o panorama espontâneo - esta etapa é a ampliação

do clichê da situação com a investigação onde são listados uma relação de itens que

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podem ou devem ser considerados, abrangendo pontos que não foram elencados na

primeira fase, como as pessoas envolvidas, as normas e condições impostas pela

situação apresentada, as posturas e tensões (possíveis escolhas, atitudes e

controvérsias), as caixas-pretas (conhecimentos necessários na IIR, mas que os

participantes ainda não possuem), as bifurcações (caminhos possíveis para a

resolução do problema), os especialistas e especialidades (áreas de conhecimento)

envolvidos com o tema (MILARÉ, 2014, p. 127).

Etapa 3 – Consulta aos especialistas e às especialidades – se entre os

membros do grupo que desenvolvem o projeto não há quem possa esclarecer ou

discutir a respeito de determinado assunto envolvido na situação, pode haver a

necessidade de consultar especialistas. Na ocasião desta consulta aos

especialistas, que pode ser uma palestra, entrevista ou qualquer outro meio para

buscar informações, inclusive, fora da instituição escolar. (ALVES FILHO; SOUZA,

2000).

Etapa 4 – Indo à prática - neste momento efetua-se aprofundamento volta-

se para a realização de visitas a locais relacionados com o tema desenvolvido como

museus, bibliotecas, exposições, entre outros. Podem ainda realizar experimentos,

articulando teoria com a prática.

Etapa 5 – Abertura aprofundada de algumas caixas-pretas e

descoberta de princípios disciplinares que são base de uma tecnologia - nesta

etapa devem ser trabalhados os conteúdos profundamente sob a perspectiva de

determinadas áreas de conhecimento.

Etapa 6 – Esquematização global da tecnologia – elabora-se uma síntese

dos conhecimentos assimilados. Milaré (2014) define que pode ser feito por meio de

um resumo ou figuras que representem o que foi realizado e as decisões tomadas

até este ponto.

Etapa 7 – Abrir algumas caixas-pretas sem a ajuda de especialistas -

Para Milaré (2014, p. 128), esta etapa a autonomia do grupo se destaca, na qual

busca-se os conhecimentos, ―aprofundando-se em determinadas questões, sem a

ajuda de especialistas da área, e favorecendo as discussões entre os participantes‖

Etapa 8 – Síntese da ilha de racionalidade produzida - Para sintetizar a

ilha de racionalidade é necessário cruzar elementos visando a criação de um

produto final, que pode ser um texto, uma maquete, um relatório, um cartaz etc. O

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produto final é a representação concreta do que foi aprendido pelos participantes no

decorrer da Ilha. (MILARÉ, 2014).

Em análise a esta proposição de desenvolvimento da Produção Didático-

Pedagógica fundamentada na utilização da metodologia da Ilha de Racionalidade,

percebe-se que o professor deve considerar os conhecimentos que o aluno possui

para, posteriormente, agregar novos saberes pelo contato com a realidade a partir

da interação com formas diferenciadas de racionalizar o conhecimento científico.

A avaliação da aprendizagem dos alunos participantes do programa será

realizada mediante participação dos educandos nas atividades propostas e por meio

de uma avaliação escrita, pela utilização dos métodos de avaliação diagnóstica e

formativa. A avaliação diagnóstica acontecerá no início do programa, sendo

realizada por meio da aplicação de um teste. Pela avaliação será possível verificar o

desempenho intelectual dos alunos para a assimilação de novos conhecimentos

(subsequentes), sendo ponto de partida para avançar no conteúdo e, caso contrário,

proceder a recapitulação, se eventualmente o aluno não tenha alcançado o

conhecimento necessário para o prosseguimento.

Também será utilizada a avaliação formativa durante o programa, de maneira

específica, quando o professor apresentar um novo conteúdo aos seus alunos, para

conhecer a forma de assimilação deste, para que possa atingir os resultados da

melhor forma possível, para que possa ajustar as metodologias do processo ensino

aprendizagem às características do aluno.

Os resultados serão analisados de forma quanti-qualitativa sobre os eixos

norteadores da análise que serão:

- (Re) construção do conhecimento científico sobre Evolução Biológica;

- Relação entre religião e ciência;

- Percepção sobre Origem da Vida;

- Diversidades dos seres vivos, a partir de evidências evolutivas;

- Conteúdos procedimentais e atitudinais em relação à Evolução Biológica.

No final do programa será aplicado o mesmo teste, permitindo ao professor

conhecer o que o aluno aprendeu e evidenciando o conhecimento relacionado à

Evolução Biológica. Salienta-se que a unidade didática proposta deve permitir o

discurso dialógico entre professor e aluno com o objetivo de considerar diferentes

pontos de vista com a negociação de novos significados sobre a Evolução Biológica.

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2 DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE DIDÁTICA

Nesta seção serão descritas as atividades relacionadas ao conteúdo da

disciplina de Ciências desenvolvidas junto aos alunos da 7ª Série do Colégio

Estadual Pato Bragado - Ensino Fundamental e Médio. Primeiramente será

realizada a apresentação aos alunos sobre o Programa de Desenvolvimento

Educacional (PDE) e os objetivos que se pretende alcançar com o desenvolvimento

da Unidade Didática. A apresentação do plano de trabalho permite aos alunos situar-

se como elementos ativos e participantes do trabalho executado em sala de aula.

As atividades referentes à Evolução Biológica foram elaboradas e agrupadas

em Etapas. Cada Etapa pode variar em número de aulas, de acordo com a

necessidade exigida pelos assuntos abordados.

ETAPA ZERO – QUESTÃO PROBLEMA

Aula 1

Conteúdo: Apresentação aos alunos do plano de trabalho para a intervenção.

Objetivo: Esclarecer os passos, objetivos e finalidades da intervenção da

qual os alunos participam.

Material: quadro branco, pincel.

Procedimentos: Nesta primeira aula será realizada uma explanação aos

alunos sobre os objetivos que se pretende alcançar com o desenvolvimento das

atividades e como serão desenvolvidas estas atividades do programa no decorrer da

intervenção.

Nesta aula serão levantadas seguintes questões problema, fazendo com que

os alunos reflitam e levantem hipóteses sobre a temática:

De que maneira você compreende a origem da vida e das espécies?

Para você o que significa a Evolução Biológica?

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ETAPA 1 – FAZER UM CLICHÊ DA SITUAÇÃO

Aula 2

Conteúdo: Aplicação de questionário aos alunos sobre Evolução Biológica e

assuntos pertinentes.

Objetivo: Identificar conhecimentos dos alunos sobre a temática da Evolução

Biológica.

Material: lápis, caneta, questionário pré-elaborado,

Procedimentos: Nesta etapa propôs-se uma avaliação prévia do

conhecimento popular do aluno sobre a temática Evolução Biológica abordada nesta

Unidade Didática, mediante a aplicação de um questionário. O questionário

denominado ROSE Brasil (The RElevance of Science Education) que objetiva

verificar a relevância da Educação de ciências, recentemente Mais recentemente o

questionário ROSE foi reformulado e passou a ser chamado de SAPIENS.

Para utilização neste estudo, o questionário ROSE Brasil foi adaptado a partir

da pesquisa realizada por Mota (2013). Esta avaliação será denominada de Pré-

Teste.

COLÉGIO ESTADUAL PATO BRAGADO- ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. Professora PDE Adriane Maria Hanzen Boaro Disciplina: Ciências Estudante:_______________________________________________________ Sexo: ____________ Número:____ Turma - 7º ano: ( )"A" ( )"B" ( )―C" Turno: ( )Matutino ( )Vespertino 1- Qual é a sua religião? ( )Católica ( )Budista ( )Candomblé ( )Evangélica ( )Judaica ( )Umbanda ( )Outras denominações de protestantes ( )Islâmica ( )Espirita ( )Nenhuma ( )Outras. Qual?____________________ 2 -Quando pratico minha religião. Quantas vezes frequento o serviço religioso?

Não Esporadicamente Sim

Compareço a igreja, templo ou a outros serviços religiosos

Frequento a igreja por influência familiar.

3- Qual é o seu nível de aceitação das seguintes afirmações?

Concordo totalmente

Concordo parcialmente

Discordo parcialmente

Discordo totalmente

Compreendo e acredito na doutrina/ensinamentos religiosos.

Participo com frequência das reuniões da minha religião.

Minha religião me impede de acreditar na evolução biológica.

Minha fé e/ou moral afetariam minha escolha de alguma carreira.

Sinto que minha fé contradiz as teorias científicas atuais.

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Na finalização desta Produção Didático Pedagógica será aplicada a mesma

avaliação, no formato de Pós-Teste para a verificação do nível de aprendizagem e

assimilação de conhecimento em relação aos conteúdos apresentados durante o

desenvolvimento das estratégias de ação.

