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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016
Título: CHARGES: FORMANDO LEITORES CRÍTICOS
Autor: Marisane Lopedote
Disciplina/Área: Língua Portuguesa
Escola de Implementação do Projeto e sua localização:
Colégio Estadual São Cristóvão
Município da escola: União da Vitória
Núcleo Regional de Educação: União da Vitória
Professor Orientador: Karim Siebeneicher Brito
Instituição de Ensino Superior: UNESPAR – Campus de União da Vitória
Relação Interdisciplinar: Disciplina de Arte
Resumo:
Sendo um dos desafios do ensino de Língua Portuguesa a formação de leitores críticos, esta produção busca explorar, através da sistematização de uma sequência didática, o potencial do gênero charge, contraposto ao cartum e outros a ele vinculados, como a notícia, textos de opinião e outros, como caminho para a prática leitora significativa na escola. Esses gêneros textuais são promissores para a ampliação dos níveis de leitura, uma vez que o trabalho com a leitura e a integração de mídias diversas, seja em meios de comunicação eletrônica, televisa ou impressa, tornam a aprendizagem significativa, e oportunizam o desenvolvimento do senso crítico, objetivo principal deste trabalho, ampliando o universo leitor do aluno e sua possibilidade de atuação no meio em que vive. Como fundamentação teórica para este trabalho, consideraram-se as recomendações das Diretrizes Curriculares da Educação Básica (Paraná, 2008) e teóricos como Bakhtin (1997), Marcuschi (2002), Rojo (2005), Rodrigues (2005) e Bonini (2001), entre outros.
Palavras-chave: Leitura – Gênero Textual – Charge – Mídias – Formação do leitor
Formato do Material Didático: Unidade didática
Público: Nono ano do Ensino Fundamental
APRESENTAÇÃO
Entre todas as habilidades humanas existentes, a leitura é uma das mais
importantes para se viver em sociedade. Saber ler é uma ação fundamental, pois muito
depende dela: a língua e seu domínio sobre ela é instrumento de poder ou de alienação.
A diversidade dos gêneros textuais que circunda a vida em sociedade contempla
uma enorme variedade de discursos; para cada texto há uma especificidade para fazer a
sua leitura e, como escrito nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica (PARANÁ,
2008, p.55), “no processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto
maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se
tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo”.
A charge é um gênero textual atual em consonância com acontecimentos do
momento, criticando com humor e irreverência um fato em evidência. Os cartuns são
atemporais, mas também criticam acontecimentos da sociedade, associando as
linguagens verbal e não verbal; com recursos estilísticos e humorísticos, tornam-se textos
atrativos para os jovens estudantes, que são instigados por esse gênero a ter prazer em
pensar, interrogar, criticar; enfim: ler e posicionar-se diante da realidade que os cerca.
OBJETIVO GERAL
Promover a formação de leitores desenvolvendo habilidades de leitura do gênero
de texto charge.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Verificar o que os alunos sabem sobre o gênero de texto charge e as
particularidades inerentes a ele;
Averiguar a capacidade de análise de charges através de atividades com textos do
gênero;
Mostrar a importância da leitura e conhecimento de atualidades para a
compreensão de texto;
Navegar em sítios de jornais virtuais utilizando o laboratório de informática;
Apresentar o jornal impresso e seus cadernos;
Assistir a noticiários televisivos;
Comparar jornais impressos/televisivos/virtuais;
Incentivar a leitura de notícias em meios midiáticos;
Comparar notícias veiculadas;
Desenvolver estratégias de leitura integrando as linguagens verbal e não-verbal;
Explicar os recursos como o humor, a ironia e outras figuras de linguagem,
encontradas nas charges apresentadas;
Associar charges e notícias;
Buscar a intertextualidade presente nos textos;
Mostrar a crítica presente nos textos;
Ler charges;
Produzir charges;
Expor as produções para a comunidade escolar;
Utilização do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores – LIFE - no
campus da UNESPAR de União da Vitória.
O GÊNERO TEXTUAL CHARGE
Segundo Bonini (2011), o estudo de gêneros jornalísticos e de outros meios de
comunicação de massa apresenta importante relevância social, principalmente na
formação de um cidadão crítico e com habilidades de atuação na sociedade; a charge,
como um gênero bastante presente nesses meios de comunicação, tem papel importante
nas reflexões das manifestações sociais presentes no cotidiano.
O gênero charge integra as duas linguagens – a verbal e a não verbal. A produção
de sentido se faz na oscilação entre o já dito e o não dito; possui tom humorístico e crítico
e é dotado de grande criatividade e com foco em temas atuais. Os personagens, na
maioria das vezes, são caricatos. Podem retratar diversos temas, como, por exemplo,
assuntos cotidianos, política, futebol, economia, ciência, relacionamentos, artes,
consumo, entre outros.
As charges costumam ser encontradas em jornais, revistas, livros e na internet. Já
existem vários sites especializados em apresentar charges, por exemplo,
www.acharge.com.br; neste ficam online em torno de 50 chargistas, os textos ficam 24
horas no ar e depois saem para dar lugar a outros dos mesmos autores. A exemplo de
outros gêneros, a charge ganhou uma versão eletrônica; elas são animadas e elaboradas
em linguagem flash. Exemplos delas encontram-se armazenados em:
www.charges.com.br, em que o cartunista Maurício Ricardo expõe seus magníficos
trabalhos.
A charge eletrônica animada usa efeitos visuais de animação e efeitos sonoros.
Possui as mesmas características da charge convencional, porém torna-se mais interativa
e até mais divertida, pois ao retratar as personagens nela são simuladas características
reais do personagem, como as vozes, e se houver gestos estes são igualmente
representados. Músicas e efeitos sonoros são utilizados e a animação auxilia o
espectador a compreender melhor os acontecimentos. Ainda assim, é necessário fazer a
leitura nas entrelinhas da charge, pois a charge animada requer do espectador
conhecimento sobre o fato político/social a que o texto faz analogia.
Ela não se limita a ironizar, mas acrescenta o cômico produzido pela deformação
da imagem; a crítica leva o leitor a posicionar-se acerca de um determinado aspecto da
realidade. Sendo assim, a construção do sentido se dá através de inferências a partir da
relação entre a imagem que vê e a lembrança do fato que ela referencia. Para
compreender, o leitor deverá saber o fato que originou a charge e seu contexto e
circunstâncias históricas, políticas, ideológicas e sociais.
O leitor proficiente é capaz de perceber e relacionar as marcas deixadas
pelo autor para chegar à formulação das ideias e concepções. As marcas
encontram-se no texto de maneira intertextual referentes às leituras que o indivíduo
tem. Assim sendo, a interpretação passa também pelos modelos prévios de mundo
que o leitor conhece. Ele deve ler a charge como portadora de uma intenção
comunicativa.
METODOLOGIA
PROPOSIÇÃO DE ATIVIDADES DE LEITURA COM O GÊNERO CHARGE
Fazer um diagnóstico inicial com averiguação de conhecimentos sobre o gênero de
texto e interpretação de charges;
Aula expositiva sobre o gênero charge e suas características com os alunos,
manuseando e opinando sobre o material exposto;
Apresentar o jornal impresso e seus cadernos (Gazeta do Povo x Jornal local);
Assistir a noticiários televisivos;
Incentivar a leitura de notícias em meios midiáticos;
Comparar notícias veiculadas;
Navegar em sites de jornais virtuais utilizando o laboratório de informática;
Comparar jornais impressos/televisivos/virtuais;
Apresentar diversas charges e discutir sobre cada uma delas;
Desenvolver a leitura integrando as linguagens verbal e não verbal;
Explicar os recursos como o humor, ironia e outras figuras de linguagem,
encontrados nas charges apresentadas;
Mostrar a crítica presente nos textos;
Assistir a charges animadas.
Atividade 01– Diagnóstico inicial com os alunos sobre gêneros textuais
Profess@r! O trabalho com Gêneros Textuais requer que tenhamos um ponto de partida. Para organizarmos a sequência didática de ações, precisamos estar cientes daquilo que nossos alunos já sabem, valorizando assim o conhecimento que possuem e evitando repetições desnecessárias. No primeiro momento, deve-se apresentar a proposta e o tema aos alunos (sem muitos detalhes, para não interferir na pesquisa inicial); em seguida faremos uma averiguação sobre os gêneros charge x cartum x caricatura X história em quadrinhos: imprima a pesquisa abaixo para que esta ação fique registrada, pois para finalizar a sequência didática voltaremos à situação inicial.
Caso queira pode suprimir ou aumentar questões que julgar relevantes para a realidade de sua escola. A atividade poderá ser realizada de forma oral, no entanto nesse caso os resultados não poderão ser analisados.
Queridos alunos, faremos através desta pesquisa um diagnóstico de
seus conhecimentos sobre o conteúdo que será trabalhado durante as
próximas aulas, e suas respostas são muito importantes. Responda cada
uma delas com a máxima atenção e sinceridade. Este passo é
necessário para que as atividades das próximas aulas sejam
direcionadas de forma a acrescentar conhecimento e reflexões ao que você já sabe!!
1. O que diferencia estes quatro gêneros de texto? Você sabe dizer o que são:
uma charge, um cartum, uma caricatura e uma história em quadrinhos?
( ) Sim. Sei a diferença entre todos eles.
( ) Sei a diferença entre alguns deles. (Quais?) _____________________
( ) Não sei a diferença entre eles.
