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Edição e Propriedade:Secretariado Nacional do Movimento dos Cursilhos de CristandadeRua S. Vicente de Paulo, Nº. 13Edifício Fonte Nova - Bloco A1º. Andar, O-P 2495-438 Cova da IriaFátima - PortugalISSN: 2182-5645 [email protected] [email protected]://www.mccportugal-sn.pt/ NIPC 506 760 677

Coordenação:Dra. Albertina Santos (Braga)[email protected]

Design, Paginação,Impressão e Acabamento:Tadinense - Artes Gráficaswww.tiptadinense.pt

Edição:Número 68 | 4.º Trimestre 2016

FICHA TÉCNICA

SUMÁRIO

Editorial ................................................... 3

Porto ........................................................4

Bragança - Miranda ............................. 5

Setúbal .................................................... 7

Núcleo Sul ............................................ 10

SN ............................................................ 11

Springfield dos E.U.A. ........................13

Núcleo Centro ..................................... 14

Guarda ..................................................22

Coimbra

R.N. Centro

Portalegre-Castelo Branco

Leiria Fátima

Ultreia Mundial ...................................26

Lamego .................................................28

Papa Francisco ................................... 30

Intendência 2016-2017 ....................35

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CRISTO CONTA CONNOSCO!

A vida é feita de ciclos e etapas...Mais um ano terminou. O quarto dia, no nosso Movimento, é preenchido com um ritmo pautado pelo lema pisar forte na vida!O plano foi traçado pelo Mestre. Sabemos em Quem confiar. Ele é o Amigo de todos os momentos e fiel em acompanhar-nos no nosso pere-grinar.Como alguém disse: “Ele não nos fez com bússolas no peito, para encon-tramos os caminhos certos... Nem nos mandou com mapas e trilhas... Não.Ele nos fez com um coração. Para sentirmos o caminho passo a passo... com as suas curvas, as subi-das, as descidas...

Se formos fiéis aos nossos corações, saberemos fazer as nossas esco-lhas...Basta ter Fé n’Ele e seguir... Afinal, Ele nos dá provas de confiança a cada segundo...”Agora que novo ano começa, novos desafios se colocam. O Senhor chama-nos ao compromis-so de dizer sim e estarmos presen-tes na Ultreia Mundial de 6 de Maio, em Fátima com entusiasmo. Esta é a nossa maior prioridade.Cristo conta connosco!Jogamos em casa, temos de garantir que sabemos acolher e bem receber, como é próprio da família cursilhista. Divulga e entusiasma os outros a es-tarem presentes.Há que falar oportuna e inoportuna-mente, como fazia o nosso patrono S. Paulo, deste grande acontecimen-to para o MCC. Passará muito tempo até que tal se repita novamente em Portugal. Não percamos esta oportunidade única, que conjuga aspectos memoráveis: Ultreia Mundial; 100.º aniversário

de Eduardo Bonnín (4 de Maio); e o Centenário das Aparições de Fátima.A alegria cursilhista deve marcar esta Ultreia Mundial e com a presen-ça dos cursilhistas portugueses fare-mos festa com os irmãos cursilhistas que nos visitarão.O ano novo terá para o MCC este momento que se deseja marcan-te… dando início a novo ciclo para o MCC. Como nos diz o Papa Francisco partindo à conquista das periferias.«É hora dos Cursilhos».Excelente Ano para todos, com mo-mentos felizes para recordar!

«Ele nos fez com um coração. Para sentirmos o caminho passo a passo... com as suas curvas, as su-bidas, as descidas... Se formos fiéis aos nossos corações, saberemos fazer as nossas escolhas...»

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Albertina SantosSecretária MCC

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4 Teresa Vilas-Boas

Ao estudarmos as origens do MCC verificamos que nasceu de uma Escola de Dirigen-

tes. Como podemos ler no nº 319 do Ideias Fundamentais, “a Escola de Dirigentes é uma peça essencial para a continuidade e desenvolvi-mento e a realização da finalidade do MCC. É ela que dinamiza todo o Movimento”. Na nossa Diocese, ao fim de dois anos de Escola de Diri-gentes, em que aprofundamos a Es-sência, a Mentalidade e a Finalidade do Movimento através do estudo do Ideias Fundamentais, é-nos proposta e Escola Complementar onde damos continuidade à nossa formação. Em cada ano estudamos temas muito interessantes, desde documentos da Igreja (Doutrina Social, documentos do Vaticano II, Encíclicas e Exorta-ções Apostólicas, entre outros) até aos temas mais prementes do Mun-do actual. Este ano, comemorando o cente-nário do nascimento de Eduardo Bonnín, vamo-nos debruçar sobre os seus escritos. É um caminho para entendermos mais e melhor o ser e viver cursilhista. “COMO DEUS QUER O MUNDO (QUE MUDE DE SELVAGEM A HUMANO)” foi o primeiro tema do ano, apresentado pelo Sr. Padre Baptista. Logo no títu-lo, há algo que nos chama a atenção: que mude de selvagem a HUMANO. O que Deus quer para o Mundo, fê--lo Jesus enquanto HOMEM pelas suas atitudes. E, como nos indica Bonnín, este querer de Deus deixou--nos Jesus bem explícito “na frescu-ra perene das Bem-Aventuranças e na diáfana claridade do Pai-Nosso”. “Bem-aventurados os pobres em es-pírito... os que choram... os mansos...

os que têm fome e sede de justiça...” e não “Bem-aventurados os que vão à missa... os que rezam... os que são importantes... os poderosos...”A nossa vida cristã tem que celebrar os Sacramentos na vida; é na minha casa, com a minha família, no meu trabalho com os meus colegas, na minha rua, com os meus vizinhos... e em outros tantos ambientes que tenho que celebrar a minha fé, a mi-nha adesão a Jesus Cristo. É aí que eu tenho que partilhar o que “colho e bebo” nos Sacramentos e na oração. Mas o problema reside no amole-cimento em que nos deixamos cair, falando o que não sentimos, criando “um Jesus à minha imagem em vez de me moldar à Sua”. Assim, dá-se espaço ao trinómio “egoísmo, orgu-lho e ambição, as três directrizes que vencem nas aspirações do homem actual, e que não são senão reduções da natural aspiração do ser humano, a ser ele mesmo, a ser melhor e a ser mais”. Desfocam a verdadeira reali-dade, pois levam-nos a substituir o objectivo da felicidade pelo da se-gurança de nos sentirmos e actuar-mos como superiores aos que nos rodeiam, pensando que assim pode-mos alcançar respeito e poder.Estes três factores - egoísmo, orgu-lho e ambição - para além de não nos conduzirem à felicidade, proliferam e minam o nosso interior de tal forma, que Bonnín os compara ao efeito do cancro no organismo. Podemos in-terrogar-nos: Quem de nós quer ser pobre em espírito, chorar ou ser injustiçado? Manso, misericordioso ou puro de coração? Quando assim procedemos, somos apelidados de palermas ou utópi-

cos. Mas é este o caminho para en-trarmos na verdade do nosso ser, a tal “hora serena” de que Bonnín nos fala: “Estes momentos de “hora se-rena” em que a pessoa sabe com certeza que o mundo pode ser a casa de todos e um vínculo de harmonia criativa até uma plenitude de todos em todos e em tudo”. E é este o ca-minho que encontramos no MCC. A mudança interior; o encontro com nós mesmos. A descoberta de que a centralidade do Reino de Deus é a Pessoa. Deus está porque está den-tro de mim, que sou pessoa capaz de amar e ser amada. O avanço do mun-do não consiste na mudança brusca ou radical das estruturas, mas sim na mudança interior de cada um. E o en-contro leva à mudança.“O mundo não se muda a golpes de decreto mais do que por um tempo limitado; melhora-se em profundi-dade somente quando se melhoram estavelmente as relações interpes-soais” - diz Bonnín.O itinerário de mudança passa, diria que “obrigatoriamente”, pela PES-SOA - AMBIENTE - AMIZADE, trilo-gia que transforma o mundo segundo o querer de Deus: “Aflorar de novo a realidade da nossa vida diária, o amor, o sentido que não deixou de latir no nosso interior, e fazê-lo gerando uma tripla corrente de amizade com nós mesmos, com Cristo e com os de-mais, é iniciar, no que nos toca, a mu-dança do mundo segundo o querer de Deus, a verdadeira humanização da realidade”(Bonnín). A mudança do “selvagem” ao “humano” só se faz pela mudança de corações.

ESCOLA COMPLEMENTAR

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«A Senhora do Naso, em dia de sol radian-te, e à semelhança de tantos anos para trás, estava de braços aber-tos para acolher estes grandes, decididos e inquebráveis Cursi-lhistas da Diocese.»

ABERTURA DO ANO PASTORAL 2016/2017

A 11 de Setembro de 2016, pere-grinaram até ao Santuário de N.ª S.ª do Naso cerca de 120

Cursilhistas, vindos de todos os pon-tos da Diocese de Bragança-Miranda.Muita alegria e satisfação se adivi-nhava por trás de tantos rostos, ora jovens, ora idosos, mas todos irmana-dos na grande divisa e lema que a to-dos caracteriza: Cristo conta contigo!A Senhora do Naso, em dia de sol radiante, e à semelhança de tan-tos anos para trás, estava de braços abertos para acolher estes grandes, decididos e inquebráveis Cursilhistas da Diocese.Mais uma vez, aquele famoso Santuá-rio, que marca a paisagem do esver-

deado envolvente, serviu de guarida e atracão sócio-religiosa aos animados e Decolores dos Cursilhistas.Obedecendo a um programa de ante-mão detalhado pelo Secretariado, de-pois do Acolhimento, de mãos dadas com a apresentação PPT retrospetiva dos momentos altos do ano Pastoral de 2015/2016, o Diretor Espiritual, Pe Júlio Gomes, presidiu à Oração da Manhã.Logo a seguir, como vem sendo nor-ma, houve a Reunião de Grupo, com alguma novidade na seleção dos ele-mentos, pretendendo-se uma distri-buição aleatória para a constituição numérica dos diversos grupos, evi-dentemente na intenção de partilhar

experiências entre pessoas de dife-rentes pontos geográficos da Diocese.Após um almoço-convívio, da parte da tarde e logo a seguir ao “Rolho” testemunhal, muito intensamente

F. Cordeiro Alves

Santuário de N.º Sra. do Naso

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vivido, diga-se, houve diversas res-sonâncias, todas elas demonstrativas de que a chama da amizade e da es-piritualidade continua bem acesa em cada um dos presentes e que, com Ele, não há lugar a receios ou medos perante uma sociedade frequente-mente hostil e até satirizante daque-les que professam e testemunham uma vida cristã-católica. Ouviram-se testemunhos inflamados de coragem e encorajamento face à necessidade de afirmação e defesa dos ideais cur-silhistas, nomeadamente, o assumir de uma postura frontal e sem peias perante o dom da graça e a promoção da mesma, seja individual, seja gru-palmente, junto dos ambientes.Dos mais novos, que passarão a de-sempenhar funções no Secretariado, sobrevieram palavras de agradeci-mento e a promessa de que tudo se fará para o bom êxito do nosso Mo-vimento. Quase antiteticamente, que rica presença, previsivelmente, da mais idosa de todos, que seguiu as di-versas cerimónias e momentos com toda a atenção e entrega! Talvez mais de 90 anos a testemunhar a riqueza dos Cursilhistas: a AMIZADE em De Colores!

