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1 Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014 Título: O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPLEMENTAÇÃO DO MOODLE EM UMA ESCOLA DA EDUCAÇÃO BÁSICA Autor: Renata Melissa Boschetti Cabrini Disciplina/Área: Pedagogia – Tecnologias Educacionais Escola de Implementação do Projeto e sua localização: Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Funda- mental e Médio Município da escola: Apucarana Núcleo Regional de Educação: Apucarana Professor Orientador: Dirce Aparecida Foletto de Moraes Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina-UEL Relação Interdisciplinar: Professores das diferentes áreas e Equipe pedagógica Resumo: A presente produção Didático-pedagógica, no formato de Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros e os estudos que neles acontecerão. Essa proposta de Imple- mentação surgiu das discussões entre direção, professo- res e pedagogas ao longo dos anos da prática educacio- nal, especificamente sobre a importância e a utilização das tecnologias digitais no processo de ensino e aprendiza- gem em uma perspectiva pedagógica, a qual visa superar a ideia do uso de tais aparatos apenas como recurso para ensinar, na busca pela superação da lógica da instrução. Desta forma, optou-se pela utilização da plataforma mo- odle como ferramenta de apoio ao trabalho pedagógico presencial. E, assim proporcionar à ação docente mediar os conteúdos curriculares e as práticas de salas de aula dentro de um ambiente virtual de aprendizagem, como possibilidades de novas experiências significativas no pro- cesso ensino e de aprendizagem. Palavras-chave: Tecnologias digitais; Ambiente irtual de aprendizagem; Moodle; Ensino e aprendizagem. Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico Público: Professores e equipe pedagógica

Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2014

Título: O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPLEMENTAÇÃO DO MOODLE EM UMA ESCOLA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Autor: Renata Melissa Boschetti Cabrini

Disciplina/Área: Pedagogia – Tecnologias Educacionais

Escola de Implementação do Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Funda-

mental e Médio

Município da escola: Apucarana

Núcleo Regional de Educação: Apucarana

Professor Orientador: Dirce Aparecida Foletto de Moraes

Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina-UEL

Relação Interdisciplinar: Professores das diferentes áreas e Equipe pedagógica

Resumo:

A presente produção Didático-pedagógica, no formato de

Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui

em um material didático que subsidiará os encontros e os

estudos que neles acontecerão. Essa proposta de Imple-

mentação surgiu das discussões entre direção, professo-

res e pedagogas ao longo dos anos da prática educacio-

nal, especificamente sobre a importância e a utilização das

tecnologias digitais no processo de ensino e aprendiza-

gem em uma perspectiva pedagógica, a qual visa superar

a ideia do uso de tais aparatos apenas como recurso para

ensinar, na busca pela superação da lógica da instrução.

Desta forma, optou-se pela utilização da plataforma mo-

odle como ferramenta de apoio ao trabalho pedagógico

presencial. E, assim proporcionar à ação docente mediar

os conteúdos curriculares e as práticas de salas de aula

dentro de um ambiente virtual de aprendizagem, como

possibilidades de novas experiências significativas no pro-

cesso ensino e de aprendizagem.

Palavras-chave: Tecnologias digitais; Ambiente irtual de aprendizagem; Moodle; Ensino e aprendizagem.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público: Professores e equipe pedagógica

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CADERNO PEDAGÓGICO

O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA FORMAÇÃO DE

PROFESSORES: IMPLEMENTAÇÃO DO MOODLE EM UMA

ESCOLA DA EDUCAÇÃO BÁSICA

RENATA MELISSA BOSCHETTI CABRINI

LONDRINA-PR

2014/2015

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA-UEL

RENATA MELISSA BOSCHETTI CABRINI

PDE – PEDAGOGIA

NRE-APUCARANA

ORIENTADORA:

PROF. MS. DIRCE APARECIDA FOLETTO DE MORAES

LONDRINA

2014/2015

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 7

UNIDADE I .................................................................................................................. 9

CRONOGRAMA ................................................................................................................ 9

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................................... 9

ATIVIDADE 1 .............................................................................................................. 9

1. Contexto Social ........................................................................................ 10

2. Contexto pedagógico e o uso das tecnologias digitais .......... 13

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 16

ATIVIDADE 2 ............................................................................................................ 18

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire .................................. 19

Tela 1 ....................................................................................................................... 19

Tela 2 ....................................................................................................................... 19

Tela 3 ....................................................................................................................... 19

Tela Atividade 1 ................................................................................................. 20

Tela Atividade 2 – Vamos Praticar? ........................................................... 20

UNIDADE II .............................................................................................................. 21

CRONOGRAMA .............................................................................................................. 21

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................... 21

ATIVIDADE 3 ............................................................................................................ 22

3. Aspectos limitantes no uso pedagógico das tecnologias

digitais .................................................................................................................. 23

SUGESTÃO DE LEITURA ........................................................................................... 26

4. O uso do moodle no processo e ensino e aprendizagem ............ 27

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 31

ATIVIDADE 4 .......................................................................................................... 33

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire .................................. 34

Tela 4 ....................................................................................................................... 34

Page 6: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

6

Continuação da Tela 4 ....................................................................................... 34

Tela Atividade 3 - Glossário ........................................................................ 35

Tela Atividade 4 – Fórum – “O uso do moodle no processo de

ensino e aprendizagem” ..................................................................................... 35

UNIDADE III ............................................................................................................ 36

CRONOGRAMA .............................................................................................................. 36

MAPA CONCEITUAL.................................................................................................... 37

O que é moodle?.................................................................................................... 38

Guia de .................................................................................................................... 38

Ferramentas ............................................................................................................ 38

moodle ....................................................................................................................... 38

ATIVIDADE 5 ............................................................................................................ 39

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire .................................. 40

Tela 5 ....................................................................................................................... 40

Continuação da Tela 5 ....................................................................................... 40

Tela Atividade 5 – Chat – Dialogar e pensar a prática pedagógica

................................................................................................................................... 41

UNIDADE IV .............................................................................................................. 42

CRONOGRAMA .............................................................................................................. 42

Ferramentas do moodle: Conceito técnico e uso pedagógico ............. 42

SAIBA MAIS... ........................................................................................................ 48

REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 49

ATIVIDADE 6 ............................................................................................................ 50

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire .................................. 51

Tela 6 ....................................................................................................................... 51

Tela Atividade 6 – Wiki – Conceitos técnicos e pedagógico do

moodle ....................................................................................................................... 51

UNIDADE V ................................................................................................................ 52

MÃOS À OBRA! .......................................................................................................... 52

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APRESENTAÇÃO

presente trabalho é o re-

sultado de leituras, es-

tudos e pesquisas reali-

zado no decorrer do Programa de

Desenvolvimento Educacional

(PDE) 2014, IES – Universidade

Estadual de Londrina.

A produção didático-pe-

dagógica é constituída por fun-

damentos teóricos, conceitos

técnicos e atividades práticas

que permitem aos atores educa-

cionais que fazem parte dessa

proposta, refletir, discutir e

repensar a prática pedagógica.

Sua formulação veio atender os

objetivos do Projeto de Inter-

venção na Escola que está vol-

tado à formação docente para o

uso pedagógico das tecnologias

digitais. No sentido, de usar

as tecnologias digitais como

instrumentos mediadores capa-

zes de promover experiências

significativas e novas formas

de ensinar e aprender.

Assim, o moodle foi o am-

biente virtual de aprendizagem

escolhido para ser utilizado em

uma perspectiva pedagógica,

como colaborador do ensino pre-

sencial e potencializador de

experiências que favoreçam o

processo de ensino e aprendi-

zagem. E, assim também, discu-

tir os papéis de professores e

alunos no processo de aprendi-

zagem colaborativa, já que essa

característica é uma das que

merecem destaque dentro desse

ambiente.

Esse caderno pedagógico

está dividido em cinco unidades

de estudo e em cada uma delas,

tanto a fundamentação teórica

quanto as atividades práticas

serão desenvolvidas no moodle

do Colégio Osmar Guaracy

Freire. O uso do moodle para o

desenvolvimento dos encontros,

objetiva estabelecer relação

das leituras e discussões do

tema, com a experiência de par-

ticipar de uma formação em am-

biente virtual de aprendizagem,

não só como cursista, mas como

produtor do conhecimento cons-

truído ao longo do curso. Acre-

dita-se que essa vivência além

de possibilitar o conhecimento

técnico do moodle e suas fer-

ramentas, oportuniza ao docente

explorar suas potencialidades

pedagógicas.

Cada encontro será pre-

sencial e as atividades serão

mediadas no ambiente virtual de

aprendizagem de acordo com o

planejamento desse caderno pe-

dagógico. No decorrer desses

encontros e do desenvolvimento

da implementação do projeto,

O

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será possível observar, anali-

sar os resultados, se os obje-

tivos foram ou não alcançados,

dados estes que auxiliarão na

construção da última etapa teó-

rico-prática que compõem a for-

mação continuada PDE-2014, o

artigo final.

O estudo do uso pedagó-

gico do moodle e suas ferramen-

tas, não pretende formular car-

tilha ou manual de possibili-

dades pedagógicas direcionadas

aos professores e equipe peda-

gógica. Porém, colaborar com

iniciativas complementares de

leituras e pesquisas que bus-

quem fornecer subsídios técni-

cos e pedagógicos aos docentes

em relação às tecnologias di-

gitais, para que possam surgir

novas experiências significa-

tivas no processo ensino e

aprendizagem.

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UNIDADE I

CRONOGRAMA

Carga horária Atividades

02 horas Leitura e exposição oral da fundamentação

teórica

02 horas Atividades práticas

Total: 04 horas

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Contexto Social

2. Contexto Pedagógico e uso das tecnologias digitais

ATIVIDADE 1

QUESTIONÁRIO

Participe do questionário, para que possamos conhecer

as experiências dos participantes em relação a cursos em

ambiente virtual de aprendizagem.

Por meio do questionário vamos nos conhecer e trocar

experiências!