REFERÊNCIAS

MOTA, Helenadja Santos. Evolução Biológica e Religião: atitudes de jovens estudantes Brasileiros. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2013. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28012014-143821/pt-br.php>. Acesso em 05 de dez. 2016.

4- Qual é o nível de aceitação das afirmações que aparecem a seguir? Você pode marcar mais do que uma alternativa. ( ) A formação do Planeta Terra se deu há cerca de 4,5 bilhões de anos. ( ) Os fósseis são indícios de espécies que viveram no passado. ( ) As espécies atuais de animais e plantas se originaram de outras espécies do passado. ( ) Os indivíduos que têm muitos descendentes transmitiram suas características vantajosas às novas espécies. ( ) A evolução pode ocorrer tanto em plantas como em animais. ( ) Os humanos primitivos eram pressas de dinossauros carnívoros. ( ) Os primeiros seres humanos viveram no ambiente africano. ( ) A espécie humana habita a Terra há 100.000 anos. ( ) Diferentes espécies atuais podem ter um ancestral comum. ( ) As condições na Terra primitiva favoreceram a ocorrência de reações químicas que transformaram compostos inorgânicos em compostos orgânicos que acabaram gerando vida. ( ) Os humanos primitivos eram caçadores de dinossauros herbívoros. ( ) O ser humano se originou da mesma forma como as demais espécies biológicas. 5- Você já estudou sobre evolução biológica nas aulas de ciências? ( )Não ( )Sim, poucos. ( )Sim, a maioria. ( )Sim, todos. 6- Qual é o seu nível de interesse em aprender os seguintes assuntos ou temas?

Sim Talvez Não

Estrelas, planetas e o Universo.

Como evoluem e se transformam as montanhas.

Origem e evolução da vida na Terra.

Animais de varias partes do mundo.

Evolução dos seres vivos.

7 – Dos assuntos acima mencionados, qual deles você gostou mais? Por quê? _____________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________ ____________________________________ ____________________________________________________________ 8 – Para você o que é evolução biológica? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________ ____________________________________________________________ 9- Você quer deixar algum comentário sobre a evolução biológica? Qual? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________ ____________________________________________________________

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ETAPA 2 – ELABORAR O PANORAMA ESPONTÂNEO

Aula 3

Conteúdo: Elaborar o panorama espontâneo

Objetivo: Identificar os conhecimentos dos alunos sobre a Evolução Biológica

abrangendo pontos que não foram elencados nas primeiras aulas.

Material: Pen-Drive com História em Quadrinhos em PDF e aparelho de TV.

Procedimentos: Para início da apresentação da temática sobre a Evolução

Biológica aos alunos optou-se pelo trabalho com Histórias em Quadrinhos sobre a

Evolução das Espécies elaboradas pelo cartunista e biólogo Fernando Gonsales

(2012), com o objetivo de verificar a noção que o aluno já traz sobre a temática.

Os alunos, juntamente com o professor, lerão a História em Quadrinhos e em

seguida discutirão a mesma, com o objetivo de verificar se os alunos conhecem os

personagens da história, identificar conceitos que não são conhecidos pelos alunos,

termos desconhecidas e esclarecer dúvidas que surgem durante a discussão:

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Fonte: Disponível em: https://livrepensamento.com/2013/09/12/a-origem-das-especias-em-hq/. Acesso em 13 out. 2016.

Depois da leitura coletiva, o professor pode lançar alguns questionamentos no

quadro branco para que os alunos possam responder em grupos:

- Quem é o personagem principal da História em Quadrinhos?

Charles Darwin

- O que você conhece sobre este personagem?

Físico e naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a

comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para

explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual.

- Qual foi o foco principal dos estudos deste pesquisador?

A evolução das espécies.

- Quais as suas contribuições para a ciência?

A elaboração da teoria da evolução das espécies que permite aceitar

com racionalidade naturalizada, enraizada na natureza o conceito do homem

como ser natural.

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- O que vocês entendem por ―Variações no Estado Natural‖?

Este conceito fundamenta que diferentes variedades domésticas são

produzidas pelo homem através da seleção, a partir da variação individual das

espécies.

- O que é a ―Seleção Natural‖?

Teoria de Darwin que sustente que as espécies se ramificam

sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande

árvore. Assim, numa população, de qualquer organismo, se existe variação, é

bem possível que haja seleção natural associada a essa variabilidade.

REFERÊNCIAS GONSALES, Fernando. Histórias em Quadrinhos sobre a Evolução das Espécies. 2012. Disponível em: https://livrepensamento.com/2013/09/12/a-origem-das-especias-em-hq/. Acesso em 13 out. 2016.

ETAPA 3 – CONSULTA AOS ESPECIALISTAS E ÀS ESPECIALIDADES

Aula 4

Conteúdo: Apresentação da teoria do Fixismo e Evolução Biológica

Objetivo: Apresentar aos alunos conceitos e fundamentos da temática da

Evolução Biológica.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel;

Procedimentos: Nesta aula o professor deve esclarecer sobre Fixismo e

Evolução Biológica na perspectiva de levar aos alunos os conhecimentos acerca das

concepções que predominavam na sociedade na época em que estas teorias

surgiram, por meio da contextualização histórica e cultural. Durante a aula o

professor deve sanar eventuais dúvidas dos alunos.

Assim, deve-se esclarecer sobre os conceitos iniciais e as dúvidas da

sociedade em relação a grande diversidade de espécies encontradas no planeta e

as semelhanças destes seres. Para tanto foram elaboradas pesquisas,

principalmente em ambiente eletrônico visando apresentar breves explicações

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acerca do Fixismo ou Criacionismo e em seguida apresenta-se a teoria da Evolução

Biológica.

O professor deve explicar aos alunos que no início do século XIX, a partir dos

estudos e das inovações nas pesquisas em medicina, biologia e outras áreas,

tornaram fortes as evidências voltadas para as mutações ou alterações das

espécies, surgindo a teoria da Evolução Biológica:

FIXISMO OU CRIACIONISMO

A grande diversidade de espécies de animais e vegetais, bem como as semelhanças entre espécies diferentes e as diferenças entre as mesmas espécies sempre aguçaram a curiosidade do homem. Contudo a ideia de evolução é um conceito novo, pois até a metade do século XIX admitia-se que a grande diversidade de espécies era fruto da criação especial ou sua forma atual por um criador ou uma força superior. Entretanto, a partir do início do século XIX a ideia de uma transformação das espécies passou a ganhar terreno e diversos cientistas começaram a questionar a imutabilidade das espécies (Fixismo). (IESDE, 2001). O Fixismo trata-se de uma corrente de ideias pré-darwinistas que sugerem a imutabilidade das espécies de seres vivos. Surgiu na Idade Antiga, dos pensamentos de filósofos naturais. Não se configura como sendo ciência, propriamente dita, dado que tão-só baseia-se em conclusões filosóficas no que compete ao "mundo natural". É, logo, conhecido como filosofia natural. O fixismo tem origem na Grécia Antiga, com os pensamentos de Platão e Aristóteles. Foi posteriormente interpretado pelo cristianismo, e dessa forma ganhou apoio até o fim do século XIX - quando a teoria evolucionista de Darwin foi publicada - e início do séc. XX, quando ganhou mais força. (BIOGLOSSA, 2016). O Fixismo conhecido também como teoria criacionista foi apresentada como um modelo explicativo da origem das espécies. Por esta teoria cada espécie teria surgido por um ato de criação divina, de maneira independente, permanecendo sempre com as mesmas características. Essa teoria filosófica (não científica) ficou conhecida como criacionismo (uma referência à ideia da criação divina) ou fixismo (uma referência à ideia de que as espécies permaneciam imutáveis, fixas). (BRUM, 2014).

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA Evolução Biológica é o estudo da história da vida e dos processos que levam à sua diversidade. Baseada nos princípios da adaptação, no acaso e na história, procura explicar todas as características dos organismos, ocupando por isso uma posição central dentro das ciências biológicas (FUTUYMA, 2002, p. 04). A forma mais simples de definir Evolução Biológica é a que se refere a modificações que os seres vivos experimentaram – e ainda experimentam – ao longo do tempo, fundamentada no conceito de que as espécies que atualmente existem na Terra não são as que sempre existiram. Estas espécies existentes resultaram de um longo processo de mudanças ocorridas em seus ancestrais, mudanças estas que alteraram os seus organismos, permitindo-lhes não só adaptar-se aos ambientes em que viveram como sobreviver e dar origem a novas gerações. Importa ressaltar que não existe evolução de um só indivíduo. Modificações que ocorram em um organismo só serão úteis ao processo evolutivo se puderem ser transmitidas hereditariamente, passando de uma geração a outra e, portanto, se envolverem vários indivíduos de uma mesma espécie. Os indivíduos de uma mesma espécie constituem uma população, veremos que o conceito de evolução biológica se aplica, unicamente, a populações e a mudanças hereditárias que possam ser transmitidas às próximas gerações. A evolução biológica permite a formação de raças e novas espécies e explica a origem de todas as espécies vivas e extintas. (MARCONDES, 2006).