Procedeu-se, pelas 16:00h, à Euca-ristia, momento alto desta Jornada, com a Homilia a cargo do Diretor Es-piritual, que propôs a simplicidade, a entrega e o amor, à reflexão dos nu-merosos presentes, fazendo votos, por outro lado, para o bom percurso e sucesso do Novo Ano Pastoral que se inicia.No momento da Consagração, o silêncio e a devoção profunda ma-nifestaram-se pelo impressionante recolhimento e preces pessoais da Assembleia, qual fenómeno indizível.Sobreveio, por fim, o momento da “Partida”, com a última saudação à Virgem do Naso!E a Senhora, pela sua imagem fina e bela, parecia dizer que, para o Novo Ano Pastoral (2016/2017), orienta-rá os nossos passos, desiderato que quase se adivinhava do pedido e dos lábios de tantos Cursistas desta jor-nada entusiasmante e promissora.

«...não há lugar a receios ou medos perante uma so-ciedade frequente-mente hostil e até satirizante daqueles que professam e tes-temunham uma vida cristã-católica.»

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102º CURSILHO DE SENHORAS

5.º RETIRO DE MUDANÇA

Ricardo Rodrigues

Nos dias 14 a 17 de Abril de 2016, decorreu na Casa de Retiros de Santa Rafaela Maria em Palmela, o 102º Cursilho de Cristandade de Senhoras da

Diocese de Setúbal.O encerramento que teve lugar na Igreja Nossa Senhora da Redenção, na Quinta do Anjo, onde a comunidade de Cursilhistas da Diocese de Setúbal recebeu, em grande festa, as valentes do 102.

Decorreu nos dias 19, 20 e 21 de Fevereiro, o 5º Re-tiro de Mudança da Diocese de Setúbal, na Casa de Retiros de Santa Rafaela Maria, em Palmela.

O Diretor Espiritual do Retiro de Mudança foi o Padre Lobato. Também participaram o Padre Rui Gouveia, o Padre António Estêvão e o Padre Carlos Filipe.Entre a equipa e os participantes do Retiro de Mudança contaram-se 42 Cursilhistas.

14 A 17 DE ABRIL DE 2016

19 A 21 DE FEVEREIRO

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RECOLEÇÃO DAS ESCOLAS DE DIRIGENTES

As atividades da Escola e Pré-escola da Diocese de Setúbal tiveram início com a já habitual Re-coleção, que decorreu no dia 25 de Setembro, na

Casa de Retiros de Santa Rafaela Maria, em Palmela.Sob a orientação do Diretor Espiritual, Pe. Carlos Ros-maninho, fez-se a leitura e meditação da II Carta de São Paulo a Timóteo.Após o almoço, foi tratado o tema Linhas Básicas do MCC, preparado e apresentado pelo presidente do Se-cretariado Diocesano, Henrique de Matos.Seguiu-se a apresentação do programa e do calendário da escola e pré-escola para o ano que agora se inicia.A recoleção terminou em festa com a celebração da Santa missa.

25 DE SETEMBRO DE 2016, PALMELA

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A primeira Ultreia Diocesana de Setúbal do ano pastoral 2016/17, realizou-se no passado dia 20 de Outubro, no auditório do centro paroquial do Montijo.

O acolhimento foi feito pelo Sr. Pe. Carlos Rosma-ninho, Pároco do Montijo e Diretor Espiritual do MCC Setúbal, que juntamente com os cursi-

lhistas da Vigararia do Montijo, receberam em clima de grande festa a comunidade cursilhista da Diocese de Se-túbal.O Reitor, Nuno Caetano, iniciou a Ultreia pelas 21h30 ao som do Decolores, convidando de seguida o casal Vanes-sa e João Estaço para partilharem o seu quarto dia em casal e como a vivência do Cursilho transformou as suas vidas.O seu testemunho lembrou-nos a importância da família na vida de um cursilhista e as dificuldades que os casais mais jovens e com filhos de tenra idade experimentam numa vida cada vez mais cativa e preenchida e que vai subtraindo cada vez mais tempo à família.As ressonâncias fizeram eco de como os cursilhistas va-lorizam as famílias e se apoiam nas famílias para que o seu processo de conversão seja consciente, crescente e

comunicado, e como são importantes os que partilham o lar para manterem o seu tripé bem equilibrado.A Ultreia terminou ao som do Decolores mas prolongou--se com uma ceia preparada pelos anfitriões, que recon-fortou o corpo e proporcionou um agradável e salutar convívio.

ULTREIA DIOCESANA DE SETÚBAL20 DE OUTUBRO DE 2016, MONTIJORicardo Rodrigues

«O seu testemunho lembrou-nos a im-portância da família na vida de um cur-silhista e as dificul-dades que os casais mais jovens e com filhos de tenra idade experimentam...»

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FORMAÇÃO DE REITORES E VICE-REITORES

Com o Ano Santo da Misericórdia quase a terminar, realizou-se entre os passados dias 12 e 13 de no-vembro, no Colégio de Nossa Senhora da Graça,

em Vila Nova de Milfontes, a primeira Formação de Rei-tores e Vice-Reitores destinada aos dirigentes do Núcleo Sul do Movimento dos Cursilhos de Cristandade.Nesta atividade participaram, num ambiente de grande fraternidade, comunhão e partilha, 41 cursilhistas oriun-dos das Dioceses do Algarve (8), Beja (8), Évora (7), Lis-boa (17) e Portalegre-Castelo Branco (1).Constituída por quatro elementos, a equipa formadora contou com a colaboração e o testemunho da Lucília Mi-guéns (Portalegre-Castelo Branco), da Olinda Santos (Lis-boa), do Orlando Silva (Évora) e do Presidente do Secreta-riado Nacional, Saúl Quintas. A Direção Espiritual, por sua vez, esteve a cargo do Pe. Rui Barros (Diocese do Algarve) e do Pe. Ricardo Lameira (Arquidiocese de Évora).Ao longo dos dois dias em que decorreu esta formação foram apresentados sete Rolhos e duas Meditações, tendo-se privilegiado sempre a partilha de experiências através da realização de reuniões de grupo, nas quais se procurou integrar cursilhistas de diferentes dioceses. Nesta formação recordou-se aos presentes quem é o Rei-tor de um Cursilho de Cristandade, quais as caracterís-ticas e qualidades que o mesmo deve ter, bem como as funções que o mesmo deverá assegurar, sem perder de vista o Evangelho e a comunhão com os irmãos, adotando sempre uma postura de serviço. Por outro lado, houve ainda oportunidade de revisitar os três tempos (Pré-Cursilho, Cursilho e Pós-Cursilho) que estruturam o método do MCC, nomeadamente a forma como os mesmos devem ser preparados, tendo sempre presente a forte e indissociável interligação que os une.Noutra perspetiva e no que à preparação da equipa de dirigentes para um Cursilho de Cristandade diz respeito, houve oportunidade de analisar quem deveria integrar a mesma, apontando-se os critérios que devem estar na base da seleção dos respetivos elementos. Ainda neste âmbito, apresentaram-se pistas muito concretas no que concerne à metodologia a adotar na preparação de uma

equipa de dirigentes para um Cursilho de Cristandade.Neste encontro, ana-lisou-se ainda o papel impar do Diretor Espi-ritual na preparação da equipa de dirigentes, no decorrer do próprio Cursilho e também no Pós-Cursilho. Qual pas-

tor que ensina, anima e caminha com as suas ovelhas, o Diretor Espiritual deverá ser aquele que acolhe com pa-ciência, absolve com misericórdia e estimula à perseve-rança.Por último, no sentido de alcançar uma melhor com-preensão sobre aquilo que é hoje o Movimento dos Cur-silhos de Cristandade, houve ainda ocasião para refletir na história e na memória dos cursilhos de cristandade, destacando-se o papel determinante de Eduardo Bonnín que, pese embora as provações, foi sempre um homem de Deus ao serviço dos irmãos.No final desta formação, foi unânime o reconhecimen-to da importância e da utilidade da mesma, bem como a convicção de que esta experiência terá que ser con-sequente e não apenas um “paliativo”. Para além dos conhecimentos adquiridos, todos os presentes destaca-ram ainda a importância da partilha de experiências e de boas-práticas que esta atividade proporcionou, para além do espirito fraterno que imperou sempre ao longo dos dois dias da mesma.

Marco VieiraAlgarve

12 E 13 DE NOVEMBRO DE 2016, V. N. DE MILFONTES

« ...foi unânime (...) a convicção de que esta experiên-cia terá que ser consequente e não apenas um “pa-liativo”.»

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Há seis anos atrás, no âmbito das comemorações do 50º aniversário do primeiro Cursilho de Cristandade em Por-tugal, realizaram-se em Fátima os Cursilhos Nacionais nº 2 de Homens e nº 1 de Senhoras, que contaram com a presença de homens e mulheres de (quase) todas as dioceses do país.Ao longo destes seis anos temos tido a Graça de nos reencontrar todos os anos em Fátima pela altura do ani-versário destes cursilhos. No encontro de Dezembro de 2015 ficou determinado que a próxima reunião seria em São Miguel, Açores, e que incluiria uma peregrinação e Passagem por Porta Santa.No dia 4 de novembro foram chegando ao aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, os irmãos cursilhistas das várias dioceses do país que participaram nos Cursilhos Nacionais, e com eles outros irmãos dos seus grupos de vida e ultreia, num total de 81 pessoas oriundas das dio-ceses de Angra do Heroísmo, Évora, Coimbra, Setúbal, Lisboa, Porto, Vila Real e Lamego.Depois das alegrias do reencontro, seguiu-se uma tarde de passeio e almoço nas Furnas, que culminou com uma Eucaristia no Convento de Santo André, em Vila Franca do Campo.O dia 5 de novembro, sábado, foi o dia “central” do En-contro. Começamos o dia com um Plenário, seguindo-se a Celebração Penitencial de preparação para a “Pas-sagem na Porta Santa”. Logo após o almoço, partimos para Ponta Delgada em peregrinação: percorremos a pé

as igrejas de São Pedro, Matriz de São Sebastião e São José, orando e contemplando a beleza arquitetónica des-tas igrejas. A última paragem foi no Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, onde “passamos” pela Porta Santa e vivemos uma Eucaristia celebrada pelos sacerdo-

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4 A 6 DE NOVEMBRO DE 2016, SÃO MIGUEL

“VIVER CRISTO PELA AMIZADE”

VI ENCONTRO DE ANIVERSÁRIO DOS CURSILHOS NACIONAIS DE 2010

Catarina e Rogério

«... foram três dias vividos e convividos em grande alegria e espírito de amiza-de...»

