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romeromarinho
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Maçonaria símbolos
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Referência
BibliográficaSILVA, Sidney Antonio da. A migração dos símbolos: diálogo
intercultural e processos identitários entre os bolivianos em
São Paulo. São Paulo Perspec. [online]. 2005, vol.19, n.3, pp.
77-83. ISSN 0102-8839.
Palavras-chave: Bolivianos. Símbolos. Identidades. Diálogo intercultural.
O autor Sidney da Silva no presente artigo faz uma abordagem sobre as
práticas culturais dos povos Andinos, principalmente os migrantes bolivianos
instalados aqui em São Paulo. Em busca de uma qualidade de vida melhor, esses
imigrantes vem para o Brasil, especificamente em São Paulo, se concentrando na
região central próximo ao Braz, Pari, Belém, zona norte e leste.
Segundo Silva (2005), os bolivianos encontram dificuldades em ter acesso
aos serviços públicos, como, hospitais e escolas, por estarem ilegais no país, mas
os problemas vão além, pois, uma vez que tem acesso, enfrentam os preconceitos
de brasileiros. O autor relata que, a presença de bolivianos na Praça Padre Bento,
conhecida como “Praça do Pari”, causou grande incomodo à população local que
faziam várias reclamações sobre os imigrantes bolivianos.
Os conflitos tiveram início com o aumento da presença boliviana na praça nos fins de semana: começaram a surgir casos de violência, circulação de drogas, acúmulo de lixo no local, entre outros. (SILVA, 2005, p.79)
A saída encontrada para tal situação foi a relocação dos bolivianos para um
novo ambiente, onde pudessem interagir. A Praça Kantuta foi o lugar escolhido para
substituir a Praça Padre Bento. Tornou-se um Point e muito mais do que isso, era
um espaço cultural, onde, realizavam as suas festas tradicionais, e também
prestação de serviços.
[...] a praça é hoje um “pedaço” boliviano na cidade, ainda que somente aos domingos. Além de ser um espaço de encontro, de degustação da variada gastronomia típica do país e de múltiplos serviços – como propostas de emprego, corte de cabelo, propaganda religiosa de igrejas evangélicas – a praça é também o palco de várias manifestações culturais. Entre elas, vale citar a festa de Alasitas ou das miniaturas, realizada no dia 24 de janeiro, quando se festeja a deidade andina da abundância, denominada de Ekeko. (SILVA, 2005, p.79)
Silva (2005) relaciona os vários grupos de estrangeiros presentes em São
Paulo, tais como, Bolivianos, Peruanos, Chilenos e paraguaios em um contexto
cultural, no qual há similaridades, no que diz respeito à linguagem dos Símbolos,
termo usado pelo autor para se referir as expressões artísticas e culturais. De
acordo com o autor, tais símbolos culturais dialogam uns com outros, criando uma
relação de aproximação e identificação entre os vários grupos citados. No caso do
Brasil, esta identificação aparece nas festas do Bois-Bumbás e Bumba-meu-boi do
norte e nordeste. Essas encontram aproximações quando,