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1. Contexto Social

ara desenvolver o projeto

de intervenção pedagógica

que tem como tema o uso

das tecnologias digitais em am-

biente virtual de aprendizagem,

é necessário estudarmos autores

que investigam o processo his-

tórico de transformação da so-

ciedade. A sociedade atual

passa por várias transformações

em seus aspectos políticos,

econômicos, culturais, histó-

ricos e sociais. Os conhecimen-

tos e desenvolvimentos práticos

das tecnologias estão “em todos

os setores de nossa vida: sa-

úde, comércio, indústria,

transportes, lazer, e tempo li-

vre” (TORRES SANTOMÉ, 2013,

p.14).

As ferramentas tecnológicas

incorporadas pelos setores do

cotidiano das pessoas trouxeram

mudanças, encurtaram à distân-

cia, interferiram na individu-

alidade, na coletividade, no

profissional, no entreteni-

mento, no contexto social, eco-

nômico e cultural. Estas alte-

rações trouxeram benefícios nas

condições humanas, em termos de

praticidade e agilidade, mas

também favoreceram o fortale-

cimento dos interesses econô-

micos que movem a produção e o

consumo dos aparatos tecnoló-

gicos e de poder político

(BELLONI, 2002).

As discussões discorrem

acerca dos caminhos percorridos

pela humanidade na maneira de

se informar e de se comunicar,

do computador, da internet,

mas, também ao que antecedem a

esses fatores, as três etapas-

chave no desenvolvimento das

tecnologias e suas consequên-

cias na educação, citadas por

Coll e Monereo (2010).

Como consenso de discussão,

os autores caracterizam a pri-

meira etapa como o desenvolvi-

mento da linguagem oral. A ora-

lidade como meio de comunicação

entre as pessoas. Para isso, os

falantes necessitavam estar fi-

sicamente presentes, possuir

habilidades como observação,

memória e capacidade de repe-

tição.

A segunda etapa do desenvol-

vimento da comunicação inicia-

se com o surgimento da escrita,

a partir da necessidade humana

de registrar dados, transmitir,

compartilhar informações e ex-

periências com os outros. Mesmo

não existindo a presença fí-

sica, a proximidade entre os

interlocutores eram necessá-

ria, já que mensageiros e cor-

reio postal não alcançavam

grandes distância. Com a prensa

tipográfica e o correio se dá a

formação de uma sociedade de

massa, em progresso na indus-

trialização econômica e de mi-

gração urbana. Aqui se estabe-

lece a educação formal para

P

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atender a necessidade da soci-

edade, de alfabetização, letra-

mento e compreensão dos conte-

údos de forma significativa.

A terceira etapa é denomi-

nada pelos autores como vir-

tual, que tem seu marco com a

chegada dos sistemas analógicos

de comunicação até a atuali-

dade. O desenvolvimento da lin-

guagem virtual pontuada Coll e

Monereo (2010), também é dis-

cutido por outros autores. Para

Silva (2012, p.37), a sociedade

atual como a “sociedade da in-

formação”. O autor justifica

que a escolha deste termo, é

pelo fato de ele ter nascido de

uma “[...] reformulação expli-

citada de um conceito já ins-

talado (pós-industrial) para

outro, em função da percepção

de que a informação, a comuni-

cação e o conhecimento aí ge-

rados tornam-se “os recursos

estratégicos e os agentes

transformadores da sociedade.”

Para este mesmo autor, o

processo de gestação dessa so-

ciedade vem desde o telefone,

rádio, cinema, televisão, mas é

a partir do computador que se

deu o ponto culminante do pro-

gresso técnico. Momento em que,

todos os meios de informação e

comunicação são englobados e o

computador passa a ser o centro

processador de informação. Ou

seja, constitui-se um artefato

centralizador que estrutura e

configura a sociedade, em ter-

mos de comércio, meios de co-

municação, lazer, educação, en-

tre outros.

A partir de então todos es-

ses aspectos que ganharam força

com o computador, se fortalecem

e se ampliam ainda mais com

chegada da internet. Coll e Mo-

nereo (2010) apresentam que a

partir do surgimento da inter-

net do primeiro navegador e

servidor da web, em 1991, se

passaram apenas duas décadas de

existência para que seu desen-

volvimento fosse espetacular e

oportunizasse por meio de na-

vegador de massa, como Netscape

e aplicativos que passaram a

permitir baixar da rede arqui-

vos de textos, músicas, imagens

e posteriormente, vídeos. Os

autores relatam que nesse mo-

mento a forma de conceber a in-

ternet era como um imenso re-

positório de conteúdo, em que

os usuários poderiam acessar e

baixar arquivos, chamada pelos

autores de “à infância da rede

e tem sido denominada “web 1.0”

ou fase “pontocom” (COLL e Mo-

nereo, 2010, p.35).

A web 1.0 teve seu declínio

com o fechamento de um pro-

grama, o Napster, primeiro sis-

tema de distribuição de arqui-

vos de popularidade massiva.

Segundo Coll e Monereo (2010) o

programa surgiu em 1999 e ofe-

recia possibilidades de compar-

tilhar todo tipo de arquivo.

Além de compartilhar arquivos,

era possível por meio do bus-

cador e servidor principal,

hospedar a lista de usuários

conectados e seus arquivos com-

partilhados. O Napster atingiu

em 2001 seu auge, mas nesse

mesmo ano, por determinação ju-

dicial foi fechado. Contudo,

garante que a filosofia do Nap-

ster está até hoje na internet,

a qual passa a ser denominada

de web 2.0 ou web social.

Page 12: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

12

Outro autor que demarca essa

transição da fase da internet

da web 1.0 para web 2.0 é Tor-

res Santomé (2013). Para ele as

tecnologias se modificaram ra-

pidamente e proporcionaram às

pessoas mais possibilidades de

acesso à informação e comuni-

cação. Os novos modos de comu-

nicação, RSS, SMS, blogs, wi-

kis, podcast, fóruns, entre ou-

tros, são consequências do de-

senvolvimento da internet por

meio da Web 2.0. Torres Santomé

(2013), identifica que esse foi

o marco inicial, ao que ele

chama de “uma segunda nova era

de possibilidades no seio da

revolução digital” (2013,

p.15).

É importante ressaltar que

a web 1.0 era considerada ape-

nas um repositório de conteúdo,

em que os sujeitos eram apenas

consumidores de informações,

que tinham uma atuação passiva.

Já na web 2.0 o sujeito é pro-

tagonista, além de retirar in-

formações, também produz infor-

mações.

Há estudos que já anunciam

novas etapas de desenvolvimento

da internet. Coll e Monereo

(2010) expressam que a web 3.0

ou web semântica, ampliam a vi-

são da internet, como proposta

de que a informação não seja

apenas localizável e acessível,

que os computadores possam re-

alizar as mesmas tarefas que os

humanos e não limite-se a fazer

armazenamento, buscas, proces-

samento, combinação e transfe-

rências de informações.

Coll e Monereo (2010) rela-

tam que a web semântica está em

fase de experimentação, que se

anuncia como uma base de dados

globais capaz de proporcionar

aos usuários (humanos e agentes

artificiais) respostas e infor-

mações personalizadas a partir

de perguntas, buscas e que ou-

tras webs estão surgindo.

Porém, é no âmbito pedagó-

gico a mudança essencial de

perspectiva, professor e aluno

são consumidores e produtores

de informação. Nesta linha de

pensamento, que é a partir da

web 2.0 que o trabalho educa-

cional pode ser pensado, isso

porque estas ferramentas se

apresentam também como uma nova

forma de enriquecer e contri-

buir para que aprendizagens

significativas aconteçam.

É em relação à dinâmica de

colaboração e cooperação entre

professor e aluno no processo

ensino e aprendizagem, que no

próximo tópico contextualiza-

remos a possiblidade das tec-

nologias digitais como ferra-

menta pedagógica.

A expressão web 2.0 começou a ser

utilizada a partir de 2001, por au-

tores como T. O’Reilly (2005). Se a

web 1.0 pode ser entendida como a

infância da internet, poderíamos di-

zer, prosseguindo com a metáfora,

que com web 2.0 a internet chegou à

puberdade (COLL; MONEREO, 2010, p

35).

“Os alunos passam ser descobridores,

transformadores e Os alunos passam

a ser descobridores, transformado-

res e produtores do conhecimento”.

[...] “Como parceiros, professores

e alunos desencadeiam um processo de

aprendizagem cooperativa para bus-

car a produção do conhecimento”

(BEHRENS, 2000, p.75).

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2. Contexto pedagógico e o uso

das tecnologias digitais

oda a discussão exis-

tente em torno das tec-

nologias digitais, no

sentido de contextua-

lizá-las com o desenvolvimento

da sociedade e as interferên-

cias sofridas de acordo com a

realidade e as necessidades

dessa, leva a perceber os re-

flexos no processo de escola-

rização. Há uma preocupação de

como o sistema educativo, a

formação docente continuada e

o processo de ensino e apren-

dizagem reagem frente às

transformações, sejam elas no

âmbito cultural, social, polí-

tico, econômico, da manutenção

da desigualdade social, da

qualidade e democratização do

conhecimento, das novas possi-

bilidades de conhecer e inte-

ragir com o mundo.

Torres Santomé (2013, p.28)

aponta essa preocupação ao

mencionar que é preciso “re-

pensar a educação, atualizar

os sistemas educativos pres-

tando maior atenção às trans-

formações que esta revolução

tecnológica está originando”.

O estudo de Coll e Monereo

(2010, p.39) apontam no sen-

tido de que a evolução da in-

ternet, em especialmente, “a

subjacente visão das TIC às

proposta da web 2.0, abrem

perspectivas inéditas do ponto

de vista dos contextos de de-

senvolvimento e dos cenários

educacionais”.