2. Onde podemos encontrar textos como esses? Cite os meios que você lembrar.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3. Você já trabalhou nas aulas de Língua Portuguesa com charges e cartuns?
( ) Muitas vezes.
( ) Algumas vezes.
( ) Poucas vezes.
( ) Nunca trabalhei.
( ) Somente em outras disciplinas.
4. Você gosta de ver/ler esses tipos de textos? Sempre consegue entender bem o que
eles dizem? Por quê?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
5. Assinale as alternativas que você considera verdadeiras:
( ) Caricatura: desenho que exagera características físicas e psicológicas de
forma a trazer humor.
( ) O cartum é um texto que traz linguagem verbal e não verbal.
( ) A charge não é um texto crítico e sim um texto de humor.
( ) A charge SEMPRE tem como tema assuntos relacionados com fatos que
ocorreram e notícias.
( ) O cartum SEMPRE está relacionado com alguma notícia veiculada na mídia.
( ) As histórias em quadrinhos (HQs) são um tipo de arte feita por artistas com
talento muito especial, pois misturam texto e desenho de maneira única.
6. Você já criou uma charge alguma vez? Quando foi? Teve dificuldade? Qual?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
7. Você tem contato com jornal impresso? Qual? Com que frequência?
______________________________________________________________
8. Você gosta de assistir a programas de notícias? Por quê? Quais? Quantas vezes
por semana assiste?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
9. Os assuntos relacionados com as atualidades do Brasil e do mundo são do seu
interesse? Por quê?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
10. Quantas horas por dia você permanece conectado à internet?
___________________________________________________________
11. O que você costuma fazer na internet? Enumere, colocando o número 1 para a
atividade com que que mais utiliza seu tempo :
( ) Snapchat
( ) Jogos online
( ) Pesquisa sobre diversos temas
( ) Leitura de notícias e atualidades
( ) Outro. Qual? ___________________
( ) Outro. Qual? ___________________
12. Você gosta de ler e ouvir sobre assuntos políticos e relacionados à sociedade? Por
quê?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
13. Você gosta de ler? Acha importante a leitura para sua vida? Que tipo de leituras
costuma fazer?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Identifique-se, pois ao final do trabalho, retomaremos essas questões:
Alun@: ___________________________________ Nº_____ Série: ________
Profess@r! É de suma importância que os alunos acompanhem noticiários e façam a
leitura de jornais para que as próximas aulas tenham o aproveitamento desejado.
Solicite aos alunos que acompanhem ao menos um noticiário por dia para
manterem-se informados sobre as atualidades no período.
Atividade 02– Charge? Cartum? História em Quadrinhos? Vamos conhecer?
Profess@r! Nesta atividade os alunos deverão analisar e perceber as diferenças entre os textos, que apesar de serem sobre o mesmo tema, são de gêneros diferentes. Deixe um espaço de tempo para que eles olhem as imagens e percebam as diferenças antes de iniciar os questionamentos, que nesta atividade poderão ser orais ou escritos.
As imagens desta atividade podem ser projetadas na TV pendrive ou utilizando o
projetor.
Observe atentamente as três imagens do quadro abaixo:
1. Você conhece esses gêneros de texto?
2. Você sabe o que é um gênero textual? Cite exemplos.
3. Em que eles se parecem?
4. Em que são diferentes?
5. Todos estão tratando do mesmo assunto? Qual?
6. Qual das imagens foi mais fácil de compreender? Por quê?
7. É possível afirmar que alguma imagem está relacionada a uma notícia?
8. O que levou você a concluir isso?
9. Os textos fazem crítica a alguma situação de nossa sociedade? Qual?
10. Qual desses textos podemos dizer que é uma tirinha?
11. Qual deles pode ser um cartum?
12. Qual seria uma charge?
a tirinha de Maurício de Souza, intitulada “O desmatamento e o progresso”,
apresenta-se uma crítica à noção de progresso vinculada ao sentido que a
palavra ocupa no dicionário. Assinale a alternativa que está de acordo com o
sentido adquirido pela palavra PROGRESSO no terceiro quadro da tirinha:
a) A ideia de sustentabilidade e suas consequências;
b) O conceito de expansão florestal desordenada;
c) A adoção continuada do reflorestamento progressivo;
d) A ausência de uma política de desenvolvimento sustentável;
e) O ideário de que a vegetação resiste ao avanço das atividades humanas;
Profess@r! Na tirinha apresentada, o efeito humorístico apresenta-se mediante a quebra de expectativa sobre como o ser humano denomina o processo de desmatamento: “progresso”. Nesse caso, há uma crítica de como o ser humano ataca o meio ambiente sem a preocupação de preservá-lo para as gerações futuras, ideário que se associa ao conceito de desenvolvimento sustentável. Alternativa correta: letra D
Neste momento pode-se falar com os alunos sobre o que é desenvolvimento sustentável. Além
disso, uma conversa com o professor de Geografia proporcionaria a interdisciplinaridade.
N
a charge “A Amazônia tem aumento de 16% no desmatamento”, o que
provoca o efeito de humor no texto? Responda em seu caderno.
Observe a fala do personagem: “Aqui não tem crise! Nóis trabalha todos os
dias!”
1. A que tipo de crise o trabalhador se refere?
2. Qual palavra nesta fala nos mostra que o trabalhador não possui domínio da
forma privilegiada de uso de linguagem?
3. Quais outros elementos temos nesse texto que nos permite
construir uma identidade para o personagem?
4. Trace um perfil para o personagem do texto.
Profess@r! Os alunos devem perceber que a crise relacionada à falta de empregos para os brasileiros está sendo diminuída por outra crise, tão ruim ou até pior; ao minimizar-se um problema social como o desemprego, que fere uma parte da sociedade, aumenta-se o prejuízo com relação ao ambiente, o que afeta a todos. Quanto ao perfil do personagem, os alunos devem perceber que além de falar uma norma menos prestigiada, o serviço é braçal; pode-se concluir baixa escolaridade. Além disso, o personagem só está pensando na “sua” crise de trabalho, que está resolvida. A falta de cuidados com a barba, roupas simples, saber manusear a motosserra indicam que o personagem trabalha para alguém que está tendo os lucros provenientes desta ação contra a natureza, outras possibilidades podem aparecer durante a discussão.
o cartum “Desmatamento” de Jarbas Domingos de Lira Júnior, não encontramos a
presença de palavras. Dizemos que esse texto é um texto de linguagem não verbal.
Analise o cartum e responda em seu caderno:
1. É possível entender a crítica presente nessa imagem?
2. A falta de palavras prejudica o entendimento da mensagem?
3. Qual é a mensagem presente nesse cartum? (Não é possível ler todas as perguntas.)
4. Quais elementos visuais estão
5. associados à destruição?
6. Se a figura da morte fosse substituída
por outro homem cortando árvores a
mensagem seria a mesma? Por quê?
7. A escolha das cores usadas nesta
imagem estão associadas à
mensagem? De que forma?
N
N
Linguagem verbal é uso da escrita ou da fala como meio de comunicação. Linguagem não verbal é o uso de imagens, figuras, desenhos, símbolos, dança, tom de voz, postura corporal, pintura, música, mímica, escultura e gestos como meio de comunicação. É possível entender a mensagem de todos os textos ao lado? Alguns textos misturam essas duas linguagens.
Leia a notícia escrita pela jornalista Giovana Girardi para o Jornal
Estado de São Paulo em 26 de novembro de 2015.
Desmatamento na Amazônia aumenta 16% em um ano
Perda florestal foi de 5.831 km² ante 5.012 km² no ano anterior; aumento se concentrou
em Rondônia, Mato Grosso e Amazonas
Aumento da perda florestal se concentrou em três Estados: Rondônia, Mato Grosso e Amazonas
Foto: HERTON ESCOBAR/AE
O desmatamento da Amazônia subiu 16% entre agosto do ano passado e julho
deste ano, na comparação com o período de agosto de 2013 a julho de 2014. Foram
derrubados 5.831 km².
O anúncio foi feito no início da noite desta quinta-feira, 26, pela ministra do Meio
Ambiente, Izabella Teixeira, a partir de dados do Prodes, o sistema de monitoramento por
satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fornece a taxa oficial de
desmatamento no ano. De 2013 para 2014, a perda da floresta tinha sido de 5.012 km².
Izabella tentou minimizar o aumento durante a apresentação dos dados, ao dizer
que ele é o terceiro menor da história, atrás da taxa de 2012 (4.571 km²) e de 2014.
Depois de ter obtido uma queda de 80% no desmatamento em 10 anos, as ações do
governo não têm conseguido baixar o corte raso dessa faixa em torno de 5.000 km², o
que ameaça o cumprimento da meta, estabelecida para 2020, de baixar o desmatamento
a 3.925 km².
Segundo a ministra, o aumento da perda florestal se concentrou em três Estados:
Rondônia, Mato Grosso e Amazonas. Nos demais, houve queda. Amazonas teve a maior
alta: 54% (de 684 km² para 963 km²). O Mato Grosso teve a maior perda absoluta: 1.508
km², um aumento de 40% em relação aos 1.075 km² do ano anterior. “É de se estranhar,
porque lá a maioria das propriedades são privadas e é onde há o maior comprometimento
com o Cadastro Ambiental Rural. Parece que resolveram fazer desmatamento em série
em várias áreas simultaneamente”, diz.