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tes que acompanharam o grupo – Pe. Pedro Luís (diocese de Coimbra) e Pe. Daniel Almeida (diocese de Lisboa). Após a Eucaristia, o reitor do Santuário convidou o gru-po a conhecer o Convento da Esperança e o Tesouro do Senhor Santo Cristo, terminando com a visita à Capela onde permanece a Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres. Foi sem dúvida um momento muito próximo de Cristo!Nesta mesma noite vivenciamos uma Ultreia, aberta a to-dos os cursilhistas da ilha, que teve início com a reunião de grupo (com quem deves), seguindo-se o rolho viven-cial partilhado por um casal de Vila Real. O efeito positivo do Cursilho na vida do casal e a descoberta que o Cristia-nismo não é uma teoria mas uma forma de vida, foram as ideias-força do belíssimo testemunho. Depois vieram as ressonâncias, muito sentidas e testemunhadas. No final levantou-se o grupo de cantares da Ultreia de Amora – Setúbal, que na sua acção animam ambientes com canti-gas religiosas e populares. Foi uma alegria!No Domingo, terceiro dia, participamos na Eucaristia Do-minical na paróquia de São Nicolau, nas Sete-Cidades, onde fomos recebidos pela comunidade paroquial na pessoa do pároco. Seguiu-se mais um passeio pela ilha, desta vez visitando as lagoas das Sete-Cidades e Fogo, sempre acompanhados por um radioso arco-íris (DeCo-lores) a “pintar” as lindas paisagens - um grande momen-to de contemplação da Obra de Deus.E chegou a hora de todos voltarem às suas casas, mas antes agendamos o próximo Encontro. Foi unânime a de-cisão de que os próximos três encontros (2017, 2018 e

2019) deverão ter lugar noutras dioceses, como forma de “contagiarmos” mais ambientes. Em 2017 serão os participantes da zona norte do país a organizar o encon-tro que acontecerá na diocese do Porto nos dias 4 e 5 de novembro. Já esperamos com muita saudade o nosso reencontro!Sendo difícil passar a palavras o que foram estes três dias, o que conseguimos dizer é que, tal como no nosso Cursilho, foram três dias vividos e convividos em grande alegria e espírito de amizade, onde tivemos a oportunida-de de nos encontrar connosco próprios, com os irmãos e com Cristo!

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Carolina Eiras

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.U.ATÃO LONGE … E TÃO PERTO!

Foi com muita alegria e disponibilidade de coração, que fui como reitora, orientar o 4º Cursilho de Cristandade de Senhoras, em língua portuguesa, realizado na Diocese de Springfield de 27 a 30 do pretérito mês de Outubro, no Convento de Sta. Thecla, Billerica, Massachusetts, nos EUA.Dezassete novas cursilhistas, oriundas de Boston, Ludlow e Connecticut, acompanhadas por uma equipa de res-ponsáveis, também de diversas localidades e, orientadas espiritualmente, pelo Rev.º Padre Vítor, residente na Pa-róquia de N.ª Senhora de Fátima, em Ludlow. Foi grande o empenho e envolvimento de todos, na preparação do cursilho, da casa, logística e refeições.Mais uma dádiva de Deus… fruto das orações e sacrifícios de um sem número de irmãos, por esse mundo além…que nos acompanharam em espírito e através de mensagens, fazendo com que houvesse festa, no coração de cada participante…! Este cursilho, teve um sabor especial para mim, e essencialmente, para os irmãos cursilhistas mais antigos, depois de um interregno de oito anos. Foi grati-ficante, o encontro pessoal com todos eles, na Clausura!Um salão repleto….abraços… lágrimas de alegria e sau-dade…! O frio que se sentia fora, contrastava com o calor humano, que se vivia no interior da sala. Testemunhos sentidos e cheios de esperança, para o 4º dia...!A Eucaristia, foi outro dos momentos fortes e intensos. Um culminar de emoções!

Terminou o Cursilho, com um magnífico jantar, com iguarias portuguesas, ofere-cidas e confeccio-nadas pelos irmãos Ludlow. Confrater-nizou-se e partilharam-se momentos inesquecíveis, da vida de cada um…!A hora avançava, sem se dar conta…! Era preciso percor-rer muitos quilómetros e recomeçar o trabalho no dia se-guinte! Restava somente, a tristeza da despedida...!Peço ao Senhor, que estas vivências sejam o recomeço de uma próspera e significativa etapa, na vida espiritual destas irmãs, e na esperança do porvir, do M.C.C., neste longínquo país de sonhos, onde os nossos irmãos por-tugueses, vivem e convivem fraternalmente, unidos na mesma Fé e na mesma língua. Tão longe em distância….mas…tão perto em emoções sen-tidas, vividas e partilhadas…! É maravilhoso viver em co-munhão com a Igreja Universal e irmanadas no mesmo PAI.O Senhor do Universo, abençoe os vossos projectos, dê perseverança e fidelidade no vosso agir cristão. Sempre mais além…!!Jesus, continua a dizer-nos hoje, tal como ao surdo do Evangelho: “Effathá”! Abre-te, renasce! (Mc.7,24) e ainda “Eles largaram as redes e foram com Ele” (Mc,1,18).

27 A 30 DE OUTUBRO, MASSACHUSETTS, EUA

Tão longe em dis-tância….mas…tão perto em emoções sentidas, vividas e partilhadas…!

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Cerca de cinco dezenas de cur-silhistas partilharam o seu tes-temunho de vivência do seu

quarto dia tendo-se apelado à mútua perseverança. O Rolho/rolho foi focado no testemu-nho do quarto dia. Testemunho que tem de ser positivo e coerente, de forma a motivar os ambientes.

Transcrevemos o rolho/rolho:

Jesus percorria todas as cidades e al-deias, ensinando nas sinagogas, pre-gando o Evangelho do Reino, curando todas as enfermidades e doenças entre o povo.E vendo a multidão teve grande com-paixão deles, porque andavam desgar-rados e errantes, como ovelhas que não têm pastor.Então, disse aos seus discípulos: A sea-ra é realmente grande, mas poucos os ceifeiros.Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a Sua seara.

(S. Mateus 9,35-38)

«Fiz o meu cursilho de cristandade há 19 anos, momento em que o Se-nhor me chamou para tratar da Sua seara.Quando entrei, não sabia para o que ia, pois era tudo muito secreto. Ao sa-ber que ia para ficar 3 dias, até pensei que seria uma espécie de retiro, que era o que andava a bailar na minha cabeça desde há algum tempo.Desses 3 dias, todos nós os vivemos e não vale a pena falar mais. Ao fim do 2º dia já o meu espírito estava totalmente conquistado para Cristo.Passados 2 ou 3 meses, a minha esposa fez um comentário a meu respeito, dizendo-me que eu estava completamente mudado. Sinal que notou a minha mudança de atitude e de agir.Já lá vão 19 anos e, tento continuar a mudar, não é fácil. Aliás, alguém disse que é mais fácil tentar mudar os outros do que mudar-nos a nós próprios.Caio muitas vezes, mas procuro cair cada vez menos, porque Jesus me ama, deu a vida por mim e quer sal-

var-me, e eu, porque também O amo, tenho de fazer o que me compete, porque Jesus conta comigo. Foi assim que aprendemos no Cursi-lho.Então Jesus pode contar comigo na Oração diária, em comunidade, ou individualmente em todos os mo-mentos do meu dia, porque tudo o que faço é em Seu nome.No Estudo, quanta falta me faz, para conhecer a Sua vontade, o que devo fazer, e como o fazer, saber corrigir o que não Lhe agrada, para melhorar a minha vida espiritual, para O amar cada vez mais, pois como ser huma-no que sou, erro mais vezes do que quero (não faço o bem que quero e faço o mal que não quero).Na Ação, porque vivo no mundo e, em alguns ambientes, procuro dar sempre um testemunho correto e coerente, servindo e amando o pró-ximo, o melhor que posso e sei, pre-judicando muitas vezes a minha vida pessoal e familiar, sabendo que estou no meio de lobos. Porque o Senhor o disse: «Envio-vos como ovelhas para o meio dos lobos».

Carlos Fernandes

ULTREIAGUARDA

No passado domingo dia 17 de Julho realizou-se a Ultreia de zona na acolhe-dora vila do Paúl. Foi a terceira neste ano Pastoral, como planificado na Escola, faltando ainda outra a realizar na zona norte da Diocese.

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Devo perseverar até ao fim, sem desânimo, como Ele mesmo fez. «Aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo». E diz ainda: «Se per-manecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade libertar-vos-á» (Jo 8,31). É preciso suportar e perseverar, meus irmãos caríssimos. Assim, admitidos na esperança da verdade e da liberta-ção, podemos chegar a esta verdade e a esta liberdade, porque, se somos cristãos, é por obra da fé e da espe-rança. Mas, para que a esperança e a fé possam dar fruto, é necessária a paciência. [...]Quanto me falta, quanto nos falta... Que não trabalhemos, pois, na impa-ciência, que não nos deixemos aba-ter no caminho do Reino, distraídos e vencidos pelas tentações. Sede irre-preensíveis, como diz S. Paulo. Não jurar, não maldizer, não reclamar o que nos é tirado à força, dar a ou-tra face, perdoar aos irmãos todos os seus defeitos, amar os inimigos e re-zar pelos que nos perseguem: como

chegaremos a fazer tudo isto se não formos firmes na paciência e na to-lerância? É o que vemos em Estêvão. [...] Ele não pede a vingança, mas o perdão para os seus algozes: «Se-nhor, não lhes imputes este pecado» (Act 7,59). Assim, o primeiro mártir de Cristo [...] não foi apenas o pregador da pai-xão do Senhor, mas também o imita-dor da sua extrema doçura. Quando o nosso coração é habitado pela pa-ciência, não pode haver aí lugar para a cólera, a discórdia e a rivalidade. A paciência de Cristo expulsa tudo isso, para construir no coração uma morada pacífica onde o Deus da paz tem gosto em habitar.Fermentar de Evangelho os ambien-tes, esta é a função do cursilhista, não ser “beatos” mas “Santos”, a fim de conquistarmos para Cristo todos aqueles que se cruzam ou vivem con-nosco, para sermos trabalhadores da Seara do Senhor.Não devemos passar ao lado, quan-do vemos alguém que precisa de nós. Devemos atuar com caridade e amor ao próximo, como fez o samaritano, pois só desta forma mudaremos os nossos ambientes para melhor. Cada um tem de fazer o seu trabalho na Messe, quem o não fizer o seu trigo fica por colher.Para terminar vamos ver um pequeno vídeo, duma criança que, com a sua atitude foi um autêntico trabalhador da messe do Senhor. Que nos sirva de exemplo e motivação.Em comunhão com a comunidade paroquial celebrou-se a Eucaristia tendo sido apontado na homilia o testemunho do atual selecionador nacional por ele ser também cursi-lhista. Terminou a Ultreia com um agradável lanche partilhado. Pelo acolhimento muito obrigado.