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REFERÊNCIAS

BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em:< http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/05/ Apostila-Evolu%C3%A7%C3%A3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016. IESDE. Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional. Biologia. Curso Normal a Distância. Curitiba: IESDE, 2001.

BIOGLOSSA. Fixismo. 2016. Disponível em: https://bioglossa.wikispaces. com/ FIXISMO. Acesso em 16 out. 2016.

FUTUYMA, Douglas J. Evolução, ciência e sociedade. São Paulo: Sociedade Brasileira de Genética, 2002. Disponível em:<http://www.sbg.org.br/ebook/ Novo/ ebook_evolucao.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016.

Aula 5

Conteúdo: Teorias de Lamarck

Objetivo: Esclarecer aos alunos sobre como foi construída e proposta a

teoria da Evolução Biológica.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel.

Procedimentos: Nesta aula optou-se pelo esclarecimento de como surgiram

as primeiras ideias referentes à Evolução Biológica, com o objetivo de levar aos

alunos os conhecimentos acerca dos primeiros conceitos a respeito das alterações

que eram percebidas nas espécies. O professor deverá explicar que no início do

século XIX, muitas evidências permitiram que o conceito de alteração das espécies

fosse considerado, por alguns estudiosos, que passaram a dedicar-se aos estudos

sobre a Evolução Biológica:

EVOLUÇÃO BIOLÓGICA Evolução Biológica é a mudança nas propriedades das populações dos organismos que transcendem o período de vida de um único indivíduo. Somente as mudanças que são herdáveis de uma geração para outra, via material genético, são consideradas mudanças evolutivas. A Evolução Biológica pode ser pequena ou substancial, ela abrange tudo, desde as pequenas mudanças até alterações sucessivas que levaram os primeiros proto-organismos a se transformarem em caramujos, abelhas, girafas. (FUTUYMA, 2002 p.3)

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Desta forma, apresenta-se o texto elaborado pelo professor, a partir de

pesquisas realizadas sobre o assunto, sobre as teorias elaboradas por Jean-Baptiste

Lamarck.

LAMARCK E SUAS TEORIAS

O primeiro a tentar explicar o processo da evolução foi Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). Suas ideias foram expressas detalhadamente no livro Filosofia Zoológica, publicado em 1809. Segundo Lamarck, fatores ambientais novos podem provocar o surgimento – nos organismos vivos – de modificações que aumentaram sua capacidade de adaptação e estas podem ser transmitidas às gerações futuras (IESDE, 2001). Segundo Lamarck, as espécies não se extinguiam, elas se transformavam das formas mais simples para formas mais complexas. O principal mecanismo para a ocorrência dessa transformação era uma ―força interna‖ que levava a espécie se modificar levemente, sendo que depois de muitas gerações, gradualmente a espécie atual se mostrava bastante diferente da espécie anterior. Ao longo do tempo, esse processo poderia gerar até uma nova espécie (SILVA, 2008). Desse modo, era possível supor que as espécies não desaparecem com o tempo e as espécies atuais são apenas uma continuação das espécies precedentes que simplesmente se transformaram. Por isso, alguns estudiosos chamam a Teoria de evolução de Lamarck de transformismo. Como um outro mecanismo importante de sua teoria, Lamarck propôs que o ambiente teria um papel significativo na transformação dos seres vivos. A sobrevivência de um organismo em um ambiente poderia forçar a modificação dos seus hábitos ou comportamentos. Essa modificação poderia gerar o desenvolvimento ou a atrofia de determinado órgão ou conjunto de órgãos. Essa mudança no organismo poderia ser transmitida para as gerações futuras. Dessa forma, Lamarck apresenta um mecanismo de transformação das espécies que apresenta duas leis: a lei do uso e desuso e a lei da transmissão das características adquiridas.

Segundo Martins (2007) Lamarck não apresentou uma teoria simplista e, embora muitos livros didáticos destaquem apenas duas teorias: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos. Essa simplificação conduz a uma interpretação errônea das ideias desses dois grandes naturalistas, principalmente das de Lamarck (FREZZATTI-JUNIOR, 2011). Lamarck apresentou quatro leis, sendo elas: ―a tendência para o aumento da complexidade; surgimento de órgãos em função de necessidades que se fazem sentir e que se mantêm; o desenvolvimento ou atrofia de órgãos como função de seu emprego; e herança do adquirido‖ (CARDOSO; FORATO; RODRIGUES, 2013, p. 2). No entanto, as leis mais conhecidas de Lamarck são: Lei do Uso e Desuso – Lamarck propõe que o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem. Um destes exemplos muito utilizado por Lamarck é o das cobras. Para o pesquisador os ancestrais das cobras eram dotados de patas. Num determinado momento da sua evolução, estas patas atrapalharam o rastejamento do animal e sua passagem em lugares estreitos. Assim com o desuso, ocorreu o desaparecimento das patas e essa característica foi transmitida aos descendentes. Dentes não utilizados, no decorrer do tempo, tendem a se atrofiar ou desaparecer, como os dentes do tamanduá e vestígios de dentes encontrados no feto da baleia Jubarte. Olhos não utilizados tornam-se vestigiais como é o caso da toupeira (SILVA, 2008).

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REFERÊNCIAS

BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em: <http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/ 05/Apostila-Evolu%C3%A7%C3%3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016. CARDOSO, Matheus L. Duarte; FORATO, Thais C. de Mello; RODRIGUES, Maria Luiza L. As ideias “evolucionistas” de Lamarck: uma proposta para a sala de aula. História, Filosofia e Sociologia da Ciência na Educação em Ciências 2013. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/ >. Acesso em 05 dez. 2016.

FREZZATTI-JUNIOR, W. A. A construção da oposição entre Lamarck e Darwin e a vinculação de Nietzsche ao eugenismo. Scientiae Studia: v. 9, n. 4, p. 791-820, 2011. IESDE. Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional. Biologia. Curso Normal a Distância. Curitiba: IESDE, 2001. SILVA, Fábio A. Rodrigues. Evidências e explicações sobre evolução dos seres vivos. 2008. Disponível em: <http://crv.sistti.com.br/sistemacrvdotnet/ index. aspx?ID_OBJETO=61820&t&n1=&n2=M%C3%B3dulos%20Did%C3%A1ticos&n3=Ensino%20M%C3%A9dio&n4=Biologia&b=s>. Acesso em 20 out. 2016.

LAMARCK E SUAS TEORIAS Lei da Herança dos Caracteres Adquiridos - segundo essa lei, alterações no corpo do organismo (caráter adquirido) provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes. (BRUM, 2014). Um dos exemplos mais conhecidos é o do pescoço da girafa. Segundo Lamarck, as girafas atuais, com pescoço comprido, eram descendentes de girafas ancestrais que provavelmente tinham pescoço curto, mas, com a necessidade de alcançar alimentos (folhagens das árvores), tinham de esticar o pescoço, e, com o tempo, o pescoço alongou-se. (BRUM, 2014). Para explicar e justificar a Lei da herança dos Caracteres Adquiridos, Lamarck lançou mão de vários exemplos, obtidos a partir de sua observação a natureza, dentre os quais podem ser citados: A girafa é o exemplo mais clássico. No passado, os ancestrais das atuais girafas exibiam pescoços mais curtos. Vivendo em regiões com solos secos e quase sem capim, as girafas foram obrigadas a esticar o pescoço na tentativa de obter alimento (folhas de árvores). Este esforço provocou o alongamento do pescoço, característica que foi transmitida aos descendentes. A cada nova geração nasciam girafas com o pescoço mais comprido, até chegar ao tamanho observado no momento atual. (IESDE, 2001). Barreiras da Teoria de Lamarck Embora aparentemente lógica e de fácil compreensão, a teoria de Lamarck comete um grave equívoco ao afirmar que as características adquiridas são hereditárias. Além disso, nem todos os órgãos respondem à lei do uso e desuso: por exemplo, a acuidade visual não aumento ou diminui com a utilização ou não da visão. A refutação a ideia de Lamarck iniciou-se no final do século passado, quando foi descoberto que todos os organismos pluricelulares com reprodução sexuada são dotados de células somáticas e células germinativas, e que as alterações naquelas, provocadas pelo uso e desuso, não podem ser transmitidas aos descendentes, uma vez que são células germinativas que dão origem aos gametas, e estes, aos indivíduos. Um dos experimentos mais expressivos foi realizado por August Weismann, no qual o pesquisador cortou o rabo de ratos e verificou que todos os descendentes, ao longo de 20 gerações, nasciam com rabo. Assim Weismann demonstrou que esta característica (ausência de rabo induzida pelo meio), não era transmitida aos descendentes. (IESDE, 2001).