A escola não pode ficar a

margem de todo o desenvolvi-

mento tecnológico, das mudan-

ças na forma de viver das pes-

soas, de se relacionar e de se

comunicar; rapidez das infor-

mações, da aproximação cultu-

ral; nos impactos econômicos,

exacerbação do consumismo; in-

teresses políticos e tudo que

compreende a sociedade em que

estamos inseridos, já que a

instituição educativa norteia

todo o processo de formação do

indivíduo, em que se pretende

formar pessoas críticas, capa-

zes de atuarem nessa realidade

existente.

Isso significa contextua-

lizar os saberes sistematiza-

dos com a realidade em que es-

tamos inseridos, no comprome-

timento dos indivíduos com o

real, tanto no sentido de co-

nhecê-la, como de sermos res-

ponsáveis em transformá-la. Ou

seja, possibilitar aos alunos

T

Page 14: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

14

leitura crítica de mundo e si-

tuá-los como agentes sociais

de transformação.

Em uma concepção de educa-

ção que respeite a essência do

homem como ser livre e pen-

sante, que privilegie situa-

ções que desenvolvam em cada

ser humano a unidade entre o

pensar e o agir é preciso en-

tender que a “[...] educação

escolar deve servir para dar

sentido ao mundo que rodeia os

alunos, para ensiná-los a in-

teragir com ele e a resolverem

os problemas que lhe são apre-

sentados” (COLL; MONEREO,

2010, p. 39).

A escola da atualidade,

pertencente a essa sociedade,

necessita de um professor que

conheça e domine os meios pelo

qual o conhecimento pode ser

construído, que busque enten-

der e perceber que com as tec-

nologias digitais, ganhamos no

acesso, democratização da in-

formação e novos horizontes em

relação às inúmeras possibili-

dades pedagógicas que se cons-

tituem em ferramentas capazes

de contribuir com novas formas

de ensinar e aprender.

As diversas possibilidades

pedagógicas e formas de ensi-

nar e aprender por meio do de-

senvolvimento da web 2.0 pro-

porcionam novas oportunidades

para educação e a formação do-

cente porque “[...] estas her-

ramientas estimulan la experi-

mentación, reflexión y lagene-

ración de conocimientos indi-

viduales y colectivos, favore-

cendo la conformación de unci-

berespacio de intercreatividad

que contribuye a crearun en-

torno de aprendizaje colabora-

tivo” (ROMANI e KUKLINKI,

2007, p. 101).”

A instituição educa-

cional, como espaço da educa-

ção formal, terá o seu fator

diferencial, na maneira como

conduzirá aos indivíduos a

utilização das infinitas pos-

sibilidades das tecnologias

digitais e ressignificar o

processo de ensino e aprendi-

zagem. No que diz respeito aos

alunos dentro do processo en-

sino e aprendizagem, Torres

Santomé (2013) afirma que o

que distingue os processos de

ensino e aprendizagem de sala

de aula, de outros que aconte-

cem em ambientes mais infor-

mais, é justamente, a possibi-

lidade de convertê-los em am-

bientes educativos e não ape-

nas informativos. Criar situ-

ações de aprendizagem verda-

deiramente interativas e cola-

borativas, não somente coope-

rativas. “Falar de colaboração

implica ressaltar uma partici-

pação ativa social por parte

de quem está envolvido com a

resolução de um problema ou de

uma aprendizagem (SANTOMÉ,

2013, p.43).

Ou seja, significa investir

em uma educação que possa

transformar a subjetividade de

[...] O uso destas ferramentas po-

dem am-pliar ou melhorar as habi-

lidades do corpo docente e também

lhe permite criar novas maneiras de

enfrentar as tarefas que, por sua

vez, mudam a própria natureza de

uma atividade [...] (BERNABÉ, 2012,

p 80).

Page 15: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

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quem participa, passam de es-

pectadores passivos e silenci-

osos, para um estado de cons-

ciência e cidadania, capazes

de se expressar, opinar e ava-

liar toda a informação dispo-

nível.

No entanto, neste novo ce-

nário, os papéis dos alunos e

dos professores também se al-

teram e o professor tem um novo

desafio e ao mesmo tempo uma

grande possibilidade que é a

“interatividade”.

No contexto da interativi-

dade, o aluno precisa ser ins-

tigado a buscar e a se envol-

ver na produção do conheci-

mento, para que o mesmo seja

relevante e significativo.

Já o professor, com o papel

fundamental do processo ensino

e aprendizagem, torna-se o

agente mediador no processo de

construção do conhecimento do

aluno que possibilita diferen-

tes experiências de aprendiza-

gens aos alunos. Para tanto,

pode incorporar em sua prática

de sala de aula as mais vari-

adas possibilidades de uso das

tecnologias digitais. É possí-

vel listar algumas: interati-

vidade entre docentes e alu-

nos; qualidade e quantidade da

difusão de conhecimentos aces-

sados em bibliotecas digitais

com maior rapidez; edição di-

gital que dá liberdade em

criar seus próprios textos di-

gitais, inserir imagens e ví-

deos; discussões e comparti-

lhamentos de conteúdos por

meio de blogs, fóruns, chats,

wikis, produção escrita, entre

outros.

É importante ressaltar que

essas são possibilidades aces-

síveis para serem realizadas

com alunos no laboratório da

escola, com aparelhos multimí-

dias, notebook, tablet, celu-

lar, que tenham acesso à in-

ternet disponível. Sem falar

das comunidades virtuais, que

segundo Torres Santomé (2013)

são chamadas “comunidades on-

line” ou comunidades eletrôni-

cas, formadas por grupos de

usuário da internet que os

vínculos, interações e rela-

ções ocorrem em espaços virtu-

ais por meio de blog, chats,

videoconferências, e-mails,

redes sociais. Essas comunida-

des virtuais transformaram a

forma como as relações sociais

acontecem. Entre as platafor-

mas virtuais mais citadas es-

tão Facebook, Twitter, Second

Life, Linkedin, moodle. Há

também espaços virtuais insti-

tucionalizados, direcionados

especificamente para educação,

como o site escolar.

Diante de inúmeras possi-

bilidades ofertadas pelos apa-

ratos digitais o professor

pode ressignificar a forma de

ensinar e aprender. Segundo

Coll, Mauri e Onrubia (2010)

as tecnologias de informação e

comunicação em geral, e em

particular as digitais ofere-

cem possibilidades de procura

A aprendizagem precisa ser signi-

ficativa, desafiadora, problemati-

zadora e instigante, a ponto de mo-

bilizar o aluno e o grupo a buscar

soluções possíveis para serem dis-

cutidas e concretizadas à luz de

referenciais teóricos/práticos.

(BEHRENS, 2000, p.77)

A aprendizagem precisa ser significativa,

desafiadora, problematizadora e insti-

gante, a ponto de mobilizar o aluno e o

grupo a buscar soluções possíveis para

serem discutidas e concretizadas à luz de

referenciais teóricos/práticos.

(BEHRENS, 2000, p.77)

Page 16: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

16

e acesso de informação, repre-

sentação, processamento,

transmissão e compartilha-

mento.

No entanto, diante de di-

ferentes possibilidades peda-

gógicas na prática docente por

meio das tecnologias digitais,

entender o papel do professor

no processo de ensino e apren-

dizagem é importante e neces-

sário. Como Vygotsky (1991)

preconizava, o professor é o

mediador desse processo,

aquele que possibilita aos

alunos passagem do saber empí-

rico ao conhecimento sistema-

tizado, embasado sempre em co-

nhecimentos científicos, em

informações e dados contextu-

alizados com esses conteúdos,

dentro de pesquisas com fontes

fidedignas e confiáveis.

O que significa que ensi-

nar, não só compreende ao pro-

fessor somente a transmissão

dos conhecimentos científicos

produzidos historicamente pela

humanidade, mas de dar novos

significados aos caminhos que

os alunos devem percorrer em

busca do conhecimento.

Essa concepção de ensinar e

aprender está articulada ao

processo de formação docente e

a sua continuidade durante o

exercício da prática pedagó-

gica. Por este motivo, para

dar continuidade ao objeto do

estudo do Projeto de Interven-

ção, são necessárias algumas

análises dos aspectos relaci-

onados à formação continuada

dos professores e as limita-

ções encontradas para o uso

pedagógico das tecnologias di-

gitais.

REFERÊNCIAS

BEHRENS, Marilda Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num para-digma emergente. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida (Org.). Novas tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. Campinas, Sp: Papirus, 2000. Cap. 2. p.67-132.

BELLONI, Maria Luiza. ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL. Educação & Sociedade, Campinas, Sp, v. 23, n. 78, p.117-142, abr. 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v23n78/a08v2378.pdf>. Acesso em: 07 jul. 2014. BERNABÉ, Iolanda. Os professores como aprendizes com as TICs. In: CAPELLA, Sebastià; BARBA, Carmen (Org.). .Computadores em sala de aula: Métodos e uso. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 77-83. Tradução: Alexandre Salvaterra

Page 17: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

17

COLL, César; MONEREO, Carles. Educação e aprendizagem no século XXI: no-vas ferramentas, novos cenários, novas finalidades. In: COLL, César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e educação. Porto Alegre: Artmed, 2010. Cap. 1. p. 15-45. Tradução: Naila Freitas.

COLL, César; MAURI, Teresa; ONRUBIA, Javier. A incorporação das tecnologias

de informação e comunicação na educação: do projeto técnico-pedagógico às

práticas de uso. In: COLL, César; MONEREO, Carles. Psicologia da educação

virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e educação. Porto

Alegre: Artmed, 2010. Cap. 3. p. 66-93. Tradução: Naila Freitas.

ROMANI, C.; KUKLINKI, H. P. Planeta Web 2.0 inteligencia colectiva o médios fastfood. Grup de Recerca d'Interaccions Digitals, Universitat de Vic. Flacso Mé-xico. Barcelona / México DF. 2007. p. 101-134. Disponível em: <http://www.pla-netaweb2.net/>. Acesso em: 16 de jan. 2013. SILVA, Marcos. Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia clássica, internet, tecnologias digitais, arte, mercado, sociedade, cidadania. 6. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012. 270 p. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Currículo escolar e justiça social: O cavalo de troia da educação. Porto Alegre: Penso, 2013. 335 p. Tradução: Alexandre Salvaterra.