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quanto nos falta... Que não traba-lhemos, pois, na impaciência, que não nos deixemos abater no caminho do Reino, distraí-dos e vencidos pelas tentações. Sede irrepreensí-veis, como diz S. Paulo. »

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O secretariado da Diocese de Coimbra

Conforme o programado reali-zou-se no passado dia 02 de Outubro a nossa Ultreia dio-

cesana, que teve lugar na Lousã no Centro Pastoral desta Vila, há pouco inaugurado, instalações magníficas com condições ótimas para eventos sociais, religiosos e culturais.A ultreia iniciou-se com o acolhimen-to pelas 10H00.Depois teve lugar a via sacra, muito vivida por todos os presentes que seguiram de forma participativa e grande Fé, os temas proclamados em cada uma das quinze estações, lembrando os passos dolorosos da paixão do Senhor. Após a via sacra, foi apresentado pelo nosso irmão Manuel Cabral, de forma brilhante, o tema da Ultreia “Povo de Deus em comunhão sinoda-lidade e participação”, um texto que propunha algumas reflexões para as reuniões de grupos que iriam ter lu-gar a seguir, a saber:1- O que é a sinodalidade?2- Enquanto movimento inserido na

vida da Diocese, em que aspetos já estamos a viver a sinodalidade?3- Enquanto movimento inserido na vida da Diocese, em que aspetos ain-da nos falta viver a sinodalidade?4- Que pode o MCC fazer para viver ainda com mais dinamismo de sino-dalidade que nos pede o nosso Bis-po?Seguiram-se as reuniões de grupos, nas quais foram debatidas as ques-tões apresentadas para reflexão, ten-do cada um dos cursilhistas presen-tes dado testemunho de como vivem e sentem, na perspectiva enunciada, a sua vida em sinodalidade.O almoço partilhado foi vivido com grande alegria e entusiasmo.Na ultreia, que teve início pelas 14H30, além da coordenadora da ultreia a Fernanda Ramos, que presi-diu, e da presidente do secretariado de Coimbra Romy, estiveram presen-tes o nosso director espiritual senhor cónego Sertório e o pároco da Lousã Padre Orlando Martins, e a presença de cerca de 200 pessoas, sentindo-

-se ali bem o pulsar dos testemunhos apresentados por representantes de todos os centros de ultreia da Dio-cese, partilhando vivências do seu quarto dia. Por fim encerraram os trabalhos a nossa presidente do se-cretariado, o nosso director espiritual e o pároco da Lousã todos com pala-vras de apreço e incentivo. Por fim, teve lugar na Igreja matriz, a eucaristia presidida pelo Sr. Bispo D. Virgílio Antunes, com a presença de muitas pessoas que encheram to-talmente o vasto templo. Na homilia, o Sr. Bispo falou da importância do nosso movimento para a evangeli-zação dos ambientes, incentivando todos, para, com generosidade, fre-quentarem um cursilho de cristan-dade, dado que a Igreja diocesana tem necessidade do nosso trabalho e empenho.Cerca das 18 horas efectuaram-se as despedidas, após mais uma ultreia diocesana que foi do agrado de to-dos.

ULTREIA DIOCESANACOIMBRA

CENTRO PASTORAL DE LOUSÃ02 DE OUTUBRO DE 2016

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Decorreu no Rossio ao Sul do Tejo, diocese de Por-talegre/Castelo Branco, a primeira reunião do Nú-cleo Centro do ano pastoral 2016-2017.

Sob a coordenação até 2018 do Secretariado Diocesano de Leiria, contou com a presença do Pe. Alcides Neves (diretor espiritual do MCC Leiria-Fátima) e do Pe. Ade-lino Cardoso (diretor espiritual do MCC Portalegre/Cas-telo Branco).Contou ainda com a presença de representantes de todos os secretariados diocesanos que integram o núcleo cen-tro (Portalegre/Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Guarda e Santarém).Foi mais uma jornada de trabalho vivida em franco conví-vio, partilha e troca de ideias, onde a amizade entre todos sobressai, e onde a alegria habitual ficou toldada pela no-

tícia do falecimento do irmão António Malheiro que, em representação do Secretariado de Santarém, nos tinha já habituado à sua presença nestas reuniões.Estamos certos que o Senhor o acolheu para o eterno descanso, de braços abertos, como faz com todos os seus filhos.Dos trabalhos sobressaiu o desafio da preparação para a participação e vivência do grande acontecimento de 2017, a Ultreia Mundial, acolhida com muito orgulho em Portugal naquele que é o Altar do Mundo, Fátima.Perante a necessidade e importância dos diversos secre-tariados estarem unidos num momento de oração coleti-va pelo êxito desta Ultreia Mundial, ficou acordado o dia 11 de dezembro para, pelas 16 h, todos os secretariados em simultâneo, mas cada um na sua diocese e em local que entendam mais adequado à participação do maior número de cursilhistas possível, realizarem uma Via Sa-cra de Intendência.Todos se mostraram empenhados em começar já a in-centivar os cursilhistas nas suas dioceses a participarem ativamente neste acontecimento que, congregará em Fátima, rostos, sorrisos, animação e partilha de todos os cantos do mundo, num verdadeiro hino Decolores à Mãe que nos acolhe em sua casa.Foi com um minuto de silêncio em respeito pela partida do nosso irmão António Malheiro, que se deu por termi-nada a reunião.

REUNIÃO DO NÚCLEO CENTRO15 DE OUTUBRO DE 2016

«SENHOR, CONCEDE-NOS FORÇAS PARA IRRADIAR A PAZ E O AMOR QUE NOS ENSINASTE. E, SOBRETUDO, SE-NHOR, PERDOA AS NOSSAS FRAGILIDA-DES E SUSTENTA-NOS A FÉ PARA QUE POSSAMOS ESTAR SEMPRE EM TI, SER-VINDO AOS OUTROS.ASSIM SEJA.»

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No dia 5 do mês de Outubro (feriado nacional) os cursi-lhistas de toda a nossa dio-

cese (Portalegre-Castelo Branco) rumaram, em peregrinação, a Chan-davila – Codosera (Espanha) ao san-tuário de Nossa Senhora das Dores da diocese de Badajoz.Foram chegando, uns em dois auto-carros e outros em carros particula-res. Eramos cerca de duas centenas. Pelas 10h fez-se a concentração, junto da Porta Santa, seguindo, em procissão até à igreja (Santuário). Aí chegados, o nosso director espi-ritual, senhor padre Adelino, expôs o Santíssimo. Enquanto, em clima de adoração se ia rezando e cantando, alguns sacer-dotes atendiam peregrinos, no Sa-cramento da Reconciliação. Seguiu-se a Eucaristia, a que presidiu o director espiritual e concelebraram dois sacerdotes.Na homília, o Sr. Padre Adelino sa-lientou a importância e o significado

do lugar em que estávamos, o valor das dores de Nossa Senhora e as nossas. Com elas nos é apontado o caminho para o Pai e feito o desafio a sermos anunciadores do Reino de Deus vivendo a fé sempre em comu-nidade. Referindo-se à oração do Pai Nosso, que era o trecho do Evangelho, focou o louvor ao Senhor «santificado seja o Vosso nome…» e também a im-portância do perdão uns aos outros «perdoai-nos as nossas ofensas…». E, quase a terminar o apelo a sermos Igreja que vive em comunhão.Terminada a Eucaristia seguiu-se a tradicional “foto de grupo” e o almo-ço em que foi rica a partilha das «coi-sinhas boas» que todos procuraram levar.Depois houve um belo momento de descontracção (convívio) em que os donos (as) de belas vozes apresen-taram canções das suas terras ou zonas a que toda a assembleia se juntou em coro.

Para terminar a nossa peregrinação meditámos as sete dores de Nossa Senhora na «Via Matris».Um dia enriquecedor para todos os que participámos e que ao regres-sarmos às nossas casas “sintamos a graça do Senhor nas nossas vidas” como referiu, o celebrante, ao termi-nar a homília.Um ano pastoral bem DE COLORES

PEREGRINAÇÃO ACHANDAVILA – CODOSERA

PORTALEGRE / CASTELO BRANCO

Maria Isabel Macieira

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O Presidente do Secretariado Nacional do MCC, Saúl Quintas, falou do tema: “O MCC HOJE”, tendo iniciado a sua reflexão com enfoque no

potencial do Movimento e dos frutos que podem surgir, realçando a importância dos dirigentes e suas estruturas no movimento recordando as Palavras do Papa Francisco aos Cursilhistas na Ultreia Europeia: “nunca se cansem de procurar os chamados “afastados”, mas ajudem os outros a crescerem na fé, sendo para tal “necessário ex-perimentar na primeira pessoa a bondade e a ternura de Deus”.No balanço que fez do MCC de uma forma global, salien-ta que a média de idade é superior a 50 anos, e que em Portugal existem 63 Núcleos de Escola, sendo o número de dirigentes num total de 1856, número que está à frente de Espanha e de Itália. Quanto ao total de cursilhistas da nossa Diocese cifra-se em 5048. Depois, o Presidente do Secretariado Nacional do MCC, fez uma análise sobre a função dos dirigentes e a impor-tância das escolas e dos secretariados no Movimento, referindo alguns pontos fortes e pontos fracos. Como pontos fortes realçou a amizade, a vontade, a per-severança, o compromisso; e como pontos fracos referiu, a idade avançada, a desmotivação, a falta de compromis-so, a falta de apoio hierárquico, entre outros. Continuou com o destaque da importância da Escola de Dirigentes e a sua missão evangelizadora, que permita viver solidamente a fé, desafiando a serem alegres na es-perança e diligentes na caridade, e com entusiamo por levar a Boa Nova aos outros, na entrega e no compromis-so de ser fermento, por atuar nos ambientes e o espírito comunitário, para viver em grupo e trabalhar em equipa compartilhando critérios, projetos e atividades. Neste sentido, lembrou que o Papa Francisco recordou aos cursilhistas que “o ardente desejo de amizade com

Deus” dos Cursilhos ajudou milhares de pessoas em todo o mundo a “crescer na vida de fé” apostando em “rela-ções de amizade autêntica” e acompanhando as pessoas no seu caminho. “Um caminho que parte da conversão e passa através da descoberta da beleza de uma vida vivida na graça de Deus e chega até à alegria de se tornarem apóstolos na vida quotidiana”.Saul Quintas, falou ainda da necessidade de revitalizar as escolas, através de um maior espírito de comunhão e vi-vendo-a tão intensamente que a convertam em elemento inspirador e motivador para os outros, sendo sempre fiéis ao carisma do Movimento e fiéis aos Evangelho. Por isso a necessidade das Ultreias, onde se possibilite o viver, o crescer e o compartilhar da vivência do cursilho através do testemunho a partir do Evangelho e da Ora-ção, reafirmando o compromisso de evangelização em ambientes concretos (família, trabalho, etc).Seguiu-se depois um plenário onde houve a oportunida-de de esclarecer a importância dos Grupos, o funciona-mento das Ultreias nos vários pontos da Diocese, a im-portância do testemunho vivencial.O encontro terminou com as palavras do Sr. Bispo Dom Antonino que reforçou a importância deste Movimento que continua a ser um canal muito eficaz para levar o amor de Deus aos homens de hoje, especialmente àque-les que estão mais afastados.Dirigindo-se aos dirigentes, escolas e secretariados, ex-pressou o desejo de que nunca percam o entusiamo e que se deixem guiar pela essência e carisma do Movimento.

MAIS ALÉM COM ENTUSIASMO … EM ANO DA MISERICÓRDIA

No dia 30 de outubro, em Nisa, realizou--se o encontro de Núcleos de Escola da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, com a participação de meia centena de cursilhistas.