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Aula 6

Conteúdo: Teorias de Charles Darwin

Objetivo: Apresentar aos alunos conceitos e fundamentos da temática da

Evolução Biológica proposta por Charles Darwin

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: Nesta aula o professor irá apresentar um texto sobre a

Teoria da Origem das Espécies para que o aluno possa perceber as diferenças entre

a teoria de Lamarck:

Pedir aos alunos que pesquisem sobre:

ORIGEM DAS ESPÉCIES DE CHARLES DARWIN

Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, expôs em seu livro ―A origem das espécies‖ suas ideias a respeito da evolução e do mecanismo de transformações das espécies. Aos 22 anos, embarcou a bordo do barco inglês Beagle, e durante cinco anos, viajou ao redor do mundo — América do Sul (inclusive o Brasil), as ilhas Galápagos; depois a Nova Zelândia e a Austrália. Nas terras visitadas coletou dados e inúmeros exemplares de organismos, que levou para a Inglaterra. Quando iniciou os estudos e a organização do material coletado como resultado de suas observações, Darwin admitiu que as transformações que ocorriam com as espécies eram alterações das espécies já existentes. Mas Darwin desconhecia as causas que levariam as espécies a se modificar. Uma pista surgiu quando, lendo um trabalho publicado por Thomas Malthus sobre populações, no qual afirmava que as populações tendem a crescer em progressão geométrica, e os alimentos cresciam em progressão aritmética. O crescimento acelerado da população levaria à escassez de alimentos e de espaço necessário à sobrevivência. A obra de Malthus contribuiu para que Darwin elaborasse a teoria de seleção natural, na qual concluiu que todos os organismos que nascem nem sempre apresentam condições de sobrevivência. Apenas sobrevivem os seres vivos que têm maiores condições de adaptarem-se às condições ambientais, chamados por Darwin de mais aptos, que se reproduzem deixando descendentes férteis. (BRUM, 2014).

Teoria da Seleção Natural Impressionado com a grande variedade existente numa mesma espécie (tamanho, forma, força, etc.) e imaginando que a maior parte dos organismos produz um grande número de descendentes que morrem antes de atingir a maturidade, Darwin ponderou que os sobreviventes deveriam ser dotados de uma combinação de caracteres. Dessa maneira, somente os mais adaptados atingiriam a fase adulta para se reproduzir e para transmitir os bons caracteres às gerações seguintes. Depois de muitas gerações, de muitas melhorias e adaptações sucessivas, originar-se-ia uma nova espécie. Darwin deu o nome de seleção natural das raças a esse processo, distinguindo-o da seleção artificial das raças de animais ou de plantas através de cruzamentos orientados visando sua melhoria. Resumidamente pode-se dizer que: organismos bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobreviver que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. (IESDE, 2001, p. 304).

Fundamentos Básicos da Teoria da Seleção Natural - Todos os organismos tem potencialidade para aumentar em progressão geométrica; entretanto, em cada geração, o numero de indivíduos de uma espécie continua constante; - Se em cada geração é produzido um número maior de descendentes em relação aos descendentes se o numero permanece constante, deve-se concluir que há competição pelo alimento, água, luz, temperatura e outros fatores do ambiente; - Há variação em todas as espécies, isto é, dentro de uma mesma espécie, os indivíduos são diferentes entre si; - Os organismos que apresentam variações favoráveis conseguem sobreviver e reproduzir-se, mas uma grande parte dos organismos com variações desfavoráveis pode morrer; - Variações favoráveis são transmitidas para os descendentes e, acumulando-se com o tempo, dão origem a diferenças notáveis que passam a constituir novas espécies. (IESDE, 2001).

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Galápagos:

As Ilhas Galápagos, cujo nome oficial é Arquipélago de Colón, localiza-se no

Oceano Pacífico acerca de mil quilômetros da costa da América do Sul e fazem

parte do território do Equador. O Arquipélago de Galápagos é constituído por 58

ilhas de origem vulcânica. Foi através da observação dos animais dessas ilhas que

Darwin começou a ponderar as ideias que levariam, mais tarde, à publicação de "A

Origem das Espécies" e ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural.

Pangênese:

Segundo esta teoria, todas as partes do organismo produziam partículas

denominadas "gêmulas" que eram direcionadas para as células germinativas.

Durante a reprodução sexuada, havia a mistura das partículas provenientes do

macho e da fêmea produzindo um novo organismo com características de ambos os

progenitores.

Progressão Aritmética:

Progressão aritmética é um tipo de sequência numérica que a partir do

segundo elemento cada termo (elemento) é a soma do seu antecessor por uma

constante. (5,7,9,11,13,15,17) essa sequência é uma Progressão aritmética, pois os

seus elementos são formados pela soma do seu antecessor com a constante 2.

Progressão Geométrica:

Dizemos que uma sequência numérica constitui uma progressão geométrica

quando, a partir do 2º termo, o quociente entre um elemento e seu antecessor for

ORIGEM DAS ESPÉCIES DE CHARLES DARWIN Darwin não conheceu as ideias de Mendel, e que a teoria hereditária vigente na época (herança por mistura, mediada pela pangênese) pressupunha que os descendentes de um casal tenderiam a ser intermediários entre eles. A predição desse modelo é que as gerações se tornariam cada vez mais uniformes ao longo do tempo, perdendo, portanto, variabilidade. Nesse cenário, Darwin solucionou esse dilema, argumentando que indivíduos de uma mesma ninhada (mesmo que muito semelhantes ao nascimento por serem intermediários entre seus genitores) poderiam se diferenciar ao longo da vida em função do uso ou desuso de diferentes estruturas. Se essas diferenças acumuladas fossem passadas para a geração seguinte, então teríamos uma fonte para variações observadas nas populações naturais e domesticadas. É importante ressaltar que as leis do uso e desuso e da herança de caracteres adquiridos não fazem parte da teoria evolutiva moderna, estabelecida no século XX. (TIDON, 2014, p. 70)

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sempre igual.

REFERÊNCIAS

BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em: <http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/ 05/Apostila-Evolu%C3%A7%C3%3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016. IESDE. Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional. Biologia. Curso Normal a Distância. Curitiba: IESDE, 2001.

TIDON, Rosana. A teoria evolutiva de Lamarck. Genética na Escola, Vol. 9, Nº 1, 2014. Disponível em: < http://www.biologia.bio.br/curso/Introdu%C3%A7%C3%A3o %20%C3%A0%20Biologia%20Evolutiva/A%20teoria%20evolutiva%20de%20Lamarck_RevtaGenEsc_9_01_Art08.pdf>. Acesso em 06 dez. 2016.

ETAPA 4 – INDO À PRÁTICA

Aula 7

Conteúdo: Pontuar diferenças entre as teorias dos dois naturalistas

evidenciando o interesse pela evolução humana de Charles Darwin

Objetivo: Identificar principais pontos das teorias de Lamarck e Darwin.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: Nesta aula os alunos deverão verificar as principais

diferenças entre as teorias de Charles Darwin e Lamarck:

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE A TEORIA DE DARWIN E LAMARCK Em relação ao meio ambiente - Para Darwin o meio exerce uma seleção natural, favorecendo os seres vivos que possuam características mais apropriadas para determinado ambiente e num determinado tempo. Para Lamarck o meio cria necessidades que induzem mudanças nos hábitos e nas formas dos seres vivos e (VIEIRA, 2015). Com base nas características - Para Darwin certos indivíduos apresentam características que lhes conferem melhor adaptação em comparação aos demais. Para Lamarck as novas características surgem pelo uso ou desuso repetido de um órgão ou parte do corpo. (VIEIRA, 2015). Relacionado aos Descendentes - Darwin diz que os seres mais aptos vivem mais tempo, reproduzem-se em maior quantidade e assim transmitem as suas características aos seus descendentes. Já Lamarck diz que as características adquiridas são passadas aos seus descendentes e (VIEIRA, 2015).

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Na sequência, o professor deverá evidenciar o estudo voltado para a

evolução humana de Charles Darwin, apresentando o seguinte texto:

REFERÊNCIAS

BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em:< http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/05/ Apostila-Evolu%C3%A7%C3%A3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016. IESDE. Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional. Biologia. Curso Normal a Distância. Curitiba: IESDE, 2001. SILVA, Débora. Teoria de Lamarck. 2014. Disponível em:< http://www.estudopratico.com.br/ teoria-de-lamarck/> Acesso em 14 out. 2016. SILVA, Paulo Ricardo; ZAMBONI, Rafael Régis; MARQUES, Ana Flávia. Darwinismo – Evolução de Charles Darwin. Disponível em:< http://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/evolucao-de-charles-darwin>. Acesso em 06 dez. 2016. VIEIRA, Lia. Teoria de Lamarck. 2015. Disponível em: <http://www.estudofacil. com.br/teoria-de-lamarck-evolucao-transformacao-e-comparacao-a-darwin/>. Acesso em 14 out. 2016.