VYGOTSKI, Lev S.. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo, Sp: Mar-

tins Fontes, 1991. 90 p.

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18

ATIVIDADE 2

VAMOS PRATICAR?

Durante o resgate histórico, cultural, social e

econômico que envolve o desenvolvimento das tecnologias e

suas consequências na educação, você consegue relacionar

esses contextos em qual momento de sua vida? (social,

profissional, entre outros). Construa sua linha do tempo e

relacione com as TIC. Disponibilize no diário.

Page 19: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

19

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire

Tela 1

Tela 2

Tela 3

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20

Tela Atividade 1

Tela Atividade 2 – Vamos Praticar?

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21

UNIDADE II

CRONOGRAMA

Carga horária Atividades

02 horas Leitura e exposição oral da fundamentação

teórica

02 horas Atividades práticas

Total: 04 horas

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Aspectos limitantes no uso pedagógico das tecnologias

digitais

2. O uso do moodle no processo e ensino e aprendizagem.

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ATIVIDADE 3

GLOSSÁRIO

Diante das experiências e discussões realizadas na

Unidade I, com certeza surgiram algumas dúvidas, conceitos e

termos novos em relação ao tema. Para que esses conceitos nos

auxiliem nas discussões, vamos elaborar o glossário do nosso

estudo!

O glossário tem por objetivo promover pesquisas e

aprofundamento de termos e conceitos de forma colaborativa

pelos participantes. Os termos inseridos podem ser acessados

por ordem alfabética.

Selecione um termo que entenda ser importante conceituar

e disponibilize sua pesquisa na ferramenta glossário. Você

poderá consultar outras fontes para realizar a pesquisa, porém,

logo abaixo do conceito você deve referenciá-la.

É importante lembrar: durante o curso a ferramenta glossário

pode ser alimentada sempre que for necessário, assim, pode ser

mais uma fonte de pesquisas ao estudante.

Page 23: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

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3. Aspectos limitantes no uso

pedagógico das tecnologias digi-

tais

s políticas responsáveis

pela formação continuada

dos professores e de in-

fraestrutura das escolas, re-

lativas ao uso das tecnologias

digitais em sala de aula é um

tema muito discutido por estu-

diosos na atualidade. Como por

exemplo, Coll, Mauri e Onrubia

(2010) discutem a respeito da

conveniência em dispor aos

professores recursos e apoios

que contemplem aspectos tecno-

lógicos, psicopedagógicos e

didáticos, ou seja, “centrar

os processos de formação do

professorado nos usos efetivos

das TIC nas salas de aulas mais

do que nas suas potencialida-

des teóricas” (p.89).

Tal propósito passa a ser

empreendido para uma formação

continuada que supere o apren-

der apenas como funciona tal

máquina, aparelhos e aplicati-

vos, como se faz, e, para que

servem determinadas funções

dos aparatos tecnológicos e

para alcançar uma formação que

dê condições ao professor de

pensar sobre o uso pedagógico

de tais ferramentas em seu fa-

zer docente.

Neste sentido,

A

Page 24: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

24

Diante da complexidade que

tal desafio apresenta Tardif

(2007) destaca a necessidade

de estreitar a relação entre a

formação contínua e a profis-

são, ou seja, uma formação

continuada que se baseie nas

situações vividas pelo profes-

sor em sala de aula que subsi-

diá-lo em sua prática pedagó-

gica.

Assim, a afirmação do autor

oportuniza refletir sobre a

discussão apresentada até o

momento, em busca de uma for-

mação que disponibilize os co-

nhecimentos técnicos impres-

cindíveis à manipulação de de-

terminadas máquinas, recursos,

mas, que também explore as

possibilidades pedagógicas.

Inclusive, Tardif (2007) apre-

senta que,

No que se refere especifica-

mente a oferta das formações

continuadas em serviço, em re-

lação ao uso das tecnologias

em sala de aula, realizadas

pela Secretaria de Educação do

Estado do Paraná referem-se a

cursos que preparem o profes-

sor para terem noções básicas

do uso do computador, da in-

ternet, de programas especifi-

camente para laboratórios de

informática ou ferramentas

tecnológicas disponíveis na

escola.

A formação continuada ainda

reforça a reprodução e não

está centrada nas diversas

possibilidades pedagógicas

dessas ferramentas. Assim,

como exemplifica Moran (2000,

p.32) “passamos muito rapida-

mente do livro para televisão

e o vídeo e deste para o com-

putador e internet, sem apren-

der e explorar todas as possi-

bilidades de cada meio” e isso

impossibilita o entendimento

do uso pedagógico que tais

ferramentas possam proporcio-

nar.

Torres Santomé (2013) apre-

senta o conceito de “tecnocra-

tismo” para se referir ao uso

das ferramentas tecnológicas

para meramente reproduzir mo-

delos didáticos tradicionais e

autoritários. Exemplifica que

seria apenas uma espécie de

maquiagem das rotinas didáti-

cas em que se mudam as fontes

e as cores do texto, mas não a

filosofia educativa por trás

do trabalho pedagógico.

Este mesmo autor ressalta

também, que “é preciso estar

sempre alerta para adaptar as

TICs aos processos de ensino e

aprendizagem, e não eles às

TICs” (p. 23) e também que as

TIC ainda não foram totalmente

[…] o desafio que ora se apresenta

é o de se propor uma pedagogia ino-

vadora com materiais didáticos

adaptados às características das

linguagens que as tecnologias di-

gitais viabilizam, quer no momento

em que o professor realiza a medi-

ação do ensino ou na composição dos

conteúdos (MÜLBERT, BITTENCOURT e

ROESLER, 2009, p. 96).

“a formação contínuada concentra-

se nas necessidades e situações vi-

vidas pelos práticos e diversifica

suas formas: formação através de

pares, formação sob medida, no am-

biente de trabalho, integrada numa

atividade de pesquisa colaborati-

vas, etc.” (p.291).

Page 25: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

25

adotadas nos sistema educativo

porque os programas de atuali-

zação docente não prestam

atenção a alguns fatores de-

terminantes: a existência da

obrigatoriedade de número de

excessivos de conteúdos para

cada disciplina, o que faz que

o professor se omita em se com-

prometer com inovações didáti-

cas; trabalho pedagógico ar-

raigado nas tradições metodo-

lógicas controladas pelo livro

didático e a pressão exercida

pelas grandes editoras para

que governos não coloquem em

risco o mercado e os negócios

que as movimentam.

Estudos realizados por Maia

e Barreto (2012) apresentam

que as políticas públicas vol-

tadas para disseminação e uso

das tecnologias digitais na

educação nacional foram imple-

mentadas nos anos 90 e com elas

nessa mesma época, surgem às

primeiras produções acadêmicas

apontando as fragilidades nas

políticas relativas à capaci-

tação docente para o trabalho

pedagógico com as TIC.

Os autores afirmam também

que a formação contínua do-

cente deve ser prioridade nos

investimentos públicos em re-

lação ao uso das tecnologias

digitais na educação. Assim,

se o profissional estiver apto

a trabalhar com essas tecnolo-

gias abre-se para as possibi-

lidades de ambientes mais sig-

nificativos de aprendizagem.

Ainda, expõem necessidade dos

professores serem conscientes

de suas responsabilidades re-

lativas à receptividade às

tecnologias digitais no ensino

e a de reivindicar por forma-

ção continuada para que sejam

desenvolvidas práticas consis-

tentes em sala de aula.

Algumas informações são ne-

cessárias no tocante a esta

discussão, no sentido de com-

preender como o Sistema de En-

sino Público Estadual do Es-

tado Paraná desempenha a for-

mação continuada dos docentes.

As formações consistem em

serem rápidas e cumprirem de-

terminada carga horária legal.

Existem formações específicas

para todas as disciplinas, ou-

tras para todos os segmentos

da escola, como acontecem no

início do ano letivo e no re-

torno do recesso do mês de ju-

lho, que são chamadas de sema-

nas pedagógicas. As formações

[...] Ora os professores não uti-

lizam as tecnologias digitais em

suas práticas educativas, ora eles

não são formados para isso. Desta

forma, instaura-se um contrassenso

e a escola continua, na maioria das

vezes, resumida às práticas tradi-

cionais de ensino, mesmo que dis-

ponha de novas ferramentas [...]

(MAIA e BARRETO, 2012, p.51,52).

Não se trata mais de privilegiar a

técnica de aulas expositivas e re-

cursos audiovisuais, mais conven-

cionais ou mais modernos, que é

usada para a transmissão de infor-

mações, conhecimentos, experiên-

cias ou técnicas. Não se trata de

simplesmente substituir o quadro-

negro e o giz por algumas transpa-

rências, por vezes tecnicamente

mal elaboradas ou até maravilhosa-

mente construídas num power point

ou começar a usar Datashow”

(MASETTO, 2000, p.143).

Page 26: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

26

para cada disciplina compreen-

dem em estudos de temas e pro-

postas enviadas pela Secreta-

ria de Estado da Educação Su-

perintendência da Educação –

SEED, o que consiste em cursos

técnicos e específicos para

áreas do conhecimento, aconte-

cem paralelos aos dias letivos

e oferecem carga horária ex-

tra. O docente que necessita

de carga horária para comple-

tar em termos de elevação no

Plano de Carreira busca parti-

cipar dos cursos oferecidos ao

longo do ano.

Em relação à formação téc-

nica para o uso pedagógico dos

instrumentos tecnológicos, o

professor do Estado do Paraná

conta com a 1Coordenação Regi-

onal de Tecnologia na Educação

(CRTE) criada por meio da Re-

solução nº. 1636/2004 de

30/04/2004 e normatizada pela

instrução n.º 04/2004 em mesma

data. A equipe que atende aos

professores recebe orientações

da Diretoria de tecnologia

Educacional (DITEC), por meio

da Coordenação de Apoio ao Uso

de Tecnologias (CAUTEC). Nes-

ses cursos o docente tem opor-

tunidade de conhecer e apren-

der por meio de oficinas sobre

1http://www.nre.seed.pr.gov.br/apucarana/modu-les/conteudo/conteudo.php?conteudo=111 Acesso:15/07, às 15h00min.

específicos recursos tecnoló-

gicos.