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No dia 20 de Novembro, em Nisa, na Senhora da Graça, os novos cursilhistas e a equipa

de dirigentes reuniram-se para revi-ver o cursilho e partilhar o 4º dia.Depois de um breve acolhimento e da oração inicial, foi tempo de a Lu-cília falar sobre o tema: “M.C.C. – O Pós-Cursilho”. Iniciou o tema com a leitura do Evangelho de São Mateus (2, 1-12), dizendo que “um cursilho é como a Estrela que vemos, nos enca-minha, nos leva ao Encontro com o Menino que nos espera e que, após esse Encontro, voltamos, certamen-te, por outro caminho”. Continuou dizendo que “o objetivo do Cursilho é um caminho para seguir Cristo. Que o carisma do MCC é um dom que o

Espírito Santo derrama sobre a sua Igreja que conforma uma mentalida-de e impulsiona um movimento ecle-sial”. E que “mediante método Kerig-mático próprio, possibilita a vivência e a convivência do fundamental cris-tão, ajuda a descobrir e a realizar a vocação pessoal de cada um, e pro-move grupos de cristãos que levam o Evangelho aos seus ambientes”. Na explicação do carisma Cursilhis-ta de Cristandade e da dinâmica do Movimento, sublinhou: “Urge cada vez mais conhecer a essência do Movimento, a sua mentalidade, fina-lidade e o método. O porquê do que somos, o porquê do que fazemos e como o fazemos. É a mentalidade que determina a finalidade do Mo-

vimento, que concretiza o método e a estratégia que são os meios neces-sários para atingir designando as es-truturas necessárias para isso. Como refere o nº 10 da Encíclica da Porta da Fé “no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não re-conhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade defi-nitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre». Esta exigên-cia constitui um convite permanente,

ENCONTRO DOS NOVOS CURSILHISTAS DO 74º DE SENHORAS E 88º HOMENSSandra Ribeiro

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«O Cursilho possi-bilita um encontro pessoal com Cristo que começa com um encontro consi-go mesmo e que se completa com um encontro com os outros.»

inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procura-do se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro. É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.” O MCC existe para realizar uma mis-são evangelizadora das pessoas e dos ambientes onde vivem. O méto-do possibilita a finalidade atingindo um objetivo concreto: “a conversão das pessoas para a fermentação dos ambientes”. O método assenta em três tempos: Pré-Cursilho, Cursilho e Pós-Cursilho que constituem um todo indivisível. O Pré cursilho existe para iniciar o processo de evangeliza-ção das pessoas que posteriormente

fermentem os ambientes que neces-sitam de evangelização. O Cursilho possibilita um encontro pessoal com Cristo que começa com um encontro consigo mesmo e que se completa com um encontro com os outros. Proporciona o início de uma conversão consciente, crescen-te e em comunidade. O Pós-Cursilho é a maneira de viver a fé em comunidade e fermentar os ambientes para que a pessoa seja cristã e membro da Igreja e no mun-do levando à sua renovação a partir de dentro. Este pretende ainda “ser necessariamente um processo dinâ-mico e aberto sempre ao serviço das pessoas e da vida renovando e aper-feiçoando a conversão pessoal inicia-da no cursilho”.

Por isso a necessidade das Reuniões de Grupo onde as pessoas se reúnem para estreitar laços e ser mais cristãs. A Ultreia é a reunião de reuniões de grupo que promovem o crescimento na oração, no estudo e na ação levando ao compromisso pessoal e comunitário no ambiente de cada um. Os Mini-Cursilhos para casais per-mite aos casais crescer em unidade aquela vivência que fizeram em se-parado fortalecendo a relação.”Seguiu-se depois uma pequena re-flexão em pequenos grupos sobre o tema apresentado, partilhando de-pois as conclusões, o que permitiu realçar a importância do Grupo, da amizade, do apoio que se encontra nos outros. Na confirmação de que

experiência Cursilhista do 4.º Dia “é um caminho de cristandade que deve ser vivido de forma coerente e cons-ciente.” O almoço partilhado foi tempo para trocar experiências, conhecimentos e estreitar laços.Logo de seguida houve espaço para os novos partilharem a forma como estavam a vivenciar o 4º dia, de que registamos testemunhos como: “ago-ra faço as coisas de forma conscien-te e mais ativa”; “Sinto necessidade de ir ao Santíssimo, de me encontrar com ELE”; “tenho outra postura pe-rante as dificuldades”; “deixei de ser egoísta e comecei a pensar mais nos outros”; “não tenho vergonha de me assumir como cristão perante os ou-tros”; “iniciei o meu percurso como

catequista na paróquia onde estou inserida e estou a crescer na Fé junto com eles”, etc.O encontro foi encerrado com a Eu-caristia presidida pelo assistente do Movimento, Padre Adelino Cardoso, que na sua homilia realçou: “Cristo dá outro sentido à vida. Cristo Rei encerra o ano litúrgico, no próximo domingo já se inicia o advento e Cris-to aponta-nos o caminho para a vida depois da morte. Quando Cristo es-tava na Cruz, ladeado com os malfei-tores, um revolta-se e o outro pede--lhe que se lembre dele quando Jesus estiver no Reino. Confiou em Jesus. Com qual dos malfeitores nos iden-tificamos? Cristo deu-se e continua a dar-se por cada um de nós. É Ele o verdadeiro Libertador. E nós? Como respondemos a esse amor?

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Dia 04 de Dezembro de 2016, realizou-se, nas instalações da Santa Casa da Misericór-

dia de Gavião a Reflexão/Consoada de Natal do Movimento dos Cursi-lhos de Cristandade da Diocese de Portalegre-Castelo Branco para, em caminhada de Advento, ajudar a pre-parar o NATAL.Após o acolhimento, D. Antoni-no deu as boas vindas aos cerca de 130 cursilhistas e depois das devi-das apresentações e num ambiente acolhedor e familiar como é normal nos encontros dos MCC, fez a devida apresentação do orador convidado, Frei Bento Domingues. Começando por abordar o tema so-bre o “Natal de Jesus”, Frei Bento Domingos falou-nos de Maria, a sua forma de estar e acompanhar o Filho, passando de mestra a discípula, e disse-nos que o Natal nos transmite diversas mensagens das quais se po-derão tirar diversas conclusões pois cada uma pode ser interpretada e feito o devido juízo individualmente mesmo sem concordância de todos. No Natal falamos de Jesus, e segundo a história ele era, então, considerado fora dos parâmetros do seu tempo, pois a mensagem que transmitia era a de que somos todos irmãos e cons-tituímos uma grande família: somos uma família de famílias.Então, porque é que nas celebrações eucarísticas, no abraço da paz, cum-primentamos tanto aqueles que nos são do coração como aqueles que nada são e depois da celebração ao sair das portas da Igreja somos uns estranhos? E, sendo assim, poderemos ficar a pensar: “O que fiz ou o que me fize-

ram lá dentro porque quando passam por mim na rua nem sequer me falam ou dão a salvação?”. Que família somos?A mensagem passada, refletida e interiorizada, foi a de que, se, sem obrigação cumprimentei o meu ir-mão, porque é que não continuo a fazê-lo depois da Eucaristia? Porque não o acolho e o sinto como “minha família”, meu irmão, filho da mesma Mãe, Maria, que nos conduz para o Seu Filho, Jesus, nosso irmão?Mas por tudo isto nos devemos ale-grar porque a nossa vida está no cora-ção de Deus e que estando no Adven-to, preparamos o nosso nascimento para que em Deus vivamos, nos mo-vimentemos e em Deus existamos. Após alguns momentos de interes-sante partilha, a partir do que acabá-

vamos de ouvir, dirigimo-nos para a Igreja Matriz de Gavião onde partici-pamos na Eucaristia da comunidade local.E, depois de aconchegados os espí-ritos, cerca das 13h00, e em família, aconchegámos os estômagos, num almoço com todos os cursilhistas.O encontro terminou em ALEGRIA num convívio onde o som da música, as vozes e as pernas provaram que o cristianismo só é vivido se for convivido.

REFLEXÃO/CONSOADA: NATAL

João Galinha e Paulo Calado

04 DE DEZEMBRO DE 2016, EM GAVIÃO

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Com o apoio do Secretariado Nacional, no âmbito das diferentes atividades que coloca à disposição dos Secretariados Diocesanos, decorreu no Semi-

nário Diocesano de Leiria a 26/11/2016, uma atividade formativa sobre o tema “Grupo e Ultreia”.Foram quase 50 os cursilhistas presentes, que, aprovei-tando para estreitar laços de amizade, ouviram da equipa que o Secretariado Nacional fez deslocar para o efeito, abordagens sobre como realizar as reuniões de grupo e ultreias, indispensáveis ao crescimento cristão de todos quantos viveram um Cursilho de Cristandade.Logo no início dos trabalhos, foram os presentes desper-tos para a necessidade de se manterem unidos aos outros e a Cristo, entregando-se, dando-se, cultivando e vivendo a amizade, fiéis ao seu ensinamento «Vê-de como eles se amam».Se o principal objetivo quando se vai a cursilho, é ficar preparado para «ir ao encontro dos outros» nos diferen-tes ambientes em que estamos inseridos, relembrámos também nesta formação que podemos ser sempre me-lhores se fizermos o caminho do Pai, chegando aos outros pela amizade, salvaguardando a coerência entre o teste-munho que damos e a nossa própria vida, chegando aos que precisam com uma caridade sem nome, sem iden-tificação, na certeza apenas de que «Deus é o outro de todos os outros».

O Senhor fala-nos a toda a hora e por todos os meios. A Fé e a vida cristã são realidades que se celebram, que se testemunham em Igreja, sendo na comunidade que se encontra o ambiente ideal para fermentar cristandade. Por isso, a importância dos grupos e das suas reuniões periódicas, que sendo unidades naturais de amizade, de-vem centrar a sua ação «assumindo o passado, vivendo o presente e tendo esperança no futuro».Na meditação «Ide e Fazei Discípulos de Todos os Povos», o diretor Espiritual Pe. Alcides Neves, deixou a mensagem de que «Deus não precisa de nós, mas não dispensa a nossa colaboração», salientando ainda a importância do nosso testemunho, pois ele será resultado do que for a nossa vida.A terminar, ouviu-se o testemunho de um jovem de 39 anos de Évora, que nos falou do seu percurso pós-cursi-lho, que já vai em 12 anos, da forma como mudou a sua vida, as suas relações nos ambientes, pessoais, familiares e profissionais, e a importância da oração no seu dia a dia e nos momentos mais difíceis, ressalvando que para ele hoje seria impossível viver sem oração, pois aprendeu a estar «de joelhos diante de Deus e de pé diante dos ho-mens». Foi uma jornada de trabalho, mas também de convívio e de partilha, cujo resultado foi francamente positivo.

ATIVIDADE FORMATIVA “GRUPO E ULTREIA”

LEIRIA - FÁTIMA

26 DE NOVEMBRO DE 2016

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“SER CURSILHISTA”

O padre que sou hoje é o resul-tado dos Cursilhos e de ser cursilhista.