Grandes polígonos. A ministra explica que neste ano os desmatadores mudaram o perfil
de ação: voltaram a ocorrer grandes cortes rasos, em que se derrubam mais de mil
hectares. Nos últimos anos, as perdas de pequenas proporções eram as que vinham
ocorrendo de forma mais destacada. Fato que era justificado pelo Ibama como sendo um
complicador para a fiscalização. “Trabalhei muito para que isso não acontecesse.
Oscilações são esperadas, mas nos surpreende porque neste ano houve aumento do
esforço de fiscalização, aumentamos o contingente do Ibama e da Força Nacional. Não
houve restrição orçamentária para a fiscalização”, afirma Izabella.
Segundo ela, o crescimento no Amazonas, Mato Grosso e Rondônia também é
preocupante porque os três receberam juntos R$ 220 milhões do Fundo Amazônia para
fazer ações de combate ao desmatamento. “Me frustra muito que os Estados não
cumpriram os compromissos que assumiram comigo. Amanhã vou notificar todos os
Estados para saber o que está acontecendo”, diz.
O desmatamento da Amazônia é, historicamente, o principal emissor de gases de
efeito estufa no Brasil. Como contribuição à Conferência do Clima de Paris, que começa
na próxima segunda-feira, o governo assumiu como meta zerar o desmatamento ilegal no
bioma até 2030. Pelo Código Florestal, proprietários de terra na Amazônia podem
derrubar 20% da floresta em suas terras. Izabella se queixou, porém, que os Estados não
informam quanto da perda de floresta atualmente é legal ou ilegal.
http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,desmatamento-na-amazonia-
sobe-16-em-um-ano-e-atinge-5831-km,1802729
Compreendendo o texto:
1. Esta notícia se relaciona com os textos anteriores? Com
algum deles se relaciona de forma mais efetiva?
2. O que dificultou a fiscalização do desmatamento?
3. Levante hipóteses: Por que alguns estados tiveram um
número maior de desmatamento que os outros?
4. Em que o Brasil pode ser prejudicado perante o mundo pela veiculação desses
dados?
5. Que implicação tem o desmatamento da Amazônia no meio ambiente?
Figuras de linguagem: ironia
A ironia é a figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão de forma que ela tenha um sentido diferente do habitual e produza um humor sutil. Para que a ironia funcione, esse jogo com as palavras deve ser feito com elegância, de uma maneira que não deixe transparecer imediatamente a intenção. A ironia deve estimular o raciocínio, deve fazer o leitor (ou ouvinte) considerar os diversos sentidos possíveis que uma determinada palavra ou expressão pode ter, até encontrar aquele que se encaixa na mensagem produzindo um significado inusitado.
Frequentemente, esse jogo é feito utilizando-se uma palavra quando na verdade se quer dizer o oposto dela, mas vale lembrar que nem só de oposições se constroem as ironias. Às vezes, o sentido real do que se diz não é exatamente o oposto, mas é diferente, e isso basta para tornar a sentença irônica. Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.
Figuras de linguagem: metáfora
A palavra metáfora tem origem no grego. Vem de metaphora, que significa “transferência”. Por sua vez, metaphoraé deriva de metapherein, palavra que significa “trocar de lugar”, e é composta por meta (“sobre” ou “além”) e pherein(“levar”, “transportar”).
Como sua própria etimologia já indica, a metáfora é a figura de linguagem que transporta a palavra (ou expressão) do seu sentido literal para o sentido figurado. Trata-se de uma comparação que é expressa sem os termos que caracterizam uma comparação. Na metáfora, utiliza-se uma palavra com a intenção de que um sentido implícito nela se destaque e conduza a interpretação do que está sendo dito.
Funciona assim: a comparação “o motorista é lento como uma lesma” torna-se uma metáfora se retirarmos o termo comparativo “lento como”. A frase fica “o motorista é uma lesma”. A palavra “lesma”, que no sentido literal designa o molusco, empresta à frase o sentido figurado de lentidão. Sabemos que não é uma lesma que está ao volante, é uma pessoa, mas ela dirige tão devagar quanto uma lesma se
move, e isso permite a criação da metáfora. Eu não recuso doces, sou uma formiga. A pessoa gosta tanto de doces que compara seu paladar ao de uma formiga, e faz isso dizendo que
ela é o inseto.
A IRONIA E A METÁFORA SÃO AS PRINCIPAIS FIGURAS DE LINGUAGEM UTILIZADAS NAS CHARGES.
OBSERVE A PRESENÇA DELAS NAS IMAGENS QUE SERÃO TRABALHADAS.
Atividade 03 - Comparando o jornal impresso x jornal televisivo x jornal
eletrônico x jornal no rádio
Profess@r. Para esta atividade será necessário utilizar o laboratório de informática de sua escola. Será necessário também ter em mãos 5 exemplares impressos do Jornal Gazeta do Povo ou mais, uma unidade para 4 ou 5 alunos. Capriche nesta sequência, ela é muito importante para o sucesso do projeto.
Passo a passo: 1º Momento – Jornal impresso
1. Divida os alunos em grupos e deixe 1 exemplar do jornal com cada grupo de 4 ou 5 alunos; peça que ainda não o abram para não misturar as páginas e assim dificultar o trabalho;
2. Apresente aos alunos os elementos da primeira página do jornal, como a edição, tiragem, data, e outras informações presentes na primeira folha, como a notícia escolhida por ser a capa do dia e a importância que ela tem para o momento;
3. Mostre que na capa estão as chamadas para as notícias presentes nos cadernos; 4. Leia as manchetes com eles e juntos selecionem uma delas para procurar no
caderno e ver como se apresenta dentro do jornal; 5. Explique que o jornal é um suporte de vários gêneros textuais, mostre os gêneros
jornalísticos que encontrar; não deixe de citar o editorial e o que ele representa, as notícias, charges, previsões meteorológicas, propagandas e outros.
6. Verifique se possuem acesso a este tipo de leitura. 2º Momento: Jornal eletrônico (no laboratório de informática)
1. Peça aos alunos que acessem o site do Jornal Gazeta do Povo; 2. Mostre a eles que os cadernos também existem, porém dispostos em abas de
navegação; 3. Fale da presença dos hyperlinks que tornam o jornal eletrônico muito mais
dinâmico que o impresso, faça com que percebam que clicar nos links é muito mais rápido que abrir um caderno impresso;
4. Observem as cores diferentes das manchetes, separadas por assunto, referentes aos cadernos do jornal impresso;
5. Peça que observem as propagandas, como são diferentes por possuírem movimento e sons;
6. Procure os gêneros textuais suportados pelo jornal eletrônico; 7. Acessem o arquivo de charges, verifiquem se entendem do que estas tratam, a que
notícias se relacionam; 8. Trace um comparativo com o jornal impresso, semelhanças e diferenças, veja qual
preferem e o porquê; 9. Verifique se acessam notícias quando ficam online e se possuem acesso a este
tipo de jornal; 10. Naveguem por outros sítios, como o G1 e o Diário Catarinense, observando a
disposição dos outros jornais, em que se assemelham e o que têm de diferente.
3º Momento: Jornal televisivo
1. Faça uma enquete com os alunos, se assistem a jornais, com que frequência, e qual é o seu preferido;
2. Faça um apanhado oralmente sobre as últimas noticias a que assistiram; 3. Pergunte se existem charges na TV (provavelmente vão lembrar-se das charges
animadas do Maurício Ricardo); 4. Compare o jornal televisivo com os outros já estudados, listem as características
deles; 5. Fale sobre os meios de comunicação de massa e por que a televisão é chamada
assim, da passividade do telespectador diante da TV, da invasão ao mundo do telespectador, que mesmo sem estar parado assistindo, acaba ouvindo e ficando por dentro dos fatos que viraram notícia;
6. Questione as “verdades” transmitidas por esta ou aquela emissora, o dinheiro pago para manipular a mídia e o poder que esta tem por atingir a maior parte da população, até os que não sabem ler e/ou não têm acesso à internet.
4º Momento: Jornal radiofônico
1. Verifique se os alunos ouvem notícias no rádio; 2. Que tipo de notícias (geralmente notícias locais)?; 3. Observe que é totalmente auditivo e não tem a ajuda da imagem para passar a
notícia; 4. Compare com outras formas já vistas de jornal.
Profess@r, pergunte aos alunos que outros meios são usados atualmente para
veicular notícias; ainda podem ser citados o Facebook, Twitter e o WhatsApp, pois apesar
de não ser o objetivo principal desses, os aplicativos e redes sociais hoje também são
meios de comunicação e veiculam notícias.
Atividade 04 – CARICATURA X CHARGE X CARTUM
CARICATURA X CHARGE X CARTUM
A caricatura pessoal é uma das formas de expressão
caricatural e se utiliza do exagero em determinadas características
físicas da pessoa. É mais comum vermos o emprego do exagero
nos traços da fisionomia da pessoa caricaturada, mas pode-se
eleger qualquer parte do corpo, bem como trejeitos para serem
destacados no desenho. É muito importante exagerar, mas sem
esquecer-se de manter traços característicos que identifiquem a
pessoa caricaturada.
A charge e o cartum são outras duas formas de manifestação caricatural, porém o
foco principal nesses casos é uma situação ou um determinado fato ocorrido. A diferença
entre a charge e o cartum é que a primeira relata um fato ocorrido em uma época
definida, dentro de um determinado contexto cultural, econômico e social específico e que
depende do conhecimento desses fatores para ser entendida. Fora desse contexto ela
provavelmente perderá sua força comunicativa, portanto é perecível. Justamente por
conta desta característica, a charge tem um papel importantíssimo como registro histórico.