O INTERESSE PELA EVOLUÇÃO HUMANA

Em sua obra - A Origem das Espécies - Darwin demonstra a atuação do princípio da

seleção natural ao impedir o aumento da população. Alguns indivíduos de uma espécie são mais fortes, podem correr mais depressa, são mais inteligentes, mais imunes à doença, mais agressivos sexualmente ou mais aptos a suportar os rigores do clima do que seus companheiros. Estes sobreviverão e se reproduzirão, enquanto os mais fracos perecerão. No curso de muitos milênios, as variações levaram à criação de espécies essencialmente novas (SILVA, ZAMBONI, MARQUES, 2016).

Segundo a teoria de Darwin, pequenas variações nos organismos surgiriam ao acaso e,

caso essas variações os tornassem mais aptos que os outros a sobreviverem no meio, estes sobreviveriam transmitindo suas características aos seus descendentes. Na teoria de Lamarck, o uso acarretaria a evolução, enquanto que na teoria de Darwin, a evolução se daria pelo acaso aliado a seleção natural. (SILVA, 2014).

A noção de que os seres vivos do passado eram diferentes dos atuais e que eles mudaram

com o tempo ocorreu a muitos naturalistas dos séculos XVIII e XIX. Muitos deles trabalharam no sentido de elaborar uma teoria coerente para explicar a evolução. Mas foi Darwin quem acumulou uma quantidade tão grande de evidências que tornou inevitável a aceitação da teoria evolucionista. Além disso, sua obra é completamente original ao desenvolver novos conceitos, como os de adaptação, luta pela vida e divergência de caracteres (SILVA, ZAMBONI, MARQUES, 2016).

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ETAPA 5 – ABERTURA APROFUNDADA DE ALGUMAS CAIXAS-PRETAS E

DESCOBERTA DE PRINCÍPIOS DISCIPLINARES QUE SÃO BASE DE UMA

TECNOLOGIA

Aula 8

Conteúdo: Evidências da Evolução Biológica

Objetivo: Questionar os alunos sobre as evidencias da Evolução Biológica.

Materiais: Pen-Drive com as ilustrações, aparelho de TV, quadro, pincel.

Procedimentos: Nesta aula o professor lançou alguns questionamentos a

partir de algumas imagens que podem ser visualizadas na TV transferidas a partir de

recurso de Pen-Drive, com o intuito de proceder a abertura aprofundada de algumas

caixas-pretas de saber, verificando quais os conhecimentos dos alunos acerca das

evidencias da Evolução Biológica, com as seguintes ponderações de maneira

informal e oralmente:

Vocês percebem algumas semelhanças nestas figuras? Quais?

Na primeira fase de desenvolvimento destes grupos de animais, pode-se

perceber grandes diferenças na estrutura anatômica?

Seria possível afirmar que estes seres poderiam tem um ancestral comum?

Fonte: Disponível em:< http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao11.php>.

Acesso em 13 out. 2016.

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O professor pode explicar que:

As semelhanças entre os embriões de determinados grupos de animais são ainda maiores do que as semelhanças encontradas nas formas adultas. por exemplo, é difícil distinguir embriões jovens de peixes, sapos, tartarugas, pássaros e seres humanos, todos pertencentes ao grupo dos vertebrados. Essa semelhança pode ser explicada se levarmos em conta que durante o processo embrionário é esboçado o plano estrutural básico do corpo, que todos eles herdaram de um ancestral comum. (Fonte: Disponível em:< http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao11.php>. Acesso em 13 out. 2016).

Na sequência o professor poderá apresentar outra figura, para novas

ponderações dos alunos:

Vocês percebem algumas semelhanças nestas figuras? Quais?

No desenvolvimento destes grupos de animais, o que é semelhante em

relação a sua estrutura anatômica?

Seria possível afirmar que estes seres poderiam tem um ancestral comum?

Fonte: Disponível em:< http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao11.php>.

Acesso em 13 out. 2016.

O professor pode explicar que:

A asa de uma ave, a nadadeira anterior de um golfinho e o braço de um homem, ainda que muito diferentes, possuem estrutura óssea e muscular bastante parecidas. A semelhança pode ser explicada admitindo-se que esses seres tiveram ancestrais em comum, dos quais herdaram um plano básico de estrutura corporal. (Fonte: Disponível em:< http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Evolucao/evolucao11.php>. Acesso em 13 out. 2016).

A partir destas ponderações os alunos serão capazes de proceder a abertura

aprofundada de algumas caixas-pretas sobre a temática, o qual poderá ser

elaborado em conjunto, registrado no quadro branco e, em seguida copiado pelos

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alunos em seus cadernos da disciplina de ciências.

ETAPA 6 – ESQUEMATIZAÇÃO GLOBAL DA TECNOLOGIA

Aula 9

Conteúdo: Vídeo sobre as Evidências da Evolução de Roque Alves

Objetivo: Apresentar aos alunos as Evidências da Evolução Biológica.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: Os alunos irão assistir a um vídeo que demonstra de forma

sucinta sobre as Evidências da Evolução. O vídeo tem um tempo aproximado de 20

minutos de aula.

Fonte: Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=oALxEug6ZYE>. Acesso em 20 out. 2016.

REFERÊNCIAS

ALVES, Roque. Aula Evidências da Evolução Biológica - Prof. Roque Alves. 2013. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=oALxEug6ZYE>. Acesso em 20 out. 2016.

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Aula 10

Objetivo: Apresentar aos alunos conceitos Teoria Sintética da Evolução.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: A partir de textos elaborados pelo professor da disciplina,

serão apresentadas aos alunos breves considerações e explicações sobre a Teoria

Sintética da Evolução:

TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO

A Teoria Sintética da Evolução chamada também de Neodarwinismo, sistematizou conhecimentos originados de outros campos tais como: Genética, Paleontologia e particularmente

a Bioquímica. A variabilidade genética entre os indivíduos de uma população depende basicamente das mutações e da reprodução sexuada (em que o corre a permutação ou crossing-over e a segregação independente dos cromossomos).

Cada população apresenta determinado conjunto gênico, que pode ser alterado de acordo

com fatores evolutivos. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população.

Assim, quanto maior for o conjunto gênico da população, maior será a variabilidade genética.

Os principais fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos em duas categorias:

- fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população – mutação e permutação;

- fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida – migração, deriva genética e seleção natural também conhecidos como mecanismos de micro evolução.

Mutação

As mutações são responsáveis pela variabilidade genética, fornecendo matéria-prima para evolução. Quando novos genes são produzidos, novas características genotípicas aparecem, podendo ser úteis ou não à espécie. As mutações podem ser cromossômicas ou gênicas. As mutações cromossômicas podem ser alterações no número ou na forma dos cromossomos.

As mutações gênicas originam-se de alterações na sequência de bases nitrogenadas de

determinado gene durante a duplicação da molécula de DNA. Essa alteração pode ocorrer por perda, adição ou substituição de nucleotídeos, o que pode originar um gene capaz de codificar uma proteína diferente da que deveria ter sido codificada. As mutações são produzidas por agentes mutagênicos, que compreendem principalmente vários tipos de radiação, dentre os quais os raios ultravioleta, os raios X e substâncias que interferem na autoduplicação do DNA ou na transcrição do RNA, determinando erros nas sequências dos nucleotídeos.

Permutação

A permutação cromossômica ou fenômeno crossing-over é a troca de pedaços de cromáticas que ocorrem na prófase I da meiose, permite novos arranjos de genes, os quais chegarão aos gametas. Após a fecundação e a formação do zigoto, novas características poderão surgir. Um número maior de permuta proporcionará uma maior variabilidade dos gametas, e em consequência maior será o número de genótipos formados. (BRUM, 2014).

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REFERÊNCIAS

BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em:< http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/05/ Apostila-Evolu%C3%A7%C3%A3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016.

MECANISMOS DA MICROEVOLUÇÃO Migração

As diferentes populações de uma mesma espécie nem sempre são isoladas. Indivíduos podem migrar, incorporando-se a uma população (imigração) ou saindo dela (emigração). As migrações podem alterar a constituição gênica de uma população. Por exemplo, se uma população constituída apenas por pessoas de olhos azuis migrar para uma região onde a maioria das pessoas tenham olhos castanhos, haverá aumento da frequência do alelo que condiciona olhos azuis e diminuição correspondente na frequência do alelo que condiciona olhos castanhos.