Se fiz o meu cursilho já depois da ordenação de diácono, toda a minha vida anterior foi marcada pelos cur-silhos. Muitas vezes digo que já era cursilhista ainda antes do nascimen-to, porque quando a minha mãe fez o seu Cursilho, pouco tempo depois do meu pai ter feito o seu cursilho, estava grávida de mim.Nasci e cresci numa família cursi-lhista e a forma como os meus pais viviam a fé cristã e testemunhavam essa mesma fé, foi importante para o meu desenvolvimento como pessoa e como cristão. Todos os dias rezávamos o terço em família, depois do jantar sentados à lareira, mesmo no verão: aí era o lugar onde se continuavam as con-versas começadas ao jantar, onde se conversava sobre a vida e os proble-mas nossos e da comunidade e se rezava por essas intenções.O testemunho dos meus pais não era apenas na oração, mas era dado sobretudo na ação em todos os am-bientes que nos rodeavam: a paró-quia, o trabalho, a associação des-portiva, a política.Foi nesse ambiente que foi germi-nando a vocação presbiteral: lem-bro-me de, logo com seis ou sete anos de idade, imitar o que via o meu pároco fazer na missa semanal. Fui crescendo a olhar para ele, tam-bém cursilhista, como modelo de dedicação a Deus e à comunidade e do seu sucessor, também cursilhis-ta, sendo estes fatores decisivos na parte final do curso, e determinan-

tes na decisão final antes da orde-nação.No cursilho pude experimentar por dentro a experiência do encontro com Cristo, que transformou para melhor a vida de tantos cristãos com os quais me fui cruzando ao longo da minha vida. E quando, logo após a ordenação, me pediram para ser assistente es-piritual do Secretariado Diocesano não pude dizer que não, porque sa-bia que o grupo dos cursilhistas me ajudariam a ser fiel à missão que me era confiada.Ao longo de 13 anos fui aprendendo a ser padre, porque sempre me ajuda-ram a manter os pés na terra, porque mesmo como padre, sem o estudo, a piedade, e a ação, seria apenas um funcionário de Deus e não testemu-nha de Jesus Cristo. Sem o tripé a minha vida e as minhas ações seriam vazias de sentido e não seria fiel à minha missão: testemu-nha da boa nova e ministro da graça e da misericórdia de Deus.E mesmo agora, em serviço no san-tuário de Fátima, a celebrar agora o seu ano jubilar, em preparação de tantos acontecimentos, entre os quais a Ultreia Mundial, continuo a sentir-me cursilhista, a ser cur-silhista, porque continuo a ter um

grupo que me ajuda, porque con-tinuo a ter necessidade de estudar para ajudar as pessoas confiadas ao meu cuidado pastoral, porque as ce-lebrações a que presido no Santuá-rio não são um teatro para os outros mas são atos santificantes para mim como experiência de piedade que engloba toda a minha vida e que a ação que Deus me pede é que em cada dia, com cada peregrino, com cada pessoa com que me cruzo, no metro quadrado da minha existência quotidiana, seja sinal de esperança e de luz e que a Fonte de Vida que é Cristo possa tocar todas as pessoas com que me cruzo.

Testemunho

Pe. Francisco PereiraDiocese de Leiria -Fátima

«O testemunho dos meus pais não era apenas na oração, mas era dado so-bretudo na ação...»

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VIA SACRA

A Via-Sacra seguida de hora apostólica decorreu na Ca-pela de Nossa Senhora da En-

carnação, reuniu um número signifi-cativo de cursilhistas das diferentes paróquias da diocese que, muito em-bora a tarde de sol e amena tempe-ratura que se fez sentir, não hesita-ram em se unirem neste sacrifício de subir em oração, os 162 degraus da escadaria de arte barroca, construí-da no século XVIII a mando do bispo D. Frei Miguel de Bulhões e Sousa.Para quem não conhece, a Capela, foi construída num monte então de-signado por Monte de S. Gabriel, de

onde se pode ter uma vista panorâ-mica sobre a cidade e o castelo.A Via-Sacra e a Hora Apostólica, foram conduzidas pelo diretor es-piritual Pe. Alcides Neves e pelo Vice-Presidente da Comissão Per-manente Manuel Duarte, com a co-laboração dos representantes dos centros de ultreia presentes.

Viveu-se assim, mais um momento de cumplicidade na oração de todos os cursilhistas, em sintonia com o que decorreu no mesmo dia e à mes-ma hora nas demais dioceses que integram o Núcleo Centro.

Conforme acordado pelos secretariados diocesanos que integram o Núcleo Centro (Leiria-Fátima, Coimbra, Portalegre-Cas-telo Branco, Santarém e Guarda), teve lugar em Lei-ria, no dia 11 de dezembro pelas 16 h, uma Via Sacra de intendência pela Ultreia Mundial que se realiza em Fátima no dia 6 de maio de 2017.

INTENDÊNCIA DE NÚCLEO PELA ULTREIA MUNDIAL DE MAIO DE 2017

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O Santuário de Fátima vai receber a 6 de maio de 2017 uma Ultreia mundial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, integrada na comemoração do Cente-nário das Aparições de Nossa Senhora.

FÁTIMA:CURSILHISTAS DE 60 PAÍSES VÃO ACORRER AO SANTUÁRIO

in Agência Ecclesia

Em entrevista concedida à Agên-cia ECCLESIA, o assistente es-piritual do OMCC, D. Francisco

Senra Coelho, perspetiva o evento como “um êxito muito grande”, pois “são muitos aqueles que querem vir a Fátima”, provenientes dos cerca de 60 países onde os cursilhos estãorepresentados, na América, na Euro-pa, na Ásia e em África.A Ultreia mundial deverá ser ainda marcada pela visita do Papa Francis-co a Portugal e à Cova da Iria, para participar nas celebrações do cente-nário das aparições de Fátima.O bispo auxiliar de Braga destaca neste contexto o mais recente docu-mento da Igreja Católica, para a re-lação com os movimentos, intitulado “Iuvenescit Ecclesia”, publicado pela Congregação para a Doutrina da Fé.Uma obra que mostra que o Papa está atento ao contributo que os cur-silhos e outros movimentos cristãos podem dar para o “rejuvenescimento da Igreja”.Francisco Senra Coelho destacou ainda a relevância de outros docu-

mentos da Santa Sé para a missão dos cursilhos, como a encíclica “A Alegria do Evangelho”, dedicada ao tema da Família.“Muitos dos que vivem os cursilhos fazem-no em casal e, por conse-quência, em família, e os desafios desta encíclica são muito grandes, para a integração daqueles que bus-cam um sentido para a renovação da sua família e encontraram em Cristo

a recuperação da sua família”, com-pletou.Sobre o documento “Iuvenescit Ec-clesia“ falou ainda à Agência ECCLE-SIA o presidente do comité executi-vo do OMCC, o português Francisco Manuel Salvador.“Daquilo que li, é um documento fundamental para os movimentos da Igreja, porque faz um apelo enorme a que eles ganhem maior conheci-

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mento acerca das suas estruturas, dos seus próprios carismas, para que mantendo a frescura da origem, eles se vão renovando, adaptando aos nossos tempos, aos nossos dias”, apontou.Quanto à Ultreia mundial em Fátima, Francisco Manuel Salvador acredita que esta actividade terá “a presença

de praticamente todos os países que têm neste momento cursilhos acti-vos, o que é uma alegria, uma bênção extraordinária”.Para permitir uma preparação mais efectiva do encontro, vai ser lança-da através do site do OMCC “uma biblioteca virtual” com informações acerca do movimento e dos seus dois principais impulsionadores, o leigo Eduardo Bonnín e o padre Sebastian Gaya. “Os documentos estão todos mui-to dispersos, alguns centrados em fundações, a Fundação Sebastião Gaya e a Fundação Eduardo Bonnín, mas existem documentos em todo o mundo”, realçou Francisco Manuel Salvador.O programa da Ultreia mundial vai ser antecedido por um conjunto de iniciativas ligadas àquelas duas per-sonalidades.No dia 4 de maio de 2017, o Santuá-rio de Fátima acolherá à noite uma celebração de acção de graças pelo

primeiro centenário do nascimento de Eduardo Bonnín.Depois no dia seguinte, o comité exe-cutivo do OMCC, actualmente sedia-do em Portugal, vai promover um colóquio sobre Bonnín e Gaya, con-vidando as pessoas a descobrirem o seu pensamento e espiritualidade.Portugal é, pela primeira vez desde 2014 até 2017, o principal ponto de encontro para membros do movi-mento, tendo sido escolhido como sede da Organização Mundial dos Cursilhos de Cristandade, durante o último encontro europeu realizado entre 23 e 26 de maio de 2013, na Áustria.O Movimento chegou ao nosso país em 1960 e o primeiro cursilho reali-zou-se em Fátima, de 29 de Novem-bro a 2 de Dezembro desse ano.

«Muitos dos que vivem os cursilhos fazem-no em casal e(...), em família, e os desafios desta encíclica são mui-to grandes, para a integração da-queles que buscam um sentido para a renovação da sua família e encon-traram em Cristo a recuperação da sua família»

FÁTIMA, MAIO DE 2017Uma trilogia de acontecimentos

Centenário de Eduardo Bonnín /

«No dia 4 de maio de 2017, o Santuário de Fátima acolherá

à noite uma celebração de acção de graças pelo primeiro centenário do nascimento de

Eduardo Bonnín.»

Ultreia Mundial / «...esta actividade terá “a

presença de praticamente to-dos os países que têm neste momento cursilhos activos,

o que é uma alegria, uma bênção extraordinária”.»

Centenário das Aparições de Fátima /

«...visita do Papa Francisco a Portugal e à Cova da Iria,

para participar nas cele-brações do centenário das

aparições de Fátima.»

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Para se resolver este imbróglio e no sentido de se dar um novo impulso ao andamento do nosso Movi-mento na diocese e de se tomar medidas capazes

com o intuito de sairmos do impasse vivido, alguns di-rigentes do anterior secretariado convocaram para uma reunião, no passado dia 9 de julho, cerca de quatro de-zenas de cursilhistas, aqueles que sempre se mostraram empenhados em manter a chama da Fé no Ressuscitado, bem viva e que, por isso, pudessem contribuir em dar um novo impulso ao andamento do MCC na nossa diocese.Com a graça de Deus, formou-se uma equipa de nove elementos que, através da Provisão de 28 de setembro, emanada pelo nosso Bispo diocesano, D. António Cou-to, foi confirmado o Secretariado Diocesano do MCC de Lamego, para o triénio 2016-2019, que tem a seguinte constituição:- Diretor Espiritual: Cón. José Manuel Pereira Melo;- Presidente: José Luís da Silva Valente Morais;- Vice-Presidente: Maria Teresa Pais Duarte dos Santos- 1ª Secretária: Sara Maria Paiva Guia;- 2ª Secretária: Cristina Manuela Loureiro Martins Correia;- Tesoureiro: Paulo Jorge Veiga Oliveira;- Vogal (da Intendência): Avelino Henrique Mendes Ri-beiro Eira;- Vogal (da Revista Peregrino): Eduardo Jorge Marques Pinto;- Vogal (Enc. da Sede): Isidro Gabriel Gomes Cardoso.

Três dias depois, na apresentação do Plano Pastoral para 2016/17, o Sr. D. António Couto publicou e divulgou a sua Carta Pastoral que tem por lema “Ide por todo o mun-do e anunciai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16, 15), da qual o prelado destacou a urgência da participação de todos na obra missionária da Igreja, enviada a todo o mundo e em todos os tempos, apelando aque todos se tornassem testemunhas mais efetivas do Mestre que a todos chama e compromete.Foi com este dinamismo missionário que o novo secreta-riado iniciou as suas funções, estabelecendo os objetivos, definindo e calendarizando o respetivo plano de ativida-des e comprometendo-se com o mesmo, com destaque para: a marcação das ultreias quinzenais ou mensais nos diferentes centros paroquiais; o estabelecimento da Es-cola de Dirigentes, de 10 de dezembro a 22 de abril; a indicação da Ultreia Diocesana e Ceia de Natal para 10 de dezembro; o registo do 41º Cursilho de Senhoras e, simultaneamente, do 59º Cursilho de Homens, de 28 de abril a 1 de maio; a participação na V Ultreia Mundial, em Fátima, de 5 a 6 de maio; a peregrinação da Família Diocesana, também a Fátima, em 17 de junho e o encer-ramento das atividades com uma Ultreia Diocesana, a 1 de julho de 2017.Regista-se a festa vivida, no passado dia 20 de novem-bro, na Sé Catedral de Lamego, que se encheu com mui-tos fiéis para celebrarem a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, o encerramento da Porta Santa, que esteve aberta no Ano Jubilar da Misericórdia, excecionalmente neste dia, por assinalar também mais um aniversário da Dedicação da nossa Catedral, tendo como ponto alto a ordenação diaconal de três jovens, para a nossa Igreja, a saber, Ângelo Santos (de Lamego), Diogo Rodrigues (de Lamego) e Luís Rafael (de Sernance-lhe). Note-se que os dois primeiros diáconos frequenta-ram o 58º e último Cursilho de Homens, sendo, portanto, mais uma fonte de esperança para o desenvolvimento do MCC na nossa zona geográfica. Louvamos o Senhor da Messe pelo dom da vocação e que O mesmo os ilumine!