Já o cartum, ao contrário da charge, relata um fato universal que não depende do
contexto específico de uma época ou cultura, sendo assim atemporal. Temas universais
como o ambiente, a pobreza, a educação, a saúde, a guerra, o bem x mau são
frequentemente explorados em cartuns. São temas que podem ser entendidos em
qualquer parte do mundo por diferentes culturas em diferentes épocas. É comum vermos
a ausência de textos em cartuns. São os chamados cartuns pantomímicos ou cartuns
mudos onde a ideia é representada somente pela expressão dos personagens no
desenho sem que seja necessário o emprego de texto como suporte.
Aliando linguagem verbal e não verbal, as charges são mais que piadas gráficas
permeadas pelo humor e por uma fina ironia. São textos que podem ser usados para
denunciar e criticar as mais diversas situações do cotidiano relacionadas com a política e
a sociedade. Como prova de sua relevância, estão cada vez mais presentes nas provas
de concursos e vestibulares, quando o candidato tem sua habilidade de interpretação de
texto colocada em análise. É um agente transformador da realidade demonstrando com
humor os problemas, objetivando gerar discussões e debates.
Quando surgiu?
As charges foram usadas pela primeira vez na Europa, no começo do
século XIX. As pessoas que se opunham ao governo arriscaram-se a
criar essa forma de arte para expressar suas críticas ao governo tirano
e os desmandos cometidos por eles. A prática conquistou a população
e passou a ser disseminada por todo o mundo, sendo até hoje muito
apreciada e utilizada.
Charges no Brasil
No Brasil, muitos chargistas – artistas que criam charges – foram presos na época
da ditadura militar, alvos da censura por fazerem críticas sociais.
Os principais criadores de charge no Brasil são: Laerte Coutinho, Millôr Fernandes,
Angeli, Henfil, Jaguar, Ziraldo e Carlos Latuff, havendo ainda muitos outros.
A primeira charge do Brasil data de 1837, poucos anos após a independência do
país. A arte, intitulada A Campanha e o Sujo, circulou por 160 réis nas ruas do Rio de
Janeiro sem assinatura do autor. Tratava-se, na época, de uma sátira ao assunto tratado
pelo jornalista Justiciano José da Rocha. Este denunciava as propinas recebidas por um
funcionário do governo ligado ao Correio Oficial. Com elementos excessivos e dotados de
muita informação no princípio, o processo das charges foi se aperfeiçoando e chegou a
uma linguagem simples e acessível, sendo o leitor capaz de captar o sentido em
segundos.
Tida por muito tempo como a primeira caricatura brasileira, esta charge foi publicada por Manoel de Araújo Porto Alegre, que também foi poeta e integrante do Romantismo. Satiriza a nomeação do jornalista Justiniano José da Rocha para o cargo de Diretor do Correio Oficial. A legenda começa assim: "Quem quer; Quem quer redigir O Correio Oficial! Paga-se bem. Todos fogem?! Nunca se viu coisa igual." Foi veiculada pelo "Jornal do Commercio" em 14 de dezembro de 1837.
Depois das informações até aqui apresentadas, você consegue
explicar/diferenciar o que é uma charge? O que é um cartum? O que é uma
caricatura?
Atividade 05 – Intertextualidade presente nos gêneros charge e cartum
Você sabia que os textos podem conversar entre si? Sim, isso é possível, e a esse
fenômeno damos o nome de intertextualidade. O diálogo entre dois ou mais textos, que
não precisam ser necessariamente de um mesmo gênero, a intertextualidade, é um
fenômeno que pode manifestar-se de diferentes maneiras. Essa ocorrência pode ser
implícita ou explícita, feita por meio de paródia ou por meio da paráfrase. O que esses
variados tipos têm em comum? Todos eles resgatam referências nos chamados textos-
fonte, que são aqueles textos considerados fundamentais em uma cultura.
Observe a imagem:
O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas do artista norueguês Edvard Munch, a mais célebre das quais datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-sol. O quadro O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista.
Esta é uma das pinturas mais populares de todos os tempos e é uma obra que
revela várias características de Munch: a força expressiva das linhas, redução das formas
e o valor simbólico da cor. Também eram transmitidas nas suas pinturas várias emoções
humanas, visíveis na expressividade forte dos rostos representados. As emoções e
conflitos psicológicos eram frequentemente abordados pelo artista, e por isso ele foi
considerado um precursor do Expressionismo alemão.
As primeiras obras do artista norueguês foram baseadas no trabalho de Vincent
Van Gogh e Paul Gauguin. Edvard Munch pintou quatro versões desta obra, sendo que
atualmente 3 estão em museus, e uma está na posse de um empresário estadunidense,
que comprou o quadro por 119 milhões de dólares, um recorde na venda de obras de
arte.
A primeira versão foi criada em 1893 e pintada a óleo sobre tela, e as outras três
versões foram criadas com outras técnicas até 1910.
O Grito inspirou outras formas de arte, como a saga de filmes "O Grito", onde serial
killers usam máscaras baseadas na expressão do personagem principal do quadro.
Analisando a pintura, é possível ver três pessoas: uma em destaque com uma expressão
de angústia e duas mais ao longe, no fundo de uma ponte. É possível ver o céu pintado
com cores quentes e um lago com cores frias.
Esta obra de arte revela alguém em desespero e se enquadra com o sentimento do
artista, que durante a sua vida enfrentou vários problemas psicológicos e vários conflitos
familiares. As formas distorcidas e a expressão do personagem revelam a dor e as
dificuldades que a vida pode apresentar, causando um grito como forma de expressão
desse sentimento.
Uma entrada no diário de Munch, com a data de 22 de Janeiro de 1892, conta o
episódio em que o artista estava passeando em Oslo perto de um fiorde com dois amigos
e passando por uma ponte, quando sentiu melancolia e ansiedade.
Os Roubos A 12 de fevereiro de 1994, O Grito da Galeria Nacional de Oslo foi roubado em
pleno dia, por um grupo de ladrões. Três meses depois, os assaltantes enviaram um pedido de resgate ao governo norueguês, exigindo um milhão de dólares americanos. As entidades norueguesas recusaram a exigência e, pouco depois, a 7 de maio, o quadro foi recuperado numa ação conjunta da polícia local com a Scotland Yard.
A 22 de agosto de 2004, a versão exposta no Munch Museum foi roubada num assalto à mão armada, que levou também a Madonna do mesmo autor. O Museu ficou à espera de um pedido de resgate, que nunca chegou. A polícia norueguesa anunciou ter reencontrado os quadros a 31 de agosto de 2006.
Em dezembro de 2006, os danos causados aos quadros pelos ladrões foram qualificados como "irreparáveis" por especialistas em pinturas do Museu Munch. As
pequenas manchas produzidas pela umidade são vistas pelos peritos como um problema sem solução, enquanto uma série de fendas e buracos causados por queimaduras de cigarro exige trabalhos de restauro extremamente complicados e difíceis.
https://www.significados.com.br/quadro-o-grito-de-edvard-munch/
http://www.sabercultural.com/template/obrasCelebres/O-Grito-Edvard-Munch.html
Observe esta imagem
Profess@r! Nesta charge temos a intertextualidade bastante explícita, pois o autor mostra ao fundo uma cidade, com destaque para a poluição causada pelas fábricas e, na frente, uma pessoa com a boca aberta como se estivesse gritando, o que lembra o quadro de Edvard Munch, "O Grito”. Os alunos devem perceber que apesar da imagem remeter à pintura, as angústias de Munch eram diferentes, suas crises eram existenciais e não se relacionavam ao meio ambiente, até porque, naquela época, esse
ainda não era um problema que preocupasse as pessoas.
Observe a charge acima e responda:
1. Podemos dizer que nesta charge, feita por Oneko para o Jornal 20 minutos da
Espanha, faz-se intertextualidade com a pintura “O grito” de Munch? Ela acontece
de forma implícita ou explícita?
http://blogs.20minutos.es/eneko/
2. Quais elementos se repetem nos dois textos?
3. De acordo com o que se pode ver na imagem, qual seria a angústia do
personagem retratada pelo chargista?
4. Após a leitura das informações sobre Munch, é possível concluir que a angústia
retratada na tela de Munch é a mesma que Oneko representa? Justifique sua
resposta.
Outras pessoas fizeram releituras da obra de Munch, em diversos contextos e
épocas; encontra-se abaixo um apanhado de algumas delas. Isso nos mostra o caráter de
texto-fonte como sendo de vital importância para a cultura presente nesta obra do pintor.
http://tokdearte-bethribas.blogspot.com.br/2015/07/venha-ler-contextualizar-e-fazer-arte.html
Atividade 06 – Senso crítico x senso comum
Como pudemos ver até agora, a charge e o cartum têm a
característica de criticar uma situação ou um fato social, mas o que é
senso crítico?
Para começar, clique sobre a imagem ao lado, assista ao vídeo “Senso
Crítico para o estudante” e veja a importância de desenvolver o senso
crítico para bem viver em sociedade.
Estamos acostumados a ouvir a palavra senso em expressões do nosso cotidiano:
bom senso, senso crítico, senso de humor, entre outras. Mas já paramos para refletir
sobre o que significa ter ou não ter senso? Qual a diferença entre senso comum e crítico?