De acordo Maia e Barreto

(2012) “não se justifica in-

vestir em ferramentas para não

ter modificação da prática do-

cente e ganhos na aprendiza-

gem”. Esta afirmação faz sus-

citar outros apontamentos im-

portantes em relações a esses

investimentos públicos em

busca de inserção das tecnolo-

gias digitais na educação, mas

que no momento não é o foco do

estudo.

SUGESTÃO DE LEITURA

MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnolo-gias audiovisuais e tele-máticas. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Apa-recida (Org.). Novas tec-nologias e mediação pedagógica. 10. ed. Campinas, Sp: Papirus, 2000. Cap. 1. p. 11-65.

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27

4. O uso do moodle no processo e

ensino e aprendizagem

estudo sobre o uso do mo-

odle no processo e ensino

e aprendizagem partiu da

necessidade e intencionalidade

da comunidade escolar na qual

o projeto de intervenção será

aplicado, no sentido de enten-

der e utilizar a plataforma

moodle e explorar suas possi-

bilidades pedagógicas, como

ferramenta que possibilite ex-

periências significativas na

aprendizagem do aluno.

O 2Moodle - Modular Object-

Oriented Dynamic Learning En-

vronment, é um software livre,

de apoio ao processo pedagó-

gico em um ambiente virtual.

Para compreensão do que é um

ambiente virtual de aprendiza-

gem, os seguintes autores se-

rão estudados: Almeida (2003),

Alves (2009), Abegg (2009) Va-

lentini; Soares (2010) Lima;

Sauer (2010). Esses autores

colaboram para uma definição

completa do que são os ambien-

tes virtuais de aprendizagem,

o moodle e as suas possibili-

dades no processo de ensino e

aprendizagem.

Para Almeida (2003, p.331)

esses ambientes “são sistemas

2 Segundo Santos (2012) o moodle foi criado por Martin

Dougiamasem 1999. É um software livre, de código

aberto, que pode ser instalado gratuitamente. A plata-

forma moodle se espalhou rapidamente e na atuali-

dade não é só utilizado por sistemas de ensino, mas

computacionais disponíveis na

internet, destinados ao su-

porte de atividades mediadas

pelas tecnologias de informa-

ção e comunicação”. As autoras

Valentini e Sacramento (2010)

complementam a ideia de que

esse espaço virtual permite

desenvolver estratégias e in-

tervenções de aprendizagem,

que propicie a construção de

conceitos, mediado pela inte-

ração entre alunos, professo-

res e objeto de conhecimento.

também por organizações sem fins de lucro e empre-

sas privadas.

O

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28

É possível destacar que o

estudo está centrado no ambi-

ente virtual de aprendizagem

como colaborador do ensino

presencial. Desta forma, Al-

meida (2003) explica que os

ambientes virtuais de aprendi-

zagem servem como apoio [...]

“às atividades presenciais de

sala de aula, permitindo ex-

pandir as interações da aula

para além do espaço-tempo do

encontro face a face” [...]

(p.332).

Lima e Sauer (2010) destacam

que, além desse apoio a reali-

zação de atividades em sala de

aula, também são espaços cons-

tituídos por ferramentas que

permitem a comunicação, a co-

laboração e a realização de

tarefas.

O suporte para o desenvolvi-

mento do trabalho está direta-

mente relacionado à prática

pedagógica docente. A ação de

3sín·cro·no(grego súgkhronos, -ou, contemporâ-

neo)adjetivo. Que se rea-

liza ao mesmo tempo em que ou-

tro. = SIMULTÂNEO "síncrona", in Dicionário

Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-

2013, http://www.priberam.pt/dlpo/s%C3%ADncr

ona [consultado em 20-08-2014].

ensinar em ambientes virtuais

de aprendizagem significa:

A dinâmica exigida por parte

do professor nesses espaços

virtuais de aprendizagem deve

ser diferente dos moldes tra-

dicionais ainda hoje aplicados

em sala de aula. Segundo Alves

(2009) o moodle oferece ferra-

mentas de interação 3síncronas

ou 4assíncronas que podem ser

utilizadas de acordo com a ne-

cessidade e objetivo do pro-

fessor. A autora observa que

para usar adequadamente essas

interfaces, é fundamental in-

teragir com ambiente e estabe-

lecer relações com a disci-

plina e conhecimentos que os

alunos necessitam construir.

Almeida (2003) acredita que

a redefinição do trabalho do

4as·sín·cro·no (a- + síncrono) adjetivo.

Que não se realiza ao mesmo tempo que outro.

"assíncrona", in Dicionário Priberam da Língua

Portuguesa [em linha], 2008-

2013, http://www.priberam.pt/dlpo/ass%C3%AD

ncrona [consultado em 20-08-2014].

O ambiente moodle é um software li-

vre, que apresenta interfaces de

comunicação e gerenciamento de in-

formações que poderão mediar ati-

vidades, tanto na modalidade pre-

sencial quanto a distância. Estas

interfaces ampliam o espaço para

discussão dos conceitos que são

trabalhados nas disciplinas, per-

mitindo que sejam estabelecidas

práticas colaborativas de aprendi-

zagem (ALVES, 2009, p.188)

“organizar situações de aprendiza-

gem, planejar e propor atividades;

disponibilizar materiais de apoio

com o uso de múltiplas mídias e

linguagens; ter um professor que

atue como mediador e orientador do

aluno, procurando identificar suas

representações de pensamento; for-

necer informações relevantes, in-

centivar a busca de distintas fon-

tes de informações e a realização

de experimentações; provocar a re-

flexão sobre processos e produtos;

favorecer a formalização de con-

ceitos; propiciar a interaprendi-

zagem e a aprendizagem significa-

tiva do aluno” (ALMEIDA, 2003

p.334 e 335).)

Page 29: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

29

papel do professor se dá a par-

tir do momento que o mesmo com-

preende a importância de esta-

belecer parcerias com alunos.

Quando aponta as possibilida-

des dos novos caminhos, pro-

voca o aluno a descobrir novos

significados para si mesmo,

desperta o prazer da escrita

como expressão do pensamento,

da leitura como compreensão da

opinião do outro, da comunica-

ção para o compartilhamento de

ideias, das produções conjun-

tas e desenvolvimentos de pro-

jetos colaborativos. Neste

contexto, o professor toma

consciência de todas essas

possibilidades e dá um novo

sentido à prática em sala de

aula, consequentemente, se

constitui em uma nova forma de

ensinar e aprender.

Algumas características

técnicas das interfaces podem

ser encontradas em manuais e

tutorias aplicados em cursos

de formação para o uso moodle.

Porém, esses conhecimentos

técnicos relacionados a uma

abordagem pedagógica de como

desenvolver o trabalho neste

ambiente virtual, podem auxi-

liar o professor a identificar

as que mais se adequam aos seus

objetivos no ensino e aprendi-

zagem.

Para Alves (2009) o moodle é

um ambiente rico de potencia-

lidades pedagógicas e a cada

ano, são desenvolvidas novas

interfaces para promover dife-

rentes possibilidades de

aprendizagem. Entre as mais

utilizadas estão: tarefa,

chat, fóruns de discussões,

fóruns de notícias, diário,

glossário, perfil, questioná-

rios, recursos, wiki, pesquisa

de opinião, entre outros. Al-

gumas ferramentas permitem a

comunicação, como o fórum de

discussão e chat, outras são

complementares ao conteúdo e

de compartilhamento, que é o

caso do glossário, diário e

recursos.

Todos os estudos que abordam

o uso do moodle e suas ferra-

mentas no processo de ensino e

aprendizagem ressaltam a capa-

cidade que esse ambiente tem

em desenvolver uma aprendiza-

gem colaborativa. Okada (2009)

explica o que é aprendizagem

colaborativa:

Um exemplo desse princípio é

a ferramenta wiki, que exer-

cita escrever de maneira cola-

borativa. “O Wiki se constitui

em uma rica interface para

exercitar a possibilidade de

construir coletivamente com

autonomia e cooperação”

(ALVES, 2009, p.199). Nesta

proposta de produção, alunos e

professores constroem coleti-

vamente os textos, em uma di-

nâmica, que todos os envolvi-

dos serão autores e responsá-

veis pelo trabalho realizado.

Cada qual tem liberdade e au-

tonomia de alterar, incluir,

fazer observações, entre ou-

tros.

[...] é uma proposta metodológica

na qual a tônica é o estudo e a

construção de certo conhecimento,

em equipe. O aluno colabora com

elementos do grupo, no seu objetivo

comum, e estes ou qualquer um deles

colabora com o aluno na sua produ-

ção particular” (p.80).

Page 30: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

30

Todo o processo de constru-

ção colaborativa deve ser me-

diado pelo docente, a partir

da forma como vai trabalhar,

em grupos separados, dupla,

trio, a critério de escolha,

como também, com tempo pré-de-

finido para realização das

atividades. A produção do co-

nhecimento por meio do traba-

lho cooperativo necessita de

análise crítica e ativa dos

alunos e professores.

A partir desta proposta, o

processo de ensino e aprendi-

zagem ganha com o trabalho

nessa interface, os autores

estudados até aqui, afirmam

que trabalhar com wiki é um

desafio, mas a forma como será

conduzida a prática pedagógica

poderá ser considerada um

avanço, em termos da transfor-

mação do trabalho educativo

docente. Segundo Abeeg (2009)

todas as formas de trabalhar

com essa ferramenta, necessi-

tam do planejamento das ativi-

dades, de estudos centradas no

diálogo, na problematização e

na participação ativa dos es-

tudantes, sempre orientadas

pelo professor. Isso significa

que pode ser uma ferramenta

eficaz no processo de ensino e

aprendizagem em busca de me-

lhorar as práticas docentes e

de qualidade de conhecimentos

construídos pelos alunos.