Deriva Genética

Desastres ecológicos, como incêndios florestais, inundações, desmatamentos, etc., podem reduzir tão drasticamente o tamanho de uma população que os poucos sobreviventes não são amostras representativas da população original, do ponto de vista genético. Por acaso, e não por critérios de adaptação, certos alelos podem ter a sua frequência subitamente aumentada, enquanto os outros alelos podem simplesmente desaparecer. Esse fenômeno é denominado deriva gênica ou deriva genética. Seleção Natural

Dependendo de sua constituição gênica, um indivíduo pode apresentar maior ou menor chance de sobreviver e se reproduzir. Um exemplo disso é o melanismo industrial. Mariposas portadoras de genótipo para a cor escura são mais intensamente caçadas pelos pássaros do que as mariposas claras, em áreas não-poluídas. Por isso, a frequência do gene que condiciona cor escura permanece baixa. Nas áreas poluídas ocorre o contrário: as mariposas mais intensamente caçadas pelos pássaros são as de cor clara. Com isso, aumenta a frequência de mariposas escuras e a frequência do alelo que condiciona esta característica.

Fonte: http://scienceblogs.com.br/vqeb/tag/adaptacao/

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Aula 11

Objetivo: Apresentar aos alunos conceitos Teoria Epigenética e Teoria Evo-

devo;

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: A partir de textos elaborados pelo professor da disciplina,

será apresentado aos alunos breves considerações e explicações sobre Teoria

Epigenética e Teoria Evo-devo, conforme segue:

REFERÊNCIAS

MULLER, Henrique Reichmann; PRADO, Karin Braun. Epigenética: um novo campo da genética. RUBS, Curitiba, v.1, n.3, p.61-69, set./dez. 2008. Disponível em: < http://www.colegiogregormendel.com.br/gm_colegio/pdf/2012/textos/3ano/ biologia/ 8.pdf> Acesso em: 10 out. 2016.

TEORIA EPIGENÉTICA

O termo epigenética origina-se do prefixo grego epi, que significa ―acima ou sobre algo‖ e estuda as mudanças herdadas nas funções dos genes, observadas na genética, mas que não alteram as sequências de bases nucleotídicas da molécula de DNA. Os padrões epigenéticos são sensíveis a modificações ambientais que podem causar mudanças fenotípicas que serão transmitidas aos descendentes. Feinberg (2001) define a epigenética como modificações no genoma que são herdadas durante a divisão celular e que não estão relacionadas com a mudança na sequência do DNA. (MULLER, PRADO, 2008).

TEORIA EVO-DEVO A Teoria Evo-Devo (Evolutionary Developmental Biology ou biologia evolutiva do

desenvolvimento) estuda como evoluiu o desenvolvimento e como as modificações do desenvolvimento afetaram as mudanças evolutivas. Recentemente, conceitos relacionados à embriologia, desenvolvimento e genética têm sido utilizados em conjunto com estudos de paleontologia.

A Teoria Evo-Devo é um campo da biologia que compara os processos de desenvolvimento de diferentes seres vivos como uma tentativa de determinar a relação ancestral entre organismos e como os processos de desenvolvimento evoluíram. A descoberta de genes regulando o desenvolvimento em organismos-modelo permitiu serem feitas comparações com genes e interações entre genes de organismos aparentados.

A biologia evolutiva do desenvolvimento aborda comparativamente os mecanismos e sequências do desenvolvimento embrionário, de modo a esclarecer como os genes poderiam produzir novas formas, funções e comportamentos durante o curso da evolução. O desenvolvimento possui uma grande importância para o entendimento da evolução dos organismos multicelulares, uma vez que é a partir dele que a forma orgânica adulta é originada.

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ETAPA 7 – ABRIR ALGUMAS CAIXAS-PRETAS SEM A AJUDA DE

ESPECIALISTAS

Aula 12

Conteúdo: Elaboração de texto pelos alunos

Objetivo: Elaborar texto sobre a temática estudada em que o aluno irá

descrever o que assimilou sobre a evolução das espécies.

Materiais: Lápis, caneta e caderno.

Procedimentos: Depois da leitura dos textos e das explicações dadas pelo

professor acerca da temática da Evolução das Espécies cada aluno deverá produzir

um texto para sintetizar a teoria de Charles Darwin. Este texto pode ser utilizado

como instrumento de avaliação da aprendizagem do aluno.

Aula 13

Conteúdo: Relógio Cronológico sobre a Evolução Biológica

Objetivo: Apresentar aos alunos conceitos e fundamentos da temática da

Evolução Biológica.

Materiais: Material impresso para cada aluno, caneta, quadro, pincel

Procedimentos: Nesta aula o professor apresenta uma figura que representa

a origem da vida e evolução das espécies para que os alunos possam discutir a

respeito da evolução ocorrida.

Durante o desenvolvimento da atividade, o professor deve estar preparado

para possíveis esclarecimentos, discutindo sobre:

(...) mudanças das características hereditárias de grupos de organismos ao longo das gerações. Grupos de organismos, denominados populações e espécies, são formados pela divisão de populações ou espécies ancestrais; posteriormente, os grupos descendentes passam a se modificar de forma independente. Portanto, numa perspectiva de longo prazo, a Evolução é a descendência, com modificações, de diferentes linhagens a partir de ancestrais comuns. Desta forma, a História da Evolução tem dois componentes principais: a ramificação das linhagens e as mudanças dentro das linhagens (incluindo a extinção) (FUTUYMA, 2002, p. 3).

As explicações dadas pelo professor deverão ser discutidas em conjunto com

os alunos permitindo o pleno exercício do diálogo, de confronto de pensamento e,

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inclusive, a aceitação de diferentes conceitos acerca da evolução biológica.

Fonte: Adaptado de questão de Vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (SILVA, 2008).

REFERÊNCIAS

FUTUYMA, Douglas J. Evolução, ciência e sociedade. São Paulo: Sociedade Brasileira de Genética, 2002. Disponível em:<http://www.sbg.org.br/ebook/ Novo/ ebook_evolucao.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016.

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Aula 14

Conteúdo: Atividade de pesquisa no laboratório de informática sobre os

tópicos relacionados à Evolução Biológica

Objetivo: Pesquisar sobre tópicos da Evolução Biológica

Materiais: computador, lápis, papel, caderno.

Procedimentos: Esta aula deverá ser desenvolvida no laboratório de

informática. Previamente os alunos devem se organizar em duplas e o professor

deverá distribuir uma copia para cada dupla com os tópicos a ser pesquisados. Cada

grupo deverá proceder a pesquisa de um tópico, para posteriormente, ser

apresentado e explicado em sala de aula para os colegas. Alguns tópicos podem ser

pesquisados por mais de uma dupla, de acordo com os critérios de escolha do

professor.

A pesquisa deve privilegiar os conceitos abordados por Charles Darwin. Os

tópicos elencados para pesquisa são:

Dupla 1 - Qual a sua compreensão da competição entre indivíduos e

espécies?

Dupla 2 - Qual a consequência do fato de nem todos os indivíduos

sobrevivem e se reproduzem?

Dupla 3 – Quais as consequências das limitações impostas por fatores

ambientais (tais como disponibilidade de alimento, água, predadores e clima) ao

número de descendentes que sobrevivem?

Dupla 4 – Quais as consequências da variabilidade entre indivíduos que

conduz à sobrevivência diferencial em um ambiente particular?

Dupla 5 - Quais as consequências das adaptações a diferentes tipos de

ambientes?

Dupla 6 - Quais as consequências do impacto de mudanças ambientais na

estabilidade das espécies?

Dupla 7 - Quais as consequências da variação genética que resulta da

reprodução sexual e mutações?

Dupla 8 - Quais as consequências da forma não aleatória pela qual a seleção

natural atua nas populações?

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Aula 15

Conteúdo: Continuidade à atividade de pesquisa no laboratório de

informática sobre os tópicos relacionados à Evolução Biológica

Objetivo: Pesquisar sobre tópicos da Evolução Biológica

Materiais: computador, lápis, papel, caderno;

Procedimentos: Nesta aula será dada sequência a pesquisa no laboratório

de informática sobre os tópicos sobre a Evolução Biológica destinados a cada uma

das duplas de alunos.

Aula 16

Conteúdo: Apresentação de pesquisa realizada no laboratório de informática

sobre os tópicos relacionados à Evolução Biológica

Objetivo: Apresentar pesquisa sobre tópicos da Evolução Biológica

Materiais: cartazes recursos audiovisuais, figuras, desenhos, esquemas, etc,

elaborados pelas duplas para a apresentação do tópico estudado.