O senso comum está mais vinculado à população em geral do que o senso crítico,
pois no senso comum existem muitas questões sobre a vida que são simplesmente
irrefletidas e que levam à alienação. Ele acaba por permear as classes menos abastadas,
uma vez que liga-se com a educação recebida e com a manipulação pelos meios de
comunicação.
Já o senso crítico, divergindo do senso comum, tem por base aquilo que é
concreto: a pesquisa, a reflexão, a análise e a crítica. Culturalmente o senso crítico é
muito mais aproveitável e bom para o indivíduo do que o senso comum. Isso deve-se ao
fato de que ao utilizar o senso crítico o indivíduo passa a pensar e refletir e com isso
aprimora suas capacidades intelectuais. Muitas vezes deixa-se de solucionar problemas
de maneira coerente por não parar para refletir e estudar a melhor maneira de resolvê-lo.
Porém não se pode ignorar ou ter pré-conceitos quanto ao senso comum, como se ele
fosse totalmente errado e promotor de grandes mentiras na sociedade.
A capacidade do homem em desenvolver seu senso crítico é o fundamento da
História. A palavra crítica, de origem grega, significa enquete, pergunta. É preciso
perguntar sempre. Perguntar a si mesmo se o que temos ao nosso dispor é realmente
bom para nós, se é possível melhorar, se é verdade. Nunca devemos aceitar as coisas
sem questionar, pois questionar é pensar.
http://www.infoescola.com/filosofia/senso-critico/
E você? Como anda o seu senso crítico? Costuma questionar as coisas?
Pensa nos problemas que a sociedade vive e busca encontrar soluções
para eles? Faça em seu caderno uma breve reflexão em 5 linhas,
relatando como está o seu posicionamento em relação à forma como age
no dia a dia e a necessidade de refletir sobre os fatos, isso interfere no
sua forma de ler e entender charges encontradas no cotidiano
Atividade 08 – Acessando sítios de charges
Profess@r, converse com os alunos sobre as notícias a que estão assistindo, lendo ou
ouvindo. Esta atividade será desenvolvida no laboratório de informática.
Passo-a-passo:
1. Acesse o site: http://www.chargeonline.com.br/ (Neste site ficam online durante 24
horas em torno de 50 charges diariamente; depois desse período, as melhores
ficam arquivadas e as outras saem de circulação);
2. Peça aos alunos que naveguem procurando entender e relacionar os fatos com as
charges do dia;
3. Mostre aos alunos os arquivos de charges; eles devem procurar as melhores da
semana, as melhores do mês e as melhores do ano;
4. Reflita com eles sobre o arquivo de charges, por que algumas charges são difíceis
de compreender;
5. Explique que a falta de conhecer o fato que gerou a charge impede a
compreensão, fale da importância da informação para a compreensão das charges
em seu sentido mais amplo;
6. Observem as linguagens verbal e não verbal presente nas charges;
7. Acesse o site de Maurício Ricardo para assistir às charges animadas presentes em
http://charges.uol.com.br/, observando as semelhanças com as charges
tradicionais;
8. Pesquisem outros sites de charges.
Atividade 09 – Leitura sobre: A charge e a sua força
Qual é a força da charge?
Uma charge pode matar? Destruir?
TEXTO 1
Leia a reportagem abaixo publicada em 07/01/2015 pelo site G1 da Rede Globo:
Ataque em sede do jornal Charlie Hebdo em Paris deixa mortos Polícia francesa disse que 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas.
Alvo foi sede de publicação satírica que já foi atacada por muçulmanos.
Pelo menos 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas em um tiroteio em Paris nesta
quarta-feira (7). O crime aconteceu no escritório do jornal satírico "Charlie Hebdo", que já
havia sido alvo de um ataque no passado após publicar uma caricatura do profeta Maomé.
Todos os mortos foram identificados. São eles: o editor e cartunista Stéphane Charbonnier,
conhecido como Charb, o lendário cartunista Wolinski, o economista e vice-editor Bernard
Maris e os cartunistas Jean Cabu e Bernard Verlhac, conhecido como Tignous, além do
também desenhista Phillippe Honoré, do revisor Mustapha Ourad e da psicanalista Elsa
Cayat, que escrevia uma coluna quinzenal para a “Charlie Hebdo” chamada “Divan”.
Entre as outras vítimas fatais, segundo o jornal "Le Monde", estão o policial Franck
Brinsolaro, morto dentro da redação, e o agente Ahmed Merabet, que morreu já na rua,
durante a fuga dos atiradores. No ataque também morreram um funcionário da Sodexo que
trabalhava no prédio, Frédéric Boisseau, de 42 anos, e um convidado que visitava a redação,
Michel Renaud.
Ainda de acordo com o jornal, o jornalista Philippe Lançon é uma das vítimas
gravemente feridas. Crítico literário do jornal "Libération", ele escreve crônicas para a "Charlie
Hebdo". A agência Reuters, citando a polícia, diz que 11 pessoas ficaram feridas, sendo
quatro em estado grave.
Veja como foi a sequência do ataque, segundo o 'Le Monde'
A cartunista Corinne Rey, que afirma ter sido forçada a deixar os atiradores entrarem
na redação, diz que eles falavam francês fluentemente. Em uma entrevista ao jornal
"l'Humanite", ela contou que conseguiu se esconder embaixo de uma mesa durante a ação,
que durou cerca de cinco minutos.
De acordo com o médico Gerald Kierzek, que atendeu alguns dos feridos e foi citado
pela CNN, os atiradores separaram os homens das mulheres e perguntaram especificamente
por algumas pessoas pelos nomes, antes de matá-las.
Segundo fontes policiais, os autores do ataque portavam rifles Kalashnikov e gritaram
"Vingamos o Profeta!", em referência a Maomé, alvo de uma charge publicada há alguns anos
pelo jornal, o que provocou revolta no mundo muçulmano.
Os jornais franceses "Le Monde" e "Metro News" dizem que três suspeitos foram
identificados, mas ainda não há informações oficiais.
De acordo com fontes policiais ouvidas pela agência Reuters, dois dos suspeitos
seriam irmãos que moram em Paris e o terceiro seria de Reims.
O presidente francês, François Hollande, acrescentou que "40 pessoas foram salvas".
Ele classificou o caso como um "ataque terrorista", e disse que a França está em estado de
choque. Os autores do ataque são procurados pela polícia.
Capa da 'Charlie Hebdo' em 2011 com a sátira sobre o profeta Maomé e a lei islâmica. No desenho, o
personagem diz: '100 chicotadas se vocês não estão mortos de rir' (Foto: AFP)
Última edição antes do atentado
A capa da edição desta semana do "Charlie Hebdo" traz uma caricatura do escritor
francês Michel Houellebecq. Seu último livro, "Submissão", tem como cenário uma
França governada por um presidente muçulmano. "Em 2015, eu perco meus dentes.
Em 2022, eu faço o Ramadã", diz o escritor no desenho, em referência ao ato religioso
realizado pelos seguidores do Islamismo.
Capa da última edição do semanário publicada antes do atentado. Na charge, intitulada 'as previsões do mago Houellebecq', o personagem diz: 'Em 2015, eu perco meus dentes. Em 2055, eu faço ramadã'. (Foto: AFP Photo/Bertrand Guay)
Ilustração mais recente de Charb, morto no ataque à revista Charlie Hebdo. 'Sem atentados por enquanto na França', diz a charge. 'Esperem. Temos até o final de janeiro para apresentar os desejos', diz o personagem (Foto: Reprodução/Twitter)
A figura de Maomé
O semanário foi ameaçado várias vezes por fundamentalistas islâmicos por reproduzir e
publicar caricaturas de Maomé. Um dos últimos ataques contra a "Charlie Hebdo" aconteceu em
2013, quando hackers invadiram o site da revista, provavelmente devido à publicação de um
suplemento especial com uma "biografia" em quadrinhos sobre Maomé. Desde 2006, quando
publicou as primeiras charges com a figura de Maomé, a redação do semanário vivia sob alerta
devido às ameaças de radicais.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/tiroteio-deixa-vitimas-em-paris.html
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/01/alem-de-maome-jesus-o-papa-e-politicos-
foram-capa-do-semanal.html
TEXTO 2
Leia esta outra entrevista publicada no site BOL em 28/02/2010:
Uma charge pode mudar uma vida?
Caricaturista dinamarquês autor de charge sobre Maomé conta como mudou sua vida - 28/02/2010
Kurt Westergaard, caricaturista dinamarquês autor de uma charge sobre Maomé, foi condenado à morte pelos extremistas islâmicos. Vítima de uma recente tentativa de assassinato, recebeu o “El País” em sua casa, onde vive sob constante vigilância policial. Esta é sua história.
“É uma guerra, mas não sei onde está a frente de batalha”, disse Kurt
Westergaard, com um sorriso amargo. Ninguém o sabe. A frente pode estar em qualquer
lugar. Inclusive neste estúdio, em sua casa em Aarhus (Dinamarca), onde conversamos.
Foi nesta mesma casa, ainda sem presença policial, que em 1º de janeiro passado um
somali de 28 anos entrou armado com um machado e uma faca, disposto a decapitá-lo. O
mundo inteiro é uma frente de batalha para Kurt Westgaard, o caricaturista dinamarquês
de 74 anos que ousou desenhar Maomé com um turbante-
bomba, sem pensar que cada traço era uma condenação à
morte.