Behrens (2000) aponta que o

trabalho em grupo exige uma

postura colaborativa, por

isso, a autora chama professor

e alunos de parceiros. Um am-

biente de aprendizagem em que

se permite colaboração, pauta-

dos na tolerância e a convi-

vência com as diferenças.

Neste paradigma educacional,

“[...] o aluno precisa saber

defender suas idéias, suas

descobertas e argumentar sobre

elas. Precisa, também, saber

respeitar as opiniões dos com-

panheiros, mesmo que ele não

concorde com elas [...]”

(BEHRENS, 2000, p. 122).

Sem pretender formular car-

tilha ou manual de possibili-

dades pedagógicas direcionadas

aos professores, estudar algu-

mas ferramentas permite cola-

borar para o desenvolvimento

da implementação do moodle na

comunidade escolar em questão,

bem como propor iniciativas

complementares de leituras e

pesquisas que busquem fornecer

subsídios técnicos e pedagógi-

cos aos docentes em relação à

utilização das tecnologias di-

gitais no ensino e aprendiza-

gem.

A escrita colaborativa, no “wiki”

do Moodle, constituiu, para os alu-

nos que participaram, um momento de

busca do conhecimento em que os su-

jeitos procuraram respeitar as ha-

bilidades individuais, além de com-

partilharem responsabilidades en-

tre si (FERRAZ, 2009,p.157).

[...] a ferramenta de atividade

wiki do Moodle pode ser configu-

rada de maneira que cada grupo faça

seu trabalho produtivo-colabora-

tivo específico tornando-os visí-

veis para todos os participantes

ao final. Assim, podemos formar

sujeitos com capacidade de parti-

cipação em redes de colaboração,

uma vez que o ponto do produto fi-

nal depende da ação produtiva de

todos os demais grupos. O wiki do

moodle possibilita a organização

das atividades de estudo em grupos

separados ou não, o que requer

ainda mais a presença do docente

[...] (ABEGG, 2009, p.91).

Page 31: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

31

REFERÊNCIAS

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FERRAZ, Odbália. Tecendo saberes na rede: O moodle como espaço significa-tivo de leitura e escrita. In: ALVES, Lynn; BARROS, Daniela; OKADA, Alexan-dra. Moodle: estratégias pedagógicas e estudo de caso. Salvador: Eduneb, 2009. p. 143-164. LIMA, Isolda Giani de; SAUER, Laurete Zanol. Razão e emoção em ambientes de aprendizagem: em busca da unidade. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (Org.). Aprendizagem em ambientes virtuais [re-curso eletrônico]: compartilhando ideias e construindo cenários. 2. ed. Caxias do Sul, Rs: Educs, 2010. Cap. 4. p. 65-78. Dados eletrônicos. MAIA, Dennys Leite; BARRETO, Marcilia Chagas. Tecnologias digitais na edu-cação: uma análise das políticas públicas brasileiras.Educação, forma-ção & tecnologias, Monte da Caparica, Portugual, n. 5, p.46-61, maio 2012.

MASSETO, Marcos T. MEDIAÇÃO PEDAGÓGICA E O USO DA TECNOLOGIA. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. Campinas, Sp: Papirus, 2000. Cap. 3. p. 133-173. MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias au-diovisuais e telemáticas. In: MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida (Org.). Novas tecnologias e mediação pedagó-gica. 10. ed. Campinas, Sp: Papirus, 2000. Cap. 1. p. 11-65.

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32

NRE, Apucarana et al. CRTE: COORDENAÇÃO REGIONAL DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO. Disponível em: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/apucarana/modules/conteudo/conteudo.php?con-teudo=111>. Acesso em: 15 jul. 2014. OKADA, Saburo. A intermediação pedagógica múltipla no universo das TIC e mo-odle. In: ALVES, Lynn; BARROS, Daniela; OKADA, Alexandra (Org.). Moodle: es-tratégias pedagógicas e estudo de caso. Salvador: Eduneb, 2009. p. 55-91. SANTOMÉ, Jurjo Torres. Currículo escolar e justiça social: O cavalo de troia da educação. Porto Alegre: Penso, 2013. 335 p. Tradução: Alexandre Salvaterra. SANTOS, José Rui. A moodle nas práticas pedagógicas de uma escola básica: realidade ou ficção na inserção das TIC em sala de aula. Educação, Formação & Tecnologias, Monte da Caparica, Portugual, n. 5, p.72-83, maio 2012.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e Formação Profissional. 8. ed. Petrópo-lis, Rj: Editora Vozes, 2007. 325 p. VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento. Fluxos de in-

teração: uma experiência com ambiente de aprendizagem na Web. In:

VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (Org.). Apren-

dizagem em ambientes virtuais [recurso eletrônico]: compartilhando ideias e

construindo cenários. 2. ed. Caxias do Sul, Rs: Educs, 2010. Cap. 5. p. 79-89.

Page 33: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

33

ATIVIDADE 4

FÓRUM

“O uso do moodle no processo ensino e

aprendizagem”

As leituras e discussões feitas até aqui nos levam a refletir sobre

nossa prática e as possibilidades pedagógicas que o uso das tecno-

logias pode oferecer ao processo de ensino e aprendizagem.

Registre sua participação no fórum com contribuições acerca do

assunto. Você pode colaborar com essa construção também sugerindo

textos, vídeos, links que abordem o tema, no sentido de acrescentar

a discussão, análises, proposições ou levantar aspectos que não se

limite em plena concordância com o grupo.

Questões norteadoras para a discussão:

O uso do moodle no processo de ensino e aprendizagem como

apoio ao ensino presencial;

O uso do moodle como espaço de aprendizagem significativa

para o aluno.

Possibilidade de novas formas de ensinar e aprender;

Construção colaborativa do conhecimento;

Não se esqueça de interagir ao menos com um colega!

Page 34: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

34

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire

Tela 4

Continuação da Tela 4

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35

Tela Atividade 3 - Glossário

Tela Atividade 4 – Fórum – “O uso do moodle no processo de

ensino e aprendizagem”

Page 36: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

36

UNIDADE III

CRONOGRAMA

Carga horária Atividades

02 horas Leitura e exposição oral da fundamentação

teórica

02 horas Atividades práticas

Total: 04 horas

Resgate de

conceitos

por meio

do Mapa

Conceitual

Page 37: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

37

MAPA CONCEITUAL

Page 38: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

38

O que é moodle?

Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=lptxP6v-RjA

FERRAMENTAS

MOODLE

CONCEITOS TÉCNICOS USO PEDAGÓGICO

ALVES, Lynn. Um olhar

pedagógico das inter-

faces do moodle. In:

ALVES, Lynn; BARROS,

Daniela; OKADA, Ale-

xandra (Org.). Mo-

odle: estratégias pe-

dagógicas e estudo de

caso. Salvador:

Eduneb, 2009. p. 187-

201.

Guia de

Ferramentas

moodle

Page 39: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

39

ATIVIDADE 5

CHAT – Dialogar e pensar a prática pedagógica

Vamos pensar a prática pedagógica discutindo com nossos colegas

a maneira que pretendemos trabalhar com nossos alunos no moodle

da escola. Troque ideias e experiências com seus colegas.

Conte a seus colegas o que pretende desenvolver com seus alunos

nesse ambiente virtual e aproveite para convidá-lo a participar

em um trabalho integrado e colaborativo entre as disciplinas.

Agora!

Page 40: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

40

Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire

Tela 5

Continuação da Tela 5

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41

Tela Atividade 5 – Chat – Dialogar e pensar a prática pedagógica

Page 42: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

42

UNIDADE IV

CRONOGRAMA

Carga horária Atividades

02 horas Leitura e discussão

02 horas Atividade prática

Total: 04 horas

Ferramentas do moodle: Conceito técnico e uso pedagógico

o administrar um curso

no moodle o professor

tem controle total so-

bre a edição deste, persona-

liza as interfaces de acordo

com seus objetivos pedagógicos

e tem liberdade em ativar ou

desativar quaisquer recursos

destinados aos alunos. Pode

escolher os formatos de cur-

sos:

semanal, por tópico ou

um formato social;

disposição das ativida-

des do curso: Tarefas,

Chats, Fóruns de discus-

sões, Fóruns de notí-

cias, Diário, Glossário,

Perfil, Questionários,

Recursos, wiki entre ou-

tros;

mudanças recentes no

curso desde o último

acesso podem ser mostra-

das na página principal

do curso;

todas as notas atribuí-

das aos Fóruns, Questio-

nários, Glossários, Ta-

refas e wikis, podem ser

vistas em uma página e

baixada como um arquivo

de planilha eletrônica,

bem como, escalas perso-

nalizadas de notas em

que os professores de-

fine nas atividades ava-

liativas;

A

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43

acompanhamento e rastre-

amento dos usuários por

meio de relatórios de

atividade individual por

aluno, disponíveis com

gráficos e detalhes so-

bre cada módulo (último

acesso, número de vezes

de leitura feita pelo

aluno); Integração de

correio, com cópias de

postagens nos fóruns,

feedback do professor;

os cursos podem ser

agrupados como um único

arquivo zip usando a

função Backup. Este ar-

quivo pode ser restau-

rado em qualquer servi-

dor Moodle.

O planejamento das ativida-

des e materiais a serem inclu-

sos no moodle, devem estar

sempre de acordo com os obje-

tivos traçados pelo professor

em relação ao conteúdo de sua

disciplina.

O professor pode criar pá-

gina textos; páginas web, fa-

zer link para arquivos de

quaisquer tipos, que estejam

ou não armazenado no ambiente,

assim se tem um disco virtual

com os materiais, também há

possibilidade de inserir ima-

gens, textos e vídeos que se-

rão exibidos na seção.

Na ferramenta tarefa o pro-

fessor pode disponibilizar as

atividades que serão realiza-

das pelos alunos. Por meio de

enunciado o professor explica

o que o aluno deve fazer para

cumprimento das tarefas. Essas

podem ser marcadas com uma

data de cumprimento e com nota

máxima que será atribuída. As

tarefas podem ser planejadas

pelo professor para serem off-

line ou online.