Procedimentos: Nesta aula os alunos deverão apresentar em duplas os

resultados da pesquisa realizada, compartilhando os conhecimentos adquiridos com

o professor e demais colegas da classe.

Aula 17

Conteúdo: Jogo Trilha sobre a História da Evolução Biológica

Objetivo: Verificar de maneira informal os conhecimentos dos alunos sobre a

Evolução Biológica.

Materiais: Jogo confeccionado pelo professor orientador

Procedimentos: O professor irá dividir a turma em grupos de até 6 alunos

para a execução do jogo. Este jogo foi proposto por Barbosa et al. (2012). O jogo

consiste num jogo de perguntas e repostas sobre o tema ―Evolução‖ e pode ser

jogado por até 6 pessoas. Existem 2 modelos de cartas diferenciadas, as cartas

chamadas simples e as cartas coringas, que possuem diferentes funções no jogo,

conforme explicado no Anexo I.

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As questões presentes nos dois modelos de cartas foram elaboradas a partir

dos livros didáticos de biologia. Todas as questões presentes nas cartas eram do

tipo ―verdadeiro‖ ou ―falso‖. O formato do jogo pode ser visualizado na figura a

seguir:

Fonte: Barbosa et al. (2012, p. 3).

O jogo permitiu a verificação do grau de dificuldade dos os alunos ao

responderem as perguntas. Ressalta-se que não deve ser dada ênfase aos

vencedores, visto que a aprendizagem foi coletiva e por isso todos devem

considerar-se ganhadores do conhecimento.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Emanuele Ferreira; OLIVEIRA, Luana Pinheiro de; ANIC, Cinara Calvi; SARAIVA, Weslley Jefferson Silva. Uma proposta lúdica para o ensino da teoria da evolução dos seres vivos. VII Coneppi, 2012. Disponível em:< http://propi. ifto. edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/4034/2748>. Acesso em 20 out. 2016.

ETAPA 8 – SÍNTESE DA ILHA DE RACIONALIDADE PRODUZIDA

AULA 18

Conteúdo: Elaboração de material sobre o assunto estudado

Objetivo: Avaliar os conhecimentos assimilados pelos alunos sobre a

Evolução Biológica

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Materiais: Cartolina, caneta, pincel, cola, lápis de cor, etc.

Procedimentos: O professor deve formar sete grupos de alunos e cada

grupo deve elaborar um cartaz sobre o assunto escolhido ou sorteado pelo professor

para a equipe, sendo:

- Teoria do Uso e Desuso (Lamarck)

- Teoria dos Caracteres Adquiridos (Lamarck)

- Teoria da Seleção Natural (Darwin)

- Teoria Sintética da Evolução

- Teoria Epigenética

- Teoria Evo-Devo

- Evidências da Evolução Biológica

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REFERÊNCIAS ALVES, Roque. Aula Evidências da Evolução Biológica - Prof. Roque Alves. 2013. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=oALxEug6ZYE>. Acesso em 20 out. 2016. ALVES FILHO, J. de P.; SOUZA, F. N. Analisando os padrões de questionamento presentes na ilha interdisciplinar de racionalidade de Fourez. Universidade Federal de Santa Catarina-Br/Departamento de Física. Disponível em: http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/pdfs/908.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2016. BARBOSA, Emanuele Ferreira; OLIVEIRA, Luana Pinheiro de; ANIC, Cinara Calvi; SARAIVA, Weslley Jefferson Silva. Uma proposta lúdica para o ensino da teoria da evolução dos seres vivos. VII Coneppi, 2012. Disponível em:< http://propi. ifto. edu.br/ocs/index.php/connepi/vii/paper/viewFile/4034/2748>. Acesso em 20 out. 2016. BIOGLOSSA. Fixismo. 2016. Disponível em: https://bioglossa.wikispaces. com/ FIXISMO. Acesso em 16 out. 2016. BRUM, Igor. Biologia. 2014. Disponível em:< http://www.ufjf.br/cursinho/files/ 2014/05/ Apostila-Evolu%C3%A7%C3%A3o-Igor-Revisada4.pdf>. Acesso em 14 out. 2016.

CARDOSO, Matheus L. Duarte; FORATO, Thais C. de Mello; RODRIGUES, Maria Luiza L. As ideias “evolucionistas” de Lamarck: uma proposta para a sala de aula. História, Filosofia e Sociologia da Ciência na Educação em Ciências 2013. Disponível em: < https://www.researchgate.net/profile/ >. Acesso em 05 dez. 2016.

DOBZHANSKI, T. Nothing in biology makes sense except in the light of evolution. The American Biology Teacher, Reston, v. 35, n. 3, p. 125-129, mar. 1973. FREZZATTI-JUNIOR, W. A. A construção da oposição entre Lamarck e Darwin e a vinculação de Nietzsche ao eugenismo. Scientiae Studia: v. 9, n. 4, p. 791-820, 2011. FUTUYMA, Douglas J. Evolução, ciência e sociedade. São Paulo: Sociedade Brasileira de Genética, 2002. Disponível em:<http://www.sbg.org.br/ebook/ Novo/ ebook_evolucao.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016. GONSALES, Fernando. Histórias em Quadrinhos sobre a Evolução das Espécies. 2012. Disponível em: https://livrepensamento.com/2013/09/12/a-origem-das-especias-em-hq/. Acesso em 13 out. 2016. IESDE. Instituto de Estudos Sociais e Desenvolvimento Educacional. Biologia. Curso Normal a Distância. Curitiba: IESDE, 2001. MILARÉ, Tathiane. A Proposta Metodológica de Ilha Interdisciplinar de

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Racionalidade. Quím. nova esc. – São Paulo. Vol. 36, N° 2, p. 126-134, maio 2014.Disponível em: < http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc36_2/08-RSA-12-12.pdf>. Acesso em: 12 ago. 2016. MOTA, Helenadja Santos. Evolução Biológica e Religião: atitudes de jovens estudantes Brasileiros. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo, 2013. Disponível em: < http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28012014-143821/pt-br.php>. Acesso em 05 de dez. 2016. MULLER, Henrique Reichmann; PRADO, Karin Braun. Epigenética: um novo campo da genética. RUBS, Curitiba, v.1, n.3, p.61-69, set./dez. 2008. Disponível em: < http://www.colegiogregormendel.com.br/gm_colegio/pdf/2012/textos/3ano/ biologia/ 8.pdf> Acesso em: 10 out. 2016. SILVA, Débora. Teoria de Lamarck. 2014. Disponível em:< http://www.estudopratico.com.br/ teoria-de-lamarck/> Acesso em 14 out. 2016. SILVA, Paulo Ricardo; ZAMBONI, Rafael Régis; MARQUES, Ana Flávia. Darwinismo – Evolução de Charles Darwin. Disponível em:< http://www.coladaweb.com/biologia/evolucao/evolucao-de-charles-darwin>. Acesso em 06 dez. 2016. TIDON, Rosana. A teoria evolutiva de Lamarck. Genética na Escola, Vol. 9, Nº 1, 2014. Disponível em: < http://www.biologia.bio.br/curso/Introdu%C3%A7%C3%A3o %20%C3%A0%20Biologia%20Evolutiva/A%20teoria%20evolutiva%20de%20Lamarck_RevtaGenEsc_9_01_Art08.pdf>. Acesso em 06 dez. 2016. VIEIRA, Lia. Teoria de Lamarck. 2015. Disponível em: <http://www.estudofacil. com.br/teoria-de-lamarck-evolucao-transformacao-e-comparacao-a-darwin/>. Acesso em 14 out. 2016.

RECOMENDAÇÕES METODOLÓGICAS

Esta Unidade Didática procura oferecer aos professores interessados em

utilizar-se deste material, sugestões o trabalho com alunos da 7º ano do Ensino

Fundamental sobre a Evolução Biológica. As sugestões permitem ao professor

compreender como proceder com a realização das atividades em sala de aula com a

indicação dos materiais que podem ser utilizados.

As aulas fundamentaram-se nas Ilhas Interdisciplinares de Racionalidade

para uma adequada organização do conhecimento científico, possibilitando ao aluno

pensar, ler e interpretar visando aprimorar seus conhecimentos. O professor deve

adotar uma postura autônoma para a tomada de decisões durante a prática

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pedagógica de forma que possa contribuir com o desenvolvimento cognitivo dos

estudantes. Deve ainda, levar em consideração as particularidades de cada aluno,

da turma, do contexto escolar e comunitário onde será desenvolvido. Isso denota

que, eventualmente, o material poderá e deverá sofrer adaptações.