Charge do profeta Maomé usando um turbante em forma
de bomba. A ilustração é uma das 12 charges publicadas
pelo jornal da Dinamarca "Jyllands-Posten", em novembro
de 2005.
A publicação da charge, junto com outras 11 sobre o Islã,
no jornal “Jyllands Posten”, em setembro de 2005, desatou
uma crise como nenhuma outra na Dinamarca desde a 2ª Guerra Mundial. Milhões de
muçulmanos saíram às ruas em todo o mundo para protestar contra os desenhos. Os
distúrbios, que envolveram ataques a embaixadas dinamarquesas, a queima de bandeiras
do país e ataques a posições ocidentais em países muçulmanos, resultaram em mais de
duzentas mortes. E Kurt Westergaard, principal culpado, passou a ser um alvo prioritário
do terrorismo islamita.
“Minha mulher e eu passamos muito tempo mudando de um esconderijo para
outro. Mudando de carro uma vez por semana. Foi intenso. Um período horrível. Sair de
casa e não saber quando vai poder voltar é deprimente”, conta. Quando o pânico
amainou, e o casal pode voltar para sua casa, transformada então quase numa fortaleza,
aconteceu o ataque frustrado do jovem somali. O endereço onde haviam vivido nos
últimos 25 anos passou a ser de domínio público. Mas as autoridades estimaram que não
tinha sentido continuar fugindo. Bastava encher a casa de policiais.
“Fiz a charge sem pensar nem remotamente que uma loucura como esta poderia
se desencadear. Limitei-me a utilizar a velha bomba anarquista, como metáfora do
terrorismo, e logo fiz esse rosto, que nem sequer era de Maomé, ainda que tenha sido
interpretado assim. Depois acrescentei a inscrição em árabe, “Não há Deus além de Alá e
Maomé seu profeta”. Sua charge foi a que causou mais comoção. “Queria explicar que os
terroristas se inspiram no Islã, nutrem-se do Islã. Não pensei em nenhum momento no
que viria para cima de mim.”
E não se arrepende de não ter pensado nisso?
“Não, de forma alguma. Tenho um álibi moral que me apoia, porque sei que não fiz
nada de mal. Cumpri com meu trabalho. Um trabalho que está em consonância com a
tradição dinamarquesa, com a defesa da liberdade de expressão. Depois do que
aconteceu, li muito sobre religião, e acredito que esta frase do livro do Gênesis que diz:
'Deus criou o homem à sua imagem e semelhança' tinha que ser o contrário: 'O homem
criou Deus à sua imagem e semelhança'.”
Você se sente uma vítima, um mártir?
“Não. Sou uma pessoa que cumpriu com seu dever, e que defendeu um dos
princípios mais importantes da democracia: a liberdade de expressão. Meu principal apoio
é o homem das ruas. Quando eu cruzo com as pessoas comuns elas me animam. Dizem:
'muito bem!', 'continue assim!'.”
http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2010/02/28/caricaturista-
dinamarques-autor-de-charge-sobre-maome-conta-como-mudou-sua-
vida.jhtm
TEXTO 3
Leia o texto publicado na página da BBC de Londres em 14 de janeiro de 2015, uma
semana após o ataque ao jornal Charlie Hebdo
Por que as charges de Maomé causam tanta revolta?
O que diz o Corão?
Não há no texto sagrado dos muçulmanos uma proibição de que sejam retratados
o profeta Maomé ou Alá, o deus islâmico. No entanto, o verso 11 do capítulo 42 do Corão
diz: "(Alá é) o criador dos céus e da terra...(não há) nada semelhante a Ele".
Isso é interpretado por muçulmanos como uma mensagem de que Alá não pode
ser retratado em uma imagem feita por mãos humanas, dada sua beleza e grandeza.
Tentar fazer isso é considerado um insulto a Alá. O mesmo é aplicado a Maomé.
Os versos 52, 53 e 54 do capítulo 21 ainda afirmam: "Abraão disse a seu pai e a
seu povo: 'O que são estas imagens a cuja adoração você se apega?' Eles disseram:
'Encontramos nossos pais as adorando'. Ele disse: 'Certamente, você e seus pais vêm
cometendo um erro'".
Daí vem a crença islâmica de que imagens levam à idolatria - no sentido de que
uma imagem, e não o ser divino que ela representa, passa a ser o objeto de adoração e
veneração.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150114_publicar_charge_charlie_hebdo
_rb
Após a leitura com atenção dos 3 textos , o que você pode
concluir?
1. A charge tem força de expressão? Por quê?
2. Você acredita que o Jornal Charlie Hebdo pode e deve
publicar o que tem vontade, ou deveria respeitar o Islamismo?
3. Você acredita que os atiradores cometeram exageros em atacar o jornal e matar
tantas pessoas? Justifique.
4. Se você fosse um cartunista, teria medo de criticar o islamismo em seus
desenhos? Por quê?
5. Você já ouviu falar sobre intolerância religiosa?
6. Qual a crítica presente nessa charge? Relacione essa imagem aos 3 textos lidos
sobre “ A charge e a sua força” . Cite elementos importantes que foram usados na
construção da imagem:
http://filoparanavai.blogspot.com.br/2014/04/intolerancia-religiosa-tema-de-
redacao.html
Dividir a turma em dois grupos e promover um júri simulado, em que um grupo defende o jornal e seu direito de se expressar como achar conveniente e outro grupo os seguidores do Islamismo que defendem que as imagens de Maomé não podem ser publicadas. Primeiro os grupos devem listar argumentos favoráveis à ideia que será defendida por seu posicionamento em relação ao tema.
Atividade 10 – Charge e liberdade de expressão
Você já ouviu falar em liberdade de expressão?
A UNESCO promove a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa
como um direito humano fundamental por meio de atividades de sensibilização e
monitoramento. A Organização também advoga a independência da mídia e o
pluralismo como pré-requisitos e fatores principais de democratização e
construção de paz e tolerância ao prover serviços de assessoria em legislação
midiática e sensibilização de governos, parlamentares e demais tomadores de
decisão. Liberdade de imprensa em todas as plataformas.
A UNESCO no mundo e no Brasil. A Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi criada em 16 de novembro de 1945, logo
após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de garantir a paz por meio da
cooperação intelectual entre as nações, acompanhando o desenvolvimento mundial e
auxiliando os Estados-Membros – hoje são 193 países – na busca de soluções para os
problemas que desafiam nossas sociedades.
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-and-information/freedom-of-
expression/
Leia cada uma das charges abaixo e, após análise, relacione
cada imagem aos 3 textos lidos sobre “ A charge e a sua força” e
ao seu conhecimento de mundo; escreva em que consiste o humor
e a crítica presente em cada uma delas, e cite também elementos
importantes que foram usados na construção da imagem:
Charge 1
http://luzdeluma.blogspot.com.br/2015/01/nao-somos-todos-charlie.html
Charge 2
https://cursandomedicina.wordpress.com/2015/10/29/liberdade-de-expressao-e-midia/
Charge 3
http://blogvagamundo.blogspot.com.br/2012/04/ditadura-da-liberdade-de-expressao.html
Charge 4
http://www.ocafezinho.com/2015/01/19/a-midia-brasileira-nao-defende-a-liberdade-de-
expressao/
Charge 5
http://homoliteratus.com/literatura-e-o-discurso-politicamente-correto/
Até onde vai a liberdade de expressão e de imprensa?
Redação A12 de 22 de Janeiro de 2015
Na semana que passou, o mundo foi abalado pelo assassinato de 12 pessoas na
sede do jornal satírico Charlie Hebdo, de Paris; seguiram-se mais mortes de pessoas
inocentes e também dos autores dos assassinatos da sede do citado jornal. A questão
continua a render e, agora, em várias partes do mundo islâmico, a ira volta-se contra os
cristãos e seus templos que, aliás, também foram alvo das caricaturas envenenadas do
Charlie... Quem matou os jornalistas achou que estava vingando a honra de Maomé e a fé
dos muçulmanos, que teriam sido ultrajadas pelas publicações do Charlie Hebdo; os
responsáveis pelo Charlie, por sua vez, acharam que estavam exercendo seu “sagrado”
direito de liberdade de expressão. Seguiu-se uma manifestação colossal na França e em
outros países em favor da liberdade de imprensa e de expressão.
A questão toda merece uma reflexão serena, nem sempre possível no calor dos
acontecimentos. Até onde vai a liberdade de expressão e de imprensa? É irrestrita? Até
onde vai a própria liberdade humana? É certo, em nome de Deus, fazer violência e matar
quem nos ofende ou contradiz as nossas ideias e convicções religiosas? É certo, em
nome da liberdade de imprensa, atacar e ridicularizar as convicções mais sagradas das
pessoas?
A liberdade foi e continua a ser uma das questões mais complexas da existência
humana. Ela é uma capacidade que Deus deu ao ser humano e que lhe confere uma
dignidade superior à dos outros seres deste mundo. Pela liberdade, o homem é capaz de
fazer escolhas autônomas, para o bem e para o mal. O próprio Deus respeita a liberdade
da criatura humana, mesmo quando não aprova suas escolhas.