O MCC DE LAMEGO EM MOVIMENTOEduardo PintoVogal da Revista Peregrino do Secretariado Diocesano de Lamego

Por motivos diversos, de um momento para outro, deparamo-nos com a triste situação de ausência da estrutura de serviço funda-mental para a promoção e desenvolvimen-to do MCC na nossa diocese, o Secretariado Diocesano, assim como, responsáveis por alguns Centros de Ultreia e pelas diversas atividades integrantes do Movimento.

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Já no cumprimento do Plano de Atividades do novo ano pastoral decorreu no Seminário Maior da nossa diocese, no passado dia 10 de dezembro, a Ultreia Diocesana do Movimento dos Cursilhos de Cristandade de Lamego, na qual se deu início à Escola de Diri-gentes, também prevista.Por volta das 15 horas teve lugar o acolhimento dos cursilhistas pro-venientes dos diversos Centros de Ultreia espalhados pelos diferentes arciprestados e em seguida, e de acordo com a ordem de trabalhos, iniciou-se a reunião dos vários gru-pos formados aleatoriamente pelos elementos presentes, para uma re-flexão profunda da Carta Pastoral supracitada.Seguidamente, as reflexões efetua-das por cada grupo, referentes a alguns pontos específi-cos da carta citada, foram apresentadas e discutidas em plenário, com belas e sentidas ressonâncias, culminando com a eficaz exposição dos restantes pontos, pelos presi-dente do secretariado e diretor espiritual, respetivamen-te. Foram, sem dúvida, momentos enriquecedores, que ficaram muito bem referenciados no íntimo de cada um.Os trabalhos foram concluídos com a oração final e cânti-cos de alegria, tendo como ponto alto a adoração do San-tíssimo Sacramento exposto.Este encontro terminou com a tradicional Ceia de Natal, na qual meia centena de cursilhistas participantes tive-ram oportunidade de confraternizar num maravilhoso ambiente de alegria, partilha, amizade e amor de Cristo.

Depois das deliciosas sobremesas, houve a oportunida-de de felicitarmos o nosso diretor espiritual, Cónego José Manuel Melo, pelo seu 62º aniversário natalício.No final, o nosso presidente do secretariado, José Luís

Morais, alertou os presentes, para as prin-cipais atividades previstas, destacando-se a realização da V Ultreia Mundial, que irá decorrer em Fátima, no dia 6 de maio e do Cursilho de Cursilhos, em Viseu, nos dias 10, 11 e 12 de fevereiro de 2017. Apelou, ainda, para a mobilização relativamen-te às respetivas inscrições e, sobretudo, pedidos de intendência para o bom êxito das mesmas. Solicitou, também, orações individuais pela causa de beatificação dos cursilhistas fundadores, Eduardo Bonnín Aguiló e Monsenhor Sebastien Gayá Riera.Na despedida, tomou a palavra o senhor

Pró-Vigário Geral da diocese de Lamego, Padre João Car-los Morgado, que destacou a importância e a vitalidade do movimento, sobretudo na preparação dos próximos cursilhos de homens e senhoras agendados para abril/maio próximos. Fomos todos convidados a mantermo--nos unidos uns aos outros e a recorrermos constante-mente à oração, com a certeza de que com a proteção e a graça de Cristo conseguiremos cumprir os nossos pro-pósitos.Para terminar, desejamos a todos os cursilhistas um San-to e Feliz Natal e um próspero Ano Novo recheado de êxi-tos a todos os níveis. Que o Espírito Santo nos ilumine e São Paulo nos guie para melhor podermos servir os nos-sos irmãos em Cristo!

« ..apelando a que todos se tornassem testemunhas mais efetivas do Mestre que a todos chama e compromete.»

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MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A CELEBRAÇÃO DO 50º DIA MUNDIAL DA PAZ

A NÃO-VIOLÊNCIA: ESTILO DE UMA POLÍTICA PARA A PAZ

1. No início deste novo ano, formulo sinceros votos de paz aos povos e nações do mundo inteiro, aos chefes de Estado e de governo, bem como aos responsáveis das Comunidades Religiosas e das várias expressões da sociedade civil. Almejo paz a todo o homem, mulher, menino e menina, e rezo para que a imagem e semelhan-ça de Deus em cada pessoa nos per-mitam reconhecer-nos mutuamente como dons sagrados com uma dig-nidade imensa. Sobretudo nas situa-ções de conflito, respeitemos esta «dignidade mais profunda» [1] e fa-çamos da não-violência ativa o nosso estilo de vida.Esta é a Mensagem para o 50º Dia Mundial da Paz. Na primeira, o Bea-to Papa Paulo VI dirigiu-se a todos

os povos – e não só aos católicos – com palavras inequívocas: «Final-mente resulta, de forma claríssima, que a paz é a única e verdadeira linha do progresso humano (não as ten-sões de nacionalismos ambiciosos, nem as conquistas violentas, nem as repressões geradoras duma fal-sa ordem civil)». Advertia contra o «perigo de crer que as controvérsias internacionais não se possam resol-ver pelas vias da razão, isto é, das negociações baseadas no direito, na justiça, na equidade, mas apenas pe-las vias dissuasivas e devastadoras». Ao contrário, citando a Pacem in ter-ris do seu antecessor São João XXIII, exaltava «o sentido e o amor da paz baseada na verdade, na justiça, na li-berdade, no amor». [2] É impressio-nante a atualidade destas palavras, não menos importantes e prementes hoje do que há cinquenta anos.Nesta ocasião, desejo deter-me na não-violência como estilo duma política de paz, e peço a Deus que nos ajude, a todos nós, a inspirar na não-violência as profundezas dos nossos sentimentos e valores pessoais. Sejam a caridade e a não--violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas rela-ções interpessoais, sociais e inter-nacionais. Quando sabem resistir

à tentação da vingança, as vítimas da violência podem ser os protago-nistas mais credíveis de processos não-violentos de construção da paz. Desde o nível local e diário até ao nível da ordem mundial, possa a não-violência tornar-se o estilo caraterístico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas.

UM MUNDO DILACERADO

2. Enquanto o século passado foi ar-rasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande nú-mero de outros conflitos, hoje, infe-lizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços. Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que carateriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela.Seja como for, esta violência que se exerce «aos pedaços», de maneiras diferentes e a variados níveis, pro-voca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em di-ferentes países e continentes; terro-rismo, criminalidade e ataques arma-dos imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfi-co humano; a devastação ambiental. E para quê? Porventura a violência permite alcançar objetivos de valor

Papa FranciscoVaticano, 8 de dezembro de 2016

«Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais.»

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duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear repre-sálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos «senhores da guerra»?A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Res-ponder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes so-frimentos, porque grandes quanti-dades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às exi-gências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra. No pior dos ca-sos, pode levar à morte física e es-piritual de muitos, se não mesmo de todos.

A BOA NOVA

3. O próprio Jesus viveu em tempos de violência. Ensinou que o verdadei-ro campo de batalha, onde se defron-tam a violência e a paz, é o coração humano: «Porque é do interior do co-ração dos homens que saem os maus pensamentos» (Marcos 7, 21). Mas, perante esta realidade, a resposta que oferece a mensagem de Cristo é radicalmente positiva: Ele pregou in-cansavelmente o amor incondicional de Deus, que acolhe e perdoa, e ensi-nou os seus discípulos a amar os ini-migos (cf. Mateus 5, 44) e a oferecer a outra face (cf. Mateus 5, 39). Quan-do impediu, aqueles que acusavam a adúltera, de a lapidar (cf. João 8, 1-11)

e na noite antes de morrer, quando disse a Pedro para repor a espada na bainha (cf. Mateus 26, 52), Jesus tra-çou o caminho da não-violência que Ele percorreu até ao fim, até à cruz, tendo assim estabelecido a paz e destruído a hostilidade (cf. Efésios 2, 14-16). Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus, sabe reconhecer a violência que carrega dentro de si e deixa-se curar pela misericórdia de Deus, tornando-se assim, por sua vez, instrumento de reconciliação, como exortava São Francisco de Assis: «A paz que anunciais com os lábios, conservai-a ainda mais abun-dante nos vossos corações». [3]Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência. Esta, como afirmou o meu predecessor Bento XVI, «é realista pois considera que no mundo existe demasiada vio-lência, demasiada injustiça e, portan-to, não se pode superar esta situa-ção, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade. Este “algo mais” vem de Deus». [4] E acrescentava sem hesitação: «a não--violência para os cristãos não é um

mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade. O amor ao inimigo constitui o núcleo da “revolução cristã”». [5] A página evangélica – amai os vossos inimi-gos (cf. Lucas 6, 27) – é, justamente, considerada «a magna carta da não--violência cristã»: esta não consiste «em render-se ao mal (...), mas em responder ao mal com o bem (cf. Ro-manos 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente da injustiça». [6]

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PARA A CELEBRAÇÃO DO 50º DIA MUNDIAL DA PAZ

«...esta violência que se exerce «aos pe-daços», de maneiras diferentes e a varia-dos níveis, provoca enormes sofrimen-tos.»

«Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus, sabe reco-nhecer a violência que carrega dentro de si e deixa-se curar pela miseri-córdia de Deus...»