As atividades planejadas para o tratamento da temática apresentam histórias

em quadrinhos, leituras, vídeos, pesquisas, discussões, análises e jogo

proporcionando aprendizagem interessante e desafiadora. As ações pedagógicas

foram desenvolvidas procurando dar ao aluno a oportunidade de participar

ativamente da aula, propiciando abordagem criativa, inovadora e visando como

resultado a aprendizagem significativa e o entendimento de que o ser humano

sempre respostas para a origem da vida e sua evolução.

Os questionamentos acerca do confrontamento entre ciência e religião

poderão surgir, devendo ser consideradas como parte do processo de formação das

crenças dos estudantes, as quais baseiam a construção e manutenção de suas

convicções. Os confrontos devem ser momentos de interação e ampliação da visão

crítica, com a finalidade de esclarecer questões e opiniões diferenciadas sobre o

surgimento da vida e da evolução das espécies, necessariamente pautados no

respeito às crenças de cada indivíduo.

A avaliação poderá ser realizada de maneira contínua e sistemática pela

interpretação qualitativa do conhecimento demonstrado pelo aluno, possibilitando

conhecer o quanto ele se aproxima da expectativa de aprendizagem, buscando

alcançar uma visão mais crítica da ciência e maior entendimento às explicações

científicas.

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ANEXOS

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ORIENTAÇÕES PARA CONFECÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO JOGO DA

TRILHA DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA

Objetivos do Jogo:

O jogo foi adaptado de Barbosa et al. (2012) e consiste num jogo de

perguntas e repostas sobre o tema ―Evolução‖ e pode ser jogado por até 6 pessoas.

Existem 2 modelos de cartas diferenciadas, as cartas chamadas simples e as cartas

coringas, que possuem diferentes funções no jogo. As questões presentes nos dois

modelos de cartas foram elaboradas a partir dos livros didáticos de biologia. Todas

as questões presentes nas cartas eram do tipo ―verdadeiro‖ ou ―falso‖.

O objetivo do jogo é ser o primeiro jogador a atingir o fim, movendo-se pelo

tabuleiro.

Materiais necessários:

Os materiais utilizados foram: cartolina, papel ofício e pincel. Ele é composto

de um tabuleiro, 26 cartas simples e 10 cartas coringas, 2 dados e 6 pinos de cores

diferenciadas. As cartas apresentam dois modelos: as cartas simples e as cartas

coringas. Ambas possuem diferentes funções no jogo.

As questões presentes nos dois modelos de cartas foram elaboradas a partir

de pesquisas em livros didáticos de biologia. Todas as questões presentes nas

cartas eram do tipo ―verdadeiro‖ ou ―falso‖. (BARBOSA et al., 2012)

A cartolina será utilizada para a confecção do tabuleiro com desenho da trilha

conforme o modelo de Barbosa et al. (2012), composto de 40 casas e com

demarcações em 5 casas, sendo estas as casas: 6, 12, 17, 24 e 34, nas quais serão

realizadas as perguntas,

Como jogar:

Cada jogador recebe um peão de uma cor. Para iniciar o jogo, os jogadores

rolam o dado de seis faces para decidir a ordem. A pessoa que tirar o maior número

começa primeiro, a que tirar o segundo maior número, joga em segundo e assim por

diante.

Seguindo a ordem definida anteriormente, o primeiro jogador que tirar 1 no

dado entra no tabuleiro (algumas vezes, usa-se o número 6). Cada jogador

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subsequente precisa tirar 1 (ou 6) para poder entrar no tabuleiro também. Após

entrar no tabuleiro, o jogador deverá lançar o dado novamente para saber quantos

quadrados poderá percorrer inicialmente. Posicione o peão no quadrado apropriado.

Cada jogador só poderá rolar o dado uma vez em seu turno.

Se um jogador parar nas casas 6, 12, 17, 24 ou 34, este deverá responder a

uma questão sobre a temática Evolução Biológica, sorteada pelos colegas. Se

acertar, tem o direito de jogar novamente e, caso errar a questão, volta para o início

do jogo. Vence o jogador que chegar com seu peão ao final da trilha por primeiro.

Modelo das cartas:

Cartas Simples

- A lei do uso e desuso e a transmissão das características adquiridas

caracterizam o lamarckismo. (VERDADEIRO)

- ―O gafanhoto é verde porque vive na grama.‖ Esta afirmação é de Lamarck.

(VERDADEIRO)

- Analogia se refere a característica de função similar, mas de origem

diferente. (VERDADEIRO)

- Entre os agentes de evolução dos organismos estão o acasalamento não-

aleatório e a seleção natural. (VERDADEIRO)

- Os menos adaptados têm maior probabilidade de sofrer mutações. (Darwin)

(VERDADEIRO)

- O fixismo tem origem na América, com os pensamentos de Platão e

Aristóteles (FALSO)

- No curso de muitos milênios, as variações levaram à criação de espécies

essencialmente novas. (VERDADEIRO)

- Todos os organismos tem potencialidade para aumentar em progressão

geométrica; entretanto, em cada geração, o número de indivíduos de uma espécie

continua constante (VERDADEIRO)

- Há variação em todas as espécies, isto é, dentro de uma mesma espécie, os

indivíduos são diferentes entre si. (VERDADEIRO)

- Variações favoráveis são transmitidas para os descendentes e, acumulando-

se com o tempo, dão origem a diferenças notáveis que passam a constituir novas

espécies. (VERDADEIRO)

- Lamarck desenvolveu estudos e pesquisa com 13 espécies de pássaros

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e tentilhões (FALSO)

- Órgãos pouco utilizados desaparecem durante o ciclo de vida de um

organismo. (FALSO)

- Órgãos muito utilizados se desenvolvem e permanecem na população ao

longo da evolução (VERDADEIRO)

- Caracteres adquiridos no ciclo de vida são repassados aos descendentes

formando novas espécies. (FALSO)

- As mutações são responsáveis pelo surgimento de estruturas ou órgãos,

formando novas espécies. (FALSO)

- A mutação produz variabilidade genética (VERDADEIRO)

- As asas dos insetos, aves e morcegos são estruturas com semelhança

interna, o que indica parentesco evolutivo (FALSO)

- A seleção natural só ocorre se houver variabilidade genética

(VERDADEIRO)

- As mudanças ambientais provocam modificações nas necessidades dos

organismos, fazendo com que novas características surjam. Estas características

adaptativas são, portanto, controladas unicamente pelo ambiente. (FALSO)

- Os mamíferos, nas espécies arborícolas, corredoras, escavadoras,

nadadoras e voadoras, são um exemplo de irradiação adaptativa. (VERDADEIRO)

- Entende-se por adaptação o conjunto de características de uma espécie que

contribuem para sua sobrevivência e reprodução num determinado ambiente.

(VERDADEIRO)

- Segundo Lamarck o princípio evolutivo está baseado na lei do uso e desuso

e no mutacionismo. (FALSO)

- Para Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio teriam maiores

chances de sobrevivência. (VERDADEIRO)

- A teoria sintética da evolução considera a seleção natural, a mutação e a

migração atuando nas populações.(VERDADEIRO)

- Em populações naturais, há indivíduos que possuem maior sucesso

reprodutivo e de sobrevivência, principalmente por apresentarem características

adaptativas, que são selecionadas pela seleção natural. (VERDADEIRO)

- A diferença conceitual entre a teoria de Lamarck e a de Darwin diz respeito à

função do ambiente. (VERDADEIRO)

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Cartas Coringas

- Organismos mais adaptados ao meio sobrevivem, enquanto os menos aptos

são extintos. (FALSO)

- Darwin tomou como exemplos de adaptação os pássaros fringilídeos da ilha

de Galápagos. (VERDADEIRO)

- As aves pernaltas são exemplos da Lei do desuso de Jean Lamarck.

(VERDADEIRO)

- No fixismo acreditava-se que as espécies eram mutáveis. (FALSO)

- Os organismos que apresentam variações favoráveis conseguem sobreviver

e reproduzir-se, mas uma grande parte dos organismos com variações

desfavoráveis pode morrer. (VERDADEIRO)

- Os seres vivos são imutáveis, e isso significa que seus descendentes

mantêm suas características por várias gerações. (FALSO)

- Os seres vivos mais adaptados apresentam maiores chances de

sobrevivência e reprodução, passando aos descendentes suas características

vantajosas. (VERDADEIRO)

- A adaptação resulta da interação dos organismos com o ambiente, sendo

que características adquiridas durante a vida dos organismos são transmitidas para

as gerações seguintes. (FALSO)

- As características de um organismo variam de acordo com sua utilização, ou

seja, certos órgãos corporais quando muito utilizados, desenvolvem-se, e quando

pouco utilizados, atrofiam-se. (FALSO)

- Se em cada geração é produzido um número maior de descendentes em

relação aos descendentes se o numero permanece constante, deve-se concluir que

há competição pelo alimento, água, luz, temperatura e outros fatores do ambiente.

(VERDADEIRO).