O homem nem sempre consegue lidar com a própria liberdade; o uso que dela faz
não é indiferente e as suas escolhas também levam a consequências contrastantes entre
si. Por isso, dizemos que há um bom uso e um mau uso da liberdade. O uso é bom
quando faz com que seu exercício leve ao verdadeiro objetivo da existência humana: a
vida digna, o respeito ao próximo, a paz da consciência, o mérito e a glória do Criador,
que deu a liberdade ao homem. Há limites para a liberdade? Certo que sim, pois nossa liberdade não é ilimitada.
Nossa liberdade pessoal tem seu limite na liberdade e na dignidade do próximo. Nossas
próprias escolhas implicam num limite à liberdade; quem escolhe a, renuncia a escolher b.
As normas comuns do convívio põem limites à liberdade individual, em vista de um bem
maior. Mas este limite da liberdade de pensar, dizer, decidir e fazer deve ser posto pelo
próprio sujeito da liberdade, ou assumido livremente por ele. E nisso está o mérito ou
demérito no uso da liberdade: somos responsáveis pelas nossas escolhas e assumimos
as consequências de nossas decisões.
Até onde vai a liberdade de expressão? Não é preciso colocar um limite externo:
o limite deve ser posto pela própria pessoa, no exercício autônomo de sua liberdade.
Assim, tanto os jornalistas do Charlie Hebdo, quanto os seus assassinos, respondem
pelos seus atos. Não é o fato de serem livres que indica que todas as suas ações são
boas. O julgamento sobre o bom ou mau uso da liberdade depende dos padrões éticos,
culturais e morais da sociedade.
Se, de um lado, é absolutamente inaceitável praticar violência ou matar o próximo
em nome de Deus, ou para vingar supostas ofensas, também não é aceitável que, em
nome da liberdade pessoal, se humilhe, desrespeite e despreze o próximo. O senso
comum condena a violência verbal, os preconceitos raciais, sociais e religiosos, a
ridicularização e o “bullying”; fazer troça dos humilhados e feridos não desperta apreço
para quem o pratica... O que dizer da perseguição, desprezo e violência por causa
das convicções religiosas, que são algo sagrado e muito interior à consciência das
pessoas?
A questão não é colocar limites externos à liberdade, mas recuperar algo muito
simples e fundamental para a convivência: o senso do respeito na relação com as
pessoas. Trata-se de um “sensor” não ajustável com o controle remoto, mas regulado pela
fórmula bem simples e já conhecida desde tempos remotos: “Não faças aos outros o que
não gostarias que fizessem a ti”. Sem esse regulador delicado, adquirido pela educação,
todas as tempestades verbais e discussões acaloradas sobre a liberdade de expressão
não conduzem a nenhuma solução boa.
Card. Dom Odilo P. Scherer - Arcebispo de São Paulo
http://www.a12.com/formacao/detalhes/liberdade-e-respeito-ate-onde-vai-a-liberdade-de-
expressao-e-de-imprensa
Atividade 11 – Liberdade de expressão e ditadura militar
Leia a charge abaixo:
http://wellingtonflagg.blogspot.com.br/2014/01/rolezinho-nos-tempos-da-ditadura.html
1. Qual a crítica presente nesta charge?
2. Que elementos visuais são importantes para conseguir entender a
crítica da charge?
3. Em que consiste o humor nesta charge?
4. O que simboliza a balança na mão da personagem? Quem ela
representa?
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
A liberdade de expressão, sobretudo sobre política e questões
públicas, é o suporte vital de qualquer democracia. Os governos
democráticos não controlam o conteúdo da maior parte dos
discursos escritos ou verbais. Assim, geralmente as democracias têm muitas vozes
exprimindo ideias e opiniões diferentes e até contrárias.
Segundo os teóricos da democracia, um debate livre e aberto resulta
geralmente que seja considerada a melhor opção e tem mais probabilidades de
evitar erros graves.
A democracia depende de uma sociedade civil educada e bem informada,
cujo acesso à informação lhe permite participar tão plenamente quanto possível na
vida pública da sua sociedade e criticar funcionários do governo ou políticas
insensatas e tirânicas. Os cidadãos e os seus representantes eleitos reconhecem
que a democracia depende de acesso mais amplo possível a ideias, dados e
opiniões não sujeitos a censura.
Para um povo livre governar a si mesmo, deve ser livre para se exprimir —
aberta, pública e repetidamente; de forma oral ou escrita.
O princípio da liberdade de expressão deve ser protegido pela constituição
de uma democracia, impedindo os ramos legislativo e executivo do governo de
impor a censura.
http://blogvagamundo.blogspot.com.br/2012/04/ditadura-da-liberdade-de-
expressao.html
]
Mas.... O que é DEMOCRACIA?
Democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade")
Segundo o dicionário Aurélio: “1- Governo do povo; soberania popular;
democratismo. 2-Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular
e da distribuição equitativa do poder.” “É o governo do povo, para o povo, pelo povo”.
“Governo do povo” quer dizer governo com um sentido popular; “para o povo” significa
que o objetivo é o bem do povo; “pelo povo” quer dizer realizado pelo próprio povo. Na
democracia é o povo quem toma as decisões políticas importantes (direta ou
indiretamente por meio de representantes eleitos).
A Democracia surgiu na Grécia onde o governo era realmente exercido pelo povo,
que fazia reuniões em praça pública para tratar de vários assuntos e problemas; era a
chamada Democracia Direta. Neste tipo de democracia, as decisões são tomadas em
assembleias públicas. Com o crescimento das populações, as reuniões em praça pública
ficaram impossíveis de acontecer; surgiu, então, um novo tipo de Democracia,
a Democracia Representativa, onde o povo se reúne e escolhe – por meio do voto - os
representantes que irão tomar decisões em seu nome. Este é o processo mais comum de
tomada de decisão nos governos democráticos, também chamado de mandato político.
A democracia se opõe à ditadura e ao totalitarismo e reúne princípios e práticas
que protegem a liberdade do ser humano.
No Brasil, hoje vivemos uma democracia, mas até bem pouco tempo, vivíamos a
Ditadura Militar; nesse período houve muita censura no nosso país.
http://www.infoescola.com/sociologia/democracia/
Leia o texto abaixo com atenção:
Censura: O regime militar e a liberdade de expressão
"Acorda, amor/Eu tive um pesadelo agora,/Sonhei que tinha gente lá fora,/Batendo
no portão, que aflição!" Estes versos são da canção "Acorda, Amor", também conhecida
como "Chame o Ladrão", de autoria de Chico Buarque de Holanda, considerado um dos
grandes nomes da Música Popular Brasileira contemporânea. No entanto, quando
gravados pela primeira vez, no LP "Sinal Fechado", de 1974, foram atribuídos a um
desconhecido, chamado Julinho da Adelaide.
Na verdade, mais que um pseudônimo, Julinho da Adelaide foi um artifício de que
Chico Buarque se utilizou para burlar a implacável censura que lhe impunha o governo
militar do Brasil da época. A situação de Chico havia chegado a tal ponto, nos governos
Médici, de 1969 a 1974, e Geisel, de 1974 a 1979, que os censores nem se davam ao
trabalho de avaliar suas composições. Bastava que a autoria fosse dele para uma canção
ser proibida de vir a público.
Por censura, entende-se o exame a que são submetidos trabalhos artísticos ou
informativos, com base em critérios morais ou políticos, para avaliação sobre a
conveniência de serem liberados para apresentação ao público em geral. A censura foi
uma das armas de que o regime militar se valeu para calar seus opositores e impedir que
qualquer tipo de mensagem contrária a seus interesses fosse amplamente divulgada.
Critérios políticos e morais
O regime militar usou de critérios políticos para censurar o jornalismo, ao passo
que, na censura de artes e espetáculos, serviu-se principalmente de critérios morais.
A censura passou por três fases durante a ditadura. A primeira se estendeu de 31
de março de 1964 à publicação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, e
teve um momento mais intenso nos meses que sucederam ao golpe, abrandando-se a
partir de então.
Logo após a deposição de João Goulart (PTB), pequenos jornais de esquerda ou
ligados a Jango, como "Politika", "Folha da Semana" e "O Semanário", foram depredados.
O mesmo aconteceu com um dos grandes jornais da época, o "Última Hora", por ser
simpático ao presidente deposto. Já o "Correio da Manhã", por denunciar os excessos
dos militares, teve sua proprietária presa, além da sede invadida e interditada.
A segunda fase coincidiu com a publicação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968,
que institucionalizou o caráter ditatorial do regime e tornou a censura implacável até o
início do governo Geisel, em 1975.
Por fim, durante os governos Geisel, de 1975 a 1979, e Figueiredo, de 1979 a
1985, a censura tornou-se gradativamente mais leve, até o restabelecimento do regime
democrático.
Leis da censura prévia
O Decreto-Lei nº 1.077, de 21 de janeiro de 1970, instituiu a censura prévia,
exercida de dois modos: ou uma equipe de censores instalava-se permanentemente na
redação dos jornais e das revistas, para decidir o que poderia ou não ser publicado, ou os
veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a
Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal, em Brasília.
O controle sobre a imprensa já havia sido regulamentado pela Lei nº 5.250, de 9 de
fevereiro de 1967, a Lei de Imprensa, que obviamente restringia a liberdade de
expressão. No entanto, a situação se tornou mais crítica com a edição do AI-5, bem como
com a do Decreto-Lei nº 898, denominado Lei de Segurança Nacional (LSN), de 29 de
setembro de 1969, complementada no ano seguinte pelo Decreto-Lei nº 1.077.