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MAIS PODEROSA QUE A VIOLÊNCIA

4. Por vezes, entende-se a não-vio-lência como rendição, negligência e passividade, mas, na realidade, não é isso. Quando a Madre Teresa rece-beu o Prémio Nobel da Paz em 1979, declarou claramente qual era a sua ideia de não-violência ativa: «Na nos-sa família, não temos necessidade de bombas e de armas, não precisamos de destruir para edificar a paz, mas apenas de estar juntos, de nos amar-mos uns aos outros (...). E poderemos superar todo o mal que há no mun-do».[7] Com efeito, a força das armas é enganadora. «Enquanto os trafican-tes de armas fazem o seu trabalho, há pobres pacificadores que, só para ajudar uma pessoa, outra e outra, dão a vida»; para estes obreiros da paz, a Madre Teresa é «um símbolo, um íco-ne dos nossos tempos». [8] No pas-sado mês de setembro, tive a grande alegria de a proclamar Santa. Elogiei a sua disponibilidade para com todos

«através do acolhimento e da defesa da vida humana, a dos nascituros e a dos abandonados e descartados. (...) Inclinou-se sobre as pessoas indefe-sas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes – diante dos crimes! – da pobreza criada por eles mesmos».[9] Como resposta, a sua missão – e nisto representa milhares, antes, mi-lhões de pessoas – é ir ao encontro das vítimas com generosidade e de-dicação, tocando e vendando cada corpo ferido, curando cada vida dila-cerada.A não-violência, praticada com deci-são e coerência, produziu resultados impressionantes. Os sucessos alcan-çados por Mahatma Gandhi e Khan Abdul Ghaffar Khan, na libertação da Índia, e por Martin Luther King Jr contra a discriminação racial nunca serão esquecidos. As mulheres, em

particular, são muitas vezes líderes de não-violência, como, por exemplo, Leymah Gbowee e milhares de mu-lheres liberianas, que organizaram encontros de oração e protesto não--violento (pray-ins), obtendo nego-ciações de alto nível para a conclusão da segunda guerra civil na Libéria.E não podemos esquecer também aquela década epocal que terminou com a queda dos regimes comu-nistas na Europa. As comunidades

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«Este compromis-so a favor das ví-timas da injustiça e da violência não é um património exclusivo da Igre-ja Católica, mas pertence a muitas tradições religio-sas... »

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cristãs deram a sua contribuição através da oração insistente e a ação corajosa. Especial influência exerceu São João Paulo II, com o seu ministé-rio e magistério. Refletindo sobre os acontecimentos de 1989, na Encíclica Centesimus annus (1991), o meu pre-decessor fazia ressaltar como uma mudança epocal na vida dos povos, nações e Estados se realizara «atra-vés de uma luta pacífica que lançou mão apenas das armas da verdade e da justiça».[10] Este percurso de transição política para a paz foi pos-sível, em parte, «pelo empenho não--violento de homens que sempre se recusaram a ceder ao poder da for-ça e, ao mesmo tempo, souberam encontrar aqui e ali formas eficazes para dar testemunho da verdade». E concluía: «Que os seres humanos aprendam a lutar pela justiça sem violência, renunciando tanto à luta de classes nas controvérsias internas, como à guerra nas internacionais». [11]A Igreja comprometeu-se na imple-mentação de estratégias não-violen-tas para promover a paz em muitos países solicitando, inclusive aos in-tervenientes mais violentos, esforços para construir uma paz justa e dura-doura.Este compromisso a favor das vítimas da injustiça e da violência não é um património exclusivo da Igreja Cató-lica, mas pertence a muitas tradições religiosas, para quem «a compaixão e a não-violência são essenciais e indi-cam o caminho da vida». [12] Reite-ro-o aqui sem hesitação: «nenhuma religião é terrorista». [13] A violência é uma profanação do nome de Deus. [14] Nunca nos cansemos de repetir: «jamais o nome de Deus pode justifi-car a violência. Só a paz é santa. Só a paz é santa, não a guerra». [15]

A RAIZ DOMÉSTICA DUMA POLÍ-TICA NÃO-VIOLENTA

5. Se a origem donde brota a vio-lência é o coração humano, então é

fundamental começar por percorrer a senda da não-violência dentro da família. É uma componente daquela alegria do amor que apresentei na Exortação Apostólica Amoris laetitia, em março passado, concluindo dois anos de reflexão por parte da Igreja sobre o matrimónio e a família. Esta constitui o cadinho indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cui-dar uns dos outros desinteressada-mente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão. [16] A partir da família, a alegria do amor propa-ga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade. [17] Aliás, uma éti-ca de fraternidade e coexistência pa-cífica entre as pessoas e entre os po-vos não se pode basear na lógica do medo, da violência e do fechamento, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero. Neste sentido, lanço um apelo a favor do desarma-mento, bem como da proibição e abolição das armas nucleares: a dis-suasão nuclear e a ameaça duma se-gura destruição recíproca não podem fundamentar este tipo de ética. [18] Com igual urgência, suplico que ces-sem a violência doméstica e os abu-sos sobre mulheres e crianças.O Jubileu da Misericórdia, que ter-minou em novembro passado, foi um convite a olhar para as profundezas do nosso coração e a deixar entrar nele a misericórdia de Deus. O ano jubilar fez-nos tomar consciência de como são numerosos e variados os indivíduos e os grupos sociais que são tratados com indiferença, que são vítimas de injustiça e sofrem vio-lência. Fazem parte da nossa «famí-lia», são nossos irmãos e irmãs. Por isso, as políticas de não-violência devem começar dentro das paredes de casa para, depois, se difundir por toda a família humana. «O exemplo de Santa Teresa de Lisieux convida--nos a pôr em prática o pequeno ca-minho do amor, a não perder a opor-

tunidade duma palavra gentil, dum sorriso, de qualquer pequeno gesto que semeie paz e amizade. Uma eco-logia integral é feita também de sim-ples gestos quotidianos, pelos quais quebramos a lógica da violência, da exploração, do egoísmo». [19]

O MEU CONVITE

6. A construção da paz por meio da não-violência ativa é um elemento necessário e coerente com os esfor-ços contínuos da Igreja para limitar o uso da força através das normas morais, mediante a sua participação nos trabalhos das instituições in-ternacionais e graças à competente contribuição de muitos cristãos para a elaboração da legislação a todos os níveis. O próprio Jesus nos ofere-ce um «manual» desta estratégia de construção da paz no chamado Ser-mão da Montanha. As oito Bem-a-venturanças (cf. Mateus 5, 3-10) tra-çam o perfil da pessoa que podemos definir feliz, boa e autêntica. Felizes os mansos – diz Jesus –, os miseri-cordiosos, os pacificadores, os puros de coração, os que têm fome e sede de justiça.Este é um programa e um desafio também para os líderes políticos e religiosos, para os responsáveis das instituições internacionais e os diri-gentes das empresas e dos meios de comunicação social de todo o mun-do: aplicar as Bem-aventuranças na forma como exercem as suas res-ponsabilidades. É um desafio a cons-truir a sociedade, a comunidade ou a empresa de que são responsáveis com o estilo dos obreiros da paz; a dar provas de misericórdia, recusan-do-se a descartar as pessoas, danifi-car o meio ambiente e querer vencer a todo o custo. Isto requer a dispo-nibilidade para «suportar o conflito, resolvê-lo e transformá-lo no elo de ligação de um novo processo». [20] Agir desta forma significa escolher a solidariedade como estilo para fazer a história e construir a amizade social.

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[1] Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.[2] Mensagem para a celebração do 1º Dia Mundial da Paz, 1° de janeiro de 1968.[3] «Legenda dos três companheiros»: Fontes Franciscanas, n. 1469.[4] Angelus, 18 de fevereiro de 2007.[5] Ibidem.[6] Ibidem.[7] Discurso por ocasião da entrega do Prémio Nobel, 11 de dezembro de 1979.[8] Francisco, Meditação «O caminho da paz», Capela da Domus Sanctae Marthae, 19 de novembro de 2015.[9] Homilia na canonização da Beata Madre Teresa de Calcutá, 4 de setembro de 2016.

[10] N. 23[11] Ibidem.[12] Francisco, Discurso na Audiência inter-re-ligiosa, 3 de novembro de 2016.[13] Idem, Discurso no III Encontro Mundial dos Movimentos Populares, 5 de novembro de 2016.[14] Cf. Idem, Discurso no Encontro com o Xeque dos Muçulmanos do Cáucaso e com Representantes das outras Comunidades Re-ligiosas, Baku, 2 de outubro de 2016.[15] Idem, Discurso em Assis, 20 de setembro de 2016.[16] Cf. Exort. ap. pós-sinodal Amoris laetitia, 90-130.[17] Cf. ibid., 133.194.234.

[18] Cf. Francisco, Mensagem à Conferência sobre o impacto humanitário das armas nu-cleares, 7 de dezembro de 2014.[19] Idem, Carta enc. Laudato si’, 230.[20] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 227.[21] Cf. Idem, Carta enc. Laudato si’, 16.117.138.[22] Idem, Exort. ap. Evangelii gaudium, 228.[23] Idem, Carta apostólica sob a forma de “Motu proprio” pela qual se institui o Dicasté-rio para o Serviço do Desenvolvimento Huma-no Integral, 17 de agosto de 2016.[24] Francisco, Regina Caeli, Belém, 25 de maio de 2014.[25] Apelo, Assis, 20 de setembro de 2016.

A não-violência ativa é uma forma de mostrar que a unidade é, verdadeira-mente, mais forte e fecunda do que o conflito. No mundo, tudo está inti-mamente ligado. [21] Claro, é possí-vel que as diferenças gerem atritos: enfrentemo-los de forma construtiva e não-violenta, de modo que «as ten-sões e os opostos [possam] alcançar uma unidade multifacetada que gera nova vida», conservando «as precio-sas potencialidades das polaridades em contraste». [22]Asseguro que a Igreja Católica acom-panhará toda a tentativa de construir a paz inclusive através da não-violên-cia ativa e criativa. No dia 1 de janei-ro de 2017, nasce o novo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimen-to Humano Integral, que ajudará a Igreja a promover, de modo cada vez mais eficaz, «os bens incomen-suráveis da justiça, da paz e da sal-vaguarda da criação» e da solicitude pelos migrantes, «os necessitados, os doentes e os excluídos, os margi-nalizados e as vítimas dos conflitos armados e das catástrofes naturais, os reclusos, os desempregados e as vítimas de toda e qualquer forma de escravidão e de tortura». [23] Toda a ação nesta linha, ainda que modesta, contribui para construir um mundo livre da violência, o primeiro passo para a justiça e a paz.

EM CONCLUSÃO

7. Como é tradição, assino esta Men-sagem no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição da Bem-Aven-turada Virgem Maria. Nossa Senho-ra é a Rainha da Paz. No nascimento do seu Filho, os anjos glorificavam a Deus e almejavam paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade (cf. Lucas 2, 14). Peçamos à Virgem Maria que nos sirva de guia.«Todos desejamos a paz; muitas pessoas a constroem todos os dias com pequenos gestos; muitos so-frem e suportam pacientemente a dificuldade de tantas tentativas para a construir». [24] No ano de 2017, comprometamo-nos, através da ora-ção e da ação, a tornar-nos pessoas que baniram dos seus corações, pa-lavras e gestos a violência, e a cons-truir comunidades não-violentas, que cuidem da casa comum. «Nada é im-possível, se nos dirigimos a Deus na oração. Todos podem ser artesãos de paz». [25]

«Claro, é possível que as diferenças gerem atritos: en-frentemo-los de forma construtiva e não-violenta, de modo que «as ten-sões e os opostos [possam] alcançar uma unidade mul-tifacetada que gera nova vida»,»

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DIOCESE SEMANA

Coimbra 1 a 7 de Janeiro

Évora 8 a 14 de Janeiro

Funchal 15 a 21 de Janeiro

Guarda 22 a 28 de Janeiro

Lamego 29 Jan. a 4 de Fev.

Leiria / Fátima 5 a 11 de Fevereiro

Lisboa 12 a 18 de Fevereiro

Portalegre / C. Branco 19 a 25 de Fevereiro

Porto 26 de Fev. a 4 de Mar.

Santarém 5 a 11 de Março

Setubal 12 a 18 de Março

Viana do Castelo 19 a 25 de Março

Vila Real 26 de Mar. a 1 de Abr.

Viseu 2 a 8 de Abril

Algarve 9 a 15 de Abril

Angra 16 a 22 de Abril

Aveiro 23 a 29 de Abril

Beja 30 de Abr. a 6 de Mai.

Braga 7 a 13 de Maio

Bragança / Miranda 14 a 20 de Maio

Coimbra 21 a 27 de Maio

Évora 28 de Mai. a 3 de Jun.

Funchal 4 a 10 de Junho

Guarda 11 a 17 de Junho

Lamego 18 a 24 de Junho

INTENDÊNCIA NACIONAL 2016 /2017DISTRIBUIÇÃO PELAS DIOCESES

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