Ainda segundo Alves (2009),

existe uma terceira possibili-

dade que é o texto online, em

que o aluno pode produzir um

texto no próprio ambiente mo-

odle, sem precisar anexar ar-

quivos, para todos os envios

de tarefas é necessário infor-

mar se irá permitir novo envio

do texto, se deseja ser infor-

mado a cada vez que o aluno

postar o texto e se permitirá

inserir comentários. Os alunos

podem enviar suas tarefas em

qualquer formato de arquivo

para o servidor e essas serão

marcadas com datas. As tarefas

atrasadas podem ser permiti-

das, porém, o tempo de atraso

é mostrado ao professor. A

classe inteira pode ser avali-

ada em relação à tarefa, seja

por nota ou comentário, em um

único formulário. O feedback

do professor é anexado à pa-

gina da tarefa, cada aluno tem

possibilidade de ver o seu,

como também é notificado via

email. O professor pode pro-

porcionar e permitir a reapre-

sentação das tarefas, mesmo

após a atribuição das notas, é

chamado de reavaliação. Alves

(2009) afirma que as tarefas

oportunizam os alunos se de-

frontarem com o não saber e

isso os mobiliza buscar a re-

solver os problemas e as ques-

tões propostas pelo professor.

Pode ser usada como investiga-

ção do nível de aprendizagem

que os alunos apresentam em re-

lação a determinados conteú-

dos.

Page 44: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

44

O chat uma ferramenta per-

mite a interação por meio de

texto, de forma síncrona. O

professor pode criar salas de

bate papo e escolhe a qual ati-

vidade da seção esse irá per-

tencer. É possível personali-

zar o chat, incluir figuras do

perfil na tela e aceitar URLs,

símbolos gráficos (smiles),

HTML embutidos, imagens. Todas

as seções são documentadas

para verificação posterior,

como também, estas podem ser

disponibilizadas aos alunos.

Dentro de uma perspectiva pe-

dagógica o trabalho com essa

ferramenta deve ser norteado

pelo professor por meio de

questões que antecedem as dis-

cussões. Antes de finalizar o

chat é fundamental que o pro-

fessor, ou alguém do grupo que

for escolhido, faça a sistema-

tização do que foi discutido

no bate papo. Esses questiona-

mentos devem estar relaciona-

dos com os conteúdos e conhe-

cimento específico da disci-

plina. Como também, devem ser

estabelecidas regras que serão

construídas em grupo, o que

significa oportunizar a parti-

cipação de todos os integran-

tes. Outro aspecto pedagógico

importante do chat é o forta-

lecimento das relações entre

os sujeitos do processo ensino

e aprendizagem. (ALVES, 2009).

O fórum é um espaço de dis-

cussão sobre temas pré-deter-

minados pelo professor, “os

conteúdos estruturais de cada

disciplina são os temas das

atividades disponibilizadas

com a finalidade de desenca-

dear discussões” (LIMA e

SAUER, 2010, p.72). Essas dis-

cussões podem ser assíncronas.

Existem diferentes tipos de

fóruns que estão disponíveis:

fórum reservado aos professo-

res, news, fórum para uso ge-

ral, fórum com ações limita-

das. Todas as postagens têm a

foto do autor anexada e cada

pessoa pode se inscrever em

cada um dos fóruns, de modo que

as cópias são encaminhadas via

email, ou o professor pode fa-

zer a inscrição de todo o

grupo. As discussões nessa

ferramenta podem ser vistas

aninhadas, em sequência ou in-

dentada, pode se começar pelas

mais antigas ou mais recentes.

Os tópicos de discussão podem

ser facilmente movidos entre

fóruns pelo professor e ima-

gens anexadas são mostradas no

corpo da mensagem.

Caso o professor queira uti-

lizar avaliações nos fóruns,

essas podem ser restritas a um

período limitado. Lima e Sauer

(2010) ainda afirmam que o

ponto de destaque dessa meto-

dologia é a possibilidade de

identificar as dificuldades de

cada aluno, sem que o profes-

sor exija a repetição de eta-

pas já vencidas, em uma dinâ-

mica que analisa cada caso,

que considere os conhecimentos

que os alunos já possuem, em

busca promover a (re) constru-

ção de conhecimentos.

O fórum apresenta inúmeras

possibilidades pedagógicas e

as autoras Lima e Sauer (2010)

Page 45: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

45

destacam algumas delas:

Para Alves (2009) a partici-

pação dos alunos deve ser pau-

tada na liberdade de expres-

são. E, isso significa, promo-

ver diálogos mediados pelo

professor, que estimulem a

participação dos alunos, em

perguntar, argumentar e refle-

tir, sem medo de errar. Lima e

Sauer (2010) também refletem a

respeito da participação dos

alunos nas discussões, “a par-

ticipação com dúvidas ou con-

tribuições nas discussões é

incentivada como um ato de so-

lidariedade que pode, ao mesmo

tempo, beneficiar todo o

grupo” (p.73).

Para os professores existem

algumas orientações de como

proceder como administrador

dos fóruns de discussões que

estão no estudo de Alves

(2009, p. 195) em relação: a

quantidade de texto; formata-

ção de texto; não responda

tudo; linguagem; discussão

aberta; construção de concei-

tos, erros do aluno; nenhum

erro pode ser corrigido? Defi-

cientes visuais; Não responda

logo; retome a discussão; con-

tenha a fuga do assunto e es-

timule a discussão coletiva.

Essas observações fazem parte

de pressupostos pedagógicos

que devem nortear o trabalho

em um espaço virtual de apren-

dizagem e auxiliam o professor

a desenvolver o processo de

ensino e aprendizagem, pautado

nos conteúdos curriculares e

que tem as ferramentas como

elemento agregador de conheci-

mentos.

O fórum de notícias consiste

em auxiliar o professor na or-

ganização e divulgação de tudo

que for referente à disci-

plina. O docente é único que

pode publicar mensagens, anún-

cios, dicas, links, recados

entre outros. Na verdade essa

ferramenta faz parte de uma

propaganda da disciplina, se é

[...] O fórum é destinado às dis-

cussões relacionadas aos temas de

estudo. Tendo em vista que apren-

dizagem é, por exce-lência, cons-

trução, tais discussões, ainda que

não se constituam sempre em ativi-

dades obrigatórias, permitem re-

fletir so-bre possibilidades de

identificar dificul-dades, melho-

rar a compreensão, escla-recer dú-

vidas e socializá-las, propici-

ando, dessa forma, benefícios a

todo o grupo envolvido, sempre que

houver interesse. Todas as contri-

buições, sejam elas de questiona-

mentos, de conclusões, sejam de

sugestões de aperfeiçoamento para

questões próprias ou de colegas,

são incentivadas e valorizadas no

processo de avaliação (p.72).

Frequentemente, a dificuldade de

identificar ou expressar uma

dúvi-da é a causa do silêncio ob-

serva-do em muitos ambientes pre-

sen-ciais ou virtuais. Nesse sen-

tido, ambientes de aprendizagem,

em que possam ser privilegiadas

ati-vidades de interação, possi-

bilitam intervenções que auxiliam

profes-sores e alunos na identi-

ficação e na superação de difi-

culdades, além de favorecerem o

aprimora-mento da comunicação

(LIMA e SAUER, 2010,p.73).

Os resultados, então, não se tra-

duzem exclusivamente por aquisição

de conteúdos, mas pelo desenvolvi-

mento de novas habilidades, tais

como: ler e reler até compreender,

interpretar in-formações, reconhe-

cer e valorizar gestos e atitudes

de interesse e solidariedade e tan-

tos outros, gerados pela disposi-

ção de par-ticipar colaborando em

benefício próprio e coletivo (LIMA

e SAUER, 2010,p.74).

Page 46: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

46

que podemos compará-la assim.

Aqui está oportunidade em di-

vulgar notícias relativas a

tudo que acontecerá na disci-

plina, inclusive publicar tó-

picos novos de conteúdo.

Outra ferramenta importante

no acompanhamento do professor

da aprendizagem do aluno é o

diário. O diário permite ao

aluno registrar o seu desen-

volvimento individual em rela-

ção aos conteúdos e as ativi-

dades proposta. Esses regis-

tros caracterizam sistematiza-

ções de aprendizagem, interna-

lizadas e construídas, que não

deixam de ter também sua carga

emocional, como expectativas,

angústias e avanços que estão

relacionados a esse processo

de escrita de si mesmo. Como

apenas aluno e professor tem

acesso ao diário existe uma

liberdade do aluno em escre-

ver, nesse momento o docente

por meio de feedbacks pode

aproveitar para questionamen-

tos e diálogos, ou, análise do

desenvolvimento de aprendiza-

gem como parte de uma avalia-

ção formativa (ALVES, 2009, p.

196).

O glossário é uma ferramenta

que consiste em atividade de

construir verbetes colaborati-

vos, ou seja, significados

para terminologias e conceitos

específicos relativos ao con-

teúdo da disciplina. O autor

do verbete que é o responsável

por editá-la, porém, todos os

participantes devem contribuir

para sua construção. Permite

desenvolver a pesquisa, conhe-

cimento, compreensão, aplica-

ção e criação. Ao professor é

mais um instrumento de acompa-

nhamento e avaliação de con-

tribuições individuais. Um

apontamento importante de Al-

ves (2009) em relação à cons-

trução do glossário é que a

atividade pode ser iniciada

com os primeiros conteúdos

abordados pelo professor até o

término do módulo, desta

forma, os alunos vão “constru-

indo e ressignificando suas

inserções conceituais e termi-

nológicas” (p.200).

O perfil é uma interface

necessária para estabelecer

comunicação entre alunos e

professores. As característi-

cas descritas no perfil partem

das escolhas pessoais de cada

participante, “possibilita ma-

pear um pouco dos desejos e

interesses do grupo, permi-

tindo intervenções mais con-

textualizadas com as demandas

dos sujeitos aprendentes”

(ALVES, 2009, p. 200).