Mas a censura também era exercida informalmente, por meio de telefonemas e
comunicados por escrito ("bilhetinhos") proibindo a publicação de determinados assuntos.
O governo também se utilizava da pressão econômica, retirando a publicidade das
empresas estatais dos órgãos de imprensa que o contrariavam.
Em 1970, o "Jornal do Brasil", do Rio de Janeiro, perdeu 15% de sua receita,
sendo obrigado a "negociar" com os militares, isto é, a amenizar sua postura crítica em
relação ao governo.
Televisão
Problemas sociais e econômicos também tinham restrita sua divulgação, de modo
a evitar supostos estragos à imagem do país. Um exemplo bastante significativo foi a
censura ao noticiário referente à epidemia de meningite que ocorreu no Brasil em 1974.
O teatro e a música popular também estavam na mira da Divisão de Censura. No
entanto, por ter se tornado o veículo de comunicação de maior audiência durante as
décadas de 1960 e 1970, a televisão sofreu censura, principalmente nas novelas, os
programas com mais popularidade. Desde "Beto Rockfeller" (TV Tupi, 1968 - 1969), cujo
personagem principal não se pautava pelo figurino moral da época, as novelas chamaram
a atenção da ditadura. Os capítulos tinham cenas cortadas e trechos alterados, e eram
praticamente reescritos pelos censores, o que resultava, muitas vezes, na adulteração do
sentido original que o autor tinha pretendido lhes dar. Foram vítimas da censura os
principais autores de telenovela de então: Dias Gomes, Janete Clair, Ivani Ribeiro, Bráulio
Pedroso, Jorge de Andrade, Lauro César Muniz, entre outros.
A vigilância dos meios de comunicação permaneceu até o restabelecimento do
regime democrático, sob a presidência de José Sarney (PMDB), e a entrada em vigência
da Constituição de 1988, que em seu artigo quinto estipula a liberdade de manifestação
do pensamento.
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/censura-o-regime-militar-e-a-
liberdade-de-expressao.htm
Atividade 12– Charge e o voto consciente
Você é do tipo de pessoa que enche a boca para falar: EU NÃO GOSTO
DE POLÍTICA?
Se for, está na hora de rever seus conceitos!
“Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão
governados por aqueles que gostam.” (Autor desconhecido)
Há bem pouco tempo, os brasileiros não podiam escolher seus governantes, no
Brasil vivíamos a ditadura militar, o governo controlava os meios de comunicação e o
brasileiro não tinha liberdade de expressão. Com a volta da democracia, iniciou-se um
novo período, e o poder do voto consciente pode fazer muita diferença.
Leia com atenção o texto abaixo:
Eleições e Voto Consciente
Importância das eleições, importância do voto consciente, escolhendo um bom candidato
É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é
apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política
tem em suas vidas.
A importância do voto
Numa democracia, como ocorre no Brasil, as eleições são de fundamental importância, além
de representarem um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de representantes e governantes que
fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um péssimo governante
pode representar uma queda na qualidade de vida. Sem contar que são os políticos os gerenciadores
dos impostos que nós pagamos. Desta forma, precisamos dar mais valor à política e acompanhar com
atenção e critério tudo que ocorre em nossa cidade, estado e país.
O voto deve ser valorizado e ocorrer de forma consciente. Devemos votar em políticos com um
passado limpo e com propostas voltadas para a melhoria de vida da coletividade.
Como votar conscientemente
Em primeiro lugar temos que aceitar a ideia de que os políticos não são todos iguais. Existem
políticos corruptos e incompetentes, porém muitos são dedicados e procuram fazer um bom trabalho
no cargo que exercem. Mas como identificar um bom político?
É importante acompanhar os noticiários, com atenção e critério, para saber o que nosso
representante anda fazendo. Pode-se ligar ou enviar e-mails perguntando ou sugerindo ideias para o
seu representante. Caso verifiquemos que aquele político ou governante fez um bom trabalho e não se
envolveu em coisas erradas, vale a pena repetir o voto. A cobrança também é um direito que o eleitor
tem dentro de um sistema democrático.
Durante a campanha eleitoral
Nesta época é difícil tomar uma decisão, pois os programas eleitorais nas emissoras de rádio e
tv parecem ser todos iguais. Procure entender os projetos e ideias do candidato que você pretende
votar. Será que há recursos disponíveis para que ele execute aquele projeto, caso chegue ao poder?
Nos mandatos anteriores ele cumpriu o que prometeu? O partido político a que ele pertence merece
seu voto? Estes questionamentos ajudam muito na hora de escolher seu candidato.
Como vimos, votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são
positivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e
responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter consequências negativas sérias no futuro, sendo que
depois é tarde para o arrependimento.
http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/eleicoes_voto.htm
Leia cada uma das charges abaixo e, após análise, relacione-as
aos textos lidos e ao seu conhecimento sobre o assunto. Escreva em
que consiste o humor e a crítica presente em cada uma delas, e cite
também elementos importantes que foram usados na construção da
imagem:
Charge 1
http://blogdotataritaritata.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html
Charge 2
http://www.centraldosertao.com.br/2014/08/voto-de-protesto-e-voto-consciente.html
Charge 3
http://www.gentedeopiniao.com/noticia/pelo-voto-consciente/129476
Charge 4
http://www.diariorondon.com.br/wp-content/uploads/2012/03/compra-de-votos-
dentadura.jpg
Charge 5
Charge 6
Charge 7
http://cartunistaedra.blogspot.com.br/2014/09/exposicao-de-charges-com-tema-
eleicoes.html
Charge 8
http://nossapolitica.net/2015/01/corrupcao-significados-definicoes-e-conceitos/
Leia a matéria publicada no Jornal Diário Catarinense em 29/09/2016
Texto 1
Corrupção: os eleitores também são responsáveis
Que a corrupção existe, e que o povo está insatisfeito com o atual cenário político,
todo mundo já sabe. Mas você, cidadão eleitor, já parou para pensar o que a corrupção
significa exatamente? E o que você pode fazer para ajudar a combatê-la?
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Mapa com o eleitorado de Santa Catarina em
maio mostrou que mais de 40% dos entrevistados entende que os bons políticos ou
saem da vida pública ou se corrompem. Isso corrobora outro dado da mesma pesquisa:
dois em cada 10 eleitores afirmam que todos os políticos, sem exceção, são corruptos.
Por outro lado, a cada eleição vemos a fraca renovação nas câmaras municipais,
por exemplo. Prefeitos e deputados cujos nomes aparecem em escândalos e crimes
voltam a se eleger. Isso coloca uma questão: como o eleitor espera que as coisas
mudem, se ele mesmo não muda sua maneira de votar?
– O eleitor precisa saber que o seu voto vai definir se o seu dinheiro construirá uma
creche ou construirá uma conta na Suíça. O dinheiro que compra um voto hoje, por
exemplo, custa uma consulta médica amanhã, porque a conta precisa fechar e isso sairá
de algum lugar – esclarece o conselheiro estadual da OAB/SC Valdemiro Adauto de
Souza.
Por isso, dizer-se insatisfeito com a corrupção de forma genérica, como se ela
fosse intangível, não basta.
– O cidadão muitas vezes acha que a corrupção está longe, em Brasília, e não se
dá conta da sangria que está nas empresas privadas em todos os setores, no seu bairro,
na sua cidade – complementa Souza.
Cada um deve se conscientizar da sua responsabilidade na política e perceber
que o voto é uma arma de cada eleitor para mudar a realidade atual.
http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2016/09/corrupcao-os-eleitores-tambem-sao-
responsaveis-7600234.html
Texto 2
http://www.icatolica.com/2014_09_01_archive.html
Após a leitura da notícia e a observação atenta da charge, responda:
1. Como estes dois textos estão ligados, apesar de serem
publicados em épocas distintas?
2. Quais as formas de corrupção relatadas na charge?
3. Qual seria a solução para o problema relatado no texto 1?
4. Que outras formas de corrupção você conhece?
5. Você acredita que poderá mudar a situação com o seu voto? De que forma?
Atividade 13– Produzindo uma charge
Agora chegou a sua vez! Depois de termos trabalhado toda uma
sequência de leituras de charges, cartuns e textos relacionados a esses
gêneros de texto, você deve selecionar um fato, uma notícia em
evidência neste momento e produzir uma charge. Não esqueça que seu
texto deve fazer uma crítica bem humorada de uma situação; lance
mão da ironia e abuse de elementos visuais, escolha a linguagem verbal ou não verbal,
ou ambas, e mãos à obra. Com a ajuda de seu professor de Artes, faça o melhor que
puder para juntos produzirmos um mural de charges para a exposição no pátio da escola.
Atividade 14– Retomando o questionário inicial
Profess@r, reimprima o questionário inicial e entregue aos alunos para
que agora, depois da sequência de aulas sobre o tema, respondam as
questões. Analise os progressos, para ver se foram significativos, e se o
objetivo inicial foi alcançado.
Atividade 15– Avaliando o projeto
Profess@r! Peça aos alunos que façam um relato da experiência do
trabalho com o gênero charge e suas contribuições para o efetivo
exercício de leitura.
Atividade 16– Produza um mural para expor os trabalhos dos alunos. Se
possível promova uma visitação de forma que os alunos consigam explicar à
comunidade escolar sobre seus trabalhos.
BIBLIOGRAFIA
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