O questionário pode ser uti-

lizado como atividade avalia-

tiva, constituído por questões

de tipo múltiplas escolhas,

associação, teste, entre ou-

tros. Um banco de questões

Diário de bordo – Segundo ainda

Valentini (2004), o diário de

bordo é um espaço onde são regis-

tradas reflexões sobre textos,

atividades, ações, dúvidas, certe-

zas, inter- rela-ções feitas com

outras situações vividas ou imagi-

nadas. E acrescen-ta a pesquisa-

dora que é importante o aluno re-

gistrar regularmente suas anota-

ções no diário, pois isso pos-si-

bilita, tanto à professora quanto

ao aluno, ter um retrato dos passos

percorridos na construção das

aprendizagens (ZANOTTO, 2010, p.

257).

Page 47: Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica ... · Caderno Pedagógico, divididos em Unidades, se constitui em um material didático que subsidiará os encontros

47

pode ser construído pelo pro-

fessor e como também, podem

definir uma base de dados de

questões que podem ser reuti-

lizadas em diferentes questi-

onários. As questões podem ser

arquivadas em categorias para

facilitar o acesso. Os questi-

onários são automaticamente

avaliados, e podem ser reava-

liados se as questões forem

modificadas. Essa atividade

para ser realizada deve ter

prazo estipulado pelo profes-

sor, e, esgotado a data li-

mite, o questionário pode fi-

car indisponível. O professor

pode optar em autorizar que os

sejam respondidos várias ve-

zes, mostrar o feedback e/ou

as respostas corretas. Com in-

tuito de dificultar a cópia

entre alunos das respostas, é

possível embaralhar aleatori-

amente as questões. As ques-

tões permitem o uso de HTML,

imagens, serem importadas de

arquivos-externos.

Em relação às questões, es-

sas podem ser formuladas: de

múltipla escolha com resposta

única ou respostas múltiplas,

de resposta breve (palavras ou

frases), verdadeiro-falso, as-

sociação, aleatórias, numéri-

cas (com escalas permissí-

veis), com resposta embutida

(estilo fechado) com respostas

dentro de passagens do texto,

texto e gráficos descritivos

embutidos. Os questionários

servem também, para realizar

uma auto avaliação.

O recurso é uma ferramenta

que só dissemina informação,

não há interação entre os par-

ticipantes. É possível acres-

centar recursos publicação de

arquivos (doc, pdf, Power-

Point ) e disponibilizar ar-

quivos como em um anexo de e-

mail. O professor é o único que

podem publicar arquivos no am-

biente de sua disciplina e,

esse pode observar se o ar-

quivo foi acessado, como parte

de avaliação formativa. Su-

porta o acesso a qualquer con-

teúdo eletrônico, Word, Power-

point, Flasch, Vídeo, Som,

como também, conteúdos exter-

nos da web podem ser interli-

gados ou incluídos na inter-

face da disciplina.

A wiki é uma ferramenta que

possibilita a construção de

textos colaborativos, que po-

dem ser usados em vários tipos

de atividade, em que cada

aluno poderá colaborar na

construção de textos e segundo

Alves (2009) podendo, inclu-

sive, “ilustrar com imagens e

incluir “links” que dão ao

texto um formato hipertextual

Tal aprimoramento é também privi-

legiado pela promoção de ativida-

des que incentivem o aluno a es-

crever sobre suas ideias, justifi-

cando procedimentos adotados e

analisando resultados obtidos nas

resoluções de problemas, e também

refletindo sobre o papel que lhe

cabe na construção do seu conheci-

mento. Observamos com isso que o

estudante desenvolve o próprio ato

de pensar e que essa atividade re-

flexiva proporciona melhorias na

compreensão dos conceitos matemá-

ticos e nos níveis da motivação,

imprescindível para o aprender

(LIMA e SAUER, 2010,p.73).

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que pode vincular outros tex-

tos fora do ambiente (inter-

textualidade) ou dentro do am-

biente (intratextualidade)”

(p.198). Pode ser utilizado

somente como forma de disponi-

bilizar informação. O wiki é

versátil, porém, não muito

apropriado para discussões.

Desta forma, pode ser usado no

fórum, diário e outras inter-

faces. Na wiki os usuários po-

dem incluir, excluir, alterar

e colocar observações nos pa-

rágrafos que vão sendo cons-

truídos coletivamente. Nesse

sentido, o estudo de Abegg

(2009) também apontam para o

processo de 5produção colabo-

rativa, “wikis estão sendo

destacados como uma tecnologia

com alto potencial de intera-

ção que possibilitam o apren-

dizado em conjunto, a partir

da reflexão colabora-

tiva”(p.90)

5Pelo fato de estarem em rede, às pessoas trocam in-formações, experiências e instituem um processo de “produção colaborativa” (ABEGG, 2009, p.90).

O professor irá acompanhar

toda a produção do grupo e me-

diar à produção do texto, já

que alguns alunos apresentam

dificuldades na produção es-

crita, principalmente em ser

um trabalho coletivo, em que é

necessário a os parágrafos

apresentarem contextualização

e sentido argumentativo.

SAIBA MAIS...

Tal dificuldade se apresenta na

produção do texto que assu-me mui-

tas vezes a forma de uma colcha de

retalhos, já que os alunos tendem

a incluir parágrafos sem efetivar

o ela ligação entre eles, não se

sen-tem a vontade para interferir

no texto do outro e quando o fazem

podem melindrar o co-lega que pos-

tou a mensagem inicial (ALVES,

2009, p. 199).

O que é wiki? - iGovSP

Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=jaZES-

DWmm-c

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REFERÊNCIAS

ABEGG, Ilse. Produção colaborativa e diálogo-problematizador mediados

pela tecnologias da Informação e Comunicação livres. 2009. 207 f. Tese (Dou-

torado) - Curso de Programa de Pós-graduação em Informática na Educação,

Departamento de Centro Interdisciplina de Novas Tecnologias na Educação, Uni-

versidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2009.

ALVES, Lynn. Um olhar pedagógico das interfaces do moodle. In: ALVES, Lynn;

BARROS, Daniela; OKADA, Alexandra (Org.). Moodle: estratégias pedagógicas

e estudo de caso. Salvador: Eduneb, 2009. p. 187-201.

LIMA, Isolda Giani de; SAUER, Laurete Zanol. Razão e emoção em ambientes de

aprendizagem: em busca da unidade. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES,

Eliana Maria do Sacramento (Org.). Aprendizagem em ambientes virtuais [re-

curso eletrônico]: compartilhando ideias e construindo cenários. 2. ed. Caxias

do Sul, Rs: Educs, 2010. Cap. 4. p. 65-78. Dados eletrônicos.

ZANOTTO, Normélio. Lugar da linguagem nos ambientes virtuais de aprendiza-

gem: notas sobre os gêneros textuais. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES,

Eliana Maria do Sacramento (Org.). Aprendizagem em ambientes virtuais [re-

curso eletrônico]: compartilhando ideias e construindo cenários. 2. ed. Ca-

xias do Sul, Rs: Educs, 2010. Cap. 14. p. 252-261.

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ATIVIDADE 6

WIKI – Conceitos técnicos e pedagógicos do moodle

Após estudarmos sobre o moodle e suas possibilidades

pedagógicas para o processo de ensino e aprendizagem e a cada

Unidade desse Caderno Didático fomos experimentando novas

experiências por meio das ferramentas disponíveis nesse am-

biente.

A construção do conhecimento foi mediada e aprendiza-

gem aconteceu de forma colaborativa. Isso permitiu a reflexão

de nossa prática pedagógica e despertou interesses por novos

caminhos em ensinar e aprender.

Assim, convido todos os cursistas a construírem um

texto colaborativo por meio do recurso Wiki, como registro

de todos os conceitos técnicos e pedagógicos que construímos

ao longo desse estudo.

Claro, todo texto precisa ter um início, meio e fim,

portanto, em um trabalho participativo vamos distribuir as

tarefas.

Cursistas que escreverão a introdução:

O que é ambiente virtual de aprendizagem?

O que é moodle?

Cursistas que desenvolvam a respeito das ferramentas.

Cada cursista poderá escolher uma ferramenta do moodle para

apresentar no texto.

Cursistas que farão as considerações finais:

Quais os aspectos positivos do uso pedagógico do moodle?

E que aspectos esse ambiente virtual de aprendizagem pode

favorecer o ensino presencial?

Qual a importância do professor conhecer esse ambiente e suas

ferramentas?

Importante: Cada cursista irá escrever um item, que comple-

mente e dê sequência ao texto do colega. Quem ler nossa

produção precisa compreender o que produzimos de conhecimen-

tos nos nossos encontros.

Estarei com vocês durante todo o processo de produção. Con-

fiem!

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Sistema Moodle do Colégio Osmar Guaracy Freire

Tela 6

Tela Atividade 6 – Wiki – Conceitos técnicos e pedagógico do

moodle

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Já que agora já conhecemos o ambiente

virtual de aprendizagem, o moodle do

Colégio Osmar Guaracy Freire, vamos

colocar em prática o que estudamos du-

rante os encontros.

Produção de atividade com o uso de uma ferramenta

do moodle:

Cada professor entrará em seu curso e irá preparar

uma atividade para os alunos;

O professor selecionará o conteúdo que esteja tra-

balhando em sala de aula;

Escolher uma ferramenta que melhor atenda os obje-

tivos pedagógicos;

O professor pode trabalhar com a atividade em ho-

rário de aula, no laboratório ou pode solicitar

que a mesma seja feita em casa. Lembrando que para

fins avaliativos a atividade não pode ser cobrada

se não for desenvolvida na escola, já que nem todos

os alunos possuem acesso à internet em suas resi-

dências;

Caso o professor entenda necessário pode inserir

textos, imagens, links que abordem o conteúdo re-

lacionado à atividade proposta;

UNIDADE V

MÃOS À OBRA!